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Vendas da PDG recuam 19%
5013280 - DCI - SERVIÇOS - SÃO PAULO - SP - 30/01/2015 - Pág 09
A PDG Realty anunciou ontem que registrou vendas brutas de R$ 624 milhões no quarto
trimestre, queda de cerca de 19% sobre o resultado registrado nos três meses
imediatamente anteriores.
A empresa afirmou, porém, que "apesar do cenário macroeconômico mais desafiador" as
vendas brutas do quarto trimestre ficaram "em linha com os trimestres anteriores", se não for
considerado efeito de campanha promovida no terceiro trimestre.
Os lançamentos foram de R$ 491 milhões entre outubro e dezembro, relativos a 7 projetos
concentrados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No ano, foram lançados 19
empreendimentos e valor geral de vendas de R$ 1,4 bilhão.
Segundo a companhia, os distratos "mantiveram-se sob controle", com um total líquido de
R$ 180 milhões no quarto trimestre e R$ 702 milhões no ano passado. "Reafirmamos nossa
expectativa de geração de caixa positiva para o quarto trimestre, com crescimento contínuo
para o ano de 2015, permitindo o avanço no processo de desalavancagem de nosso balanço
ao longo dos próximos trimestres", diz a empresa em nota.
Ficha Técnica
Empresa: ANEPAC
Autor:
Estado: SP
Categoria: Infra-estrutura e Habitação
Cidade: SÃO PAULO
Tipo Veículo: JORNAL
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Agonia sem fim do West Plaza
5013283 - BRASIL ECONÔMICO - EMPRESAS - SÃO PAULO - SP - 30/01/2015 - Pág 14
Este ano não vai haver pagamento de dividendos para os participantes do fundo de
investimento imobiliário do shopping West Plaza, em São Paulo, administrado pelo BTG
Pactuai. A sucessão de problemas, que culminou não só no não pagamento de dividendos
como no aumento dos custos das obras, tem origem em seu antigo dono, o Grupo Malzoni,
que optou por não investir no empreendimento devido a desentendimentos com seu sócio
original, a gestora de fundos Funcesp, do setor de energia elétrica do Estado de São Paulo.
Ambas deixaram o negócio em 2007. No ano seguinte, a concorrência já havia dominado a
região, levando lojistas e consumidores.
Localizado em uma área nobre da capital paulista, a zona Oeste, na Av. Francisco
Matarazzo, o Shopping West Plaza se destaca no percurso de quem passa na região por
seu porte: um complexo de três prédios interligados, no qual a circulação interna é confusa e
mal sinalizada. Há alguns anos em reestruturação, tem hoje como principais acionistas o
BTG Pactual, que detém 30% do empreendimento, e a administradora de shoppings
Aliansce, dona de 25% do West Plaza. Fundado em 1991, ocupava lugar de destaque na
região. Mas ficou praticamente parado e sem nenhum tipo de investimento por conta de
discussões entre o Grupo Victor Malzoni e a Funcesp.
Uma fonte do setor afirma que o imbróglio, que se arrastou por quase uma década, foi fatal
para o empreendimento. Segundo a fonte, a Funcesp não queria desembolsar recursos para
modernização do shoppinge, do outro lado, Victor Malzoni também não queria tirar dinheiro
do caixa sozinho. Em 2007, a Funcesp anunciou sua saída do negócio e sua participação de
20% foi comprada pela rede Plaza, do Grupo Malzoni, que tinha em sua carteira, além do
West Plaza, os shoppings Paulista, Pátio Higienópo-lis e Vila Olímpia, todos em São Paulo.
No mesmo ano, o Grupo Brascan comprou todos os empreendimentos por US$ 1,1 bilhão,
segundo informações veiculadas na época.
O movimento, no entanto, foi tardio, pelo menos para o West Plaza. Em 2008, foi inaugurado
a 500 metros do empreendimento o Shopping Bourbon, que, segundo a fonte levou, de
pronto, 50 lojistas do West Plaza ao abrir as suas portas. Do outro lado da ponte, que dá
acesso à Marginal Tietê, um novo empreendimento da Cyrella, o Tietê Plaza, inaugurado no
final de 2013, vem diminuindo o fluxo dos moradores que vinham da zona Norte. E, alguns
quilômetros à frente, está o Pátio Higienópolis, hoje um rentável concorrente. Há ainda o
shopping Villa-Lobos, que atende a demanda dos moradores do Alto da Lapa e adjacências.
Para uma outra fonte do setor, a "pá de cal" foi mesmo a abertura do Bourbon.
"A credibilidade da parte comercial do West Plaza é zero. As reformas são cosméticas, entre
elas a melhoria de banheiros. Mas o local segue com uma arquitetura que já não é mais
usada, um conceito em desuso. Pode ser que o fluxo melhore com o complexo de cinemas
que será inaugurado, mas isso ainda deve demorar pelo menos dois anos", acredita a fonte.
Em um comunicado à Bovespa, o BTG Pactual informou, em junho de 2014, que as obras
dos cinemas, antes orçadas em R$ 9,7 milhões, tiveram que passar por ajustes que
aumentaram em R$ 5 milhões o seu custo, totalizando R$ 14,7 milhões. Em novo
comunicado divulgado no último dia 25, o BTG informa que o total de obras a pagar está em
R$ 17,4 milhões. E que o caixa do shopping tinha, no final de dezembro de 2014, R$ 8
milhões. Já o caixa do fundo, dispunha de apenas R$ 29 mil. Motivo pelo qual a empresa
não pagará dividendos a seus cotistas. No último demonstrativo de receitas da empresa, de
2013, os ganhos com aluguel caíram de R$ 6,1 milhões, em 2012, para R$ 5,9 milhões em
2013. O salto em receita veio com o estacionamento, cujo faturamento passou de R$ 663 mil
em 2012 para R$ 1,2 milhão em 2013. Procurado, o BTG não comentou a situação do
shopping.
"Dá pena de ver o que ele foi e o que é hoje. Acho muito difícil a recuperação do
empreendimento. O processo de melhoria é lento e a concorrência está muito à frente",
acrescenta a fonte.
A Aliansce informou que nos dois primeiros anos à frente do shopping — a empresa entrou
no empreendimento em 2012 — , investiu R$ 20 milhões na modernização de sanitários,
escadas, revestimentos, iluminação, paisagismo e sinalização interna. E que desde o
primeiro semestre de 2014 está investindo mais R$ 18 milhões em uma expansão que
abrigará sete novas salas de cinema de última tecnologia da bandeira Cinemark e um teatro.
Ficha Técnica
Empresa: ANEPAC
Autor: Erica Ribeiro
Estado: SP
Categoria: Infra-estrutura e Habitação
Cidade: SÃO PAULO
Tipo Veículo: JORNAL
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