Estão sendo criadas drogas
contra a artrite reumatoide
menos nocivas à saúde
do que as disponíveis hoje?
A ARTRITE REUMATOIDE é uma doença
inflamatória crônica que tem como consequência lesão articular, com deformidades. Essa afecção compromete a capacidade
funcional e a qualidade de vida de seus portadores, podendo ainda reduzir a expectativa de vida,
uma vez que aumenta o risco de doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente
vascular cerebral.
Quanto ao tratamento, a regra básica é que o
paciente tenha consciência da importância de um
compromisso sério com a terapia. É necessário um
controle rígido da inflamação causada pela doença, com o objetivo de minimizar os danos que ela
provoca. Hoje, quando o diagnóstico é feito precocemente, vislumbra-se o controle da doença e,
muitas vezes, a sua cura.
SPL/LATINSTOCK
CARLOS ROBERTO C. CARDOZO, COMENDADOR LEVY GASPARIAN/RJ
Uma nova geração de medicamentos para
tratar a artrite reumatoide – que inclui a terapia
biológica – mudou a história dessa doença. Os
agentes biológicos são uma nova classe de medicamentos que têm sido usados na prática clínica
desde 1998. Obtidos por engenharia genética, eles
reproduzem os efeitos de substâncias que já existem no organismo, fabricadas pelo sistema imune,
e atuam diretamente no processo inflamatório.
Várias dessas drogas já estão no mercado, e seu
uso depende de uma avaliação criteriosa do médico especialista – o reumatologista (clínico do
aparelho locomotor) – quando o tratamento convencional falha.
José Goldenberg
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN (SÃO PAULO)
‘ILHA DE ESTABILIDADE’ diz respeito a um grupo específico de elementos com
núcleos na região de 114 prótons e 184 nêutrons que teriam um tempo de
sobrevida suficientemente longo para que possam ser quimicamente caracterizados e ter suas propriedades investigadas. Eles pertencem a uma
categoria chamada elementos superpesados – assim denominados por
terem um número atômico (quantidade de prótons no núcleo) maior do que
103 e número de massa (soma de prótons e nêutrons) maior do que 270 –,
cujas meias-vidas (tempo para metade do número de átomos se desintegrar)
são extremamente curtas, da ordem de micro ou milissegundos, permitindo
apenas determinar o número atômico e o número de massa.
Até hoje, foram produzidos em laboratório 15 elementos superpesados,
indo do número atômico 104 ao 118. Em abril de 2010, foi anunciada a
produção artificial do elemento 117, com 177 nêutrons, isótopo de maior
número de nêutrons observado até agora. Essa descoberta representa um
indício experimental de que os pesquisadores estão se aproximando da
‘ilha de estabilidade’.
Odilon Tavares
SPL/LATINSTOCK
CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS
288 | DEZEMBRO 2011 | CIÊNCIAHOJE | 5
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Estão sendo criadas drogas contra a artrite