LAUS PERENE
Paróquias em Adoração até ao dia das Ordenações
VOCAÇÕES PARA A
NOVA EVANGELIZAÇÃO
16 de Maio a 2 de Julho
CALENDÁRIO
DATA
PARÓQUIA
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01
02
Sé
Alvorninha
S. Nicolau
Benfica
Olivais Sul
Linda-a-Velha
Peniche
Campo Grande
Belas
Lourinhã
Estoril
Queluz
S. João de Brito
Óbidos
Cascais
Ramada
Algueirão
Arruda dos Vinhos
Livramento de Mafra
Rio de Mouro
Sintra
Carvoeira
Évora de Alcobaça
Sacavém
Ericeira
Bombarral
Milharado
Mafra
S. Mamede da Ventosa
Caldas da Rainha
S. Maria dos Olivais
Sobral de Monte Agraço
Benedita
Loures
S. Francisco Xavier
Arroios
Algés
S. João das Lampas
Cadaval
Alcântara
Alcoentre
Vilar
Merceana
Oeiras
Lapa
Parque das Nações
Nazaré
Portela de Sacavém
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Maio
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
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de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Junho
de Julho
de Julho
motivado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para guiar os outros na fé»
INTRODUÇÃO
(Catecismo da Igreja Católica, n. 166). Agradeçamos sempre ao Senhor pelo dom da Igreja;
ela faz-nos progredir com segurança na fé, que nos dá a vida verdadeira (cf. Jo 20, 31).
Na história da Igreja, os santos e os mártires hauriram da Cruz gloriosa de Cristo a força para
serem fiéis a Deus até à doação de si mesmos; na fé encontraram a força para vencer as
próprias debilidades e superar qualquer adversidade. De facto, como diz o apóstolo João,
«Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é Filho de Deus?» (1 Jo 5, 5). E a
vitória que nasce da fé é a do amor. Quantos cristãos foram e são um testemunho vivo da
força da fé que se exprime na caridade; foram artífices de paz, promotores de justiça,
animadores de um mundo mais humano, um mundo segundo Deus; comprometeram-se nos
vários âmbitos da vida social, com competência e profissionalidade, contribuindo de modo
eficaz para o bem de todos. A caridade que brota da fé levou-os a dar um testemunho muito
concreto, nas acções e nas palavras: Cristo não é um bem só para nós próprios, é o bem mais
precioso que temos para partilhar com os outros. Na era da globalização, sede testemunhas
da esperança cristã em todo o mundo: são muitos os que desejam receber esta esperança!
Diante do sepulcro do amigo Lázaro, morto havia quatro dias, Jesus, antes de o chamar de
novo à vida, disse à sua irmã Marta: «Se acreditasses, verias a glória de Deus» (cf. Jo 11, 40).
Também vós, se acreditardes, se souberdes viver e testemunhar a vossa fé todos os dias,
tornar-vos-eis instrumentos para fazer reencontrar a outros jovens como vós o sentido e a
alegria da vida, que nasce do encontro com Cristo!
Rumo à Jornada Mundial de Madrid
Em pleno Tempo Pascal, iniciamos uma longa jornada de Laus Perene,
atravessando muitas comunidades de toda a nossa Diocese. A ressurreição de Cristo e o dom
do seu Espírito, impulsionam-nos para a comunhão viva com Deus e uns com os outros. A
Igreja e a sua missão nascem da força e da luz do Ressuscitado e dos dinamismos do Espírito
Santo. A vida da Igreja e os apelos da Nova Evangelização são possíveis e fecundos, na
comunhão viva e sacramental com o Senhor Jesus Vivo que venceu o pecado e a morte e nos
abriu para a vida definitiva.
O percurso do Laus Perene pelas nossas comunidades quer, em primeiro lugar,
acentuar que esse é o caminho da Igreja: voltar-se para o seu Esposo e devotar-Lhe um amor
carregado de contemplação, escuta e confiança. A Igreja, entregue às meras forças ou dotes
dos seus membros estará sempre incompleta, porque ela é Corpo de Cristo, Sacramento da
sua Vida, Esposa numa aliança definitiva.
Por isso mesmo, este Laus Perene quer trazer para a adoração duas dimensões
importantíssimas da vida e da missão da Igreja de Lisboa: a necessidade de vocações
sacerdotais e consagradas, e a Nova Evangelização. Na adoração própria do amor,
nasce aquele espaço interior da escuta e da obediência que permite acolher o chamamento
de Deus. E no amor emergente da adoração cresce a urgência de o comunicar, de estender a
todos os homens a experiência viva e libertadora desse mesmo amor. A Nova Evangelização
não é propaganda nem campanha: ela é a necessidade que o amor impõe à Igreja, de
anunciar o seu Senhor e de envolver todos os homens na mesma aliança de comunhão e paz.
Mas este Laus Perene é também atravessado por uma intensa gratidão: no ano do
jubileu sacerdotal do Senhor Patriarca, queremos agradecer o dom da sua vida e do seu
ministério. São um sinal muito forte da fidelidade de Deus para com a Igreja de Lisboa, do
zelo de Cristo Sacerdote por todos nós e da sua generosidade para com a nossa comunidade
diocesana.
O Laus Perene que iniciaremos no próximo dia 16 de Maio e decorrerá até ao dia
das Ordenações, pretende envolver toda a Diocese num grande movimento de adoração.
Para este movimento de oração há cerca de 50 comunidades da nossa Diocese que garantem
a continuidade noite e dia, da adoração ao Santíssimo Sacramento. Mas todas podem juntarse alargando ainda mais a força orante da nossa Igreja Diocesana.
O presente guião é um modesto contributo para os dias de adoração. Reúne alguns
elementos simples que podem ajudar na organização dos tempos individuais e comunitários
de adoração. Por isso juntámos 3 esquemas para a Exposição do Santíssimo, bem como os
mistérios do Rosário com propostas de meditação. Juntamos ainda excertos de 3 textos de
referência: Carta do Senhor Patriarca sobre a Nova Evangelização, Mensagem do
Santo Padre para as Jornadas Mundiais da Juventude e Mensagem do Santo Padre
para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Jesus Ressuscitado, Bom Pastor, Pão Vivo descido do Céu, há-de renovar-nos na
comunhão e na missão, e nos dará todas vocações necessárias para correspondermos
inteiramente ao seu amor.
28
1
I- EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
desorientação perante a sua morte. Na noite de Páscoa o Senhor apareceu aos discípulos,
ESQUEMA I
mas Tomé não estava presente, e quando lhe foi contado que Jesus estava vivo e se mostrou,
CÂNTICO (De acordo com os hábitos da comunidade. Deve ser de tonalidade eucarística
cravos e não meter a mão no Seu lado, não acreditarei» (Jo 20, 25). Também nós
declarou: «Se eu não vir o sinal dos cravos nas Suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos
ou vocacional.)
gostaríamos de poder ver Jesus, de poder falar com Ele, de sentir ainda mais forte a sua
presença. Hoje para muitos, o acesso a Jesus tornou-se difícil. Circulam tantas imagens de
SAUDAÇÃO INICIAL (O sacerdote inicia a celebração com a forma habitual. Deve dirigir
Jesus que se fazem passar por científicas e O privam da sua grandeza, da singularidade da
breves palavras à assembleia, convidando ao espírito de oração e recordando os 3 motivos
Sua pessoa. Portanto, durante longos anos de estudo e meditação, maturou em mim o
principais deste movimento contínuo de louvor: o cultivo da adoração eucarística, a
pensamento de transmitir um pouco do meu encontro pessoal com Jesus num livro: quase
necessidade de vocações para a Nova Evangelização e o jubileu sacerdotal do Senhor
para ajudar a ver, a ouvir, a tocar o Senhor, no qual Deus veio ao nosso encontro para se dar a
Patriarca. Pode ser ainda importante valorizar a dimensão diocesana deste percurso de
conhecer. De facto, o próprio Jesus aparecendo de novo aos discípulos depois de oito dias, diz
adoração que atravessará todas as vigararias da Diocese.)
a Tomé: «Chega aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no Meu
lado; e não sejas incrédulo, mas crente» (Jo 20, 27). Também nós temos a possibilidade de
ORAÇÃO (Rezada pelo sacerdote ou, na falta dele, por quem estiver a conduzir a
ter um contacto sensível com Jesus, meter, por assim dizer, a mão nos sinais da sua Paixão,
celebração.)
os sinais do seu amor: nos Sacramentos Ele torna-se particularmente próximo de nós, doa-
Senhor Jesus, vinde ao nosso encontro na luz da vossa Palavra e na doçura da Presença
se a nós. Queridos jovens, aprendei a «ver», a «encontrar» Jesus na Eucaristia, onde está
Eucarística. Disponde o nosso coração a receber-Vos com amor e humildade para Vos
presente e próximo até se fazer alimento para o nosso caminho; no Sacramento da
seguirmos como discípulos fiéis. A Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Penitência, no qual o Senhor manifesta a sua misericórdia ao oferecer-nos sempre o seu
perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres, nos doentes, nos irmãos que estão em
CÂNTICO E EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO (Enquanto se canta um cântico de tonalidade
dificuldade e precisam de ajuda. Abri e cultivai um diálogo pessoal com Jesus Cristo, na fé.
eucarística, que suscite o louvor e a adoração, expõe-se o Santíssimo Sacramento no altar
Conhecei-o mediante a leitura dos Evangelhos e do Catecismo da Igreja Católica; entrai em
preparado para o efeito. Se o Santíssimo já está exposto, pode todavia cantar-se como forma
diálogo com Ele na oração, dai-lhe a vossa confiança: ele nunca a trairá! «Antes de mais, a fé
de preparação para a escuta de Deus que se seguirá por meio da palavra da Igreja e da
é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o
Sagrada Escritura.)
assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus» (Catecismo da Igreja Católica, n.
ESCUTA DA PALAVRA (Dispõem-se 3 leituras para serem proclamadas e rezadas durante a
num sentimento religioso ou numa vaga recordação da catequese da vossa infância. Podereis
adoração. O salmo que se apresenta pode ser recitado por toda a assembleia. Podem-se
conhecer Deus e viver autenticamente d’Ele, como o apóstolo Tomé, quando manifesta com
alterar ou acrescentar leituras.)
força a sua fé em Jesus: «Meu Senhor e meu Deus!».
150). Assim podereis adquirir uma fé madura, sólida, que não estará unicamente fundada
I LEITURA - Santo Padre Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial de Oração
Amparados pela fé da Igreja para ser testemunhas
pelas Vocações de 2011
5. Naquele momento Jesus exclama: «Porque Me viste, acreditaste. Bem-aventurados os
A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante:
que, sem terem visto, acreditaram!» (Jo 20, 29). Ele pensa no caminho da Igreja, fundada
convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele;
sobre a fé das testemunhas oculares: os Apóstolos. Compreendemos então que a nossa fé
ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do
pessoal em Cristo, nascida do diálogo com Ele, está ligada à fé da Igreja: não somos crentes
Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá
isolados, mas, pelo Baptismo, somos membros desta grande família, e é a fé professada pela
muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto-
Igreja que dá segurança à nossa fé pessoal. O credo que proclamamos na Missa dominical
realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-
protege-nos precisamente do perigo de crer num Deus que não é o que Jesus nos revelou:
lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e
«Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser
2
27
cidade de Colossos. Com efeito, aquela comunidade estava ameaçada pela influência de
se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de
determinadas tendências culturais da época, que afastavam os fiéis do Evangelho. O nosso
reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).
contexto cultural, queridos jovens, tem numerosas analogias com o tempo dos Colossenses
daquela época. De facto, há uma forte corrente de pensamento laicista que pretende
marginalizar Deus da vida das pessoas e da sociedade, perspectivando e tentando criar um
SALMO – Sl 15
«paraíso» sem Ele. Mas a experiência ensina que o mundo sem Deus se torna um «inferno»:
Defendei-me, Senhor, Vós sois o meu refúgio. *
prevalecem os egoísmos, as divisões nas famílias, o ódio entre as pessoas e entre os povos, a
falta de amor, de alegria e de esperança. Ao contrário, onde as pessoas e os povos acolhem a
presença de Deus, o adoram na verdade e ouvem a sua voz, constrói-se concretamente a
civilização do amor, na qual todos são respeitados na sua dignidade, cresce a comunhão, com
os frutos que ela dá. Contudo existem cristãos que se deixam seduzir pelo modo de pensar
laicista, ou são atraídos por correntes religiosas que afastam da fé em Jesus Cristo. Outros,
sem aderir a estas chamadas, simplesmente deixaram esmorecer a sua fé, com inevitáveis
consequências negativas a nível moral.
Digo ao Senhor: «Vós sois o meu Deus,
sois o meu único bem».
Para os santos da terra, admiráveis em seu poder, *
vai todo o meu afecto.
Os que seguem deuses estranhos *
redobrem as suas penas.
Não serei eu a fazer-lhes libações de sangue *
nem a invocar seus nomes com meus lábios.
Aos irmãos contagiados por ideias alheias ao Evangelho, o apóstolo Paulo recorda o poder de
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice, *
Cristo morto e ressuscitado. Este mistério é o fundamento da nossa vida, o centro da fé
está nas vossas mãos o meu destino.
cristã. Todas as filosofias que o ignoram, que o consideram «escândalo» (1 Cor 1, 23),
Couberam-me em partilha terras aprazíveis: *
mostram os seus limites diante das grandes perguntas que habitam o coração do homem. Por
isso também eu, como Sucessor do apóstolo Pedro, desejo confirmar-vos na fé (cf. Lc 22,
32). Nós cremos firmemente que Jesus Cristo se ofereceu na Cruz para nos doar o seu amor;
na sua paixão, carregou os nossos sofrimentos, assumiu sobre si os nossos pecados, obtevenos o perdão e reconciliou-nos com Deus Pai, abrindo-nos o caminho da vida eterna. Deste
modo fomos libertados do que mais entrava a nossa vida: a escravidão do pecado, e podemos
amar a todos, até os inimigos, e partilhar este amor com os irmãos mais pobres e em
dificuldade.
muito me agrada a minha sorte.
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado, *
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença, *
com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta, *
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, *
Queridos amigos, muitas vezes a Cruz assusta-nos, porque parece ser a negação da vida. Na
realidade, é o contrário! Ela é o «sim» de Deus ao homem, a expressão máxima do seu amor
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida, *
e a nascente da qual brota a vida eterna. De facto, do coração aberto de Jesus na cruz brotou
alegria plena em vossa presença, †
esta vida divina, sempre disponível para quem aceita erguer os olhos para o Crucificado.
delícias eternas à vossa direita.
Portanto, não posso deixar de vos convidar a aceitar a Cruz de Jesus, sinal do amor de Deus,
como fonte de vida nova. Fora de Cristo morto e ressuscitado, não há salvação! Só Ele pode
libertar o mundo do mal e fazer crescer o Reino de justiça, de paz e de amor pelo qual todos
EVANGELHO - Mt 4, 18-22
aspiram.
18Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e
Crer em Jesus Cristo sem o ver
«Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» 20E eles deixaram as redes
4. No Evangelho é-nos descrita a experiência de fé do apóstolo Tomé ao acolher o mistério da
imediatamente e seguiram-no. 21Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho
seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. 19Disse-lhes:
Cruz e da Ressurreição de Cristo. Tomé faz parte dos Doze apóstolos; seguiu Jesus; foi
de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro
testemunha directa das suas curas, dos milagres; ouviu as suas palavras; viveu a
do barco. Chamou-os, e 22eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no.
26
3
PRECES
reconquistar esta certeza. Tive que me perguntar: é este verdadeiramente o meu caminho? É
Confiemos ao Senhor, vivo e presente no meio de nós, as nossas necessidades e as de
deveras esta a vontade do Senhor para mim? Serei capaz de Lhe permanecer fiel e de estar
toda a Igreja, e digamos:
totalmente disponível para Ele, ao Seu serviço? Uma decisão como esta deve ser também
Jesus, Sumo e Eterno sacerdote, ouvi-nos
sofrida. Não pode ser de outra forma. Mas depois surgiu a certeza: é bem assim! Sim, o
Senhor quer-me, por isso também me dará a força. Ao ouvi-Lo, ao caminhar juntamente com
- Pelo Senhor Patriarca, para que Jesus Bom Pastor o encha das forças
necessárias para apascentar a nossa comunidade diocesana, oremos irmãos.
- Pelos Bispos Auxiliares e pelos Padres da nossa Diocese, para que sejam
testemunho permanente de Cristo Bom Pastor, oremos irmãos.
- Pela nossa Igreja Diocesana para que se renove no dinamismo da Nova
Evangelização, ao encontro de todos os que esperam por Cristo, oremos irmãos.
- Pelos nossos Seminários, para que sejam escolas de verdadeiros discípulos e
evangelizadores, oremos irmãos.
Ele torno-me deveras eu mesmo. Não conta a realização dos meus próprios desejos, mas a
Sua vontade. Assim a vida torna-se autêntica.
Tal como as raízes da árvore a mantêm firmemente plantada na terra, também os
fundamentos dão à casa uma estabilidade duradoura. Mediante a fé, nós somos fundados em
Cristo (cf. Cl 2, 7), como uma casa é construída sobre os fundamentos. Na história sagrada
temos numerosos exemplos de santos que edificaram a sua vida sobre a Palavra de Deus. O
primeiro foi Abraão. O nosso pai na fé obedeceu a Deus que lhe pedia para deixar a casa
paterna a fim de se encaminhar para uma terra desconhecida. «Abraão acreditou em Deus e
- Pelos jovens e por todos aqueles que a quem Jesus interpela para uma vida de
isso foi-lhe atribuído à conta de justiça e foi chamado amigo de Deus» (Tg 2, 23). Estar
especial consagração, para que abram as portas do seu coração a Cristo, oremos irmãos.
fundados em Cristo significa responder concretamente à chamada de Deus, confiando n’Ele e
- Pelos Sacerdotes que já partiram desta vida, para que encontrem na vida
eterna a paz em plenitude, oremos irmãos.
pondo em prática a sua Palavra. O próprio Jesus admoesta os seus discípulos: «Porque me
chamais: “Senhor, Senhor” e não fazeis o que Eu digo?» (Lc 6, 46). E, recorrendo à imagem
PAI NOSSO
da construção da casa, acrescenta: «todo aquele que vem ter Comigo, escuta as Minhas
palavras e as põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa: Cavou,
ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Sobreveio a inundação, a torrente
Senhor Jesus Cristo.,
arremessou-se com violência contra aquela casa e não pôde abalá-la por ter sido bem
Bom Pastor da vossa Igreja,
construída» (Lc 6, 47-48). Queridos amigos, construí a vossa casa sobre a rocha, como o
Vós que tanto nos amastes
homem que «cavou muito profundamente». Procurai também vós, todos os dias, seguir a
que destes a vida por todos nós,
Palavra de Cristo. Senti-O como o verdadeiro Amigo com o qual partilhar o caminho da vossa
e, depois de ressuscitado de entre os mortos,
vida. Com Ele ao vosso lado sereis capazes de enfrentar com coragem e esperança as
prometestes estar connosco até ao fim dos tempos,
dificuldades, os problemas, também as desilusões e as derrotas. São-vos apresentadas
nós vos suplicamos:
continuamente propostas mais fáceis, mas vós mesmos vos apercebeis que se revelam
fazei com que haja mais cristãos
enganadoras, que não vos dão serenidade e alegria. Só a Palavra de Deus nos indica o
que se deixem cativar pelo Vosso amor
caminho autêntico, só a fé que nos foi transmitida é a luz que ilumina o caminho. Acolhei com
e se ofereçam para o irradiar pelo mundo
gratidão este dom espiritual que recebestes das vossas famílias e comprometei-vos a
como sacerdotes, religiosos ou religiosas.
responder com responsabilidade à chamada de Deus, tornando-vos adultos na fé. Não
Ajudai-nos, Senhor, a tudo fazermos
acrediteis em quantos vos dizem que não tendes necessidade dos outros para construir a
para que esta graça nos seja concedida
vossa vida! Ao contrário, apoiai-vos na fé dos vossos familiares, na fé da Igreja, e agradecei
na comunidade cristã a que pertencemos.
ao Senhor por a ter recebido e feito vossa!
Teremos então mais razões para Vos bendizer,
em união com Santa Maria,
Firmes na fé
Vossa Mãe bendita.
3. «Enraizados e fundados em Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). A Carta da qual é tirado este
Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
convite, foi escrita por São Paulo para responder a uma necessidade precisa dos cristãos da
Ámen.
4
25
vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos
BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO (Procede-se à bênção como é costume e, no caso de
Seminaristas , 18 de Outubro de 2010).
terminarem as 24 horas de adoração, repõe-se o Santíssimo Sacramento no sacrário. Caso
contrário, contínua em exposição para adoração dos fiéis.)
III - EXCERTO DA MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A XXVI JORNADA
MUNDIAL DA JUVENTUDE 2011
CÂNTICO MARIANO (Esta pequena celebração termina com um cântico a Nossa Senhora,
dos que forem mais habituais na comunidade. Não havendo possibilidade de cantar, pode
«Enraizados e edificados n’Ele... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7).
fazer-se uma das orações marianas mais conhecidas.)
Enraizados e fundados em Cristo
2. Para ressaltar a importância da fé na vida dos crentes, gostaria de me deter sobre cada
uma das três palavras que São Paulo usa nesta sua expressão: «Enraizados e fundados em
ESQUEMA II
Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). Nela podemos ver três imagens: «enraizado» recorda a
árvore e as raízes que a alimentam; «fundado» refere-se à construção de uma casa; «firme»
evoca o crescimento da força física e moral. Trata-se de imagens muito eloquentes. Antes de
CÂNTICO (De acordo com os hábitos da comunidade. Deve ser de tonalidade eucarística ou
sacerdotal.)
as comentar, deve-se observar simplesmente que no texto original as três palavras, sob o
ponto de vista gramatical, estão no passivo: isto significa que é o próprio Cristo quem toma a
iniciativa de radicar, fundar e tornar firmes os crentes.
A primeira imagem é a da árvore, firmemente plantada no solo através das raízes, que a
tornam estável e a alimentam. Sem raízes, seria arrastada pelo vento e morreria. Quais são
as nossas raízes? Naturalmente, os pais, a família e a cultura do nosso país, que são uma
componente muito importante da nossa identidade. A Bíblia revela outra. O profeta Jeremias
SAUDAÇÃO INICIAL (O sacerdote inicia a celebração com a forma habitual. Deve dirigir
breves palavras à assembleia, convidando ao espírito de oração e recordando os 3 motivos
principais deste movimento contínuo de louvor: o cultivo da adoração eucarística, a
necessidade de vocações para a Nova Evangelização e o jubileu sacerdotal do Senhor
Patriarca. Pode ser ainda importante valorizar a dimensão diocesana deste percurso de
adoração que atravessará todas as vigararias da Diocese.)
escreve: «Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o
Senhor. É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente;
não teme quando vem o calor, a sua folhagem fica sempre verdejante. Não a inquieta a seca
de um ano; continua a produzir frutos» (Jr 17, 7-8). Estender as raízes, para o profeta,
significa ter confiança em Deus. D’Ele obtemos a nossa vida; sem Ele não poderíamos viver
verdadeiramente. «Deus deu-nos a vida eterna, e esta vida está em Seu Filho» (1 Jo 5, 11). O
CÂNTICO E EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO (Enquanto se canta um cântico de tonalidade
eucarística, que suscite o louvor e a adoração, expõe-se o Santíssimo Sacramento no altar
preparado para o efeito. Se o Santíssimo já está exposto, pode todavia cantar-se como forma
de preparação para a escuta de Deus que se seguirá por meio da palavra da Igreja e da
Sagrada Escritura.)
próprio Jesus apresenta-se como nossa vida (cf. Jo 14, 6). Por isso a fé cristã não é só crer em
verdades, mas é antes de tudo uma relação pessoal com Jesus Cristo, é o encontro com o
Filho de Deus, que dá a toda a existência um novo dinamismo. Quando entramos em relação
pessoal com Ele, Cristo revela-nos a nossa identidade e, na sua amizade, a vida cresce e
ACLAMAÇÕES (Depois de exposto o Santíssimo Sacramento, dirigem-se a Jesus um
conjunto de aclamações. Podem ser ditas em comum por toda a assembleia, ou então
pronunciadas pelo presidente e repetidas pela assembleia.)
realiza-se em plenitude. Há um momento, quando somos jovens, em que cada um de nós se
pergunta: que sentido tem a minha vida, que finalidade, que orientação lhe devo dar? É uma
fase fundamental, que pode perturbar o ânimo, às vezes também por muito tempo. Pensa-se
no tipo de trabalho a empreender, quais relações sociais estabelecer, que afectos
desenvolver... Neste contexto, penso de novo na minha juventude. De certa forma muito
cedo tive a consciência de que o Senhor me queria sacerdote. Mais tarde, depois da Guerra,
quando no seminário e na universidade eu estava a caminho para esta meta, tive que
24
- Bendito Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo
- Bendito Jesus Cristo, Fonte da Vida Eterna
- Bendito Jesus Cristo, Único e Eterno Sacerdote
- Bendito Jesus Cristo, Palavra Eterna de Deus
- Bendito Jesus Cristo, Bom Pastor da Humanidade
- Bendito Jesus Cristo, Esposo da Igreja
5
- Bendito Jesus Cristo, Rei do Universo
que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias
- Bendito Jesus Cristo, Rei dos Sacerdotes
cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.
- Bendito Jesus Cristo, Consolador dos aflitos
O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar
- Bendito Jesus Cristo, Esperança de todos os homens
nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens»
ESCUTA DA PALAVRA (Dispõem-se 3 leituras para serem proclamadas e rezadas durante a
seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a
adoração. O salmo que se apresenta pode ser recitado por toda a assembleia. Podem-se
vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim,
(Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o
alterar ou acrescentar leituras.)
«sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1),
confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por
I LEITURA – D. José Policarpo, Carta Pastoral sobre a Nova Evangelização, 2010
todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28,
Evangelizar é participar na urgência de Jesus Cristo em anunciar o Reino de Deus, expressão
19). A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante:
do seu amor salvífico. Cristo continua a ser o primeiro e o principal evangelizador , missão
convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele;
que Ele continua a realizar através dos seus discípulos, que participam da sua Paixão pelo
ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do
anúncio do Reino de Deus. É por isso que Paulo exclama: “Ai de mim se não evangelizar”
Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá
(1Cor, 9,16). Para o cristão, evangelizar é expressão do seu amor a Jesus Cristo. Ela é sempre
muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto-
uma expressão de amor, porque só o amor converte e brota da relação com Jesus Cristo
realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-
numa comunhão de amor. Evangelizar é sempre anunciar o amor de Deus, em Jesus Cristo.
lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e
Como afirmei no encerramento do recente Congresso Missionário Nacional em Fátima, “Toda
se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de
a missão, na Igreja, se resume a isso: anunciar o amor infinito com que Deus ama todos os
reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).
homens e que exprime, de forma total e radical, em Jesus Cristo e no amor com que nos
Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em
amou, ao dar a vida por nós. A missão é o anúncio desse amor, procura levar todos os homens
Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos;
a sentirem-se amados: amados porque perdoados; amados porque convidados para novos
significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e
horizontes de liberdade; amados porque sentiram um sentido novo na vida, um novo
própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida
horizonte de esperança. Ao sentirem-se amados, os seus corações abrem-se para o amor a
consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes. O Senhor não
Deus e aos irmãos.Mas a Igreja só pode anunciar o amor, amando e deixando-se amar. Ela é o
deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja
fruto fecundo do infinito amor de Deus que a ama em Jesus Cristo. E ao mergulhar nesse
no ministério ordenado e na vida consagrada; e a Igreja «é chamada a proteger este dom, a
amor, ela abraça o mundo com o amor de Jesus Cristo, porque ela é o sacramento da
estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações
salvação, realizada pelo amor de Cristo. Evangelizar é levar os homens a sentirem a força
sacerdotais» (João Paulo II , Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis , 41). Especialmente
transformadora do amor de Cristo na Cruz, e os homens sentirão a força desse abraço se se
neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O
sentirem amados pela Igreja. Evangelizar não é um programa, uma atitude de estratégia
seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã,
proselitista, é uma loucura de amor. Só o amor fará a Igreja não desistir de anunciar Jesus
cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É
Cristo, em todos os tempos e circunstâncias e a abrirá às surpreendentes maravilhas que só o
importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida
amor de Deus pode realizar”.
sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade
SALMO – Sl 62
como fiz quando escrevi aos que se decidiram entrar no Seminário: «Fizestes bem [em tomar
Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro. *
essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do
inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. Da minha parte, sempre os encorajo
A minha alma tem sede de Vós.
predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus
Por Vós suspiro *
Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira
6
23
que o elemento essencial é comum em todas as vocações e que é a falta do ardor da
santidade que as faz valorizar particularismos de carismas ou tradições que em nada
como terra árida, sequiosa, sem água.
Quero contemplar-Vos no santuário, *
contribuem para a unidade da Igreja, um só corpo em Cristo. Cito mais um texto de
Madeleine Delbrêl, referindo-se ao sacerdote que acompanhava o seu grupo. “Pertencer ao
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida: *
Senhor Jesus era torná-l’O glorioso e tornar bem-aventurado aquele que Lhe pertencia. Mas
pertencer-Lhe como? O padre não se preocupava muito com isso. Confiava que o Senhor se
por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.
Assim Vos bendirei toda a minha vida *
faria compreender por cada um. Desconfiava de vocações fabricadas pela mão dos homens,
mesmo que fossem mãos de sacerdotes. Se o amor do Senhor Jesus estiver numa vida, Ele
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares *
criará nela a vocação pessoal dessa vida”. Todos são convidados a fazer sua a convicção de
Santa Teresa de Lisieux: “A minha vocação é o amor”. “Quando o Senhor Jesus se explicou,
e com vozes de júbilo Vos louvarei.
Quando no leito Vos recordo, *
quando alguém compreendeu o que Ele queria: um casamento, um mosteiro, o sacerdócio, o
celibato escolhido ou aceite, o P. Lorenzo saía então dos seus invencíveis silêncios e falava
passo a noite a pensar em Vós.
Porque Vos tornastes o meu refúgio, *
dessa vocação como se fosse a única vocação que existia no mundo. É por isso que aqueles
que se tinham dado incondicionalmente ao Senhor, chegavam a uma espantosa variedade de
exulto à sombra das vossas asas.
Unido a Vós estou, Senhor, *
destinos” .É a esta variedade de “vocações” e de “missões” existentes na Igreja de hoje que
a vossa mão me serve de amparo.
se dirige este convite. Todos têm em comum o ponto de partida que será, também, o ponto de
chegada: a palavra de amor que Jesus Cristo lhes dirige, convidando-as a construir a sua
EVANGELHO - Mt 16, 13-20
Igreja, como o Povo da sua predilecção, e a anunciarem a todos os homens o amor de Deus.
13Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
São todos convidados a não enrijecer a definição do próprio carisma, a letra dos seus
«Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» 14Eles responderam: «Uns dizem que é
estatutos ou constituições, para se encontrarem todos na Igreja com a paixão de anunciar
João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Jesus Cristo e o seu Reino. O que têm em comum é mais decisivo do que aquilo que os
15Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» 16Tomando a palavra, Simão
distingue.
Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» 17Jesus disse-lhe em resposta:
«És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o
meu Pai que está no Céu. 18Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a
minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. 19Dar-te-ei as chaves do Reino
II - EXCERTO DA MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 48º DIA
MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
desligado no Céu.» 20Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o
«Propor as vocações na Igreja local»
Messias.
A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas
do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será
PRECES
páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com
Apresentemos ao Senhor Jesus, vivo no meio de nós, os clamores da nossa oração, e
amor e solicitude. Objecto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus
digamos cheios de confiança,
mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9). Para começar, vê-se
Jesus Cristo, Deus Vivo e Verdadeiro, escutai-nos
claramente que o primeiro acto foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a
noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior
- Pelo Santo Padre e pela Igreja Universal
acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo
- Pelo Senhor Patriarca
íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são
- Pelos Senhores Bispos Auxiliares
fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente
- Pelos sacerdotes e diáconos
22
7
- Pelos sacerdotes em dificuldades
A experiência da salvação, em Igreja
- Pelos Seminários e Pré-Seminário
10. A “nova evangelização” desabrocha na experiência de Igreja, “comunidade evangelizada
- Pelos jovens em discernimento vocacional
e evangelizadora” . A Igreja nasce do Evangelho, vive do Evangelho, anuncia o Evangelho.
- Pelas famílias e pelas crianças
Paulo VI recorda, lembrando o Sínodo sobre “A Evangelização no Mundo Contemporâneo”:
- Pelos catequistas e educadores
“Nós queremos confirmar, uma vez mais, que a tarefa de evangelizar todos os homens
- Pelos nossos governantes
constitui a missão essencial da Igreja (…). Evangelizar constitui, de facto, a graça e a vocação
- Pelos que vivem sem fé
própria da Igreja, a sua mais profunda identidade”. A evangelização que leva à conversão faznos mergulhar na Igreja, comunidade que nasce do Evangelho e se identifica com Cristo. A
ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
evangelização deixa de ser uma atitude individual, para ser expressão do testemunho da
Senhor Jesus Cristo.,
Igreja, o verdadeiro sujeito da evangelização. Um sentido profundo de Igreja, de
Bom Pastor da vossa Igreja,
identificação com a Igreja, é essencial para que o dinamismo da “nova evangelização” possa
Vós que tanto nos amastes
levar à criatividade de caminhos e de expressões, sobretudo por parte dos leigos, sem se cair
que destes a vida por todos nós,
em visões individualistas e, por isso, dispersivas, da identidade cristã. Madeleine Delbrêl, que
e, depois de ressuscitado de entre os mortos,
escolhemos como um dos exemplos de leiga empenhada nesta aventura da evangelização,
prometestes estar connosco até ao fim dos tempos,
dá-nos um testemunho impressionante. Depois da sua conversão, que ela apelida de
nós vos suplicamos:
violenta, 18 anos depois de procurar ser testemunha do Evangelho no mundo real da França
fazei com que haja mais cristãos
do seu tempo, resolve ir a Roma e, em carta ao Papa, explica porquê: “Para que fosse um acto
que se deixem cativar pelo Vosso amor
de fé e nada mais, cheguei a Roma de manhã. Fui direitinha para o túmulo de São Pedro,
e se ofereçam para o irradiar pelo mundo
diante do altar onde vós celebrais a vossa Missa. Fiquei aí todo o dia e regressei a Paris à
como sacerdotes, religiosos ou religiosas.
noite”. E mais à frente acrescenta: “Roma é, para mim, uma espécie de sacramento do
Ajudai-nos, Senhor, a tudo fazermos
Cristo-Igreja e parecia-me que só em Roma certas graças se pedem para a Igreja e se obtêm
para que esta graça nos seja concedida
para ela” . Este sentido de Igreja, ancorado no ministério apostólico do Sucessor de Pedro,
na comunidade cristã a que pertencemos.
acompanhá-la-á toda a vida, sendo âncora segura em momentos de obscuridade.Este “novo
Teremos então mais razões para Vos bendizer,
ardor” da “nova evangelização” levar-nos-á a descobrir a Igreja toda, em todos os seus
em união com Santa Maria,
membros, como protagonistas desse anúncio da salvação, não apenas como executores de
Vossa Mãe bendita.
acções programadas, mas com a ousadia da criatividade, encontrando em cada circunstância
Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
da vida dos homens, a forma concreta de anunciar o Evangelho. Só sentindo-se membro da
Ámen.
“Igreja evangelizadora” essa ousadia da criatividade salvaguardará a unidade.
(...)
BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO (Procede-se à bênção como é costume e, no caso de
Quem é convidado a participar
terminarem as 24 horas de adoração, repõe-se o Santíssimo sacramento no sacrário. Caso
14. Esta pedagogia interpela pessoas e instituições. São convidados a participar todos os
contrário, contínua em exposição para adoração dos fiéis.)
cristãos que sintam um desejo sincero de caminhar na fidelidade, à sua consagração
CÂNTICO MARIANO (Esta pequena celebração termina com um cântico a Nossa Senhora,
desejo de fidelidade corresponde, como já dissemos, à busca da santidade. Isto dirige-se aos
dos que forem mais habituais na comunidade. Não havendo possibilidade de cantar, pode
sacerdotes, às pessoas consagradas, em famílias religiosas ou no meio do mundo, aos que
baptismal, à vocação que escolheram, porventura à missão que lhes foi entregue. Este
fazer-se uma das oração marianas mais conhecidas.)
escolheram o caminho do matrimónio e são chamados a aprofundar, através dele, a sua
comunhão de amor com Cristo.Este dinamismo de conversão ao amor de Jesus Cristo revela
8
21
fazendo-nos descobrir que todas as expressões da vida podem ser louvor de Deus, fazer
ESQUEMA III
parte desse convívio íntimo, no amor. Madeleine Delbrêl, escreveu a este respeito: “Mas
aquele que deve rezar, que deve oferecer o seu ser à força interior do Espírito, que diz Pai
CÂNTICO (De acordo com os hábitos da comunidade. Deve ser de tonalidade eucarística
Nosso, é um homem com tal temperamento, com determinadas circunstâncias de vida,
ou sacerdotal.)
nascido numa determinada época, no meio de um determinado grupo humano, carregado
com tais tentações. Habite uma casa grande ou um quarto super-povoado; trabalha no
SAUDAÇÃO INICIAL (O sacerdote inicia a celebração com a forma habitual. Deve dirigir
silêncio ou no tumulto; deve lutar contra a solidão ou contra a multidão. É de tudo isso que
breves palavras à assembleia, convidando ao espírito de oração e recordando os 3 motivos
deve brotar a sua maneira de rezar, a da manhã ou a da noite, a de hoje ou de amanhã, a da
principais deste movimento contínuo de louvor: a santificação dos sacerdotes no contexto do
juventude ou a da idade madura e da velhice. Mesmo a oração de louvor de um beneditino
Ano Sacerdotal, a necessidade de vocações sacerdotais e a visita apostólica do Santo Padre
será modificada por uma quantidade de factores concretos se ele quiser fazer da sua oração
ao nosso país. Pode ser ainda importante valorizar a dimensão diocesana deste percurso de
um meio e não fazer dela um fim falso” .Este realismo da oração só não leva ao individualismo
adoração que atravessará todas as vigararias da Diocese.)
porque toda a oração nos faz mergulhar no mistério da Igreja, o verdadeiro sujeito orante.
Bento XVI diz a respeito do Pai Nosso: Todas as vezes que recitamos o Pai Nosso, a nossa voz
CÂNTICO E EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO (Enquanto se canta um cântico de tonalidade
entrelaça-se com a da Igreja, porque quem reza nunca está sozinho. Cada fiel deverá
eucarística, que suscite o louvor e a adoração, expõe-se o Santíssimo Sacramento no altar
procurar e poderá encontrar na verdade e na riqueza da oração cristã, ensinada pela Igreja, o
preparado para o efeito. Se o Santíssimo já está exposto, pode todavia cantar-se como forma
próprio caminho, o seu modo de oração… portanto deixar-se-á conduzir… pelo Espírito Santo,
de preparação para a escuta de Deus que se seguirá por meio da palavra da Igreja e da
o qual o guia, através de Cristo, para o Pai” .
Sagrada Escritura.)
* A caridade vivida e experimentada no amor dos irmãos
ORAÇÃO (Rezada pelo sacerdote ou, na falta dele, por quem estiver a conduzir a
8. A evangelização tem de se tornar na expressão do amor de Jesus Cristo por todos os
celebração.)
homens, do nosso amor a Cristo, a Quem amamos, amando os irmãos como Ele os ama.
Senhor Jesus, Servo de Deus e da Humanidade, nós vos adoramos e glorificamos. Senhor
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo. 15,12). Esta experiência da caridade, no
Jesus, porque destes a vida por nós, dai-nos o vosso Espírito de amor para estarmos
amor dos irmãos, é o mais maravilhoso fruto da acção do Espírito Santo em nós. Mas aponta-
verdadeiramente ao serviço da evangelização de todos os que andam longe de Vós. A Vós
nos também o principal risco que corremos nas nossas expressões do amor fraterno: não
que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
amar como Jesus nos ama, mas amar à moda humana. “O amor humano, porque é amor, é
uma realidade maravilhosa. Os descrentes podem amar os outros com um amor magnífico.
ESCUTA DA PALAVRA (Dispõem-se 3 leituras para serem proclamadas e rezadas durante a
Mas nós, não é a esse amor que fomos chamados. Não é o nosso amor que temos para dar, é o
adoração. O salmo que se apresenta pode ser recitado por toda a assembleia. Podem-se
amor de Deus. O amor de Deus que é uma Pessoa Divina, que é o dom de Deus a nós, mas que
alterar ou acrescentar leituras. Podem usar-se para estas leituras, se for conveniente, a
permanece um dom, que deve, por assim dizer, atravessar-nos, trespassar-nos para ir para
biografia do Santo Cura de Ars ou então a Mensagem para o Dia das Vocações.)
além de nós, para ir para os outros” .Esta perspectiva é decisiva, por exemplo, na vivência do
matrimónio como caminho de santidade e na fecundidade evangelizadora das pessoas
I LEITURA - D. José Policarpo, Carta Pastoral sobre a Nova Evangelização, 2010
casadas. Também aqui a oração tem um papel decisivo. “É na oração, e só na oração, que
A evangelização tem de se tornar na expressão do amor de Jesus Cristo por todos os homens,
Cristo se revelará a nós em cada um dos outros, de uma forma cada vez mais profunda e
do nosso amor a Cristo, a Quem amamos, amando os irmãos como Ele os ama. “Amai-vos uns
clarividente. É na oração que poderemos pedir o dom a cada um, sem o que não haverá
aos outros como Eu vos amei” (Jo. 15,12). Esta experiência da caridade, no amor dos irmãos,
amor; é através dela que a nossa esperança crescerá, na medida e no número daqueles que
é o mais maravilhoso fruto da acção do Espírito Santo em nós. Mas aponta-nos também o
nós encontraremos e na profundidade das suas necessidades”.
principal risco que corremos nas nossas expressões do amor fraterno: não amar como Jesus
(...)
nos ama, mas amar à moda humana. “O amor humano, porque é amor, é uma realidade
maravilhosa. Os descrentes podem amar os outros com um amor magnífico. Mas nós, não é a
20
9
esse amor que fomos chamados. Não é o nosso amor que temos para dar, é o amor de Deus.
oração é fundamental para sentir o “novo ardor” da fé e da caridade, que faz do anúncio do
O amor de Deus que é uma Pessoa Divina, que é o dom de Deus a nós, mas que permanece
Evangelho uma “nova evangelização”. Mas o que é rezar? “Rezar é restabelecer entre Deus e
um dom, que deve, por assim dizer, atravessar-nos, trespassar-nos para ir para além de nós,
nós relações num sentido normal. É converter, voltar o nosso espírito, o nosso coração, a
para ir para os outros” .Esta perspectiva é decisiva, por exemplo, na vivência do matrimónio
nossa vontade para o lado de Deus que, sem cessar, é para nós Criador e Pai. A oração já é
como caminho de santidade e na fecundidade evangelizadora das pessoas casadas. Também
amor, ela exige o amor, acolhe o amor” .Só na oração se descobre a relação entre a fé, a
aqui a oração tem um papel decisivo. “É na oração, e só na oração, que Cristo se revelará a
esperança e a caridade. Capta-se esta união das três virtudes na relação privilegiada com
nós em cada um dos outros, de uma forma cada vez mais profunda e clarividente. É na oração
Jesus Cristo: acreditar n’Ele é amá-l’O e esperar a plena união com Ele. Só Cristo nos leva ao
que poderemos pedir o dom a cada um, sem o que não haverá amor; é através dela que a
Pai e vai fazendo desabrochar no horizonte do nosso coração o desejo da vida eterna. O
nossa esperança crescerá, na medida e no número daqueles que nós encontraremos e na
cristão deve evangelizar com o amor de Jesus Cristo e, ao anunciar o amor, proclama, talvez
profundidade das suas necessidades”.
sem o saber, o amor entre as pessoas divinas que se vão manifestando na sua individualidade
de pessoas distintas de quem a união de amor faz um só Deus. Nos evangelizadores a relação
com Deus tem de ser, prioritariamente, uma relação com Jesus Cristo. É nessa relação
intensa com Cristo que o crente interioriza a sua Palavra. A oração vive da Palavra, é
SALMO – Sl 114
conduzida por ela e permite que a Palavra de Cristo fique em nós, seja nossa, faça parte da
Amo o Senhor *
porque ouviu a voz da minha súplica.
nossa interioridade, continuando a ser a Palavra de Cristo.O Santo Padre deu, recentemente,
como exemplo dessa interiorização da Palavra de Jesus na oração do “Pai Nosso”, ensinado
Ele me atendeu *
no dia em que O invoquei.
por Jesus aos discípulos, comunicando-lhes a sua própria experiência de oração (cf. Mt. 6,9-
Apertaram-me os laços da morte, *
13; Lc. 11,2-4). Diz o Papa: “Estamos diante das primeiras palavras da Sagrada Escritura que
caíram sobre mim as angústias do além, †
aprendemos desde crianças. Elas imprimem-se na memória, plasmando a nossa vida,
acompanham-nos até ao último respiro. Elas revelam que não somos já, de modo completo,
vi-me na aflição e na dor.
filhos de Deus, que no-lo devemos tornar e sê-lo cada vez mais, mediante a nossa comunhão
Então invoquei o nome do Senhor: *
sempre mais profunda com Jesus. Ser filho torna-se o equivalente a seguir Cristo” .Esta
«Senhor, salvai a minha alma».
interiorização da Palavra de Deus, através da oração, acontece com outras preces que
Justo e compassivo é o Senhor, *
aprendemos em criança como “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo” (cf. Lc.
o nosso Deus é misericordioso.
1,28). Este é o ritmo de toda a oração litúrgica quando é celebrada, não apenas como rito,
O Senhor guarda os simples: *
estava sem forças e o Senhor salvou-me.
mas como encontro profundo com Cristo e, por Ele, com a Santíssima Trindade.Esta
interiorização das palavras de Jesus, quando ensina os discípulos a rezar, abre-nos à relação
Volta, minha alma, ao teu descanso, *
porque o Senhor foi bom para contigo.
da oração com o concreto da vida dos homens. A oração torna-se, assim, uma experiência
forte do mistério da Encarnação. Ouçamos o Santo Padre: “esta oração acolhe e expressa
Livrou da morte a minha alma, *
das lágrimas os meus olhos, da queda os meus pés.
também as necessidades humanas materiais e espirituais: «Dai-nos em cada dia o pão da
nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados» (Lc. 11,3-4). E precisamente por causa
Andarei na presença do Senhor *
sobre a terra dos vivos.
das necessidades e das dificuldades de cada dia, Jesus exorta com vigor: «Digo-vos, pois:
Pedi e dar-se-vos-á; quem procura encontra e ao que bate, abrir-se-á» (Lc. 11,9-10). Não é
EVANGELHO - Jo 13, 1-17
um pedir para satisfazer as próprias vontades, pelo contrário, para manter viva a amizade
1Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem
com Deus, o qual – diz sempre o Evangelho – «dará o Espírito Santo àqueles que lho
deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por
pedirem» (Lc. 11,13). Experimentaram-no os antigos «padres do deserto» e os
eles até ao extremo. 2O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes,
contemplativos de todos os tempos, que se tornaram, pela oração, amigos de Deus” .Se toda
a decisão de o entregar. 3Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o
a nossa vida está em Deus, por Jesus Cristo, o seu realismo concreto inspira a forma de rezar,
10
19
do seu estado, da sua vocação concreta, das circunstâncias em que vivem. A formação que a
Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, 4levantou-se da
Igreja deve proporcionar a estes evangelizadores deve procurar, sobretudo, esta busca da
mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. 5Depois deitou água na bacia e
fidelidade cristã e não apenas uma preparação técnica e cultural para a missão
começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura.
evangelizadora. A “nova evangelização” exige um grande movimento de espiritualidade.
6Chegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: «Senhor, Tu é que me lavas os pés?» 7Jesus
As principais expressões desta fidelidade evangélica
compreendê-lo depois.» 8Disse-lhe Pedro: «Não! Tu nunca me hás-de lavar os pés!»
6. Já vimos que a evangelização exige fidelidade pessoal a Jesus Cristo, vivida em Igreja,
Replicou-lhe Jesus: «Se Eu não te lavar, nada terás a haver comigo.» 9Disse-lhe, então,
respondeu-lhe: «O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás-de
acolhendo os dons que Ele próprio nos proporciona. Viver com Jesus Cristo é estar
Simão Pedro: «Ó Senhor! Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!» 10Respondeu-
continuamente em acção de graças pelas expressões do seu amor, o primeiro dos quais é a
lhe Jesus: «Quem tomou banho não precisa de lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós
sua Palavra.
estais limpos, mas não todos.» 11Ele bem sabia quem o ia entregar; por isso é que lhe disse:
* Acolher o Evangelho como Palavra de Jesus, que Ele nos diz agora e na qual se nos diz,
sentar-se à mesa e disse-lhes: 13«Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me ‘o Mestre’ e
desejando permanecer em nós. Uma leiga do nosso tempo, totalmente devorada pelo zelo da
‘o Senhor’, e dizeis bem, porque o sou. 14Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés,
‘Nem todos estais limpos’. 12Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a
evangelização, fala assim do acolhimento do Evangelho: “O Evangelho é o livro da vida do
também vós deveis lavar os pés uns aos outros. 15Na verdade, dei-vos exemplo para que,
Senhor. Está feito para se tornar o livro da nossa vida. Não foi feito para ser compreendido,
assim como Eu fiz, vós façais também. 16Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo
mas para ser abordado como a porta do mistério. Não está feito para ser lido, mas para ser
mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia. 17Uma vez que
recebido em nós. Cada uma das suas palavras é espírito e vida. Ágeis e livres, só esperam a
sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática.
avidez da nossa alma para penetrar nela. Vivas, são elas próprias como o fermento inicial que
penetrará na nossa “massa” e a fará fermentar num novo modo de vida. (…) As palavras do
Evangelho são milagrosas. Não nos transformam porque nós não lhes pedimos para nos
Acção de Graças
transformarem. Mas, em cada frase de Jesus, em cada um dos seus exemplos, permanece a
Na presença de Jesus Cristo Ressuscitado, elevemos a nossa gratidão, reconhecida pela
força fulminante que curava, purificava, ressuscitava. Na condição de sermos, em relação a
sua imensa bondade e digamos:
Ele, como o paralítico ou o centurião: agir imediatamente, numa obediência total”.Absorver e
Bendito sejais Senhor Jesus
interiorizar as palavras do Evangelho é mais importante do que tentar compreendê-las. “O
Evangelho de Jesus tem passagens quase totalmente misteriosas. Não sabemos como
- Pelo dom do sacerdócio na vida Igreja
passá-las para a nossa vida. Mas há outras que são impiedosamente límpidas. É uma
- Pelo ministério da comunhão do Santo Padre
fidelidade cândida ao que nós compreendemos que nos levará a compreender o que
-Pelo ministério apostólico do Senhor Patriarca
permanece misterioso. Diante dessas palavras misteriosas, só nos é pedido que obedeçamos
- Pelo testemunho e fidelidade do Senhor Patriarca
e não serão os raciocínios que nos ajudarão. O que nos ajudará é levar, “guardar” em nós, no
- Pelo testemunho e fidelidade dos sacerdotes
calor da nossa fé e da nossa esperança, a palavra a que queremos obedecer. Ele estabelecerá
- Pela esperança dos nossos Seminários
entre ela e a nossa vontade como que um pacto de vida” .Há muita coisa a rever sobre o lugar
- Pelos jovens que abrem aos apelos de Deus
da Palavra de Deus, sobretudo da Palavra de Jesus, na formação espiritual dos
- Pelas famílias que acolhem vocações
evangelizadores, desde a Liturgia, à proclamação da Palavra, ao lugar da Palavra na oração
- Pelos sacerdotes santos que já habitam a eternidade
pessoal. Só entrarão na dinâmica da “nova evangelização” evangelizadores habitados e
devorados pela Palavra de Deus.
* A oração como fonte da fé, da esperança e da caridade
7. “A fé e a esperança é a oração que as dá. Sem rezar não podemos amar”. Progredir na
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ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
III- TEXTOS DE APOIO E REFLEXÃO
Senhor Jesus Cristo.,
Bom Pastor da vossa Igreja,
Vós que tanto nos amastes
que destes a vida por todos nós,
e, depois de ressuscitado de entre os mortos,
I - EXCERTOS DA CARTA PASTORAL DO CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA:
NOVA EVANGELIZAÇÃO - UM DESAFIO PASTORAL
prometestes estar connosco até ao fim dos tempos,
nós vos suplicamos:
Um novo vigor
fazei com que haja mais cristãos
5. É uma das qualidades da nova evangelização apontadas por João Paulo II. Em que consiste
que se deixem cativar pelo Vosso amor
esse novo vigor? É a força da fé vivida, como amor a Jesus Cristo, com quem nos
e se ofereçam para o irradiar pelo mundo
identificámos no baptismo. Evangelizar é participar na urgência de Jesus Cristo em anunciar
como sacerdotes, religiosos ou religiosas.
o Reino de Deus, expressão do seu amor salvífico. Cristo continua a ser o primeiro e o
Ajudai-nos, Senhor, a tudo fazermos
principal evangelizador , missão que Ele continua a realizar através dos seus discípulos, que
para que esta graça nos seja concedida
participam da sua Paixão pelo anúncio do Reino de Deus. É por isso que Paulo exclama: “Ai de
na comunidade cristã a que pertencemos.
mim se não evangelizar” (1Cor, 9,16). Para o cristão, evangelizar é expressão do seu amor a
Teremos então mais razões para Vos bendizer,
Jesus Cristo. Ela é sempre uma expressão de amor, porque só o amor converte e brota da
em união com Santa Maria,
relação com Jesus Cristo numa comunhão de amor. Evangelizar é sempre anunciar o amor de
Vossa Mãe bendita.
Deus, em Jesus Cristo. Como afirmei no encerramento do recente Congresso Missionário
Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
Nacional em Fátima, “Toda a missão, na Igreja, se resume a isso: anunciar o amor infinito
Ámen.
com que Deus ama todos os homens e que exprime, de forma total e radical, em Jesus Cristo
e no amor com que nos amou, ao dar a vida por nós. A missão é o anúncio desse amor,
procura levar todos os homens a sentirem-se amados: amados porque perdoados; amados
BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO (Procede-se à bênção como é costume e, no caso de
porque convidados para novos horizontes de liberdade; amados porque sentiram um sentido
terminarem as 24 horas de adoração, repõe-se o Santíssimo sacramento no sacrário. Caso
novo na vida, um novo horizonte de esperança. Ao sentirem-se amados, os seus corações
contrário, contínua em exposição para adoração dos fiéis.)
abrem-se para o amor a Deus e aos irmãos.Mas a Igreja só pode anunciar o amor, amando e
deixando-se amar. Ela é o fruto fecundo do infinito amor de Deus que a ama em Jesus Cristo.
CÂNTICO MARIANO (Esta pequena celebração termina com um cântico a Nossa Senhora,
E ao mergulhar nesse amor, ela abraça o mundo com o amor de Jesus Cristo, porque ela é o
dos que forem mais habituais na comunidade. Não havendo possibilidade de cantar, pode
sacramento da salvação, realizada pelo amor de Cristo. Evangelizar é levar os homens a
fazer-se uma das oração marianas mais conhecidas.)
sentirem a força transformadora do amor de Cristo na Cruz, e os homens sentirão a força
desse abraço se se sentirem amados pela Igreja. Evangelizar não é um programa, uma
atitude de estratégia proselitista, é uma loucura de amor. Só o amor fará a Igreja não desistir
de anunciar Jesus Cristo, em todos os tempos e circunstâncias e a abrirá às surpreendentes
maravilhas que só o amor de Deus pode realizar” .Isto exige que todos os evangelizadores
cultivem, na fidelidade, esta relação amorosa com Cristo. Já S. Gregório de Nissa afirmava:
“Cristo é a nossa paz, que fez de dois um só Povo. Sabendo que Cristo é a nossa paz,
mostraremos a autenticidade do nosso nome de cristãos, se por meio daquela paz que está
em nós manifestarmos a Cristo com a nossa vida” .Isto exige que todos os evangelizadores
busquem a santidade, na fidelidade a Jesus Cristo, manifestada no concreto das suas vidas,
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II- MISTÉRIOS DO ROSÁRIO
Rezar o Rosário / Terço segundo o costume em cada comunidade,
oferecendo em cada mistério uma intenção pelas Vocações, pela
Nova Evangelização ou pelo Jubileu Sacerdotal do Senhor Patriarca,
como se indica a seguir para cada mistério do Rosário:
MISTÉRIOS GOZOSOS (2ª E SÁBADO)
MISTÉRIOS GLORIOSOS (4ª E DOMINGO)
1º. Mistério: A ressurreição de Nosso Senhor
Por Maria, peçamos a Jesus, por todos os jovens que vão participar na próxima Jornada
Mundial da Juventude, em Madrid. Respondendo ao convite iniciado pelo Beato João Paulo II
para quem estas Jornadas eram muito queridas, e agora continuado pelo Papa Bento XVI,
façam uma experiência qpode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus
ressuscitado e regressem aos seus países"enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé"
(Col 2, 7), sobretudo os jovens da Europa momento em que este continente precisa de voltar
a encontrar as suas raízes cristãs.
2º. Mistério: A ascensão de Nosso Senhor ao Céu
Por Maria, peçamos a Jesus, para que as comunidades cristãs sejam lugar fecundo do
germinar de vocações e para que os nossos seminários sejam lugar propício onde os
seminaristas possam discernir a sua vocação, e aprendam no seguimento fiel a Cristo o
sentido da generosidade e do serviço, crescendo sempre na compaixão para com o povo de
Deus.
3º. Mistério: A descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e Maria Santíssima
Por Maria, peçamos a Jesus, para que oJubileu Sacerdotal (50 anos) de D. José Policarpo seja
um de graça e de acção de graças, ao longo do qual os cristãos da Diocese de Lisboa
aprofundem o dom do sacerdócio apostólico para edificação e santificação do Povo de Deus, e
que num renovado dinamismo de comunhão à volta do seu Pastor todos – presbíteros,
diáconos, religiosos, religiosas e fiéis – se sintam convocados a um maior compromisso na
evangelização e empenho na santidade
4º. Mistério: A assunção de Nossa Senhora ao Céu
Por Maria, peçamos a Jesus, pelos pais chamados por Deus a colaborar com a sua vontade de
dar vida, e pelos educadores, professores, catequistas e animadores, chamados por Deus a
colaborar de muitas maneiras com o seu projeto de formar para a vida, todos vivam com
fidelidade à missão que Deus lhes confiou e que é mediação preciosa e insubstituível, para
que os mais novos possam descobrir a sua vocação pessoal. Pedimos também pelos pais,
irmãos, familiares e amigos dos sacerdotes, para que se alegrem por terem dado alguém que
na Casa do Pai celebra o mistério de Cristo e no mundo O testemunha de forma interpeladora.
5º. Mistério: A coroação de Nossa Senhora como rainha dos anjos e dos Santos
1º. Mistério: A Anunciação do Anjo à Virgem Nossa Senhora
Santa Maria, Senhora do Sim, sê modelo para a Igreja, para que seguindo o vosso exemplo
de acolhimento do plano divino da salvação, se difunda em cada comunidade a
disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que chama novos trabalhadores para a sua
messe.
2º. Mistério: A Visitação de Nª Srª à sua prima Sta. Isabel
Santa Maria, Estrela da Nova Evangelização, o Beato João Paulo II convocou-nos para a
“nova evangelização”, e disse que ela será nova, no “novo ardor”, por isso pedimos que
mantenha vivo o empenho dos cristãos da Velha Europa na Evangelização das suas cidades,
e se renove em todos,sobretudo naqueles que já desempenham uma missão pastoral, esse
“novo ardor”, que os levará a fazer da evangelização não apenas uma tarefa programada,
mas uma “paixão” que brota do amor a Jesus Cristo.
3º. Mistério: O Nascimento de Jesus em Belém
Santa Maria, Mãe dos Sacerdotes, velai pelos seminaristas e pelos sacerdotes, para que a
semente de entrega e serviço que nasceu nos seus corações, não seque diante da aridez do
mundo, mas como árvores bem enraizadas produzam sempre fruto abundante. Pedimos
ainda que os leigos tenham os seus pastores presentes na oração e colaborem activamente
com eles na construção da Igreja e do Reino de Deus.
4º. Mistério: A Apresentação de Jesus no Templo
Santa Maria, Mãe da Igreja, intercedei pela Igreja de Lisboa neste ano de especial acção de
graças pela comemoração dos 50 anos de ordenação sacerdotal do seu Bispo, D. José da Cruz
Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa. Estas comemorações jubilares despertem na Igreja
de Lisboa um dinamismo de comunhão à volta do seu Pastor e, através dele, a Jesus Cristo, e
à redescoberta do sacerdócio apostólico como um dom inestimável de Deus ao Seu Povo.
5º. Mistério: Perda e encontro de Jesus no Templo entre os doutores
Santa Maria, Senhora do Silêncio, que guardáveis todas as coisas no coração,
nos a profundidade do silêncio em que se acolhe, em cada momento, a Palavra do Senhor, e
inspirai o florescer de muitas vocações de vida contemplativa que neste mundo disperso e
agitado sejam sinal de permanência na presença do Senhor.
Por Maria, peçamos a Jesus, para que os sacerdotes cresçam em perfeição espiritual e
humana, percorrendo com o povo que lhes é confiado um caminho de conversão e fidelidade
a Cristo e assim o seu ministério seja mais eficaz na palavra e no testemunho de vida. Que os
sacerdotes numa verdadeira identificação com Jesus o Bom Pastor façam um caminho de
santidade contribuindo para a santificação do próprio mundo.
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MISTÉRIOS DOLOROSOS (3ª E 6ª FEIRA)
MISTÉRIOS LUMINOSOS (5ª FEIRA)
1º. Mistério: O Baptismo de Jesus no Jordão
Jesus, Fonte de água viva, que na tua Igreja todos sejam animadores vocacionais,
especialmente os presbíteros, os consagrados e consagradas, na vida religiosa e nos
institutos seculares, que ouviram um chamamento especial para seguir o Senhor numa vida
toda dedicada a Ele, resistam à tentação do desânimo e sintam-se chamados a testemunhar
a beleza do seguimento, dando um testemunho tão apaixonado da própria vocação, que se
torne contagioso, e assim cada vocação que gere outras vocações.
1º. Mistério: A agonia de Jesus no horto
A Jesus, por Maria, peçamos pelas vocações missionárias para que muitos homens e
mulheres se consagrem, movidos pela caridade evangélica, para prolongarem no mundo
os gestos de Jesus em favor dos que não conhecem a Boa Nova, estão mais feridos na sua
dignidade, os mais frágeis ou carenciados, e não lhes falte a força da esperança para
exercerem esta missão.
2º. Mistério: A flagelação de Jesus
2º. Mistério: A auto-revelação do Senhor nas bodas de Cana
Jesus, Amor Divino, sensibilizai a Igreja para a evangelização do amor, de modo a que o
matrimónio seja a resposta a uma vocação rezada, discernida e acolhida como caminho de
doação à imagem de Cristo no seu amor pela Igreja. Os casais tendo consciência de que o
amor de Deus que é uma Pessoa Divina, que é o dom de Deus a nós, deve atravessar-nos,
trespassar-nos para ir para além de nós, para ir para os outros, de modo que a vivência do
matrimónio seja um caminho de santidade.
3º. Mistério: O anúncio do Reino de Deus e convite à conversão
Jesus, Caminho que conduz ao Pai, acorda nos homens e mulheres europeus a sede de Deus.
Muitos se deixem evangelizar, a Europa volte a abrir-Te as portas e não tenha medo de confiar
no Teu amor, o caminho da ão que faz mergulhar na Igreja, comunidade que nasce do
Evangelho e se identifica com Cristo. As nossas comunidades sejam evangelizadas e
evangelizadoras, pois só os convertidos podem entrar no dinamismo da “nova
evangelização” e a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a vocação e missão
essencial da Igreja.
4º. Mistério: A transfiguração no Tabor
Jesus, Luz do mundo e dos corações, ilumina as crianças, adolescentes e jovenspara que, na
escolha do futuro, saibam acolher o projeto que Deus tem para eles, e contem com a ajuda
dos educadores e da Igreja para encontrar em Cristo o amigo que diz a verdade e dá luz aos
problemas e interrogações que povoam os jovens corações, conduzindo para escolhas cheias
de sentido. Ilumina também os pré-seminaristas que dão os primeiros passos na abertura e
disponibilidade para um percurso vocacional, de modo que cresçam na oração, na
humanidade, no amor a Cristo e à Igreja.
5º. Mistério: A instituição da Eucaristia
Jesus, Pão da Vida, a celebração do Jubileu do nosso Bispo nos ajude a identificar a sua
missão como presença sacramental e histórica do próprio Jesus Cristo entre o seu Povo e a
ver nele o grande sacerdote de toda a Diocese e que seja um tempo propício para intensificar
a indispensável unidade entre o Bispo e o Presbitério, para a construção da Igreja Diocesana
como mistério de comunhão, na caridade.
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A Jesus, por Maria, peçamos que a Igreja de Lisboa na ocasião do Jubileu do seu Bispo reforce
a comunhão e expresse a gratidão pela fidelidade, generosidade, dedicação e entrega à aos
longos deste cinquenta anos de sacerdócio de D. José Policarpo, trinta e três são de
episcopado e destes, treze como Patriarca de Lisboa.
3º. Mistério: A coroação de espinhos de Nosso Senhor
A Jesus, por Maria, pedimos pelo Papa Bento XVI, sucessor de Pedro, para que o Espírito
Santo o fortaleça e lhe dê sabedoria para conduzir a Igreja nesta Europa diversificada e
complexa. E o povo de Deus unido ao Papa aceite ser « samaritano da esperança » para
aqueles irmãos e irmãs com os quais compartilhamos as dificuldades do caminho. O Espírito
do Pai continua a chamar e a enviar pelas estradas do mundo os filhos desta terra generosa
de raízes cristãs, mas ela mesma necessitada de nova evangelização e de novos
evangelizadores.
4º. Mistério: Jesus com a cruz às costas a caminho do calvário
A Jesus, por Maria, supliquemos «novas vocações para uma nova Europa». Hoje, numa
Europa nova em relação ao passado, são necessárias vocações « novas » também. Peçamos
a Nossa Senhora, Auxiliadora do Povo Cristão, que interceda junto do seu Filho, pelas
dioceses que têm carência de padres, pelas paróquias sem pastor, pelas zonas por
evangelizar, para que mais jovens, mulheres e homens oiçam o apelo de Deus e do seu povo,
e aceitem, com alegria e disponibilidade, fazer um caminho de discernimento vocacional e
oferecer os caminhos de Deus à Europa e ao mundo.
5º. Mistério: Jesus morre na cruz
A Jesus, por Maria, peçamos pelos sacerdotes que se encontram debilitados pela doença ou
outra circunstância, que vivam numa oblação de si mesmos, unidos a Cristo crucificado, na
alegria de poderem realizar a vontade do Pai até ao fim, e não lhes falte o acolhimento e
companhia por parte dos irmãos na fé e no presbitério. Que as comunidades cristãs não
abandonem os seus pastores na hora da doença ou da avançada idade, mas os acolham,
reconheçam o seu testemunho e dêem graças pela sua vida de serviço.
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