A juventude, há que pô-la em jogo para grandes ideais
Seg, 22 de Abril de 2013 12:19
Queridos irmãos e irmãs,
O IV Domingo do Tempo de Páscoa é caracterizado pelo Evangelho do Bom Pastor que se lê
todos os anos. A passagem de hoje traz estas palavras de Jesus: "As minhas ovelhas ouvem a
minha voz, e eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão
eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que
todos e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um" (10, 27-30).
Nestes quatro versos há toda a mensagem de Jesus, o núcleo do seu Evangelho: Ele nos
chama a participar na sua relação com o Pai, e essa é a vida eterna.
Jesus quer estabelecer com os seus amigos um relacionamento que seja reflexo do que Ele
mesmo tem com o Pai: uma relação de mútua pertença na confiança plena, na íntima
comunhão. Para expressar essa compreensão profunda, este relacionamento de amizade,
Jesus usa a imagem do pastor com as suas ovelhas: ele as chama e elas reconhecem a sua
voz, respondem ao seu chamado e o seguem. É linda esta parábola! O mistério da voz é
impressionante: pensemos que desde o ventre de nossa mãe, aprendemos a reconhecer a sua
voz dela e a do papai; no tom de voz, percebemos o amor ou o desdém, o afeto ou a frieza. A
voz de Jesus é única! Se aprendemos a distingui-la, Ele nos guia no caminho da vida, caminho
que vai além do abismo da morte.
Mas Jesus, porém, num determinado momento disse, referindo-se às suas ovelhas: "Meu
Pai, que mas deu ..." (Jo 10, 29). Isto é muito importante, é um profundo mistério, não fácil de
entender: se eu me sinto atraído por Jesus, se a sua voz aquece o meu coração, é graças a
Deus Pai, que colocou em mim o desejo de amor, de verdade, de vida, de beleza... e Jesus é
tudo isso em plenitude! Isso nos ajuda a compreender o mistério da vocação, especialmente
das chamadas para uma especial consagração. Às vezes, Jesus nos chama, nos convida a
segui-lo, mas talvez aconteça que não nos damos conta de que é Ele, exatamente como
aconteceu com o jovem Samuel. Há muitos jovens hoje, aqui na Praça. Vocês são muitos, né?
Se vê... olha só! Vocês são tantos jovens hoje aqui na Praça. Gostaria de perguntar-lhes:
alguma vez vocês escutaram a voz do Senhor que, por meio de um desejo, de uma
inquietação, tenha lhes convidado a segui-Lo mais de perto? Ouviram? Não ouço? Então...
tiveram a vontade de ser apóstolos de Jesus? A juventude, há que pô-la em jogo para grandes
ideais. Vocês pensam nisso? Concordam? Pergunte a Jesus o que ele quer de você e seja
corajoso! Seja corajosa! Pergunte-lhe! Detrás e antes de toda vocação ao sacerdócio ou à vida
consagrada, há sempre a oração forte e intensa de alguém: de uma avó, de um avô, de uma
mãe, de um pai, de uma comunidade... Eis porque Jesus disse: “Pedi ao Senhor da messe –
ou seja, Deus Pai – para que envie operários para a sua messe!” (Mt 9, 38). As vocações
nascem na oração e da oração; e somente na oração podem perseverar e dar frutos. Gostaria
de destacar isso hoje, que é a “Jornada Mundial de oração pelas vocações”. Rezemos
especialmente pelos novos Sacerdotes da Diocese de Roma que tive a alegria de ordenar na
manhã de hoje. E invoquemos a intercessão de Maria. Hoje havia 10 jovens que disseram
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"sim" a Jesus e foram ordenados sacerdotes nesta manhã... Isso é lindo! Invoquemos a
intercessão de Maria, que é a Mulher do "sim". Maria disse "sim", toda a vida! Ela aprendeu a
reconhecer a voz de Jesus desde que o carregava no ventre. Que Maria, nossa Mãe, nos ajude
a conhecer sempre melhor a voz de Jesus e a segui-la, para andar no caminho da vida!
Obrigado.
Muito obrigado pela saudação, mas cumprimentem também a “Jesus”, forte... Vamos todos
rezar à Virgem Maria.
FONTE: Zenit
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