Escola da Saúde
Procedimento Operacional
Padrão do Hospital Simulado
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Escola da Saúde
Procedimento Operacional
Padrão do Hospital Simulado
Profa. Regina Venturini da Fonseca
Natal /RN
2011
Sumário
DIRIGENTES DA UNIVERSIDADE POTIGUAR
Diretor Geral
Dimas Alberto Ferreira
1 Introdução......................................................................................5
Reitora
Profª. Mcs. Sâmela Soraya Gomes de Oliveira
2 Objetivo..........................................................................................5
Pró-Reitora de Graduação
Profª. Sandra Amaral de Araújo
3 Simulação nas Áreas Básicas............................................................6
Pró-Reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação
Prof. Dr. Aarão Lyra
4 Simulação na Semiologia.................................................................6
Direção Escola da Saúde
Profª. Gisele Gasparino Santos-Coluchi
5 Simulação na Clínica Médica............................................................7
CURSO DE MEDICINA
6 Simulação em Ginecologia/Obstetrícia...............................................8
Coordenador
Prof. Dr. Ion Garcia Mascarenhas de Andrade
Diretor
Prof. Msc. Fernando Antônio Brandão Suassuna
Diretora Adjunta
Profª Drª Maria da Conceição de Mesquita Cornetta
EDITORA UNIVERSIDADE POTIGUAR - EdUnP
Patrícia Gallo e Adriana Evangelista
Apoio
Sistema Integrado de Bibliotecas – SIB-UNP
U58r
Universidade Potiguar
Procedimento operacional padrão do Hospital Simulado / Escola da Saúde, Curso de Medicina. Organização de Regina
Venturini da Fonseca. – Natal: Edunp, 2011.
10p..
1. Hospital Simulado – procedimento operacional. I.
Fonseca, Regina Venturini da (Org). II.Título.
RN/UnP/BCSF
CDU 614.253.1
1Introdução
Os cursos de ensino superior na área de saúde vêm sofrendo inúmeras modificações conceituais e metodológicas, visando seu aprimoramento, uma destas consiste
na utilização de simuladores em prol do ensino e avaliação de habilidades clínicas.
A formação do profissional na área de saúde em especial do médico, demanda sólido domínio nas habilidades clínicas fundamentais como comunicação com paciente,
exame físico, raciocínio clínico e proposição de medidas diagnósticas e terapêuticas.
A aquisição de proficiência nas habilidades clínicas depende do aprendizado
adequado e, sobretudo da prática repetida, a qual com a implantação de metodologia em simulação poderemos capacitar nosso egresso a fim de proporcionar um
atendimento mais adequado sem tantos riscos ao paciente.
A simulação é uma ferramenta que se utiliza de um simulador (manequins e/
ou atores “pacientes padronizados”) representando parcialmente ou em sua totalidade uma situação problema. Através desta ferramenta o aluno é treinado em
suas competências e habilidades gerais, aplicando de forma correta e sistemática
os procedimentos rotineiros.
Com uso desta técnica o estudante tem a oportunidade de adquirir habilidades
variadas, repetindo os procedimentos diagnósticos e terapêuticos tantas vezes forem
necessárias ate atingir o domínio necessário do aprendizado. Nesta condição será minimizado o constrangimento ao estudante, em sua fase inicial de aprendizado, assim
como a segurança ao paciente. Permite também oferecer as mesmas oportunidades
de aprendizado, práticas e treinamento para todos os alunos, de forma homogênea,
sem depender de circunstâncias ou acasos envolvidos no aprendizado, com casos
reais. No final o aluno estará mais preparado quando em seu treinamento em serviço,
ao se defrontar com situações reais.
A técnica de simulação na área médica vem sendo considerada com um poderoso fator de redução de erros e melhora do desempenho profissional.
2Objetivo
• Desenvolvimento de competências clínicas em eventos corriqueiros e/ou críticos habituais, raros ou complexos.
• Desenvolvimento de acolhimento e relação médico-paciente bem estruturada.
• Desenvolvimento de habilidades em Anamnese e exame físico, afim de que
o aluno desenvolva excelente raciocínio clínico.
• Reforço do treino em equipes multidisciplinares e aquisição de capacidades.
• Obter a perfeição da realização do ato através da repetição da ação em simuladores.
• Ter a possibilidade de cometer o erro e retomar a ação em busca da correção
sem causar danos ao paciente.
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Simulação nas Áreas Básicas
No curso de medicina são realizadas simulações nas áreas clínicas básicas da
saúde contemplando a Semiologia, Clínica médica e Obstetrícia/Ginecologia.
Todas as simulações são realizadas dentro do Hospital de Simulação com
grupos de 16 a 20 alunos em cenários de ambiente ambulatorial, enfermaria,
urgência/emergência e UTI.
Cabe ao aluno e professor cumprir as normas instituídas pelo Hospital de simulação.
Sendo obrigatório ao professor responsável pela simulação o envio do Protocolo de
Agendamento (instrumento para aula prática com cenários) em um prazo de 48 horas antes da aula, onde devem constar material, medicamentos e equipamentos que serão utilizados, os objetivos primários e secundários da simulação e a descrição do caso clínico.
O professor deve enviar o caso clínico aos alunos com tempo suficiente para
estudarem e se prepararem para a simulação.
Cabe ao professor responsável pela simulação organizar o check list, onde
deve conter todas as ações que o aluno deverá realizar e ser coerente com os objetivos primários, a fim de que no debriefing tanto os alunos que simularam quanto
os que assistiram sob orientação do professor possam discutir sobre a experiência
de simular assim como as ações realizadas.
Na simulação podemos avaliar o aluno em vários quesitos com informações
importantes sobre o desempenho do educando que serão utilizadas no feedback (debriefing) a fim de aperfeiçoar o processo formativo, reforçando os pontos positivos e
corrigindo as eventuais deficiências apresentadas, com ou sem valor de pontuação.
O intuito da simulação é subsidiar intervenções voltadas para o crescimento
pessoal e profissional do educando. Além de ser um instrumento que contribui
para que as escolas médicas assegurem de que estão formando médicos generalistas dotados de tributos minimamente necessários para o desempenho das suas
atividades profissionais futuras, principalmente na área básica da saúde com enfoque nas doenças mais prevalentes da região onde o curso encontra-se inserido.
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Simulação na Semiologia
A disciplina de Semiologia está inserida no Quinto período (módulo V) e as
simulações ocorreram no ambulatório do hospital de simulação com realização de
anamnese em simuladores, com uma abordagem completa ao “paciente”.
O hospital de simulação está inserido no cronograma de atividades práticas da disciplina de Semiologia, onde a turma é dividida em 09 grupos compostos de 07 a 08 alunos.
Cada grupo tem duas atividades práticas no Hospital de Simulação durante o semestre.
As habilidades clínicas desenvolvidas deverão ser: Acolhimento, instituir relação médico-paciente, coleta de anamnese completa, realizar adequadamente e cor6
retamente exame físico geral e especial, desenvolver raciocínio clínico correto com
orientação ao paciente e realizar intervenções em prevenção e promoção à saúde
(neste módulo encontra-se a disciplina de Programa de Aprendizagem em Atenção
Básica com enfoque em promoção e prevenção a saúde do adulto, sendo assim
podemos realizar uma integração entre as diciplinas).
Sendo simulados casos clínicos em grau apropriado para o módulo contendo
situações ou contextos clínicos de grande prevalência no cotidiano de um médico
generalista inserido em atenção básica à saúde.
No final do semestre os alunos realizam uma prova prática com gincanas (OSCE)
nos simuladores com duração de 03 dias. No primeiro dia todos os alunos realizam
uma gincana com 06 estações sendo contemplado exame físico. No segundo e terceiro dia a turma é dividida em dois grupos (um para cada dia) e estes em duplas
que realizam anamnese completa e exame físico seguido de raciocínio clínico.
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Simulação na Clínica Médica
As simulações de clínica médica ocorrem no Sexto período (módulo VI) e podem ocorrer em ambiente de ambulatório, de enfermaria ou de UTI do hospital
de simulação, sendo envolvidas todas as disciplinas do módulo.
Na simulação é dada ênfase à doenças mais prevalentes do cotidiano do médico generalista em ambiente ambulatorial e de urgência.
Os alunos são divididos em quatro grupos e as simulações ocorrem semanalmente durante o semestre. O rodízio ocorre a cada mês de tal modo que todos os
grupos percorrem todos os cenários, pois cada grupo se divide em três subgrupos.
O quadro abaixo mostra o modelo de rodízio.
1ª semana
2ª semana
3ª semana
4ª semana
G1
Grupo simulador
Assiste a
Assiste a
Assiste a
G1a, G1b, G1c
simulação G2a
simulação G3a
simulação G4a
G2
Assiste a
Grupo simulador
Assiste a
Assiste a
simulação G1a
G2a, G2b, G2c
simulação G3b
simulação G4b
G3
Assiste a
Assiste a
Grupo simulador
Assiste a
simulação G1b
simulação G2b
G3a; G3b, G3c
simulação G4c
G4
Assiste a
Assiste a
Assiste a
Grupo simulador
simulação G1c
simulação G2c
simulação G3c
G4a, G4b, G4c
OBS: Pode existir mudança no rodízio dos grupos conforme necessidade (ex: feriado, semana prova, etc..)
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São habilidades desenvolvidas nas simulações: Realizar acolhimento e relação
médico-paciente; realizar adequadamente e corretamente anamnese e exame físico; realizar raciocínio clínico; propor exames laboratoriais e complementares; realizar correlação clínico-laboratorial; instituir terapêutica apropriada para o caso.
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Simulação Em Ginecologia/Obstetrícia
As simulações de Ginecologia /obstetrícia ocorrem em conjunto com os alunos
do Oitavo período (módulo VIII) e do Internato (10º período) e podem ocorrer em
ambiente de ambulatório, enfermaria e sala de parto no Hospital de Simulação
com rodízios quinzenais entre os ambientes.
Os grupos do internato fazem dois rodízios no semestre e os grupos do oitavo
período um rodízio no semestre.
São realizadas simulações de consulta em pré natal de baixo e alto risco,
onde os alunos desenvolvem habilidades de acolhimento, relação médico-paciente, realização de anamnese e exame físico com ênfase na gestante, assistência a paciente em pré natal de alto risco seja qual for a idade gestacional,
além das orientações gerais (cuidados gerais, dietéticos e higiene) particulares
a cada caso e orientações sobre a via de parto principalmente sobre os benefícios do parto normal.
São realizadas simulações de Partograma onde os alunos desenvolvem habilidades de saber diferenciar os graus de dilatação do colo uterino e sua progressão,
preenchimento correto do Partograma, saber identificar as linhas de alerta e realizar as tomadas de decisões conforme estas.
São realizadas simulações de Parto normal onde os alunos desenvolvem habilidades de acolhimento a gestante em trabalho de parto assim como o/a acompanhante para realização de parto humanizado, saber diagnosticar um trabalho
de parto e sua apresentação fetal, realização correta das manobras necessárias
para um parto normal seja cefálico ou pélvico e saber reconhecer as complicações
durante um parto normal.
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Procedimento Operacional Padrão do Hospital Simulado