Fonte: O Globo
Professores se recusam a ser remanejados
Secretaria estadual de Educação quer punir profissionais que não estão trabalhando, mas continuam
recebendo
Ruben Berta
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A Secretaria estadual de Educação enviou consulta à Procuradoria-Geral do Estado para analisar a
possibilidade de punir professores que estão se recusando a ser remanejados de escola. Segundo o órgão,
há cerca de 800 profissionais que recebem seus vencimentos, mas não estão em sala de aula por esse
motivo. Em cidades como São Gonçalo, por exemplo, há diversos colégios sendo municipalizados e
consequentemente extintos, mas o governo não consegue recolocar os docentes em unidades que têm
carência.
- Atualmente, não temos como obrigar esse profissional a trabalhar na escola em que precisamos. Com isso,
temos que cobrir os horários em que há carência com hora extra de outros professores, e o estado acaba
pagando em dobro - argumenta o subsecretário de Gestão de Pessoas, Luiz Carlos Becker.
De acordo com a secretaria, esses professores não têm respondido às convocações do órgão para voltarem a
lecionar. Além desses casos, o órgão também está fazendo um pente- fino nas licenças dos profissionais.
Chega a quase 19 mil o número médio de docentes afastados, o que corresponde a nada menos que um
quarto do total, de 75 mil. O último levantamento, referente ao mês de março, revela ainda que, desses 19 mil
servidores, 3.798 faltaram pelo menos um dia sem sequer apresentar um atestado médico.
Em março, houve mais 7.871 docentes que faltaram com justificativa. Completam o quadro dos ausentes
outros 7 mil que já estavam de licença e permaneceram com o benefício. Desde o início do ano, a secretaria
está fazendo um detalhamento dos motivos de afastamento para planejar novas ações assim que houver um
diagnóstico mais completo.
- O que já conseguimos verificar, e isso é algo que vem se repetindo nos últimos anos, é que há meses de
pico de licenças, como outubro e maio. Nos meses de férias, janeiro e julho, a quantidade de afastamentos
cai consideravelmente - completou o subsecretário.
Para a reposição imediata das carências, o estado tem apelado principalmente para as horas extras, de
professores que atuam nas próprias unidades. Outra estratégia são os contratos temporários.
- O que já conseguimos verificar, e isso é algo que vem se repetindo nos últimos anos, é que há meses de
pico de licenças, como outubro e maio. Nos meses de férias, janeiro e julho, a quantidade de afastamentos
cai consideravelmente - completou o subsecretário.
Para a reposição imediata das carências, o estado tem apelado principalmente para as horas extras, de
professores que atuam nas próprias unidades. Outra estratégia são os contratos temporários.
O pente-fino nas licenças está sendo realizado através da contratação de perícias terceirizadas. Este ano, o
projeto atingiu os 92 municípios do estado. Outras medidas que têm sido adotadas pela Secretaria de
Educação para atrair professores para as salas de aula foram a concessão de benefícios como o auxílio
qualificação (R$ 500 para investimento em atividades culturais) e a criação de um programa de formação
continuada de docentes, que inclui até bolsas de MBA.
Fonte: O Globo
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