CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
Faculdade de Tecnologia de São Sebastião
Cursos Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial
KELYN CRISTINA FORNAZARI LORDELLO
POLIANA OLIVEIRA GOMES
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTO COMO FERRAMENTA COMPETITIVA
São Sebastião
2014
KELYN CRISTINA FORNAZARI LORDELLO
POLIANA OLIVEIRA GOMES
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTO COMO FERRAMENTA COMPETITIVA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de Tecnologia
de São Sebastião, como exigência
parcial para obtenção do título de
Tecnólogo em Gestão Empresarial.
Orientador: Prof. Me.
Orlando Oliveira Ribeiro.
São Sebastião
2014
Francisco
KELYN CRISTINA FORNAZARI LORDELLO
POLIANA OLIVEIRA GOMES
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTO COMO FERRAMENTA COMPETITIVA
Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de
Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a
conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial.
São Sebastião, 09 de dezembro de 2014.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Prof. Me. Francisco Orlando Oliveira Ribeiro
_________________________________________________________
Prof. Me. Adriano Teixeira Bastos Neto
_________________________________________________________
Prof. Orlando José de Souza Celestino
MÉDIA FINAL: ___________________
AGRADECIMENTOS
Ao professor orientador Me. Francisco Orlando Oliveira Ribeiro e a
professora Me. Alciene Ribeiro Feitoza da Silva, pela orientação cedida ao nosso
estudo e pelo apoio e incentivo dedicado.
Agradecemos aos nossos colegas bem como aos funcionários da FATEC,
campus São Sebastião - SP, que de forma direta e/ou indireta contribuíram para a
conclusão de mais essa etapa em nossa vida acadêmica.
E aos familiares pela paciência e sincera compreensão nos momentos
difíceis. A Deus por ter nos cedido forças, sabedoria e, acima de tudo, fé para
concluir mais essa etapa de nossa vida acadêmica.
“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se
cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende”.
(Leonardo da Vinci)
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo elucidar, de modo conciso, qual a importância da
gestão de custo como ferramenta competitiva, em empresas, indiferente de seu
porte e/ou segmentação. A metodologia utilizada refere-se à revisão bibliográfica
mais aprofundada, a qual incluiu análise crítica, interpretação literária e
compreensão de textos selecionados referentes ao tema “a importância da gestão
de custo como ferramenta competitiva”. Uma correta gestão de custos, empresas de
diferentes portes e/ou segmentações, podem melhor modelar seu planejamento
estratégico aguçando suas possibilidades competitivas junto ao mercado, visto que
com essa se torna mais fácil alcançar metas de um modo eficaz, estável e positivo,
tornando, especialmente empresas de pequeno porte, mais prosperas e propensas a
sobrevida diante das atribulações do mercado.
Palavras-chave: Gestão custos. Importância. Empresas. Formação de Preços.
ABSTRACT
The present study aims to elucidate, concisely, what is the importance of cost
management as a competitive tool for businesses, regardless of size and / or
segmentation. The methodology refers to more detailed literature review, which
included critical analysis, literary interpretation and understanding of selected texts
on the topic "the importance of cost management as a competitive tool." With a
proper cost management of different sizes and / or segmentation, can best shape its
strategic planning sharpening their competitive opportunities in the market, whereas
with this it becomes easier to achieve goals in an effective, stable and positive,
making, especially small businesses, more prosperous and prone to survival in the
face of tribulations in the market.
Keywords: Cost management . Importance . Companies. Price Formation .
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Representação gráfica de custo fixo ................................................. 16
Figura 2 – Representação gráfica de custo variável .......................................... 17
Figura 3 – Custeio ABC ........................................................................................ 25
Figura 4 – ABC ...................................................................................................... 26
Figura 5 – Equação do Mark-up Divisor .............................................................. 29
Figura 6 – Equação do Mark-up Multiplicador .................................................... 29
Figura 7 – Esquema de gastos (custos/despesas)............................................. 39
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Exemplos de custos e despesas segundo Wernke ......................... 14
Tabela 2 – Exemplos de Custos Fixos e Variáveis ............................................. 17
Tabela 3 – Gastos operacionais ........................................................................... 39
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10
2
REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 12
2.1 O SISTEMA CONTÁBIL E SEUS SUBSISTEMAS ............................................... 12
2.1.1 Gestão da contabilidade de custos ..................................................................... 13
2.1.1.1 Custos ....................................................................................................................... 13
2.1.1.2 Despesas .................................................................................................................. 13
2.1.1.3 Distinção entre custos e despesas ....................................................................... 13
2.1.1.4 Classificação dos custos e das despesas ........................................................... 14
2.1.2 Custos fixos e variáveis ......................................................................................... 15
2.1.2.1 Custo fixo .................................................................................................................. 15
2.1.2.2 Custos variáveis ...................................................................................................... 16
2.1.3 Objetivos do custo numa empresa ..................................................................... 17
2.1.4 Planejamento do sistema de custos ................................................................... 18
2.1.5 Visão de gerência da contabilidade de custos ................................................. 19
2.1.6 Cálculo dos custos patrimoniais .......................................................................... 20
2.1.7 Classificação de custos .......................................................................................... 20
2.1.8 Sistemas de custeio ................................................................................................. 21
2.1.8.1 Activity Based Costing – ABC ............................................................................... 23
2.1.8.2 Características do ABC .......................................................................................... 24
2.2 FORMAÇÃO DE PREÇOS ........................................................................................ 26
2.2.1 Taxa de Marcação (Mark-up) ................................................................................. 28
2.2.2 Conceito em gerência de recursos ..................................................................... 29
2.2.3 Política de formação de preços............................................................................ 30
2.2.4 Preços de serviços/produtos ................................................................................ 30
2.2.4.1 Visão contábil ........................................................................................................... 31
2.2.4.2 Visão econômica ..................................................................................................... 32
2.2.4.3 Visão administrativa ................................................................................................ 32
2.2.4.4 Tomada de decisão gerencial ............................................................................... 33
3
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .......................................................... 36
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 38
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 41
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 42
ANEXO A – Planilha de Custos e Preços dos Serviços ................................ 46
10
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, a economia é cada vez mais globalizada não havendo espaço
para amadores nem tão pouco para improvisos, visto que as informações são
compartilhadas/ transmitidas a uma velocidade absurda. Assim, organizações que
desejam permanecer no mercado necessitam estar preparadas a todo tipo de
desafios e, neste contexto, o planejamento financeiro, realizado de forma objetiva e
concisa, pode ser um forte diferencial entre sucesso e insucesso empresarial.
Assim, a administração financeira, no que tange a gestão de custos, se torna
indispensável como estratégia empresarial, uma vez que vem fornecendo suporte
teórico
para
que
os
executivos
tomem
decisões
acertadas,
precisa
ser
cuidadosamente estudados e organizados se a meta é o crescimento da empresa.
Desta forma, conhecer o que é um planejamento financeiro, saber como
organizá-lo e onde buscar as referências para tal, constitui-se em tarefa essencial
para qualquer profissional que deseje atuar na área empresarial.
Atualmente, com a estabilidade econômica o desenvolvimento em algumas
áreas tem sido crescente, e isso se dão muitas vezes pelo fato das pessoas
verificarem oportunidades de negócios.
Por isso, alguns simples detalhes como preço, atendimento e qualidade se
tornaram essenciais na fidelização de clientes. E algumas companhias convivem
diariamente com problemas referentes aos maus investimentos realizados na área
de tecnologia da informação, sendo que milhões que são gastos de forma errada,
seja com equipamentos não compatíveis com as necessidades da organização.
Independente do tamanho da empresa é necessário que esta seja apta a
competir num mercado global, onde a velocidade das informações é altíssima,
sendo um fator relevante para o sucesso ou fracasso do seu negócio, pois a tomada
de
decisão,
organização
das
informações,
sistemas
que
auxiliem
para
desenvolvimento de planos empresariais, estratégias executivas, investimentos mais
rentáveis, menores custos, assim é possível aumentar as vendas conhecendo
11
melhor seu cliente, enfim, sistemas que nos facilitam a vida e permitam que a
empresa consiga seu objetivo.
O presente estudo tem por objetivo geral elucidar qual a importância da
gestão de custo como ferramenta competitiva, em empresas, indiferente de seu
porte e/ou segmentação.
Os objetivos específicos do presente estudo serão:

Elucidar conceitos relacionados à administração de custos e formação
de preços;

Elucidar conceitos que podem ser utilizados na construção de um
negócio rentável;

Elucidar a importância da formação de preços para empresas de
diversos portes e/ou segmentos.
Diante do supracitado surge a questão norteadora do presente estudo: “Uma
correta administração de custos pode gerar benefícios significativos à base
competitiva de empresas de diferentes portes e/ou segmentações?”.
Com base no problema identificado temos a hipótese de que empresas de
pequeno porte não detêm de significativos benefícios com a aplicação de uma
correta administração de custos visto que tal base administrativa só pode ser
corretamente veiculada em empresas de médio e grande porte em virtude do
circulante que a essas vem envolto os custos.
A metodologia utilizada refere-se à revisão bibliográfica, a qual incluiu análise
crítica, interpretação literária e compreensão de textos selecionados referentes ao
tema “a importância da gestão de custo como ferramenta competitiva”.
12
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1
O SISTEMA CONTÁBIL E SEUS SUBSISTEMAS
Atualmente, as organizações de maneira geral perceberam que o controle
financeiro deixou de ser meramente parte especulativa do negócio para ser parte
estratégica, além do mais, a administração financeira passou a ter papel
fundamental dentro das organizações almejando a otimização dos custos e
consequentemente, proporcionarem crescimento de mercado. Por isso, hoje em dia
não é aceitável que determinada empresa mesmo que seja de pequeno porte não
possua qualquer tipo de controle, principalmente o setor que demonstre o lucro da
organização, qual seja o financeiro (ABENSU, 2013).
Através da contabilidade é possível verificar como anda o aspecto financeiro,
e essa medição é feita através dos sistemas de custeio. Por isso, tais conceitos são
empregados nas diretrizes estabelecidas pelas organizações, a fim de deterem de
maior controle das finanças. A contabilidade está relacionada com outras áreas do
conhecimento, e de acordo com o foco em que é empregada ela visa dar suporte
financeiro e, mostrar a real situação financeira (PADOVEZE, 2009).
A contabilidade pode dar sua valiosa contribuição ao desenvolvimento e
manutenção da pequena empresa, ao adotar uma função consultiva e preditiva,
auxiliando os empresários a especificarem suas necessidades de informação
antecipadamente, ao invés da mera função interpretativa sobre relatórios pensados
e preparados pelo profissional de contabilidade, sem a participação do empresário
(CREPALDI, 2010).
As operações contábeis possuem um potencial em gerar informações, pois
todos os fatos que são passíveis de expressão monetária podem ser agrupados
dentro dessa área, objetivando uma visão sistêmica da situação da empresa. Sendo
o papel do contabilista decisivo, para que as informações contábeis sejam utilizadas
na gestão das empresas, com fidelidade, confiabilidade e segurança (HORNGREN
et al., 2010).
13
2.1.1 Gestão da contabilidade de custos
A partir daqui serão abordados os principais conceitos de planejamento,
gerencia, custos, execução e despesas.
2.1.1.1 Custos
Em empresas, custos podem ser definidos como sendo todos os gastos,
diretos ou indiretos, de produção, ou seja, é os gastos das empresas a fim produzir
seu produto a comercialização (SHIER, 2006).
Segundo Wernke (2005), custos organizacionais também podem ser descritos
como sendo a soma total dos gastos usados a produzir um item com o objetivo de
colocá-lo a venda.
Desse modo, custos é o valor dos gastos totais da empresa a produzir ou prestar um
determinado serviço (LEONE, 2010).
2.1.1.2 Despesas
Para Wernke, (2001, p.12) Despesas “expressam o valor dos bens ou
serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção da receita, de forma
voluntária.” Tal conselho é usado para definir os gastos que não estão relacionados
com as atividades sem produtividade da empresa.
Entre estas atividades, podemos identificar os gastos com juros bancários,
propaganda e salários e encargos sociais administrativos.
Com o intuito de esclarecer melhor o que realmente são despesas e custos,
veremos a seguir a distinção entre ambos.
2.1.1.3 Distinção entre custos e despesas
Os custos estão relacionados aos recursos disponíveis e se adaptem
tecnicamente. Para ajudá-lo a analisar o terceiro critério, use a técnica gráfica da
14
Análise Estruturada para identificar os relacionamentos entre várias partes de cada
subsistema (ABENSU, 2013).
A estimativa do custo é a primeira soma mencionada que faz os gritos dos
usuários caírem abaixo de oitenta decibéis. Chamo isto de técnica Soma de
Dinheiro Máxima Aceitável. Infelizmente, ela em geral leva a uma estimativa
de custos falsamente baixa e conseqüentemente a altas quantias de horas
extras não-pagas para os membros do projeto (SHIER, 2006, p. 73).
Segundo Shier (2006), com a realização do controle dos custos é possível
escolher uma estratégia de implementação que renda o máximo de benefícios
rapidamente e que seja também tecnicamente praticável.
De fato muitas informações úteis para a tomada de decisões podem ser
tomadas com a análise custos, tais como analisar a rentabilidade da atividade,
diminuirmos os custos controláveis, determinar o preço de venda, identificar o ponto
de equilíbrio da produção, ou seja, todas essas ferramentas são utilizadas na
construção da tomada de decisões para a organização (RIBEIRO, 2009).
Tabela 1 - Exemplos de custos e despesas segundo Wernke, 2001
Custos
Despesas
Matéria-prima
Salários e encargos sociais
dos funcionários
Depreciação das máquinas,
móveis e ferramentas.
Despesas administrativas
(salários e encargos sociais da
administração).
Despesas Financeiras (juros
bancários pagos).
Despesas comerciais
(propagandas).
Fonte: Autor, 2014
2.1.1.4 Classificação dos custos e das despesas
A classificação de custos e despesas visa identificar qual o montante gasto
em uma produção (valor real) (RIBEIRO, 2009).
Os custos de uma empresa assumem duas formas, fixos e variáveis. Custos
fixos são aqueles que não variam em função da produção ou da receita de
vendas. Custos variáveis são calculados em cima da produção. Custos
totais consistem na soma dos custos fixos e variáveis para qualquer nível de
produção dado. O custo médio é o custo por unidade naquele nível de
produção; é igual ao valor total obtido pelo divididos da produção final
(CREPALDI, 2010).
15
A administração deve cobrar um preço que ao menos cubra os custos totais
de produção em um determinado nível de produção. Para determinar preços com
inteligência, a gerência precisa saber como seus custos variam em diferentes níveis
de produção (SÁ, 2006).
O sistema de controle e análise de custos e despesas não será satisfatório se
não atender os objetivos da organização, ou seja, os desejos da administração da
empresa. É importante controlar os custos mais elevados ou verificar se os preços
de venda são realistas em relação aos custos (MAHER, 2010).
2.1.2 Custos fixos e variáveis
2.1.2.1 Custo fixo
Com relação aos custos fixos estes procuram mostrar quais gastos tem valor
fixo na produção, independentemente ou não se sua comercialização final
(CREPALDI, 2010).
Já para Dutra (2010) os custos fixos são aqueles estabelecidos pela produção
independente do seu volume, não importa se a produção seja pequena ou grande o
preço sempre será o mesmo.
Por isso, os custos fixos são mostrados na realização dos balanços, isso
permite que a organização controle as mudanças ou oscilações financeiras sem
prejudicar suas finanças (MAHER, 2010).
A análise do sucesso empresarial, geralmente é expressa por rentabilidade, e
tal prática envolve o estabelecimento dos sistemas de custeios que visam agregar
melhores serviços, ou criar produtos e serviços de mesmo valor a um custo menor
(GOMES et al., 2009).
16
Figura 1 – Representação gráfica de custo fixo
Fonte: Wernke, 2001
2.1.2.2 Custos variáveis
Qualquer custo relacionado com o valor da produção pode ser considerado
variável, e o montante será determinado pelo montante de produção (LEONE, 2010).
Os valores de custo variáveis incidem diretamente no preço final, e por isso, é
necessário estabelecer qual é o valor líquido da produção com seu valor unitário, a
fim de determinar o lucro real (NASCIMENTO, 2001).
Com relação aos sistemas de custeio pode-se dizer que a classificação
apresentada pela literatura visa proporcionar diferentes visões com relação aos
custos de produção, e por isso, tais sistemas são considerados ferramentas de
gestão (BRUNI, 2010).
Todo registro financeiro devem ter suporte em documentos de transações que
propiciem a sua correta avaliação, e seu registro deve ser feito com base em fontes
objetivas, de modo que qualquer contador possa utilizar tais dados. Portanto, o
objetivo do controle de custos é proporcionar controle informações para a
organização e que ela tenha maior controle das finanças e possa tomar melhor as
suas decisões (AAKER, 2007).
17
Figura 2 – Representação gráfica de custo variável
Fonte: Wernke, 2001
A fim de esclarecer melhor o que são os custos fixos e os custos variáveis, na
tabela a seguir veremos alguns exemplos:
Tabela 2 - Exemplos de Custos Fixos e Variáveis
Custos Variáveis
Matérias-primas
Comissões de Vendas
Insumos produtivos
(Água, Energia).
Custos Fixos
Limpeza e Conservação
Aluguéis de Equipamentos
e Instalações
Salários da Administração
Fonte: Autor, 2014
2.1.3 Objetivos do custo numa empresa
Independente do tamanho da organização, os custos devem ser considerados
um fator relevante, uma vez que auxiliam no aumento das vendas através de um
melhor conhecimento dos seus clientes possibilitando que a mesma consiga atingir
seu objetivo.
A boa gestão de custos tem seu grande objetivo na maximização dos lucros,
cuja eficácia mais contundente é a conquista natural da liderança em
custos. É esta a estratégia competitiva principal para levar uma empresa a
conquistar mais fatias e permanência assegurada no mercado.
(POMPERMAYER E LIMA, 2011, p. 52).
Em outras palavras, os custos têm como objetivo ajudar na tomada de
decisão, oferecendo suporte teórico para os executivos nesta etapa e quando bem
utilizado, o planejamento financeiro se torna um diferencial competitivo que ajuda
alavancar o crescimento organizacional.
18
Partindo-se de um custo, adicionando-se o custo comercial e mais a
rentabilidade exigida e imposta, é possível uma determinação do preço
recomendável. Podemos também partir do preço de mercado verificando se os
nossos custos estão competitivos e calculando assim a rentabilidade do produto.
2.1.4 Planejamento do sistema de custos
Para Crepaldi (2010), planejamento significa buscar prever ocorrências
futuras com o intuito de se preparar para o desconhecido.
O planejamento se fundamenta nas estratégias definidas segundo perfil da
empresa objetivando prestar serviços de excelência com uma maior redução de
gastos possível. Assim, tal planejamento se torna indispensável para o melhor
desempenho da empresa a médio e longo prazo (AAKER, 2007).
Ainda, para Shimizu (2010) o planejamento tem de seguir etapas como:
projeção empresarial; fixação de objetivos; apreciação de pontos forte/ fracos; e
finamente escolha de plano alternativo.
É vital salientar, que planejamento ao sucesso deve vir atrelado a outros
fatores tais como acompanhamento, buscando assim evitar eventuais transtornos
durante a execução (BRUNI, 2010).
O planejamento divide-se em duas fases: em primeiro lugar é necessário
elaborar um planejamento estratégico; e a segunda fase compreende o
planejamento operacional. Os sistemas representam o conjunto de
atividades que visam coletar os dados da empresa de várias fontes a fim de
transformá-las em informações a serem utilizadas no gerenciamento da
empresa (LIMA, 2011, p.26).
O sistema de planejamento constitui importante ferramenta a administração
visto que a mesma proporciona levantamento de dados de funcionamento e
gerenciamento organizacional. Por meio do sistema de custos se torna viável gerar
relatórios de bases financeiras, operacionais e demais indicadores (OLIVEIRA;
SIMÕES, 2010b).
O processo de custeio vem atrelado ao sistema de custos, uma vez que
fontes de informação empresarial, quando combinadas, são aptas a demonstrar todo
custo do processo (BERNANRDI, 2010).
19
Nesse sentido Maher (2010, p. 471) dita:
O sistema de custo é composto por subsistemas: levantamento de
informações financeiras, acumulação de custos e custeio. Por isso é
importante separar os dados relativos a contabilidade financeira da
contabilidade gerencial, pois, tais dados se completam. Sob a ótima
contábil, os custos podem ser contábeis (são as normas legais, princípios) e
fiscais (obrigatório na aplicação das normas) e societárias (diz respeito aos
fatos já ocorridos).
Assim, a gestão de referidos resultados objetiva maximizar lucros obtidos pela
organização. Tal estratégia é uma importante ferramenta para o desempenho
organizacional produzindo melhores produtos e menores custos (BRUNI, 2010).
2.1.5 Visão de gerência da contabilidade de custos
Segundo Maher (2010), este tipo de visão de custos demonstra a importância
das informações apuradas com relação aos gastos. Ainda segundo mesmo autor, (p.
538), contabilidade de custos tem por função demonstrar que o objetivo principal é:
Demonstrar os valores de custos e estoque para que os objetivos possam
ser traçados; As informações com relação aos gastos sejam priorizadas na
tomada de decisões; Os parâmetros utilizados serão empregados nas
metas estabelecidas pela organização; por fim, Todas as informações
financeiras serão utilizadas para sanar qualquer problema de ordem
tributária.
Já para Oliveira e Simões (2010a), esses objetivos tem derivação das
necessidades criadas pelo ambiente empresarial, com o intuito de determinar o
desempenho e rentabilidade da mesma.
Portanto, tais informações são capazes de auxiliar no planejamento de forma
a direcionar nas decisões a serem tomadas. Portanto, a gerência de custos exige
vários cuidados a serem observados, pois sua compreensão determinará como o
sistema de custos será utilizado (BONACIM; ARAUJO, 2010).
Dados usados na aquisição de informações se iniciam coletando dados a
serem utilizados a chegar a melhores sistemas de custos. Essas informações são
utilizadas por organizações na formulação do planejamento, a fim de apurar os
valores de bases financeiras (LEONE, 2010).
Os métodos de custeio são demonstrados com a utilização do método de
custeio tradicional, ou seja, esse método utiliza a apuração de custos sob os
recursos utilizados no produto gerando informações gerenciais de forma a
20
melhorar a produção e reduzir os gastos. Essa redução pode ser obtida
através dos métodos de custo alvo que visa estabelecer o custo meta para
se chegar a um produto com melhor preço (MARTINS, 2010, p.77).
Nesse sentido é vital se utilizar o planejamento estratégico com o intuito de
identificar os fatores usados no mercado para se atingir metas estabelecidas. Esse
planejamento pode vir a ser usado a definir estratégias a serem empregadas para se
deter de crescimento aplicado (SÁ, 2006).
Segundo Hendriksen e Van Breda (2007), todo e qualquer planejamento tem
de ser estabelecido por meio de decisões tomadas pela empresa ao longo dos anos,
buscando atender a oscilações de mercado.
2.1.6 Cálculo dos custos patrimoniais
Segundo Hendriksen e Van Breda (2007), custos patrimoniais podem ser
descritos como sendo parcelas abatidas do montante do ativo permanente,
representando assim os custos realizados pela empresa, ou seja, são os custos fixo
e custos indiretos.
Assim, se pode referir que é sobre o ativo permanente que se chega ao custo
patrimonial, sendo que esse é obtido por meio de cálculo dos registros patrimoniais,
excetuando desse o valor das atualizações monetárias e do aquisitivo (BONACIM;
ARAUJO, 2010).
A contabilização dos custos pode ser simples e complexa. Se a empresa
utilizar o critério de rateio de custos indiretos de fabricação, por exemplo, a
contabilização se dará de forma simples levando em conta a transferência
para os estoques de acordo com a saída dos produtos; e de forma
complexa na entrada dos custos representada por mapas (LOPES, 2004).
De modo generalista, se diz que o patrimônio pode vir a ser avaliado a
determinar sua liquidez, onde nesse contexto, o custo patrimonial se representa pelo
ativo permanente (BRUNI, 2010).
2.1.7 Classificação de custos
Segundo Dutra (2010, p. 242), os custos podem ser classificados em diretos,
indiretos, variáveis e fixos conforme veremos a seguir:
21
a) Diretos: são os que estão relacionados ao objeto de custeio, ou seja, são
os custos diretos são parcelas de recursos utilizadas apenas por
determinado produto que pode assumir ou não parte do recurso utilizado na
sua produção, dessa forma, diz-se que é custo direto.
b) Indiretos: são os que se relacionam com mais de um objeto de custeio.
Além do mais, estes custos não apresentam medida com as áreas ou
produtos.
c) Variável: São os custos que dizem respeito aos gastos utilizados na
produção, tais custos podem sofrer variação conforme o montante
produzido.
d) Fixos: dizem respeito aos custos de produção dos bens e serviços, tais
custos podem oscilar de preço, mas essa variação nem sempre
acompanhará o montante produzido.
Para Ribeiro (2009), os custos devem ser classificados para auxiliar as
tomadas de decisão referentes a custos atuais e futuros das organizações, levando
em conta que:
a) Custos relevantes: são os custos que se alteram de acordo com a
decisão tomada.
b) Custos não relevantes: são os custos que ocorrem independentemente
da decisão tomada.
Desse modo, alguns custos podem ser identificados dentro da cadeia
produtiva, onde uns são mais comuns que outros, sendo que outros podem ainda
sofrer com variações de preço segundo o fluxo produtivo (LEONE, 2010).
2.1.8 Sistemas de custeio
Segundo Wernke (2001), devido à globalização do ambiente econômico onde
as organizações estão inseridas, estas vêm se ocupando cada vez mais na busca
por procedimentos que possam contribuir para a otimização da gestão de forma que
seu nível de qualidade possibilite a competição no mercado.
O sistema voltado ao estudo das formas de custeio se fundamenta segundo
duas filosofias, sendo (MARTINS,2010):
a) Custeio como forma de produção por absorção - tem como finalidade
analisar os custos e despesas indiretas fixas e como elas influenciam os
preços dos produtos, e.
b) Análise dos custos diretos – nos modelos utilizados a analisar custos
ligados à produção não identificam valores relativos a custos indiretos.
22
Para Perez Junior e colaboradores (2011), os sistemas de custeio podem ser
classificados quanto a:

Natureza do processo produtivo:
o Ordens específicas de produção: este processo está baseado na
incorporação de custos específicos na produção dos produtos
individualmente;
o Por série de produção: este processo está baseado na produção
de diversos produtos, e.

Tipo de custo escolhido:
o Históricos: consiste na análise simplificada da contabilização dos
valores dos produtos;
o Pré-determinados: constituem nos custos ocorridos antes da
produção.
O sistema de custeio ainda pode vir a ser analisado segundo a ótica da
“ordem de produção”, onde a produção é representada de forma individual. O que
explica o motivo dos custos de produção e custos indiretos serem somados a partir
da ordem de produção para um bem ou serviço (LEONE, 2010).
Segundo Dutra (2010), resultados coletados cedem diagnósticos sobre a
saúde financeira da empresa o que possibilita que se formem conclusões se essa
gera lucro ou prejuízo.
Crepaldi (2010) relata que o sistema de custeio pode se dar por meio de
processos, os quais objetivam demonstrar como as organizações podem se valer de
processos consecutivos a produzir certos produtos/ serviços.
Ludícibus (2004), ainda pondera o fato de que o sistema de custeio analisa
padrões impostos segundo uma ordem, onde, nesse contexto deve ser observar:

As escolhas devem observar detalhadamente os materiais utilizados na
produção;

A análise de tempo e desempenho relativo a atividades de produção;

A análise dos equipamentos utilizados na fabricação dos produtos.
23
Por tal fato, o custo padrão traduz de modo generalista, o valor utilizado para
se produzir o bem e/ou serviço de modo a atender as necessidades da organização.
Tal sistema analisa custos relacionados a atividades feitas na organização, bem
como a utilização de vetores com o intuito de verificar, de uma forma real, os reais
gastos com produção de bens e serviços (DUTRA, 2010).
Crepaldi (2010) relata a existência de outros sistemas de custeio que serão
analisados a seguir:

Método das percentagens: é o sistema que utiliza a premissa de que
algumas despesas decorrem de outras;

Método da hora/máquina: é o sistema que utiliza os conceitos contábeis
para se chegar aos valores de produção, dessa forma, o custo é calculado
pelo equipamento utilizado e o tempo gasto na produção. A soma desses
fatores leva ao custo final;

Método das equivalências: é o sistema que utiliza a quantificação da
fabricação, ou seja, toda produção será analisada de forma única;

Método da unidade padrão de esforço: este sistema utiliza a premissa de
que toda matéria prima será transformada em produto.
2.1.8.1 Activity Based Costing – ABC
O método ABC, denominado custeio por atividades, possui nomenclatura
originada do inglês Activity Based Costing. Este método reconhece que os custos
são conseqüência das atividades realizadas, e estas resultam na produção de bens
e serviços (DUBOIS; KULPA; SOUZA, 2006).
A utilização do ABC passou a ser realizada, após constatar-se que os critérios
de rateio, até então usados no Custeio por Absorção, eram inadequados uma vez
que ocasionavam distorções importantes na apropriação dos valores aos produtos
(WERNKE, 2005). “Segundo alguns autores, o ABC já era conhecido e usado por
contadores em 1800 e início de 1900. (NAKAGAWA, 2001).
Em relação a aplicação do ABC, Martins (2003, p. 87) afirma que:
24
O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente a
mão-de-obra direta, e é recomendável que o seja; mas não haverá, neste
caso, diferenças significativas em relação aos chamados “sistemas
tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos
indiretos.
O tratamento adequado aos custos indiretos faz-se necessário devido ao
avanço tecnológico, o qual ocasiona o aumento destes custos, e a grande
diversidade de produtos e modelos fabricados (MARTINS, 2003).
Destacam-se, também, como fatores importantes na evolução do método
ABC:
a) a prática da contabilidade gerencial está divorciada das necessidades
financeiras;
b) a insatisfação com os dados de custos, apurados pelos sistemas
tradicionais que distorcem os custos dos produtos/serviços, atribuindo
custos indiretos aos produtos, de acordo com bases de rateio arbitrárias
(geralmente horas de mão-de-obra direta, horas máquina ou custo de
material). Os sistemas tradicionais foram desenhados para épocas
anteriores, quando a mão-de-obra direta e os materiais eram os fatores de
produção determinantes, a tecnologia era estável e as despesas indiretas
apresentavam valores pequenos em relação aos custos totais;
c) competitividade, ou seja, o mercado está cada vez mais competitivo,
sendo necessários sistemas de custos gerenciais que gerem informações
para melhoria nos processos;
d) a busca pela excelência empresarial (KAPLAN; COOPER, 1998, p.75).
“Atualmente, o método ABC tem sua aplicabilidade tanto em empresas de
manufatura como em prestadoras de serviços’’ (DUBOIS; KULPA; SOUZA, 2006, p.
154). E sua utilização proporciona algumas vantagens, tais como:
a) Identifica as atividades que agregam valor (ou não) e a pertinência dos
recursos consumidos por elas.
b) Melhora a atribuição dos custos aos produtos pela eliminação das
distorções propiciadas pelo custeio tradicional (Absorção), atribuindo a elas
os custos efetivamente incorridos.
c) Permite uma melhor gestão da rentabilidade individual de cada produto
(ou cliente) e sua contribuição para o negócio (WERNKE, 2005, p. 40).
No entanto, o ABC possui algumas desvantagens, são elas:
a) A utilização de direcionadores de recursos não elimina totalmente a
arbitrariedade atribuída aos rateios efetuados no Custo por Absorção.
b) Os custos indiretos, em sua maioria, são de natureza fixa. Ao apurar o
custo por unidade, o ABC modifica o comportamento do elemento de custo.
c) Dificuldade na implantação de forma detalhada ou quando a empresa
utilizar muitas atividades ou processo. (WERNKE, 2005, p. 42).
Ressalta-se que o ABC apesar de ser um método novo e ainda apresentar
algumas desvantagens, vêm se tornando mais popular. Isso ocorre porque é muito
eficiente na análise estratégica dos custos o que o torna uma ferramenta gerencial.
25
2.1.8.2 Características do ABC
No método de custeio baseado em atividades o controle dos custos é focado
nas atividades. Logo, este método procura rastrear os gastos da empresa por meio
do monitoramento das atividades executadas (SOUZA, 2007).
A Figura 3 expõe a estrutura do método de custeio ABC.
Figura 3 - Custeio ABC
Fonte: Megliorini, 2007
Nota-se que no ABC, os custos diretos são apropriados diretamente aos
produtos, enquanto os indiretos são distribuídos às atividades para depois serem
apropriados aos produtos.
Para Ching (2001, p. 39), “o ABC descreve a forma como uma empresa
emprega tempo e recursos para atingir determinados objetivos.” Nesta metodologia,
não são os produtos ou serviços que consomem os recursos, mas sim as atividades,
e estas são consumidas pelos produtos ou serviços (DUBOIS; KULPA; SOUZA,
2006, p. 155).
26
A Figura 4 demonstra a lógica do funcionamento do método ABC.
Figura 4 – ABC
Fonte: Bornia, 2002
De forma ampla, se pode referir que todos os métodos aqui apresentados são
importantes ferramentas competitivas, visto que esses tornam viável o traçar de
metas a fim de que essas tornem possível a obtenção de maior controle de custos
favorecendo uma melhor atividade prestada (OLIVEIRA, V.; SIMÕES, 2010b).
2.2
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Nos dias atuais, a determinação do preço em um ambiente de concorrência
internacional é uma tarefa bastante árdua para as empresas (WERNKE, 2005).
Mesmo que se calculem os custos dos produtos por diferentes métodos de
custeio (absorção, variável, ABC, entre outros) e a partir destes custos façase o cálculo do preço de venda, nem sempre o valor encontrado pelo gestor
é aquele aceito pelo mercado (OLIVEIRA, 2009, p 81).
No ambiente econômico existem vários fatores que podem afetar a formação
do preço de venda, além daqueles que já impactaram sobre as variáveis de
formação do custo. Alguns deles podem ser citados: regulamentação do governo,
avanço tecnológico, obsolescência, mudança na demanda do consumidor,
concorrência, sazonalidade entre outros. Desta forma, formar preços não é apenas
um cálculo matemático, mas também uma análise qualitativa dos aspectos internos
e externos da empresa, sobretudo os externos que de certa forma fogem ao controle
27
da mesma. Quando a empresa utiliza apenas o custo como base para estabelecer
seu preço de venda, isso pode causar problemas, já que esta decisão irá depender
do sistema utilizado (COELHO, 2009; BERNARDI, 2010).
Para o Conselho Regional do Estado de São Paulo, 2000 existem diversas
variáveis que devemos observar antes de definir os preços onde podemos destacar:
a) Grau de consciência dos preços pelos consumidores;
b) Grau de sensibilização a alteração nos preços (elasticidade da
demanda);
c) O conhecimento da concorrência e seus preços:
d) A demanda esperada do produto;
e) O nível de produção e/ou vendas que se pretende ou que se pode
operar;
f) Os custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto;
e.
g) Os custos financeiros de gestão do produto. (Conselho Regional do
Estado de São Paulo, 2000, p 130).
Wernke (2001, p.126), define preço como “a expressão do valor de troca que
se oferece por alguma coisa que satisfaça uma necessidade ou desejo” onde, em
seu calculo de venda, as organizações devem procurar por formas que: aumentem
os lucros, permita alcançar as metas de vendas, que possibilitem a utilização da
capacidade de produção de forma eficaz, e que proporcionem a otimização do
capital.
Ao formular o preço de venda, deve-se primeiramente calcular um preço
orientativo com base unicamente em dados internos de acordo com o mercado
atuante. Uma vez definido o preço orientativo, é hora de testa-lo considerando o
custo, volume e o lucro, além de outros aspectos financeiros e econômicos.
Ainda conforme Wernke (2001), as empresas podem adotar quatro métodos:
 Mark-up: É definido com base nos custos da mercadoria onde é
adicionada uma porcentagem ao custo-base;
 Baseado nas decisões das empresas concorrentes que é dividido
em preços: promocionais, concorrente, na imitação dos concorrentes, e
nos preços agressivos abaixo do custo.
 Baseado nas características do mercado: O administrador precisa
ficar atualizado com relação ao mercado para decidir qual será seu
preço de acordo com o público que pretende atingir; e.
28
 Misto: Observa-se a combinação das características do mercado,
custos envolvidos e decisões dos concorrentes.
2.2.1 Taxa de Marcação (Mark-up)
Segundo Megliorini (2007), a definição do preço de venda baseado nos
custos de fabricação dos produtos ou realização dos serviços, acrescenta-se aos
custos uma taxa de marcação, conhecida como Mark-up.
Para Padoveze (2006), o Mark-up é um método para se calcular o preço de
venda de forma rápida, por meio de relações percentuais médias sobre os custos
dos produtos.
Conforme Wernke (2005, p. 152), esta taxa de marcação:
É um fator aplicado sobre o custo de compra de uma mercadoria (ou sobre
o custo unitário de um bem ou serviço) para a formação do preço de venda
respectivo. No cálculo do Mark-up podem ser inseridos todos os fatores que
se deseja cobrar no preço de venda, sob a forma de percentuais.
Nota-se que na utilização do Mark-up podem ser incluídos, em forma de
percentual, todos os valores de se deseja embutir no preço de venda, tais como: os
tributos incidentes nas vendas, as comissões, a taxa de franquia, a margem de lucro
desejada para cada produto, entre outros (WERNKE, 2005).
De acordo com Megliorini (2007, p. 181), “uma empresa pode definir quantos
Mark-ups forem necessários e até mesmo ter um Mark-up específico para cada
produto ou para cada linha de produtos.”
Quanto ao cálculo do preço de venda por meio da taxa de marcação, existem
duas formas, são elas o Mark-up divisor e o Mark-up multiplicador. Entretanto,
independente do tipo utilizado, o preço de venda calculado será o mesmo para as
duas formas (WERNKE, 2005).
Para demonstrar como ocorre a obtenção do preço pelo Mark-up divisor,
Wernke (2005) indica os seguintes passos: a) listar os percentuais incidentes; b)
somar todos os percentuais incidentes; c) dividir a soma dos percentuais por “100”
(para achar a forma unitária); d) subtrair de “1”, quociente da divisão anterior, para
obter-se a taxa de marcação; e) dividir o custo pelo Mark-up divisor.
29
Figura 5 - Equação do Mark-up Divisor
Fonte: Wernke, 2005
No Mark-up multiplicador adotam-se praticamente os mesmos procedimentos
do divisor, sendo que a diferença está apenas nas últimas etapas. Para o
multiplicador os percentuais devem ser listados, somados, divididos por 100 e o
resultado deve ser multiplicado pelo custo (WERNKE, 2005).
Figura 6 - Equação do Mark-up Multiplicador
Fonte: Wernke, 2005
2.2.2 Conceito em gerência de recursos
Existem duas abordagens básicas em gerência de recursos: alocação de
recursos e nivelamento de recursos. Por alocação de recursos entende-se que cada
atividade a ser executada tem a garantia de que possuía os recursos de que
necessita (ABENSUR, 2013).
O nivelamento de recursos tem como pré-requisito a alocação e procura
nivelar as necessidades de cada recurso utilizado durante o projeto, ou seja,
o nivelamento procura minimizar a existência de recursos ociosos durante a
execução do projeto. Em problemas reais de grande complexidade, o
nivelamento de recursos é de solução difícil e extremamente demorada
(mesmo em computadores) (HARRISON, 1999 apud ABENSUR, 2013. p.
17).
Por isso, o que se usa normalmente é alocação de recursos, tentando então
obter um razoável nivelamento de recursos em corridas sucessivas, seguindo
critérios oriundos dos próprios resultados da alocação de recursos. Dentre as
30
diversas técnicas disponíveis, a que fornece melhores resultados em problemas
reais de alocação de recursos é a simulação. Por este processo, simula-se a
execução das atividades no tempo e vai-se alocando os recursos caso disponíveis
ou atrasando a execução das atividades para as quais não existem recursos
disponíveis, usando-se as folgas nas respectivas atividades (GOMES, 2009).
2.2.3 Política de formação de preços
Possuir uma correta estratégia de definição de preços é imprescindível para a
sobrevivência e desenvolvimento de uma empresa, bem como para sua
segmentação e seu posicionamento (HORNGREN et al., 2010).
É muito comum encontrarmos hoje empresas que não têm o ideal controle
sobre as margens de contribuição de seus produtos, o que dificulta a determinação
do ponto de equilíbrio operacional das mesmas, que indica qual o mínimo de receita
necessário para que a empresa seja capaz de cumprir com seus compromissos de
custos fixo e variáveis (WERNKE, 2005).
Por isso, a definição de preços baseada na demanda é uma alta percepção
de valor por parte do consumidor, a relação entre o aumento de preço e a demanda
é considerada inelástica (COELHO, 2009).
Com relação a eventuais descontos a política é definida de forma estratégica,
ficando a cargo dos gerentes e diretores tal definição. Estes descontos são liberados
de acordo com o volume da negociação ou estratégia de penetração no mercado
(BERNARDI, 2010).
2.2.4 Preços de serviços/produtos
Os preços de serviços/produtos devem ser cuidadosamente calculados para
não resultar em prejuízos para a organização. Pensando nisso, a seguir veremos um
roteiro indicado pelo SEBRAE que deve ser levado em consideração na hora de
calcular tais preços.
31
Dentre as várias formas de calcular os preços de venda, a SEBRAE indica a
utilização de uma planilha (modelo anexado na página 50) que deve conter
informações sobre:

Serviços: descriminar cada serviço prestado em uma planilha;

Nota: divisão das horas trabalhadas entre as atividades;

Data;

Custo da mão de obra: Calculo da mão de obra diretamente disponível;

Nomear cada função dos colaboradores;

Discriminar a quantidade de operários de acordo com sua função e o
valor por mês do salário de cada um não se esquecendo dos encargos
sociais e calculando o subtotal de ambos;
 Calcular as horas disponíveis/mês, o custo de serviço/hora e informar o
tempo real gasto na execução dos serviços.
Além destes itens deve-se também levar em consideração: As despesas fixas
– onde serão definidas as despesas fixas e administrativas; as despesas de
comercialização e lucro; e o custo do material aplicado.
2.2.4.1 Visão contábil
Segundo Hendriksen e Van Breda (2007), a visão contábil de preços e
serviços pode ser entendida com sendo a relação entre valores gastos e valores
cobrados. Tal ato deve levar em conta tabelas sindicais, bases do salário mínimo
vigente e preços cobrados pelos concorrentes. Segundo mesmo autor, em meio à
visão contábil se deve questionar a qualidade dos produtos/ serviços oferecidos bem
como a qualidade e poder monetário dos clientes.
Para Lopes (2005), do ponto de vista gerencial, a visão contábil é o estudo de
subsistemas capazes de coletar dados e produzir informações de referência de
mercado.
32
De modo generalista, as informações cedidas pela visão contábil são
importantes ferramentas de avaliação, visto que por meio dessas é viável
demonstrar situação reais de bases financeiras da empresa. Ainda se dita que por
meio desta se pode forma sistemas de custos eficientes, uma vez que quando
reunidos essas geram relatórios demonstrativos das melhores formas de gerência
da empresarial e de quais recursos podem/devem ser empregados (HORNGREN et
al., 2010).
Segundo Leone (2010), a execução e o planejamento administrativo que se
guie pela visão contábil, forma sistemas de custos aptos a apresentar quais são as
reais necessidades organizacionais, atendendo mais facilmente as exigências do
mercado.
2.2.4.2 Visão econômica
Martins (2010) relata que a visão econômica de preços e serviços pode ser
entendida como sendo o estudo de recursos usados a satisfazer as necessidades
seja da empresa seja do consumidor. Tal visão se utiliza das Leis econômicas de
modo a mensurar, de modo generalista, todos os gastos de mercado, uma vez que
os valores cobrados por bens e serviços se mostram como sendo o resultado da
economia global.
Para Ribeiro (2007), a expressão “preço de serviço” nasceu da definição dos
valores da produção e da demonstração da renda da produção. Tal termo representa
alternativa a tomada de decisão, visto que demonstra todos os valores envoltos na
produção.
Segundo Martins (2010), o problema geral da visão econômica no que tange
os conceitos de receitas e custos refere-se à distinção entre custos ativos e custos
fixos.
Assim, o pensamento econômico do tema aponta ao fato de que todos os
fatores usados na produção se dão no uso prático, ou seja, os preços dos serviços
demonstram as necessidades implícitas no mercado apontando como os preços são
formados e ofertados ao consumidor (HORNGREN et al., 2010).
33
2.2.4.3 Visão administrativa
Coelho (2009) relata que a visão administrativa de preços tem por finalidade
identificar o registro de acordos voltados a base patrimonial das organizações por
meio de mensurações real do valor do patrimônio.
A contabilidade tem se demonstrado importante ferramenta utilizada pelas
organizações a fim de demonstrar as informações financeiras e como elas
podem ser utilizadas com máxima excelência na formação dos preços de
serviços (HARRISON, 1999 apud ABENSUR, 2013. p.23).
A visão administrativa dita que a contabilidade é a disciplina responsável por
apurar registros e transações de base financeira, sendo assim capaz de se utilizar
de métodos de mensuração, com o intuito de demonstrar a situação real da
organização.
Segundo Oliveira (2009), na ótica gerencial a contabilidade pode ser
representada como sendo a gestão de informações capazes de gerar influencia no
processo de decisão, objetivando a máxima coleta de lucros.
Atualmente se verifica que a contabilidade é representada como sendo um
sistema de supervisão e orientação da real situação econômica da organização, de
modo a demonstrar como valores monetários podem ser usados para atingir maior
rendimento (CHIAVENATO, 2004).
2.2.4.4 Tomada de decisão gerencial
Segundo Chiavenato (2007), a tomada de decisão pode ser entendida como
sendo o método ao qual empresas escolhem melhor suas decisões entre diversas
opções. A tomada de decisão é assim o processo do diagnóstico e da preferência a
certa decisão demonstrada entre várias viáveis.
A tomada de decisão pode ainda ser compreendida como sendo a conversão
de informações em ação, em outras palavras, a decisão é baseada na análise de
diversas informações, as quais possibilitarão uma melhor escolha segundo o
momento atual vivido pela organização (GOMES, 2009).
34
Assim, Chiavenato (2004), relata que se pode ditar que a decisão tomada pela
empresa será realizada segundo o preceito de melhor saída a ser atingir um
determinado objetivo. Tal decisão será tomada com base em várias hipóteses, sendo
escolhido a que ofertar melhor solução a necessidade atual da organização.
Segundo Chiavenato (2007, p. 201) tais decisões detêm dos seguintes
elementos:
a) Tomador de decisão: é a pessoa responsável por apresentar e escolher a
melhor alternativa.
b) Objetivos: são as metas a serem atingidas pelo tomador de decisão.
c) Preferências: são os métodos utilizados para se chegar à melhor escolha
de decisão.
d) Estratégia: são as hipóteses a serem percorridas pelo tomador de
decisão a fim de se atingirem os seus objetivos.
e) Situação: são os aspectos externos que podem influenciar na tomada de
decisão.
f) Resultado: é o que se espera atingir com a ação empregada pelo tomador
de decisão.
Gomes e colaboradores (2009) relata que o processo de tomada de decisão é
envolto por seis etapas/ fases sendo:
1.
Percepção da ocorrência de eventual problema;
2.
Análise e conceituação da ocorrência de um problema a ser enfrentado;
3.
Fixação dos objetivos a serem cumpridos;
4.
Fixação de métodos alternativos na solução dos problemas;
5.
Opção pela melhor alternativa a ser aplicada na obtenção dos objetivos;
6.
Cálculo e implantação das alternativas apresentadas.
Shimizu (2010) relata que o processo a se elaborar decisões segue 5 etapas
de nível, sendo:
1.
Nível estratégico;
2.
Nível tático;
3.
Nível operacional;
4.
Nível de despacho ou liberação;
35
5.
Nível de importância dentro da organização.
Shimizu (2010) relata que o processo a se elaborar decisões segue 5 etapas
de nível, sendo:
1.
Nível estratégico;
2.
Nível tático;
3.
Nível operacional;
4.
Nível de despacho ou liberação;
5.
Nível de importância dentro da organização.
Assim, seja qual for a decisão tomada, essa deve tornar viável a formação de
elementos fundamentais para o sucesso organizacional, atos esses que exigem
esforço e amplo planejamento (GOMES, 2009).
36
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa é uma atividade cuja finalidade cientifica é alcançar a verdade, por
comprovações de hipóteses, que por sua vez, objetivam ligações entre a realidade e
a teoria científica; e para alcançar essa finalidade, o trabalho em análise irá discorrer
sobre os principais conceitos administração de custos, formação de preços, tomado
de decisões e planejamento.
Com base na análise da literatura, ficou explicito serem dois os tipos de
finalidade: básica, ou aplicada.
A pesquisa de finalidade básica, também conhecida como pura, tem como
objetivo o conhecimento científico, visando satisfazer a necessidade intelectual do
pesquisador por conhecimento (ANDRADE, 2002).
Já com a pesquisa de finalidade aplicada, o pesquisador tem como interesse
a solução de problemas concretos, relativamente pontuais e práticos (CERVO;
BERVIAN, 1996).
Assim, o presente estudo utilizou-se do método de pesquisa bibliográfica
incluindo a esta análise crítica, interpretação literária e compreensão de textos
relacionados ao tema do estudo. Todo material abordado foi selecionado de forma a
haver separação criteriosa, a fim de se obter qualidade de informações e dados, de
forma que esses pudessem ser estabelecidos como base literária para o estudo
desenvolvido.
Foram utilizados materiais relevantes ao tema “a importância da gestão de
custo como ferramenta competitiva”, os quais foram retirados de livros e publicações
de órgãos internacionais e nacionais, revistas e artigos de ordem científica.
Os artigos de denominação científica foram adquiridos, de modo conciso,
através de bancos de dados de sites como Scielo, SEBRAE e Lilacs, tendo esses
sido publicados nos últimos 10 anos. Como fontes de busca foram utilizadas as
seguintes palavras-chaves: Gestão custos. Importância. Empresas. Formação de
Preços.
37
Posteriormente se confeccionou o item “considerações finais” onde foi
explanado resposta a questão norteadora (Uma correta administração de custos
pode gerar benefícios significativos à base competitiva de empresas de diferentes
portes e/ou segmentações?), bem como ao objetivo do estudo, finalizando assim o
mesmo.
38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a gestão de uma empresa, não importando o seu ramo de atuação, é
importante que seus gestores conheçam e entendam os conceitos e as
metodologias de custeio, visto que esse é imprescindível para formar o preço de
qualquer produto e/ou serviço (GOMES, 2009).
A análise correta do custo é vital no ambiente atual, onde a competitividade é
acirrada em diversos setores da economia (BONACIM; ARAUJO, 2010).
Ainda,
No que tange as questões legais da apuração do custo, apesar de serem
essas exigidas legalmente (para empresas que tenham regime de tributação
a partir do lucro real), podem não auxiliar a tomada de decisão necessária
para a formação de preço, tornando assim vital a atenção correta dos
gestores a fim de encontrar saídas eficazes a problemática apresentada
(BRUNI, 2010, p. 23).
Com relação ao termo gasto, pode-se dizer que o sacrifício financeiro para
que a empresa obtenha um produto ou serviço de qualquer natureza, levando em
consideração sua operação.
Gastos não são o mesmo que desembolsos, ou seja, um gasto pode ser
desembolsado no momento da compra ou não (MARTINS, 2010).
Desta forma, os gastos envolvem muitos outros conceitos, que são ordenados
pela finalidade de utilização do bem e serviço na operação. Exemplo: compra de
mercadorias para revenda, compra de um equipamento para industrialização,
utilização da mão-de-obra para prestação de serviços, utilização de matéria-prima no
processo produtivo, entre outros (LEONE, 2010).
Assim, os significados de cada tipo de gastos são (VERA-COLINA et al., 2011,
p. 6):
• Investimento: bens e direitos que uma empresa possui que trarão
benefícios econômicos futuros, de acordo com sua vida útil, são ativados na
empresa quando de sua aquisição. Com o passar do tempo e utilização são
alocados para custos e despesas;
• Custos: gastos consumidos para a produção de bens e serviços, relativos
à operação da empresa.
39
• Despesa: são os gastos que ocorrem após a produção dos bens e
serviços, está relacionada com os esforços para obtenção das receitas.
• Perda: bens e serviços consumidos de forma não normal ou involuntária.
Se ocorrer em função da atividade da empresa será classificado como
custo. Porém caso a empresa não tenha controle sobre sua existência, será
considerado como despesa.
Na Tabela 3 são apresentados exemplos aplicados de gastos organizacionais:
Tabela 3 – Gastos operacionais
Conceito
/Operação
Prestação de serviços
Comercial
Industrialização
Compra
de
mercadorias
para
venda, compra de
imobilizado da loja.
Estoque
de
mercadoria vendida.
Compra de matéria-prima
complementar
Despesa
Compra de produtos
utilizados como matéria
prima
utilizados
na
produção
Utilização dos insumos,
depreciação
dos
equipamentos utilizados
na prestação do serviço.
Propaganda.
Perdas
Perda de equipamentos
por defeito (despesa)
Consumo de estoques
reduzido (despesa)
Investimento
Custo
Comissão de vendas.
Utilização da matériaprima para produção,
depreciação
das
máquinas.
Salário dos funcionários
do administrativo.
Perda
da
produção
(custo)
Fonte: Autor, 2014
Segundo Shier (2006), sempre existe certa dificuldade de compreender a
diferença entre o que é custo e despesa, desta forma, na figura a seguir, é
apresentado esquema a diferenciar tais conceitos:
Figura 7 – Esquema de gastos (custos/despesas)
Fonte: Shier, 2006
40
Tal sistema pode ser usado para que seja tomada a melhor decisão possível
com relação a todos os gastos do referido processo, para tanto se faz necessário
compreender que se não existe nenhum fator a restringir a produção ela ocorrerá
normalmente, e nesse caso, o produto deverá ser o maior incentivador da produção
com a maior margem de contribuição e menor custo (SHIER, 2006).
41
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A administração de custos retrata a real economia financeira da organização e
do sistema que a cerca, trazendo as empresas alternativas para um melhor
aproveitamento dos recursos internos/ externos, gerando assim um melhor foco e
uma maior chance destas terem sucesso em suas operações, minimizando riscos.
Atualmente a exposição empresarial, a constante competitividade leva
organizações a desenvolver estratégias de gestão diferenciadas, as quais devem ser
aplicadas a empresas de qualquer porte e/ou segmentação, visto que essas não
estão isentas das necessidades impostas à gestão, em especial a gestão de custos,
nem tão pouco alheias aos efeitos da competitividade de mercado.
Assim se conclui que com uma correta gestão de custos, empresas de
diferentes portes e/ou segmentações, podem melhor modelar seu planejamento
estratégico aguçando suas possibilidades competitivas junto ao mercado, visto que
com essa se torna mais fácil alcançar metas de um modo eficaz, estável e positivo,
tornando, especialmente empresas de pequeno porte, mais prosperas e propensas à
sobrevida diante das atribulações do mercado.
42
REFERÊNCIAS
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Alegre: Bookman, 2007.
ABENSUR, Eder Oliveira. Orçamento de capital: um caso especial de sequenciação
de projetos. Gest. Prod. vol.20 São Carlos 2013.
ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós
graduação: noções práticas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de formação de preços: políticas, estratégias e
fundamentos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
BONACIM, Carlos Alberto Grespan; ARAUJO, Adriana Maria Procópio de. Gestão de
custos aplicada a hospitais universitários públicos: a experiência do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.Rev. Adm. Pública,
Ago 2010, vol.44, p.903-931. ISSN 0034-7612.
BORNIA, Antonio Cezar. Análise Gerencial de Custos: Aplicação em
Empresas Modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002.
BRUNI, Adriano Leal. A administração de custos, preços e lucros. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
CASTRO, A. S.; D’AMORE, D. Contabilidade Comercial. 6 ed. São Paulo:
Brasiliense, 1978.
CERVO, Amado Lemos; BERVIAN, Pedro Augusto. Metodologia Científica: para
uso dos estudantes universitários. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1996.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 5. ed. São
Paulo: Campus, 2004.
______.Introdução à teoria da administração. 7. ed. São Paulo: Campus, 2007.
CHING, Hong Yuh. Gestão baseada em custeio por atividades= ABM Activity based management. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
43
COELHO, Fabiano Simões. Formação estratégica de precificação: como
maximizar o resultado das empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
COLONETTI, Mariani. Aplicação do Método de Custeio ABC para Formação do
Preço de Venda dos Serviços Prestados por uma Empresa de Medicina e
Segurança do Trabalho. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado Ciências
Contábeis). Criciúma: 2011.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Custos: ferramentas de gestão. São Paulo: Atlas, 2000.
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ANEXO A
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