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Iliustraçào
Brazileíra
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MALHO
Boa <o OivM», 16* - fill de Jaititt
A S S I G N A T U R A S
/ W o ^ £ra«tj
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Jo$ooo
S e i s mezes
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N o Rio
Nos
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A tratados
A
j$»xw
correspondência
»obre
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messa de n ú m e r o s d e v e ser d i r i g i d a ao
g e r e n t e A. S o c i o
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O PAGANISMO
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— Versos de Rodrigo
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Editores: PIMENTA DE MELLO & C.
R U A S A C M & C . 34 - RIO
O CASO
H^ERO
VAAZ
I«: C A M I N H A ,
DOS
embora
NAVIOS
convencido
de
que
"pabem
/
contar e f a l a r " soubesse " p i o r que todos fazer", falou bem e
bem contou "desta terra n o v a " a el-rcy D . Manoel, na carta que lhe
escreveu d o Porto Seguro, com data de sexta-feira, primeiro dia
de Maio de 1500.
N à o só por ser o mais antigo c u m dos mais preciosos documentos da nossa historia, csro carta, pela sinceridade ingênua, pelo pittoresco dos pormenores, dá-me sempre prazer quando a releio.
Sigo-a, deliciado, até ao fim. até áquella phrasc, tão bonita e
tâo repetida: 4, a t e r r a . . . em tal maneira he graciosa que querendo
a aproveitar darseá nela tudo por bem das aguas que t e m " . . .
N à o »ei se a influencia é das aguas. Mas $ei que, mesmo náo
"querendo a aproveitar", t u d o se deu e tudo se dá nesta terra, j á
agora u m pouco velha.
E m que assombro ficaria o remoto escrivão da frota de Cabral
se lhe fosse p e r m i t i d o volver á " j l h a de Vera C r u z " , hoje, por umas
horas apenas!
Imagino que cllc chegava, meio attonito, e via num jornal a balbúrdia sobre o caso dos navios ex-allcmáes.
V i a . Compungia-se. E voltava para o "assento ctherco", de
onde nunca devera descer. I J i chegado, o bom Deus punha-se a indagar-lhe impressões da viagem:
— Como achaste o Brazil, Pero?
— Mal. muito mal. Saiba Vossa Divindade que. depois de uma
guerra hedionda, o Brazil julgava-se, c oom razão, dono de urw navios antes pertencentes ao paiz contra o qual batalhára. Pois, Senhor,
j)or culpa d o diplomata encarregado de resolver a questão..outro
jttiz, mais fortunoso, tomou conta da rica presa.
O bom Deus sorria, sorria o seu sorriso omnisciente.
*
Nào, meu filho. Podes soccgar. Durante a tua subida para
junto «de m i m , o caso se esclareceu. Era fantasia dos jornaes. O diplomata decidiu a questão pelo la<!o melhor. O s navios pertencem
mesmo aos brazileiros. Fantasia dos jornaes. Fantasia dos escrivães,
teus succcssores.
E u nunca faltei á verdade!
— Porque escrevias para u m Rei. Se escrevesses para o povo,
havias de f a l t a r . . . O povo gosta de m e n t i r a s . . . Se os jornaes dissessem a verdade, ninguém mais os compraria. E a vida, oom tristeza
a assisto, a vida está d i f f i c i l . . .
Pero Vaaz. de Caminha cahia, então, aos pés de Deus. completamente s u c c u m b i d o . . .
%
O SR.
RUY
BARBOSA
DEIXOU
DE SER
POLITICO
AIS u n a vez, o grande brazileiro sacudiu de espanto a patria
y
\ que se orgulha de ser a sua patria. Agora, náo foi com u m
daquelles discursos estupendamente escriptos, nos quaes a língua
portugueza resurge sempre mais nova. mais pura. mais bella. Foi
com uma pequena communicaçáo á m e « do Senado, renunciando a
cadeira de representante da Bahia e declarando que abandonava a
vida publica. Elie quiz demonstrar a convicção, em que está. de
terem sido inúteis tantos esfoi^os desperdiçados para erguer á altura d o seu ideal a superfície politica da Republica.
Essa malfadada superfície nào subiu ainda, parece, acima dos
logares onde os *apos fazem algazarras delirantes...
O franccz a n u a vida. tem o prazer <Ia vida, e procura, no
mundo, as coisas amaveis, olhando tudo de olhos contentes...
J á M m e de Stael descobrira que os seus patrícios evitam falar em tristezas, receiosos de aborrecer quem os e s c u t a . . .
E Tainc, nas Origens da França contemporânea, tomo I d o Antigo regimen, deixou estas palavras:
" P a r instinct, le Français aime á se trouver en compagnie, e:
la raison en est qu'il fait bien et sans peine toutes les actions que
comporte la société... Car ce qu'il lui faut, c'est u n bonheur d'espèce particulière, fin, léger, rapide, incessamment renouvelé et varié,
ou son intelligence, son amour propre, toutes ses vives et sympathiques faculté* trouvant leur pâture; et cette qualité de bonheur, il
n'y a que le monde et la conversation pour la f o u r n i r . . . Agile et
sinueuse, la conversation est pour lui comme le vol pour un oiseau;
d'idées en idées, il voyage, alerte, excité par l'élan des autres, avec
des bonds, des circuits, des retours imprévus, au plus bas. au plus
haut, á rase terte ou sur les cimes, sans s'enfoncer dans les trous, ni
s'emj>ctrer dans les broussailles, ni demander aux mille objets qu'il
effleure autre chose que la diversité et la gaieté de leurs aspects."
A educação catholica torna a creatura arredia e triste, mettida
41a solidão. O mundo continua a ser u m vallc de lagrimas. E ' preciso evitar as tentações do m u n d o . . .
Ella móra na França, essa educação, mas não vac além da
p c l l c . . . L u i z X V , por exemplo, era catholicissimo... A terra toda
do "doce p a i z " está cheia de cathedraes... Entretanto, o "riso gaul e z " é a philosophia eterna daquellas paragens e daqucllas a l m a s . . .
De Rabelais e Montaigne a Renan e Anatole, os desvios do • rdadeiro ctyirito franccz foram poucos e náo foram interessantes...
X
NO
W
FRANCEZA
S R . J A C K S O N DK F I G U K I R E D O p u b l i c o u , h a d i a s . u m a r t i g o a res-
peito da cultura franceza que, para cllc, é fundamentalmente
catholkra. E u não li esse artigo, mas li outro, do Sr. Perillo Gome«.,
no qual este escriptor se declara de accordo com o Sr. Jackson de
Figueiredo, affirmando, por seu turno, que, na verdade, a cultura
franceza é fundamentalmente catholica.
Ora. eis ahi o que se pode chamar uma Itercsia.
Q u e quer dizer cultura? Rcmy de Gourmont, que os dois chronistas. certo, não desconhecem, definiu-a como o conjunto das qualidades, naturaes ou adquiridas, próprias a uma nação. Cultura e
educação nacional são expressões idêntica«.
Q u e distingue a França entre as nações? O enthusiasmo, a graça, a ironia, a clegancia, o d e s d é m . . . aquillo que o povo resume n o
je m'en fiche...
aquillo que leva os soldados para a morte com um
sorriso e uma c a n ç ã o . . .
DEU
UMA
CANÇÃO
H . ^ r Á em moda. de novo, por estas bandas, o intitulado nacionalis^
mo. O nacionalismo, entre nós. é uma cspccie de febre intermittente, que ataca forte, trazendo vagas allucinaçõcs. O s symptomas náo variam, conservam-se os mesmos, com mais ou menos tolic e s . . . E quasi todos se resumem no horror aos portuguezes. A
febre perturba o raciocínio, que j á não era muito seguro nos doentes. E dahi resulta uma confusão feroz, cheia de gestos e palavras,
ameaçando os filhos da terra que nos deu a nossa terra e onde dormem os nossos antepassados... N ã o escapa u m só. Até Pedro Alvares Cabral anda no odio dos homens terríveis que não admittem
portuguezes 110 Brazil. nem em memoria, nem em e s t a t u a . . .
T u d o isso, isso tudo é o producto. talvez, daquella canção que
aconselhava u m :
" A m o r febril
pelo, B r a z i l . . . "
»
M
A CULTURA
QUE
MACHADO
DE
ASSIS
" E s t á uaquella idade inquieta e duvidosa,
que não é dia claro e já é o alvorecer;
entre aberto botào. entre-fechada rosa.
u m pouco de menina c u m pouco de m u l h e r . . . "
A
ACHADO D»: Asftis não foi inteiramente u m pessimista, como o
declararam alguns dos julgadores da sua obra. Elie não escarnecia de tudo. e tinha uma ternura que, ás vezes, deixava apparecer. uma commovida surpresa diante de muitos aspectos, de muitas
imagens da vida. A Menina e Moça, escolhida para assumpto de um
poema, ao qual pertence a quadra copiada acima. era. por exemplo
u m dos encantos do desencantado humorista. Desencantado? N ã o !
Elie guardava, na alma sempre nova, essa esquiva flor da bondade,
cuja sombra c cujo perfume enchem de lagrimas occultas as mais
despiedosas (xaginas que compoz. Certo. Machado de Assis não possuía o " d o m " da solidariedade. Sendo u m triste, preferia fechar-se
comsigo mesmo, numa cspccie de egoísmo, sem interesse sentimental
pelas alheias attitudes. Se as olhava, havia no seu olhar menos sympathia d o que curiosidade, e era, então, o homem de letras a procurar figuras e gestos para premeditados enredos.
Desencantado? Nunca. Machado de Assis pertencia á raça dos
poetas, e nesta raça náo existem desencantados...
ALVARO
MORKYRA.
AS LINDAS
G A R Ç A S DO
AMAZONAS
- N J / ; - : ^
•'
CLLAS
SÃO SÀJO
ADOfcNOS. . .
nUMAOCXS
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ftCCOXHCCIDAS, Q U A N D O FASSA M
UM
fMOTOCKAFIIO
MARAVILHOSAS,
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BCAL- X O OTAL, CM
CSQUCBDA,
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ARTISTA
E AS LINDAS CAXIAS
ADOUCKXXCIA.
BAIXO^ V Ê - «
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111. AS
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AS
CABÇA
Á
O Sr. Conde de A f f o n s o Celso,
Prcsi-
<!cnte do Instituto Historico, ao encerrar a
sessão solcmnc na qual foi recebido, n o mesn>o Instituto, o Sr. Conde d ' E u , communicou que resolvera collocar no seu gabinete o
retrato de D. Clarisse I.age índio d o Brazil.
esposa do senador c illustre almirante índio
do Brazil. socio dos mais antigos e prestimosos daquella casa tradicional, onde se pratica o culto cívico no que elle tem dc mais
puro
e mais
elevado que c a
Historia da
Patria.
A l i , como em thesouro,
resguardam-se
os fastos da vida nacional; ali os homens
joeiram e apuram o que o Tempo, na perennidade d o seu curso, deposita na tradição accumulando o material com que se vae lentamente construindo a Historia; ali se perpetuam as chronicas das eras e as ephemerides dos grandes dias que avultam como marcos da evolução da Patria; ali figuram os
retratos dos que honraram e engrandeceram
a sua época tornando-se credores <la veneração dos posteros e padrões de exemplo para
as gerações futuras; ali só perduram os fa-.
ctos dignos de memoria e a lembrança dos
homens que fizeram jus á gratidão da raça.
Entre os que se superpõem á morte fluctuando. para o sempre, no Tempo, acima
d o tumulo, mantidos na superficie da vida
pelas acções que praticaram, porque havia
o Presidente do Instituto de eleger a que pc-
D
- CLARISSE ÍNDIO DO BRAZIL — QUADRO DE DÉCIO VII.I.ARFCS MGC CM "INAUGURADO NA SAÍ.A
NOBRE
receu victima da insania de u m degenerado ?
O s poucos que estranharam a noticia, proclamada cm hora tâo
memorável, desconheciam, por certo, a vida da que fóra uma Virtude suave, cujo espirito recebia do Além a homenagem dos vivos.
DO INSTITUTO
cm letras de ouro
HISTORICO.
e illustrados
pacientemente
por
ilhiminadorc*
beatos.
Taes vidas, se merecem ser dadas como ornamentos do céo, na
preito, abrin-
santificação com que as aureola a Igreja, que muito é que tenham
do-lhe um logar de honra na galeria dos heróes pátrios, foi toda de
o culto respeitoso dos homens. princi|>almentc dos que delias se lou-
A obra que tornou a finada
merecedora de tal
simplicidade e meiga como a da luz que favorece sem alardo e. assim como pratica o beneficio, esvae-se náo deixando outro vestígio
vida uma Bondade modesta, uma
cm
cilas copias da virtude
da Mulher Brazilcira ?
Entre os heróes constructorcs da Patria está bem como figura
da sua visita senão o consolo do seu calor.
Aquclla que assim se glorificava
vam com justo desvanecimento, por serem
imagem
grandeza
que
fora
apenas na
baixava, como o
raio de sol, de toda a sua altura até a miséria mais humilde do cstrame de u m mendigo.
Q u e m a visse com a magestade senhoril que, desde logo, lhe
denunciava a estirpe, náo a julgaria capaz dos actos de misericórdia
que lhe grangearam entre os pobres o titulo de santa.
A sua vida t i n i u a suavidade das legendas christâs e daria u m
formoso c edificante capitulo de I-eccionario, dos que eram escriptos
histórica essa que foi a padroeira de um lar, a honra de u m nome
e que. se hoje vive na saudade dos que a conheceram, ha de passar
á memoria dos vindouros como um exemplo <la Virtude e um symbolo suave dc Piedade christâ.
A gloria de um povo n&o é só feita de acções viris: a
própria
Torça deve revestir-se dc generosidade para ser bel la.
As armas dos mais destemerosos combatentes traziam recamos
dc flores. Assim está bem como ornamento gracioso na galeria dos
propugnadores da nossa gloria aqudla Flor dc Bondade.
pcrvlendo para sempre O t i r c o c a , era virtude do t r i l a d o d e paz celebrado em B a d a j o z a 8 de J u n h o de
i S o t , a esquadra f r a n c e z a do almirante Bouet-\V»ll a u m e z , cruzando no* m i r e s d a A m e r i c a , a p r i s « >
111% a navio* por tu g u e z e s cm t r a f e g o c o m o Bra/il,
c o m o se ío»»«n inimigos, c a m e a ç a v a vario« pont o s da c o l o n i a
a r a c r i c a n i . d > que
resultou
a(»cnhorear-sc a
França
de todas as terras
brazileira» ai tua das á margem do
Amazona«. Aberta
l a r g a devassa c
preso», entre
ou»w,
o s
irmãos
SuasiMIM/.
Fran •
c i s c o <le P a u l a e
L i i z Francisco d e
l*au I a C a v a l c a n t i
<1 e
Albuquerque,
aquellc senhor d o
engenho
Suassu na. tendo o
terc e i r o Suassuna.
DUM i s c o s J o s t M s »TIS*.
José F r a n c i s c o d e
c u g r G DOS aanrouroexARKtt P a u l a Cavalcanti
r t A S A u n x A S O * nr. 1817.
de
Albuquerque.
m
se a c h a v a em
J.i»boa. c o m o agente e emissário dos c o f i j t r a d o s ,
cscapad.. em tempo, f u g i n d o { a r a a Inglaterra. O
coronel S u a s s u n a , F r a n c i s c o de Pauta C a v a l c a n t i
de A l b u q u e r q u e , a que a C a m a r a do R e c i f e , era
o f f i c i o d a t a d o de 17 de n o v e m b r o d e 1802. qualificava, q u a n d o p r e s o , " d e illustre de nascimento c
abasta-lo de bens". foi recolhido i n c s m m u n i c a v e l \
fortaleza d a s C i n c o P o p t l l , era a c a n h a d o cárcere,
c e m wentinelfa á vista, tirada dentre os soldados de
melhor nota. p r i v a d o d o c a r g o d e c o m m a n d a n t e
do C a b o , e teve sequestradas as suas propriedade»
( 5 ) . e o irmão n ã o foi tratado cora menor r i g o r .
T i l f o i 1 g r a v i d a d e d o * factos que o g o v e r n a d o r ,
l»or portaria de 15 de j u n h o d e 1817, determinou
ao administrador d o C o r r e i o q u e . " p o r se fazer
preciso a o liem d o real s e r v i ç o " , f o s s e m a s raalav
l » * t a e t vindas d o reino abertas na »«a p r e s e n ç a
á b i * c a de novos indícios ( 6 ) .
A t ê m disso, apurou-se também q u e a viag e m 1 laquelle tempo de Manoel de A r r u d a C a m a ra a I.isbca se prendia á c o n j u r a ç ã o e k m assir.i
que F r a n c i s c o d e P a u l a Albuquerque M o n t e n e g r o
parente do» Suatsnuai
e c o m o elles p c % » * dc
g r a n d e prestigio e m G o i a n a , f o r a e n v i a d o a B r e n o * A i r e s e a N o v a Yorlc, c o m o a g e n t e secreto,
para procurar apoio e adhesão ã p r o j e c t a d a repuMica, o que dep ís tudo f o i c o n f i r m a d o . S o o b e - s c
mais q i c a c o n j u r a ç ã o era obra premeditada do
A r e o f é g o de I t a m t é . f u n d a d o pelo p a r a h y b a n o
Manoel <lc A r r u d a Caraara. h o i m m de nobilíssimo
c a r a c t e r e d e g r a n d e saber, medico e botânico, a o
r e g r e s s a r , n o s fin» d o século X V I I I , da K u r o p a ,
o n d e se iniciãra " n o s g r a n d e s e delicados m y s t è r e s d a d e m o c r a c i a * . O Artola90
tinha todo» os
caracteres de uma sociedade politica secreta, especie de a c a d e m i a o u l o j a maçónica, a primeira no
g e n e r o que se instituiu no B r a r i l . intencionalmente
«ituada na raia das duas peovincias. para c o n g r e g a r os homens mais distinetos d e uma e o u t r a p a r te q t c s y m p a t h i s a v a m c o m as idéas politicas que
a g i t a v a m o m u n d o e servir a o m e s m o tempo d e
c e n t r o d e c o n v í v i o , d e estudos e de propaganda, e
d o qual f a z i a m p a r t e , a l é m do f u n d a d o r e seu irm i o Francisco de A r r u d a G o m e s . l a m b e m medic o e m G o y a n a . " o r a c u k i nos c o n s e l h o s d a q u e l l i
villa, oode o seu v o t o f o i sempre respeitado, proc u r a d a e seguido d u r a n t e o império d a l i b e r d a d e " ,
na opfaiflko d o padre I>ias Martin«, os très f a m i g e r a d o s i r m ã o s Suassiwoi,
o capitão A n d r é D i a s
•le F i g u e i r e d o , o» padres J o i o Ritieiro Pessoa d e
Mello Montenegro, A n t o n i o F e l i x V e l h o C a r d o s o ,
p a r a h y b a n o s , l o s é Pereira T i n o c o e A n t o n i o d e
Albuquerque Montenegro. Francisco de Paula A l M q u e r q u c M o n t e n e g r o e c u t r o s . Delle e s c r e v e a
M. L . M a c h a d o : " K r a o A r * * ? * * * uma «ociedade
politica,
s e e r e u , inteixionalmentc
collocada
na
raia das províncias d e P e r n a m b u c o e P a r a h y b a .
f r e q u e n t a d a por pessoas salientes de uma e outra
parte e d ò o d e sahiam. c o m o d e u m centro para a
pcriphersa. sem ressaltos n e m a r r u i d o s . as doutrinas ensinada«. T i n h a por f i m tornar conhecido
o estado g e r a l d a K u r o p a . os estremecimentos e
destroços d o s g o v e r n o s absolutos sob o i n f l u x o d a *
idéas democráticas. E r a uma espeeie d e m a g i s t é r i o
q u e instruía e d e s p e r t a v a cnthusia»mo pela repaU i c * . m a s e m harmonia c o m a natureza e d i g n i d a d e do h o m e m e a o m e s m o tempo inspirava odi>
i tyrannía d * reis. K r a , finalmente, a r e v o l u ç i j
d o u t r i n a d a , q t c traria opportunamente a indepe:)dencia e o g o v e r n o republicano a P e r n a m b u c o
( 7 ) " . T o d o » 0« principac» papei« da devassa d a
alçada incumbeda de inquirir e relatar a
raysteriosa c c n s p i r a ç i o dos S*+SSUHÚÍ
e m 1801. era que
f o r a m i n q t i r i d a s mais d e 80 testemunhas, sem
" t e r t r a z i d o c o n v e n c i m e n t o d * crime, n e m notoried a d e do m e s m o " , se encontram na Bibliotheca N a cional e entre o s mesmos figurara d u a s cartas do»
g o v e r n a d re» interino» d a capitania, de q - e temos
t r a s l a d o ( 8 ) , a.y m i u U t r o D . R o d r i g o de S o u z a
C o u t i n h o , conde d e Linhares, uma datada de 27 dc
m a i o e outra de 22 d e j u n h o d e 1801, e em que sc
rest «nem os socccssos. N a primeira contam que ao
juiz de f ó r a e d o c r i m e . A h t o n i o Manoel ( i a l v i o .
l e v a r a o commerciantc d o R e c i f e José d a F o n s e c a
S i l v a S a m p a i o , pernambucano e capitão d o r e g i mento dos nobres, a denuncia d e que Francisco d e
P a u l a Cavalcanti recebera duas carta» d e Lisboa,
d o i r m i o José Francisco de Paula, capitão d o c o r p s d e artilharia. A s s e g u r a v a o delator q u e taes
cartas e r a m assás compromettcdora». porque estav a m cheias d e notícias politicas e *1éa*»revolucion a r i a * : n u m a ( o ) advertia J o s é F r a n c i s c o a o irm i o q u e nem este nem "aquellc» que pudessem
entrar nos nosso» p r o j e c t : - » " c o n c o r r e s s e m para o
empréstimo que ia ser solicitado á praça d o R e c i f e por m o t i v o d a g u e r r a c o m a H e s p a n h a ; e na
outra se repetiam a» tae» ideas r e v o l t c i o n a r i a s .
R e f e r i u , por u1tin»>, que F r a n c i s c o de Paula lhe
a j u n t ã r a ã leitura da» mesma» " » c r prcci»o proc u r a r a l i b e r d a d e " e. observando-lhe o denuncia n t e * q u e só no ca«o de c o n v i r toda a A m e r i c a " ,
e l l c replicara — " N e m h a v e n d o s o c c o r r o de n i ç i o estrangeira ccen> a F r a n ç a ? " D i z i a m os g o vernadores interinos na carta ulterior, os quaes
eram, a l é m do bispo A z e v e d o C o u t i n h o . P e d r o
S h e v e r i r a e José Joaquim N a b o c o de A r a u j o , rc»altar Ój o f f i c i o do j u i z de f ó r a e do seu a j u d a n t e
na d e v a s s a , o etnridor d a Parahy l a . que da» perg u n t a s . indagações e acareações na.» se apurar 1
" p r o v a alguma contra os denunciados, além d a
que resultava da mesma denuncia, que considerav a m v e r o s í m i l pela» razões que se f e n d a m no
me»mo o f f i c i o " . K r a o p i n i i > d>* g o v e r n a d o r e s
a c h a r - i e o negocio " muito e m principio", e declar a v a m ter o r d e n a d o a o j u i z de f ó r a que houvc««e
por terminada a devassa e procedesse a sequestra
n r * bens d o s presos, o s quaes, os dois i r m i o s q u e
se a c h a v a m era P e r n a m b u c o , f o r a m mandados pasmar incommunicaveis para a fortaleza das Cirtco
Pontas.
A f i n a l , v:» implicados t i v e r a m inrios d e e t c a p a r
das malhas da deva»»a. q i e a l o colheu c o n t r a elles
s u f f i c i e n t es prova» d e culpa, e f o r a m so!tos e restituídos a : goso de «eus bens. h o n r a s e pre rogativa»,
por o r d e m regia, q u e , sem mais explicaçõe». o r d e n u se lançasse perpetuo silencio sobre a i e ne ncia. N ã o se conhecem a o c e r t o 01 motivos que
d e t e r m i n a r a m serem postos e m líber rade o s c o n j u rados. depois d e cerca de q u a t r o anno* d e c á r c e r e :
ma«, a o que parece, b.-uvc {»cita. s u l o r n o o u m u i t o
p o d e r o s o e m p e r h o para livral-os d a con d rir/vi ç â o : é opinião g e r a l que se o negocio se a b a f e «
f o i porque correr» para este f»m muito dinheiro. A
v e r d a d e é que uma o c c u r r e n c i a que teve g r a n d e
r e p e r c u t s i o e p r o v o c a r a medidas d e excepcional
rigor, se t r a n s f o r m o u p o u c o tempo d e p o i s em
" h o r r o r ' * * cal. mnia de um aleivoso fanatico e
fcoixo intrigante", cons« ante a declaração d a carf'
Ao. T y p o c r a p h U
lmlu»trkal. R©eife. IKS«.
XIX.
W^A-H* Ismtwm MsrSo MrJki : A *M«I«mtrin r a rr•'oIhc«1o iKTM^Hi^iMrt««!, de 1*1«. Iin;>r« n»a lfv4u»trlaU
K'flf«. ítlff.
<«> Ohvrlnt l«lma. no* c o m m - n U r í M à //i»íorut
<ft» Pereira d a Costa : £»<ccton«'*>
é' !«rnamb*c«iu>M crUlxf.
I W i f e . T> po-r Jph«a 1'nlversai. IS»? *««
««> FVr-ira da C o i t a . ob. cit..
m
í?> Na lnlr«<1ii.xAo * HUtorin 4a
fírvotitfo
IViMamlttTo em |h|7. p*lo Dr. Munia Tarar©«,
«I.1 r e r o r «<di» Ar
/V-mwVw«.
<1.
1K|?. «!••
Muni*
Tavarr». 1«.
kç^- H « l f e . 1>17. «U ' m rr«u«r>o o
texto 4+ a n t e s
Oi
K*t* carta f <1** IS
Mar^>
1*01 e
ti» Ha como d« ovtra«. |©t»«imoc copia .luthrnt'ea
inara municipal d o R e c i f e , e m o f f i c i o j á r e f e r i i o
( i o ) . e o principal cabeça. Francisco dc P a u l a C a valcanti d e A l b u q u e r q u e , l o g o ao sahir, e m itfuj,
foi nomeado capitão d e o r d e n a n ç a * d a f r e g u e z i a
de J a b a l i o c feito c a v a l l e i r o d e C h r i s t o , |>or ter
contribuído ocra cinco c o n t o s d e réis p a r a a» d e i pêra» extraordinária» d o Kstado. p r - i n o v i d o a capitáo-mór d e Olinda e m 1805. c e m 1808 distinguid o c o m a v e n e r a de fidalg > c a v a l l e i r o d a c a i a real.
K s c r i v i o da alçada, m a n d a d o d a corte a conhecer a revolução de 1817. o desembargador J o i o
O s o r i o d e C a s t r o S o u z a F a l c i o . e m carta d i n g i d a
DO a n n o »eguinto ao ministro d o reino, T h o m a x
Antvniti d a Villa N o v a P o r t u g a l , declara que a
culpabilidade dos revolucionar»;» n i o f o i s u f f i cientemente p r o v a d a , " p o r q u e no e x a m e do» papeis ( c o m o d a d e v a s s a «e s a b e ) uma «las c a r t a s
f o i atiafada pelo e s c r i v i o Fonseca, que e m p r e m i j
r e c e b e q u a t r o c e n t o s mil réis ( l i ) . " O padre D i a s
Martins, r e f e r i n d o - s e a o facto, e s c r e v e u : " F r a n cisco «le Paula Cavalcanti de A l b u q u e r q u e f ò r a
preso c o m seu illustre i r m i o . L u i z F r a n c i s c o de
P a t i à Cavalcanti, em tHol. c o m o aut r de uma
vasta conspiração, que l i n h a p o r p r o j e c t o f o r m i r
era Pernamliuco uma republica, sob a p r o t e c ç ã o de
N a p o l c i o . Seu terceiro irra&o, J s é F r a n c i s c o d P a u l a , entAo em Lisl>oa. f i g u r a v a na c o n s p i r a ç i o
de agente acreditado j u n t o a o P r o t e c t o r ; e escafiou de ser preso, fugind:» para a I n g l a t e r r a . O
publico j a m a i s penetrou o s esconderijo« de*te my«terio, porque molas reaes e secreta» f i z e r a m c o r rer sobre elles cortinas impenetráveis. F o i c e r t o ,
c o m t u d o , que rios de dinheiro c o r r e r a m pela« religiosa» m i o » de f r e i J c s é 1-aborcirro. tirando-»*
por frutos serem o s accusa-Jo» restituí-lo» i l i b e r dade^ i po»se d o s setr» bens sequestrados, á estima e prémios d o soberano ( 1 2 ) . " T a e » »io a s
o r i g e n s mais r e m . t a s da l e n d a , que se f o r m o u
depois c o m a revolução de 1817 c se c o n s o l i d o u
r u m p r o j e c t o d e t e r m i n a d o e precise», m i s coo*
d e i n n a d o fatalmente, d e s d e o berço, á d e r r o t a .
d e s c o b e r t o s os preparatórios d a r e v o l u ç ã o e
perseguidos c s seus a c t o r e s . nJko e»moreceu o e n t h u s i a s m • d o s que pre:endiam. nobre e teimosamente, levantar o j u g o o p p r e s s i v o e d e c l a r a r livre a terra o n d e nasceram, tanto n a i > que n i a
podiam ser mais d i g n o s o s n o v e s elementos que
iam entrar no m o v i m e n t o . A l i estava o nordeste
brazileiro no escol da sua gente, no que h a v i a d-;
mais elevado e distincto. e por c u t r o b d o , a n g a riavam-»c sympathias e adhesões na metrópole e
até no e s t r a n g e i r a , o que d e f a c t o a realidade conf i r m o u . O A t r * t + g o desappareceu e m 1801. c o m a
dent «cia «la c n s p i r a ç i o ; mas, e m logar d a socied a d e de Itamlié, s u r g i r a m a s academia» .VMJ/KH-Í,
n o Cal>o. e a d o l ' u r a ù o , no R e c i f e , o s primeiros
í c o s da f u t u r a r c v o í r ç ã o . e o u t r a s aggremiaçõ.-s
politica» e secretas, agora c o m o c a r a c t e r accentua•.lamente maçonico e filiada» ..11 ligada» a congene*
res espalhada» jielo paiz. " S e g u n d o aqui t e n h o
concebido, diria o commer.dador J ^ i O s J r i o d e
Castro Souza Falcão, escrivão da alçada da revol u ç i o . e m c a r t a ao ministro d o rein . T h o r a i t
Arfit nio de V i l l a N o v a P o r t u g a l , e m 1818. o p r o j e c t o da r e v o l u ç ã o e r a a n t i g o em P e r n a m b u c o : e x p l o s ã o porém no dia 6 d e m a r ç o f o i i n t e m p :
t i r a e otira d o a c a s o . P e l a s idéas revolucionaria»
transmittida* cm 1H01 p . r F r a n c i s c o de P a u l a C a valcanti e L t s z F r a n c i s c o d e P a u l a , e de que
houve denuncia, estes dois f o r a m presos, e depois
soltos p . r falta d e prova», porque n o e x a m e dos
papeis ( c o m o dessa
^ ^ ^ ^ ^ ^
d e v a s s a se s a b e )
• • • • •
r t n a das cart*> f o i
a l a f a d a peio Escrivão
F c n s e e t , «me
era premio recebeu
q 11 a t r o c e ntos mil
réis.
(Continuo no fro*
ximo n*mtro.)
<1*> CMado por
Ollsvlr* Lima vsa sua
obra a t r a s r»f«-rlda.
CID
R r i s earta. prl ml tl va m«n t#
[Hjt.llraiL* rtoi Kaf«ido* Historic*», do COrwco
Krrnnn«!"« 1*1• hrlro <Rk> de Janeiro. Oarn!er. I»7C.
II. IS) foi rtprrttasida (Mir M I. MaJosí.ri« BOXAPAITI
c h a l o . #5T> nota. a
1*1*1 mi X X I I . da iroa
liitroducçAo à l/Uforia «f«i r v r o U ç d s dr /'rr*«••*«<©,
d.. 111?, do 4©«tor Munia Tavaisw.
(I2> IKaa MartiA» : O» mui ri yrr,, y
mankiir«.
• o i , v k t t m a « da l'b«r<lad«' tuia doa» rrsoluç&'a enaaladas m 1710 — ISIT. i v n u m b u c o . T y p «W V «V
I / B M • Kilva. l t M , IS. livro «»te que. iw> dl«-r dc
O l l w l r a Lima. a o manual por exc-llencla Ao IVrnambuco resoloc'onarlo.
S O C I E D A D E
—
DONA
LAURINDA
SANTOS
LODO
ENLACE
MATARAZZO - C O E U I O
USBOA
NA
RCSIDT.NCIA
TARAZZO.
KM
14
MKZ.
DFÓTC
FILHA
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SAUDOSO
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COPACABANA,
IIKRCILIA
COT.MIO
RIL.LIO
DO
O
NOIVO
AMI*
a
por seus vinte e dois annos, preparado por seu c i t a d o d a l m a . Stello procarou
o conforto desse novo amor que presentira
•
no encontro com a melancólica trigueira.
Km pouco tempo, apôs continuadas permutas de
olhares e acenos coe respondidos, elle se esgueirava até o portal da casinha para segredar chocantes
banalidades de primeira entrevista.
canseiras da moléstia que a prostrara invalida, disforme, encanecida, aos quarenta annos. Emquan.
to Gisêla andava nos serviços, desentoando copla*
ligeiras no seu desabafo de afortunada, Stello
desfias a da memoria, sempre fecunda e prompta.
enredos commoventes de novclla* ou divertidos
chistes de almanach para desenfastiar a pobre
d«xnte.
Foi assim que a notou com maior presteza c
comprehendeu que immacsiLa castidade se desprendia dessa creatura, cuja fl -rescencia cálida o trazia n a jm constante alvoroço de instinetos. O s olho»
delta, sendo muito negro», scint »liavam como a«
riquezas mineraes do IAJXO, c tinham a profundidade apprehensiva do impoodcravel: o rosto redondo. terminando num pequeno queixo carnudo,
beliscado por ama fosseta, a o centro, era «kirna
meiguice quasi infantil, duma serena expressão de
creança scismadora, e de seu corpo, n i o pesado
nem alto. se exhalava essa frajcrancia perturbante
— aroma macio e m o m o . que ê um mixto «ic essencias da industria e de vigor de animalidade,
peculiar i s mulheres virgens que se ataviam e
amimam.
A senhora Helena escutava-o com interesse,
deslembrada de suas misérias; dc quando por
quando chegava a sorrir, num esforço de lábios
que m a i f se habituaram a queixumes, ma* q j a s i
sempre, levada pelas peripécias dos romance«, se
perdia em apprchcnsòcs resultantes da paridade
com seus infortúnios. Immobil : sava-sc, a reflectir.
Uma duvida paralisava-lhe, com demoras cabisbaixa*. o olhar turvado, a escadelccer.
T J
QVÍXIDO
fJ4
F., afouto por arrebatado e bem succedido, indagou-lhc do seu nome.
Ella sorriu, ennihecida; sua voz. secca de
cmoçio, murmurou nervosa e rapida : Gisela.
Desde esse dia a existencia de Stello a f f e z - s *
a outro w n k x
T e n d o mudado seu pouso para togar visinho
á casa do Mestre, fácil lhe foi o cultivo desse
namoro com que o acaso, compensadoramente. o
mitigava das angustias soffrida*. E , a o recebei-o.
o coração intacto de Gisela jubilosamente se abriu
num esplendor de desejada rendição e confiado
amor.
Ella esperava esse a l ç * f m . que. em sua idade,
as raparigas esperam; mas, na solidio e pobre/a
do seu viver. o esperar c a n s a v a . . . K m f i m ! r / v
chegou. Chegou inópino, em uma hora vesper de
segredos transmittidos ao d o na magoa stagnada
duma contemplação. E apenas elle lhe appareecu.
a incerteza que amormaçava seus lindos olhos, o
desanimo que enfermava a mocidade do seu semblante, se transformaram numa alegria buliçosa de
festa anr.uociada. Entrira-Ihe um novo s a n g i e nas
artérias. Suas forças expandiram-se nutm gracilidade requebrada e cantarolante. cscandecida* por
atavismo* de mestiçagem que transpareciam na
tinta forte da sua epiderme e no accentuado de
seus traços.
A g o r a , fjzera-se faceira, tinha caprichos de
go*to rebuçados em figurinos de empréstimo, cuidados de elegancia ingênua na confecção p a c x n t c
«le suas chilas claras e na laçaria alacrc da s i a
ca%quilhice. Copiava das estampas «le revistas, cola b o r a n d o u i n W m com seu proprio talento as posiç6es d o tom e o s comprchendidov. adivinhados
meneio* da moda; quando sorria, arregaçando os
lábios, cerrava os dentinhos finos com uma feitiçaria irresistível; e quando de pê, a escutar o amado. entrara a usar os braços destendidos â frente
do corpo, enclavinhando os «ledos na altura do
ventre, de mo*lo a forçar sob os punhos as m i e s
em horizontal, do que lhe resultava o entufo e x citante d o busto e i m quer que fosse de inteireza
Imear de um jarro admiravcl.
Ta ml »em. por sua parte, Stcllo prendera-se*
Ibc «le»ejosamcntc. E como andasse vadio, por
aguardar um mister concordante com suas aspiraç«>* socialistas, amiudara a frequencia â casa de
<n*éla onde, quasi todo o correr das manhã*. grande tempo das tardes, ás vezes por noile dentro
tê a hora do repouso, deixava-se ficar numa Iropicai moltcza de amor, sensualisado por esta intimidade com senhoras. t i o nova e enternecedora
para c1lc. A vida se lhe desvendava num aspecto
ittêdito; cra-lhe um goso. Esquecia o cigarrv> n.»
lábio, adormecido o olhar numa abstracçio e entregasa o espirito aos d e v a n e i o s . . .
Commummcntc accommodava-»c numa banqueta dc mucamba. em fôrma de M bojudo. Arrastara-a para junto da larga cadeira de verga em
que a n u m i e dc Gtsêla, uma pesada. hydropka senhora Heíena, de lívida caraça empapuçada em
fcandós grisalhos, gemia infclk-Uadcs. cerrando «le
mstrntc a instante os olhos- bovinos e supç»lkes nas
Stello julgava-a commovida, cmniudccia. O
quebranto duma prelibaçio adctgaçava-lbe o corpo,
preguiçava arrimando-se i parede, todo entregne
ao sensualismo. E se comprazia em comparar Gisela, casta c pobrezinha, i ostensiva, rica, perjura
Chrimildc. Certo que â sua inroccntc trigueira faltavam os requintes da outra. Gisela, apezar da sua
garridice, era uma simples e meiga creatura, cuja
bocca a mentira jamais tocára e. por isso. fendiaso naturalmente, «em o artificialismo da tafularia.
como -jm f a v o delicioso em que a doçura se crystalisira no sereno brilho dos sorrisos. A graça r
ternura resaltavam expontaneas d o seu ser, eram
os encantos proprios do seu organismo, isentos da
prcoccupaçio de triumphos mundanos. Assim, cila
toda se harmonisava fundida numa obra completa
d J natureza e. como compSetçio alheia i esmeros
e<kscativos, tudo o q*je viesse delia seria sincero,
puro. honesto, bastante para dignificar e compensar uma perturbada existencia de lulas e deseng a n o s . . . P o r que seria essa. sem duvida, a d o seu
futuro. Unindo-se i meiguice e aos zelos det&a
rapariga, socialmente sua egual, poderia contar com
o apoio «le um espirito que o comprchendcria. com
a rcsignaçio «kima alma desenvolvida na humildade e na provaçio.
A OMtrú... O r a I . . . Para que desrespeitar a
modéstia desta séria menina com a Jemb-ança da
owtraf...
daqueüa mundana, daquclU frívola, vaidosa. embonecada figura de exhibiçio ? . . .
A senhora Helena, emergindo de suav mc«litaçfe*, ou para se libertar de pezares, reatava o
fio do enredo interrompido.
Stello acordava-se de seus pensamentos, retemperado pela comparativa. E com ura hausto de
allivro, no goso da sua tranquillidade, retornava
narrativa : * P o i s . . . C o m o eu ia dizendo, s»J<\nitJw... o Conde de Monte C h r i s t o . . . "
A ' s v e i e s trazia o SimcAo. Jogavam o sélo.
sob a tampada, na manchada mesa da sala q ie
servia, conjuntamente, para os repastos c para as
visitas.
Si m e i o deliciava-os com habilidades de prestidigitador. c*cam<»teasa cartas, fazia passes farcista* cm algaravia hilariante. A jovialidade desse
belga, duma cxpootanca c ruidosa travessura «lc
menino, aquecia o bom hnmor adormentado neste
fuliginoso tecto de doença irremediável e viscoso
sentimentalismo <1c namoro.
•
Reccbiam-a'o amistosamente, e quando Stello,
j á intimo da casa, assombrava as penhoras com a
fantasia de uma ceia extravagante, uma alegre
exia de bolicmia endinheirada, era o S i m e i o quem
ia i s compras e cuidava dos refogados alardeand
dotes culinários.
Havia, e n t i o . uma pcqacnina contenda entre
elle e Gisêla que, por seu vexame de insociabilidade indigena e com protestos vehementes, lhe n i o
queria ceder seus direitos de dona de casa. Stello
acudia, esquerdeado. alheio ás usanças européas d o
companheiro, mas advogava-lhe a cativa; Gisêla
cedia, motejando da celeuma, e a h>dropica Dona
Helena, na sua velha poltnsna de verga, achavalhes graça, tampem sorria com o doloroso sorriso
«Ja sua tristeza. Seus grande» olhos, á r d u o s de insomnia, engastados nos flácidos papos da carne
cerosa. vag iravam da» latas de conservas para os
copos espumarentos «!e cerveja, nuin arrastado vagar de penoso dever. cheios de admiraçio e gk>tonaria. Escapava-se-tlic ura suspiro do arfante seio,
confessava-se tentada pelo cheiro das v i a n d a s . . .
mas. temia aggravar seus mates se lhes sentisse o
sabor...
A h ! nunca conhecera delicias ! Para cila a
vida sempre fora ardua e monotona. sobrecarregada dc trabalho e sera encantos. I>csde qvc
abandonira sua província com o marido, que «>s
paes lhe n i o queriam consentir, perdera a n o ç i o
da abastança e do conforto. Esse marido, o seu
querido Arthur S o j t o , conseguiu um k>gar de
amanuense numa secretaria do F.stado e ahi se
atolira. Desprotegido, paupérrimo, roido pela ttibcrculose, arrastou-a, coitado ! a uma vida de privações e canseiras. Habitaram casebres em bairros miseráveis. Domingos e feriados, n i o se lhes
aívoravam melhores' que os dias communs.
A* noite, invariavelmente, o Arthur sentava-*»
junto da mesa, desta mesma onde fumegavam as
guloseimas de agora, vergava-se tossindo, sobre um
album postal, manuseava-o frouxamente, absorvido
por sua mania, depois desarrumava e arrumava a
caixinha dos sellos ccJ leccionados e. por fim, posto lume ao charuto barato, agarrava-se ao j o g o das
c a n a s . A s s i m elle passava os seróes. a puxar a
bisca quando os «lois estavam sós, ou a se vangloriar da estratégia de seus bólos furados, quando
o s visitava o tio Praxedes, o único parente que
contavam na cidade.
O gênio irascivel de Arthur, um exaggeradu
catonismo que o fazia maldizente e hostil & su»
pobreza envergonhada, n i o lhe consentiam convivências. D e raro em raro apparevia-llie ura collega. Felizmente, para os entreter tinham Gisêla.
nascida no primeiro anno do casamento C o m o
prodiscto de seus amores contrariados e por ser
menina, criaram-n'a muito chegada aos regaços,
enfezaram-n'a.
Vciu um tempo, porém, cm que os aguaceiros
do inverno foram longos, a terra resfriou, empapaçada e Arthur morreu. Pouco depois o tio Praxedes também morria, repentinamente, numa alegre m a n h l de domingo.
Gisêla tinha dez annos. Fraca e pequenina entrou a coadjuvar a m i e . ora nos arranjos domestico«, ora nas "costuras do A r s e n a l " . Mas. a o contrario d o que a senhora Helena temia, seu organismo enrijara na adversidade, pouco a pouco ganhara forças.
— Graças a D e u s ! resmoneava a viuva, p.-i*
que no espaço de alguns mezes, entrou a se perceber peor. a se e n n e r v a r ; todo set» corpo infiltrado pela anemia, cahiu numa prostraçio, a
inchar, a se fazer balofo. E augmenta rara as fadigas j»ara a desventurada m e n i n a . . . Pobre delia Î Sahira de uma infancia entre farrapos e beijos, afagada com ternura e vestida com retalhos;
a puerícia se lhe escapara inaperccbida. falha «le
brincos e folguedos, pesada «le encargos a mou
rejar d'alva ao silenciar da noite, e agora achavase nesta triste adolescência dc trabalhos, levada
na corrente d o acaso, sem amparo, só confiada na
s a j d c do seu corpo e na presteza de m s agulha«,
com as quaes ganhava para os remédios de ma rale
e para os pannos de seus proprios' vestidos.
Que poderia esperar nesta m i s é r i a ? . . . Não
sabia.
X o cmtanto. confiava sempre, linha a cretsça
fervorosa numa protecçio divina. N i o , n i o era
possível, que o s <lesgraçad«>s c os' fracos vivessem
esquecidos de Deus.
Um d i a . . . A i ! cada infeliz, que é resignado
e temente a o Senhor, tem ura dia de pax florida...
Esperaria...
Quando Stello penetrou a sua morada, f i a n do o amor de lie se desvendou, com a honestidade
de saas* intenções, Gisêla sentiu-se reanimar, sua
alma alvoroton-se numa felicidade que lhe trazia
tagrimss. F. correu ao oratorio, supersticiosa, mal
contendo o tremor dos dedos no accetsder a lamparina i Nossa Senhora.
A ma raie. que a compreSendera, fixou-a tranquilla, pequenina imagem de cedro. «lencgri«la e
«era esplendor, entre olcographia* ru«Ws dc santos'.
U m amargor de descrença rechupou-lhe os lábios
túmidos, bamboleou a cabeça :
— N i o te apresses, minha f i l h a . . . Q aem
sabe os desgostos que »>os esperam ? . . .
Gisêla n i o respondeu. A s palavras de Dona
He-ena revoaram por sua alma,
aat>Mc. como
afflictivas pancadas numa porta que se fecha sob
a mudez d e u m presentimento.
Estremeceu, assustada- A fé. porém, clareou
de n o v a O s joelhos da moça dobraram-se de vagar, depôs* suas mãos se uniram em suppüca e os
olhos lh< ficaram fitos no rostinho illuminado de
Nos>a Senhora, qoasi descolorido, mas todo resplandecendo â chatnma da lamparina n u m fulgor
sobrenatural. E logo o cicio das preces fervilhou
aos pés da imagem, encheu aquclle recanto da alcova de um sasjwrro mysteriox» e macio de confissiona#k>. A luz m u i t o vermelha, a que o busto
de Gisela se opçninha, recahia sobre a cavidade
alta do nicho, e, do s e i fundo soturno, dentre
rasgões negros, de sombras, os rosco« crus das
oleographias brilhavam como escoriaçóc!» de u m
corpo ao clarão de fogaréos de e x o r c i s m o . . .
A constanria e seriedade <!e a Ste!lo v e r a m
serenar as apprehensôes da senhora Helena. N ã o
duvidava mais que elle amasse Gisela, mas temia
que esse amor lhe não bastasse para farel-o esposar sua filha. Stello parecia-lhe um moço de grandes aspirações, ambicionando uma brilhante collocação social e, de tanto, concluia que a mulher por
elle desejada não poderia ser esta obscura e p o b c
r a p a r i g a . . . Mas se amava Gisela, como demonstrava. se a espoya que lhe convinha era outra,
que f i t u r o teria sua desventurada f i l h a ? . . .
Nestes tormentos, que a senhora Helena recalcava em seus recessos para não mel ndrar Gisela. corriam seu* dias mais desalentados, mais
acabrunhadora lhe pesava a nso'estia.
L"ma n o i t e . . . Baixara u m a abençoada paz de
descanso. Peio encaixe estreito da janclla percebia-se o eéo sedoso, de um vago. reminiscente, gasto azul de gala extineta, esmorecendo para os declives do horizonte a que os angulo» negros de
t a i x o s tectos, em renque, se antepunham com recortes duros. N o resvalo d o firmamento, lã — bai-
PESCADORES
—
xo. ao sul. j m a grande cMrella palpitava, e tão
viva e irrequieta, que se diria era insecto alfinetado a bater azas de diamantes na ancia de se liv r a r . . . E nesta bemdkta paz de repcwso tudo
convergia, espiritualmente, para o disco largo da
lua cheia, a pino e tremulo, dessorando efíluvios.
Calhado* retorcidos, varando muros de quintalejos, tinham paralisações contemplativas.
N u m a lareira próxima alguém cantava. O silencio de em t o m o estremec a semibilisado. Alg j e m c a r i a v a . . . N a sonoridade feminina dessa
voz quente e clara, ondulando em espiral mansa e
gemente, extravasava-se a doçura queixosa de u m a
alma a que o violão, acompanhando, rythmava com
soluços graves.
A o embalo da canção e sob o magnetismo
enebriante do luar a cabeça de Giséla pendeu para
o b o m b o de Stello, suas mãos, mais se uniram,
e ambos assim juntos, ambos sentados lado a lado,
escutavam, n u m enlevo, os ritornello» languidos
da serenata, desprendidos d o mundo, alma« noivando, subindo lenias, subindo enlaçadas n u m
atmejo. os degrãos de névoas da escada luminosa
dos s o n h o s . . .
#
O ar d : a p h a n o saturava-se dessa voz humana. que o ia penetrando de u m anceio desejoso
arrancado aos é»tos de uma entranha mestiça, talv e z . . . K m momentos, quando a voz se perdia nos
extremos delirantes, a resonancia do violão repercutia como o latejar de veias ao esforço de cm
g r i t o . . . K uma incerteza, que fazia as raras estrella» crepitarem doloridas, í c a v a tremendo nos
espaço», envolvendo seres e cousas na me »ma indefinidade e na me«ma argu«tia. E outra vez a
voz rogava e implorava : KJIa s«V quer : a amar e
só queria A m o r ! . . .
IX»na Helena, d o seu revo-to de serga p r e f i ra os olhos nos namorados. U m a idéa, porém.
ACUA - r o m r
nr.
rumo
tarso.
I»A Q U A L
IOI
atttlou-a subitamente, porque levantou as mãos em
attitude de prece, e tão soleinne c estranha que Os*
dois empalideceram surpresos.
Então, no silencio da noite, cobrindo a deliquescencia d o canto, foi a sua voz rouca que ve
alteou, num tremor impressionante, de invocação.
— Maria S a n t í s s i m a . . . ó mãe c esperança
isosva ! . . . que w os veja unidos sem pejo para
minha m o r t e . . .
N a lassa pallidez de suas faces lagrimas rolaramFechara as palpebras como a contel-as ou recolhida aos seus pensamentos,
Stello correu a tomar-lhe a mão. Gisela também. ^ r e t a l i a d a , sacudia-lhe o braço :
— M a m ã e ! . . . M a m ã e ! . . . que s e n t e ? . . .
A senhora HcVna reabriu os o l h o s trespassou sua filha com a agudeza escapellante de uma
perscrutação e lentamente volveu-se para Stello,
parou sobre elle a afflicção m u d a , interrogativa
de suas pupilla», e como lhe Ouvisse uma proraes*i de respeito e lealdade, sorriu com a a m a r g j r a
de «empee, sorriu dolorosamente e, pausada, arfante. vencida, m u r m u r o u para os seccgar :
— Foi «ima i d é a . . . passou. A Virgem Santíssima é misericordiosa.
F., na lareira próxima, a voz voltava a gemer,
rythmada pelo soluço cavo do violão. A noite dilatara-se mais silente e profunda, a grande esteeila azul. j ã se aquietãra, só, no repouso meditativo
da natureza, sobrelcvas^-se o canto soffrego desse
amor. e cresca nos espoçov, desdobrava-se n u m a
ondulação mórbida, desfazia-se em suspiros, diluiase no luar e como o luar ficava no céo. gottejando
saudades que pareciam estallar surdamente na
Terra, u m a por u m a , em cada som gemente dos
bor<Wes dedilhado»'.
TIKAI».\ U M A
GOSZAGA
PUOVA
ÚNICA.
DUQUE
«
»
I
PORTÃO
COLONIAL,
GUARDADO
NO
JARDIM
BOTÂNICO
IX> R I O DP.
JANKIRO
TX
M
J JL
da
CFTIYICA e q u a s i sempre o d i o s a . . .
Foi.
no emtanlo. com g r a n d e prazer
que
acccitci a h o n r o v a i n c u m b ê n c i a d c Cfcrever a l g u m a s c a r t a s p a r a os M t O f C S
1 Ilustração
Brasileiro,
pensando
poder
d e u l f o r m a ser u t i l a o m e u c a r o B r a z i l c ao»
c o m p a t r i o t a s distantes, que t a n t o se v ã o intere s s a n d o das c o u s a s de a r t e de a l é m - m a r .
C r e i o t a m b é m será g r a t o a m u i t o s ter not i c i a . de vez e m q u a n d o , d o q u e de b e l l o faz e m b r a z i l e i r o s . á * vezes esquecidos e m paize»
e s t r a n g e i r o s , conhecer-lhes o n o m e . as suas
t c n d c n c i a s , lutas e victoriasC o m tal i n t e n t o , pois. l o n g e d e pretenderm e u m a r b i t r o e m c s t h c t i c a . t r a n s m i t t i r c i impressões v a r i a d a s de m a n i f e s t a ç õ e s diversa« de
a r t e . t i o c a r a c t e r i s t i c a m e n t e v a r i a s , n u m a époc a e m q u e se a g i t a m e o r r e n t e s e o p i n i õ e s d i ^
p a r a t a d a m e n t e oppostas.
V e n e z a , t i o m a rty risada n a
tumultuosa
noite q u e e n v o l v e u de p r o f u n d a tristeza t o d o
o m u n d o , c i d a d e de p a s s a d o o p u l e n t o e glorioso. a p e z a r d a p r o f a n a ç ã o d o t e m p o c da psetida civilisação moderna, nos transmitte um que
de i n e x p r i m í v e l q u e n o s satura e faz s o n h a r ,
v ê . c o m o a n t e s d a g u e r r a , o s seus h o t é i s e praças. " c a l l e s " e c a r n e s ,
cheios d e v i d a . d e luz
e colorido.
n h o d e d e c o r a d o r que t a n t o se c n n o b r c c c u e
f i r m o u IK> qtie de b e l l o v i u e a s s i m i l o u , a n n o s
n t r a z , d u r a n t e a sua estadia n a C ô r t e de S i ã o .
F o i pelo a r t i s t a d i v i d i d a em tre* partes, s e n d o
q u e a m a i s interessante é a i n f e r i o r ; insjwrando-se em m o t i v o s t i r a d o s d o e s c a r a b c u . symbolo de belleza e t a l i s m a n de saúde, á g u i z a de
tapetes pendentes, i l l u s t r o u f i n a m e n t e o artista
a lenda o r i e n t a l d o s (»assaros q u e b i c a m a u r a
pintada.
N o grande s a l i o central, patrioãjcamcntc
d e c o r a d o pelo m o m o C h i n i c o m a glorificaç ã o das a r m a s i t a l i a n a s n a pasmada g u e r r a ,
existe u m a a m o s t r a i n d i v i d u a l d e H i n i o Nomellini.
Hste a r t i s t a , h o j e em v o g a , si b e m q u e c o m
n i u i t o p o u c o desenho, p ô d e a g r a d a r , pela sua
n o t a c o l o r i Ma a r r o j a d a e toda pessoal.
B e l t r a m Masses. q u e faz época e m M i l i o .
e x p õ e n a sua sala u m a m a n e i r a p r ó p r i a q u e .
d e v i d o a o se repetir e x a g g c r a d a m c n t e . e n f a d a
e c h e g a q u a « i a destruir o que de interessante
existe nos seus q u a d r o s .
• • C o n t e m p l a n d o as estrcllas** e " J u i z o d e
Paris" sáo notado* entre o que dc melhor
a p r e s e n t a a c t u a l m e n t e esse a r t i s t a .
K x i s t c m . nas t r i n t a e t a n t a s salas desse
pavilhão. muitas manifestações
synthetisantc*
q u ç e m c o m p l e x o n ã o at t r a e m a a t t e n ç ã o , m a s
o u t r a s v e r d a d e i r a m e n t e o r i g i n a e s de technica
e de idéa. c o m o o s t r a b a l h o s d e B i a n c o Pier e t t o : 4 4 A m o d e r n a B a b y l o n i a " synthetisa quasi a época m o d e r n a da p r e p o t e n c i a d o o u r o .
N ã o é m a i s que u m e n o r m e esqueleto de
f e r r o , t o d o v e r m e l h o , de u m a m a s t o d o n t i c a con* t r u c ç ã o n o r t e - a m e r i c a n a , v e n d o se d o a l t o u m a
fila i n t é r m i n a de vehiculos e p o v o q u e se perde
na a z a f a m a q u o t i d i a n a de u m a d a s p r i n c i p a c *
artérias de N e w York.
D o m e s m o artista é " A s vietimas d o o u r o "
i g u a l m e n t e p r o f u n d o dc idéa e suggestivo na
sus e x e c u ç ã o .
B o c c h i . eoni os seus e f f e i t o s a o a r l i v r e ,
nos m o s t r a a stia p a l h e t a j u s t a e s y m p a t h i c a .
cheia d e l u z e c o l o r i d o .
U l v s s c * C a p u t o , n a m e s m a sala. n o s
senta u m a bella f i g u r a toda vestida d c
bem pintada e desenhada.
S á o de n o t a r , p r i n c i p a l m e n t e , c o m o
z a g i s t a s : l . o y d S l e w e l y n — de l : l o r e n ç a .
eia r o — <le N á p o l e s . A u g u s t o C a r u t t i .
M o r e t t i . F o g g i a e outros.
Kmbora acatada a
estação balnearia,
que
durante o verão attrac
a mais variada colônia
" t o u r i s t e " . nota-sc
um
g r a n d e m o v i m e n t o desusado. que. m i o g r a d o
o s d i a s j á e m m ó r parte c i n z e n t o s c f r i o s , d á
u m e a r a c t e r m a i s interessante á " R e g i n a Maris".
, E ' que. depois de
seis a n n o s d e intervallo. c o r r e o u l t i m o m e z
da
Kx posição
Internac i o n a l de A r t e . univers a l m e n t e c o n h e c i d a por
BicnnaU.
N o bello t a r q u e sit u a d o na
ilhota
de
S a n t a Klctta. a p e n a s
desembarcados
do
vap o r z i n h o q u e faz t o d o
o
percurso d a
cidade
pelo C a n a l
Grande,
vêem-se. a t r a vez de magnificas
alamedas,
os
v á r i o s p a v i l h õ e s eonstruidos e m c a r a c t e r e
dispostos c o m gosto.
Fazendo fundo ao
p a r q u e , está o p a v i l h ã o
p r i n c i p a l , d e cstylo venc zi a n o
modernisado.
que. contrariamente an*
ivalacio« a n t i g o s da velha cidade. c<urecido%
e p a t i n a d o s pelo t e m p o ,
ostenta utn c o n j u n t o d c
c ó r e s c l a r a s c alegres.
A sua bel la escadaria. o seu v e s t í b u l o eleg a n t e e v a s t o , i l ã o ingresso á sala c h a m a d a
da 44Cupula", onde. com
m a g n i f i c a d e c o r a ç ã o de
e s t y l o quasi i n t e i r a m e n te o r i e n t a l . G a l i l e u Chi.n i d á u m a n o t a b e m característica d o «eu pu-
Bff.ruAM
MASSES
—
44jVito
nr.
rA«is*\
apreazul.
pai("avNoci,
g o v e r n o . A um paiz n o v o . que começa agora a
sei d e v i d a m e n t e c o n h e c i d o e f a l a d o no estrangeiro. não devem desinteressar meios t i o justo*
e n o b r e s d e s e r e v e l a r c i m p o r n o c a m p o Intellcctual
e artístico
universal.
• • •
S a h i n d o do P a v i l h ã o principal. e m visita
a o pequeno P a v i l h ã o d a l l o l l a n d a . q u e lhe está
perto. n o t a m o s : V a n der V a a y . c o m um interessante " e s t u d o dc nú". Zilckcn Philip com
M U l t i m a c u p a " c Jtirrcs J. H . com dois
bcllos
e s b o ç o s a c a r v ã o e pastel. N o P a v i l h ã o da Bélg i c a , o r n a m e n t a d o c o m f i n o g o s t o , n o t a - s e na
>ala p r i n c i p a l , o t r a b a l h o e m b r o n z e d e J o s é
B a u d r e n g h i e n ; e utn o r i g i n a l c o n j u n t o d e q u a tro figuras masculas em tamanho natural, carl e g a n d o sobre o s hombros, nobre e solcmnem e n t e . tim c a d a v e r h i r t o s e m i - a m o r i a l h a d o
Entre os pintores belgas : J c f f e r y s M a r e e i , O p s o m c r I s i d o r e . R o d o l p h c S t r c b c l l e s&o
interessantes. O l e f f i A u g u s t , c o m " A g o s t o " , j á
de propriedade do Museti Real de Bellas A r t e s
d e B n i x e l l a s . " R e t r a t o de minha m i e " e outros. mostra-se um forte temperamento dc artista. N o P a v i l h i o d a F r a n ç a , a l é m d a e x p o s i ç ã o individual de P a u l C e z a n n e e alguns trabalhos a claro-escuro. pouco se nota dc característico. O s E s t a d o s U n i d o s t a m b é m , no seu
bello P a v i l h i o , bem pouca c o u s a interessante
cxpócm. A
Polonia, pelo contrario,
imprime
um c a r a c t e r f o r t e c o m o limitado do n u m e r o
de artistas que c o n c o r r e m desta v e z e m V e n e za : / ' I n v e r n o nos C a r p a t o s " . de Jarocki W l a dyslaw, impressiona logo a o entrar, pela sua
b ê l l a luz e v i v a c i d a d e d e c o l o r i d o .
44Ena
v ô o " , de Ansel-
AXTONIO S I A X C I N I —
" A L T O IRRTAYO".
Olefíi
soen,
e
Albert
nome*
Baert-
nso B n c c i . é u m i n t e r e s sante trabalho de c a r a c t e r completamente novo.
4 4 A o ar l i v r e " , d e O s c a r
B r a n d a , simples e
colorido; " F e r a s " , de S y l v i o Bicchi. forte dc
l^ychoJogia e desenho: ••Primeiros passos", dc
C a s t e g n a r o . de sentimento gentil, s ã o c o m o
tantos outros notados.
de
reputação já firnuda.
E n t r e as c s c u l p t u r a s : um trabalho de C a notiica, f o r t e artista v e i u z i a n o . a " D a n s a r i na**, d e A m i et o C a t a l d i , o s g r a c i o s o s b r o n z e s
d c X i c o t a d* A n ti n o , u m C h r i s t o e m m a d e i r a ,
dc C o r n é l i o P a l m e r i n i . . .
G u i l h e r m e C i a r d i . B e t o n i . G í o l i . Scoj>ctta
e Irolti s i o n o m e s j á b e m c o n h e c i d o s n o m u n d o a r t í s t i c o , pela sua c a r a c t e r í s t i c a personalidade. Mancini, na
sua
sala. n o s dá u m a j u s t a
i m p r e s s ã o d o seu
forte
colorido. O seu auto-retrato. h o j e pertencente á
G a l l e r i a d c g l i U f f i z z í , dc
F l o r e n z a , lá « t á c o m p l e tando a sua mostra pessoal.
E" triste, porem, constatar que nem siquer
u m s ó a r t i s t a b r a z i l e i r o f i g u r e oste a n n o e m
V e n e z a ; disso deveria se interessar o p r o p r i o
M c h o f í c r Josef, com o s seus i ! enormes
cartões para os vitraes da C a t h c d r a l de F r i b u r g o , na S u í s s a . d á - n o s u m a b e l l a n o t a d e c o lorido e b o m d e s e n h o , tudo c o m p o s t o c o m talento e fino gosto V a r i a s boas esculpturas c
interessantes aguas-fortes. P o r ultimo, afinal,
o P a v i l h ã o Russo. onde. de c a r a c t e r nacional,
i w x a - s c «Emente a p o u c a o r n a m e n t a ç ã o
das
parede*.
Pouquíssimos trabalhos que fallem da Rússia; talvez o único a recordal-a no momento
actual é Archipenko. disparatadíssimo.
V. LOPES
X o mestno pavilhão
existe uma mostra nacional s u U s a q u e . n a g r a n de p r o f u s i o de t r a b a •
lhos. t e m t a m b é m a l g u ma cousa de interessante. N o t a m o s a s s i m : E d u a r d o V a l l e t . c o m o seu
• • M a n h ã de festa", ja
pertencente á G a l e r i a de
A r t e de Z u r i c h e F e r nando Hodler, que n a sua
mostra individual, nos revela o evoluir de
sua
t e c h n i c a . a l i á s t»em v a riada.
IXevte a r t i M a .
fallcc i d o e m 1918. é d e isol a r p r i n c i p a l m e n t e o seu
" R a c h a d o r de
lenha",
quadro original, j á ant e r i o r m e n t e e x p o s t o etn
Florenza.
" D e claro e escuro",
g e n e r o q u e s e t o r n a dia
a dia m a i s
apreciado,
e x i s t e m u i t a c o u s a intere s s a i ) te.
principalmente
n a s a l a d o s a r t i s t a s heigas. em q u e
se n o t a :
H r 11 y c k c r J u l e s , c o m
a g u a s - f o r t e * de g r a n d e
i m a g i n a ç ã o ;
August
CASTCCNARO
FKI.ICC
—
"RTLMCFBOS
PASSO«"
DE
LEÃO.
>
coxrciMr
SK.
COM
r m o
os
TKUXBAMMAS
UCOOONAKS
BO SOLD A t o
XOTKIAIAM,
HONRAS
MIUTAIM,
v u i ATO C L A U D I O «
IO KM m N A M I i m
^'t
«í
RTAUSOUO
MKUO,
ALISTOU XAS
t o 1XCBCVT0 A M MIC ANO, QUAXBO O f A I I
EX-
NASC:-
riU.IB.SS
CNTBOU KO
COXPUCTO MUX DIAL, IC Q U I P1RIRU A VIDA NO CUVPBIMCNTO IO DCVI*.
A
• ABLINCTON CTMKTMtV
« r m MOVI A
TKVK
LOCAS NO
ONM( JAZKM OS COSfOS
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H i •«'.»* DAS CU KM A S AMfBH ANAS. COMPABÍCKNDO O
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MAZIUUO,
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PUNCCIONARIOS
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SCCKXTAISO
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PATKXTCS DO KXPBCITO. O CHIAS-
XAroa A. MC A U N C A I U U
SIBCXTC KPtTACIO PVsSOA
UMA
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Mr.NSAiJCM DO r u -
O SB. BAKKB,
MINISTRO
DA «.UKRBA. PRONUNCIOU W A N T » : Dl SC UB SO. SORRI! O
ATAÚDE »OB A M COSUX"ADAS WVI BSAS CUB«"» AS, S*NIO
UMA
DO PBCSIDKNTT
WILSON. COM
PIOBKS COLHIDAS
NO J AB DC M IO PALACIO I O CJtStIXO. UM
JUOCKBOIC
CATMOLMO K l ' A ULTIMA ABSOLVIÇÃO. AS BANBClRAS
IO RRAZIL t DOS KSTAIOS UNIDO* COBRIAM O CAIXÃO.
€
4.BUPO Tl RABO NA RKSlDCNClA DO CONSUL DO BBAZIL I M BKBI.IM, SB. JOSÉ KAIRINO.
OCX Ahl SO DA ÍEO.PÇÂO QVt AQUF.LU NOSSO RÏPRK SENTANT*. MCU A COLON IA RRAZIUIBA ALI RESIDCXTC. NO DIA D« ANNO BOM. EN TB* OUTRAS PESSOAS. NA MAIOMA MIMCOS,
** ACHAM KM KSTUDGS DT KSPKCIALISAÇÂO NS
ALLCMANIIA, NOTAM-SK, XA PHOTOGRAPHIA, AO CKNTBÛ. SK NT ADAS. DA KSQUERDA PARA A DIRUTA. AS *«NHOBAS SI UVA MUNIZ D»: ARA«'.ÂO. GUlRRA-DUVAt, J.
PA M l NO C M A X I M I M A N O DE PICUKIBKZO. DC Hfc, Z TA MM M AO CKNTBO. O NOSSO MINISTRO KM RKRLIM, W CUCRRA-DUVAL, TKNDO Á SUA MR KITA O DB. MUNlZ
DT ARACÂO, COX SIL H URO BA LECAÇÃO. K DB. DAVID SANSON. O CO M l KC IDO ESFKCtAUSTA RESIDI NTK NO RIO. C. k ESQUODA, O CONSUL J. PARRINO, O VICKi ON »UI. BIRXCAUM E O M
MAXIMINIANO Df TICUriRROc SfCPfTARIO BC I IT-AÇÂO. SOBBK A ALMOFADA, A MEXIXA MABIA ELISA KABRINO, IOSAN0O SJRIAMKVTE PACA A OCJLITISA SO PIIOTOCRAI IIOL COM OS **US RISONHOS NOSK MKZLS M. IDA ML
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VISITAS
P\ SIOSADA
W.
\r a s o s
I
Tenha lua alma nos meus
braços...
Como a sombra que cáe da Iam fada mor
/;
M K « I G O OCTÁVIO r i L H O .
DT.STA
NOSSO v O M P A X H K I t O
Xa
penumbra
li Chopin
adormece
vive ainda
a.wiwi
de seda <m um canto da sala;
UM
CORPO
de mulher sobre ellas
recostado...
lim um raso uma rosa. a morrer que lhe fala
Xa saudade feliz do momento
passado...
e
pele
IX
Sobre um canto de mesa. enlre litros
dispersos.
Uma caveira ri suas mayuas
sombrias!
/: tu. Poeta! a sonhar e modular teus versos
Xa tristeza ay ourai das orbitas vasias!
Sentado ao caes. sosinho. a meditar
Xum barco errante. ou numa
caravella.
Sinto toda a tristeza deste mar.
Xa emoção branca de uma li ml a vela!
IV
X
meia sombra fria que no templo
e&oaça.
oryam cuja voz f immensamente
triste.
conta aquella historia endeosada de f/raça.
uma vida melhor que em outra parte
existe..
Fecho os olhos e sonho.
enamorado
Desta minha saudade
dolorosa.
Como se eu fosse um vaso
abandonado
Que ainda soffresse a ausência de uma
V
rosa...
XI
Caminhas para mim como um cysne num la y o..,
.'Inceiam tuas mãos por alcançar
minh'alma.
li tu trazes no olhar, o profundo e o vayo
M y st crio que em meu corpo eternamente
psalma.
lago,.,
li' com movente
esta gravura
an ti f/a:
Cheia de sol se alonyû a linda estrada
li no primeiro plano, um velho
caminheiro,
Sentado á sombra
amiya
De um velho
salgueiro.
Descansa uma alma errante e
falu/ada...
V I
O N o c t u r n o morreu como a folha no
Outono...
Como a voz que nos diz uma phrase e se cala,
LIMOS
abandono,
sala.
fíemdita sejas lú no meu amor!
licmdito seja o teu olhar dolente.
Que acaricia minha velha dor
E o meu souho adormece
suavemente...
III
para mim como um cysne num
em silencio
em sombra
VIII
/IImofadas
Caminhas
COS
Evoco ás vezes a vida
Que ainda me falta
tiver.
Talvez seja uma subida,
Talvez tenha
que'descer...
II
Xa
UM
Xos
De
ALTC«
VII
rente...
Minhas horas eu
doeemente...
/; «"í/ci emoção que habita dentro em mim.
I'em toda da lua alma antiya e leve,
Como a sombra que eáe da lambada
morrente...
rK TVABALNO t
r.sciXA.
F. ha nos olhos tristes do
Saudades do que :-iu pelo
velhinho.
caminho...
ute*
SÃO r n IXttn Pedro I da raça diqurll<^ c a vallciros e r r a n t e s immortalisados pelo» versos br«?jeiros de Palissot. repetidos pela mocidade espirituosa que frequentava a» academia» francesas n o
século X V I I I :
í>'illustres fous. appeUs Chevalier».
Couraient le mvndc ovee ses ècuyers.
F.t se battaient p arfais 4 taute outrance;
n i o . elle era i m temperamento impulsivo. e. j a mais, pensava nas consequências das suas deliberações e avisos, nos resultados dos seus amúo* c
caprichos, cogitando, porém, de ver-sc obedecido.
A nossa situação politica náo comportava medidas
estremadas, nem soluções c x c c p ò o n a e s ; e a opiniâo publica, guiada, então. por um grupo de exaltados. começava a repudiar a o imperador D o m
P e d r o I. que se havia d e i x a d o seduzir pelos peores
elementos da colonia lusitana, a f i m de melhor rcalisar os seus planos, que garantissem a estabilidade d o throeo da Mia filha D. Maria da Gloria.
" H a j i bastante t e m j » . escrevia Kvaristo da
V e i g a , na sua Aurora
Fluminense,
q r e os jorn a e t ministeriaes. ora com artigos e noticias relativas a Portugal e aos emigrados portuguezes na
Inglaterra procuram preparar a opinião para vermos sem repugnancia o Brazil envolvido na qiKMtão d a herança d o throno portuguez. tomando um
caracter activo nesta luta e compromettendo nelU
os seus recursos c a sua g l o r i a . "
K ta es emigrados, acabrunhados pelas grandes dciillusões que experimentavam em P o r t c g a l e
em l<ondres. onde lhes não era licito alimentar a
bastarda esperança de amesquinhar os n a c i o n a e s
embarcavam para o B r a z i l . . . e a u f e r i a m , logo.
enormes vantagens, preterindo aquelles que haviam. e f f i c a r m c n t c . cooperado para o triumpho decisivo da nossa emancipação politica.
Eram taes as artimanhas e ardis que empreg a v a m elle* nos corredores dos ministérios, nas
antc-camara* d o Paço Imperial, nos gabinetes dos
graúdos, que logravam ver realisados o s seus de
s e j o t ; e aquella protecção, dispensada a uma casta
de aventureiros políticos. composta de verdadeiros
fallidos moraes, irritava bastante os ânimos e concorreu. inquestionavelmente, para constituir
a
atmosphera de antipathia que acompanhava os gestos e o s passos d o arrebatado imperador.
Concedeu-lhes o Governo o privilegio das loterias. e os taes emigrados, cônscios da sua importância. annunciavam. na imprensa, o seu negocio
e p r o c u r a v a m sugar do incauto os raros vinténs
de e c o n o m i a : eram o s taes bilhetes negociados na
casa d o thesourciro, João Baptista Lopes Gonçalves, rua <fc»s Pescadores 51. d o escrivão da mesma.
Joaquim Antonio Pereira, na mesma rua. n. 30.
no escriptorio de José Antonio de Mattos, rua da
Candclaria 39. canto da rua de S ã o Pedro. M a i s
tarde, a f f i r m a v a o preclaro Bernardo Pereira de
Vasooneellos. da tribuna da C a m a r a dos Deputados, que José A n t o n i o da Silva Maia, então ministro d o Império, não seria reeleito pela provincia de Minas Geraes. Acceitou o imperador, que
nunca tremeu dos esgares e ameaças dos seus
adversarios. o cartel de desafio d o notável estadista. e. na manhã de JO de Dezembro de I8JO,
acompanhado da imperatriz, do dito Silva Maia e
outros amigos, rumou para Minas Geraes, o altivo
e heroico pedaço d o Brazil. onde se desenvolveu a
idéa da nossa independencia politica.
Recebido com aquella i n d i f f e r e n ç a que. geralmente. é o preludio d a s grandes agitações populares. das reivindicações dos direitos conculcados
pelo despotismo. D c m Pedro I, ao envez de conduzir-se c o m a moderação e a cautela necessarias â
segurança d o seu throno e a o bem-estar dos bras i l e i r o s deixou-se. mais uma vez. orientar pelo
seu caracter autoritario e violento e publicou uma
proclamação, que só serviu para augmentar a
exacertttção dos mineiros. O assassinato d o jornalista Libero H a i a ró e a protecção dispensada aos
que o haviam commettido concorreram, bastante,
para irritar o s mineiros, que receberam o imperad o r c o m dobre* de finados, derrotando o seu ministro Silva Maia. não obstante os meios de que
se serviu o imperador para eviiar aquelle desastre
politico.
ram, e n t i o , com aquella altivez qtie embaraça o s
áulicos e os pcsilanimes, distineções honorificas.
Eis porque ha eseriptores que l f f i r m a m que
a idéa da aUlicação foi uma consequência da *ua
viagem a Minas G e r a e s : e e*sa versão, que adquiriu f ó r o s de verdade, é perfeitamente acceitave!.
em se analysando o feitio moral daquelle princip?.
de c u j a educação se descuidara, completamente.
D o m João V I e que se desenvolvera num meio em
que prevaleciam o absolutismo, o s enredos políticos, as tricas amorosas, a h v e i j a interesseira, o s
caprichos doentios da rainha Carlota Joaquina e a
bonhomia cxagjjerada d o rei D o m João V I .
Acostumado a não admittir objecções i s suas
decisões e poswaidor de uma grande m t c l l i g e n c h .
infelizmente mal cultivada. Do«n P e d r o comprchendeu a instabilidade da sua situação n o Brazil e
qisz poupar-se a uma deposição, que. tílvez. ensanguentasse o nosso a m a d o paiz e enchesse P o r tugal de f a r t o s proventos e alegrias.
Deliberaram, entio, o» portuguezes, que. a c i n tosamente. o f f e n d i a m o s nacionaes, promovendo
g r a v e s distúrbios nas ruas da cidade e nas immediações do bairro de S ã > Christovão. recebei-o
com luminarias. foguetes, acclamações estrepitosa«,
<!e modo a compensar o m i o êxito das suas jor
nadas em Minas Geraes .Aperceberam-se o s brasileiros dos perigos que ameaçavam destruir o Sete
de Setembro de 1822, e reuniram-se, cheios de enthusiasmo sadio, para oppor-sc a o prestigio dos
lusitanos, que pretendiam canaliiar para os c o f r e s
d o erário portuguez o s nossos créditos, sujeitando-nos a humilhações e v e x a m e s .
A noite das garra fadas (12 para i j de Março
de iHji > serviu para demonstrar a exaccrbaçi-"»
dos brazileiros. o s quacs não desertaram dos postos de responsabilidade, reagindo, antes, com
aquella coragem indómita, contra os excessos c
ataques dos portugueses exaltados.
Crescera o desespero dos brazileiros, mormente depois «la aggressáo t o f f rida pelo grande j o r nalista Evaristo da Veiga, c u j a casa fora apedrejada por uin g r u p o de slcsclas*ificados, na noite de
14 de M a r ç o de 18JI; chegara. então, o momento
opportuno de a g i r : c. assim, a?gunt deputados c o
senador Campos Vergueiro reuniram-se na residencia do deputado mineiro padre José Custodio
Dias. que era situada á rua da Guda. e decidiram
endereçar um manifesto a o imperador acerca das
graves occrrrencias havidas no Brazil. Redigiu-a
Evaristo da Veiga, e mereceu cila as assignaturas
d o dito senador Vergueiro e de J J deputados; recebeu-a o imperador das mãos d o seu ministro do
império, no dia 17 de M a r ç o de l | | | . tanga e enérgica era aquella mensagem, a qual é um «los mais
eloquentes attestados do civismo brazileiro, servindo. outrosim. para recordar ã mocidade de h o j e
o patriotismo e a firmeza das convicções dos brazileiros limpos, que combateram a oppVcssão e
evitaram o desmembramento da nossa nacionalidade.
* O s brazileiros tão cruelmente o f f e n d i d o s . , ,
e que se ameaçam ainda c o m prisões parciacs e
injustas, nutrem c m seu peito a indignação mais
bem fundada e mais profunda, não sendo possivel
calcular até onde cheirarão os sers resultados, se
acaso o governo não cohibir desde j ã semelhantes
desordens, se n i o tomar medidas para que a a f f r o n ta feita i nação seja desde j i reparada.
" A s circumstancias são as mais urgentes, e a
menor demora pôde em taes casos ser funestíssima. A confiança que convinha ter no g o v e r n o
está qtiasi de todo p e r d i d a ; e se porventura f i e *
rem impunes os attentados. contra que o s a b a i x o
assignados representam, importará isso uma declaração ao povo brazileiro de que lhe cumpre vingar elle mesmo, por todos os meios, a sua honra
e brio t i o indignamente maculados.
" E s t a linguagem, senhor, é franca e l e a l : ouça-a V . M. I. e C . persuadido de que n i o são os
aduladores q r e salvam os impérios, siin a«)ucllcs
que têm f-«rça l a s t a n t r de alma para dizerem a
verdade aos príncipes, ainda que esta o s n i o lisonjeie. A ordem publica, o repouso d o Estado, o
throno mesmo, tudo está ameaçad«\ se a representação que os abaixo assignados respeitosamente dirigem a V . M. I. e C . não f ò r attendida e os seus
votos completamente s a t i s f e i t o s . "
Bastam os seus termos incisivos para se faser uma idéa ligeira d o que sentiu o imperador
quando concluiu a sua leitura e mandou o visconira o imperador, não xv em Minas como em todas
nt omlrat proviFcUs. qnrr fetos pensamentos irrita- de de Alcantara, ministro do Império, a f f i r m a r
que o g o v e r n o havia tomado as necessarias medidos como telas pkrases acedas e crespas: convém
das e dado as e«*»venientes providencias para manrecordar que algumas derrnas de mineiros recusaR e f e r e Pereira da Silva que o manifesto de
Dom P e d r o aggravosi a indisposição que kazia com-
ter o socego e a tranquillidaJc politica, c continuaria a empregar esforços n o mesmo sentido; basta
attender i s circumstancias d o momento, a o prestigio enorme que usufruíam os portuguezes. na Corte e nas províncias, e, sobretudo, ao caracter violento d o imperador, para se louvar a c o r a j o s a e
altiva attiftxic daquelles illustres brazileiros. os
quacs manifestaram, desassombradamente, o teu
querer e inscreveram seus nomes n o rol d o s verdadeiros patriotas, que. para manter eoheso e unido o seu paiz, se nâo preoccrpam com a prepotência dos que exercem a autoridade publica.
E a lacônica carta d o visconde de Alcantara,
eseripta. evidentemente, sob as vistas d o irrequieto
filho «Ia pérfida Carlota Joaquina, era uma espeeie
da r a j a d a violenta, que fez crescer as l a b a r c d . s
d o incêndio, que parecia prestes a e x t i n g u i r - s e ;
decidiram-se os chefes d o movimento a agir n^s
quartéis e nas províncias, uma vez que aquella
mensagem não l o g r i r a d o imperador o merecid.»
acolhimento.
A s paixões politicas, mais perigosas talvez,
que as nascidas de amores mal correspHid»los, por
isso que são cilas alimentaiias por causas diversas,
haviam attingido iquelle grão violento, que justifica a applicação de to«los os meios tendentes a
inutilisar o adversário: dahi aquella grande agi»ação que empolgava os brazileiros briosos, e da qual
participavam também o s rapazes imberbes e de calças c u r t a t .
De tod*s as opportunidades se aproveitavam
o s nacionaes para manifestar o seu desagrado á
conducta criminosa «lo imperador; «le todos os
meios se serviam os brazileiros para hostilisar D o m
Pedi o I. que teve a habilidade de alienar as sympathias e dedicações, alcançadas c o m o Fico t fortalecidas depois d o seu g e s t o de rara abnegação,
nas margens d o Ypiranga.
H a quem a f f i r m e que o gabinete de 20 le
M a r ç o de 1831. d o qual eram m e m b r o s : Império,
visconde de Goyanna. que se conservou até 5 de
Abril, data em que foi substituído pelo marques,
de Inhambupe: Justiça. Manoel José de Sou/a
França, que ce«leu o logar ao visconde de A l c a n u r a : Marinha. José Manoel de Almeida, que serviu
até 5 de Abril."quando entregou a pasta a o marque/
de P a r a n a g u á : G u e r r a . José .Manoel de M o r a e s
também »ubstituido pelo conde de Lages, foi uma
tentativa de reconciliação do imperador com os
políticos, a qual. entretanto, não logrou êxito,
n i o só pela oppotição com que o partido liberal recebeu o dito gabinete, c o m o também por que os
ministros n i o gosavam de popularidade.
Apparecendo, inesperadamente, na missa rezada na igreja de S ã o Francisco de Paula, em s u f f r a gio «la alma d o ardoroso Libero Badaró. D o m Pedro I foi recebido c o m o v a ç õ e s que denunciavam,
claramente, o estado dos ânimos brazileiros: entá>
g r i t o u e l l e : fui. sou e serei sempre
conttitucianal.
suppondo que a multidão se acercasse «lo seu carro e o acclamasse com o enthusiasmo d o s dias que
se seguiram ao Sete de Setembro.
Enganou-se completamente; e o povo. que a'I
se encontrava agglomerado, prorompeu em vivas a
Dom P e d r o I I , vivas que f o r a m mais duradouros
que as scentelhas d o arrebatamento popular.
Ainda / muito crean^a, f o r a m as únicas palavras que articulou D o m P e d r o I . para dissimular
o aborrecimento que lhe torturava, e n t i o . o coraç ã o adusto de cavalleiro medieval.
A* c o m m i s s i o dos j u i z e s - d e paz. composta do
padre J o i o José Moreira, da freguezia d o Sacra
m e n t o ; Manoel Theo«ioro de A r a u j o A z a m b u j a ,
«la freguezia de S. José. e Custodio X a v i e r «le Barr o s da freguezia de S a n f A n n a . proferiu D o m Ped r o I as celebres p a l a v r a s : procurem socegar .»
estou prompto a fazer tudo para o pot*o —
na dê, port m, pelo povo.
A s autoridades francesas aconselhavam
senhores seus compatriotas aqui residentes a
o laço nacional ( f r a n c e z ) , {»ara evitar e n g a n a
autoridades (»liciaes e recommendavam-lhes
se conduzissem c o m a maior circumspecção.
aos
usar
das
que
Caetano Maria I^opes Gama. intendente geral
tia policia da C o r t e e Império, baixava um edital
"ordenando que todos o s mora«Iores «la cidade pusessem luses ás toas jancilas nas noites escuras,
k t f o que fossem advertidos de que ha alguma deso r d e m em qualquer das ruas delia, a f i m de que
com mais facilúladc possam as rondas prender os
delinquentes, sendo punidos c o m oito dias de prisão fechada todos aquelles que accintemente o n i >
(Termina no fim do mm mero )
m
Meio diú...
Da calma e azul
esphera.
Na qual um sol de fogo abre a
Cáe uma paz terrível
Que
na alma. afflicta,
A peste transformou
Maldita,
Onde
e
tranquiUo
pesadellos
nunta
a flor do sorriso se
que
sotemne desta
ruina
Tragica, a luz — que espirra, barra á
E der rama se, irónica
—
barra.
domina;
gera.
tapera
a pobre e abandonada
Nupna desolação,
pupilla9
No funeral
viUa
O silettcio augurai
quebra a
Estridula,
os ares,
cortando
Melancólica
e triste da
fanfarra
fina.
cigarra...
anniquilla
desespera.
Março <ic 1921.
r////r
T , T A certo» edifícios, certo» passeios, ás rezes
| iwl mesmo certas portas, arvores, bancos, ha
1 « 1 I"icares e m f i m que sâo, d l f t l p C f l C « M
j
por uma felicidade muito especial. Rápido
ÍC tornam celebres* alcançam uma respeitabilidade
epidermica de verdadeiras instituições sociacs, perdendo a siraplcza, a modéstia d o seu p r i m i t i v o destino. H a j a vista o T r i a n o n . A principio nada
mais era que u m terraço, onde um ou o u t r o r a r o
passeante da A v e n i d a Paulista iria empoeirar os
cotos elos em parapeitos desertos, c o m o f i m único
e aliás divertidíssimo de surprchcnder
Paulkéa
e«quipaticamcntc c a v a l g a n d o as contorsões dos seus
m o r n » , tiritame sob o chapéo de plumas da sua
névoa. J u n t o delle que de idylios, musicados e m
meigas tonalidades de língua italiana náo iriam
rezar litanias de r e c e a d o na missa negra das no-.tes pervertidas pela treva ! . . . I«ogar de serenatas
i n c o n f e s s á v e i s . . . Cocnmovidamcnte o u s a r a m fazer
d o local habitações de pombos mais que symboti"
c o s . . . M a s lôgo abrolhou a idéa d u m restaurant e . . . E r a preciso resguardar n o c o n f o r t o d u m
uhiiky
ou d u m absyntho a pairagem agreste e original..
E ' que todas as 1irbt progressisus e que
se o r g u l h a m de o ser almejam proporcionar, n i o
éclogas, m a s . . , paraísos artifkiaes. Fez-se o restaurante. j O » pombos, a marcha fúnebre d u m tatalar muito g r a v e , debandaram. O miradouro, ou
belveder ornamentou « dc u m nome que n e m se
poderá di/er france/, pois que j á se incorporou a o
vo!apuk internacional; e hoje tanto diz que foi ao
T r i a n o n o operário que raivoso espia a o loesicc a
chaminé da sua f a b r k a . e m m u d e c i d a pelo descanso dominical, c o m o o senhor de a u r e a estirpe n * >
netaría, quer tenha um H o r t a C a t o no passado o u
alguns • i r d " na designação familial, que no restaurante f u m a o seu H a v a n a entre u m b o c e j o de
c h a m p a g n e e u m sedento olhar de a m o r . . . da próx i m a — ultra-moderno c donairoso a m o r .
f
O T r i a n o n h o j e é uma instituição. E* o cardápio, e c o m o todos os cardapios desillusorio, d o
a g a p ? social da cidade. B u s c a - o toda a população
d a vi 11 a. d o que se trate d o c o m p r i m e n t o de chapéo
para tòra até o m a x i x e puladinho e c h e g a d i n h a
K e l l e j á se realizaram bailes, concertos, anniversarios, casamentos, banquetes v o t i v o s . . . Já
se
chrísmou até c o m b o f e t a d a s coovcncionacs, puros
mimos de escól de maridos tardiamente pundonorosos e outras cousinhas " m a s " , que n i o é bom esmiuçar. S õ lhe falta uma cerimonia fúnebre. Esp i r e i que a do bom pae e imperador de nossa terra
e g e r t e ahi se r e a l i z a s s e . . . Desvaneceu-se-mc a illu«io. Mas amo tanto esta minha querida e húmida cidade, que estou quasi disposto a incluir
entre os meus últimos d e s e j o s o de partir, na caminhada para o c h i o sem tréguas, da alvíssima
basílica paulistana. Falo • b a s í l i c a " no sentido anc ü o do termo. C o m que risinho g é l i d o me irei.
c a r r e g a d o pelas casacas bysar. tinas dos
r<.>«*
para o s braços maternaes d o Silencio V i r g i n a l !...
M a s hesito ainda.
E r a tudo isto que cantava o phonographo do
m e u cérebro, e m q u a n t o o taxi, descoeijunctando-sc
nos parailelepipedos saxeos das ruas, me levava ao
T r i a n o n . onde ia almoçar, em honra de Menotti
dei P k c h i * . melões e f i g o s c o m presunto e outros acepipes que taes. Celebrava-se o apparecimento d a s " M a s c a r a s " .
E u sinto-me bastante suspeito para elogiar o
autor de " l . a i s " . f o r n o s parochianos. Q u a s i irnúos. Elogios, notoriedade, g l o r i f i c a ç õ e s por e l k
recebidos recahem um pouco sobre mim. Mas a
»uspeiçáo náo obriga a silencio; e ainda mais :
n i o é por ser a m i g o delle que o j u l g o intelligeme.
sináo que por lhe o b s e r v a r a ioteUigcncta, a f o i t o ,
me e r c a r t e i no numero prestigioso dos seus amig o s . E Menotti é u m dos mais claros, mais moldáveis espíritos que conheço. Direi mesmo que é
perigosamente vis-o. I>e uma allucinante largueza
i n t e l e c t u a l apossa-sc de todos os meios, dc todos
o s processos e orientações C o m o que possue u m
caracter universal.
V e n d o a expressiva interpretação que delle f e z ,
no b r o m e , o Brecheret, instantanco eu via também
espalmarem-se no e*&aço dua* quentes alas abraçantes. Menotti é a generosidade intellectual de
braços sempre a b e r t o s . . . E mesmo w m sei se
diga genen>sidadc ou i n d i í f e r e n ç a . . . C o m o raciocínio electrico, a clarividência estellar que o e x ornam, talvez seja a sua feição de espirito a " e s
muito d e desdém pela humanidade que elle já percebeu. nos seus múltiplos aspectos, boçahsada pela
mesmice itineraria da vida.
P o r isso a disparidade entre os convivas que
f e s t e j a v a m Menotti dei P k c h i a era a mais bem
a c a t a d a que nunca eu vi. M i r r h a s de todas as
crenças, padrões dc todos os estylos, focinhos de
todos os bairros baralhavam-se num
hugoano
a m o r pelas antitheses. E r.urn c e r t o momento mesmo appareceu um p o l k h i o e l l o automatico, bicorcundamente portador de g r a t a s f e l i c i d a d e s . . . Rec l a m a v a o l o g a r que lhe n á o dera o f e s t e j a d o no
e r t r e m e z das soa« m a s c a r a s . . . E s s a c h u v a de f o g o
que é o Bueno M o n t e i r o perguntou-me se era a
politica. M a s eu náo s a b i a . . .
Depois botaram fata<òo. Muita cousa era digna dc ser ouvida e annotada. O senhor Putteri,
e m nome da colonia italiana, espelhou idéas muito
bcas e muito sensatas. Sensatas demais até (»ara
serem lindas. O O s w a l d o de A n d r a d e f a l o u também, representante e m a n d a r i m duma
geraçáo
nova, reveladora de muito brilho e alguma esperança. E»a o clarim dos futuristas, gente " d o domínio da p a t h o l o g i a " c o m o dizem e redigem certos
críticos passadistas, num a f a n o s o rancor pelas a u roras. J o i o M i r a m a r disse cousas l i n d a s . . . O que
i m p l k a dizer que náo eram bem p e n s a d a s . . .
E
talvez seja v e r d a d e . . . O s homens d o teu clan,
c o m o tu o chamaste, O s w a l d o , meu T i e r o , náo
pensam — scismam, n á o r e f l e c t e m — sentem. E
uma e s t u f a de poetas loucos, g e r a ç á o e x ó t i c a , fantastica, arrepelada pelo consorcio c o m a g a r o a ,
a i n t e m a c í o r a l i d a d e das nossas f a b r k a s , c o m o
convencionalismo ritual do meio. N o t e manicomio
pouco se pensa, d i z e m . . . M a s que d e s e n s a ç õ e s
que de commoções, que de enthusiasmos, que de
luares e f o g a r é o s . onde a cada passo se multiplica e se t r a n s f i g u r a a Belleza — es*a bem querida
Errahunda entre o s sarçaes da P e r f e i ç á o ! . . .
A
prova disso : o O s v a l d o de A n d r a d e f a l o u c o m a
sua voz que é um sacrilégio, pois imita o m y s t k o
psalmodiar b e n e d k t i n o , e a sala toda o . a p p l a u d i u .
T o d o s e s t a s a m muito satisfeitos porque se j u l g a v a m incorporados á " meia dúzia " de que falara o
audaz S i se lembrassem naqucHe cego momento
de enthusiasmo que pertencer á " m e i a d ú z i a " era
eahir " n o domínio da p a t h o l o g i a " talvez tirassem
o c o r p o a o c h u ç o do i m p r o p é r i o . . . C o m o si a loucura náo fosse defeito ou apanagio «la humanidade
inteira! Mas a victoria do clan está em todos terem querido f a z e r parte delle. náo vendo o orgulho de solicitude em que se f o r t i f i c a e acendra.
Menotti dei P k c t i i a respondeu a cada um dos
innumeros oradores, c o m o era de o p e r a r da bondade acolhedora d o »eu espirito. F. disse c o u s a s
b n d a s também. num prosar musico de raríssimo
f u l g o r . Estou que o artista do M o y * é s maneja c o m
maior p e r f e i ç á o a prosa do que o verso. E ' um
Euclydes menos retumbante e erudito. Soe-lhe a
phrasc em melodia f l e x u o s a . Coroa-a dc finaes
que se espraiam largos, lentos, languidos c o m o a s
maretas nas marés mortas de J a n e i r o . . . E u m
r y t h m o estonteante, sempre vario, sempre original . . F.' na sua prosa que Menotti cantou os seus
melhores versos — aquelle* que a sua poética náo
permittiu ainda, enclausurada na prisáo da» regras
alexandrinas.
E os licores. O f u m o dos charutos. A debandada
F k a n d o para traz, no recinto já nú, eu vi que
nos lábios sensuaes da mascara brônzea de IfeMos
entrcpara*a uma lagrima verde, vertida pelos olhos
s e m i a b e r t o s . . . E senti que p f k w tempos ainda o
a r t í f i c e continuará a desparzir uma leve tristura
de Picrrot sobre a audacia vertical dos Arlequins.
MARIO
DE
ASDRADE
RECANTO IX) PASSEIO PU BI. ICO. —
MODELADA
—
POft C H A V E S
PAI/AGEM
ATLANTICA.
—
VILLA
1'INIIEIRO,
DO LEBLON. —
—
ESTATUA DE J O Ã O CAETANO I X »
ACTUAL MENTK
COPACABANA.
PONTA DÜ SANTA T I l E R E / A .
ISABEL. —
—
—
NA
PRA^A
I N S T A * TA tf 8 0
SANTOS,
TIRAWNTÜS,
NA
AVENIDj\
U M ASPECTO DA G U A N A I t A R A .
ESTATUA DE TEIXEIRA 1>E FREITAS, PELO PROK. R. BERNA RDELLI. NA PITAI A DA L A P A .
ESTADO DO
TRECHO
DA
SKR RA, A T R A V E S S A D O
PARANA'
PELO
CAMINHO
DE
FERRO.
o .
A f f OfTL Deante do» m w i olhos — o mar. A
I J I G u a n a b a r a , cantando no cárcere de pcd»a
J
* do littoral, sob o esplendor d a s \xv<
^
c o m o « n u f a v o r i t a q o e se recamasse d a s
melhores j ó i a s — coitares c anneis ardentes, brincos
e braceletes f l a m m c j a n t c s — para a posse d o m i s terioso senhor. A o f u n d o , violentando a pai/agem.
o P i o de A s s u c a r se destaca, n o seu p e r f i l bárbar o de eunucho, e m perpetua ronda immovel a o
portico deste harém i r o n u m c n t a l da T e r r a .
S c i s m a n d o . recosto-me na muralha do cães
O mar es t i impregnado d a poesia d o paganismo. P o ç o Mie nas madrias e carneiradas a rhapsodia millenaria dos tritões e golphinhos.
O oceano é o eterno pae de A m p h i t r i t e s e sereias. N a s suas algas e m m a r a n h a m - s e e retorcem
alguns d o u r a d o s f i o s d a barba divina de N e p t u n o .
Encrespa in-se-lhe n o s promontórios d e coral restos da flava trança da voluptuosa reveladora do
a m o r . A i n d a f r i t a m as quietas a g u a s , por entre
archipelagos de n o m e s augustos e musicaet, as
oceanides, núas e crinisparsa», e m a l e g r e arruido
rolando. A s ondas g u a r d a m o segredo de A p h r o dite. esculptural e forte, na plenitude o l y m p k a d a
nudez, a maravilhar os homens, apinhados nas
praias de C h y p r e , c o m a n o v a esthetica e o n o v o
pccca«lo d a s suas linhas.
P a r a os amantes o mar, sacudido de estouros,
estrnndcando e m cachões o u manso, a r f a n d o em
surdina, é u m o r g a m i n f i n i t o de sonho. l«eitor, que
vos detendes no d e s l u m b r a m e n t o da nossa Kahia,
reparar : a A v e n i d a B e i r a - M a r é o j a r d i m sonoro
dos idyllios. P a r e s de noivos ou namorados desliz a m , j u n g i d o s n o paraíso dos abraços, cm f i c a m ,
horas sem conta, c x t a c t k o » , sentindo a humidade
lasciva das ondas n o detirio dos proprios sentidos.
A t é nos espíritos menos polido* a p a i x ã o d o
mar permanece c o m o o substracto inalteravel de
velhas f ô r m a s e velhas phases da humanidade, t a s
e r a s d«» mytho o u nas éras do g a l e á o e d a caravela. N o s recuado» estágios da civilisaçio, n o mundo g r cgs» e romano, decerto q u e o h o m e m m e l h o '
amava sob o toldo purpura e o u r o d a s trircinc»,
c o m o C l e ó p a t r a e M a r c o A n t o n i o . O A c t i u m , coalhado de nau» e g a l e r a s , e n t r e a esteira das g a i v o tas e a marcha dos cysnes, embalava conquiftas
heróicas e deleites nupciaes. no dorso azul.
J u n t o ao oceano, vendo-o e ouvindo-o, todos
expe-imentamos a saudade irresistível d o amor. O
horizonte d e espiritualidade que no» accorda é s e r
limites, c o m o a v a s t i d i o da sua masca cquõrea.
S e m p r e que o contemplo ou escuto, e v o c o A p h r o dite e a G r é c i a .
F o i e m V e n e z a , a sereia azul do golpho latino, no aconchego c o n c a v o d a s gondolas, que Musset bem soube arrulhar ao» pé» de G e o r g e S a n d ,
quando a mediocridade f a s o n a t i v a de u m doutor
Page!lo estava longe de toldar a brancura lunar
do id>lt»o. N a B e i r a - M a r . gemina do no»»o escrínio,
os Mussets inéditos, todas as noites, i m a g i n a m a s
estreitas das Smis
para a luminosa i l l u s i o d a s
suas musas humildes.
O mar é o v e l h o alchimista que combina, n
laboratorio p r o f u n d o dos seus s i c s . a p o ç i o doce
e a m a r g a do D e s e j o . V e l h o m c t a p h y s k o , o» »eus
c l a m o r e s e calmarias v i o contemporizando e suavisando a tortura dos amante», c o m o» provados
aviso» d o »eu grande de»vario infeliz pela f r i a e
desdenhosa lua. A lua, soror pallida e espiritual
da» macerações nocturna», tem, a o conceito da innocencia poética do» vinte annos. dois cultos : o
d o mar c o dos c i e s , n o m a r u l h o e no l a d r o A o
plenilúnio, o mastim, na sua policia arbitraria dos
pateos. uiva. t r a g k o de incorrespondida a f f e i ç i o ;
ao c/cscente. o oceano empola a maré, no seu ciúme de satyro. nostálgico de f u g i d i ç a felicidade.
O mar poi», que t a m l e m ama, que t a m b é m
d e s e j a , inspira os romance» pessoae» a m o r o » o » . . .
R o u c o padre pagão, que o f f i c i a , na instrumentação dos tufões d o largo, as suas orilhas convidam-evos a o l e i j o . no» mudos noivados de a l m a s
que paranyvnpha. O tom verde das suas aguas realiza promessas para a bocca anciosa de D . J u a n :
é uma allegoria da esperança.
SdiBQ.M
*
V e j o enseadas e angras r e f e r i a s de mocidade
musculosa e núa, no borborinho l a r g o dos balneários. H o n t e m , na curva «ens uai do F l a m e n g o , revi
um trecho da Grécia, ao tempo em que a f ô r m a
sereníssima era a religião dos helleno». S e m p r r é
o mar que suggere a kíéa do paganismo. N a fulg u r a ç ã o matinal de hontem. aquella praia, attestada d e brancos corpos feminino» — pernas e m c o r recção de column as e seios c o m o d u a s mintisculas
p y r a m í d e s de rosas num «lescrto de n e v e pura c o m
a s aguas-correntes aniladas das vesas — e r a bem
u m v o t o de louvor collectivo ã imnsortalidade d o s
m á r m o r e s grego*. U m a linda mulher, — alva. diaphana c a r n a ç ã o de loura — desenhou-me i lembrança uma A m p h i t r i t e dos tropicos, que perseguisse o irmão de Jupiter para commetter o f u r t o
de uma
na c r a v a ç ã o de pérolas do tridente O u r harmonioso m o v i m e n t o e f á c i l a g i l i d a d e
ella punha, a o romper as maretas, c o m a basta cabelleira a fluctnar em ramagens de o u r o h ú m i d o !
O s homens tiveram a palma do* deuses quan-
d o e r a m deuses, na g r a ç a e na força d a s altitudes.
T a l v e z os deuses baixassem o u t r ' o r a ã T e r r a para
ensinar a o f f i l h o s delta a elegância tranquitla c o
heroísmo sem violência, dentro d a symphonia plastica dos contornos.
A s populações littoraes conseguem disciplinar
em bcllcza o traço est a tua rio d o corpo. O mar passa a ser um modelador artístico de torso» e de braços, de q u a d r i s e de pernas. N ã o perde, nesta obra
de refinamento, a e s s e n ô a do seu remoto paganismo. A o contrario : a í firma-se, porque é d a g y mnastica trabalhada á f l o r d a s ondas que
o
d e l g a d o apuro d o mais l e l l o typo da raça humana, gentil e i m o c o m o a estampa do» altos animaes de linhagem.
Elie é, portanto, também uma escola natural
de perfeição e de b r a v u r a , e m bctlcea e acção.
Rcspirando-o, vivendo-o. chegamos a eomprehender o enthusiasmo da turba g r e g a prescrevendo
a morte por emoção a D i a g o r a s , p a s m a d o ante a
cncrgica f o r m o s u r a dos seus dois f i l h o s vencedores
no torneio : m M o r r e , morre, D i a g o r a s ! P o r q u e ,
e m f i m . não te resta a possibilidade de te t o m a r e s
Deus r
M a s . . . continuo a »cismar sob o pavilhão da
noite p k a d o de c s t r d l a » .
O r e t o m o búzio, que rola até i s orlas u r b a nas, não traz a resoar no b o j o a partitura selvag e m da» tormentas : o c r e b r o ruido é o murmurio de bocca» gelada».
"Qms o phosphoro in<t*4f*s e o ámktr ftrfmmxi
soluçando
• ...beijos
vôos
qut
ô tvnio
c o m o no» ver»o» de O l a v o
Irra",
Bilac.
S n n ! O oceano accende era nô» uma chispa
da l a t a r c d a pagã e x t i n c t a ! S o b o f u n d o christão
tristonho da alma contemporânea n i o seccou de
t o d o a ultima g o t t a d o sangue que ainda nos liga
ao paganismo e nos torna ainda os remanescentes
dispersos dos deuses. E , por este m d a g r e de transmissão e ancestralidade, loas te entoamos nós, os
deste cyclo me lane ol k o . 6 mar sensual, m e r c a d o
d e flibusteiros, nascente de vidas, paço das verdes
nereidas e m a g i c o d a palheta nas escamas decorativa» do» teus monstros ! . . .
ANDRE'
CARRAZZON/
N'» «ua c r a n d « obrA — "Itoaaler de la Mtlar. h u m a l n e * — q u r .» mort«* o
Impr.Jiu dp acabar. c r r l o Guatave Klaubert r # w r v » v a longo c a p l t u l o a o r«>Clatro daa extravaitaarlaa do« e t y m o l o « l a t a a Improvlaadoa. rao* f*rCIII»atma f m comiooa dkalatea
<> «lue. IM falna de Interpretar vocabuloa
aentldo abaconao r
•Ion apenaa p r l a h o m o p h o n la d a a dlccAra. ellea t*rn a t t r n t a d o contra o bom
•enao. * verdadeiram*nte aaaombroao.
Nteuhof. eacrlptor ho.landes .!«» aeculo X V I I . enganado prla s r a u h U
franc«sa * Kern* m t ^ u c " . nAo duvtdou »in aaaeverar q*e o nome da entA-»
oaplianka » r » ro m ,->,t«,
fluaa p a U v r a a portuguesaa e t p r i m l n d o -bocc*
d o l n f « r n o ; Mor*au. o u i r o chronlata aeu c o n l f m p o r a n « ^ * do meam'. pnaccraaeantaado. todavla. a modo de eapllca{Ao. q u » I M I R I dealgaav a m o porto d o Iteclfe — *A o o t « q u ' l l rat faclle d ' y entrer et m a l aya*
d an f f r t l r
Mal» tarda Patronl. o l u n a t l c o -phlloaopha* paraenae. encoutrou-lhr o u i r o algnlficado m l r l f l c o : depo!« de dlser que -a Amerkw M«r
dlonal era um preauato de f u m b r e " e .|ur .. MU -<\>dl«o J t n a u n e r a t o r l o
»ervla de Incognlta A portentoaa equacAo de I V r a a m h u c o * . a f f l r m o u com
por-ae eate nome -de dola vocabuloa gregoa — -perna a m b l k o " — p e r .
nll de porco de panella ou frlgldelra. peraa de porco f 4 t a de f o r i l P . . .
optima couaa p a m baber vlnbo-. I v u a l m e a l a rkllcula. por*m m u l t o aaalt
• ni(enbo»M. 6 a etymolojtla de Tejuoopapo. d a d a por u m curloao
nacb de Lembrancaa Luao.BraKlIelro*. i « n « 1874; » e n u n d o eata d o a t o phlloloco o Rom« daqaelle povoudo. IromortaIlaado na noaaa hlatorla pala
h«ro!ca proeia de auas m a t r o n n . na K « e r r a hollandeaa. v r m d « um caboclo,
«lue. tendo Ulo peacar a um j^aatano no altlo ond© ^ boja a vllla. atolou-ao
nelle. e. de volta & caac. contava que cablra em um "UJuco
(lamacaD.
oade Juiera atolado com a s u a a t * o -papo*. O a u t o r do « r l l f f * «Uva p a r a
iraranta deata e a d r a x u l a InterpretacAo o itnperador D. Tedro II. por quem,
•effundo eile, mereoeu aer r^ferlda a «ente que a I r n o r a v a . M u l t o aemeI h a n t a a «ata 6 a o r l « « m que a t r a d i t i o a t t r l b u e a o nome O l l n d a . Na aua
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preclOM M I . M o r i a do
r a i l l " .. ti e» r m iinn«ai li « j U f f••
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vädör con«»gna o Incldente que p r r t e n d e m
'Jg*™**
i ^ V , ! &>elhV
ma da Ollnda. n o m - que Ihe po« hum OaWtgo. crlad«» 4« l i u a r i e Coeino.
porqae. aadarido com ou\roa £ r e n t r e o
.«. edlflcaaae. a c h a n d o eata. «lue ba «m hum monte alto. diene. c o « eaclaT
r U : O l l n d a . " R«ta verato. r r p e t l d * depola por au-nto«
veram i f b r « • prtmltlva hlatorta da Pernambuco. iol-aa modlflcaodo a*a-
CM aiNitoa M
worxHo.
IM VIAOSM.
KM I I I « ,
KO KATADO O«
R»ayaMato>
•Ivel nente. a o p o a t o de Houthey. no pviaclplo do aeculo paaaado. pAr na
bocca d o proprio D u a r t e Coelbo « e x c l a m a ^ A o . jA a m p l l a d a para ' O l l n d a
altuagam para ae f u n d a r bunva v l l l a ! "
K aaalm fol ae perpetuand» eata lexendarla procedencla. a qua e n t r e .
t a a t o n t o falleoe certa
de plaualbllldade. a*m d t a p e r l a r proteatot. a n .
tea merrcendo craaca « e r a l . a t f que V a r n h a c n O«MU prlmein> d u v i d a r
•la aua authentlcldade. Iteferlndo-a conforme fioa eipoato. o benemerlto
blatorlador addlclonou-lhe a a a e t u l n t e « reflex^ea c r l t k a a : * R l d l c u l o domo
ao* parece eate coato. temoa por m u l t o n a l « natural que aquelle nome foaae
o de alguroa q u l n t a . ou oaaa. *u b u r « o . i»or qualquer t l t u l o caro AO donA• « u e eile a o Ilraxil qulaaaa« p e r p e t u a r ; c o m o aem tanta rellcldade qula tambem. *om o malor ernten ho. pratlcar Acerca do da
N ova.l^ial tan la para toda a capltanla. qua alKuem depol*. com a l n d a m e .
taoa fallcldade. ladlcou p a m o Uraall todo Kabe-aa t a m b e m q u e O l l n d a or.w
o no me da 1u m » da« bellaa damaa na n o v e l U do Amadla da O a u l a c u l a lelfS**
m u l t o e m voca. n4o f a l t a n d o leltorca. que lbe davaro
t a n t a f« c o n o em notaoa diaa ae dA 4 hlatorta.ponderac^ea n l o neceaaUam de commentarloa q u a aa
^ ^ L » primelra h y p o t h e a ^ aobretudo. parece aaaai veroalmll. t a n f .
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cl ha* chronlca» e o* velho« rtocum#no% nAo «Ilwm que o aelvacem tenhA
trolhldo m a l os «V«<i)*.rldnr«« Oo«n
•paato. » m. A U ou« in. reapeltoaamente, a prlmrira mt«M «jue fol dlta naa n o w i
pl..r*» por Frrt IUr.ri.j%,< de Colmbra. l>-pota, aiealmarrxnle no« •rrrâorca do« peimelroa forlin» e '«taU'kelaKvitc«. e <vi>rçou « m u t u r i r - v
eom o Invaaor «-uropeu N i K r m m o» prlmelroa me«tlC«» K o o»lonlaaSor. prrd«â«4o d* braço« para ©a
tr*Nalho» «la» «pkimçJW» «er colas ou mlaeira*.
aentkndo a iiwtinctlva repulaAo do abor1*«r*> por
«aualgurr »uj««loAo. tavc
ufta«l»
"fiioiMi."
e tAn
lui !• V*
-Iran cueri a». .»» prlmelrat
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ma t a n ç a i
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dlda» «jur a cOrlr deu
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|4ovl»>V* «« attarda, iliindo Itccnça non cap4lAra-m&r « * p a r a N* KU«TTHK d e c o r o. A rwiAo mator d«»«aa
RMrraa ne acfeava no fnct » Hon Irvtlgrna» caçarem
r»«**« <*<•• w l â b ? k c t e > r n to»
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iH.rtuKu'z. • conv» >•
nha o e l v c o U a aocompléta Aa proprWda4
Via. va«
varraaa atapelada« 4r pana
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t . u l l a - e vacean amar-tlaa «!
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r*n. CMda r«-« «alla muta «,
eaplvara.
<iua»ia u m a anta. Ap^car «Se
ar a forma do
animal. freeha«*-o e. 4epo'-«
•ta a came
»alioro—i romo n nhuma outra. fkava vkHado »*aaa
caçada. Começava a «llmlnu r o K»4o du rlb«lra ferlanr>a. rrun am-ar faimdrln-a «• «aauelro«. arma«•am-a*. aol'cllavam ordrm Aa autor!da4ea a |wrr* avant o indto. K 0 ainda ut mm* tuta* nxk-nlae«.
•anRUfnliida« r frroxM. que t a m o i «»ncontrar or»fcvi» «la* |>'<iu<ndi» Kurrra» que a'nda Hoje ae fasem
rs> vaato • I n W t a n d " entre famlttaa InlmlRaa. como
o« Montechl e C a p v M I «Sa K m j a c m ç a Italtana ou
IIA. XAS MATTAS, VU BAftl'I.IIO. QUE BCBOA. COMO *K CRAN »«S ARVOBSS CAIIISSf.M... PI/IA-SC 0WTK OSA. tfU* OLA 0 KO* r ri VA, COM O M U MAC H ADO, ne CASCO t»r. JAUOTY. QUlt AN PAVA BAYCNDO MA$ CAfORIMAS.
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CDrsrnho de Y. do
ACOrBKNTO DO SIUNCIO
(Dtffnho «FC V. do Rffe Mvntiùo)
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' • ' • M Wavlam irucidado A faUa
om Ctoampaa e IVav la». «&a Indrpendertcia arcentlna.
Ton»'m«*, para ea«mpllfWar a deatrui^Ao lecal
f* d r * Indln« mantoa.
tlo» Indkw tvo Braail colonUI. como ««#mpk». •
Km If71. o ajudanlr Kranclaro Martina t«re oractual Kata^o. ant<ca provincU do CearA. «xvde a
d«m dr dr«trulr e «aptltar. M m#a d« JWtrmbro. o»
popu laç&o ab-^elcrnr fol a»mpre pouco d m »a e n*«
TinrmemW«. ca»> «rrlfkaaaa teram elk* rr»rto «m
houv* xruplAraa &em carftmpo*. n^m o# craivde« eaaotda«So porturuca. que «Vaappar«wa. Km Outubro
îabelec'mento« acrlcotaa ou crtador«« do 8 u l dr madeaae mrnmo aano. o aa>verna*Soe da eapltanU manr#e4ra que por elto ae ffrUrX avallar o q«ae trri» •UV
da faaer nova ifurrra aoa l'alacOa. d#poka de ter re.
a currra aoa indioa n e * M ultlmoa locarea
ualdo uma JunU de praaooa rrap*ltavela q«e a de.
Clararam Juala. No m n dr Novrtnbro. aecutatr. teA prtmelra trnUth-a. tnfruefuoaa a 114. 4e coV».' mendo que ae r#unl«*rm ^ aaaumlnem a offenalaa oa
ntMcAo do C«*rA. fol tm
K >4 «en I « « . i l an- j Irtdlcma* eaoapoa A i w r r » 4e Outul.ro. o rowrnano« mata tarde, eacontramoa aa not&cUa daa r^'-rraf
for mandou un» aar*ento-m6e corn dea aoldadoa e
ao a*)va«em. No an no clUdo. wn IVarmbro. o ck>- uroa poc* «W arUlkarU eatarmlatal-oa. em Poraar»\ernador Ouamâo m v a v a o aJu4ante m i l i p p e Coe- t
Iho de Moeara, ooen 1« aoU&adoa. f a w r vuerra aoi
indSc* PaUcûa. no lofar ï'reaabura. «kvmdo " m a t a r
<rena«4«a ao fim drste «m«acre).
o i u m l)c!lo gesto o da congregação cia Escola Nacional
de Bella* Artes, organisando a exposição das obras d o
architfcto Heitor dc Mello, seu professor, que morreu
em Agosto d o a n n o passado. C o m satisfação. viu o
m u n d o artístico d o R i o de Janeiro, reunidas, as melhores obras de Heitor de Mello, cuja carreira se iniciou
n a antiga Kscola de Bella» Artes, tendo por mestres quasi to<los o*
c|ue h o j e pertencem á c o n g r e g a d o . Personalidade a v i d a de espaço,
não se sujeitou ao curso regular e motono da Kscola; nos últimos
annos deixou d c vez os bancos académicos para realisar o seu sonho
de Arte. O seu temperamento n á o se coadunava com a estreiteza d o
ambiente de então. Partiu para a E u r o p a ;
recreou o espirito farto das # semsaborias da
grande aldeia que era o R i o , com as suas
casinhas rachiticas e acaçapadas; formou
o plano d e u m ideal; adquiriu cabedacs
sólidos; aprendeu na magestade architectonica d o velho mundo. A s linhas sóbrias
dos templos incutiram-lhe n o a n i m o de
artista o fervor religioso com que tratava a sua Arte.
P R O J E C T O DA A V E N I D A DA
INDEPENDENCIA
e argamassa, engaioladas n o madeiramento <los andaimes que
n ã o acabavam n u n c a . . .
Secundando a iniciativa de
Passos»
surgiram outros planos grandiosos, como a alxrrtura da A v e n i d a
M o ç o ainda, teve
a ventura de ver o
seu nome, j á glorioso e herdeiro da nobreza d o s maiores.
HEITOK DE M E L L O
ligado a o periodo de
«ouro da nossa cidade : a sua t r a n s f o r m a ç ã o esthetica e sanitaria. D e regresso da Europa, encontrou
campo vasto onde expandir a alta cajwcidade. O Prefeito Passos revolvia, com vigor i>ouco c o m m u m no nosso meio. as poeiPKESPECTIVA DA E X P O S I Ç Ã O N A C I O N A L DE I O O 8 ( P R O J E C T O )
rentas mansardas e os manhosos beiraes
ornados |>elo irreverente pé de fumo. A
febre de renovação a todos dominava. A s construcções altaneiras
Central, planeada e integralmente executada por Paulo dc
aos poucos surgiam aos olhos d o carioca bolonio, que, na sua inFrontin. Foi, justamente nesse m o m e n t o opportuno, que o
génua incredulidade. j u l g a v a ver ruir aquellas montanhas de t i j o l o
n o m e de H e i t o r dc Mello apparcceu. firmando o edifício e m
P R O J E C T O DA ESCOLA PEDRO I I . KM
PETROPOI.IS
o p c c i a l ; a preoccupaçào d o decorativo existe em alta escala; a
grandiosidade allia-se com o aproveitamento integral d o terreno,
cousa que aliás não e m u i t o c o m m u m nas nossas construcçõcs.
isso por culpa das autoridades fiscalisadoras. que são absolutamente i m i t e i s . . . O s poderes competentes deviam zelar melhor
|wrla questão architcctonica. impedindo que qualquer m a t u r r á o se
metta a tralhão. projectando e edificando verdadeiros aleijões
sem capacidade para cousa alguma. N a própria A v e n i d a Central
encontram-se edifícios com escadas occupando quasi que dois terços da area d o p r é d i o ! O u t r o * , em que as escadas são verdadeiros
tormentos para o pobre diabo que tem de s u b i l - a s . . . A construcção e defeituosa e os degráos desproporcionados. A parte esthetica dos edifícios, então* e u m a tristeza entre n ó s . Q u a l q u e r
amontoado de |>aredes pintadas a>ni tons l>errantes. ou salpicadas de relevos desconnexos e amarrotados, serve jwira u m edifício. seja elle o mais importante. O autor paga as taxas exigida*,
c c o bastante para ter licença para construir, mesmo q u a n d o a
DF.RBY
ci.rn
que M' acha a casa Bazin, onde o cstylo Barroco e perfeito em
todos os seus pormenores» sendo de lastimar que t i o precioso
especimeii arehitectonieo seja mutilado com as almanjarras de
talioletas anti-csthctica^ e pouco e x p r e s s i v a s . . . N a Avenida Central, os edifícios projectados pelo architecto possuem u m c u n h o
CASA
JOCKKY
CLUB
BAZIN,
P R K M I O IX> C O N C U R S O DK F A C H A D A S , KM
•
IQOFI
almanjarra se transforme em alvo de r i d í c u l o . . . Esse cuidado.
Heitor de .Mello possuía em larga dose. Projecto que sahisse da
sua o f f i c i n a era interessante, portador dc u m a nota de Arte pn>nuiKÍada. Para proval-o, basta citar qualquer dos seus edifícios
construídos: o Jockey Club. com as decorações externas executadas por Corrêa L i m a . determinadas polo architecto, demonstram
claramente o alto valor d o artista; o Derby Club. de linhas severas e a austeridade equilibrada das grandes massas, é outra
obra prima dc Heitor de Mello, que tantas d e i x o u : o C l u b Naval. o C l u b de Engenharia, o grande |Kilacio em construcção d o
Conselho M u n i c i p a l . O s projectos expostos na Escola de Bellas
Artes revelaram a o publico segredos dos quaes só os íntimos eram
sabedores. Nelles o aquarcllista exquisito luta com a severidade
d o architecto. I f s o está bem [»atente n o projecto d o palacete de
I ) . G u i l h e r m i n a Guinle. onde o m a n e j o «la aquarella e firme c o
toque pittoresco. N o s projectos d o palacio d o Congresso, o artis-
t
ta mostra a grandiosidade d o seu espirito creador e a segurança
com que determina a perspectiva. N o s projectos para o Conselho
Munici|>al c a bisar ria que revolta os olhos d o publico intclligente. O u t r o s projectos interessantíssimos são os destinados á
Escola Pedro II em 1'ctropolis. G r u p o Escolar de F r i b u r g o e
Secretaria ( k r a l d o Estado d o R i o , que o Sr. Kaul Veiga pretende construir.
Heitor de Mello, além do u m architecto possuidor dos melhores requisitos, era u m administrador e u m constructor de raro
descortino : a noção d a construcção e o golpe dc vista seguro
eram qualidades notorias que nos autorisam a collocal-o entre os
maiores d a sua A r t e .
Teve o artista desastres na sua v i d a ; n £ o foram, porém,
motivados pela incompetência technica. como se q u i z fazer acreditar, e sim pela deshonestidade de fornecedores pouco escrupulosos« o que. aliás, frequentemente acontece. U m descuido na
fiscalisação é o bastante para occasionar desastres, tal o de que
toi victima o fino artista.
•
Morales de L o s Rios, o mestre que todos a d m i r a m , teve
tamlicm momentos afflictivos na sua vida de architecto, sem
que disso resultasse prejuízo á sua idoneidade profissional. Heitor dc Mello mostrou bem a sua capacidade e o seu temperamento disciplinado, por occasião d o desabamento d o C l u b de
Engenharia. O u t r o espirito teria succumhido a o formidável choque. C o m elle. deu-se justamente o contrario. A sua energia
P R O J E C T O PARA O P A L A C I O DO CONGRESSO
(VARIANTE)
zilciros c o m o a dc Garnier ficou na dos franceses c Saccone e
Chiaradia na dos italianos.
O palacio d o Conselho Municipal será incontestavelmente
a melhor obra architectonica d a cidade, quer externamente, quer
internamente, |>clas suas decorações, entregues a verdadeiros artistas, que saberão, estamos certos, l>cm desempenhar-se dc tão
delicada missão. D u p l o é o valor d a concepção d c H e i t o r dc
M e l l o : o valor intrínseco da obra. e o valor reflexo, pois «>s
nossas artistas encontraram campo para dar expansão aos diversos pontos de vista d a decoração c da
esthetica. sentimento solicrhamcnte desenvolvido n o glorioso morto.
E m Heitor de Mollo, a rebeldia d o
estudante manteve-se intacta n o professor.
Elle nunca supportou as convenções fictícias tias congregações o n d e se discutem intrincada is e complexos problemas didácticos. que sorvem unicamente para perturbar
a alma «los que realmente sentem a belleza
d a Arte. E isso Heitor de Mello j a m a i s escondeu. Manifestava o seu m o d o de pensar alwrtamento, sem receios; era rude na
sua franqueza e vigoroso n o phraseado.
acompanhado d o gesto, c o m o que a desenhar o pensamento bisarro.
>
Elegante dc maneiras, h o m e m de s*>ciedadc. cavalheiro, escondia a qualidade
de extraordinário cmprchcndcdor que j«>P R O J E C T O PARA O PA|*ACIO DO CONGRESSO ( P A R T E DA F R E N T E )
gava com úleas atrevidas. Apezar d a rcbeldia de temperamento, formou discípulos,
que lhe seguem os passos com a serenidade que soube transmittriumphou. fez surgir das ruínas u m a m p l o mostruário d o seu
t i r ; o sen espirito deve - estar radiante, pois a sua obra será
talento, espelhado em todas as suas obras disseminadas pelo R i o
únmorredoura, n ã o só pelo que deixou, c o m o pelo seu continua«lê J a n e i r o .
d
ir consciencioso.
Foi
o m o ç o artista 11111 erudito conhecedor da sua arte.
C o m facilidade- discorria sobre a evolução architectonica: a
Heitor de Mello morreu m o ç o . Delle m u i t o esperava ainÁsia. a í n d i a , o Egvpto, a Grécia dos artistas livres. R o m a e
da a capital tio Krazil. Mas. compensando a grande falta, a lemtodos os outros centros onde a soberana architectura triumphou.
brança d o m o d o por que trabalhava, as lições da sua intelligeneram-lhe familiares, eram tratados por Heitor dc Mello com
cia e o exemplo d o seu gosto ficaram, e h ã o de viver.
a intimidade que só os estudiosos sabem ter.
ADALBERTO
MATTOS.
Muitas accusaçõcs injustas soffreu o architecto, inclusivo
a de ser pouco a m i g o dos brazileiros, o q u t representa u m a
aceusaçâo descabivel. T u d o porque o architecto reunia, cm grande escala, n o seu atelier, innumeros artistas estrangeiros. Esqucciain-sc os seus detractores de que esses estrangeiros foram
collaboradores honestos na obra deixada, collaboradores olwdiente* a o pensamento dc Heitor dc Mello. A m a i o r prova da inverdade* encontramol-a personificada em Archimedcs M e m o r i a ,
u m m o ç o ainda, e ooni as responsabilidades de u m grande valor
e a aureola d o seu mestre, que galhardamente sustenta. Archi•medes M e m o r i a é o continuador d a obra de Heitor de Mello.
Elie tomou a tarefa gigantesca de manter o brilho refulgente n o
atelier cr.: que Heitor dc Mello, por muitos annos. pontificou.
O sumptuoso palacio d o Conselho Municipal, que diariamente empolga o transeunte, é a magestade dc u m conjuncto, a
c< msagração posthuma de u m a mentalidade, digna dos centros
mais exigentes; o nome d o seu autor ficará na memoria dos bra-
PROJECTO PARA O P A L A C I O DO CONGRESSO ( P A R T E DE
TRAZ)
íiçm JL €9ÍI/S)}MJ
B
,
*orte, nc»tc paiz, d c qua»i toda» a» idca»
f o r m » * i » terem, mal apparccidav ainda. a
»audade dc
mc»ma» c o m o melancólica
assistência. H a uni »cculo que. entre espem a ç a s e decepções, se vem c l a m a n d o , ein sonora*
ph rases, contra o anatphabetismo nacional. K , a
despeito d e generosas tentativa», o problema permanece »em solução d e f i n i t i v a . E n t r e t a n t o . j á o
« I t t W f l W . c h o j e pueril qualquer controvertia tendente a evidenciar a necessidade «Je instruir o
|K>VO. Temo*. incontestas cimente. vencido
esta
face d o p r o b l e m a : h a u m accordo perfeito d o *
espirito», e m toda» a» nações', q u a n t o â obra q u e
constitue o intcrc»»c »uperior da» sociedades humana», quac»quer que tejam os clima», a* vScit»itude» histórica», o» liorizontes moraes de u m a
aKgremiaçá» politica. P o d e m cootroverter-»e tjstema*. escola»' p h i l o s o p h i c a » ; p o d e m pôr-se e m
contraste methodo* scientifko». principio* de arte.
p r o c e d o » de trabalho, organisaçõe» sociaes; podem »\ibmetter-»e i dialéctica as idéas m a i s contraditória» em m a t é r i a de justiça, de religião, de
direito, d e bem publico : a propo»ito d e tudo isto
p o d e m o» b o m e n t dissentir, e até se combater,
M a » , ha u m a questão em que coincidem todo» o»
e^piritov e a respeito d a q u a l n ã o >ub»iste ma s
discrepância entre o» homens : e a questão d o
ensino, isto c, o dever a que se n ã o pôde furtar
sociedade a l g u m a , de t r a n i m i t t i r 4» gerações futura» t u d o o que d e mais excedente tiverem a»
presente» gerações- N ã o ha. p o i t a n t o , »obre i»to,
que esclarecer a mais n i n g u é m : uxias a» consciências estão esclarecidas, toda» a» vontade» estão
conciliadav. V i d a de poso. hoje, n ã o ha. que n ã o
»eja u m g r a n d e apostolado : n o m e i o de todas
a» l u t a s o pensamento d o destino ha d e encher
toda» av a l m a s , e enchei-as de a l g u m a cou»a q u e
é eterno, porque ha d e sobreviver a toda» as contingência».
H a , n o emtanto, tratando-se d o e n t i n o , alg u m a cousa que é preciso estudar c discutir, uiisa
face d o problema que temo» de »ubmetter a anal>se p r o f u n d a e segura : c a orientação de todo»
o» esforço» que se tiverem de consagrar a esta
causa suprema : é a natureza d a instrucção q u e
c o n v é m á» massas; e o m o d o c o m o tem de ser
m i n i » t r a d a c»»a instrucção. C o m o fax ver u m autor dov nossos dia» : " i s t o n ã o quer dizer que
a d m i t í a m o s u m genero d e instrucção para as classe» rica», o u t r a para o povo : é. aliás', exactamente, o c o n t r a r i o disso. O que inquestionavelmente,
c preciso, antes d e t u d o (desde que colloquemos
devidamente o p r o b l e m a ) é habilitar o h o m e m
d o povo a sahir d a contingência dolorosa a que
o r e d u z i r a m na vida m o d e r n a as complicações de
natureza social, complicações que a f f c c l a t n . »cm
d u v i d a , todas a» classe*, ma» que opprimeni e
t o ? l u r a m . «olirctudo. c de m o d o crescente, o proletariado. K m q u a n t o estiver na triste condição e m
que se acha, n ã o poderá o h o m e m d o trabalho
c u i d a r d o seu espirito : o seu destino h a de ser
sempre sacrificado, até q u e a l g u m a nosa «vganisação »ocial venha a permittir que o h o m e m possa realisar n o trabalho o i m p l e m e n t o d a grande
m U s á o ila v i d a " . Kste m o d o de entender a causa
ha de dar-no» u m critério seguro para decidir
qvul o genero de iiv»trucção que devemos minist r a r á i n f a n d a . Fazemov, assim, questão da natureza de cultura. N ã o e a saga instrpcç.40 que
c o n v é m fornecer e espalhar : é a l*>a instrucção.
a instrucção que fecunda o esforço h u m a n o , q u e
reconstitue a creatura. q u e a r m a cada i n d i v i d u o
dc u m a w r a n u de poder. que só se pôde m e d i r
pela extensão da capacidade produetiva a que se
elevam a vontade e a intelligencia. N ã o c. pois.
apena« a instrucção q u e se precisa propagar, pois
que ha instrucção q u e pervene e que m a t a . que
annulla o individuo, que faz d o h o m e m a n t elem e n t o m ã o , u m factor vegetativo d e toda o r d e m ,
d c to-*!» t e m social.
O que aspiramo« e queremos é a instrucção
f u n d a m e n t e da riqueza, a instrucção discipl na moral, a instrucção' assento das grande« virtudes, a
i n t r u e t ã o miraculosa que faz o accordo da» alma«,
que se toriiA a segurança d o direito, a g a r a n t i a da
j u » l : ç a — porque é a única q u e renova e que
edifica.
A própria situação d o h o m e m n o i n u n d o está
a dizer-nov o que é preciso fazer. T e m o » hoje
reparado, e perfeitamente di*tincto, o grande dever da» creatura», nas duas' faces capitães »obre
«juc c preciso encarar a cxistencia. K, ainda considerando sob » «úcsmo ponto d e vista — o hom e m n o »eu destino social e o h o m e m c o m o fuucção ou c o m o ser de u m typo eterno ou c o m o expressão de u m ideal divino — leremos de come*
çar vendo, primeiro, na creatura suprema, a» relações e m que se acha com as contmgcnc a». que
lhe regulam toda a p r o f u n d a , complexa, a u g u t l a
finalidade. D e s t a r t e , apj.arelhem.se homens, que
sejam capazes dc h a u r i r desta felicidade d e viver
as i n e f f a v e i t
bemaventuranças
sonhadas
petos
f r e t a s e pelos santo».
Q u a e s são a» condições dc ser feliz na sociedade do» nossos tempo»? T u d o se rcsttne na
independencia m o r a l . B , n i o se concebe independencia m o r a l sem u m a vasta capacidade dc sencer a vida. dc subaistir por si m e » m o . de sobrep u j a r as vici»»iwdes em que se encontra a creatura, desde q u e desabrocha para a vida até que
E S T A D O
DA
VLALILA
—
DUAS
RAIXAOIKS
DA c n > s n r
a f u n d a na voragem my»teriosa de além-tumulo !
N ã o é possível ser feliz sem bein c«tar material.
N ã o é pos»ivcl bem o i ar sem riqueza». N i o é
possivel riqueza sem trabalho. N i o é possisel
t r a b a l h o sem u n u capacidade, cada sez maior, d e
t r i u m p h a r na f o r m i d á v e l concorrência da» actisidades. Imagine-se todos os don« miraculoso» q u e
podem exalçar u m a vida : a !*l!eza. a virtude, a
innocencia. a magestade m o r a l - d o m d i v i n » » : a
intelligencia. o talento. ;i lucidez, a f u l g u r a ç ã o
mesmo do» génio» — privilegio do» escolhidos; a
mansidão, o c a r i n h o »olicîto. a propria misericórdia. que é a piedade liutnana exaltada a t é a grandeza de Deu» — o sublime a m o r d o semelhante
— excellencia» a que só ascendem os p u r o » , que
s«* elevaram até a béatitude redemptora : e m »umm a . concebamos toda» a» fortuna», todas as gloria», toda» as coisas m a g n i f i c a »
reunidas com
u m a s ó vida, e perguntemos a 1*6s mesmo» o que
seria entre o» homens t u d o i»so, »em o sólido last r o q u e ha de constituir o f u n d a m e n t o d a existência social dessa m e s m a vida ?
N a sociedade do» nosso» diav o p r i m e i r o dever d o Homem é ser u m factor d o g r a n d e producto, que interessa a toda a c o m m u n h á o . B é por
isso m e s m o que uin povo ha de »er tanto n u i »
rico e poderoso quanto mais amplo» o» factore*
q u e têm de p r o d u z i r a sua riqueza e o seu poder :
- que u m a cirilisaçáo será t a n t o tnais brilhante e
grandiosa q u a n t o mais l a r g o desdobramento tit e r e m as qualidades da raça. que tem d e ftxal-a.
Procuremos na historia e veremos, h o n t e m c o m o
hoje, os testemunhos mais irrecusáveis de
Ind o * o» que venceram, f i / e r a m a »ua victoria m a i *
que d e sacrificios — fizcram-n'a d e t r a b a l h o —
dessa c o m o vigilia constante contra a miséria e
contra o » o f f r i m e n t o .
K ' n a t u r a l , portanto, a orientação d a consciência universal acerca d o ensino popular. K # a
escola pratica que temos de crear : a o f f i c i n a .
a fabrica, o estabulo, o c a m p » de experiencia. a
cultura n o r m a l ; o atelier, a bibliothcca. a leitura
publica — tudo, e m í i i n , que f ô r indispensável para
a f o r m a ç ã o de homens úteis.
H* necessário que cheguemos a u m t e m p o
em que n ã o se encontre maas, e m parte a l g u m a ,
u m i n d i v i d u o sem profissão, sem o seu o f f k i o .
a sua arte. o seu mister. Nesse tcmp.1 é q u e
completaremos a extensão d o territorio pela grandeza de u m a raça histórica, reconstituída e fecunda. e j u n t a r e m o s ao esplendor d a natureza o poder e o b r i l h o d o nosso e*forço e a magestade d o
no»to génio.
IH: C O V O C Í B A .
LRONCtO
CORKEtA.
I A s I O a Entente se achava cm
guerra contra a A l l e m a n h a . sua
imprensa — e com cila os jornaes
al liado* dos paize* neutros o u
«luasi neutros — n i o cessava de
apregoar que o maior g r u p o dos
belligcrantcs se katia contra o
prussianismo para pôr um paradeiro â arrogancia militarista d o Além-Rhcno c
restabelecer a justiça. que a brutalidade da força,
pela voa dos canhões K r u p p e dos obuzeiros Skoda. procurava a n n u l l a r . Para os inimigos d o império germânico, o povo allcmáo d e i x i r a que se
apagassem os H t i m o c vestígios dc respeito aos sagrados direitos dos demais povos e dc quaesquer
sentimentos dc humanitarismo, porque u m único
pensamento o prcoccupava: — o d c vencer dc
qualquer m o d o . para dominar c para impor uma
politica d c avassallamcnto, inspirada no o d i o do
vencedor c executada sob a embriaguez da vktoria sonhada.
Qttis a sorte que a invencibilidade dos exerci tos d o império fosse quebrada c que abatessem as
armas, sob u m diluvio d c ferro e fogo, os conspurcadorcs deshumanos do direito c da justiça. Veiu
o armistício. Soccedcram-sc os entendimentos entre os ltãdtrs da Eotcntc. K O mun<!o inteiro julgou-se n o direito dc esperar pela justiça e pela
igualdade promettidas. K m seu logar, porém, vieram os odios que tanto temiam os * enccdorcs de
hoje, e a par que se forjou está sendo cobrada dc
u m in-xJo <|uc desmente toda» as promessa* formuladas quando as incertezas i m p u n h a m a Kntcntc
a necessidade de uma propaganda intensa.
A ultima conferencia dc Paris saleu por u m a
revelação d o
da Kntcntc, ape/ar dc
unia divergência dc principio», dada como existente entre a França c a Inglaterra c que nas reuniões do Conselho Supremo se transformou n«
mais completa harmonia de sistas. quanto aos
meio* violentos dc forcar a A l l e m a n h a — tu«*
m V f ú ' — a pagar dividas e obrigações por cita
reconhecida». A Tranca sictoriosa n i o se contenta
em sa1»er que os vencidos *e consideram devedores
e se preparam para liquidar seus compromisso»
dentro da medida d c suas próprias força«; quer o
impossível, mc»mo a preço da ruína alienai. ou
talvez essa ruína, a preço do» sentimentos de humanidade e de justiça de que fizera praça no grande e t r a g k o momento das incertezas. A A l l e m a n h a tornou-se merecedora dc castigo» severos, ninguém o de»conhece. c a França
poderia ser t a r a c o m cila talvez inai» rigorosa d o
que fôra a Prússia de 1S71 para com o povo france/. M a * a gloriosa R c p u b t k a foi tiwito além n>
*cu ajuste, e o certo é que o» tempo» j á não comportam altitudes extremada» e odios t i o excessivos. principalmente q u a n d o o» não justificam recusa» impertinentes i satisfação de compromissos
indeclináveis.
Km todo o caso. nada está resolvido ainda de
todo sobre o anniquillamento d o povo a l l e m i o . e
a conferencia marcada para se realisar em Londres discutirá a* objecções do governo de llc r lim a o accordo de Paris. O x a l á presida a toda» as
resoluções desse novo encontro o espirito de justiça hoje tão esquecido e os delegado» allemãc»
n à o voltem da capital b r i t a n n k a senão com a certeza de que a Allemanha n i o será lançada á ruína
irremediável e |»odcrá continuar a ser*ir dc obstáculo a que a desordem reinante n<» oriente erropeu
se esparrame facilmente pelo occideiHc, anncllan*
d o os effeitos da vãctoria de que a Kntcntc tem
D» nrovcito*
querido tirar t i o rxagge
O s bispos da Irlanda, em »ua» pastor ac* da
Quaresma, a c a t a m dc se manifestar solfre a inqualificável situação em que »c encontra o |aiz (
*arrido, de eanto a canto, por horda» de agitadores
armados ou por grupo» d c militares, que. a titulo
de represalias. têm espalhado o terror por toda a
parte, com fuzilamentos e incêndios incessantes.
Xesvas pastorae* é digna de destaque a imparcialidade de jutgamento dc» seu» autores, principalmente porque a qt e s t i o irlandr/a tem alguma
cousa de ligação com o» e>nfictos de crença, nào
sendo outro» os motivo» remoto* d o separatismo feniatso Mas n i o c « * r c esses conflictos rcligk».
sos que os prelados da Verde Krín *e manifestam
e, sim, sobre a ausência absoluta de sentimentos
humanos da parte dos que estio lançando o terror
no paiz — fenianos e representantes da autoridade
da coroa. O s primeiros, agindo á socapa, nas emboscadas terríveis, n&o desenvolvem u m a acção efficiente e não h o n r a m quatidades de soldados de
uin credo, quando as cmtoscadas são o recurso do*
salteadores e n à o de belligérante». O s segundos, iasestindo, dia e noite, em represalia, contra residências particulares e fuzilando, em nome de um direito que ninguém conhece, chefes de família, na
maioria dos casos innocentes de qratquer culpa
contra a ordem c a legalidade, n i o executam ac'os
de defes* da Ici ou dc u m regimen ; exercem, sim
e de uin m o d o brutal, a oppressio cruel, dando u m
c u n h o de legalidade a assassínios revoltantes, praticados por simples suspeitas e sem que a elles preceda o menor exame sobre taes suspeitas ou sobre
a culpabilidade da* victimas. Uns praticam o assassínio, como bandidos, emboscados aqui e a l i ; outros dão forma de legalidade, servindo-se de caminhões militares e de armas que o governo lhes
fornece, aos crimes innominaveis que praticam a
sangue frio. Uns e outros lançam o terror sobre 1
terra irlandeza e mutuamente se castigam, com
represalias incessantes, cmqoanto o governo central, n i o chamando a contas os representantes da
autoridade, a u m tempo incita á revolta os fenianos e francamente consente na vindicta offkialisada, pelo regimen de inexistência dos processos indiciários.
ET sobre esse panto da responsabilidade clara
do governo nos crimes de que a Irlanda está sendo theatro. praticados pelos sinn-feiners ou peles
soldados da coroa, que a maior figura do clero
irlandez. o cardeal Ix»gue. fulmina o governo central, demostrando que o gabinete d e Londres n i o
procura u m a solução justa e pratica, mas. sim.
alimenta o terror, tornando legae*. ou. pelo menos,
justificando as represalias das forças ingleza*.
Kffcctivãmente, a situação n i o indica que Isa» a
propositos conciliatórios da parte da autoridade,
ma» u m a kita dc intransigência. O governo nio
busca soluções que contentem nem adopta leis que
satisfaçam os anccios autonomista* da Irlanda meridional. C o n t a n d o com o apoio de u m a parte populosa d o norte, o Ulster. a coroa se estrita ncs»a
fidelidade, para negar o governo autonomo que.
ante*, o» irlandezes todos lhe haviam solicitado.
Deste modo. foi a autoridade central a creadora
d o separatismo e é agora cila, talvez de m o d o n i o
m u i t o indirecto, a responsa*el pelo horror da* carnificinas praticadas i»ela* hordas republkanas 0.1
pelo» bandos armados dos representantes d o governo.
O cardeal I«ogue. como os demais prelado* irlandezes. n ã o se limitou a verberar o» crime» dvi
terrorismo. Recommendou. em nome de Deu*, e
appel la ndo para os sentimento* religiosos dc todo*,
a n u i » completa serenHade de espirito, para que
cesse a indisciplina de TO*, a politka de repressão
de outros e a teimosia dc todos. K m u m a palavr».
o cardeal e o» bi»pos exigem do* britannico» que
deixem de ser t e i m o s o s . . . K será pos*i*et conseguir tal coisa de J o h n Buli. mesmo quando è o b e n
nome da civilisaçâo d > Kcino U n i d o que se acha
j
>
• • •
Kstá cm gestação uma alliança f r a i K O f O l a c a .
Para cs*c fim. o presidente 'la Polonia. marechal
Pilsudski. e o ministro d o Kxtcrior. principe Sapicha, foram a Pari*, acompanhado* d*» ministro
da Guerra e «le u m a grande comitiva de funccionario*. Kntrc elle* e o chefe d o governo francez
houve varias conferencias, e depois o» jornae» aniiuuciavam os preparativo* de u m a eulfMle offer.siva e defensiva entre as duas Republica*.
L-ma alliança «lesse gênero, em outro* tempo*,
e principalmente entre franeezes e poloneze*. que
possuem TOia me*ma dose de receio*, não de todo
infundados, da visinhança com a Allemanha. seria,
não ha negar, m u i t o j u s t i f k a v c l . Além de**a affinidade de interesse*, sempre hotive entre polaco* e
franeezes u m a corrente dc sympathia m u t u a , que
*c manteve através dos tempos c em todas a* occas»5es, porque a França *empre foi favoravcl â restauração pMoncza.
Por isto e porque o* polaco», no* acontecimentos que se succederam, depois da grande guerra,
seguiram incondicionalmente a politica franccza.
seria u m a alliança militar uma coo sequencia lógica
dos factos. Mas o espirito que predomíou na conferencia da paz n ã o foi outro senão o de combate
á* allianças c aos accordos secretos. O s "reorganisadores d o m u n d o " j u l g a v a m então a» alliança*
o principal elemento preparador das guerras c
combateram-n'as. Ksse ponto de v i s u prevaleceu
na conferencia c teve sua influencia sobre o tratado dc paz. A conferencia, porém, j á lá se foi : o
tratado de pax está produzindo os seus ef feito* dc
oppressio sobre os vencidos, e o que é necessário
é a solta da E u r o p a aos seus velhos hábitos de intrigas politicas. E , como as selha* allianças foram
restaurada*, nada mais .natural que se f i r m e m novos accordos offensivo» e defensivos, pois elles j i
agora se tornam necessários...
Certa imprensa americana deu curso a uma*
noticia*, emprestando-lhe* caracter o f f t e i o ^ , de
que estava imminentc uma guerra entre a Grã-Bretanha c o* Kstados Unidos, e justifkou-as com a
partida do embaixador britannico em W a s h i n g t o n ,
Sir A u c k l a n d Geddes.
Mais do*que toda a imprensa que se preza de
ser moderna, a americana tem cm larga escala o
habito dc exaggero do sensacionalismo, e, mais por
esse exaggero do que pelo amor á serdade. taes
noticias tiveram livre curso, chegando a merecer
u m desmentido o f f k i a l d o governo inglc/
U m a guerra entre o* Kstados U n i d o s e 1
Inglaterra pôde não ser impossível, ma* n i n g u é m
negará que ê d i f f i c i l i m a . pelo menos agora, quand >
n e n h u m paiz se encontra em situação financeira e
cconomica que lhe permitta uma aventura armada
contra <xs Estados Unido*. A Inglaterra não e u m
paiz em situação precaria. ma» encontra »c em condições relativamente difficeis, por ter sustentado,
durante q u a t r o annos. o g r i n d e P«-> da maior
guerra de todos o* tempo*. Q u à s i toda a sua fortuna em o u r o foi drenada para a America d o Norte e com o* Estados Unidos cila tem c o m p r o m u >os sérios, de ordein financeira, que u m a nação
honrada n i o resolve pela sorte da* armas.
U m dos pretextos que dão para a guerra annunciada è justamente um desentendimento quanto ao m o d o de liquidar a Grã-Bretanha aqudlcs
compromisso*. Mas as naçõe* já hoje não se podem
comparar a devedore* re'-apso* CAI a credores imyertinentes que liquidem seu» negoesot engalfinhando^...
_
.
Para que taes U a t o s ti*es*en»
fundamento
inundo houvesse deseino a o ue* •
seria preciso «|U
exemplo maximalista houvesse
calabro o u <r<
f r u t i f k a d o . d a n d o u m novo aspecto * questões -ie
»h_ » n _r a n o -, I*CXOCIO> *IV
.1. i nNi rNr fVwIr W
« I <•M•inutcrciacs
*nU . »
tre os posos. A guerra annunciada é. poc^tn, uma
fantasia : nunca houve outra cou»a a justificai-a srn i o os exaggero* da imprensa a m c n c a n a , porque
afinal. de*mentimlo os l o a t o * corrente*, o l orei »>.
O f f k e , de l ^ofldres.
n d r e * . fe/ w
communicar.
ao » e s m o tem
po. que S i r Auckland Gcddc*
posto cin W a s h i n g t o n . . .
• • •
que n ã o sul«»tilutu
S r . W a r r e n C a n u l [•1 l i a
fez yuUttituir tamat>enas o président
ampla intromissão
« r..1iti<--« tlll
Un
iiropa. *cguida pcl«»
citaria* «la
nas trii
da Univer Udc de Princeton.
illustre
discurso*progranima ejue está
m
\vr<
ÍCÍ com justiça, u m do»
importante» documer H «leste* tempos s o m b r k
sictoria d o eicoisnso.
A parte referente i política
notável oração, tem très J »ont os «;
immenso o* que exigem do* d
mundial affirmaçõe* mais on
oe ja
e inspirada* em propositos cuja
or d « »
guem mais procura di*cutir. O
ocunK « i o s da grande Republica con
to, sua politka internacional e sc
positos politico* no alheiamento alssolulo «lo oue
vae pela Europa, na condemnaçi« > íi U g a da» Naçoes, que elle coemocra um *uj»e r-govemo dos goternos, e na snggestSo mais o u
favor «kis plano* dc desarmameni
tre* pontos valeriam t»or si sõ*
u m gran«lc prog r a m i n a : a d e s ^ e » < c u j o ç ã o pefc
s3»trcs europeu«, o que acabaria por desanimar os
•eu* responsáveis ; o combate á organi.sação actual
d a L i g a das Nações que passaria a ser u m instituto
d e direito, sem imposições armadas e sem exercito® intcrnacionacs, e, por f i m , o desarmamento, que
coroaria a obra pacificadora, tornando-a uma grande r e a l i d a d e . . . material. M a s . . .
. . . mas o desarmamento não é coisa e m que se
possa falar a sério nem m e s m o no discurso inaug u r a l do novo ebefe de uma grande democracia que,
sendo hoje uma das |>otencia* mais formidavelmente bem armada» do globo, se está preparando, o m
um colossal pr««gramnta n a v a l , para ser a mais f e r mida vcimente bem a r m a d a
Desde a primeira C o n f e r e n c i a da P a r . organizada por suggestáo da Rússia, que se ar mas a nos
arsenaes de Petrogado, Kronstadt e P u t ü o f f para
engulir de ura t r a g o o Japão, até aos tempos presentes de guerra*. conciliábulos reformadores, revoluções sociaes c discursos políticos d e inaugurações
de g o v e r n o s , o d e s a r m a m e n t o universal tem sido i
phrase magica, destinada a arrebatar os que ainda
n ã o quizeram conhecer o valor real d a rhetorica. de
que os g r a n d e s o r a d o r e s o »inmummcntc abusam.
O d e s a r m a m e n t o universal,
emfim,
mesmo
c o m a declaração a seu f a v o r d o presidente l l a r d i n g . mesmo sendo d e s e j o u (»ensamento desse
illustre estadista, n ã o será talvez coisa para os
nossos dias o u para o s nossos tempos. P o r cinquanto. el!e f i g u r a entre as g r a n d e s utopias c nessa cond i ç ã o continuará a e x i s t i r , s e n d o talvez pensamento,
podendo ser até d e s e j o «tos estadistas, mas não cheg a n d o a ser uma realidade.
P o r e n q u a n t o , ainda não «c argumentou contra
o abuso d o s a r m a m e n t o s , senão c o n s i d e r a n d o que
clle impõe despezas formidáveis ás g r a n d e s potencias, e emquanto apenas forem invocadas a s razões de o r d e m .financeira, n ã o se rã possível aos
Estados U n i d o s , c o m o u s e m o S r . H a r d i n g sentado á curul presidencial, a r r a n c a r as a r m a s aos
outros ou depor a s próprias a r m a s .
X o cmtanto, nem por prégar uma utopia sem
annunciar que seria o primeiro a d a r o e x e m p l o
e m seu f a v o r , o S r . I l a r d i n g deixou de lançar u m
p r o g r a m m a á altura do estadista de pulso que os
seus |»art ida rios f i z e r a m triuraphar nas u r n a s . O
desarmamento é u m thema q u e j á cansou a humanidade, mas c u j a repetição sempre agrada aos <|uc
se distraem c o m as peças oratorias de f o V g o , principalmente quando se d á dentro de u m p r o g r a m m a
de quasi puro americanismo. E o mérito da o r a ç ã o
d o S r . H a r d i n g está justamente nessa sua preoccupaçáo de resguardar bem os interesse* da A m e r i c a , procurando afastal-a o mais possível dessa politic a g e m incomprehensivel d a E u r o p a , c m que o seu
antecessor tão gostosamente se e n v o l v e u .
Esse isolamento, porém, contrasta c o m os «eus
desejos de ver o m u n d o desarmar-se. C o m o , pois.
poderão os Estados Unidos sugiccrir e fazer triumphar o desarmamento, levantando uma barreira de
descaso entre os político* da A m e r i c a e os d o
V e l h o M u n d o ? Cora os seus propositos de desinteresse pela E u r o p a . . somente uma p o l i t k a complementar seria per feita mente compatível, deante da
falta de sinceridade dc propositos dos grandes Jrudtfi da politica mundial : a de aconselhar os sonhadores das outras naçõc* americanas a que olhem
para o outro lado d o A t l â n t i c o coroo para u m espelho. O l h a n d o - o , os f r a c o s comprchcnderão» JKIÍS,
que. não send:» possível a r r a n c a r aos fortes o direito d a força, d e v e m procurar nas a r m a s a garantia da força d o direito, que tem sido o único
meio de d e f e s a , aliás f r a g i l i m o . d c que o« p o v o s
americanos se tem valido. O s fortes tém feito sempre triumphar a sua vontade, cotno os norte americanos s a l e m , e por a g o r a nenhum delles d e s e j a r á
tornar-se f r a c o . S e n d o assim, o n o v o presidente dos
Estados U n i d o s teria feito muito mais pelos seus
irmãos d o M u n d o N o v o , se lhes gritasse do Cap:tolie de W a s h i n g t o n que se armassem para a paz,
contra as ambições desmedidas dos poderosos.
O O O
A Tribuna, de R o m a . q j a n d o se inauguraram
o s trabalhos d a C o n f e r e n c : a de Londres, publicou
apenas a seguinte noticia:
" O C o n s e l h o S u p r e m o dos A l l i a d o s iniciará
h o j e a sua nona c o n f e r e n c i a , que deve marcar o dia
cm q u e a decima se r e a l i s a r á . "
P u b l i c a n d o esva nota dc tanta ironia, o j o r n a l
roitsano estava ahsoli ta mente certo de que o s l e s d / r j
d a E n t e n t e mais u m a vez iam d e i x a r de resolver
os grave« problemas q u e f o r a m o b j e c t o de discussão na C o n f e r e n c i a de P a r i s .
N ã o f o i assim q u e aconteceu. N a descrença d o
j o r n a l italiano havia um g r a n d e e x a g g e r o . A n t e s
imsitso de se i n a u g u r a r a c o n f e r e n c i a , j á o Concelho S u p r e m o havia dado um lai rumo aos seus planos, que a ninguém mais poderia restar a m e n o r
duvida dc que d a c o n f e r e n c i a sahiria uma resoluç ã o que não seria nem o adiamento dos* t r a t a i bos
nem o estabelecimento de j m a c c o r d o c o m os alie-
mães para a solução, dentro dos interesses d e todos, d a questão «las reparações, d o desarmamento
da g u a r d a - c i s i c a l a v a r a e d o j u l g a m e n t o dos c u l pados d e g u e r r a .
O»' alisados não c u d a r a i n d e preparar o enCònlto d e L o o d r c s , colligindo dados p a r a a discussão do q u e e x i g i a m «1a Allcinanha ou para rebater o s a r g u m e n t o s dos allemães. Elles já conheciam, em suas linhas g e r a e s . o que a d e l e g a ç ã o alie n ü ia propor-lhc» e t r a t a r a m dc p l a n e j a r a s medidas coercitivas cora que d e v e r i a m responder immediatamente a q j a l q u e r palavra d e recusa trazid a de Berlim. E o s resultados j á se conhecera : n o
ultins> encontro entre o S r . Simons. d e l e g a d o g c - manicot c o s primeiros ministros alliados, depois
de uma longa exposição de motivos lida pelo primeiro. Lloyd G e o r g e , presidente da conferencia,
annunciou que no dia seguinte seriam a p p l k a d a s
as penalidades, que constavam ' a p e n a s " d a occupaç á o militar das cidades do districto industrial do
Ruhr — Dusseldorf, Duisburg e R j h r o r t , — da
separação, por meio de uma fronteira aduaneira,
da m a r g e m esquerda d o R h c n o d o resto da A l i e m a n h a : da OCCttpftÇão das a l f a n d e g a s na região
occupada. e , finalmente, do bloqueio dos t>>rto* allemães. Essas penalidades d e s e m v i g o r a r até quando a A l l e m a n h a b a i x a r a cabeça e ceder á vontade imperiosa dos que t o m a r a m o seu logar, d e pois da guerra, na direcção da politica imperalista d a velha E a r o p a i n c u r á v e l .
A attitude dos alliados accendeu o d i «s d e n t i o
d a A l l e m a n h a e provocou o sentimentalismo de
meio mundo entre os que estão bera longe d a f o gueira c u r o p é a . Entretanto, pela parte dos allemaes, não s e j u s t i f i c a uma tal e f f e r v c s c e n c i a , porque elles, c o m o bons europeus, conhecem o s pro-
se possa fazer um j u i z o seguro do q j e resultará
dos violentíssimos combates travados nos arredores d e K r o n s t a d t . nas ruas de P e t r o g r a d o , e m
K r a s n a y a g o r k a e G a t c h i n a . Pôde m e s m o terminar
c o m a victoria dos que mantém ainda a d k t a d u r a
«le Moscou e o mais c e r t o é que concluirá d e i x a n do Lenine o T r o t s k y na d i r e c ç ã o do trabalho d e s organisador do colosso m o s c o v i t a .
S e . pois, esse f ó r o seu desfecho, o levante
de Kronstadt n ã o perderá nada da sua real signif i c a ç ã o e não será a ultima tentativa revolucionaria contra o> detentores do poder na R ú s s i a . A n n:illados pela força os e f f e i t o s , a s causas permanecerão. p r e j a r a n d o os vencidos de a g o r a para uma
nova investida mais tarde, q u a n d o a desgraça d a
Rússia tiver trabalhado mais o espirito d o p o v o
contra os que, proroettendo r e f o r m a s e o bem g e ral, só realisarain a inversão d a ordem íOC«al em
proveito de u m g r u p o privilegiado, que tem dirigi«io
os destinos da n a ç ã o de accordo c o m a s suas ambições de poder e «lentro d o maior espirito dc desordem.
O s t r a t a l h a d o r c s que hontem f i z e r a m a m o narchia cahir j á a g o r a começam a não ter illusões,
deante da miséria q u e o m a x i m a l i s m o n ã o remed i o u e, a n t e s fez c h e g a r a u m g r ã o e x t r e m o , pela
incapacidade administrativa dos que assumiram a
direcção dos ncgocios d o S o v i c t . A miséria, pois,
levou-os para o meio da rua, numa g r e v e e m que
i m p u n h a m aos potentados de Moscou a convocaç ã o da Assembléa Nacional e o estabeleci mento
dc uma R e p e b t k a deroocratica nos moldes d a que
A l e x a n d r e K c r c n s k y pretendera f m d a r quando s t
deu a trahiçáo bolchevista. A resposta d o gabinete
de Lenine f o i a mesma que teriam dado o * o j t r o s
g o v e r n o s autocratas q u e a Rússia infelizmente sempre p o s s u i u : uma horda de cossacos v a r r e n d o as
ruas a knut e a patas d e c a v a l l o , c o m a cooperação
«las metralhadoras d a i n f a n t a r i a e do» canhões d o s
a r t i l h e i r o s . . . J o r r o u o sangue coroo nos bons tempo* da roo narchia absoluta, e o t soldados vermelhos do sovict substituíram p e r f e i t a m e n t e a p o l s c u
feroz do s a n g j i n a r i o T r e p o f f . . .
V e n c e r a m os reaccionários ? V e n c e r a m o s que
já a g o r a f a l a m na manutenção da o r d e m ou na
repressão da desordem ? P o u c o impo n a sabel-o. A
nova g u e r r a entre os eternos espoliados e os que
o s ludibriam apenas está c o m e ç a d a . As' victorias
parciaes e o s revezes momentâneos são meros incidentes, sem g r a n d e s i g n i f i c a ç ã o numa luta que
tem por causa o descontentamento que se v a e alastrando por toda a imroenridadc da Rússia. K r o n stad revoltada «leu o primeiro g r i t o de g u e r r a . E s s e
g r i t o ecoará pelo paiz inteiro, levantando e m armas
os que a fome e a miséria conseguiram desilludir.
OOO
sa.
KDCARDO DATO. CMKTX DO OASIXCTK N B P A X M(>&*
ASSASSINADO R I U M AS* ARCLL L»TA», KM MADaiD.
cessos tortuosos dos politicos d o V e l h o M u n d o .
Q u a n d o o s resultados da g u e r r a não e r a m mais
do que incertos, quando os dois grupos lelügcrantes temiam uma derrota no c a m p o da luta, faziase, cá f ó r a . a conquista d a s sympathias. promettend o a independeneu dc todos os p o v o s escravos, a
restauração da Polonia, o império do principio das
raça«, a Victoria d o direito das gentes e, finalmente. a paz honrosa, sem a n n e x a ç õ e s nem indemnisações. A s promessas, por parte dos dois g r u pos e r a m tão semelhantes, que só se deveria esperar pela terminação da guerra, para g o s a r as
delicias de u m muneta novo, g o v e r n a d o por novos
processos c pelo espírito a h r u i s t k o dos g r a n d e *
homens de E s t a d o .
C e s s a d a s as hostilidades lia tres a n n o f , ainda
n ã o conseguiu a Europa recobrar o seu JOCCJ,^,
nem poude appeUar para o cumprimento d o q u e
lhe f ó r a promettido no momento d i f f i c i l d a s inc c r i c z a s . A f o m e sarre-a de lado a l a d o . A miséria d o p o v o a g g r a v a - s e , envolvendo vencidos c
vencedores nas mesmas ameaças somlieias.
E,
entretanto, os odios predominam e a ambição c a m pea. P a r a pòr um termo a essa situação de desespero parece que l a s t a v a apenas, da boa vontade
dos estadista*, que a falta de sinceridade d o s vencidos desapparecesse e a voracidade dos vencedores tive»se u m paradeiro. Mas isto, que parece tão
pouco, é o que tem regido a Europa desde ha tres
annos, e , quando se esperava estivessem cansados
os principac» responsáveis ptla actoal
situação,
realisa-se a c o n f e r e n c i a de l.oodres, mostrando que
os allemães são os mesmos de i g i j e q u e o s alliadov continuam a ser o que sempre f o r a m c m
todos o s t e m p o s . . .
O O O
N ã o se pôde dizer que v a e triumphar a revol u ç ã o que a esta hora ainda se acha e m pleno dese n v o l v i m e n t o na Rússia maximalista.
A s noticias
do movimento são muito dcscncontradas, p a r a que
O s radicacs. apezar dos revezes que c o m e ç a m
a e x p e r i m e n t a r na Rússia, acabam de abater em
M a d r i d o c h e f e d o gabinete hespanhol. S r . E d u a r d o Dato. uma das f i g u r a s mais em destaque no
scenario d a politica curopéa e talvez o politico dc
m a i o r i n f l r c n c t a no reino da H c s p a n h a .
A morte d o S r . Dato. é claro, tem c o m o causa
directa a sua attitude e n e r g k a deante d e u m do»
*Iiimos
p f c n o a a g i t a t o r e s do sy-ndjcalismo. nos
centros onde a semente tem sido semeada e m boa
terra. Mas. por u m p a r a d o x o d i g n o de destaque,
teve também, indirectamente, c o m o um d o s seus
motivos o f a c t o do c h e f e do gabinete ser um dos
politicos mais sympathisado*. pelas suas sinceras
inclinações lit>craes. E n t r e os seus adversarios, elle
n ã o era c o n s i d e r a d o c o m o inimigo, m a s simplesmente coroo adver*arâ> e g r a ç a s á sua largueza
d e vistas em matéria politica, todos os a g g r u p a mentos. e x c e p t u a d o s o s r a d i c a e s de d i f f e r e n t e s
modalidades, vinham mantendo entre si intuitos de
cordialidade, em b e n e f i c i o g e r a l d o p a i z .
Essas altitudes, que f a z e m d e ura politico, senão senhor de todas as vontades, o que seria e x a Kgerado, m a s capaz de c h a m a r a ai todas a t sympathias populares, o que j á é muito e pôde ser tudo,
f e l - o tainhcin t o r n a r - s e t e m i d » pelos Uaétrs
da
agitação sjndicalista, que consideravam
a
sua
acção um obstáculo quasi invencível á realisação
dos seus desígnio* s e c r e t o s .
O ultimo movimento paredista na Hcspanha
f o r ç o s a m e n t e deu *•>* ra«licaes
a
certeza desse
obstáculo, deante do m o d o por que a opinião d o
paiz rcceheu a f i r m e e d e c i d i a attitude d o chef e do g o v e r n o . E nasceu para elles a necessidade
da eliminação d > estadista, p a r a a victoria, p e l i
força, d a s utopia* da minoria.
O S r . D a t o sabia do Parlamento, q u a n d o os
delegados da c a m o r r a syndicalista o abateram a
tiros. O s funeraes j á i»as»aram c o g o v e r n o hespan h o l tem n o v o c h e f e no S r . M a r r a . A administração. portanto, n ã o s o f f r e u solução d e continuidade. A Hespanha perdeu, porém um dos liberaes
de mai» descortino e u m dos mais dedicado* dos
seu* s e r v i d o r e s . E o s radicaes ? . . . E s s e s c o m m e t t e r a m mai* um c r i m e : l u c r a r a m . . .
produetov foi demonstrada pelo Màiistcrio dos CorA D A ha que possa mais inreios dos Kstados Unido» e as seguintes lifluir na economia dc a n u
nhas sáo c*»nclude*itcs'. A ' s 6 horas «La mar há
raçáo, d o que os meio* dc
ile certo dia earregou-ce u m auto-caminhio
transporte: »em cscoamoiem Lanca st er, IVnsylvatfia. com 1&000 ovos
to (»ara os seu» produetov,
em engradados, c 1.000 pintainhos dc 1 dia de
sem meios de poder fazer
idade, p a r t i d o para a cidade de Nova Y o r k .
a *ua troca por ouro estrangeiro ou
mesmo por outros produc:os de que teia a percorrer era de
kilomcnha necessidade e r i o possua, •'.u&ca
tros). N a mesma occasiio foi despoderá cila progredir.
pachado u m carregamento semelhante para o mesmo consignatáK m fftc» dias tivemos occasiio de
rio, porém pela e r r a d a d c ferro.
ler uma queixa vinda d o Pará, acerca
O auto-camàihio levou u horas
dos prejuízos que ameaça* am o coma chegar ao seu destino, cheganmercio daquelle Estado, por falta de
d o mortos 4 pintainhos e 9 ovos
transporte para u m a enorme quantidaquebrados, a o ser entregue a carde de milho, o qual, no emtanto. é tenga ao seu con*tgnatario. O carredido aqui por bom preço.
ela estrada
gamento despacha •lo pela
Sem medo de errarmos, poderemos
de ferro levou Q U A T R O D I A S a
asseverar que é, e será ainda por muichegar, alétn de 1 dia perdido com
to tempo o transporte, o factor prepono aviso ao ccmignatario, «la chegaderante da economia de uma naçio.
da d o carregamento; este teve ainJ á houve quem proclamasse que
r.KVIAXDO UMA r.NCOMMKNPA fULO SCBWÇO 0* TlAN*lt»YK CM AVTO-CAMIXHÃO
da de m a n d a r o seu auto-caminháo
50 * ' dos gêneros d c consumo se perbuscar a mercadoria na estaçáo.
de por falta de condueção para os' mer—
Q o n n d o a carga chegou i porta do seu dono estavam quebrados milhares de
ca do*. Sendo o assumpto t i o suggestivo e de grande interesse, achamo» dc
ovos' e morta metade dos pintainhos.
.
utilidade trazer para estas linhas os seguintes dados curiosos e de pratico enA l é m da presteza com que a mercadoria chega ao seu destino, q u a n d o
sinamento :
transportada pelos auto-eanTiihàe*, existe o barateamento no frete, que n i o
Para o escoamento das sua* mercadorias dispAcm. era geral, os povos de
deixa de ser uma grande vantagem. Existem actualmente r o s h*tado< Unidos
quatro meios: o transporte em costas de animar», o qual se faz por qualquer
mais de 600 linhas de auto-eamVibôes e*pa1hadas pelo seu t e r n t o n o , a benefiestrada, que é, porém, m u i t o lento; ou o trar.*porte em carros, carroças puxaciarem a tiacio. Existem varia* companhias que exploram esse meio «le transdas a boi ou solipedes; O transporte fluvial OJ m a r í t i m o ; finalmente, o transporte e entre cilas vem ao caso citarmos a seguinte: a I f i g t m a y Motor Transporte por \*ia* férreas.
port C a , de Cleveland, O h i o . que tem u m funccionamento uma esquadrilha
A s maiores esperanças foram depositada* r.as estradas de ferro, e n i o
nWXSIWTt
K
CATO KM ALTO-CAMIX HÃO
faltou n a ç i o que, em troca de grandes sacrifícios, n i o se empenhasse na sua
c c n s t r j c ç i o ; todavia cilas n i o corresponderam ás esperanças de todos.
Trata-se pois dc procurar u m methodo novo e scic»itifico dc conduzir os
produeto» para o mercado, e que resolva, de vez, o magno problema.
Acreditamos qoe o americano do norte resolveu a materia com o autoc a m i n h i o , tendo j á lançado 600000 cm circulacio no seu paiz.
Com o auto-eaminhio obtese. além d o barateamento do transporte, a sua
ftimpjificaçio, porque o tchicuto vac receber a carga na propriedade agrícola
e a entregar r o mercado, e vice-versa, a o passo que com as estradas de ferro
o mesmo n i o succede.
TABA AS
(AKJirCAXnO o CAMINHÃO NA rAZÍX&A
rAZCXDAS
de 10 a u t o < a m à i h £ c s de 6 toreladas cada um. N a primavera passa-la a companhia tealitou u m a receita considerável com o transporte de legumes de estufa. c mais tarde, com fruetos e legumes da estaçáo. O s seus carros transportavam x»ooo engradado» de togas, J5000 cestas de tomates, JOOCO de maças,
pcccgo* e feijão- Nos mezes de outono, na época das uva», transportaram
K4000 cestas dessa frueta. n u m percurso médio de 37 «I* milhas 0 « 60 kilometros, e na taxa media de 7 dollars por tonelada.
Existem muitos outros exemplos que poderíamos citar. Bastam porem os
enumerado», c trabalhemos para seguir e aproveitar t i o demonstrativo
conselho.
R i o — J — 1031.
l)H.
JOÃO
MONIZ
H. DE
O ÍX«CESSO A CAVALLO CNCONTtA O A VTO-CAM1N M ÃO
AHAGAO
«CCOLHUÍPO o m o o t s ro x i c t a u o 10 ros t o ot
raooicçÂo
c & à q S S & a g á i a ?
T . « A o cume d u m cerro n ú . d o m i r u n d o os valle»,
IN
rrguiain-se at grossa» muralhas de J c t a \ salzim, capital dos Jcbuscus, inexpugnável
. J
e altiva, encerrando a sua fonte perenne
de G i h o n , que hoje se chama a Fonte da Virgem.
0 monte fortificado e povoado de Sion desafiava
a cobiça dos' hebreus, que cmprehendíam vagarosamente a conquista difficil da Palestina. Saul deixara varia» veies a cidade de Gahaa e impedira
os seus soldados até á base dos muros desafiadores; mas a falta de recursos c de machinas d.guerra o forçava a não começar o assédio.
Porém o talento politico e e»tratcgko de David. q u a n d o guiou a nação dos Bcni-lsracl. comprehendeu quanto representaria para o futuro de
seu povo e para o inteiro domtnio da região a
posse da fortificação jcbu»ita. S u a obra era a continuação da obra do» suffetas ou juizes, unir a
nação, apagar as rivalidades, ter sempre sob a m i o
E f r a i m e J u d á . e tirar d o seio d o povo de Jacoo
todos os espinhos dolorosos. Desses o maior era
aqucllc constante, impertinente desdém da forte
Salim, * log ar de segurança", povoação destsvada
a cent rali «ar o governo real e a s>mbolisar a homogeneidade da raça de laveh. D i * Renan que foi
David quem creoa Jerusalém, quem fez da capital israelita o polo magnético do amor e da poesia
religiosa do mundo.
O s grandes doutores da Kgrcja a r r a n j a r a m
etyinologia» mystica» e symbolicas para esse r o w
1 «elo de Jebusalaim — fortaleza dos Jebuseus.
S ã o Jcrcsiymo divide deste m o d o : Jcbu, Salem e
Jerusalem. J e b u quer dizer "calcada aos p é s " , salem significa " paz " e a combinação adulterada dos
dor*. Jerusalém, traduz-sc j»or " vi»ão de p a z " . A
divisão ternaria represeota a Saniisrima Trindade
e a explicação da origem da palavra é àiteiramentc
mystica : *ò depoi» de calcada ao» pés, de humilhada. a gente se pôde elevar até á paz. P a r a o me»li»* santo. A d i o vivera os últimos an*x>t de sua
vida e morrera n e c u atucu»ta cidade, sendo sepultado n a collina d o Cal vario, de m a eira que o
logar onde se enterrara o h o m e m que commcttcra
o primeiro receado vira o sacrifício d o " I»ornem "
que viera resgatar todos os pcccados. Santo Agostinho apoia a mesma ctymologia. A designação
Hicrosol>ma. de puro salior grego, é e m a crea;ão
n>mana. Kl la apparecc a primeira vez n o discurso
de Cicero — " A d A t t i c u s " .
O livro bíblico de Samuel diz que os Jebuseu»,
quando souh.-ram que David se propunha a cxpulsal-o» daquclle n m b > de águia, riram c juraram,
por chacota, defen<ler os talrartc» com uma guar
nição de cegos e de aleijados. I>avid. jiorém.
copio« a» machinas de arremeço dos assyrios c l>abylònios. m e t r e s na Poliocertica. r e t r i u »ua melhor gente de guerra e marchou contra Jerusalem.
O s mcrcoiario» de Creta e da Caria, o» "gihhor i m " cotiertos de escama» ile ouro, o s ftmdibularios da Iduméa. «ss frecheiros d o M o a b po^etraram
de roldão na cidade baixa, saqueando, violando,
chacinando. A s hetepoles alev antaram-sc a o pé dos
bastiões, os arietes later am as pedras dos contrafortes e as portas chapeadas de bronze, as lalista»
despejaram os seus virotõe* envenenados e, a» sim.
o cerco começou. F o i t o n o e cheio «le tropeços. U m
dia, iso emta .to, as lanças hehrakas arrancaram
os luvcze» de metal das ameia», o» croque» puxar a m e d e r r u l a n i m os parapeito», o vae-vem desmantelou a cortina, as lirccha» se a b r i r a m e o
«ar»aia Joab, á f r o te da» tropas de cscól. penet r o j na adadclla. Pela prinseira vez Jerusalém foi
tomada.
Depoi» que Salomão a ornou e engrandeceu,
Seshonq, o p h a r a ó que acolhera a* queixas e as
pessoa* de Hadad o Idtimeu e de Jcrobaio. aproveitou as dissoiçúes de Israel, invadiu a Palestina
e d e r r a m o u sobre Sion os seus bárbaros guerreiros char<Una* c chiitas, coin a» suas catalíticas
riscadas de azul e branco, os braços tatuados e os
escudos de vime. A cavalhada d o exercito cgypcio
seccoa a corrente limpada d o Cedron e a »olda«iesea feroz rompeu as fortificações, correu pelas
ruas até o templo, pilhou as riquezas e levou as
mulheres captiva*. Pela segunda vez Jerusalém
cahiu em mãov inimiga». .
O livro dos Re's a f f i r m a , tristemente : * a
cólera de laveh se accendeu contra Israel e o entregou á% mãos de Khazacl. rei da Syria, c á» de
Ben-Hadad, filho de Khazael". E* que o déspota
syriaco ameaçara a capital bíblica e i ó se retirara,
assolando campos e herdades, após ter recebido
todo o ouro qae o rei J e h u , impotente e medroso,
lhe poude enviar, embora reduzisse o povo á miséria. C o m t u d o , se a cidade escapou dessa "razzia
não teve a mesma sorte deante das tropas
cruéis' de Nabucodonosor, o soberano que furava
com a propria lança os olhos dos prisioneiros.
Nem o soccorro da cas aliaria ligeira do pharaó
Apries, que tentou u m a diversão, a poude salvar.
A fome, o escorbuto, as dispjtas intestinas não impediram que a rcsi«tencia se prolongasse durante
dezoito inacabaveis mezes. no fim dos «fliacs os
labylonios coifado» de mitras pelludas, brandindo
lanças curtas e gládios espatulados, penetraram pel a i brechas* aos gritos de furor e aos berros enthjsiasticot de vktoria. A s gentes foram levadas
para o captiveiro e Jcru»além contou a tua terceira queda.
J á sob as patas da loba romana, dominada a
quarta vez, u m a sedição sectarista, politico-religiosa. agitou-a ruidosamente. Correu sangue nas
ruas. A s legiões de T i t o puzeram-lhe cerca Cahiu pela quinta vez. O fogo ateado pelos soldados,
cujas cãligas ferradas batiam
na» pedra» dos
adros tristes, queimou a de Bczctha a o Hcbron.
As chammas alanccavam o céo enfumaçado e rebrilhavam. faulhando, nas ponta* da* soliferreas
e na haste dos piluns. E A d r i a n o acabou de arrazal-a mais tarde : a sexta queda. .
De A d r i a n o a Constantino medearam cento e
vinte annos. Durante todo e«»e tempo u n u estatua de Jupiter, no alto d u m a collina. dominou a ;
rumas da capital de David. IVpois, u m schah persa, u m hctcriarcha bysantmo. u m califa arabe, um
padischah ottomano e u m sultão seldj acida toroaram-n'a
e retomaram-n'a pela sétima, oitava,
nona, deci ma e onzena vezes Î
O movimento assombroso «lo Occidente contra o Oriente, a reacção *cint : llantc de armas, de
interesses e de idealismo que se chamou a* Cruzadas, trouxe de novo hostes guerreiras contra a
fortaleza de Sion. renascida da» próprias cinza».
E m f i m , uma m a n h ã , o exercito dos cruzados, dizimado pela» pestes, a fome. os cercos de Nicéa
e de Antiochia. o eterno combater contra os almcgavares infiéis, as batalhas com o sultão da Pérsia, cahiu de joelhos nas alturas de E m m a u s . Dali
avistava o risco prateado do Jordão, as oliveiras
a c i d e n t a d a s de Gethscmani. o* minaretes de Jerusalém ! G o d o f r e d o de B o j i l k m . o bispo de Mon«cil. Tancredo, Montaigu, Saint Vallier erguem o*
braços n u m a exclamação, que os cavallciro*, os
besteiros de a pé e os fundei ros repetem, per signando-sc : " D e u s o quer Ï I>eus o q u e r ! "
n a d a dos Jebuveus. J á lã se iam sete séculos que
o turco a dominava, quando as inesperadas acçõcs
da Guerra Mur.dial em que a* força* viva* do
m u n d o *c consumiram levaram novamente até ás
planícies núas da Palestina um exercito christão.
N i n g u é m poude dominar sua emoção ao ler a noticia de que as troças britannicas d o general Allenby, relembrando os feito* de R k a r d o Coração
de Leáo^ chegaram triumphalmente a Jerusalém,
atravessando com a* bandeiras da cruz de S ã o
Jorge e da cruz de Santo A n d r é , desfraldadas, a
Porta de O u r o e as rua» seculare* ! E a força espiritual d o n o m e «la antiga Salaim é tão grande
que logo o vulto branco d o Papa se levantou e
ameaçou com a c x c o m m u n h á o qualquer nação que
tivesse a ousadia de disputar á Inglaterra, n ã o catholica, ma* christã, a posse da lendaria conquista
por que tantas gerações européas suspiraram e se
bateram.
O ' Jerusalém, quão vario e interessante tem
sido o teu d e s t i n o ! Nunca # os chefes jebusitas
que alicerçaram na rocha o* teu* grossos m u r o *
pensaram no futuro glorioso, dolorido e admiravel que te era reservado. E m q u a n t o a» grandes
metropolee religiosas do universo murcharam e
morreram como pérola* envelhecidas, atravessaste
os séculos sempre de»graçada, porém sempre viva
e sempre aureolada. Déste a m u n d o u m a religião
que dura ha mais de mil e novecentos annos !
Õ u i z o grande successor de Saul fazer-te D a ú d . a
cidade de D a v i d : quiz Adriano transformar-te em
Elia Capitolina; no emtarXo resististe sempre ao
apagamento desse» pseudonymos e sempre ficaste
^etii-salain, * o logar de segurança". A historia
j a m a i s ratificou as outras denominações com que
foste haptisada e por isto, de ti. d U D k u l a f o v
que, em vez da cidade de um h o m e m , és a patria
das almas e a capital do pensamento religioso
Jerusalém, que lapidas os prophetas e crucifica* os que te querem salvar, talvez j á tenhas terminado o teu longo castigo ! Quatorze vezes homens de estranhas raças e de estranhas linguas
pisaram triumphantes o teu solo. Quatorze vezes,
dizem o* retábulos das igreja». Jesus parou nas
tua» rua* a c a m i r h o d o »upplicio, muitas delias
cahindo exhausto. Q u e m sab? se a e*sas quatorze
dores n ã o correspondem tua* quatorze quéda» ?
X
X
X
O sol derrama luz sobre as terras vastas e
mias, a cidade branca, a* oriflammas, as lança»',
os arnezes de »òlhas, os caparazõcs mctallkos das
mcMiadas christás. O exercito desce a rampa do
m u r o de E m m a ú s e investe a cidade santa. Vinte
uni cruzados encerram cin rede de aço se»»enta
mil turces ! As mangarella* de fog.» dos sitiados'
queimam os escorpiões e as lsalistas; mas a torre
<k- madeira de Godofredo de Bouillon encosta-se
á muralha e os occidentaes entram na praça. A
m>vva esmagadora da turcalhada numerosa envolve-os ? atufa-os sob os alfange» que reluzem e se
avermelham. Porém no H o r t o das O l i v e r a * u n f
cavallciro coberto com u m brial branco apparecc
de repente, c»picaçando u m cavallo branco. U m
longo grito se eleva dentre os combatente» christão- : — " S ã o Jorge ! S ã o Jorge ! " E Everardo
Ar Puvsaic accorrc Com reforço, a j u d a n d o a tomar Jerusalém. E* a duodécima capitulação.
Kra uma sexta-feira c justamente na hora cm
que o< Evangelho» dizem que Jesus expirava. Ma»
essa lembrança religiosa n ã o d i m i n u i u a raiva selvagem do* vencedores que o *mg<» »itio exasperara. O chrouista R a y m u n d o d*Agita c o U a que o
sar-gue das victimas degoladas á porta da» mesquita» chegava a o pci:o do- cavallos ? Nem o
exemplo de Godofredo de Bouillon, descalço e desarmado, rezando de joelhos em frente a o Santo
Scpulehro, conseguiu que cessassem a mata-vça e
pilhagem durante dez dias !
A n * H mal* tarde. Saladino. a o f i m de doze
dia» de combate, apoderou-se d e Jerusalém, derrotando r s christã
enfraquecidos e pela d e c i m i
terceira vez d e r r o t a n d o a velha cidade predesti-
rCXMTIVO
vi AR si car M! notifia.* JL'NIO».
M â / áe o e
cJ
\o
J M seguida ao incidente l i o doloroso i>nra o velho mestre
custou a |icn!a dc alguns dentes a um calouro, muito guloso
vciu a reacção. As lagrimas. provoca<las pela irreverenc intromettido. N ã o havia caixa de tinta* em que elle não mexesse,
cia «Ia rapaziada, puzeram termo ás trocas, continuando
nem modelos dc natureza morta (frutos, etc.) que cllc nâo coa au a
íH ~ ^
'
debaixo dc uma impressão de tristeza. O i promesse. . . Coitado, andava a t r a z a d o . . .
H R B Q
vocadores de tão grotesca brincadeira nunca poderiam
Certo dia. os co!legas do comilão arranjaram com os rapazes da
calcular ejuc a sensibilidade d o bondoso mestre se .sen*ula de csculptura uns suspiros dc gesso, bem feitos e ôcos, jxara
tisse tão profundamente íeri<la. Dos professores daque não ficassem pesados. l>ejK>is. arrumaram um canto pittoresco,
quclle tcmjx>. fora <lc qualquer contestação,
onde os suspiros ficaram liem á vista. Deram
era o barão Homem de Mello um «los melhoinicio ao trabalho com a maior calma deste
res corações e o mais (Ilustrado. A * questões
mundo. N o espirito dc X . ficou logo estabede Arte. elle as conhecia com segurança. O
lecido que daria c a l » das guloseimas: disfarseu sentimento attingia o exaggero cm uma
çou. como hábil comediante, deixou-se ficar
insignificante representação. U m a figurinha
por ultimo e, zás! trincou um dos suspiros
recortada de um jornal era motivo j a r a que
com valentia... Nisso, a rapaziada, que espreitava. ajvparccc rea s u a emotivipentinamente. apad a d e vibrasse
nhando cm f I a profundamente.
grante o p o b r e
Espirito dc escoitado, q u e sc
theta, não obmaldizia c lasti •
stante a idade
inava |>cla perda
avan ça dissinn.
i!os d e n t e s . . .
Através «lo seu
cn car qui lhado
Precisamente
n x T A o o ruis " E A F I X
' LUCIO
AKTLLCFT
semblante o cnn e s s a cpoca saTIMOTlItX1, ZM I906.
thusiasmo j>ch
cudia a E s c o l a
£2
m
vida e pela natureza era encantador.
K m todas as troças <los rapazes, passado o primeiro instante, encontrava
motivo jttra uma prosa, que deixava
transparecer a bondade e a cultura.
Dono dc uma memoria prodigiosa,
prendia com as suas narrações dc viagens. C) Kgypto representava o ponto
'.sensível <lo velho mestre, g u a n d o as
aulas rccahiam sobre os princijKics episodio* do antigo povo, era um gos?
ver como se transformava a physionomia <lo liarão. Entrava j>c!a hora regimental. Ü C I K I O preciso que o guarda lhe
chamasse a attci>ção.
Q u a n d o um estudante entrava cm
exame de historia da Arte, e o J K M U O
sorteado era completamente estranho
CAVALLR.ITO. IWMW aos :»cus conhecimentos, logo se agar;
ACTUAL si KXTT; L M r a v a ^ COnK> taboa dc salvação, ao Kgypto. c estava salvo. O s ollvos d o velho
mestre brilliavam dc satisfaço. os seu» collcgas <lc banca comprchcndiam a manobra do examinando, fingiam que não jierccbiam. deixando cjite o collcga preenchesse a hora destinada ao estudante para responder sobre o j>onto sorteado. O
resultado da esperteza era uma
simplesmente m u i t o ordinaria .
mas que, cm todo o caso. servil
para mandar o coita:!o ao anno seguinte.
Curioso era ver-se a zanga do
saudoso I)r. A r a u j o Vianna. quando
o barão Homem dc Mello a cllc s:
dirigi.*!. Nunca o tratava i>clo próprio
nome, e sim de venerando eollegc1
Kra fatal, que, antes de iniciar as
suas aulas de Mythologia. commcitasse o Dr. A r a u j o Vianna tal tratamento, e isso cllc o fazia com
revolta m a l disfarçada. E ' que
ambos queriam ser jovens, embora
j á tivessem ]»assado da casa dos
sessenta...
Nesse mesmo anno. muito*
episodio* interessante» sc lassaram entre os professores e alumnos.
Kntre elle*. tivemos um que
uma questão dc rivalidade, que perturbou seriamente os ânimos dos estudantes. Havia na Escola duas cspccics de
aluninos. os matriculados c os livres: os
matriculados eram os que tinham preparatórios feitos no Pedro II c os livre*
os que faziam apenas um j>cqucno exam e na Secretaria da Escola: os primeiros accusavam os segundo* dc serem
igiK>rantcs e dc frequentarem as atilas
»ASCICTA DA COSTA, O V A N X O
X O M K A X O R S C F R C A HA
jx>r favor. Dahi a grande discórdia que
COLA PU HLI.USS AKTTS.
jierturbou o andamento dos estudos e d 1
boa camaradagem existentes. Dias dc|x>is desses incidentes, cominemorava-se a n;orte de Floriano, e a K «cola fôra convidada a comparecer, ten<Io a rcs|>ectiva commissão jxwto ã disposição dos alumnos um landau. Muito se discutiu quacs os que deveriam represental-a, surgindo novaimnte a questão anterior. Uns diziam que o>
alu mnos livre» não podiam comparecer cm caracter representativo,
outros que podiam. Km fim, houve tal barulho que foi preciso a
nomeação de um arbitro, sendo escolhido o velho Zeferino da Costa, professor dc modelo vivo. Foi cllc de jarcccr que os alumnos livres deviam ter representação, pois, como os matriculado*, também
pagavam matricula.
Termine ':> o incidente
foi eleita uma contmissâo dc cinco membro«. sendo dous alumnos livres e
%res matriculados. C o m o prova dc
consideração foi o estandarte d i
Kscola confiado a um dos alumno»
livres, que, muito conscio do papei
que representava, comjareccu no
dia designado |>ar;t a commemoração com a melhor roupa c cabclloí
mais ou menos |>cntcados. Formado o préstito, no antigo largo da
Mãe d o Bis]>o, seguiram
todo<
rumo vio ccmitcrk) dc S. Joào Haptista, c. uma vez ali chegados, saltaram e caminharam a |>c ate o tumulo do grande brazileiro. ()s discursos faiscavam mais cKs que o
sol ardente cm cima dos mármores
dos mausolcos: muito enthusiasmo,
muito |)dtriotismo c frcnetkos applausos ao orador, general Gomes
dc Castro, então major.
(Continua
INFANCIA
ML
OarilKL', QL'AT«0 * nt-CAUO BZVILACOVA. f*L MIADO COM MUPALHA DC rtATA, KM I906.
no proximo
A.
numero.)
MATTOS.
c o l h e n d o , p r o c u r a nil«». m A r m r a t r q u a n d o c i i l r t f i e
MO» b r i n q u e d o s r «un j o g o s .
V t r l f l c i m * « « , «i*õs.
c o m c
o medo.
s e n t i m e n t o I n t r o d u i l d o peta e d u c a ç ã o . c o m conto« fa n ta ut k o » . <le f a d a s f a l a « « e g e n l o j m ã o « ,
o a o q u a l m u l t o ao l l g s a «lucolAo do« pesadelos,
dc que falarei mala lard*.
Sali«--•«' r < r r n i oa objecto» d r Ira. do u t i i f a ç ã o . d o t e m o r . o » | M i m de m a n I f e u l a r 110 hom e m m u d a n ç a « c a r a e t e r U t l c a s . o d e t e r m i n a r . proc l w m t n u . o f u n d o da c o m m o t i o .
I»c»enh»m-se a l t e r a ç õ e s v a r i a s na phyalonom i a . naa a t t i t u d e « ». dr m a n e i r a Intensa. Irromp e m p e r t u r b a ç õ e s da r e s p i r a ç ã o . d a c i r c u l a ç ã o o
de ou i r a » funeçõe» o r g a n i c * » .
A p a r t i r d a Idade d » lr#» a n n o » . e»aa a u r o r a
d o p e n s a m e n t o exterlorisa-se por p e r g u n t a s Jnt . r mináveis. ^ V
c u r i o s i d a d e crescente. p a r a
o
que. m a l t a s vexes. em p e q u e n o « m a l » I n t e l l l g e n te*, c o m h e r a n ç a nervo»*, v l m v n o i e m b a r a ç a d o a
n e n c o n t r a r a reapectlva reap««» ta.
•T q u e a» s y s t e m a t l s a ç ô e s em e v o l u ç ã o d a
m e n t a l i d a d e I n f a n t i l p r o c u r a m , apena». p a r t i c u l a ridades.
M o m e n t o dccl»ivo d a s c q u l s l ç ã o daa
Idlas.
nelle. r i g o r o s a m e n t e . devo eutrlhur-ae o educador,
c o m p e r í c i a e s o l i c i t u d e . p a r a q u e nAo v o j s de«m»ronar-se. n u m M o m e n t o , o e d i f í c i o c o n s t r u í d o
peia « u a v o n t a d e . K I n d a g a m d a a c o u » a » o» nome». a» p r o p r i e d a d e » . sua« r a u u a o effoltoa. K
« c c e i t a m . depola. « i»rlmolra e x p l k a ç ã o que I h . »
d.imo» doa nbjectoa, d a » (»«atoa», daa p s l n v r s « . . .
K como que. l o g i c a m e n t e . r e a p o n d e m . do caracter. As vexe», I m p r e s s i o n a n t e .
l e m b r o - m e m u l t o b e m de u m a n o i t e o m que.
c o n v e r s a n d o c o m l l l n s t r a d o c o l l e g a e p r .fea»«.r
il
n o n a F a c u l d a d e . r m seu g a b i n e t e . pOf
e n t r a . I n o p i n a d a m e n t e , « u a f i l h i n h a que.
IMH
época, c o n t a v a 3 a n n o a o melo d e blade, o I n d o
d i r e i t o a o pae. a t l r a - l h e a I n t e r r o g a ç ã o
"Papar,
o q u e c « i n f i n i t o ?* Comprehende-ae o a s s o m b r o
q u a s i em q u e nos deixou t a l I n q u i r i ç ã o ! I f » o u r o u
o pao t e r m o a » I m p i e » , s i n g e l o * , c a p a « « « de def I n i r - l h e a t r a n s c e n d e n t a l p e r g u n-t a , o r e m a t o u ;
• K * u m a cousa q u e n l o tem f i m .
A c c e l l o u » fll h a a d e f l n l ç A o o c o n c l u i u : ' P o l i o « q u e r o o papae como daqui ao I n f i n i t o ! * . . .
I»e u m a o u t r a ael q u e . c o m 3 a n n o « de Idade,
ln«á«tontemento. I n d a g a v a de q u e m era o busto,
c o l l o c a d o om c i m a de u m a e s c r i v a n i n h a
Kxpllc a r a m - l h e : " K " de I>»nte. u m g r a n d e p o e t a . " Iteteve a resposta, o. u m d i a . e n c o n t r a r a m - n ' a n
(•Ar p a p e l « de c a r t a » n a f r e n t e d o I m m o r t a l obreir o da ' D i v i n a C o m e d i a " . - O q u e e»tã» faxendo ?"
K e l l n replicou : " K a t n v a escrevendo c a r t a p r ' o
l i a n t e . . . " C h e g a , depola. u m a m i g o d a cas» o
d i x e m . l h e q u e era u m poeta. K olla. Iminedlatam e n t o . I n d a g a : " K n t A o esto q u e * o I h a n t e ? " . . .
Fernande« Figueira relata o seguinte facto :
" K n t r e ;«» I n t e r r o g a ç õ r a dr u m a m * n l n a de
c i n c o a n n o a . c o m h e r a n ç a nervosa o f i l h a de p a t a
I n t e l l i g e n t e « . nôa c o n s i g n a m « « a s s e g u i n t e s : " O
n u e * « a l m a ? O q u e é n I n a ?" K t e n d o deixad o seu pae esta u l t i m a p e r g u n t a sem re«i»o«ts.
a c r e a n ç a pro«egulta ! T a r a m i m . crolo q u e a
l u a * u m p e d a ç o d o espolho q u e o s t à suspenso
no f í o e virado para n õ s " . . .
W i l l i a m J a m e s no» c o n t a :
• C m doa m e u « parente«. e n a a l a n d o m o s t r a r
a u m a f i l h i n h a « q u e «o e n t e n d o p o r ' » o i passiva". havia lho d i t o :
— " F a ç a do c o n t a q u o v o e * m e m a t a . Voe*
q u e m o m a t o u * a voa activa e ou q u e m o r r i , a
V<*. p a s s i v a . "
— " M a s c o m o pôde voe* f a l a r al m o r r e u ? "
— o b t e m p e r o u n pequena.
— " Kst A b e m . I m a g i n o q u o o u
morri
do
todo."
N o dia seguinte. í a croança a r g u i d a
em
c ta ase. I*edem-lhe e x p l i c a r o q u e « e j « t o s pa««lva. K olla d e p r o m p l o :
— " K ' a v o i de u m a pesaoa q u e nAo e » H * o
todo m o r t a " .
K m r e s u m o , m e u « «enhores. v i s t o q u o s e r i a
a b u s a r de ronan c a p t i v a n t e I n d u l g ê n c i a , t e r m i n o
o c o m p l e x o c a p i t u l o d o evolver d a p e r « ? n a l | l a dr. c o m as c o n c l u s s e » do I t o m f l m :
-I)
l i a u m p e r í o d o do t e r m i n a l o r g a n l s a ç ã o
A n a t ô m i c a d o a p p a r e l h o cerebral, aob a Influenc i a d a « oxcltaçõea o r i u n d a « d o m e l o : o, e n t ã o —
I I ) c o n s t i t u í d o I n t e i r a m e n t e o cortex cerebral. manlfestn-se v i v a m e n t e a I m l t a ç A o expont â n e a : aocuaa-ae u m a f o r t e tendeneta a conhecer o o r d e n a r oa factoa. e u m a I n t u i t i v a c o n f i a n ç a n a «equencla l ó g i c a , d o n d e , c o m o q u e —
III)
u m a I n t i m a nece««ldade d o g e n e r a l l a r
o concluir : para nglr. para reallaar u m fim —
faxendo ou deafaxendo; o a creança
conatrõe.
m i » m o d e s t r u i n d o , pois serA sempre u m a o b r a ;
donde.—
IV)
u m a f ô r m a do c o n h e c e r q u e f — comb a t i v i d a d e . aggresaAo. c o n f i a n ç a
no p o d e r constructor; donde —
V)
u m c e r t o a m o r proprlo. u m a g e r a l v a i .
d a d o . d e » e j o de v m r e r as d l f f l c u l d a d e s . o receio
de ser v e n c i d o ; d o n d e —
VI)
d< » c o n f i a n ç a do» c o n h e c i m e n t o s
pea»oaea. em v i s t a dos desaatros; v i v a d e c e p ç ã o d o
ter errado, e. com Isto. o reconhecer n «uperlo• idade da experiência alheia;
VII)
o b s e r v a ç ã o o a p r e c i a ç ã o da a c t i v i d a d e
d a s o u t r a s pesaoss; tendencla a recorrer â exp o l e n d a alheia, a aprender; donde —
V I I I ) a m o r d a a p p r o v a ç ã o . desejo do conq u i s t a r a opInlAo doa o u t r o « ; d o n d e —
IX
e » f o r ç o p a r a c o n t e r e refrear, noa prop r l o « netos, t u d o q u e po«sa I n d l s p õ r o« a n l m o a o
a l i e n a r s y m p a t h l a s . d .ride —
X)
a direcção da conducta. o "controlo" do
aetlvldade. o n conquista da vontade, completando a perronalldade."
M a s essa p a s t a g e m d o Inconsciente a o consciente. m a » esse n o v o l l o d e f i o « toauea. e m m a rnnhados, que nrrlscnmoa
de ver
rebentar
n
t o d o o m o m e n t o , e o u o se desprende. Insensívelm « n t o . «1 a elle p r e s t a m o s attençAo. n e m « e m p r o
a p r e s e n t a as m o d a l i d a d e » , o s ponto» p a r t l c u l a rea q u e a c a b n de descrever.
K.cora c u i d a d o , v a m o s r e c o n h e c e n d o n vocaç ã o Intellectual da creança o a« anomalias, a
constituir o futuro neuropatha.
C l a r o se dedux q u e nAo vou t r a t a r d a hyst e r i a . d a n r u r a s t b . nia. .la p s y c h a s t h e n l a . etc noa
s y m p t o m » » Interessantes q u e as e n v o l v e m , mes-
m o p o r n ã o «er a i n f a n d a q u e d e i x a v * r o dosel h o n í t i d o o a < a l M d o d a « psychone urooes.
K'
m i « m o em ca»o« e x ç e p d o n a c s . q u e nua é d a d o
o b s e r v a r o q u a d r o c o m p l e t o d e l l a a . neasa * p u c a
da vida.
KT m e u I n t e n t o o l u c l d a r - v o a «I p a r a Irso f õ r
capas, sobro «eus s l g n a e s precoces, e m Indivíd u o s p r e d i s p ô s toa n d i s t ú r b i o » r e l e v a n t * » d e c o n .
s t l t u l ç ã o n e u r o p a t h s ou p a y c h o p a t h a . S ã o aquelle» a q u e m F o u l l l ^ e . ua c l a s s i f i c a ç ã o do» temper a m e n t o « e d o « caractere«, c h a m o u de " t e m p e r a m e n t o s e n s i t i v o do react Ao I n t e n s a " o u * (jrpo
r.crvoso". s q u e jA nos p r i m e i r o » mçxes. c o m a
M l o s A o de reacçde« a n o r m a e » d o a y s t . m a nervol o . o. m a l a t a r d e , a o Installar-ae d a p e r s o n a l l d a *
de. a p r e s e n t a m slgnaes. a d e c i d i r e m o eate futuro.
Noa p r i m o r d l o a d a oxlatenclo. F e r n a n d e a Fig u e i r a <•» r e a u m e ;
" O p s y c h o p a t h s m a m u j a . I n t e r r o m p e o temp o de se n u t r i r . nAo se c o n t e n t a c o m o» Intert a l k a e n t r o na m a m a d u r a a
tem « o m n o s
Intercxdentea. g r i t a p o r cen«-»tli«»la. »ente a f i n a l a o
I n i c i a r o I t i n e r á r i o o e n f a d o I r r i t a n t e d o neuraatlicnico adulto."
K U o r e t r a t o q u e delles fax F o l l l f o :
" A p h y s l o n o m l a aerA e x p r e s s i v a o m o v e i ; o
som no lev e. a g i t a d o . |H>UCO r e p a r a d o r . O » prod u e t o s d e d e s i n t e g r a ç ã o , l a t o é. oa p l g m e n t o a , ael A o fracos e p o u c o coloridos; d a h l . m u l t a s vexesw
a b r a n c u r a d a IHIIO. a cAr a n t e a c l a r a doa o l h o «
o d o s . a b e i l o s que. s e g u n d o b a y c o c k . q u a n d o nAo
b r a n q u e a m r u p l d o . tornam-se c a s t a n h o » c o m a
Idadr. no» nervosos netIvoa. SerA o pescoço ger a l m e n t e delicado, e longo. O n a r l « d e l g a d o , d e
a r a » moveis. O c o r p o serA c»be>to. m u l t a s vexes
m a g r o , raramente «gordo. Q u a n t o no rosto, nota-ae
q u e ae a d e l g a ç a p a r a b a i x o , a p a r t i r d o f r o n t o
l a r g a o elevada, o q u o pôde d a r A f i g u r a c e r t a
s e m e l h a n ç a c o m u m V."
Ateua senhores ! I ' m
exemplo hlstorlco
do
p s y c h o p a t h a s c o n s t l t u c l o n a e « noa é d a d o p o r Mo• a r t . que. q u a n d o c r e a n ç a . era t a l « u a «enstbllld a d o a u d i t i v a , q u e o s o m de u m a t r o m b e t a lho
d a v a con v a l a r e s . K r a do p h y a l o n o m l a extremam e n t e a g i t a d a . >Amal» em repouso, e x p r i m i n d o ,
de c o n t i n u o , orn n d ô r . o r a o praxer. Heade a
i d a d e de l a n n o » ern preciso \lglal-o. nAo fosso esquecer-se. s e n t a d o n o planfe
I ronde podemos, deade JA d e d u s l r q u e l a e s
creunça». l o n g e de »erem c o n s i d e r a d a s c o m o inferiores. n g r a n d e I m p r e a s l o n a b l l l d a d e d o systems nervoso ns tornam.
nAo raro. c a p a s « « do
g r a n d e « p r o d u c ç ô c a a r t í s t i c a s o ethtcns.
K q u e m negarA realdlr a c a u s a
prlncl|»al.
m a l a f r o q u r n t o . d a s p e r t u r b a ç õ e s q u e estudo, na
predlsposlçAo c o n g e n i t a , n a h e r a n ç a ?
Q u e r a h y s t e r i a , n n e u r a s t h e n i a doa
paca.
q u e r a s m a i s v a r i a d a s m o d a l i d a d e s c l i n i c a s da
p a t h o l o g l a nervosa q u e elles ou m e m b r o » d a fam í l i a n e u r o p a t h s m a n i f e s t a m , o certo ê q u e o
p r o d u c t o do t a l concepção, sl n ã o a p r e s e n t a r slg n a e s Idênticos, por h e r a n ç a h o m o l o g a , h a de
ser p r e d i s p o s t o a v a r l a d o a p h e n o m e n o n deasa natures*.
I n t e r e s s a n t e è r e l a t a r n o b s e r v a ç ã o de H a m m o n d . d e a c r e v e n d o u m I n d i v i d u o do 3* a n n o » .
q u e »e d e g o l o u em u m b a n h o . l>elxou 3 f i l h o » :
d o i s s u k l d a r a m - s o c o m a m e s m a Idade o p e l o
i n e « m o proce«»o; u m a f i l h a , c o m 3« a n n o » . corta
n g a r g a n t u t a m b é m , em u m b a n h o . Teve e»ta
u l t i m a u m f i l h o que. a p ô s d u a s t e n t a t i v a a Infruc t l f e r a s mata-se, c o m 31 a n n o » . de m a n e i r a Idêntica !
r r e c l a o * referir, nesaa q u e s t ã o d a h e r a n ç a ,
o papel p r e p o n d e r a n t e d o a l c o o l i s m o o da s y p h l .
II» que. c o m serem a g e n t e s podero»»» d o retard a m e n t o phyatco o I n t e l l e c t u a l da c r e a n ç a . cauaadores. por excel le nela. d a s I d i o t i a » o Imbecilidade». a r r a s t a m a l n d s oa d e s c e n d e n t e s As p s y .
c h o n e u roses.
NAo « » q u e ç a m o s c o m o é g r a n d e a I n f l u e n c i a
d o a m b i e n t o o n d e desce o p e q u e n i n o . O
melo
de aervoaoa e do v i c i a d o s o n r a l x a na «eaalblltdade do I n d i v i d u o , nos a l v o r e a da conaclenela. part l c u l a r l d a d e a perniciosas, q u e r e d u n d a m no cult i v o dos mAos e x e m p l o « v e r i f i c a d o s , d a « sonnxçôea recebidas.
A l t e r a ç A o q u a l q u e r d a saúde.
traumatl»mo
o u d o e n ç a Infecciosa, a l l l a d a a t r a b a l h o s escolares. n e s t i m u l o » sexuaos. q u o so d e s v e n d a m ,
exerce, nos predisposto«, i n f l u e n c i a s e m p r e m á ?
C o m e s t u d o s m o d e r n o s de C ã s r n y , lnclue-ie.
c c m o c a u s a d o n e r v o s i s m o na I n f a n d a , n c h a m a d a "dLatheao e x n u d a t l v a . " u n i d a , f r e q u e n t e m e n t e .
A " d l a t h e s e e a p a s m o p h y l l c n " . de q u e a g o r a vou
falar.
K e n t ã o , p o r u m a n o i t e t r a n q u l l l a . n o silencio d o lar que dorme, o pequeno que repousava
n o berço, na q u I e t u J e de s u a Idade, é a s s a l t a d o
por s y m p t o m a q u e d e s v e n d a o n e u r o p a t h a f u t u r o : a " c o n v u l s ã o " . C o n t r a c ç ã o v i o l e n t a e Invol u n t á r i a doa m u s c u l o s s u j e i t o s ã a 1c ç ã o d a vont a d e . tradux-se a c o n v u l s ã o , o u y« * r í g i d o s d o
• u m m u s c u l o o u de g r u p o s m u s c u l a r e s , em attitude determinada, exprimindo a convulsão t o n l .
ca. o u c o n t r a h l n d o o a f r o u x a n d o OA m u s c u l o « d o
p a r t e a d i v e r s a « d o corpo, onde d e t e r m i n a grande« m o v i m e n t o s , a r c h l t e c t a n d o . assim, a convulsão clonics.
O b s e r v a ç ô e » m u l t o recontes de v á r i o s a u t o r e s
t e n d e m a d e m o n s t r a r , de m a n e i r a evidente, que.
na Idade d o lactente, e t a m b é m no rec em na acido. ae v e r i f i c a a u g m e n t o n a t o n i c i d a d e m u « c u l « r .
v e r d a d e i r a h y p e r t o n i a , m a x l m é em g r u p o de musculos. I n f l u i n d o d l r e c t a m e n t s na a t t i t u d e n o r m a l
q u e i r a x e«»a Idade.
l>emal«. t*es o i l s d o a c o n v u l s i v o « r t m cons t i t u i r u m a f ô r m n c o m m u m de r e a c ç ã o d o «y«tem a nervoso, o n d e r e s a l t a n e x c i t a b i l i d a d e m x i o r
dos nervos p e r i p h e r i c « « , s o b r e t u d o s a e t l v l d a d e
e x n g g e r a d a dos p h e n o m e n o » reflexos, f a c t o ligad o a o d e s e n v o l v i m e n t o I n c o m p l e t o dos c e n t r o s
superiores, s o b r e t u d o d a p o r ç ã o m o t o r a d a cort l c a l i d a d c o dos centrou m o d e r a d o r e s d a actividade medullar.
A " e s p a s m o p h y l l a " o u " d l s t h e a e espasmophyUca" apresenta uma tríade que * constituída pelo
toryngo-spasmo.
pela t e t a n i a o pela e d a m n s l a .
Manifesta-se. . p r i n c i p a l m e n t e , e n t r o o • • o
14» mos. tornando-», r a r s a n t e s d o «• e depois
dc 2 annos
A t * h o j e n ã o ao c o n s c g u l u e x p l i c a r o f a c t o
da p r e d i s p o s i ç ã o do u m a c r e a n ç a a e x h l b l r urna
ou o u t r a f ô r m a d a d l a t h e s e , aoffen<l» a l g u m a s
d o l a r y n g o - s p a s m o e d a e c l a m p s i a o u t e t a n i a , aai o d a d o s . T l v o o c c a s i ã o do v e r i f i c a r tal clrcum« t a n c l s em a l g u n « de m e u a d o r n t l n h ' s .
Cite.»« u m a »uaceplflldade i>artkuUr.
uma
prcdlapoalção. baptlsada do " a p t i d ã o convulsiva".
|sor J of J o y .
T h e o r l a a v s r l a a t ^ m « u r g i d o , t e n d e n d o ã exp l i c a ç ã o m a l « v o r o s l m l . d a p a t h o g e n l a d a e«im«mophylls.
K m l * > ; . Z a p ; , rt l i g o u o f.\lo A d e g e n e r a ç ã o d a « ralxea e « p l n h a e a a n t e r i o r e s , l e s ã o s õ m e a Ks perceptível a o mlcroscopk». O processo dest r u i d o r estende-ar a o s c o r p o s anteraorea c , r r e » |M>ndentos. t u d o d e c o r r e n d o sem s l g n a e » c l í n i c o s .
|K»ra. em grAoa m a i s a v a n ç a d o s d o m a l . s u r g i r e m
c o n t r a c t u r a a t e t a n l e a a doa m e m b r o s , a s s i m com*»
pare» ias.
O I T o í . Al y a. do F l r e n x a . a t t r i b u e o phenom e n o A h y p e r h > d r o s o cerebro-esplnnsl. isto *. a
um a u g r n e n t o d o l i q u i d o c e p h a í o r a c h l d l i n o . » « •
bretudo em creunças rachitic»«.
r r o c u r o u - s o . por m e l o d u e s t u d o d o Interc a m b i o material, a Interpretação mal« exacta da
n f f o c ç ã o . c ho>e se c o n c l u o r e a l d l r e m « » » . » estados c o n v u l a l v o a na a n o m a l i a d o l a t e r c a m b k i d o
c.i I d o .
l a e m o n s t i o u Q u e s t ser o c e r o b r o d a s creança» r s ; > a a m o p h y : k a s
m a l a potsre o m c a l d o d o
que o daa ereançns normaes.
K S t h e e m a n . e m 191". a c h a q u e a eapaamoPhl la e n c o n t r a sou « u b « t r n t o na d i m i n u i ç ã o d o
c a l d o no aangue. e m b o r a não considere Isto como
facto primitivo.
Mas n ã o d e i x e m o s a o o l v i d o , deade q u e falam o s na n a t h o g e n l a d a d l a t h e a « e j p a s m o p h y l l c o .
o papel d e s e m p e n h a d o pelaa g l a n d u l a « do aecreç ã o I n t e r n a , s o b r e t u d o pela p a r a t h y r e o l d e . f a c t o
sustentado por varias au!orldadea. lendo Kschc.
r i c h A frente.
A t f l r m a elle quo. t a n t o h e m o r r h a g l n s
como
leaõen f u n e d o n a e s doa oorpoaa
parathyreoldeos
s ã o ca pases do p r o d u s l r p h o n o m e n o s de espasmophylla.
A c o m p a n h a n d o « y m p t o m a s de t e t a n i a , locallsadv» nas e x t r e m i d a d e s dos m e m b r o s , q u e r ani»erlorea. c o m o I n f o r l o r e a . n ã o r a r o o accès«,» conv u l s i v o I n v a d e a m u s c u l a t u r a da Cace.
Ssbendo quo o facial * o nervo da mímica,
f a c l l * J u s t i f i c a r s d e s c r l p ç ã o q u e deaaeu c a s »s
fax I b r a h i m , p a r a q u e m o i n d i v i d u o a s s u m e esp i e s n ã o d o p r e o c c u p a d o . do pensativo^ do maileleso.
C a meterias-so, d e s t ' a r t c . a fucles do t e t a n i a
ds 1'ffenhelmer
A esse r e s p e i t o v c . n a n s ' ^ l s r - s o e a t r a b l s n i o
de c s r s c t e r v s r l o . do n a t u r e x a <»|*astica.
K m grAo m a i s a v a n ç a d o d o m a l . de»venda-se
o e p l s t h o t o n o e a r a c t e r l s t l c c . |aeln r i / . x a d o s musc u l o s d a n u c a , o o q u a d r o * a r g u i d o de a n l t o eorla.
K a o l a d o d«a»#s c s i o i r > m p e n u p j r vexou
o u «6a o u associsda«. s s c o n v u l s õ e s c l o n l c s a . ont s b o l e c e n d o a ec Is m polo. e q u o m u l t o do p o r t o
I m l t s m os s t s q u c s o p l l e p t k o s .
Nei ass c r e a n ç n a a i n d a n p p a r e c c m . a d a r o
u l t i m o r e t o q u e n o t e n e b r o s o q u a d r o , o s i g n a l de
Kr t.. es racler Isado pela h y p e r - o x c l t a b l l l d a d e gslv a n l e a doa m u s c u l o * ; o p h e n o m e n o d o f a c l s l o u
« l g n « l Chvoateck « o phenomeno do Trousseau,
consistindo o primeiro na contracção
violenta
dos m u s c u l o s d n face. q u a n d o so p e r c u t e n bochecha. o o s e g u n d o na p r o d u c ç ã o d e c s p s s m c s
t e t a n l e o a d a m ã o . d i s d c q u o se c o m p r i m a o felxo
ncrvoeo-vascular. no sulco b i c i p i t a l .
C o m f r e q u ê n c i a m e s p p s r e c e m casos desaa
n a t u r e x a o. na " I t e v l s t a dos C u r s o » " d o a n n o
p a » » x d o p u b l i q u e i v a r i a » o b s e r v a ç õ e s doares doo n t l n h o s caracterlaukdoa de m<»dj U l f f v r e n t r
K m tedoa so n o t a n I n f l u e n c i a d e a l i m e n t a ç ã o a r t i f i c i a l o. p r i n c i p a l m e n t e , d a h e r a n ç a neur o p a t h i e s . q u e r q u o os p a s s s e j a m a t t r o l t o s a o
mal. evidenciando a
me« m a
symptomstologla.
q u e r t r a n s m i t i a m a seus f l l h o a a p r e d i s p o s i ç ã o
As d e s c a r g a s nervosas
T a m b é m aa c h a m a d a « c o n v u l s õ e « d a « vermlnotes, da dentlçAo s ã o m a n i f e s t a ç õ e s espasmódicas. nccessos de e s p a s m o p h y l l n . s u r g i n d o em croança« neuropaths*.
Q u e r esboço m o v i m e n t o m u l t o « l m p ! o a . flex ã o o u e x t e n s ã o d o s e g m e n t o de m e m b r o s , p o r
e x e m p l o , q u e r f o r m s d O s de a b s l o a mal» complexos. o " t r e m o r " nos (• d a d o e n c o n t r a r na Infand a n e u r o p a t h a . a se m a n i f e s t a r jA naa p r i m e i r a »
t e n t a t i v a s do escrever, o b s t i n a d a s , m u l t a a veies.
A c o n t e c e constltulr-se. a m l u d a d a m e n t o . o " t r e m o r eaaenclal h e r e d i t á r i o " , t r a n s m l t t l d o p o r her a n ç a d i r e c t a , a u m a o u m a l a geraçõea de f a m í lias nervosas.
C o m a n o m a l l a a psychleaa sobresaem a s "alteraçõe» d o h u m o r " o a a "reacçôea s o n t l m e n t a e a
anormaca".
C a r a c t é r i s a m-ao do m o d o « d i v e r s o « nos fut u r o s n o u r o p a t h a s . a p o n t o d « no« s u g g o r l r qualq u e r c o u s a p a r a d o x a l , do I n e x p l i c á v e l . K" nsalm
q u e leves e s t í m u l o s p õ d c m ser cauaadores de
I m p u l s o s o m o c l o n a e a . c a d a ve« m a i s Intensos, l i a
n i s t o q u o so n o t e u m a r e a c ç ã o • o n t t m e a t a l p o r .
v e r t i d a , a p o n t o de delxar-lhea a b a l o vlo!eato,
o factor n que o n o r m a l pouco reagiria.
Segundo Oppenhelm.
tal
Irrrltabilldadc
do
a y s t e m a nervoso d a c r e a n ç a *. s l n ã o o p r i m e i r o ,
n o m e n o s u m doa p r i m e i r o s s y m p t o m a s d o nerv o s i s m o na I n f a n d a .
K m o u t r a a occoalõea s u r g e p h e n o m e n o cont r a r i o . q u e dA l o g a r A a p a t h l a p r o n u n c i a d a , ã Indolência mórbida.
K n c a r a n d o e»aas reacçôea a n o r m a e s sob o
p o n t o de v l s t n d a d u r a b i l i d a d e , r e a a l t a q u e . o m
c r i a n ç a n o r m a l , l o g o ao eavae a e x a l t a ç ã o , e m
q u e n col locou a c o m m o ç ã o v i o l e n t a , a o paaao
q u o no .pequeno n e u r o p a t h a . a o envés, n s e n s a ç ã o
pi ralste. p o r t e m p o m a l a p r o l o n g a d o
Citar-vo«-el o « u r g i r , n e s s a s oceaslões.
de
accessos espasmódicos q u e l e m b r a m d e p e r t o os
ila g . o t t e e os p h e n o m o n o s r e s p i r a t ó r i o s d a diatheae « a p a a m o p h y l l e n . e s t a b e l e c e n d o o " e s p a s m o
de f u r o r " , rôde-ae e n c o n t r a l - o n a I d a d e d o lac t e n t e , maa q u a s i s e m p r e ae revela d o Î* s o fr*
anno. S ã o v e r d a d e i r o s a t a q u e « , o n d e «e para n
r e s p i r a ç ã o , m o t i v a d o « por e x c i t a ç ã o de r a i v a excessiva.
Certos as bore a, certaa eõres. c e r t a » p a l a v r a «
t o r n a m-sc. p a r a ollea. I n t o l e r á v e l « , s p o n t o ds
p t d l r - n o s e v i t a r a c i t a ç ã o delles. p a r a q a o n ã o
lhes a d v e n h a m a s s o m o » d e cólera.
K a g o r a , q u a l de nõs n ã o viu. n l o o u v i u fal a r . o « m e s m o n ã o s e n t i u o u t r o s l g n s l csrscteristlco do nervosismo infantil : o
"pavor
no.
cturno?"
A acena • f a n t a s t l c a ? lx>go a o deitar-se, a
cr« a n g a desperta. do a u b l t o ; aenta-ae n a c a m a .
c o m e x p r e s s ã o d e v i v o e s p a n t o . d e face p a l l i d a ,
e romp«- a c h o r a r . d c s o r - J e n s d o m c n t e . . . V i u alg u m monstro, a l g u m fantasma, a l g u m Indrão !.,.
A garra-a«», f o r t e m e n t e , a o b r a ç o d e q u e m
lhe
estA m i l s p r o x i m o , e. a p õ » I n s t a n t e s d e conciliaç ã o d e c a r i n h o , recomeça, o s o m n o I n t e r r o m p i d o .
Manifesta-se, d e p r e f e r e n c i o , d e l a t a n n o s
de Idade
81 n ã o d o r m e n a c a m a d o s paes. l o g o reclam a f i c a r a o Ia«lo delles. p e d i n d o q u e a c c e n d a m
a lua. p o r ter o u v i d o r u m o r c a n a c a a a . . . K ' prec i s o l e v a r ein c o n t a o d e s e n v o l v e r e x s g g e r a d o d a
f a n t a s i a de taes pequenos, p o i s q u e . g u a r d a n d o
n a m e m o r i a a l g u m c o n t o d e f a d a s , a l g u m a leit u r a f a n t a s t l c a . a l g u m a » c e n a e m p o l g a n t e d e cin e m a . a l g u m a I m p r e s s ã o s e x u a l a t f , o s o m n o se
lhe desperta, tal a Insistência c o m que aquelles
factores avivam-lhe a Imaginação.
•
O u t r a » vetes, sl o b s e r v a r m o s a c r e a n ç a neur o p a t h a a d o r m i r . v*-ae-lhe o s o m n o a g i t a d o , a
m u d a r , d e c o n t i n u o , d e u m d e c ú b i t o l a t e r a l a outro. a g r i t a r , a c h o r a r , e m s o n h o t u r b u l e n t o , e m
e t e r n o pesadelo, a r e p r o d u s l r o u c o m p l e t a r brlnq u e d o n ã o aatlafelto. d u r a n t e o dia. nisto a f f l r .
m a n d o o conceito de F r e u d , uara quem o sonho
representa o desejo c o m o reallaado.
C o m o cauaas predisponentes a esie symptom a . a t t r l b u e m - s e f a c t o r e a s o m a t l e o a . c o m o o daltar-se c o m a b e x i g a c h e i a , o s p a r a s l t o s ontestlnae». a p l e n i t u d e d o e s t o m a g o . vestes m u l t o
a p e r t a d a s e. s o b r e t u d o , o b a t a c u l o a A r e s p i r a ç ã o :
caturrho nasal chronlco o a hyperlropnla
daa
amygdala»
K q u e m f a l a em pavor nocturno, fala e m
" s o m n a m b u l l s m o * . caracter JAmals observado e m
c r e a n ç a s n o r m a e s e c u j o s exempl.vs »Ao m u l t o
I n t e r e s a a n t e a . a l g u n s m e s m o s jocoso», c o m o o d o
u m a m e n i n a , h o j e inoÇo. q u e . p e r a m h a l i V i d o pela
c a s a . a c o r d a v a v a r l a a pessoas, a p e r g u n t a r sl
Queriam b i f e ! . . .
Com facilidade, e com extrema
frequência,
encontramos» como o u t r a p e r t u r b a ç ã o psychlca.
relevante do nervosismo Infantil, a rapldet com
q u e o « p e q u e n i n o s se e s p a n t a m a o m e n o r r u í d o .
A vox m a i s e l e v n d a . A q u « d o d e o b j e c t o s . A app r o x i m a ç ã o d e peasoss, e t c . . . .
M a l a u m a vex a h t se « s i a b c l e c e a d l f f e r e n ç a
n í t i d a , e n t r e a I n s i g n i f i c â n c i a d a c a u s a e a enorm i d a d e d a reacção.
Kste o Nigral do» m a i s prvcoce* d a neuropathla congenita.
M e r g u l h a m - s e oa p e q u e n o s e m e v i d e n t e estado de angustia, em espanto violento, motivados
por causaa Insignificantes.
I ' M » »or v l t t o n t * e m lactentes. e m e s m o
d i a s a p â a o n a s c i m e n t o ; m a s essas reacçõea soem
• c r b e m d e f i n i d a s , c o m o e s t a b e l e c i m e n t o preclao doa phenomenos Intellectuaes.
L i g a d o s a Isto a v u l t a m . A» vexes, s y m p l o m a s d e " a l l u c l n a ç õ e s " , e se t o r n a a c r e a n ç a Inq u i e t a . e m v i v a e x c i t a ç ã o , d e I n t e l l l g e n c l a confusa. p a r a d e p o i s ceder o a t a q u e , a p ô s m e l a . u m a
hora. ou depois de m u l t o mala tempo. A m i u d a d o ,
sobretudo em f u t u r o » hysterica». 6 o b r o t a r de
I n d í c i o s d a f a n t a s i a e x a l t a d a e m t e n d e n c t a mórb i d a ã m e n t i r a , a c o n t a r h i s t o r i a s falaas. K
a
"paeudologln fantastlca".
P a r t i c u l a r i d a d e a n o r m a l , revelando-se. a m l u .
d e n a i d a d e e m q u e a c r e a n ç a f r e q u e n t a a escol a . * nesse a m b i e n t e q u e se l h e n o t a m a l g n a e s
o u r f u n d a m e n t a m a h i s t o r i a doa h y s t e r l e o s t u t u » o s Pôde-se fixar-lhe» a a t t e n ç ã o . m a a c o m dlff l c u l d a d e ; esquecem r á p i d o o q u e »e l h e s e n s i n a ,
embora Intelllgentes e curiosVSAo l e v a d o s , c o m o * n a t u r a l . A m e n t i r a e A
d i s s i m u l a ç ã o , ent c o n s e q u ê n c i a d e s u a
grande
s u g g e s t l till idade.
P r e c i s o c n o t a r q u e o grAo d a m e n t a l i d a d e
m u l t o I n f l u e n a p e r f e i ç ã o e a d a p t a ç ã o d a mentira.
A"» vete», a s h i s t o r i a s m e n t l r o s a a . t o c a n d o
aa r a l a » d a S e n s i b i l i d a d e , s ã o t ã o b e m f o r m u l a doa que h a fllhoa que. e m sua n a r r a ç ã o a r r a n .
c a m l a g r i m » » «te s u s s m i c a . . . K* q u e o c o r a ç ã o
d < l l a » encontra-se r e s u m i d o n a a p a l a v r a » d e q u e m
dlase : " A s t r o q u e s e m p r e b r i l h a p a r a n o s g u i a r !
g a l h o q u e n ã o ae d e s f o l h a p a r a n o s d a r s o m b r a ,
f o n t e s e m p r e a f r u i r p a r a n o s m a t a r n s*de ! "
KL s e g u i d a m e n t e , q u a n d o e m lições, s o f f r e m
d e g r a n d e c a n s a ç o , d e peso s o b r e a cabeça, d e
e a f a l f a n t e g e r a l , d e p a l l l d e s d a f a c e e m sensação penosa...
C o m a a a l d u I d a d e , v i m depois. I l l u s t r a n d o o
livro do neuropaths futuro, "phobias" e " I d t a s
f i x a s " , obcesslvss. Incoercíveis o u o b r i g a t o r l a a .
Certo que * difficll distinguir phobias
de
"edyoslncrsslas.
KepresentaçAea psychlcas, h e r e d i t a r i a » o u adq u i r i d a » . t o m a m p a r t e r e l e v a n t e nessa m a n i f e s t a ç ã o . K a e d y o s l n c r a s l a se revela d e m a n e i r a
q u e * sempre curiosa, para anlmaea. c o m o barataa. a r a n h a s . c o b r a s . e t c . . . . o u p a r a a l i m e n t o s ,
c u j a p r e s e n ç a vem d e t e r m i n a r p h e n o m e n a
de
a n g u s t i a , seguidos, na generalidade, de tremores
a c c e n t u a d o s . K Isso persiste a t * A Idade a d u l t a ,
s ae t o r n a d l f f t c l l a c u r a . n o c o n v e n c i m e n t o d o
a l a u r d o d a causa.
nos,
S e n h o r a q u e c o n h e ç o , d e s d e mala t e n r o a anm o s t r a e v i d e n t e r e p u g n â n c i a p e l o sapo. s
p o n t o d e p u l a r Canellas, a a l t a r p a r a c i m a do
mesas, sl A sua presença, s u r g e o a s q u e r o s o c
somnambulo batracchlo...
Sei d e pessoas q u e . e m I d a d e s do 5 o u « a n .
nos. n ã o p o d l s m ver n e m p r o v a r c a r n e , a o q u e
u m » c h a m a v a " a q u l l ? o d e d e n t r o d o b o l " , e out r a q u e d e i x o u d e c o m e r aves. por t o r v i s t o . u m
dia. a coxlnhelra. na sua Insensibilidade, torcer
o pescoço do u m f r a n g o ! . . .
A a p h o b t a a e sa l d * a s o b c e s s l v s s são. quasi sempre. iM-rmam-ntes, e m v i r t u d e d e I m p r e a a ã o
falas recebida e dlfflculdado em coordenar I d f a s
n o s e n t i d o c o n t r a r i o , sl lhes p r o c u r a r m o s dissuad i r d o erro. pois n ã o h a d e s e n v o l v i m e n t o completo da Intelllgencla
M u l t a s dclliis r e v e l a m o d e f e i t o d e educaç ã o . c o m o se v * n a a g o r a p h o b l a o u m e d o d o « espaços. n a m o n o p h o b l a o u m e d o d e e s t a r sõ. n o
medo d a escuridão, n o m e d o dos temporãos, etc...
ou n o me«to s i n g u l a r , o b s e r v a d o p o r I b r a h i m , n u m
pequeno que denotava pronunciada phobla. quand o e r a c o l l o c a d o d i a n t e a e u m r e l o g l o d e pêndul o . . . K o» e x e m p l o s s ã o I n t e r m i n á v e i s nesse sentido...
C o m o aymptoma de estimulo motor, vinculado a o s e s t u d o « do obcossão. e t ã o f r e q u e n t e m e n te d e s e n h a d o , l e m b r a r e i o p r i n c i p a l d e l l e s q u e *
o " t i c o * . K m s e u s prodrome-», q u a n d o o Infant««
I n i c i a o » g o s t o » q u e . m a l » t a r d e , v ã o »o t o r n a r
I n v o l u n t á r i o s , r e p r o d u x l d o s »«-m p r o v o c a ç ã o aprop r i a d a . a f a m í l i a os c o n s i d e r a r o m o m i o c o s t u m e
o r e p e t i r , e x c e s s i v a m e n t e , m o v i m e n t o s » m a l * fortes u n s d i s » . n«>utr«»a m a l a a t t e n u a d o » .
N ã o deixarei de falar-vos da
dlfflculdade.
g r a n d e m u l t a s vetes, e m d e s c o b r i r t a l d r c u m s t a n c l a ern c r e a n ç a s cu>a ton s ã o e n e r g l e a
da
v o n t a d e lhes d ã c a p a c i d a d e do e»<A>ndel-a a o » noa«os olhos. I*ogo se l h e s f r a q u e l a . p o r * m . a energ i a . o a p p a r e c e . a p ô s m o m e n t o « «le r e p o u » o . o do
caracter violento, a momlce occultnda.
I t e s a l t o d i s s o q u e . n ã o o b s t a n t e seu c a r a c t e r
I n v o l u n t á r i o , o tico * acto consciente.
" K q u a n d o a v o n t a d e q u e r I n t e r v i r , p a r a ent r a vai-o. s l o c o n s e g u e , dix A l o y s l o d e C a s t r o . *
Isto a p-jler d e f o r m i d á v e l esforço, l o g o d e m n d a d o e m s e n s a ç ã o de a l l l v l o . e a t * d e praxer. q u a n do o movimento logra uitlmar-se".
O » ticos p o d e m c o n t l n u s r n o s o m n o d o neur o p a t h a . e m b o r a a t t e n u a d o s . C o n s i s t e m e m mov i m e n t o « d e p i s c a r de olhoo. e m c o n t r a c ç õ e s d o a
m u s c u l o « d o pescoço. e m f r n n t l r d a f r o n t e , nn
g e a t l c u l a ç A o d o a m e m b r o « . d e c l « r a n d o - « e d e car a c t e r t o n l c o o u elonleo. l ' o r v e t o s se r e v o i s p e l o
r e p e t i r d e p s l s v r a « obscenas, « e m m e d i r conven i ê n c i a « soc la es» ou d i t e m s e m p r e : " n ã o ? " , " n ã o
* ? \ " n ã o * a s a l m ?". " S a b e í".
K* t r i v i a l e n c o n t r a r c r e a n ç a s . c o m t a r a neur o p a t h a . a f a t o r c a r e l a a . m o r d e r os l á b i o s
a
" c h e l l o p h a g l a " . o p o r elle« p a a s a r . I n i n t e r r u p t a mente. n ponta dx l í n g u a . . .
K al oa m o v i m e n t o * se g e n e r a l l n a m . a t t l n g l n d o g r a n d e n u m e r o de terrltorlo« musculares.
podem.no«
levsr A confusão com a
chamada
" l > a n s a d e S. C u i d o " .
Topa-se. a m l u d e . c o m a " o n y c h o p h a g l a * ou hab i t o do r o e r a s u n h a « , o n l o * r a r o a l g u m a s deasa»
creança» delia» possuírem, apenas, fragmentoa.
Tem-se v i s t o pequenos, a s s i m c o n s t i t u í d o s , o
c u j a m a n i f e s t a ç ã o p ô d e t e r por base u m e s t a d o
c r c p u a c u l s r e p i l é p t i c o ou h y s t e r l e o . s e n t i r e m necessidade Incoercltlvel de andar.
K»tabelcce-ae
e n t ã o a " p o r l l n a n l a " ou I n s t l n c t o de c a m i n h a r
sem m e t a . sem p l a n o d e f i n i d o . Indo-se encont r a i - o « m u l t o a f a m a d o s do c a s a . Aa vetes, e m
e m i n e n t e p e r i g o de vid»
iK-pressAo p r o f u n d a . I n e x p l i c á v e l , t e r r o r d e
uma
p u n i ç ã o p o d e m « e r c « u s a « desse
estado
anormal.
JA n o l a c t e n t e , a o I n i c i a r , naa p r o x i m i d a d e s
de u m a n no. seus p r i m e i r o s passos. nota-se o
neto curioso.
K* s a s l m t a m b é m q u e e m c o n r e q u e n c l a «te
v o n t n d e d o b l l o d e e x n g g e r a d a o precoce excita b : l i d a d e s e x u a l , a l g u n » d e l i r a s ã o levados. Irr e s i s t i v e l m e n t e . q u a s l s e m p r e pelo m ã o exemplou
a se e n t r e g a r e m a o v i c i o d a " m a s t u r b a ç ã o " .
Senhores!
O q u e m a i s poderei a p o n t a r - v o s . p a r a q u e se
c o m p l e t e o q u a d r o t r t » t e d a n e u r o p a t h l a . a ae
esboçar nn I n f a n d a ?
Q u e es»e» p e q u e n o « a p r e s e n t a m
"Inquietude
m o t o r a g e r a l " , q u e s ã o I n s t á v e i s , q u e n ã o estão,
por a s s i m dlxer. bem e m p a r t e a l g u m a .
l#evsntam-»e. sentam-se. a g i t a m b r a ç o f . mov e m . d e c o n t i n u o , aa (ternas, seguindo-se t a l est a d o . a s s M u a m e n t e . d u r a n t e o s o m n o . Percebe-se
bem que a a g i t a ç ã o * de o r i g e m psycho-motora.
e m c u j o c e r o b r o se c o n v u l s i o n a m p e n s a m e n t o s o
c o m moções.
N ã o raro constltuem-so slgnaea de paraly« l o . n o m o n o s do p s r e s l a . p r e c e d i d o » do f s d l g a
m u s c u l a r , c a n s a ç o a o m a i s levo esforço, salient a n d o . s e . por vetes, o p h e n o m e n o da " a k l n e a l a
a l g e r a " . c a r a e t e r l s a d o p o r dorca n o s m e m b r o s , n o
dorso, a o m e n o r e x e r c i d o , s m a n i f e s t o nas meninas.
" O » s y m p t o m o s vnao-motorea" são percebido»
a t o d o I n s t a n t e , e m s e q u e n c i a a g r a n d e esforço,
a a b a l o m o r a l m a l » I n t e n s o . D e l l n e a m - a e altern a t i v a « d e pelle c o r a d a o pello p a l l t d a . o pron u n c i a d o c a l o r I n v a d o o c o r p o , s e g u i d o d e slg n s e s d e h y p e r h e m l a do t e g u m e n t o s o m u c o s a s .
" V o m l t o a " . aem d u v i d a , de o r i g e m n e r v o a a .
a l l l a m - s e A «cena. a « s l m c o m o a l t e r a ç õ e s sensit i v a » e m o d a l i d a d e » c l l n l e a a a se e s t a b e l e c e r e m
em dlfforentos apparelkoa
K a i n d a t o m a m parto no d r a m a " o * s i g n a s »
degenerativos", ta»« o cryptorchidism
saytnet r i a c r a n e a n a . e s t r a b i s m o , e t c . . . sem q t » «« v e j a .
nelles. n a d a dc p a t h o g n o m o n i c .
K a g o r a , s e n h o r e s , sl d i a n t e do nõs se a p r e .
sentar uma creança. a evidenciar, paychlca
e
p h y s l e a m e n t e . u m I n d i v i d u o que, m a l a t a r d e , h a
d e ter a g g r a v a d a a a « p e r t u r b a ç ô e a q u e u herança l h e l e g o « , d e v e m o s , p o r v e n t u r a , c r u s s r «a
b r a ç o s , r e s t r l n g l n d o - n o s a d e p l o r a r - l h e s a fatal i d a d e . ã s vexes. tAo » o m b r l a T!
N ã o ! I>e m o d o n e n h u m !
S e j a m , p a r a elle. os processos e d u c a d o r e s —
a taboa de salvação !
Ku n ã o vou descrover-voj a educação, appllc a d a a o s s y m p t o m a s a p o n t a d o » . p o i s seria a s s u m p t o p a r a o u t r a c o n f e r e n c i a . Kalar-vos-el. resumidamente. generalisando. K então :
1 w e mos a c o s t u m a r . l h e o c o r p o ã l u t a contra factores m ó r b i d a s , e v i t a n d o o a b u s o de appllc a ç õ « * e x t e r n a s , excessivaa e d e p r i m e n t e s , red u n d a n d o « m effeltos contrsrlos.
A g y m n a a t l c o , oa e x e r c i d o s physleoa. d e varlaa n a t u r . ' t a « . g r a n d e v a l o r p o « a u e m . p a r a n e l .
le» c r i a r a f o n t e d e e n e r g i a — a r r i m o d e c i d i d o
n a l u t a c o n t r a a h e r a n ç a m ó r b i d a — f o n t e «la
v o n t a d e e m v e n c e r n a v i d a . a n t e n u m e r o w » oba t a c u l o a . a «e a n t e p o r e m A s u a c o n s c i ê n c i a , preste« a f a l h a r , s c s h l r v e n c i d a . . .
M a « , senhores, a e n e r g i a n ã o * o b t i d a t ã o
s ô m e n t e pelo a u x i l i o v a l i o s o d « « f o r ç a « p h y s i c « » :
a robustex o a bellexa «lo c o r p o , n i n g u é m o nega r ã . s ã o q u a l i d a d e » m a g n i f i c o » , p o r * m Insufridentes.
A energia I n d i v i d u a l estã mais na dependênc i a d o corebro, d o q u e n o d o m u s c u l o .
Aproveitemos, o neuropatha que manlfeatar
a s*de d a a d e n d a e a s#dc d a bellexa. p a r a inf u n d l r - l h o o e x e m p l o d a verdade, n u m c u l t i v o
copax do troxer-lho c o n t i n u a h a r m o n i a n a vido.
em luta Incessante contra o desanimo, v e n e n o o
deatrulr-lhe a a l m a angustiosa !
S e m a c o o p e r a ç ã o d e I n t e l l l g e n c l a b e m systematlsuda. o sentimento da personalidade não *
completo.
C o m b a t e m o s nelle s t e n d ê n c i a p e r n i c i o s a d e
se d e l x s r s t a l e r , d e perder a c o r a g e m , e v i t a n d o l h o o h a b i t o d a q u e i x a e «lo l a m e n t o . . .
F e l l t e « h ã o d e v i v e r n q u e l l « « c r e a n ç a « , «quelle« m o ç o s , « q u e l l e « v e l h o « , a q u e m f o i e n s i n a d o
o aorrlao, c o n s e r v a d o , c o m r a r a s a t i s f a ç ã o , mesm o nos momentos d e dôr !
K n s l nemos-lhe o o p t i m i s m o . JAmal« l o m b r s n .
do. ou. o q u e * p o o r a i n d a . q u e r e n d o convencelo d e sua i n f e r i o r i d a d e , v e r d a d e i r a r e a p o n s a v e l «Jo
m n l l o g r o d e m u i t o s a s p i r a ç õ e s e d o entorpecim e n t o do m u l t a s v i d o s ! . . .
A h ! q u e v i c t o r i a , e q u e «teoafogo d e ninas, o
v í r u m p e q u e n o neu r o p a t h a a l c o n ç n r a Idade,
l i v r e , por nosso e s f o r ç o , d e s u a s t e n d e n c l a s funestas !
A h ! q u e a c ç ã o n u n c a esquecido, al o consrrvarmoa
norrldente.
sodlo.
alegre,
a moroso
bom ! . . .
Q u e n o «eu c a r a c t e r v i v a m a b o n d a d e , a «lneorldode. o p e n s a m e n t o m e d i t a t i v o , o n o ç ã o nítida entre o bem e o m a l !
F a ç a m o s por I m p e l l l l - o a o c u l t i v o d a a f o r ç a s
p h y s l e a a o I n t e l l e c t u a e a . n u m a a*de c r e s c e n t e d o
saber, d o c u r l c a l d n d e s e m l i m i t e s , p a r a q u e elle.
u m d i a . n o a d * o rnals bello. o m a i s s u b l i m e pres e n t e do h o m e m p a r o o h o m e m : a g r a t i d ã o !
Arrancados, dest'srt*. o« tentnculo« q u e lhe
t o l h l s m a h a r m o n i a d a e'klstencla. t e r e m o s d o l l o
f e i t o o h o m e m , d e a c r l p t o por C a r l o s W a g n e r :
" U m h o m e m * aquelle q u e cr* na vida. na
" f u g a utII dos d i s s " , n o labor fecundo, n a dôr
l i b e r t a d o r a ; * a q u e l l e q u e ae e n t r e g a A v o n t a d o
q u o estã n o f u n d o d a a cousas..
U m h o m e m » a q u e l l e q u e t e m o c o r a ç ã o frat e r n a l . q u e n ã o c o n c e b e a s u a f e l i c i d a d e separad a da felicidade alheia, q u e permanece u n i d o n o
todo. m a r c h a n a f i l a e a m a a h u m a n i d a d e , b e m
c o m o ã f a m í l i a e A p a t r l a . c o m t o d a s a s emoçôe» d e s u a s e n t r a n h a s o t o d o o sot. poder do
sacrifício.
C m h o m e m * a q u e l l e q u e t r a t a d e se govern a r , n ã o s e g u n d o s u a s pxlx«W». seus Interesses ou
o c a p r i c h o r a v i o l ê n c i a do o u t r e m , m a a aegund o n lei da. J u s t l ç * .
U m hiwnem * q u e m s a b e c o m b a t e r e s o f f r e r
por t u d o q u a n t o * b o m . p o r t u d o q u a n t o se a m a .
por t u d o q u a n t o se s d o r a . K" q u e m « a b e o d i a r o
mal o lhe f a t g u e r r a Implacavol, sabendo bem
q u e o noaao I n i m i g o s u p r e m o , o u n l c o e m f l m . *
o mal.
U m h o m e m , a f i n a l . * a q u e l l e q u e s a b e xmòrr o r . p a r a q u e m o d a r a v i d a n ã o * pordol-a, m a s
a a l v a l . a : * e m b u t i r o ophemero no eterno".
Q u a n t o a b u » o l d a vossx p a c i ê n c i a !
M u l t o p o d e r i a d e s c o b r i r a i n d a nessa f l o r e s t a ,
o n d e m e e m b r e n h e i , eaquecl«io. e m p r o c u r a d o s
futuros neuropathas. victims» da marcha
fatal
da predisposição congénito.
|*erdose-me !
M a s q u a n d o nos d e b r u ç a m o s , u m d i s . » o b r e
u m berço, e s e n t i m o s s o f f r e r a I n f a n d o . I n v a de-nou o l i n p e t o d e d a r . l h e . n ã o s ô o c u i d a do d o m e d i c o , m a a o a m p a r o d o m o s t r o « do
amigo...
AO
sei e m
b r a r a m - »e
que
região dos
um
dia.
millionarias
—
Fitado*
quatro
daquellas
oa
que.
Unido»,
cinco
no
gc*tão.
lem-
dizer
do
r o d a v a m ,
abrindo a custo cami
solteirona*
\ t»
n h o por entre a turba,
poeta
/
^
^
^
Y
^
H
H
B
H
W
H
B
V
fonfonando, buiinando.
u
Sèo
mulheres for erro
Da Srturese,
c o n d u z i d o s p o r m o t o r i s t a s n e g r a * . G a r o t a * . v e * t i d a s d e z u a r t e a z u l , ura bo-
deflorarei
nezinho á banda, tomavam
que os commette ás V*Xt*~
e s a l t a v a m d o s b o n d e s e m m o vi meti t o . a p r e g o -
a n d o a e d i ç ã o d a l a r d c d Y ) clarim
do sexo.
A " p o r t a dos
ciuematographos
n a s ruas elegantes, reuniam-se g r u p o * de r a p a r i g a * tagarella*. na
de
fundar
_ _
uma
Claro
está q u e
nar d o terreno, para a c o n r t n i c ç ã o
esgotos, da
agua. do gaz, da
desprezado.
Assim,
jardins
para
e s t u d a n t e s d a * a c a d e m i a s c e » c o U * s u p e r i o r e s q u e yaseai-am
o nivelamento
da* c a * a s para o
prelimi-
assentamento
electricidade, o esforço m a s c u l i n o
porém, que
f l o r i d o s e bungalotcs
c i d a d e - fcjrneceu.
as ruas
macadamizada*
força de tenaz
foi
A s suas tres o u
E
Co«nmandante
com
dc
Bombeiros
soScmnidadc
a cidade começou a prosperar.
padarias;
clarim
fundou-se
do sexo;
Todos
um
uma
ck»
cahir
da
Geral
cargos
foi
tarde,
jornal —
sidade de*se j a r d i m
Po-
Kcnda*
se c h a n u v a
•
%
**
.
marmanjo
sorrateiramente
se i n t r o d u z i s s e
no
'
Inglaterra,
da
Unidos,
Allcnunha.
c o s : d o A f g a n i s t ã o , da
professoras
como
da
do
Canadi.
Australia.
Geórgia,
do
advogadas, astrônomas.
c
Brazil.
«la
.3
li
A
T.
*
jf
de
paize*
Havia
*
A ' s vezes c h e g a v a m e s m o
unu
cos-
mulheres
restas dentas,
ã
sua
cortavam
arroteavam,
sua
roda.
arvores
aravam,
por extensas
ccntenarias.
semeavam
frente, pelas m a n h ã s claras, a c a m i n h o
montes, os r e b a n h o s e os
bras; outras
ainda,
fatos
a cavallo.
o
vestidas
de
los bosques, aos gritos, a c e r c a r a s m a n a d a »
léguas
punham
sólo.
couro,
de
fogo
Outras
do» prados,
numeroso» de ovelhas
rerias doidas pelas c a m p i n a s circumstantes,
terra
a
flo-
levavam
ao
mansas
de
chalrar. a
rir.
separada
Umas
lançavam-se
azulejos,
dc thermometros.
dc
commercial:
colchoaria»,
livrarias,
de
pe-
bilhares, casas
de
fa-
caixa»
estabelecimento
rnachinas
g r i t a v a m , c h a m a n d o p o r elle» : —
resistiam
a
bocca
impruden-.
te. s u s p e n d i a - a n o a r a t e á a l t u r a d a g a i o l a , suffocava-a c o n t r a a» grade» e m u m a b r a ç o
Aos gritos
da
lancinantes da
multidão
fremente,
a
formi-
victinu
velha
c
ao
guardiã
s o b r e v i n h a c o m u m látego c z u r z i a desesperadamente a
"Para
fera através da» g r a d e s , aos g r i t o s
traz. tinhoso ! P a r a traz ! " D a
silenciosa subia e n t ã o ura —
Oh Î —
dc
multidão
de e s p a n t o
c comraoção. A o s golpes cortantes d o azorraguc.
o a n i m a l , t r a n s f i g u r a d o , o l h o s e m c h a m r a a s . dentes c e r r a d o s , b o c c a e s c u m a n t c . l a r g a v a a p r e s a e
lançava-se
aos urros
f e r o z e * c o n t r a as
grade»,
n a d i r e c ç ã o d a v e l h a . D u a s n o v a * c h i c o t a d a s sibi-
annuncio
lantes o f a q a m p o r é m
mais
f u n d o da gaiola, c o m o corpo lanhado, gottejan-
os
.da
c a l lo»
ou
melhor
o s c o v a
dc
dente».
O s
automóveis, e m
q u e burgucz a s
gordas
se r e f a s t e l a v a m , coen o
ar dc quem
está pernutien te men te
f a z e n d o a dí-
grunhin-
U m q u a l q u e r d o * bisupplican-
entre a b e r t a . . .
E
te de suor e s a n g u e . . .
afastar-se. encolher-se
ao
E f o r a m e x a c t a m e n t e es-
ses b i c h o s q u e « l e r a m c a u s a a o « l e s a d a r e c i m e n t o
«la c i d a d e . O d o m i n g o era q u e a j a u l a
amanheceu
a r r o m b a d a dc fóra para dentro, a turba
incom-
mcn*uravel de mulheres que enchia o j a r d i m p r o
rompeu e m assuadas contra o governo. E m breve,
oradoras
inflammadas
d o alto dos
bancos
que
m a r g i n a v a m as a l é a s , c o m e ç a r a m a i n c i t a r o po~
vo á revolta. A o
enfurecida
recção á cidade.
alarido, ao
f i m de a l g u m a s h o r a s a p l e b e
poz-se e m
m o v i m e n t o , a pé, em
Pela» estradas
clamor
suburbanas,
dos protestos, d a »
diao
ameaças
dos gritos sediciosos a» lavradoras, as pastoras,
as p e g u r e i r a s , as b o i a d e i r a s , a g i t a n d o a o a r cajados e foices accorriam. juntavam-se ao bando,
(Conclue
ella»
no fim
do
numero.)
baixi
animaes...
I)avam-se e n t ã o »cenas d r a m a t i c a s , que a todo* e n c h i a m de p a v o r ? A
da
po-
quan-
dilacerarem
m u l h e r d e s a s s i z a d a . * e m p r e s t a r a t t e n ç ã o a o s re-
no
|»ara
a
d o s g u a r d a s - s o e » . se p u n h a m
Adão Î Adão ! —
c o m gesto subito a g a r r a v a o b r a ç o d a
clamor
fallivel
ã tentação de metter
<la g a i o l a , e s t e n d i a o b r a ç o , n o d e s e j o i n c o n t i d o d c t o c a r n o »
graphicas e canetas - t i n t e i r o . . . H a v i a de tudo.
A ' s h o r a s de m o v i m e n t o , n o s a r r e d o r e s d a B o l s a , as r u a s e n c h i a m - s e
de a n i m a ç ã o ; saias
a g i t a v a m - s e a o v e n t o , p l u m a » d c chapéo. curvas e mol
lés, b a l o u ç a v a m r i t h r a i c a m c n t e a o andar
das
mulheres
q u e p a s s a v a m , rostos fechados, c e n h o s
franzido»,
apressa
d a s . A s camelots.
p a r a d a s nas calçadas,
v e s t i d a s á cscosse
za. ou. para attrahir a attenção ( o que
foi depois
prohibi
d o pela C h e f e d e p o l i c i a ) c o m t r a j e »
m a seu li n o s ,
diffi
c u l t a v a m o t r a n s i t o , e s g a n i ç a n d o - s e es-
m a d a
gradi!
sempre, a
petidos avisos dc " c u i d a d o ? " , impresso* a g r a n d e s leiras n a parte
dável!
in-
baixo
chos a c c o r r i a l o g o a o c h a n u d o . aos saltos, e v i n h a colar a c a r a
dactylo-
tridula mente
por
p a r a a t t r a h i r - l h e s a a t t e n ç ã o b a t i a m p a l m a s cora f o r ç a , d e b r u ç a -
r i a m . A ' s vezes a l g u m a
cor-
apenas
d a s n o g r a d i l exterior, todas su*peu>a» na ponta d o s p e z i n h o * m i m o s o » , e
ca-
escrever, de
f u n d a s s e ura
delia
r a p a r i g a s j o v e n s , q u e a i d a d e t o r n a v a c x y a n s i v a s e tra-
c de
bravias de touros c vaccas.
pennas
d e p a p e l i o . E n i o h a v i a d i a era q u e »e n i o
nâo
te c o n t r a o s f e r r o s o s o l h o s h ú m i d o s ,
em
in-
(?).
p o r e n t r e o s v a r a e s d e a ç o c e s p e t a r re-
dos
pela* moitas e s p i n h o s a s
MriKN*
m u l t i d ã o d e m u l h e r e s »e c o m p r i m i a
alto
N o c e n t r o u r b a n o , c m q u a n t o isso. d e s e n v o l v i a m - s e a s i n d u » t r i a » :
bricas
«la j a u l a ,
circular, u n u
Outras —
vessas —
a cidade enchcu-sc. A '
csmal-
sere*. » e g u i d o d e u n u
extravagantemente a bcijal-a. a acaricial-a c o m dedo» trémulos,
do....
ama-
p o p u l a ç ã o divertia-se i m n i e n * a m e n t e coin t a c * bichos
roda
c o m a s m ã o s p o s s a n t e s a seda
doutora;,
esjau-
ititeiramen-
d o e s t e s e m vez d e m o r d e r e m a p o n t e i r a o u d e
exoti-
entre ella*
vasta
p e t i d a s vezes o c o r p o do» b i c h o s r i n d o á s g a r g a l h a d a s
r
da
tureira.
fértil, as
• A'
.
recinto
França,
delia»
m a i o r curio-
sobert>os a n i m a e s e m
terrogação entre parenthesis : H O M O
E as m u l h e r e s a f f l u i a m , a o s b a n d o » ! V i n h a m n i o s ó d o t
E
o n o m e »cientifico dos estranhos
v
ponta da sombrinha
Estado*
por quatro
maioria
A
l a d o , p r e s a â j a u l a p o r f i o s de a r a m e , d a v a , e r a l e i r a s a z u e s ,
vedado.
proprios
era constituída
preoc
realização
t c b r a n c o . E r a l o g a r liera v i s i v c l u t n a p l a c a d e f e r r o
"
de
a cidt
toma-
la d e solidos. m a c i ç o » varóes de aço. U m d o s a n i m a e s o m e n o r , era
d e . e a i m p e d i r q u e n a c o n f u s ã o d a c h e g a d a d o c o m b o i o algum
immensa
rello; outro vermelho; o terceiro inteiramente preto; o quarto
O
Qicíe
eram
t * d o de perenne agitação, cuidadosamente conservado» e m u n u
inaugurada.
a senhora
n o c a m p o o u n a s ilhas pittorescas. A
dirigia-se p o r é m a o J a r d i m Z o o l o g i c o . a a d m i r a r a* fera*
respectivos.
P o l i c i a p a r t i a p a r a a e s t a ç ã o d a e s t r a d a d e f e r r o , a r e c e b e r as
novas habitantes de Kvopolis. que assim
d e fie-nies
quatro
das
foi c o n s t r u í d a ú m a r g e m de ura g r a n d e l a g o )
sas, q u e , p a r a d i s t r a h i r o c * p i r i t o o b s e c a d o d u r a n t e %ei* d i a s p e l a *
mo-
A b r i r a m sc a ç o u g u e * e
m e r c a d o ; editou-se u m
linha de bondes
o* dias, a o
e Fiscal
posse
(Evopolis
cupaçòes d o trabalho, aproveitavam o sueto de d o m i n g o para a
propa-
realisar o sonho de f u n d a r a cidade • gyncccu,
tomaram
sobre
cas
a m i g a s m a i s intima», n o m e a d a s por cila. p a r a os cargo* de C h e f e de
Publicas,
c commcntarios
d a s de a s s a l t o p o r a l a c r e * b a t i d o * d e m u l h e r e s c a r r e g a « l a * d e c e s t a s e bol-
praça.
licia. P r e f e i t o .
impressões
de
convi-
rar, c o m o lhe c o n v i n h a , n o P a l a c i o d o G o v e r n o .
tempo, a trocar
foi
foram
e. á
o
nAo
a l e g r e i , os o p e r á r i o s h o m e n s
Mis» M a n w o m a n , que ideara. projectara
ali m a t a r
o s f a c t o s d o d i a . A o s d o m i n g o s , a c i d a d e e * v a z i a v a - s c . O s b o n d e s a s bar-
se b o r d a r a m
d a d o s a r e t i r a r - s e . e u m p r i m e i r o e x e r c i t o d e m u l h e r e s occufKMi a
ganda, conseguira
iam para
dos
maiorii
ás a u l a * e
fera
í
cm
l i ^ - o r í y :
fc
OWf
ACTO
II
Terraço de hotel. Pequenas
W / W Í / cadeiras
de rime. Fonte luminosa. Ao fundo, balcão que dá
para o mar. Sáe ao balcão tarpa escadaria que parte
de duas Mias columnas eom alam fadários de bronre. Festões com tampadas eleclrieas multicores cruzam-se nos ares. Desenhos luminosos recortam os
grammados
dos canteiros.
E' noite. Luar
fraco.
Vê-se o bahia do Rio de Janeiro, a illumi*ação
de
é\'ictheroy, e pequenos pontos de ouro que são as
luzes dos vapores ancorados no porto. Ao subir o
Panno, oute-se um "fox-lrotm
executado Por uma
" jas-band"
infernal. Chios, assobios.
acclamações,
fera. Diversos pares imvdem o terraço e dirigem-se
fora o balcão, e Para o Mo opposto de scena. em
meio de exclamações : Maravilhoso I
Admirável!
SutUme 1 Muito riso. muita alegria, meia embriagues de fim de banquete.
Paulo e Roberto
tar-se u uma mesa.
entram.
SCENA
Paulo
e
a seguir,
/ vão sen-
I
Roberto
PAULO — O fox-trot d«»tancou o t a n g o I
KORKRTO — E ' peru 1 T í n h a m o s feito grande
progresso q u a n d o t r o c i m o s a tanga pelo t a n g o . . .
Retrocedemos, a g o r a , ao tróte I
PAULO — Q u e r e s u m c h a r u t o ?
K o w r r o — I>o banquete ?
PAULO — N ã o . . . C h a r u t o s de banquete, e ,
principalmente, de banquete d e hoenens de letras,
só q u a n d o n i o ha outros.
R o r t r r o (tomando
um charuto
das anú*r de
Pau lo) — O b r i g a d o . H a v a n a ! D e q u a n t o ?
PAULO — D e nada. Procnetto I c a u que se
incumbiu dos car da pios referencias elogiosas a sçu
trabalho...
ROK*TO — Àquelle horror de desenho q u a d r u pediita ?
PAULO — O s charutos, porém, c i o excclSentc*
(tira longa fumada).
P r o v a - o . e dize-roe, depois, si
o trabalho artístico d o s cardapios não é primoroso...
R o t o r r o — Imprensa, imprensa ! Q u a n t o s crimes te c o m m c t t c m e m teu isome ! (aspirando a fu
inaia de seu charuto)
E f f e c t i v a m c n t e , é cxcellentc I
A mulher e o c h a r u t o I Eis fectasdo thema p a r a conferencias. T a l que as mulheres, o c h a r u t o de preço
dá-nos d e l i c i o u e ephemera e m b r i a g u e i , evola-se e
dissolve-te no espaço numa volúpia de cobra, deix a n d o - n o s , apenas, a carteira v a z i a , e g o s t o amarg o de u r r o !
PAULO — Q u e linda noite ! P a r e c e - s e c o m as de
N i c e cm plena / r a i o * /
R o r c r r o — O h , f i l i o , poupa-me f
PAULO — Nice, Nice, o sonho azul da
Ritiero!
ROBERTO — Já lá estiveste ?
PAULO — Por bilhetes postaes, apenas 1
ROBERTO — A c h o que n i o tens r a z i o . A i n d a ,
Constantinopla...
PAULO —
Por
que
?
ROBERTO — Porque nunca U estive, c o m o nunca
estiveste em Nice. Estive e estou, i m p a t r i o t k a m e n t e ,
neste m e u delicioso R i o . . . A r r a n q u e m - m e daqui,
a r r a n c a m - m e a v i d a . . . T e r r a de sol, terra de a m o r e s . . . V é ! (apontando
para a bahia)
E ' toda a
t c l l c / a universal que dorme numa enseada !
PAULO — S e r i a , si n i o houvesse aqui portug u e s e s e pretos 1
ROBERTO — O h , blasphemo. que renegas teus
pae» í
PAULO — P e r d ã o . . . p e r d ã o . . . Mais d e v a g a r . . .
(continua
em vos bois o).
SCENA
Os mesmos. Ernesto
II
e Carlos, que vêm do salão
••mrrt
Anterior
RODERTO — P a u l o , a respeito d o c a r d a p i o acha
que o s c h a r u t o s que f u m a m o s s i o c x c e l l c n t c s .
C A R L O S — P o r falar e m c h a r u t o s : tem %'ocê alg u m sem endereço ?
PAULO — Pois n i o . . . (dá-lhe um
charuto).
ERNESTO — E O U l j a c o b i n i s m o 1 O menu em
portuguez I
PAULO — Q u e diabo, no Brasil parece-me q u e CARLOS
- O r a Brasil, Brasil, d e i x a « de posar,
meu c a r o ! . . . A c i v i l i s a ç i o é a c i v i l i s a ç i o !
ERNESTO — T r a g o um c o m m i g o .
(mostrando
um cardapio)
F r a n g o c o m c o g u m e l o s . . . Isto pôde
ser portuguez mas. francamente, n i o t e m Cachei.
ROBERTO — A n t i g a m e n t e , exigia-se de u m prato
que tivesse, apenas, sabor.
CARLOS — B este perú c o m f a r o f a I Pois isso
n i o é pulha, p r o f u n d a m e n t e pulha t
KR.VISTO — Q u e lhe acham e m dinde
fareit
N i o é f o r m a muito mais amável d o que aquctlc
horrendo perú c o m f a r o f a ?
CARLOS — F. pasteletcs de ave p a - vot-au vent
de votaille: F/ uma indigestão de ridículo, f r a n c a mente
( t d o at/*o balcão, onde ficam a passear).
PAULO
(a
—
Roberto)
Que
tal ?
ROBERTO — F i m de banquete I (tirando
longa
fumaça)
Estou e m hora de tal beatitude digestiva
que até as asneiras acato c o m o d o g m a s , para n i o
ter que discutil-as.
S C E N A
Os mesmos. Emilia
III
e Elisa, que t•cm da rua
PAULO (baia cumprimentar
Emitia e Elisa) —
O h ! Pensei que não viessem mais I C h e g a m AO f i m
d o banquete I
R o a o r o - S e vinham a l i m e n u r - s c . passo a t r a z !
C h e g a m i hora d a g i b o i a - E u giboio. esplendidamente, todos nós p s t a t o m o j , e nada ha mais que lhes
o f f e r e c e r . O s banquetes tropicaes terminam c o m o as
epopéas a n t i g a s : por falta de c o m b a t e n t e s !
F.MILJA — V i m o s de u m fiveo-eloek.
imaginem,
u m fh^e-o-clock d a M a r o c a s P e n t e a d a
ELIZA — Conhecem-n'a, n i o é v e r d a d e ? Aquella que o marido, c o i t a d o . . .
PAULO — F.' a mulher d o ministro d a justiça,
n i o é assim ?
EMÍLIA — E x a c t a m e n t e , e é só por ser o marido ministro^ e ter meu m a r i d o necessidade delle
para seu accesso, que supporto os doces amanhecidos da M a r o c a s !
R o a z a r o — E * sacrifício nobre em t e m de nossa
magistratura ?
ELIZA — P o r d u a s v e z e s quizemos u h i r . D i s semos que tínhamos este j a n u r que a m i g o s de Juliano lhe o f f c r e c i a m pelo ê x i t o de sua c o m e d i a .
EMÍLIA — Q u i z e m o s aproveitar um íntervallo
para sahirmos á i n g l e z a ; mas nunca c h e g o u a haver i n t e r v a l l a
ELIZA — U m numero e m c i n u de o u t r o I E que
números ! ( r i ) E m f r a n c c z , em inglcz, e m aliem ã o . . . E m portuguez, nada.
ROBEXTO — Q u e sorte teve o portuguez ! . . . P o '
bres paredes ! C o m o d e s e j a r i a m n i o ter o u v i d o s ! •
ELIZA — A Petita R o b k d o tinha um decote
até a q u i . . .
PAULO — P o u c o maior que o seu, cri t i o !
F.UZA — O meu é para u m j a n t a r , ã n o i t e ;
o delia era, apenas, para u m c h i . . .
R o a o i T o - C o m p r e b e n d e . s e . . . O decote augmenta segundo a hora e a natureza d a s r e f e i ç õ e s . . .
ELIZA — E a lingua, também, senhor malcriado !
EMÍLIA — E a dona Esther, a E s t h e r d o r brinc o s ! C o m seus cincoenta annos, abriu a g a r g a n t a «Se
rouxinol para cantar ; cincoenta annos e aquelles
dois seios que parecem o s P y r i n e u s . . .
R o a n r r o — U m nacionalisU diria a S e r r a dos
OrgiOS...
ELIZA
CARLOS ( a Ernesto)— T u d o mal organizado, mal
feito, c o m o sempre acontece entre n ó s . . . N e m u m
c h a r u t o mais ! F. depois o cardapio ! C a r d a p i o e m
s e z de menu / ( o Paulo) N i o achas. P a u l o ? Àquelle h o r r o r de desenho c m festa de artistas I
PAULO ( c o n t r a f e i t o ) — H o r r o r , propriamente,
nio...
•
i i y i
(a
rir)
—
Oh
!
PAULO — E que cantou ella ? A chanson d'une
vierge t
KM ÍLIA — S u b a I
ROSIRTO — Para onde ? A o s P y r i n e u s o u aos
Órgãos ?
1.wiLiA (imitando a vos da cantora) — La
be...
#...0r.„
ou bois dormamt /
l l . H »TKAÇAO
Tooos
(«1 rir)
K M ILIA
—
-
IIH\ZII.» IH \ »
Oh...
oh...
oh ! . . .
C V A F W tor dan t !
ELIZA — Remersant
f J'atvis
entie de crier :
Fiches-nous la paix. dormes, oh belle, mais...
ne
ranfles
pas!
EMILIA — E M f i m , v a m o s entrar. O n d e é o t v i tiaire de senhoras ?
PAULO (a Roberto)
— V o u conduzil-as. V e n s
c o m n o K O á vestia ria >
ROBERTO — O h , filho, estou t i o immutaselmen:e
bem aqui ! (ás senhoras)
Per«locm-mc, sim ?
E u SÃ — Eoorrae s a c r i f í c i o !
ROKKTO — A l ü s é pouco interessante. V ã o ,
apenas, despir-se d a s capas ! . . .
EMÍLIA — U r s o ! Queria que nos despíssemos
inteiras !
ROBERTO — C o m a pouca roupa que o r a trazem I . . .
ELIZA (a Paulo)
— B e l l o n u m e r o esse seu
amigo !
KM ÍLIA — N o s s o . . . nosso amigo, n i o é verdade. R o b e r t o ?
ROBERTO — S i m . . . s i m . . . n o s s o . . . n o s s o . . .
C o m a s mulheres o plural é sempre menos dispendsoso que o singular !
KMILIA g KUSA — O h I (riem de
boamente).
PAULO — V a m o s I (sácm os tres).
( Roberto valia sua cadeira Para um canta de
seena e continua a fumar, indiff crente ao dialogo
seguinte ).
SCENA
Roberto.
RUT it —
VOL* —
Yole e Ruth
IV
(16 e 18
annos)
Asseguro-te I
Ora
!
RUTH — S o u mais velha do que tú. Sabes quantos annos tenho ?
Y o u — E eu } Sabes quantos j i tive ?
RUTH — A n n o s ?
Y o u — N a m o r a d o s . . . Vinte e q u a t r o . . . A i n d a
hontem, numa c o n f e r e n c i a para jeunes filies, sobre
o namoro, disse o c o o f e r e n c i s u que cada n a m o r o
dá i mulher mais experiencia que dez a n n o s de
v i d a . . . Já v ê s . . . T e n h o 240 a n n o s d e v i d a . . . A
senhorita M a t h u u l é m l
RUTH — Elie disse-me. e n t r e u n t o . sinceramente. que se eu o desprezasse era capaz d e l o o c u r a s . . .
Y o u — D e matar-se, talvez ? S i elles cumprissem o que nos dizem, os padres enriqueciam só c o m
missas de sétimo dia ! Q u e r e s p r o v a que elle mudou
de amores ?
Ri Tit — S i m . . . s i m . . . Despcdaça-mc o c o r a ção. mas quero-a !
Y o u — C o m e c e m o s pelo fool-ball...
N i o és
Fluminense ?
RUTH — D e c o r p o e a l m a !
Y o u — P o i s elle bandeou-se para o B o t a f o g o !
RUTH — Possível ?
Y o u — E é quem tem v a r a d o todos o s goals.
porque aquillo lã tudo é fundo !
RUTH — O h , então n i o me ama ! O h o miserável ! (ameaçadora)
Q u e espere ! V a e v e r I . . .
Y o u (irônica)—Vitríolo
?
RUTH — N i o . V o u passar para o B o t a f o g o . . .
A o menos, ha «!c ver-me q u a n d o vazar os goals 1
(Carlos e Emes to descem do
balcão).
CARLOS (opproxi*$ondo-se)—VM*-*e o u v i r esse
colloquio de fadas ?
KRNESTO — O u de j o v e n s musas !
R I T H — N i o venham c o m fitas para cima «Sr
n ó s ! Falamos «la festa ! U m encanto !
(mostrando
Roberto que adormeceu) O l h a aquelle c o m o dorme !
KaNISTO — A c h e i de muito mau g o s t o o menu
e m portuguez ! D e uma c o i u decente c o m o s e j a a
galantine de perdreaux fazerem aquclla immoral gelatira de p e r d i í e s .
Y o u — M a s ha pra:of que se n i o podem traduzir para o f r a n c c z , c o m o , por e x e m p l o , o tutu de
feijão...
RUTH — S i m , com » traduzil-o ?
ERNESTO — P o r que n i o ? T u , é f o i . tutu,
fq>. lot... Toi.~ toi... de haricost...
RUTH
—
Ah...
ah
I
(ri
gostosamente).
YouC — Ma* ha pratos I r a i i k i r o » . . . (rindo com
a infinita malícia das meninas)
O l h e , ha u m . . .
RUTH (upa-IA4- a bocca) — Maluca !
Y c i * — V a t a p i , ei» abi o q u e ia dizer !
KRNISTO — Pois n i o , p«>i< n i o ? A LI-gua <!e
Racine é riquíssima ! V i . . . alU: ! lu/d... seria tapar. . . fermer.„ Alles fermer •
Y o u - I l i o pôde ser tudo. menos v a t a p i * (indo
para i n a l o de Roberto) N i o é t e r d a d e . I>r. R o b e r t o ?
R o a a r r o (acordando)
— l>ito por u n u mulher é
mais provável que n i o o t e j a I
RUTH e Y o t r - O h ! Q u e delicadeza L
R o n r a r o — D e s c u l p e m - m e . . . E s t a v a mal a c o r d a d o f D e que se trata ?
YOLK — D e nada-, d e nada... continue a cochil a r . . (aos outros) V a m o s para o b a l e i o ? (Os Ires
dir%$em-ss para o balcão).
SCENA
V
Roberto e Paulo
PAULO — V e n h o do »alio. N i o imagina* o escândalo de E m í l i a c o m o Juliano 1
KOBUTO — A h 1 M a i que tenho que *êr eu c o m
isso ? . . . A c o r d o u - m e d o * x n n o tranquillo para t i o
pouco ?
|
PAULO — Q u e falta de pudor ! N o s s a sociedade
apodrece !
R o K t r r o — Só n i o apodrece quando é c o m t i g o !
Porque toda tua indignação nasceu de te ter ella troc a d o por Juliano. E* sempre assim 1 O s m i o s odores
s ó se sentera os alheios ! D i - m e o u t r o c h a r u t o !
PAULO (sem atUnder ao fedido de Roberto) —
T r o c a d o , n i o . N i o p r e c i » daquillo. Esta* a f a r t a E
tudo porque Juliano e s c r e v e u uma comediazinha sem
importancia, que o publico, mais idiota que cite,
levou a c e n t e n á r i o ! A mulher é a tolice vestida de
r eu das.
R O W T O — E fax do homem a cauda do seu vestido. . . T e m ahi u m c h a r u t o ?
PAULO — Q u e mania a de fazeres espirito a proposito de t o d o I
R O W T O - A p e n a s deduzo, emquanto tu seduzes.
T e n s ahi o u t r o c h a r u t o ? Sam ou n i o ?
PAULO (dando-lhe um ekaruto) — F/ mulher
perdida. M u d a de amantes c o m o muda de camisas
ROUCRTO—Ao c o n t r a r i o 1 E ' mulher acciada. se
muda tantas r e z e s de camisa.
PAULO — Q u e m é Juliano ? U m idiota, ahi e s t i .
h s c r e v e u uma comedia, a comedia teve ê x i t o . S i n i o
temos theatro, é c l a r o que o primeiro que e s c r e t e é
elevado a gênio. N i o paesa, porém, de u m prctencio* x V o u e s c r e v e r , n i o uma, tres comedias, p a r a
supp!anul-o.
RORKRTO — C r e i o que muda» de parecer ainda
mais vezes que a senhora a que alludes muda de camisa. Disseste e m teu j o r n a l que Juliano tinha enorme talento de coraediographo
PAULO — E u disse isso ? Q u e m disse foi o j o r n a l . . . O j o r n a l é o jornal.
Rowanro — A s s i g n a s t e a critica.
PAULO — P o r q u e preciso g a n h a r a vida. O director do j o r n a l é a m i g o de Juliano.
ROBIXTO — P o i s neste c a i o n i o censures a outra
por d a r trabalho i lavadeira.
PAULO — O h . és irritante I E a senhora Lúcia ?
D e nada se apercebe I Si eu n i o f o s s e homem de caracter escrevia-lhe uma carta a n o n y m a .
Ronraro — C o m o és de caracter, u i v e i lhe escrevat d u a s . . .
PAULO — E quem sabe ? E ' caridade abrir o s
olhos a certas senhoras c a s a d a s . . .
R O M T O — S e r i a d e s t r u i r a sabia obra da creaC i o . D i z e m que a vida se reproduz por pares. E n t r e
o s homens cila se reproduz, mais c o m m u m m e n t e .
por impares.
PAULO — V o l t o a o salio. Q u e r o v é r onde vae a
pouca v e r g o n h a daquelta s e r i g a i u .
ROMRTO — E* inútil. A vergcfiha d a s mulheres
casadas a c a t a oode começa a dos m a r i d o s . , ,
PAULO — A f i n a l , tanto se m e d i quanto se me
deu...
KOMVTO (eom fingida convicção) — Pois c l a r o !
PAULO — Mas vou exigir-the uma e x p l i c a ç ã o . . ,
EU» ou outra, tudo é mulher !
ROUJCTO (volta ao salão) — C l a r í s s i m o T . . ,
C r i s t a l i n o l F i l t r a d o 1 (loço que Púulo sáe) IIunanidade ! (ri-se com philosophica
complacência).
SCENA
Roberto
e
VI
Christiano
CHRISTIANO — O h I D e s e r t o u d o s a l i o ?
Honorio — Deportaram-me.
CitaisTiANO — Q u e m ?
k o n u r r o — A parvoíce.
CMRISTXANO — D e facto, ha de tudo ahi. C o m o
te tratasse de dar grande relevo 4 h o m e n a g e m que
prestavamot a Juliano n i o quizemoi recusar togar
a ringuem.
RORKRTO — C o m t a o t o que n i o deixassem de
pagar o talher, e que o deixassem f i c a r ao f i m d a
f e i t a . . . Este era dos dois o mais fallivel c o m p r o misso.
CHRJSTIANO — A proposito da comedia d e Juliano ainda n i o o u v i t u a opinião.
ROBUTO — N e m eu. E m taes assumptos, caiome a mim me imo, ou adopto o uso i n t e r n a H a
outros que p r e f e r e m o hypodcrmico : v ã o c o m alfinetadas 4 pelle d o auctor. E outros, coeno Paulo,
p r e f e r e m a vida gastrica.
CHIISTIAKO — C l a r o que n i o é p e r f e i t a N i o
podenv>« exigir de nosios auctores que s e j a m B e r n stein, Bataillc. W o l f f , H a v e m o s de coencçar, c o m o
todos os theatros, c o m pequenas comedias e c o m
actores modestos.
Roa i a TO — P a u l o j i n ã o penia assim.
CHRISTIANO — Q u e nos pôde importar o que
pensa aquelle idiota.
RontjrTO — Nesse ponto, caminham vocês de
accocdo...
CHRISTIANO — De a c c o r d o c o m P a u t o ? Seria
c u r i o s o que m ' o deraoestraise I E ' u m rematado
idiota.
„
Roncaro — Foi, e x a c U m e n t e , o que me d i s i e
elle a seu respeito; a o menos neste ponto, v ã o de
accorda
CHKISTIANO — A i n d a bem. T e r i a por insulto
que me j u l g a t s e ctle d i f f e r e n t e m e n t e . Diz mal da
comedia de J u l i a o o ; entretato escreveu o contrario
do que diz. M u d a de opinião c o m o muda de camisa, si é que muda de camisa.
R o t u r T O — Eis uma phraie que me a c a t a elte
de dizer a proposito da Emilia Ramires. A vida
para vocês, segundo v e j o , transforma-se num rol
de camisas s u j a s !
CHRISTIANO — Q u e tem a Emilia ?
ROMRTO — F o i amante detle, P a u l o , < a g o r a
parece que q u e r mudar de camisa c o m Juliano.
CHRISTIANO — A h ! Juliano tem uma mulher
que reúne todos os encantos. N i o creio que possa trocai-a pela R a m i r e i . boneca de panno. sçm
espirito» i e m grande belleza. sem nada que possa
s o b r e p u j a r Lúcia.
ROÚXTO — O a m o r é incoherente. e o adultério sempre viveu d o i contrastes. Ha homens casados c o m senhoras brancas que p r o c u r a m senhoras pretas para adulterar e vice-versa.
CHRISTIANO — L ú c i a é mulher perfeita, a belleza e a bondade- o rythmo, A harmonia.
ROMRTO — A v e n t e i , apenas, uma hypothesc.
A hypothese e c o m o a roupa f e i t a ; experimentam-se muitas para acertar-se c o m a e x a c t a .
CHRISTIANO — E seria m o n s t r u o s o que a trahitic t
ROMRTO — V o c ê , por certo, n i o lhe faltaria
4 f é jurada.
CHRISTIANO — S i m . . . c e r t a m e n t e . . .
(readquirindo-se) Q u e l i n t o eu, p o r é m ?
RonutTo — O u t r a hypothese: mais roupa feita...
CHRISTIANO — Q u e m se poderia descaptivar
daquelle c o r a ç ã o de mulher, e daquelta alma de
artista ?
RomrxTO — S e encomprido um pouco as mang a s do ultimo terno, lhe dou um loque 4 t calças,
talvez lhe v4 4 j u s t a i . . .
CHRISTIANO (que nio attende)
— Lúcia é
uma d e m s c r e a t u r a i raras que c o m o uma braçada de r o s a i enche de p e r f u m e toda a casa cm
que entra, e delia a f a i t a t o d a i a i impurezas. (Sonhador).
Lúcia ! . . , Basta pronunciar-lhe o nome
para que se lenha a impressão de que se derramam,
c o m o pétalas multicores q u e «e d e s f o l h a m , mil
rythmos novos de meiga suavidade 1
ROMRTO — P r o m p t o I A c a b o de achar o terno que lhe v a e !
CHRISTIANO — Q u e t e r n o ?
• R o e u T O — E s t i v o c ê t i o apaixon»do por
l.ucia quanto Pauto por Emília.
CHRISTIANO (que readquire seu aspecto
frio)
— M i o alfaiate, ou m i o p h i l o t o p h o !
ROMRTO — A m i g o , a bem de sua sinceridaden i o procure illudir-se. Sei quanto se empenha e m
manter essa linha de nobreza cavalheiresca, nesta
época e m q u e os velhacos se e x h i b e m e m jolda*.
Pois e s t i ella por pouco, si insistir cm sua assiduidade j u n t o a Lúcia.
CHRISTIANO — O h , b a s t a !
K ca u r r o — A v i s o - o c o m o o h o m e m prudente
que vè um vizinho imprevidente divertir-se c o m
as pequenas f a g u l h a s que lhe caem da chaminé,
sobre o telhado escuro, cocno si pequenos iniectos
de o u r o f o s s e m . . . I Â s e m dia, p o r é m , que dos
ninhos que fazem aquellas fagulhas, surge, inesperadamente, a gran«Jc ninhada do f o g o . o i g r a n des pássaros rubros d a i l a b a r e d a s . . . C h a m e os
bombeiros, emquanto é tempo, e . . . a c u d a - m e I
{Iorque a noite e este H a v a n a f a z e m - m e p o e t a i
CHRISTIANO — N i o posso ter segredos para
c o m você, porque é o único que conhece o meu
lambera único segredo. L u i e a foi- e m certo momento de minha vida, a própria vida, a força
occulta que me fazia d e s e j a r a bondade e a perf e i ç ã o . . . N i o poude i e r m i n h a . . . N a d a do que
é bom, e . alto, c nobre pôde r e a l i i a r - s e nesta
s i d a . . . E a q u e l k sentimento t r a n s f o r m o u - s e eni
a f f c s ç i o muito terna, m a t muito respeitosa, de irm ã o p a r a irmã O u t r o me de*cobris%e eu, e , pôde
crer. n e m u m momento mzis delia me a p p r o x i mar ia.
SCENA
Os mesmos e Paulo,
VII
que opparece à porta do salão
PAULO — P ó d c i dar-tnc uma palavra, Roberto ?
KORUTO ( « Paulo) — U m minuto. (A Christia no) L 4 e s t i o u t r o que me vive a canta r, que
n i o se prcoccupa • cotn a dama de seus constantes
p e n a r e s ! Q u e m ama é como quem e s t i . sob chloro f o r mio, a ser o p e r a d a N a d a sente, chega a ter
sonhos deliciosos, ignora que cst4 sendo operado,
e faz e n o r m e piedade a q u e m assistir á o p e r a ç ã o !
(Voltamdo-se e indo ao encontro dc Pculo)
Que
ha, meu infeliz L o v e l a c e ?
PAULO — Q u e r o que venhas c o m m i g o ao s a l i o .
e que m e digas se tenho ou n i o tenho r a z ã o .
Posso estar i l l u d i d o . . . P r e c i s o que u m a m i g o
sincero me a c o n s e l h e . . ,
RoturTO — A i n d a sobre E m i l i a ?
PAULO — S i m . . . N ã o rias I N i o é que me
importe c o m e l l a . . . A mim pouco se m e d á ,
pouco se me d e u . . . N i o q u e r o é commetter injustiças...
Rotfcxro — Já s e i . . . T e n s horror
iquella
mulher... Adeante!
PAULO — O q u e dita este meu a c t o è a nobreza de meus s e n t i m e n t o s . . . Q u e r o que u m terceiro. c o m p r c h e n d e s ? u m t e r c e i r o . . . .
Ron IR i o (interrompendo
o) — V a m o s l . . . V a m o s ! . . . F a z e s - m e pagar c a r o o preço de dois
charutoi. (Saem a
conversar).
Christiano.
SCENA
VIII
Lúcia
e depois
Paulo
CHRISTIANO (senta-u
a uma mesa de costas
para a porta do salão e murmura
pensativo)
—
N e m um minuto m a i i l
LÚCIA
(«JKC entra
cautelosamente,
approxima-
se de Christiano
e immobilica-lhe
u cobeça)
—
A d i t m h e quem é ?
CHRISTIANO — U m a das tres g r a ç a s : A g l a é .
Thalia ou Euphrosina!
PAULO (espreitando da porta da saião) — O l i !
T e n h o agora a e x p l i c a ç ã o d a sua cegueira. (Desapparece).
LÚCIA — Solteira ou c a s a d a ?
CHRISTIANO — V i u v a !
LÚCIA — O h ! I.ooge o a g o u r o !
(Deira-lhe
a
cabeça).
CHRISTIANO — L ú c i a !
LÚCIA — V i m buscai-o. P o r que f u g i u da
*ala? N i o quero ninguém triste nessa festa, e menos ainda você. V e n h a dansar c o m m i g o esta salsa.
CHRISTIANO — F i q u e m o s aqui u m momento.
O mar favorece-nos deliciosa brisa. Juliano diverte-se?
LÚCIA — Nfc> chega para as
__
encommendas. F.' o herúe d o dia.
F. g r a ç a s a noaso bom a m i g o C h r i s S i a n o ! C o m o l h e sou g r a u por
tudo quanto tem f e i t o p«»r nó»r
('HRISTIA^P — N a d a mais ten h o feito d o que render justiça
ao m e n t a
LÚCIA — O triumpbo de Juliano f a l - o d e s e j a d o Deixei o . agora, a dansar c o m Emilia. N ã o imagina c o m o E m í l i a e s t i enthusiasinada com a comedia de J u l i a n o !
A querida a m i g a ! E g r a c i o s a ! S a be que mc disse? Estou tão enth.isiasm*da c o m o talento d e teu marido que se n i o f o s s e teu e r a capaz de r o u b a i - o ! ( r i ) .
CHRISTIANO — A c h a isso g r a CSOFO?
LÚCIA — E* brincadeira. !*tn
se v ê . Depois, t i o minha a m i g a !
N ã o sabe que f a z e r para me ser
agradavel.
CHRISTIANO — K m todo o cas o , é bom n i o c o n f i a r demasiadamente nas a m i g a i intimas. Lerabre-se d o a d a g i o :
•Guarde-me
D e u s dos amigos, que dos inimigos d e f e n d o - m e e u * .
(Continua
no prorimo
numero)
G E N T E
D E
C L N F. M A —
AIXA
N A Z I MOVA, ARTISTA
0 U E FC I I O J K U M A DAS M A I S ADMIRADAS INTKRPRCTC* DA
ARTF.
DO
SILKKCIA
*U*SA.
T V V A C C R ^
•
T A g r a n d e trabalho R.o sentido de a : n d a manj
| tcr-%c. !'. i c o a p o i i c i o d a p r ó x i m a e n o v a
I r X l«K»s!at;iri republicana d e
i«>ii — i«/zj,
'
para a verificação de poderes n o Congresso N a c i o n a l , o j á f a m o s o c r i t é r i o d o •reconhecimento dos d i p l o m a d o s " .
A h i está u m a p r o v a de q u e notável «'.úmero
dos políticos brasileiros a i n d a n i o sc e m p e n h a r a m ,
•»siccramcnte. em a b a n d o n a r p a r a sempre o s velho» processo* da a l c h i m i a pol tiqueira que de
m o d o t i o l a m c n l a v e l celebrizaram o u t r a : épocas
«Ja nossa democracia.
A v i n g a r esse t r a b a l h o suspeitos: ssirao, terem o s «lado p r o f u n d o golpe na c o n f i a n ç a c o m q u e
a o p i n i ã o publica recebeu a n o v a lei eleitoral c o
recente ple-.to de Fevereiro passado.
f
P r e c i s a m o s , d c u m a vez por todas, relegar
p a r a o p l a n o d a s cousas q j c nos d e s h o n r a m , esse
vicio i g n o i â l <Je i n v e n t a r critérios politicos p a r a a
s o l u ç ã o «te casos c p r o l ^ c m a s nacionacs q u r ticr.huma d i f f i c u l d a d e a p r e r e n t a m e m face d a s leis
c m vigor.
O c r i t é r i o d o " r e c o n h e c i m e n t o dos diplomatfos" é o o u t r o e x t r e m o d o nosso v e l h o m o l d e «ic
fabricar
lcgi-Iadores. U m e o u t r o , p o r é m , «levem
cnscrgonliar-«ior.
N i o ha m u i t o , a verificação de poderes n o
B r a s i l faria-se pelo c h a m a d o c r i t é r i o d o " recon h e c i m e n t o p o r c a b e ç a " . l ) e nada v a l i a m as votaç«3es d o s candidatos. C o m u m a simples
tmend«i
transferia-se a s o t a ç á o de S a n c h o p a r a M a r t i n h o ,
e este era reconhecido pelos votos q u e o o u t r o obtivera. C a r l o s P e i x o t o F i l h o ergueu-se j r a d i a contra essa i m m o r a l i d a d c . coral »a teu e deitou-a p o r
terra. Passou, e n t i o , a v i g o r a r o c r i t é r i o d o " rec o i h e c i m c n t o dos d i p l o m a d o s " . Bastava estar alg u é m na posse «le u m d i p l o m a p a r a ter a certeza
de ser
reconhecido.
N e m tanto a o m a r , n e m t a n t o á terra, seria o
caso dc di/er-íc a g o r a , d i a n t e da ameaça d o prev a l c c i m e n t o d o s e g u i d o , q u e foi o d o m i n a n t e ainda na dcrra«3cira renovação da C a m a r a , sob o go\crno d o I>r. NVcncesláo B r a z . Nesse t e m p o , comprehci>dc-sc a c t u a l m e n t e , a i n d a pairava sobre o
p a i i i n t e i r o o r e f l e x o insinuante d o f o r m i d a s e l
prestigio de P i n h e i r o M a c h a d o , fallecido metes antes. e que f o r a o g r a n d e inventor das
injmncçòes
f eitiças
m a c a b r a m e n t e i n a j g u radas cora a candid a t u r a . presidencial d o S r . M a r e c h a l H e r m e s da
F o i seca.
essado pela inclusão de u m a m i g o na chapa dos
deputados a l a g o a n o s !
A h i está ura cxcellcntc s y m p t o t m da presente
época politica. K t u d o indica q u e o C h e f e da Nação n i o se a f a s t a r á da n e u t r a l i d a d e q u e soube
m a n t e r c m 20 «Ie Fevereiro.
A s s i m , p a r a h o n r a «le seu g o v e r n o , o c politicos q u e a p o u m S. K x . c q u e estão dispostos a lhe
o u v i r as recOMMncadaçóe*. n ã o se d e v e m sleix a r c o l h e r n a s m a l h a s «las injtaicçõcs {»oliticas,
n e m nos laços dos c o m p r o m i s s o s partida rios incondicionaes.
S c n i o p u d e r e m os procére» da politica nacional prescindir «lc u m c r i t é r i o p a r a o p r o x i m o rcc o n h u r i m e n t o d e poderes, a d o p t e m , e n t ã o , o critério da verdade eleitoral, o critério d a eleição batid a . o critério d o s votos depositados na u r n a , o critério d a c ; p e r a n ç a c m q u e está a o p i n i i o publica,
a c r e d i t a n d o q u e enveredamos, a f i n a l , por segura
m é t a p a r a a m o r a l i d a d e dos nossos h á b i t o s eleitoraes e políticos.
O s casos duvid«>sos a estudar, aliás, são dig»*,os d c a t t e i x i o : — u n s pe*o* nomes brilhantes
q u e c n s o l v e m : outros, pc!a grosseira m y s t i f i c a ç ã o
e m q a e f o r a m creados e q u e está a reclamar puniç ã o severa.
H a o caso d o A m a z o n a s , por exemplo, q u e é
t a m b é m curiosíssimo. D c u m lado, as opposiçóes
c o l l i g a d i s no E s t a d o d ã o c o m o cVítos, para senad o r , o S r . Metelki J ú n i o r , c para «ieputa«ios o s Srs.
D o r v a l P o r t o , E p h i g e n i o Salles e A n t o n i o Nogueira.
O p a r t i d o situacionista, n o c m t a n t o , g r i t a q u e
es«c resultado é fantastico c que os eleitos f o r e m
o S r . a l m i r a n t e A l e x * i d r i n o «le A l e n c a r e seus
c o m p a n h e i r o s de chapa, nomes i n t c : r a m c n t c outros.
Q . i a l d o s dois partidos estará c o m a verdade ?
R ' impossível sentoiciar a n t r j d o e x a m e das
eViçòcs ali t r a v a d a s , m a s d o e x a m e feito pe*-o poder v e r i f i c a d o r , p o i s q j c o e x a m e e f f e c t u a d o pela
J u n t a a p u r a d o r a «1o pleito n i o é completo. a b r a n g e
tão sôcnoite as condições exteriores dos livros e
d a í actas eleitoraes, condições f a c i l m e n t e falsificáveis, a i n d a hoje. nos E s t a d o s .
P o i s c o m o es!c. h a o u t r o s casos era «jue ?er»a
d c boa m o r a l e sã politica a p o n t a r aos o l h o s d o paiz
<le q u e b a n d a ficou a verdade e l e i t o r a l ; assim c o m o
o u t r o s ha em q u e a justiça rec'ama se esclareçam
d u v i d a s que v ã o t o m a n d o v u l t o em torno da inelegibilidade de certos candidatos.
O s c r , o s do» Srs. D o m i n g o s M a r anno, n o Est a d o d o R i o . e B r á u l i o X a v i e r . *:a B a h i a , são typ«cos n a q u e l l a e s p e d e Este, n i o se «lc:inc«*npatibelisou, e m t e m p o legal, «la sua quali«ladc de presidente d o S u p e r i o r T r i b u n a l «le J u s t i ç a ttahiaiux
A q u c O e . fez-se eleger d u r a n t e o p e r í o d o d a sua
v»ce-prcsidcnc ; a d o E s t a d o .
A m b o s f o r a m , c n e m p o d e r i a m deixar d c ser,
p o r taes m o t i v o s , d i p l o m a d o s . M a s só «> f >ram,
tamlietn, porque a Jt»*.ta a p u r a d o r a q c e l l i ? i conf e r i a os d i p l o m a s n i o p<»«!ia, legalmente, t o m a r con h e c i m e n t o da inelegibilidade c o n t r a cites a r g u i d a .
Supponha-sc, n o c m t a n t o , q u e o c r i t é r i o d o
" r e c o n h e c i m e n t o dos d i p l o m a d o s " v o i h a a prevalecer na p r ó x i m a s e r i f i c a ç à o dc poderes. Seria jus10, seria legal, seria decente o r e c o n h e c i m e n t o dos
Srs. D o m i n g o * M a r i a n n o c B r á u l i o X a v i e r ?
C e r t a m e n t e q u e n i o . E m n e n h u m paiz d o m a n d o existem leis m a i s o n m e n o s respeitáveis. T o d a s
cilas o são egualmente. E nos casos a c i m a citados,
a inelegibilidade dos c z n d i d a t o r a l l u d i d o s , se f ò r
c o m p r o * a d a , está c l a r a m e n t e expressa na n o v a lei
eleitoral, p o r c u j o r e s j e to c l a m a a o p i i ü o pubisca.
O serdadeiro. p o r t a n t o , e o a r g j m e n t o vale
p a r a o p o n t o de vista q u e sustento, é , p>r essa c
p o r o u t r a s h>pothescs occurrentes, t i i o f i r m a r critério a l g u m , antecedente, p a r a o p r o x i m o rcconh;c i m e n t o de poderee. E x a m i n e m - s e c o m p r u d ê n c i a e
espirito d c j u s t i ç a todos o s casos d u v i d o s o s e decidam-se lisamente as questões q u e f o r e m su:citadas.
A v e r i f i c a ç ã o dos poderes na C a m a r a e n o
S e n a d o n ã o deve c n ã o p ô d e ser menos honesta
q u e a eleição d c Fevereiro u l t i m o nesta capital e
n a m a i o r i a dos E s t a d o r .
MOZART
LAGO
A g o r a , p o r é m , sob o g o v e r n o d o S r . E p i t á c i o
Pessoa, q u e pleiteou com t ã o notável interesse a
v o t a ç ã o da n o v a lei eleitoral, e q u a n d o j á se muitipartiu por chefes diversos a incontrastavcl i n f l u © x i a q u e o p u l s o <lc f e r r o d o s a u d o s ? general
g a ú c h o pcrmittiu-Ihc m a n t e r s o z i n h o , n i n g u é m m a i *
j.«xicria j u s t i f i c a r decentemente, p a r a a p r ó x i m a ver i f i c a ç ã o de poílcres, a a d o p ç a o dc q u a l q u e r critério d e reconhecimento, c m u i t o menos esse de se
terem c o m o I q u i d o s todos os d i p l o m a s expedidos
j e l a s j u n t a s a p u r a d o r a » das recentes eleições gcraes.
O s d i p l o m a s ilos c a n d i d a t o s a o C o n g r e s s o —
é u m a cousa sabida — n i o constituem m a i s q u e
p r e t u m p ç á o o u » i d i c i o p r o s a s e l «íe elegibilidade.
N i o d e v e m , p o r t a n t o , ter força de t i t u l o l i q u i d o
e certo. K ' a p r ó p r i a lei q u e lhes tira essa f o r ç a ,
estabelecendo q u e á s j u n t a s A p u r a d o r a s que os
e x p e d e m é v e d a d o o e x a m e dos vícios intrínsecos < b
eleição.
U r g e . p o r o u t r o lado. n ã o esmorecer na camp a n h a pela m o r a l i s a ç i o ú o n o s s o systenia eleitoral,
e p a r a t a n t o é mister, a g o r a , n à o t n i i s t r a n s i g i r ,
custe o q u e c u s t a r , c o m os politicos q u e se n ã o
v e x a r a m de v i o l a r as k i s e o s sãos costumes democráticos p a r a conseguirem votaçCe* fantasticas
o c esguichos de \*otos *alvadorcr d a sua estrondosa d e r r o t a das urnas. N i o f o r a m p o u c a * as' surpresas eleitoraes «lo pleito d e Fevcre-.ro - j t t m o . B
a simples e n u n c i a ç ã o «ic a l g u m a s delias, r e f o r ç a d a
pelos protestos da i m p r e n s a , bastaria p a r a levar
aos espirito* imparciac* a c o n v i c ç ã o de que. infelizmente. lá f ó r a , e m a l g u n s Estados, a i n d a imper a m a c h i c a n a , o * u b * n : o e a pressão sobre as
urnas.
O r a , o S r . prestdeente <la RepubHca tem d a d o
as n u »ores d e m o n s t r a ç õ e s «la sua n e u t r a l i d a d e na
passada eleição. L e v o u m e m o o s seus escrupulos a
t i l p o n t o q.se n ã o p e r m i t t i u passasse sem u m desm e n t i d o fo*ma1 a noticia dc q u e sc h a v i a inter-
SaXA
10 3* ACTO DA COM KOI A " l O X l C C Í AtTKtTLAtiOS". «
sirsío
txm,
rrãu(
COMPANHIA
CHABY
CLAÜt»!0 t f
M M U I W .
NO
SOt Z S. RKrrr>rXT\H.S, <X>M IMR.vtAcio T i t t \ N X
A destruição dos índios
(FIM)
ha. No a n n o •!•• l i t t , o governador B % nto C w í i
v U um» expellçlo contra OH IrarIÚM. que» FOFÂM qua»I cxtermlr. »dor. »endo multo« r Iodai A« nulhrrra
e e r r a r e i . «»craviftadoa.
Mathlaa 4« Cua>ia. gov rn.vV.r «la I&ahia. tendo
r w t è í ó o trrrlveia i ) * f l i u do« colono» 4o CearA contra o« lndfc>a da mrlâo. no <wrrr 4r 14»?. r w i n l i
no reo p i ç o uma Junta 4P th o!o«o«, mUalomrto*
e militar *, que decidiram. Ar « c ^ r l o com o nu«»
rxlgta o m l d» l*ortugal. -joe a guerra era Juata. K
ella foi ordenada o frita !
Km 14*3. a popuUcAo In4lgrna da eaptanha 6
d (Urrada
aartoU o pdaa continua« RUfrra* qar
<m band." 'raiit«a ( M U I a < M l e «'irlrya. M l tm a frrtela c ctiblcidaa, U mnr.vm do Jaguar » f .
Agoito. m«s di* deagoata dia o povo. Kr* Ago«>
to de i : o o K\O f^acln».!.«. o . Indiana.« «Idela.lo»
cm 8. Milhou«, o» QuIxelA* »endo • a i muiadore«
o» Jucftn. que o U d t c i i m A família Moni«-, neta»
«<ca«llo «m guerra oom a famllU K«Ko»« IvTxjijnnto esaaa duna família*, n u m r e v â i > aguerrldaa. 4eac*-n«lent< a d«* portagueae». r u « r r t u v i m no nrrtAo.
gularr.-na. tocviaado parte i u luta e d atrulnd.
reclpcccarv^ite o» tndloa J u c l a e O u L n M n «\artú» c
CftpIrahM
A 20 de A W f l 4< 17*S. uma carta r**la. ordenou "guerra j r r t l " ao« li#doa d» como. em toda«
a» capitania • do norte 4o Itraall. afim d«* fiterml*
nal-o« completamente. <Vwn4o o« que rv*i»tl*»«-fn a-r
I«a»»a«loa a fio «la «apäda • o* «I«* W r . ' n d » M « vendido* como e «cravo». O produeto 4 « venda 4*«w*
<«cravo« deveria cobrir a* dea*» xx> da guerra f.*ltaa pela Pkaenda I t . a ! ; ma*, «e dc-r -quinto«* n Hia
«leatinado» /obro»*« alguma couaa. deveria «er d»do
um pr>rmtr a o governador da Pernamt»uco. O mal«
miartlr-»e- a. conforme de: rminava o Ite* mento
du a Fronteira«. e*»tre oa olflclaea e Mtddxdoa que t|.
vrearm toenado farte na <\pdlçfo No irj<«mo «nno.
Iirrnardo Coelho exterminava. por or4«ni do i w r n««tor. a» trlbua doa leda. Carlry». C a r i t a o Caratiô«. K ainda em ITO*. o governador «le Pernambuco. KeJIx Jo«* dc M n d o n ç a . mandava o caplUo-mAc
«V» rio 8. Francisco gurrr««r o« Indlo« de corvo até
ficar* m o« mearnoa -«ogelto* ao« branooa".
Outro Acoito fatal aoa aborlcew-. o d* 1712.
ICeb<il«rvi-«c o i A n n n u A ^ atacam a vllla do Aqulr«x. cuja populac&o fog* para Fortaleça. No caminho. o« UvdkM alcançam e matam «lusrnta» peaaoaa.
O governador Duarte reúna o cona-lbo ou a junta
do« malorae» da capitania, que declaram >Mta a
guerra, n n o M M é â pronteAo de D. JoAo IV.
exigira e«aa formaI.'da4e. a affUam-re logo A porln
«1«« e^re^m oa bant»o« de guerra livre ao felvag.*m.
Todo o mundo i » I U m i U r tndloa Kra a t**all*a.to a*»A»»lnU> ! O o M U o i a m a U n c a e n eacn\>*ç\o O coronel de cnvalUrta lUrro» llraga prendi I M Anna»*«« e trucida
O <*ipll&o 1'a^honl
forre la Vieira «acravlaa K J e mata n*o w »a br
quuntoa. O capitão Antonfo Vieira «la 8!lva prr»-Bli«* o» Btacantf» do Aqui m s o mata-lhej
cv>onlanhriroa A avierra oont'nuou at4 171«. quando ih
(OU Inteiramente ex tine ta a trfbu 4o» J a i u a r t o r n
e qu«»! totalar>ente dr»truída» «« doa Anna«»«« e 4o»
Canindé*
Apesar d^ao. a c r w M i d « offVclal n&o «r »atufe». Km Março d» 1714. uma ordem regia mandava
<«i,t!nu»r a l M a a guerra ao« Indkoa até HU complelo i-xterm nio.
O gentio realatlu a
lut« conitant?. Tanto
«Mim que e » Novembro de 1711. o etyltlQ tmõr
ÍT Alv • .
rre..;i .
\
. m «lo r •> J a
-e.
crcravleando dezena* d-llea.
f m «nno apA«. em 17JI o governador do Ceara ordenava ao capttlo l.ult Kerre.m l'e ».*ka f««er
i.oeera noa w l u m u da» margea» d.» Acaracô. o rio
«'a» Cnrçia «le Akncar. e a q-aaeM(uer outra« trlb<««
qu? Ih«- conata*»e commetter troi>e]lna o*.« rouboi d*
gn4o. No ref -r»4o «nno. e.«e me^no governador «nv i v a o cnpltâo^n^e Joaé de Moura N g r l o contrn
oa mi>>< de Aracaty-Aa«d. Mumlahd e Agua 4a%
Velk»«.
O governa for í a carltanln ne»»e «nno de I T í !
e m t»m Inimigo Im placa vel doa «elvlcolaa. Mandou
mala o JA citado « cru-l coíinvI llarroa llra^u guerrear oa CHnlpapc« do Jaguarlbe; o capItAo-móe Kmt«*am l>uro 4e Ascvedo combater quaeyquer trlt«ni
que nAo e«tlv«*»'m qulela«. e o capttAo-môr JoAo
Falix de Car%albo faxer gwerrn a o gentio brav 0 -que
encontraaa« - .
A nda em 1 7 » o Conselho Ultramarino de I.Uboa d'terminava qu? o goieriuidor 4> MaranNio tlra»ae da» aldeia« de leiloa m a r . » » «U »erra de Ibiapaba duaentoa e clncorala bona frrclkrlroa. afim de
«mpregal-oa o « a l a beere |o»iivel na guerra que «r
In faner ao* M i o « 4a t n b u doa <luegu4«. que »ai
travam oa ga«So« r<a limite« do O a r á e do PUuhrMult!pt»cavam-»e. aaalm. quaal todo« o i anrv>*.
aa guerraa rareia««, gerara ou livre«, que eram a a
poorv*. contra ea lnlk»a N b 4 d f % m i l afamado«. I»drvVa. rni^olvldoa na a luta« «laa família« joleroaaa
ou que c»tlve««>:n em guerra entre e-lei proprio«...
ÍV-» exemplo do O n r A . roder-»e^l Inferir o que
de%e ter »Wo a guerra e<ontru o i lvicoln r«i «yatraa
r-'gWa 4o llraxll. onde foi multo maior o deaenn«le«r daa amb ÇMT« doa corwyulaladorea. K 4eaU forte
o Indígena 4e«appar«ceu. «migrando p i r a aa rerUV-a
deaconhecltlaa d» Coyat. do MaranhAo. d^ Matto
(Irovao. do ParA e 4o Amanonai^ ond«« o» oatechk»ta« 4« Itepublica o» l í m Ido rnronlrar com prom«*«aaa de p a i e 4» auxilio, que »Ao bem recetrida«. ma»
contra M quae* .-atâo rempre oa calWfea d a orelha
em pf. l<»la «ive a ava devoonflaiK» «lo" braixua t t n
mala de doía axuloa de U l a l e . . .
O In4k> n l o compe«h'ndeu o I n u i o r e cate .nAo
entende« <• Indlo O efeojue de a»l»ci determinou o
annlqullxm'nto do ma!» fraco. R><cor4o-me que. uma
feita, lerwMntel a o gmornl Itondcn «jual a Méa que
cm aeUagen» f a l i a m de nde». braail'lroa actuae«. «eua
IrnriAo«. K l > f l l l i ) 0 «W* Ihr drclarAra uma vrg
um chefe de Kalnkanga. i u « H t a i d- Matto <Jro'««>:
• Filho» duma gente multo forte que velu do outro Indo «lo mar «• contra ^ «jual « In itil guerrear,
perque »abe mal^fleto« de to«la a «orte e alnguem
|i64e com ella ! '
JOTA KSSK
O C U L O S E PINGE-NEZ
De«e*a «cr te«O»
toda a e*»<«>dlo e
cuidad». devem o4ir tm perfeita reU^lo
com a pV.ik.no»« »a e oa olho« de qoem os
asa. de coatrarío. pec]udlc«m a vlaio. 7 = 5 5
f*
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CCtfUUMS Dl
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AKi$
na7ana.
Ttupk. Ç. uri
78
1*0*1 CO«. Ob>ecto« d« tollet te. Pente« de tartaruga. Imitação e
do f a n i a i U .
Nas yesperas da Abdicação
Por
ALIUDO
BALTNAfAg
PA
SlLVtltA
(FIM)
fizerem, como de »obediente* á» ordens »uperiore». T a l fartaria »ó foi publicada c o
exemplar d o Jornal
do Commrrdo
de 7
de Abril de 1^31, i i t o f . q..>ndo o imperador e a imperatriz j á haviam embarcado na n i o injteza, e a tropa militar
adheria a o movimento liticrtador.
<)do?tco Mendes e Evaristo da Veiga, duav" grandei figura» que l f »ale»taram na<iuellet successd» poÜticos, incu.nbiram-fc de amai: ar a» furiaa e cs zcl>»
daquelle» que »e eml>riagaram com a vicloria e recommrndavain a v i n d i c u .
1'erdio para o» illudidü». exclamou
o alalivatk» t r a d i x t o r da Baeidé;
moderaç i o , haja modera e i o ; aejam
gene:o»o>
na to*»a justa indignação, tudo o p e r e m o s
das autoridades, f o r a m as phrase» que eaI COMO O O M N I C T
tamj>ou a Aurora Flnm.nmu.
c que c-»A TOTOS AGRA(7A
icguiram acalmar a exacertiaçio publica,
O brigadeiro L i m a e S i K a gosava dr
grarde preatijtio ra» r l a i militares; fácil lhe foi, pDr con»e«uinte, im;»òr a
diiciplina na caierna e cohibir oa exce»sos d o i »ea-. »utordinado*.
K, i a m a n h i de 7 de Abril de 18JI, entrego« I>oni Pedro I a o major
Miguel de Fria» a aua a M i c a ç i o , pronunciando a» aeguintei palavras: * A q u i
tem a m i r í i a abdicaçio. Kstimo que nejam felizes; eu rre retiro para a líuropa, deixar do um paiz que sempre amei e ainda a m o " .
A W e r s p i t e e a V o l á f t deixaram aa agua» da formoaa ÇuanaT«ara no dia
i„t de Abril «ie 1831; inauguroa-*c. e n t i o , o período regencial, que t e r m i r o a
cm 23 de J u r h o de 1H40. a astignalada data que recorda a decretação da maioridade daquclle qve se tornoii o modek» do» rei». 00 conceito d o severo GUdstor.c.
Um óculo ou P»«ce-«ei deie ict o comple
»Mato «cccaaarto a reccd» q«e o medico
oculikta pfcvcre.e —
'
— Podcmo» (ViMIr qae todo o oc«*o ou
piace «cr que r s t r r f i i M i é ceatcccloaado
rigorosa e acw«tl«c»»aeate pee pcuoal habl
Idado e por isso a b u M i n r a t r peilcito.
O s «oaao» pcccos m l o i o alca«ce de todos.
PRT«N*>RE I*AL.TO«« TWI A « # / K M O C e CA«.ca
a Ueir^weMai S<4*i.<ko
L U T Z , FERRANDO Ä Co. L . T 0 A
AVCNIOA
C O M C f t f f t C l f t C . II
»10 PI
jaMlPO
[ã (ÕJ m [õj n) m
lk»m P e i r o I , arehiteeio «!e doi» m.mumenio« politi:>1, he.-ó? em d o í f
mur.doi, secundo ^e exprimiu J o a q u i m Manoel de Mace U», pre»tou ao Bra:
i ! cs ir?i» ie'evtnte» fervido» e r i o quiz lançar o | a i i
a« averturaa de
u m a guerra civil, cuja» cooaequencia» r e n h u m rociologo poderia pre\Tr; «!cu.
durante a aua regencía. e dfpoia m c i m o de ímperad«»r, incooeu«»ai prova» da
tua generosidade e do aeu de»prendim:nto pela» poviçõe».
N i o era elle u m i g r o r a n t e ; m u fòra conveníentemenic apparelKado i»ara
governar u m pai* num difftcil m«>mento da »ua f o r m a ç i o |»olitica; faltavamlhe u m l c m aquelle tacto e aquclla finura de maneiraa que fariam o dip!<»ma a
irgles atirar, diaeretamentr, ao c h i o o «*u I f f K O . . . |»ara n i o ter ol»riga:lo
a >j»anhar o d o »eu collega. Commetteu ellc icra\es error, que j»o4em ser reagarado» pelo» »eut grandes aerviç-?», pela deficicocia da »ua educarão e p t l o
m e i o em que K formcni » m c a r K t c r .
.
,
EY
OPOLIS
Po*
MliM
LUZ
(FIM)
que crescia. c m maré alta de gente revolta.
As
policiaes. enviadas c o m metralhadoras a o encontro d a multid&o de tresloucadas,
d o s u m i ç o d o s Homo
causa
commum...
sapiens,
E
foi
togo
ao
saber
com ellas fizeram
ás
exclamações
QUI PA£CtOS/OAD£ COfilCU
es TA C'iXkf
FncÁno?Só caníxço o strtj0
da toucador éat damas efroan-
fes. 0 PO d* arroi OfHSÍOiO
d*
de
" A d i o ! A d i o ! Queremos Adão ! " cantadas com
a m u s i c a «lo h y m n o n a c i o n a l , q u e a s r e v o l t o s a s
entraram finalmente na cidade, pelai portas d o
sul. A l g u m a s h o r a s d e p o i s n a d a n u i s r e s t a v a d e
E v o p o l i s , «la l i n d a E v o p o l i s . q u e a j k b e
incendiara
e destruirá... Q u a n t o
woman,
que,
abandonada
xiliares.
teimara
cm
a
no
/r*i«e-ir em l^as
et bóat ptr-
/ûmar/5» j e catas dtsie ramo
da ccmmtrcip.
feminil
Miss
Man-
pelas principacs
conservar-se
0 ma/t adfit/tBfr » pcrfèirafo
au-
Palacio,
e s s a t e v e o m a i s t r i s t e , o m a i s ignomini«>so «ios
f i n s : insultada, batida, cuspida
n o «cu
proprio
g a b i n e t e d e tral>alho. f o i d e p o i s t r a z i d a d e r a s tros para a
rua. p u x a d a
pelos c a b c l l o s
e
afi-
nal m o r t a à s u n h a d a s e á s d e n t a d a s , n a
jwaça
da L i b e r a ç ã o d o S e x o . j u n t o a o o b e l i s c o
sym-
botico.
IlICTOltIA
DA
1NDK-
P B N DUNC IA
DO B R A '/AI* —- DK C a n o a MAVL
Carlos Maul. que * uai
«los « a l a bellos representante» «In po*«la brtíalfclra.'
um jonaaMMa que » a b ' e
« « n t i r . acate a* w v c
lar-»« como M r t o r k l o r . A
IItflorim «lo indrpfmdrmcim
lira til, que («N» erDpreht*dtu. é uma obra evclarecolora, que aeve de « U r em toda*
blbltotti^ca«. o primeiro volume, só açora
jullvado. trai*
no«'a tradlçlo revolucionaria • do eu pl rito republicano qv*
nrltou IC4M oa movimento» em prol da M i emnnrfpaçlo politica. K' uai eatudo. em traçoa lanço«, do» choque* «nlr* coto«*»« e reln«V». K o autor Inter«* docu mento» da facto« oceorridoa na Amerku Ifeupanbola. no tempo da o>tol>a<Ao do
novo mundo Kaae volume t r a U daa tentativa« a r p a m t u t a » do« tcenpoa ecrionkiea.
(la Republica do Olinda, da revolta da Felipa dou Santo*, da Inconfidência Mlis*Ira. o da K* publica 1'ernambucatia «1« I S l ? . pondo em destaque, principalmente,
ar figurou <• a significação culminante «!«• »a» resoluçM**. Noa troa outro» \'olumeu que <»tâo no prfk» o autor n i a l r » » oa derraderoa temidos da eutadta de D.
J o i o VI no Itrasll. aa guerra a do ltlo dn Prata, o y.lto do Yplronga e o
jup.-l de Joa* Iktnifarto e Oonçalsea l^edo * José Clemente Pereira n e » e i.eto
a- redro I. a duptVtftade do primeiro Imperador provada com o o n j u n e t o de
sus* falas do throno e da sua eorr.apondencla particular com aeu t a * ; a» luctaa
de 1821. a Confederaçlo do Kquador. o tratado de ISÍ5 e n politica aatuclora
de C a n n l n v ; a politica de Monroe. e a sua Influencia moral »obre n Victoria da
r<o>a'ind>p.%iMVncla: 1 U I e ISIS. 8Ao caie a. em «ynttKv*. oa aspectoa maW Importante* que CarV» Maul aituda e derensolve noa tr > sol ume* a sahlr da M»a
no* a obra.
O melhor e mars'
fino dos Talcos: no
acondicionamento o
mais elegante.
O Frasco de vidro
fosco 6 um verdadeiro adorno para a
mesa de toilette. Á
quantidade de Talco
é quasi o dobro das latas communs.
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S . S . W h i t t * D t f t U l M f g . G o . of
Brdtil
Deseja fortalecer sen filhinho
quando n u g i o . S A L V A D O quando doente. A L I M E N T A D O
o u a u x i l i a r a a m a m e n t a ç ã o na f a l t a d o l e i t e m a t e r n o ?
U m do* C r e m e s Infantil cm P ó dcxtrinizado ( 1 2 variedade«),
com digestão qua*i feita, a c o m p a n h a d o dc C O N S E L H O S
muito
tileis c á v e n d a c m t o d o o B r a z i l . p r e e n c h e a p r i m e i r a c o n d i ç ã o .
L E I T E Á L B U M I N O S O , para os ca*os benigno«, rebeldes ou g r a a
víssimos (app. dig. orig. a l i m ) , c e f f i c a z e surprehendente
s e g u n d a ( E x p o r t á v e l ) . L E I T E I N F A N T I L » h o m o g e n e i z a d o , ester i l i z a d o . *V>
m a i s d i g c s t i v c l q u e o leite c o m m u m . h o j e u s a d o por
m a i s d e M I L c r c a n ç a * . c o ideal p a r a o u l t i m o c a s o e a p r o v a é
q u e c o m o o Á L B U M I N O S O n a d a c u s t a se n ã o f o r b o m o r e s u l t a d o . N ã o f a ç a m a i s c x p e r i e n c i a » , a l i m e n t e b e m o s e u f i l h o , a robustez vem d o berço e é um c o m e ç o de fortuna. Q u a n d o doente,
n ã o e s p e r e a d o e n ç a p r o g r e d i r . — I)r. Raul I x i t c & C i a .
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MARÇO 1921 (com OCR)