UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA
JOSÉ DA SILVA OLIVEIRA
Letramento: Discussões teóricas acerca das práticas pedagógicas da
leitura e da escrita no ensino fundamental
Araruna
Novembro de 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA
JOSÉ DA SILVA OLIVEIRA
Letramento: Discussões teóricas acerca das práticas pedagógicas da
leitura e da escrita no ensino fundamental
Trabalho apresentado à disciplina de conclusão de
curso- TCC, ministrada pelas professoras Maria
Alice Serrano e Sônia Brandão.
Professora Orientadora: Naiara Ferraz
Araruna
Novembro de 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA
José da Silva Oliveira
Letramento: Discussões teóricas acerca das práticas pedagógicas da
leitura e da escrita no ensino fundamental
DATA DA DEFESA:_________________
BANCA
________________________________________
ORIENTADORA
Professora- mestre Naiara Ferraz Bandeira Alves
________________________________________
AVALIADOR (A)
Araruna
Novembro de 2013
RESUMO
O presente trabalho tem por finalidade, além de discutir questões em relação às práticas
pedagógicas de leitura e escrita no ensino fundamental, refletir, particularmente, sobre o
que é letramento, destacando a importância desse processo de letramento na vida
educacional e social do aluno; Para tanto, foram discutidos os seguintes tópicos: “O que
é letramento?”; “Letramento e alfabetização: A importância da prática de leitura e
escrita para a formação social”; “Concepções e práticas pedagógicas do professor numa
perspectiva de letramento”. Para essas discussões, foram consideradas as teorias de
Soares (1998; 2001; 2002), Parâmetros Curriculares Nacionais de língua portuguesa
(1996; 1997; 1998), kleimam (2001; 2007), Ferreiro (1982), Freire (1996; 2000), Pietri
(2007), Guedes e Sousa (2004), Brasil (1997), Barros (2011), Marcuschi (2010) Santos
(2007).Assim, a partir de uma pesquisa de caráter bibliográfico, este estudo discute a
prática pedagógica do professor em relação à leitura e à escrita.
Palavras-chave: Alfabetização; Escolarização; Prática Pedagógica; Letramento.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................07
2. O QUE É LETRAMENTO?...........................................................................08
3.
LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO......................................................09
4. A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE LEITURA E ESCRITA PARA A
FORMAÇÃO SOCIAL..........................................................................................11
5. CONCEPÇÕES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO PROFESSOR NUMA
PERSPECTIVA DE LETRAMENTO............................................................13
6. METODOLOGIA.............................................................................................16
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................17
REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO
A formação do individuo letrado em uma sociedade é de suma importância para
que cada um desses indivíduos possa se destacar no mercado de trabalho que o mundo
oferece no dia a dia. Todavia, essa formação social tem nos mostrado que alfabetizar e
letrar representam uma das tarefas, mais complexas do meio educacional e social nos dias
de hoje, tendo em vista que esses processos devem caminhar juntos, para que possa haver
uma boa aprendizagem dentro da pratica pedagógica de leitura e escrita, logo existe uma
preocupação ampla por parte dos estudiosos e teóricos que estudam esse assunto, em
adotar e elaborar práticas de ensino diferentes com alternativas inovadoras para formar
cidadãos críticos. Na realidade, ainda existem muitas duvidas e interrogações por parte de
alguns educadores sobre qual método deve ser adotado e se este é eficiente para trabalhar e
desenvolver a leitura e a escrita em sala de aula. Os docentes ficam confusos e um pouco
frustrados, ao se depararem com imensas dificuldades dos alunos em relação à leitura e a
escrita, por isso há a necessidade de um estudo mais detalhado sobre quais práticas e
metodologias devem ser usadas, considerando o processo de letramento. Seguindo essa
direção, justificamos que o presente artigo, teve como objetivo geral, discutir o processo de
letramento na escola pública. Especificamente, objetivamos: discutir a leitura e a escrita na
escola pública, considerando o processo de letramento; caracterizar, com base em textos
lingüísticos, o processo de letramento; refletir sobre a aplicação de atividades discursivas
de leitura e de escrita no ensino de língua portuguesa. Para nossas discussões, nos
apoiamos nas teorias de Soares (1998; 2001; 2002), Parâmetros Curriculares Nacionais de
língua portuguesa (1996; 1997; 1998), kleimam (2007), Ferreiro (1982), Freire (1996;
2000), Pietri (2007), Guedes e Sousa (2004), Brasil (1997), Barros (2011), Marcuschi
(2010) Santos (2007). Portanto, este estudo esteve focado nas discussões teóricas acerca
das práticas pedagógicas de leitura e escrita no ensino fundamental, com o intuito de
refletir acerca das práticas de alfabetização e letramento no ambiente educacional no qual
estão inseridos.
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2. O QUE É LETRAMENTO?
A leitura possibilita a todos os seres inseridos no meio social em que vive uma
visão de mundo diferenciada, mais ampliada. Uma vez praticada, o ser humano passa a ter
argumentos para falar com conhecimento de causa sobre assuntos abordados no meio
social onde estão inseridos.
Assim para discutir a importância da leitura na escola, inicialmente consideramos
as idéias de Soares (1998), Freire (2000), Ferreiro e Palácio (1982), dentre outro
estabelecendo relação com a prática da sala de aula, no que diz respeito, particularmente,
ao processo de letramento.
Soares (1998) apresenta a seguinte definição para o termo letramento:
Letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender as práticas
sociais de leitura e escrita; é o estado ou condição que adquire um
grupo social ou individuo como conseqüência de ter-se apropriado
da escrita e de suas práticas sociais (SOARES, 1998, p.39).
Para Paulo Freire (2000), uma leitura adequada
[...] “Leitura boa é a leitura que nos empurra para a vida, nos leva
para dentro do mundo; que nos interessa a viver”. Felizes são as
pessoas que pensam e concordam com ele, Mas isso não é tudo. O
mais importante é colocar em prática. (FREIRE, 2000, p.5)
Considerando as idéias de Freire (2000), é relevante fazer da leitura uma prática
transformadora onde o seu resultado seja uma aprendizagem significativa, que seja
elemento de mudança e de resultado positivo. Ou seja, que os sujeitos sejam alfabetizados
e letrados.
Ferreiro e palácio (1982, p.131) ao abordarem o processo de alfabetização,
argumentam que:
Apesar dos esforços dos docentes para fazerem as crianças
compreenderem imediato as correspondências fonéticas que estão
9
nas bases do sistema de escola alfabética, isto não ocorre, o que
não quer dizer que as crianças não aprendem. Elas aprendem e
avançam. Recebem informações e a transformam. O processo
aprendizagem não é conduzido pelo professor, mas pela criança.
Como poderia uma escola ensinar durante o ano letivo aos mesmos aprendizes e, ao
término do ano, explicar as dificuldades de leitura de muitos? O problema social sempre
irá existir assim como o econômico, entre outros. Nesse sentido, a escola não pode
conduzir o processo de letramento sem considerar que este se dá através das crianças e não
necessariamente dos professores.
Para aprender a escrever, é necessário ter à diversidade de textos
escritos, testemunhar a utilização que se faz da escrita em
diferentes circunstancias, defrontar-se com as reais questões que a
escrita coloca a quem se propõe produzi-la, arriscar-se a fazer
como consegue e receber ajuda de quem já sabe escrever. Sendo
assim, o tratamento que se da à escrita na escola não pode inibir os
alunos ou afastá-los do que se pretende; ao contrario, é preciso
aproximá-los, principalmente quando são iniciados “oficialmente “
no mundo da escrita através da alfabetização. A final, esse é o
início de um caminho que deverão trilhar para se transformarem
em cidadãos da cultura. (PARRAMETROS CURRICULARES
NACIONAIS – VOL.2 – Língua Portuguesa. Brasília: MEC /SEF,
1997, p. 65 a 77).
Os PCNs colocam em destaque a diversidade de textos para a compreensão da
leitura e da escrita. Em outras palavras, orientam para um mergulho no letramento, onde, a
partir do qual, torna-se possível trilhar um caminho de transformação da vida social e
cultural.
É necessário um envolvimento maior com a leitura e com a escrita, pois, para
SOARES (1998, p. 72), “letramento não é pura e simplesmente um conjunto de habilidades
individuais; é um conjunto de práticas sociais ligadas à leitura e a escrita em que os
indivíduos se envolvem em seu contexto social”.
3. LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO: A IMPORTÁNCIA DA PRÁTICA DE
LEITURA E ESCRITA PARA TRNSFORMAÇÃO SOCIAL
10
Sabemos que os processos de letramento e de alfabetização caminham juntos. Para
que haja uma boa aprendizagem dentro da prática pedagógica de leitura e escrita, é
necessário que o professor adote meios eficazes para formar cidadãos críticos.
Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo
letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever. Já
o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento,
é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa
socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita
responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de
escrita. ( SOARES, 2002, p. 40)
Será que a prática docente em relação à leitura e à escrita vem sendo um exercício
constante?
Como muitos alunos demonstram ter dificuldades na leitura e na escrita isso deixa
os docentes frustrados, embora sejam estes profissionais os tem a função de criar subsídios
para que o aluno possa, enquanto cidadão preparar-se para o exercício da cidadania.
Sabemos que a instituição de ensino é responsável pelo ensino de leitura e é na
instituição que é desenvolvido o aprendizado do aluno. Sendo assim, a leitura não é apenas
uma prática escolar e sim uma prática escolarizada. Sendo, esta prática, desenvolvida na
escola a ser desenvolvida também, em outros ambientes.
Como discutido, a leitura não é uma prática escolar, mas uma
prática escolarizada. As práticas de leitura podem se desenvolver
independentemente da escola, ainda que a escola seja numa
sociedade como a nossa, a principal instituição responsável pelo
seu ensino. (PIETRI, 2007, p. 33)
De acordo com as idéias apresentadas a seguir, a obrigação de ensinar a ler e
escrever não é exclusivamente do professor de português e sim de toda equipe pedagógica
que compõe o corpo docente. Para tanto, ensinar a ler e escrever é levar o aluno a um
processo de aprendizagem. Um bom educador deve utilizar métodos eficientes para que
seus educando sejam produtos de construção do seu próprio conhecimento.
11
Ler e escrever são tarefas da escola, questões para todas as áreas,
uma vez que são habilidades indispensáveis para formação de um
estudante, que é responsabilidade da escola. Ensinar é dar
condições ao aluno para que ele se aproprie do conhecimento
historicamente construído e se insira nessa construção como
produtor do conhecimento. Ensinar é ensinar a ler para que o aluno
se torne capaz dessa apropriação, pois, o conhecimento acumulado
está escrito em livros, revistas, jornais, relatórios, arquivos
(GUEDES e SOUZA, 2004, p.15)
Freire (1996) faz considerações importantes sobre o tema mencionado por Guedes e
Souza (2004), quando afirmam que um educador deve:
“[...] saber que ensinar não é transmitir conhecimento, mas sim criar as possibilidades para sua
própria produção em construção”. (FREIRE, p. 52, 1996).
Sobre essa mesma questão, nos parâmetros curriculares – PCNs (1997) são
apresentadas considerações parecidas com as de Freire (1996) Dizendo:
Quando se aprende que o aluno construa conhecimento, a questão
não é apenas qual informação deve ser fornecida, mas
principalmente, que tipo de tratamento deve ser dado à informação
que se oferece. A questão é então de natureza didática. Nesse
sentido a intervenção pedagógica do professor tem valor decisivo
no processo de aprendizagem e, por isso, é preciso avaliar
sistematicamente se ela esta adequada, se esta contribuindo para as
aprendizagens que se espera alcançar. (BRASIL, 1997, p.38)
Nesse aspecto, a prática pedagógica do professor é fundamental e apresenta um
papel importante no processo de ensino-aprendizagem do aluno. Para entanto o professor
deve sempre avaliar e fazer observações sobre o tipo de didática que esta sendo aplicada,
verificando se esta está contribuindo para o aprendizado do aluno.
4. CONCEPÇÕES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO PROFESSOR NUMA
PERSPECTIVA DE LETRAMENTO
As concepções e práticas pedagógicas dos professores são ações relevantes no
processo de letramento. Estes são agentes transformadores do processo de conhecimento
12
prévio dos alunos, visto que, através do contexto social, pode-se, portanto, avaliar o
impacto da escrita na vida social e cultural dos educando.
Kleimam (2007) defende que:
Se por meio das grandes pesquisas quantitativas, podemos
conhecer onde e quando intervir em nível global os estudos
acadêmicos qualitativos, geralmente de tipo etnográfico, permitam
conhecer as perspectivas especificas dos usuários e os contextos de
uso e apropriação da escrita, permitindo, portanto, avaliar o
impacto das intervenções e até, de forma semelhante à das macro
analises, procurar tendências gerais capazes de subsidiar as
políticas de implementação de programas. (KLEIMAM, 2007,
p.269)
Para tanto, faz-se necessário uma prática diferenciada, onde os alunos possam ser
inseridos em diversos tipos de leitura. É essencial que a própria escola transforme o seu
ambiente onde se ocorre tais ações, de modo que, suas atividades sejam importantes, e que
essas práticas de leitura aconteçam a partir de diversos gêneros textuais, assim como nos
apresenta Kleiman (2007, p.9) “O entorno do contexto em que se dá a prática social,
precisa ser transformado”.
Trabalhar com os gêneros textuais são meios de comunicações, que possibilitam
uma aprendizagem no meio social. Nesse sentido, utilizar uma diversidade de gêneros
textuais no ensino-aprendizagem dos alunos é uma prática pedagógica satisfatória.
De acordo com Marcuschi (2010, p.37) “[...] O trabalho com gênero é uma
extraordinária oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos
autênticos, no dia a dia. Pois nada que fizemos linguisticamente esta fora de ser feito em
algum gênero”.
Sendo assim, os diferentes gêneros textuais pedagogicamente, que funciona como
um modelo de referência para se comparar as práticas das suas atividades de leitura e
escrita. Como bem esclarece Barros (2011, apud ROJO 2006):
Os gêneros, como formas historicamente cristalizadas nas práticas
sociais, fazem a mediação entre a prática social. ela própria e as
atividades de linguagem dos indivíduos. [...] O gênero funciona
13
como um modelo comum, como uma representação integrante que
determina um horizonte de expectativa para os membros de
comunidade confrontados às mesmas práticas de linguagem. Os
gêneros, portanto, intermedeiam e integram as práticas as
atividades de linguagem. São referencias fundamentais para a
construção dessas práticas. ((ROJO, 2006, p.26).
Sabemos que construir conhecimentos aos alunos é uma forma de se ter uma boa
prática pedagógica. Dessa forma, a função do docente no âmbito escolar, hoje, não deve
estar centrada no levar o conteúdo para o aluno proto, mas sim fazer com que o próprio o
produza. O papel mais importante do professor é expandir os conteúdos para a vida social
do aluno.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), um:
[...] leitor competente só pode construir-se mediante uma prática
constante de leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que
deve se organizar em torno da diversidade de textos que circulam
socialmente. Esse trabalho pode envolver todos os alunos,
inclusive aqueles que ainda não sabem ler convencionalmente.
(BRASIL, 1997, P.54).
A princípio, mostrar domínio em relação à leitura e à escrita é fundamental para a
vida sócio-cultural do ser humano, porque, a partir desse momento, ele será capaz de expor
seu ponto de vista em diferentes situações.
Nesse sentido, o professor deve observar que, em função do tipo de atividade e da
finalidade, a diferentes modos de ler: leitura de lazer, entretenimento; “Leitura articulada
ás ações da vida diária; leitura de orientação e formação pessoal; leitura de instrução para
atividade profissional; leitura de estudo.” (BRITO, 2007. p.68)
Conseguintemente, diante dessas práticas e concepções pedagógicas feitas no
decorrer de leituras realizadas para a construção desse estudo, pode-se adiantar que o termo
letramento é de suma importância na vida social e cultural de todos, pois é a integração
social do cidadão, é a tomada de consciência de seus direitos e deveres.
5. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL
14
É notório que a prática de leitura através de produção textual é muito relevante, e
que essa prática oferece grandes oportunidades ao indivíduo, para que este se torne leitor
eficiente.
Conforme registra Santos (2007), a leitura
[...] e a produção de diferentes textos são tarefas imprescindíveis
para a formação de pessoas letradas. No entanto, é importante que
na escola os contextos de leitura e produção levem em
consideração os usos e funções do gênero ler e produzir textos
diferentes para entender a finalidades diferenciadas, a fim de que
superemos o ler e o escrever para apenas aprender a ler e escrever.
(SANTOS, 2007. p.20).
Para tanto, leitura de texto perceptível faz com que torne possível a formação de um
indivíduo letrado. Por essa razão, é de grande importância que as práticas de leitura e
escrita com vários tipos de gêneros textuais sejam trabalhadas freqüentemente nas salas de
aulas.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), essa questão assim se apresenta:
Cabe, portanto, à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo
dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a
interpretá-los. Isso inclui os textos das diferentes disciplinas. Com
os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar
e, mesmo assim, não consegue manejar. Pois não há um trabalho
planejado com essa finalidade. (BRASIL, 1997. p. 26).
A prática de leitura e escrita, constantemente, desenvolve no aluno uma
aprendizagem que o faz tornar um cidadão crítico.
Faz necessário, portanto, uma orientação mais adequada para a prática de produção
textual dos alunos, para que estes tenham bons resultados em relação à leitura. Essa prática
faz formar cidadãos de competências. Faz-se, ainda, necessário que o professor faça uma
reflexão com os alunos, mostrando a cada um deles quais os pontos que devem ser
observados em suas produções, para que estas sejam claras e objetivas.
De acordo com Soares (2001), cada gênero
15
[...] tem as suas normas: a estrutura e a organização do texto. Os
recursos de coesão textual, os níveis de informatividade, a própria
disposição do texto na pagina não são os mesmos, se trata de uma
narrativa, de uma dissertação, de uma argumentação, de um
editorial, de uma notícia de jornal, de uma receita culinária...
(SOARES, 2001, p. 64)
Desse modo, o professor estará colocando em prática um método eficaz, como está
descrito nos Parâmetros Curriculares (1997), “o trabalho com produção textual tem como
finalidade formar escritores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e
eficazes” (BRASIL, 1997, p. 65).
Concluindo, tornamos a enfatizar a seguinte idéia: Trabalhar com produção de
textos ajuda muito na aprendizagem da leitura e escrita dos alunos e, para que os alunos
passem a sentir gosto pela leitura, o professor precisa tornar suas aulas mais interessantes,
ou seja, mais criativas.
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6. METODOLOGIA
O presente artigo é elaborado a partir de pesquisas bibliográficas realizadas em
livros, manuais como os PCNs e sites científicos que enfocam a prática de leitura e da
escrita na escola. Para tanto, foi realizado um estudo minucioso sobre as discussões
teóricas das práticas de letramento, considerando, portanto, os contextos sociais dos alunos
da escola pública, de uma maneira geral.
3.1. Objetivos

Discutir a leitura e a escrita na escola pública, considerando o processo de
letramento,

Caracterizar, com base em textos lingüísticos, o processo de letramento.

Refletir sobre a aplicação de atividades discursivas de leitura e de escrita no
ensino de Língua Portuguesa.
3.2. Coleta de dados bibliográficos
A coleta dos dados foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica, cujas
informações poderão contribuir para a prática pedagógica do professor, objetivando que
esta seja mais produtiva, mais funcional, na escola pública de uma maneira geral.
17
7. CONCLUSÃO
Diante de varias leituras e pesquisas realizadas em textos de alguns teóricos sobre
alfabetização e letramento, foi possível entender a importância desses processos no
contexto de ensino aprendizagem do aluno no âmbito institucional. Podemos destacar,
ainda, que os professores devem buscar desenvolver a prática de letramento através de
métodos diferenciados, trabalhando diversos gêneros, isso considerando a realidade dos
educando, para que a prática pedagógica seja estimuladora, ou seja, que os alunos mostrem
o interesse em aprender de forma eficaz, havendo, assim, uma cooperação
entre os
docentes nas atividades propostas.
Entende-se que os métodos de ensino de um professor devem ser inovadores e não
tradicionais, pois se faz necessário que o trabalho do professor seja através de textos
diversificados, cujos temas sejam relevantes para os alunos, despertando-lhes, assim, o
interesse.
Constatamos que, através de práticas de leitura e escrita podemos retomar valores
adquiridos nos indivíduos, para que estes possam viver com dignidade em uma sociedade
competitiva, em termos de mercado de trabalho. Podemos ainda afirmar que, a partir das
idéias discutidas nesse artigo, foi possível ter conhecimento de algumas práticas
pedagógicas utilizadas no sentido destas poderem contribuir para o aprendizado do aluno,
possibilitando, assim, mudanças nas estratégias de ensino para a formação do cidadão.
Desse modo, a realização desse estudo foi de grande importância para nosso
crescimento pessoal e profissional, porque nos fez ter conhecimento acerca dos conceitos
de alfabetização e de letramento, da prática pedagógica adotada, para que o professor de
Língua Portuguesa possa atuar com exatidão e, assim, contribuir para a formação de
cidadãos letrados, críticos e conscientes.
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REFERÊNCIAS
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