Grupo:
Alexandre de Oliveira
Gabrielle Nascimento
Patrícia Nóbrega
DIACRONIA x SINCRONIA

Advindo do Grego, a palavra
“Cronos” significa, tempo. Outro
significado dos termos:
Diacronia = significa a evolução
da língua.
 Sincronia = momento da língua.

DIACRONIA x SINCRONIA
Diacronia e sincronia são definidos
como conceitos operatórios tirados da
linguística estrutural. A linguística então
atribuiu à estrutura da linguagem um
caráter diacrônico e sincrônico. Todas
as línguas estão em contínua evolução
e, porém, se a maior parte de nós, mal
damos conta disso, é porque a evolução
linguística é muito lenta.
Diacronia x Sincronia:
A Maravilhosa Mistura
Sobre a evolução da Diacronia e
Sincronia na história da Publicidade,
citaremos
o
processo
de
desenvolvimento
de
embalagens
realizado a partir do século XIX até os
dias atuais. Neste processo, são
realizadas substituições de elementos
por outros, de maneira lenta e gradual.

Nas embalagens, a relação diacrônica está ligada ao processo de
evolução da tecnologia (aperfeiçoamento dos tipos de
embalagens, conforme as necessidades dos consumidores)

Design Gráfico (se bem elaborado, insere a marca na mente do
consumidor, conquistando preferências).

Processo Sincrônico (cada mudança na embalagem)

Processo Diacrônico (todas as mudanças ao longo do tempo)

A evolução das embalagens é necessária à medida que as coisas
evoluem. Ela deixou de ser apenas uma maneira de guardar e
manter os produtos e passou a ser uma forte ferramenta de
marketing dentro do processo publicitário.

Exemplo disso é a evolução da embalagem
do Leite Moça (Nestlé), no qual observamos
as sincronias de cada ano e, analisando
todos os anos, vemos a diacronia entre elas.
O produto evoluiu para desempenho nas
vendas e o diferencial em relação à
concorrência, já que foi o pioneiro em
modificação de embalagem. Para se destacar
e se adaptar ao consumidor, é preciso
redesenhar o que está há muito tempo no
mercado, por isso sua embalagem sofreu
mudanças.
Porém,
a
mudança
da
embalagem do Leite Moça aconteceu de
forma natural, sem perder sua identidade.
A Evolução da Embalagem do Leite Moça

Em 1890, chegou ao Brasil o Leite Moça.

Consumido apenas como bebida, podia ser armazenado por muito
tempo, ideal para períodos de escassez de leite.

Quando aparecia a lata com a figura da moça, as solicitações
eram imediatas, todos queriam a “lata da mocinha”.

A jovem com traje típico, no rótulo, é homenagem a uma
camponesa suíça do século XIX.

Na época, o leite condensado da Suíça tinha a marca “La Laitière”
(vendedora de leite). Quando exportado, procurou o nome
equivalente na língua de cada região. No Brasil, por falta de um
equivalente em português, denominou-se “Milkmaid”, porém a
dificuldade em pronunciar o nome transformou o produto em “esse
leite da moça”

Quando a Nestlé iniciou sua produção, em 1921, optou
pela designação criada pelo consumidor: Mudou de “Leite
Condensado Marca Moça” para “Leite Condensado
Moça”, depois para “Moça - leite condensado”, e assim
surgiu a marca Leite Moça que, hoje, é apenas “Moça.

A embalagem passou por alterações e hoje possui cara
nova. Houve mudanças na cor, grafia, centralização,
ampliação do nome e da figura.

Antes, víamos a imagem de uma moça comportada. Hoje
a camponesa ganhou traços mais femininos.

Slogan: “Fazendo maravilhas desde 1921”.

Para aumentar a identidade entre marca e consumidor,
foi desenvolvido novo design de embalagem. A lata
ficou mais moderna, com uma sinuosidade que se
associa aos valores da marca: confiança, qualidade,
tradição e intimidade com o consumidor.

Em vez do rótulo, a embalagem traz sua comunicação
impressa na lata – inclusive receitas. O conceito do
Leite Moça mudou de alimento nutricional para
crianças para essa maravilha de doce que hoje faz
parte da vida do brasileiro, principalmente das
mulheres. Tal como quer e gosta a mulher moderna,
ele se tornou um produto indispensável. O sabor de
sempre em nova forma, esta é a idéia da Nestlé.
A Evolução da Embalagem do
Leite Moça
Primeira
Embalagem (1921)
Leite Moça
Embalagem Atual
De 1921
Ainda como Milkmaid, tinha o padrão internacional do
produto, rótulo de papel, informações em inglês.
De 1937
Já ostentava o nome: Leite Condensado Marca Moça, com a
camponesa e os dois selos ovais ao seu lado.
1946
Apresentava uma coloração diferente nos selos laterais, mas
ainda era Marca Moça
1950
Ganhou uma apresentação azulada em toda a extensão do
rótulo
1957
Foi branqueada e agora é chamada apenas de Moça
1963
Recebeu uma tarja vermelho na parte final do rótulo
1972
Ganhou letras maiores para a grafia de Moça e uma discreta
estilização na camponesa
1983
Somente centralizou a palavra Moça
1990
Centralizou a palavra Moça
1997
A figura e a palavra Moça foram ampliadas, ocupando especo
maior no rótulo
2000
O produto ganhou a versão desnatada
2001
O produto ganhou a diferenciação “tradicional”. A Nestlé
decidiu renovar novamente a identidade visual do produto. A
famosa camponesa ganhou contornos mais femininos e exibe
sorriso, tom de pele e cabelo. Para acompanhar o novo look
da Moça, os rótulos da linha também foram modernizados. O
nome Moça ganhou mais volume, graça e movimento. A
assinatura “Fazendo Maravilhas desde 1921”, em tom
dourado, passou a ilustrar todos os rótulos, ressaltando o fato
de o Leite Moça ser fabricado no Brasil há 82 anos.
Sendo assim, nos perguntamos: que ganhos sofre o
produto com a alteração de sua embalagem?
Comentários do blog

Karlla Michelle

A comunicação dos produtos tem procurado melhorar sempre. O consumidor tem
ficado cada dia mais exigente e com isso as marcas tem buscado se aperfeiçoar
melhor para assim estar agradando os clientes. Tanto visualmente como a forma
lingüística dos produtos tem melhorado notavelmente. O exemplo do leite moça é
um clássico exemplo do quanto às mudanças só vieram a melhorar. Alguns produtos
infelizmente não têm a mesma sorte que o leite moça (se é que posso chamar de
sorte), mas alguns produtos mesmo com muitos estudos, pesquisas, não obtém o
mesmo sucesso que o leite moça. O efeito lingüístico e visual das grandes marcas
Brasileiras tem grande destaque em meio aos produtos de todo o mundo. As
mudanças têm colaborado significativamente para nós do mercado publicitário que
só temos a ganhar com todas estas mudanças. Parabéns pela abordagem do artigo!

Aluizo Nunes

Meus parabéns ao grupo por um trabalho muito bem
elaborado. Na minha opinião, não há somente ganho do
produto em si, mas dos consumidores também. O Leite
Moça como o conhecemos, tem esse nome originado da
própria sugestão dos consumidores, (o leite da moça) e
nada é mais justo do que o fabricante homengeá-los. O
produto ganha muito com isso porque consegue manter-se
no mercado como líder de venda em todos os PDVs. O
consumidor também ganha, por que sempre tem a certeza
de que há sempre um legítimo Leite Moça perto de sua
casa. O design de sua embalagem virou identidade
inconfundível do produto, o consumidor não se confunde,
não leva outro por engano visual. Daí, vem a grande
sacada da percepção do fabricante: estar cada vez mais
perto e presente na mesa do seu consumidor, é manter a
marca viva na mente de cada um deles.

Lorette Salgado

A mudança da embalagem do leite condensado “Moça”
tornou o produto mais moderno e teve boa aceitação do
consumidor, ganhando pontos positivos também nas
suas linhas tradicional e desnatado. Mas discordei em
um ponto na análise do grupo. Acredito que a
camponesa da embalagem atual comparada com a
mais antiga, não tenha traços definidos para a
sensualidade e sim, apenas um toque mais feminino,
uma camponesa mais moderna, até porque o público
alvo não apresenta certas características.

Davi Barreto

“Que ganhos sofre o produto com a alteração de sua embalagem?”
O artigo está bem elaborado, explicativo, contudo penso que a
pergunta foi mal elaborada, pois não possui relação direta com título
do artigo, fechando a idéia. Não sei mensurar exatamente “que
ganhos sofre o produto com a alteração de sua embalagem”, pois
nem toda alteração arrecada ganhos (sejam bons ou ruins). Posso
mensurar como estes ganhos são: Às vezes são muitos, às vezes
poucos, ou até nenhum, e estes podem ser bons ou ruins. Quando
uma embalagem muda subtende-se que ela mudou para chegar
mais perto do seu público, subtende-se (por nós da publicidade, e
raramente pelos consumidores) que houve uma pesquisa
extremamente completa para que a mudança ocorresse. Mas nem
sempre isto acontece, muitos produtos mudam sua embalagem sem
nem se dar o trabalho de saber qual o seu público-alvo, ou até criam
ou “reinventam” uma embalagem sem se importar com quem vai
comprá-la, dando mais importância quase sempre ao produto em si.
Quando isto acontece – a não pesquisa, a não importância com o
público – a mudança da embalagem tem ganhos, muitos ganhos,
porém, quase sempre ruins; tornando a embalagem ainda menos
“identificável” com seu público. Acredito que a criação e o design na
publicidade (assim como todas as outras áreas) fazem parte – e se
não fazem, precisam fazer – do planejamento, e este é 90% da
publicidade. Se uma embalagem sofre uma alteração e não traz o
“ganho” esperado, foi por falta de planejamento, assim; o próprio
design faz parte do planejamento. É isto.

Rafael Chaves

Para que existam ganhos positivos, que são os que
realmente interessam para a marca ou produto, é preciso
tomar bastante cuidado com a reformulação de
embalagens ou marcas, pois acredito que existe a grande
necessidade de um estudo de mercado profundo, além de
entender seu público e conhecer os anseios das pessoas
em relação ao seu produto. É fato que, a maioria das
pessoas, gosta do novo, da novidade, e quando a
mudança é bem pensada e planejada, geralmente tem
boa aceitação, mas concordo com alguns amigos de que
o sucesso ou declínio do produto através de mudanças de
embalagem é uma questão imensurável, onde cada caso
precisa ser analisado individualmente.
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Diacronia x Sincronia A maravilhosa mistura