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Quarta-feira
11 de fevereiro de 2015
Jornal do Comércio - Porto Alegre
Economia
Affonso Ritter
AGRONEGÓCIOS
Observador Conab vai comprar mil
A crise da Petrobras e o PIB
Sem adotar uma visão catastrofista da economia brasileira, mas
a falta de investimentos deverá ser agravada também este ano pela
crise da Petrobras. O segmento de petróleo e gás vem aumentando
rapidamente sua contribuição ao crescimento do PIB nos últimos
anos. Em 2000, era de apenas 3%. Em 2010, deu um salto e atingiu
12%. Hoje, já representa 13% do PIB nacional, com expectativa de
crescer ainda mais. Segundo Paulo Niemeyer, diretor de Petróleo e
Gás da consultoria e corretora de seguros Aon, a expectativa é que,
até 2020, seja responsável por 20% do PIB. A queda decorrente da
crise da Petrobras terá influência direta na economia gaúcha e especialmente na de Rio Grande.
toneladas de leite em pó
São liberados R$ 20 milhões como medida emergencial para o setor
FRANCISCO STUCKERT/CONAB/DIVULGAÇÃO/JC
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Artigos para casa
O Rio Grande do Sul é forte na produção e venda de produtos
para casa. Tanto que ele comparece com 48 expositores entre 700
na Gift Fair de São Paulo entre 23 e 26 deste mês. Artigos para casa,
como utensílios de copa e de cozinha, mesa posta, objetos de design,
mobiliário vão abastecer o varejo com novidades e tendências.
Troca de chuveiros
A AES Sul começou a trocar chuveiros elétricos por eletrônicos
eficientes, que podem reduzir em até 40% o consumo de energia
elétrica, em 230 residências de São Francisco de Assis. Além disso,
70 clientes beneficiados com a Tarifa Social Baixa Renda terão as
instalações internas das casas adequadas aos padrões técnicos.
Recuperar empresas
A partir deste mês, o escritório Souto Correa Advogados de Porto
Alegre passa a ter uma área específica para recuperação de empresas e falências atendendo à crescente demanda. Até então, ela era
trabalhada pelo direito societário. Souto Correa tem ainda escritórios
em São Paulo e Brasília e mais de 40 profissionais.
Liquidação para lojas
O Golden Center Shopping Atacadista, de Farroupilha, está
promovendo liquidação com descontos para lojistas de 10% a 70%,
segundo a gerente Sabrina Portolan, que anuncia para março a chegada aos espaços âncoras da Fatal Jeans, de São Paulo, e a By Unna,
do Paraná.
A nova profissão de babá de gatos
Depois de desistir da faculdade de biologia e farmácia, quando
chegou a vez de usar animais para experimentação no estudo, a
publicitária Nice Costa desistiu também da carreira de publicitária,
depois de formada e exercida a profissão (como gerente de projetos),
para dedicar-se a uma nova, em rápida ascensão, inclusive no Brasil, que é a de cuidadora de animais, especificamente de cat sitter
ou babá de gatos, com a página no Facebook de Ronroninha Cat
Sitter. Ela cuida de pets, e mais de gatos quando seus donos viajam,
visitando-os diariamente nas residências onde vivem. Acontece que
os gatos se ligam muito ao ambiente. Por isso, deixá-los em hotel ou
na casa de amigos e parentes pode até levá-los a adquirir doenças.
GESTÃO DE CRISE E
RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS
Comitiva de lideranças políticas e empresariais gaúchas esteve em Brasília para debater com o governo
Marina Schmidt
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O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) anunciou,
ontem, que vai aportar R$ 20 milhões para a compra, pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), de leite em pó e UHT do
Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para escoar estoques parados nos dois estados, minimizando a crise que o setor enfrenta. A
metade desse valor será usada,
exclusivamente, para compra de
mil toneladas de leite em pó gaúcho, ao preço de R$ 11,50 o quilo.
O restante será destinado para a
compra de leite longa vida dos
dois estados. As aquisições serão
realizadas pela modalidade Compra Direta do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Embora a expectativa fosse a
de escoar ao menos 4 mil toneladas de leite em pó do Rio Grande
do Sul, o mais afetado pela crise,
representantes do setor avaliaram
como positiva a receptividade dos
ministérios do Desenvolvimento
Social, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, juntamente
com Conab, que receberam a co-
mitiva liderada pelo Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e composta por
representantes da Fetag, Sindilat,
AGL, Famurs, prefeitos de municípios afetados pelo problema,
parlamentares e as cooperativas
Cosulati e Cosuel.
“Nunca se viu uma reunião
de trabalho tão ampla como essa”,
pontuou o diretor executivo do
IGL, Ardêmio Heineck. Para ele, o
esforço do governo em auxiliar o
Estado nesse momento é destacável. “Para escoar 4 mil toneladas
de leite em pó precisaríamos de
R$ 40 milhões, mas a Conab gastou R$ 20 milhões para a compra
desse produto ao longo de todo o
ano passado e atendendo todo o
País.” O primeiro tesoureiro da
Fetag Nestor Bonfanti ressaltou
que o encontro, com a conjunção
de forças que foi levada à Brasília,
é inédito. “Conseguimos colocar
na mesa do governo a problemática. O IGL conseguiu aglutinar todas as forças do Estado”, afirmou.
A verba a ser investida pode
ser elevada no decorrer deste
mês. Heineck explica que o grupo
e representantes dos ministérios
irão acompanhar as aquisições.
“Na medida em que as compras
forem ocorrendo em fevereiro,
e havendo demanda, podemos
conseguir mais R$ 10 milhões”,
sinaliza. Presente no encontro, o
deputado estadual Elton Weber
classificou a medida como importante, porém insuficiente. “Ajuda
a retirar um pouco da pressão do
mercado, mas é insuficiente para
estancar a crise que afeta a 20 mil
agricultores”, disse. Dos encontros realizados nesta terça-feira,
em Brasília, foram encaminhadas outras demandas que estão
em análise. Junto à Secretaria de
Relações Internacionais do Mapa,
a comitiva protocolou o pedido
para habilitar mais laticínios para
exportação. “Depois, fui informado de que a ministra determinou
que a habilitação seja agilizada”,
conta Heineck.
Outro pleito diz respeito às
condições financeiras dos produtores que estão com pagamentos
atrasados no Estado. O IGL e a Fetag elaboraram uma carta conjunta, entregue no MDS, pedindo a
concessão de prazo especial para
créditos já tomados e que estejam
para vencer e a liberação de uma
linha emergencial, “semelhante à
da seca de 2012”, explica Heineck.
Ministério Público do Trabalho realiza visita à Marfrig em Alegrete
Cumprindo parte do acordo
alcançado na semana passada
entre a Marfrig e os trabalhadores
para a manutenção da operação
da planta de Alegrete, procuradores do Ministério Público do Trabalho visitaram ontem o frigorífico.
A inspeção irá subsidiar a análise que concluirá se o ambiente é
insalubre ou não. A salubridade,
condição em que o local não afeta
a saúde dos funcionários, é um dos
requisitos para a tentativa de instituição do banco de horas, um dos
pontos acordados na conciliação.
Segundo o procurador Ricardo Garcia, também foram recolhidos documentos e solicitados
outros, que devem ser entregues
pela Marfrig até sexta-feira. Somente depois disso, o Ministério
do Trabalho estudará a situação.
“Caso conclua-se que o ambiente
é salubre, a implantação do banco
de horas ainda depende de aprovação em uma assembleia dos
funcionários”, explica Garcia.
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Conab vai comprar mil toneladas de leite em pó