Suplementação de zinco:
suplementação e efeitos adversos
Sabine N. Boilesen
Nutricionista Especializanda
Introdução
1877 – presença de zinco em musculos e fígado humano
1919 – observado quantidade relativa de zinco no leite e
ovos
Conclusão: elemento deveria ter alguma função nutricional
relevante
1960 – O’Delle observou que esse mineral era essencial
para crianças
Introdução
2° elemento traço
Oligoelemento → 0,003% do corpo humano
Conteúdo corporal: 1,5g (mulheres) e 2,5 g (homens)
Íon intracelular
80% no citosol e o restante no núcleo
Maiores concentrações corpóreas:
Musculatura esquelética (57% - aproximadamente 300µg/g)
Ossos (29% - 100 a 200µg/g)
Pele (6%), fígado (5%), cérebro (1,5%), rins (0,70%), coração
(0,4%), cabelo (0,1%), plasma sanguíneo (0,1%)
Próstata, pâncreas, olhos, esperma
2% encontra-se na forma livre
Introdução
Presença no sangue
80% em eritrócitos
16% no plasma
70% ligado a albumina
1/3 ligado fortemente a α2-macroglobulina
Funções
Constituinte de mais de 300 metaloenzimas
(metabolismo
carboidratos,lipídios, proteína e síntese e degradação de ácidos
nucleicos)
Co-fator enzimaticos
Espermatogeneses, metabolismo energético (carboidrato, lipídeos
e proteína) e vitamina A, síntese proteica, estabilização de
macromoleculas, regulação de transcrição de DNA, divisão celular,
armazenamento e liberação de insulina
Papel na estrutura e função de enzimas:
Anidrase carbônica, fosfatase alcalina, alcóol-desidrogenase,
superóxido-desmutase, carboxipeptidase, acido ribonucleico
polimerase e transcriptase reversa
Funções
Transcrição genética
Componente dos fatores de trancrição e influencia a transcrição
do DNA
Regulação do crescimento
Zn medeia o efeito celular do GH
Influencia na regulação hormonal da divisão celular
Estimula atividade de enzimas envolvidas no processo de mitose
Imunorregulação
Regulação e inicialização da resposta imune
Co-fator do hormônio do timo (“timolina”) → regula a
transformação de timócitos em T-linfócitos ativos
Induz monocitos a produzirem IL-1, IL-6 e inibir a função do Fator
de Necrose Tumoral
Funções
Antioxicante
Inibe reações de propagação de radicais livres (RL) → síntese de
metalotioninas
Metalotioninas se ligam ativamente aos RL promovendo proteção contra
danos em membranas
Participa da Superóxido Desmutase (SOD): SOD-cobre/zinco
Síntese de colágeno, mobilização hepática de vitamina A
Manutenção das funções gonodais
Maturação sexual, fertilização e reprodução
Manutenção das funções do SNC
Essencial na neurogênese, migração neuronal e sinapse
Atua sobre paladar e apetite
Insulina
Armazena em um complexo-Zn
Absorção
20 a 30% do Zn ingerido é absorvido
Absorção ao longo todo intestino delgado (duodeno
e primeiras porções do jejuno)
Maior absorção ocorre no jejuno
Cobre e zinco competem pelo mesmo transportador
na membrana da borda em escova
Absorção e excreção → Sistema de Auto-regulação
Proporciona reajustes de estoques reguladores, mantendo
a homeostase
Transporte ativo: saturável em altas concentrações (eficiência aumentada
durante períodos de baixa ingestão)
Mediado por carreadores
Transporte passivo (difusão): eficiência proporcional as concentrações de
Zn no lúmen (inalterado em períodos de baixa ingestão)
Absorção
Fatores intralumiais facilitadores:
Citratos e aminoácidos (glicina, histidina, lisina e metionina)
Glicose
Ácidos orgânicos (ácido picolínico – secretado pelo pâncreas)
Vitamina B6 (aumenta a secreção de ácido picolínico)
Algumas prostaglandinas
Metabolismo
Membrana Borda
em Escova
Membrana
Basolateral
Capilares mesentéricos
Sangue
portal
Fígado
Demais
tecidos
Metabolismo
Proteína responsável pelo transporte do Zn no citoplasma
ainda não foi identificado
Transportado pelo sangue ligado
Albumina
Outros componentes:
α-macroglobilina, transferrina,
cisteína e histidina
Altas concentrações de zinco disponível induz a síntese de
tioneína, formando metalotionina
Baixas concentrações → liberação do zinco
Excreção
Perdas endógenas: 0,5 a 3,0 mg/dia
90% pelas fezes
10% pela urina (varia com o seu consumo)
Bile e secreções gastrointestinais contribuem para a excreção
endógena
Nível real de excreção depende do consumo e do estado
nutricional de Zn do indivíduo
Altos níveis de cálcio na dieta podem aumentar a excreção
fecal exógena
Biodisponibilidade
Similaridade com outros nutrientes pode resultar na
competição por locais comuns de ligação
Biodisponibilidade afetada por 3 aspectos
Estado individual
Conteúdo dietético total ingerido
Disponibilidade solúvel do Zn nos alimentos
Biodisponibilidade
Limitantes:
Fibras
Fitatos (grupos fosfato de hexafosfato de inositol) → forma complexos
fortes e insolúveis
Encontrado em cereais e leguminosas
Ácido oxálicos
Taninos
Selênio
Cálcio
Ferro
Caseína
Cobre
Fosfato
Metais pesados
Biodisponibilidade
Facilitadores
Quantidade e tipo de proteína
Proteína animal neutraliza efeito inibitório de fitatos
Aminoácidos (histidina) mantém o Zn em solução
Ácidos orgânicos
Algumas prostaglandinas
Principais fontes
Fontes:
Cereais → depende do grau de refinamento
Frutos do mar (ostra, camarão), carnes vermelhas, vísceras
(fígado), frango, peixe, germe de trigo, cereais integrais,
castanhas, leguminosas e tubérculos
Cereais integrais são ricos em zinco
Leite tem baixo teor, porém queijos duros apresentam
maior concentração
Frutas, verduras e legumes desempenham papel
insignificante
Principais fontes
Tabela 1. Conteúdo de zinco em alimentos considerados fonte (em medidas caseiras)
Alimento
Medida caseira
Quantidade (g)
Zn (mg)
168
100
63
100
104
50
200
100
63,5
5,3
4
2
1,6
1,4
1,4
1
36
80
48
1,7
0,9
0,6
330
50
165
3,3
1,5
1
Grupos de carnes e ovos
Ostras cruas
Fígado cozido
Carne moída (20% de gordura)
Peito de peru assado
Camarão no vapor
Linguiça defumada
Salmão cozido
Peito de frango sem pele
12 unidades
1 unidade
3 ½ colher sopa
1 filé
13 unidades
1 gomo
2 filés
1 unidade
Grupo feijões e oleaginosas
Soja cozida
Feijão preto
Lentilha cozida
1 ½ colher sopa
1 concha
2 colheres sopa
Grupo dos leite, queijo e iogurte
Iogurte desnatado
Queijo mussarela
Iogurte integral
1 ½ copo
3 fatias
1 copo
Grupo do arroz, pão, massa, batata e mandioca
Arroz integral
Batata inglesa cozida
Arroz branco cozido
Macarrão cozido
6 colheres sopa
1 ½ unidade
4 colheres sopa
3 ½ colheres sopa
198
202,5
125
105
1,2
0,6
0,5
0,5
120
0,7
67
0,5
Grupo das frutas
Abacate amassado
4 colheres sopa
Grupo dos legumes e verduras
Espinafre cozido
2 ½ colheres sopa
Recomendações - DRIs
Tabela 2. Recomendação de zinco (mg/d) , segundo DRIs
Idade/gênero
RDA
EAR
0 a 6 meses
AI
UL
2
4
6 a 12 meses
3
2,5
5
1 a 3 anos
3
2,5
7
4 a 8 anos
5
4,0
12
HOMENS
9 a 13 anos
14 a 18 anos
19 a 30 anos
31 a 50 anos
51 a 70 anos
>70 anos
8
11
11
11
11
11
7
8,5
9,4
9,4
9,4
9,4
23
34
40
40
40
40
MULHERES
9 a 13 anos
14 a 18 anos
19 a 30 anos
31 a 50 anos
51 a 70 anos
>70 anos
8
9
8
8
8
8
7
7,3
6,8
6,8
6,8
6,8
23
34
40
40
40
40
GESTANTES
14 a 18 anos
19 a 30 anos
31 a 50 anos
12
11
11
10,5
9,5
9,5
34
40
40
LACTAÇÃO
14 a 18 anos
19 a 30 anos
31 a 50 anos
13
12
12
10,9
10,4
10,4
34
40
40
RDA: Ingestão diária
recomendada
EAR: requerimento
médio estimado
AI: Ingestão adequada
UL: Nível máximo
Recomendação – FAO/OMS
Dieta de biodisponibilidade alta: adequado conteúdo proteico, baixo
conteúdo de fibras alimentares e de ácido fítico
Razão molar fitato-zinco: <5
Dieta de biodisponibilidade moderada: Mais de 50% da ingestão
energética recomendado constituída de grãos cereais integrais e não
fermentados
Razão molar fitato-zinco: 5 a 15
Dieta de biodisponibilidade baixa: dietas constituída de cereais
integrais, não fermentados ou germinados e contendo proteína
animal insignificante
Razão molar fitato-zinco: >15
Recomendação – FAO/OMS
Tabela 3. Média dos requisitos normativos individuais de zinco (µg/kg de peso corporal/dia), a partir de
dietas, diferindo a biodisponibilidade de zinco
Faixa etária
(anos)
µg/kg de peso/dia
Alta biodisponibilidade
(50%)
Moderada biodisponibilidade
(30%)
Baixa biodisponibilidade
(15%)
Lactentes e crianças:
0 a 0,25 anos (meninas)
0 a 0,25 anos (meninos)
0,25 a 0,5
0,5 a 1
0,5 a 1
1a3
3a6
6 a 10
175*
200*
79*
66*
186
138
114
90
457**
514**
204**
--311
230
190
149
1067***
1200***
477***
--621
459
380
299
Adolescentes:
10 a 12 (meninas)
10 a 12 (meninos)
12 a 15 (meninas)
12 a 15 (meninos)
15 a 18 (meninas)
15 a 18 (meninos)
68
80
64
76
56
61
113
133
107
126
93
102
227
267
215
253
187
205
Adultos:
18 a >60 (mulheres)
18 a >60 (homens)
36
43
59
72
119
144
*Aplicável aos lactentes com aleitamento materno exclusivo
**Aplicável a lactentes e crianças com aleitamento materno ou fórmula
***Aplicável a lactentes e crianças que receberam formula infantil de proteína vegetal, com ou sem cereais integrais
Avaliação do estado nutricional de Zn
Indicadores sensíveis para avaliar o estado nutricional são precários
Parâmetros mais utilizados:
Zinco no plasma
Valor de referencia: 70 a 110 µg/dL
Componentes celulares no sangue (eritrócitos, monócitos, plaquetas,
neutrófilos, leucócitos)
Valor de referencia: 40 a 44 µg/g Hb
Cabelo
Excreção urinária
Atividade das enzimas
Não existe um único método universalmente aceito
Utilizando mais de 1 biomarcador
Valor de referência: 1,7 µmol/g
Desnutrição
Estudos sobre desnutrição apontam deficiências graves
Vitamina A, cobre, zinco e magnésio
Crianças são o grupo mais vulnerável da população
Desnutrição responsável por mais de 60% das 10% de mortes que
acometem crianças menores de 5 anos de idade
Cerca de 800 mil mortes de crianças são atribuídas a deficiência de
zinco
Carências nutricionais durante a infância pode induzir déficits
principalmente no sistema nervoso e imune
Crianças com deficiência de minerais são mais suscetíveis a desenvolver
infecções frequentes graves → ciclo vicioso
Deficiência de Zn
Fatores que levam a deficiência de zinco:
Ingestão dietética insuficiente
Desnutrição energético-proteico
Consumo de fitatos e fibras
Diabetes
Insuficiência renal crônica
Doenças hepáticas crônicas
Alterações intestinais associadas as síndromes absortivas
(Doença de Chron, síndrome do intestino curto)
Uso de nutrição parenteral
Drogas quelantes
Deficiência de Zn
Primeiro há mobilização das reservas funcionais
Diagnostico da deficiência → manifestações clínicas
Primeira manifestação → Acrodermatite enteropática
(desordem genética – alopécia, diarreia, lesão de pele e
imunodeficiência celular)
Deficiência de Zn
Manifestações
Anorexia
Alteração paladar
Retardo/déficit crescimento
Cicatrização lenta
Intolerância a glicose
Anemia grave
hepatoesplenomegalia
Diarreia
Dermatite
Alopecia
Hipogonadismo, atraso da
maturação sexual
Restrição da utilização de
vitamina A
Disfunções imunológicas
Desordem
de
comportamento,
aprendizado e memória
Suplementação
Suplementos dietéticos
Estratégia para melhorar o cuidado a saúde em grupos
populacionais suscetíveis a deficiência
Compreende: nutriente presente nos alimentos constituintes
da dieta, uso de suplementos e água
IMPORTANTE → conhecimento do limite superior tolerável a
ingestão (UL)
UL: seus valores enfocam os riscos de um excesso da ingestão
inadequada de nutrientes
Suplementação
Como escolher a melhor forma de oferecer suplementos
Solubilidade
Biodisponibilidade
Sabor
Efeitos colaterais
Frequência dose necessária
Suplementação Zn
Formas de suplemento utilizado: sulfato de zinco, acetato
de zinco, gluconato de zinco, óxido de zinco, zinco
quelado
Sulfato zinco: solubilidade adequada, porém interagem com a
matriz do alimento e modifica suas características sensoriais
Gluconato de zinco: estabilizado com glicina, em solução
aquosa apresenta solubilidade semelhante ao do sulfato de
zinco, não altera o sabor dos alimentos, baixo custo
Óxido de zinco: insolúvel, precipta em alimentos líquidos, não
modifica as características sensoriais
Suplementação Zn
Desnutrição
Krebs e col, demonstraram aumento na ingestão de alimentos quando
havia suplementação com Zn em comparação as crianças que receberam
placebo
Crianças com deficiência leve de Zn
Após suplementação deste, apresentaram melhor recuperação do
peso comparadas as que receberam placebo
Crianças (1 a 60 meses) desnutridas suplementadas com 10mg de Zn
elementar durante 3 meses
Significativa redução de diarreia, febre, infecções respiratórias e de
pele, melhora da anemia clinica e dos episódios de vômitos
Kikafunda et al, observou melhora do estado nutricional de crianças
desnutridas após a suplementação de 10 mg Zn/dia, durante 6 meses
Suplementação Zn
Manual de atendimento a criança com desnutrição grave em nível hospitalar
Soro de Reidratação para Crianças com Desnutrição Grave (RESOMAL)
Tabela 4. Composição química da solução de Sais da Reidratação Oral para Crianças
com Desnutrição Grave (RESOMAL)
Componente
Concentração em mmol/litro
Concentração em mg/litro
Glicose
125
22525,00
Sódio
45
1034,5
Potássio
40
1238,9
Cloreto
70
2481,7
Citrato
7
1323
Magnésio
3
72,94
Zinco
0,3
19,61
Cobre
0,045
2,86
300
300
Osmolalidade
Suplementação de Zn
Solução de acetato de Zn a 1,5% (15 g de acetato de Zn em 1 L de água)
Administrar por via oral 1ml/kg de peso/dia
Suplementação Zn
Crescimento
Tabela 5. Comparativo de estudos sobre suplementação de zinco e crescimento
Ghavani-Maibodi et al.
2 grupos de crianças
Baixa velocidade crescimento
Nakamura et al.
Brown et al
10 crianças com deficiência leve Meta-análise (1969-1996)
e moderada com baixa estatura
Suplementação com variação do
peso e estatura de crianças <13
anos
Grupo 1: suplementado 50mg de Sulfato de zinco – 5 mg/kg/dia, 1,5 a 50 mg (média 14mg/dia) de
zn/dia durante 2 meses e durante 6 meses
suplementação
subsequente, 50 mg Zn 1
5 a 6 dias/semana
vez/semana por 10 meses
Grupo 2: 100 mg Zn durante 1
ano
*Aumento
na
taxa
de
crescimento, ambos
*2°
grupo
teve
redução
significativa nos níveis de cobre
*Aumento
significativo
nas
concentrações de Zn, Ca e
fósforo
*Excreção urinária do GH não
foi modificada
Impacto
significativo
da
suplementação no aumento do
peso e na velocidade de
crescimento
Suplementação
Sistema Imunológico
Suplementação de Zn favoreceu aumento de celulas CD3,
CD4, razão CD8
Prosalt et al
Adultos com anemia falciforme
Suplementação: 50 a 75 mg/di de acetato de Zn durante 2 ou 3 anos
Aumento de Zn nos leucócitos, granulócitos e aumento na produção
IL-2
Diminuição na incidência de infecções e numero de internações
Suplementação
Sistema Imunológico
Infecção respiratória: suplementação reduz a ocorrência de doenças
respiratórias
HIV: Deve ser constantemente monitorada
Suplementação moderada → ajuda estabilizar sistema imune
Suplementação no estado pleno → pode acelerar a progressão da
doença e aumentar a mortalidade
Suplementação Zn
Diabetes Mellitus
Cunnigham et al.
Pacientes Diabetes tipo 1 e pessoas saudáveis
Suplementação de 50 mg Zn por 28 dias
Acentuado incremento na hiperzincuria após suplementação nos
pacientes com diabetes, e excreção aumentada nas pessoas saudaveis
Aumento da hemoglobina glicada
Pacientes com complicações, nos quais os valores basais de Zn no
plasma eram melhores
Tiveram melhora significativa após suplementação de 30 mg Zn/dia,
durante 3 meses
Suplementação Zn
Diarreia
Diminui duração, severidade e incidência da diarreia
Durante a fase aguda → redução significativa da doença
10 a 20 mg Zn (10 mg para crianças até 6 meses) por 10 a 14 dias
Reduz o numero de episódios nos 2 a 3 meses seguintes
Lactentes → 10 a 20 mg Zn por período de 6 a 12 meses
Redução da incidência da diarreia aguda (14 a 37%) e diarreia
persistente (20%)
20 mg de Zn/ 5 ml ou 20 mg de sulfato, gluconato ou acetato de
Zn
Suplementação Zn
Outras situações
Acrodermatite enteropática: Sintomas são revertidos após
suplementação
Doença de Wilson: altas dose de Zn reduzem a absorção de
cobre pelo mecanismo de absorção intestinal
Câncer: Suplementação de Zn durante a radioterapia pode
reduzir os efeitos adversos (mucosite e alterações do
paladar)
Efeitos adversos a suplementação de Zn
Náuseas, vômitos, dor abdominal, gosto metalico, e cefaléia
Observado após a ingestão de 4 a 8g de Zn
Ingestão acima do recomendado por longos períodos
Interação com metabolismo de outros elementos-traço
Deficiência de cobre e ferro
Redução da função imune
Diminuição do HDL
Conclusão
A suplementação depende do quadro clinico do paciente
Sempre observar a dose e o tempo de tratamento
Evitar riscos de toxicidade
Necessidade de maiores pesquisas sobre a suplementação de
Zn e os seus efeitos
Referencias
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Suplementação de zinco - The Eletronic Journal of Pediatric