Comentários e respostas às questões da prova de Língua
Portuguesa do concurso do DETRAN – RS – pela FUNDATEC –
Concurso ocorrido no dia 25 de agosto de 2013
QUESTÃO 1 – Crase.
No trecho “... não existem referências ___ palavras “pedestre” ou “calçada” (linha 02), a lacuna
deve ser preenchida por “às”, com sinal de crase, porque o substantivo “referências” rege preposição
“a” e o substantivo “palavras” exige artigo definido feminino plural “as”. A redação, com a lacuna
completada, deve ser ““... não existem referências às palavras “pedestre” ou “calçada”.
Já com relação ao trecho “... como seria possível melhorar ___ mobilidade urbana...” (linha 10),
a lacuna deve ser preenchida pelo artigo definido feminino singular “a”, porque o verbo “melhorar” é
transitivo direto (quem melhora melhora alguma coisa), logo apenas o substantivo “mobilidade” exige
artigo. A redação, com a lacuna completa, será “... como seria possível melhorar a mobilidade
urbana...”.
Referentemente ao trecho “... possível reverter ___ tendência...” (linha 23), a lacuna deve ser
preenchida pelo artigo definido feminino singular “a”, porque o verbo “reverter” é transitivo direto
(quem reverte reverte alguma coisa), logo apenas o substantivo “tendência” exige artigo. A redação,
com a lacuna completa, será “... possível reverter a tendência...”.
Finalmente, quanto ao trecho “... tornam-se obstáculos ___ mobilidade...” (linha 32), a lacuna
deve ser preenchida por “à”, com sinal de crase, porque o substantivo “obstáculos” rege preposição “a”
e o substantivo “mobilidade” exige artigo definido feminino plural “a”. A redação, com a lacuna
completada, deve ser “... tornam-se obstáculos à mobilidade...”.
Portanto, as lacunas das linhas 02, 10, 23 e 32 devem ser correta e respectivamente
preenchidas por “às – a – a – à. RESPOSTA D.
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QUESTÃO 2 – Interpretação de texto.
A afirmação I registra que, segundo o governo brasileiro, a mobilidade urbana é composta por
diversas modalidades, indicando a utilização de ônibus, trens bicicletas e a própria caminhada. No
trecho “Nos 28 artigos da Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada em 3 de janeiro de 2012,
não existem referências às palavras “pedestre” ou “calçadas”. Ou seja, caminhar não é uma mobilidade
de mobilidade conhecida” (linhas 01-03), vê-se que não se pode considerar, segundo o texto,
“caminhada” como modalidade urbana, portanto está errada a assertiva.
Quanto à afirmação II, o texto faz diversas referências à necessidade de que haja mais
investimentos em calçadas e outros equipamentos públicos. Observem-se, exemplificativamente, os
trechos compreendidos entre as linhas 09 a 11, 16 a 18, 30 a 36, entre outros. Correta a assertiva.
Correta a afirmação III, porque, no texto, vê-se a indicação de que a responsabilidade pelo
cuidado e pela manutenção das calçadas não é assumida pelos governantes e não seguem qualquer tipo
de padrão (observem-se, pelo menos, os trechos situados entre as linhas 09 a 11 e 16 a 18. RESPOSTA
D.
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QUESTÃO 3 – Semântica (significado das palavras).
Verdadeira a afirmação contida na primeira assertiva a respeito de expressão utilizada no título
do texto, porque a expressão “de a pé” está entre aspas por ser própria da informalidade, ou seja, da
linguagem coloquial, não pertencendo ao padrão culto da Língua Portuguesa.
Verdadeira a afirmação contida na segunda assertiva, haja vista que o termo “(i)mobilidade
urbana” (linha 04) apresenta o prefixo que indica negação entre parênteses por recurso que reforça a
crítica à falta de mobilidade existente nas cidades atualmente.
A expressão “casa-trabalho-casa-escola” (linha 22) aparece grafada com hifens porque indica a
cadeia de um itinerário, mas não se trata do surgimento de uma nova palavra composta. Falsa a terceira
assertiva.
Falsa a quarta assertiva, porque, no trecho “Se uma rua tem um buraco, logo a mídia...” (linhas
32-33), a palavra “buraco” está sendo empregada em sentido denotativo, isto é real, não figurado. Não
se trata, portanto, de metáfora, porque “buraco” em rua é buraco mesmo. RESPOSTA B.
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QUESTÃO 4 – Formação de palavras.
Quanto à afirmação I, as palavras “intransponível” (linha 34) e “inconformidade” (linha 34) são
formadas por derivação prefixal e sufixal, já que apresentam prefixo (“-in” em ambas) e sufixo (“-vel” e
“-dade”), podendo, inclusive, perder um dos afixos e continuar existindo (“transponível” e
“conformidade”). Já a palavra “individual” (linha 35) é formada pelo processo de derivação
parassintética, porque apresenta prefixo (“-in”) e sufixo (“-al), mas não pode perder nenhum dos afixos.
Incorreta a assertiva.
Já com relação à assertiva II, em “amigável” (linha 19) há um sufixo nominal (“-vel”), que foi
acrescido ao radical “amig” (de “amigo”, que é substantivo), formando o adjetivo “amigável”. Correta a
assertiva.
Na III, as palavras “ciclovias” e “ciclofaixas” não apresentam prefixo, nem sufixo, mas a união de
dois primitivos (“ciclo+vias” e “ciclo+faixas”), sendo formadas, portanto, por composição por
justaposição, já que não perderam elementos. Errada a assertiva.
As incorretas, portanto, são I e III. RESPOSTA D.
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QUESTÃO 5 – Emprego de conjunções.
No trecho “Ou seja, caminhar não é uma modalidade da mobilidade urbana” (linhas 02-03), a
expressão “Ou seja” traduz ou indica ideia de conclusão ao que se afirmou anteriormente (“Nos 28
artigos da Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada em 3 de janeiro de 2012, não existem
referências às palavras “pedestre” ou “calçadas”). Portanto a substituição de “Ou seja” por “Por
exemplo” causaria óbvia alteração no significado da mensagem.
A locução conjuntiva “No entanto” é coordenativa adversativa, podendo ser substituída por
sinônimos como “Mas”, “Porém”, “Contudo”, entre outras, mas não por “Conquanto”, que é conjunção
subordinativa concessiva. Portanto a substituição implicaria não somente alteração de sentido, mas
também erro na construção do período.
No trecho “... mas é possível ...” (linha 14), a conjunção “mas” é coordenativa adversativa,
podendo ser substituída por sinônimos como “porém”, “contudo”, “todavia”, “no entanto” e
“entretanto”. Logo a substituição de “mas”, na linha 14, por “todavia” mantém o sentido original da
mensagem.
No trecho “São números impossíveis de serem mantidos ou aumentados sem o colapso...”
(linhas 25-26), a palavra “ou”, que indica ideia de soma (“... não podem ser mantidos e não podem ser
alterados”) não é substituível por “ora”, que emprestaria à frase a ideia de alternância, alterando-lhe o
sentido.
A conjunção “Portanto” (linha 28) é coordenativa conclusiva, podendo ser substituída por
sinônimos como “Logo”, “Por isso” e “Por conseguinte”. Dessa forma, a substituição de “Portanto” por
“Por conseguinte” manteria o significado original da mensagem. RESPOSTA A.
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QUESTÃO 6 – Funções sintáticas.
No trecho “Em agosto passado, o governo anunciou investimentos...”, o segmento “Em agosto
passado” evidencia circunstância temporal, funcionando como adjunto adverbial.
Na sequência “Portanto, esse é um número que deveria ser levado em conta ...”, o termo
“esse”, que é pronome demonstrativo, funciona como sujeito do predicado “... é um número que
deveria ser levado em conta ...”. (Quem é um número que deveria ser levado em conta? ESSE.)
Quanto ao segmento “... aquelas pessoas que optam por uma mobilidade mais saudável...”, o
fragmento “por uma mobilidade mais saudável” é objeto indireto de “optar”, em “optam” (quem opta
opta por algo).
Em “O ex-prefeito de Bogotá, capital da Colômbia, cunhou uma frase excelente...”, o fragmento
“capital da Colômbia” é aposto de “Bogotá” (observe-se seu valor explicativo).
No trecho “... cobram da prefeitura providências urgentes...”, a expressão “providências
urgentes” funciona como objeto direto de “cobrar”, em “cobram” (quem cobra cobra algo de alguém).
A sequência numérica é 5 – 1 – 3 – 4 – 2. RESPOSTA C.
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QUESTÃO 7 – Concordância verbal de nominal.
Se no trecho “Essas são deixadas aos proprietários dos imóveis, apesar de não fazerem parte do
terreno e serem sempre abandonadas ao nada ou ao calçamento de menor preço e baixa qualidade”
(linhas 47-49) fosse substituída a palavra “Essas” por “Ele”, a oração ficaria com a seguinte redação: “Ele
é deixado aos proprietários dos imóveis, apesar de não fazer parte do terreno e ser sempre abandonado
ao nada ou ao calçamento de menor preço e baixa qualidade”. Portanto são necessárias cinco
alterações. RESPOSTA D.
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QUESTÃO 8 – Pontuação.
No trecho “Pesquisa feita pela Secretaria Estadual de Transporte mostra que os
engarrafamentos...” (linhas 26-27), o verbo “mostrar”, em “mostra”, tem como sujeito ““Pesquisa feita
pela Secretaria Estadual de Transporte”, portanto não pode haver vírgula entre “Transporte” e
“mostra”, porque separaria o sujeito do seu verbo. Correta a assertiva I.
No trecho “O ex-prefeito de Bogotá, capital da Colômbia, cunhou uma frase excelente: “Cidade
avançada não é aquela onde os pobres andam de carro, mas sim aquela onde os ricos andam no
transporte público”, os dois-pontos introduzem citação, porque se trata da reprodução exata da frase
do ex-prefeito de Bogotá. Errada, portanto, a assertiva II.
Quanto ao segmento “Uma pergunta ainda sem resposta é: como seria possível melhorar a
mobilidade urbana sem investimento em calçadas e equipamentos públicos que permitam o caminhar
seguro de pedestres?”, a supressão dos dois-pontos e o ponto de interrogação fosse substituído por
ponto final, o sentido da frase seria mantido, porque a pergunta deixaria de ter tom interrogativo na
leitura. Observe-se o trecho já modificado: “Uma pergunta ainda sem resposta é como seria possível
melhorar a mobilidade urbana sem investimento em calçadas e equipamentos públicos que permitam o
caminhar seguro de pedestres.” Correta a assertiva III. RESPOSTA D.
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QUESTÃO 9 – Tempos e modos verbais.
No trecho “A mobilidade urbana DEVERIA ser vista como um direito coletivo, e o uso de
automóveis no cotidiano dos trajetos casa-trabalho-casa-escola deveria ser desestimulado” (linhas 2122), ambas as ocorrência do verbo “dever”, em “deveria” estão conjugadas no futuro do pretérito do
indicativo (eu deveria, tu deverias, ele(a) deveria, nós deveríamos, vós deveríeis, eles(as) deveriam).
A escolha do tempo verbal, que traduz uma hipótese ou expectativa do autor, é um recurso
estilístico que serve para fazer críticas às políticas públicas a respeito de mobilidade urbana, com as
quais ele não concorda. RESPOSTA E.
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QUESTÃO 10 – Equivalência de estruturas.
Quanto à afirmação I, a troca de “tornar-se” (linha 19) por “transformar-se” provocará
necessidade de ajuste na estrutura da frase em que se encontra. Observe-se: “A cidade precisa tornar-se
um lugar mais amigável...” para “A cidade precisa transformar-se NUM lugar mais amigável...”.
Relativamente à assertiva II, também haverá necessidade de ajuste na substituição de “se
destinam” (linha 41) por “tem como destino”. Observe-se: “... os caminhantes que se destinam ao
transporte público ...” por “... os caminhantes que TÊM como destino O transporte público ...”.
No que diz respeito à afirmação III, a substituição de “cuidar” (linha 31) por “zelar”, no trecho
“... obrigação de cuidar das calçadas...”, provocará alteração estrutural na frase para “... obrigação de
zelar PELAS das calçadas...”.
As três sugestões, portanto, provocam alteração estrutural nas respectivas frases. RESPOSTA
E.
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QUESTÃO 11 – Ortografia.
Completam correta e respectivamente as lacunas das linhas 04, 15, 18 e 24 as palavras
“frenagem” (toda terminação –GEM, em Língua Portuguesa é com “G” e “M” no final), “identificação”,
“congestionadas” e “percepção”. RESPOSTA C.
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QUESTÃO 12 – Interpretação de texto.
Errada a afirmação I em sua parte final, porque, segundo o texto, 97% dos idosos participantes
do estudo não se envolveram em acidentes num período de cinco anos, nem foram multados (linhas 0708), entre outros trechos.
Quanto à afirmação II, cujo trecho “... em pouco mais de uma década, haverá um aumento na
população idosa que dirige...”, haja vista que, no texto, no segmento “A pesquisadora afirma que, com o
aumento do número de idosos no país – em 2020, o Brasil terá a quinta maior população idosa do
mundo...”, faz referência ao ano de 2020. Considerando que o texto, em sua fonte bibliográfica (no
final), aponta o ano de 2013, basta observar que, de 2013 para 2020, não teremos mais de uma década,
mas menos que uma década, ou seja, 7 ou 8 anos. Portanto está errada a assertiva II.
Correta a afirmação III, porque encontra amparo no que se encontra no trecho “Antes,
tínhamos um idoso motorista que dirigia no entorno da sua residência, que levava os netos à escola.
Mas esse perfil mudou 100%, diz Angélica” (linhas 20-21). RESPOSTA C.
QUESTÃO RECORRÍVEL, PORQUE A BANCA INDICOU COMO CORRETA A
ALTERNATIVA D, CONSIDERANDO QUE ESTEJA CORRETA A AFIRMAÇÃO II. A
AFIRMAÇÃO II ESTÁ ERRADA PELAS RAZÕES ACIMA EXPLICADAS.
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QUESTÃO 13 – Concordância e flexão verbal.
A substituição de “O Estudo”, no trecho “O estudo foi feito com o uso de um simulador” (linha
05), por “As experiências” a locução verbal seria alterada para “foram feitas”, concordando em gênero
(“feitas”, no feminino) e número (“foram”, no plural, e “feitas”, no plural). Correta a assertiva I.
Em “A maior parte dos motoristas pesquisados – 73% mulheres e 87% homens – dirige à noite”
(linha 19), o verbo “dirigir”, em “dirige” está concordando com “maioria”, que é o núcleo do sujeito.
Nesse caso, como se trata de expressão partitiva, o verbo também poderia ir para o plural (“dirigem”),
concordando com o complemento (“motoristas”). O trecho “– 73% mulheres e 87% homens –“ é apenas
aposto, portanto o verbo não concordará com as grandezas numéricas. Errada a afirmação II.
Se, no trecho “eles têm um tempo maior para parar” (linha 10), o sujeito fosse colocado no
singular (“ele”), o verbo deveria concordar com o sujeito em número, perdendo o acento diferencial da
3ª pessoa do plural, resultando na forma “tem”, por força de regra da concordância VERBAL, não
nominal. Errada a afirmação III. RESPOSTA A.
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QUESTÃO 14 – Regência e classificação de orações.
No fragmento “A adaptação não é proibir os idosos de dirigir” (linha 13), o fragmento “proibir
os idosos de dirigir” é oração subordinada objetiva direta, porque integra o sentido do verbo “ser”, em
“é”. Correta a afirmação I.
O verbo “proibir” pode ser empregado apenas como transitivo direto, como, por exemplo, “A
instituição proibiu qualquer manifesto”, em que “qualquer manifesto” funciona como objeto direto.
Assim como “proibir” também pode vir empregado como transitivo direto e indireto, como, por
exemplo, a própria construção “... proibir os idosos de dirigir”, em que “os idosos” é objeto direto e “de
dirigir”, indireto. Errada a assertiva II.
A expressão “de dirigir”, como se viu na explicação anterior, é objeto indireto de “proibir”.
Errada a afirmação III. RESPOSTA D.
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QUESTÃO 15 – Fonética.
A palavra “participação” é polissílaba sim, porque possui cinco sílabas (PAR-TI-CI-PA-ÇÃO). Além
disso, apresenta ditongo nasal no final (“ão”) e um encontro consonantal imperfeito (R-T), mas é palavra
oxítona, porque sua sílaba tônica é a última: “par-ti-ci-pa-ÇÃO. Falsa a primeira afirmação.
A forma verbal “envolveram” é tetrassílaba (EM-VOL-VE-RAM). Apresenta, também, um dígrafo
nasal (“en”) e um ditongo nasal final (“AM” = /ÃO/) e menos fonemas que letras em razão do dígrafo
“en”). Falsa a segunda afirmação.
A palavra “táxis” é dissílaba e paroxítona, porque apresenta tonicidade na penúltima sílaba
(“ta”), não contém encontro consonantal e possui mais letras que fonemas em razão do dífono
produzido pela pronúncia do “x” com valor fonético de “/KS”/. Falsa a terceira afirmação. RESPOSTA
B.
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QUESTÃO 16 – Funções do QUÊ.
Na construção “Idosos levam 40% mais tempo para frear carro que adultos, diz pesquisa” (título
do texto), o “que” é parte de conjunção subordinativa comparativa (“mais ... que”). Errada a assertiva I.
No trecho “A média de tempo de reação a partir do momento que uma placa ...” (linha 03), o
“que” é pronome relativo e retoma “momento”. Errada a assertiva II.
No segmento “O estudo detectou que os idosos evitam...” (linha 08), o que é conjunção
subordinativa integrante, integrando o sentido do verbo “detectar”. Correta a assertiva III. RESPOSTA
C.
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QUESTÃO 17 – Relativização.
No trecho “O estudo detectou que os idosos evitam colisões diminuindo drasticamente a
velocidade. Intuitivamente ou não, eles diminuem a velocidade...” (linhas 08-09), o pronome “eles”
retoma “os idosos”. Correta a assertiva I.
Quanto ao fragmento “A pesquisadora afirma que, com o aumento de idosos no país – em
2020, o Brasil terá a quinta maior população idosa do mundo –, as cidades terão de se adaptar ao modo,
mais lento, deles ao volante” (linhas 11 a 13), o pronome “eles” em “deles” refere-se a “idosos”, não à
“população idosa”. Errada a afirmação II.
No fragmento “A idade média dos avaliados foi 74,3 anos para homens e 69,4 para mulheres.
Eles dirigem em média há 48,5 anos...” (linhas 16-17), o pronome “Eles” retoma “homens”, não
“avaliados”. Errada a afirmação III. RESPOSTA A.
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QUESTÃO 18 – Interpretação e equivalência de estruturas.
No trecho “Teremos que pensar quais serão as modificações na cidade para que o idoso possa
fluir sem atrapalhar o trânsito e sem correr riscos” (linhas 13-15), a locução conjuntiva “para que” é
subordinativa adverbial final (com valor de finalidade) e pode ser substituída, sem alteração da
estrutura por “a fim de que”. Observe-se a nova redação: “Teremos que pensar quais serão as
modificações na cidade a fim de que o idoso possa fluir sem atrapalhar o trânsito e sem correr riscos”.
Verdadeira a primeira afirmação.
No mesmo trecho, a pessoa verbal em que está conjugado o verbo “ter”, em “Teremos”, é
forma comum de estabelecer dialética textual, em que obviamente o autor se inclui. Verdadeira a
segunda afirmação.
O fragmento “e sem correr riscos”, no trecho “Teremos que pensar quais serão as modificações
na cidade para que o idoso possa fluir sem atrapalhar o trânsito e sem correr riscos”, não poderia ser
substituído por “arriscando-se”, porque alteraria o sentido original do texto. Observe-se a alteração:
“Teremos que pensar quais serão as modificações na cidade para que o idoso possa fluir sem atrapalhar
o trânsito, arriscando-se”, o que daria ideia de o idoso arriscar-se, desafiando o trânsito, diferentemente
de “correr riscos”, tanto pela sua forma de dirigir (segundo o texto), quanto pelo risco que pode correr
em relação ao comportamento dos outros motoristas. Falsa a afirmação. RESPOSTA C.
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QUESTÃO 19 – Acentuação gráfica.
A retirada do assento gráfico da palavra “média” produziria “media”, que é forma verbal de
“medir” (ele media...). Correta a afirmação I.
Suprimindo-se o acento gráfico de “médica”, obtém-se a forma verbal “medica” (ele medica
naquela clínica, por exemplo). Portanto pode ser suprimido, caso em que se obtém outra palavra
(verbo) existente em Língua Portuguesa. Errada a afirmação II.
A supressão dos acentos gráficos de “aí” (advérbio) e “país” (substantivo, significando nação)
fará com que as palavras assumam outros significados: “ai” (interjeição de dor ou espanto) e “pais”
(substantivo). Correta a afirmação III. RESPOSTA B.
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QUESTÃO 20 – Equivalência de estruturas.
No trecho “O estudo detectou que os idosos evitam colisões diminuindo drasticamente a
velocidade” (linhas 08-09), a supressão de “drasticamente” não alteraria o sentido original da
mensagem. Veja-se: “O estudo detectou que os idosos evitam colisões diminuindo a velocidade”. A
sugestão da assertiva I não produziria alteração de sentido.
No fragmento “Intuitivamente ou não, eles diminuem a velocidade e aí eles têm um tempo
maior para parar” (linhas 09-10), a supressão de “eles” (segunda ocorrência) produziria alteração de
sentido, pois se poderia interpretar que quem tenha tempo maior para parar sejam outros motoristas,
não os idosos. Observe a nova redação: “Intuitivamente ou não, eles diminuem a velocidade e aí têm
um tempo maior para parar”. A sugestão da assertiva II, portanto, produziria alteração de sentido.
No trecho “Todos os avaliados dirigem os próprios automóveis em dias de chuva...” (linha 18), a
supressão de “próprios” alteraria o sentido, porque os avaliados poderiam dirigir automóveis de
outrem. Observe-se a nova redação: “Todos os avaliados dirigem os automóveis em dias de chuva...”. A
sugestão da assertiva III, portanto, produziria alteração de sentido. RESPOSTA C.
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