1 - RESPONSABILIDADE CONTÁBIL Nesta edição: RESPONSABILIDADE CONTÁBIL 1 NOTÍCIAS MARÇO 2015 2 AGENDA DO MÊS 3 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA—AUTO PEÇAS 4 DMED ATÉ MAR 2015 5 Entrevista do Mês 6 Há muito tempo, venho falando, entre cursos, palestras e reuniões que o número ideal de empresas que um profissional contábil deve ter sob sua responsabilidade é de 44 empresas, das quais irá cuidar de sua contabilização, seu departamento pessoal e de sua escrita fiscal. Embora o governo profetize que, consolidado o projeto SPED, iremos ter um número reduzido de obrigações assessórias para as empresas, tais obrigações acessórias a cada dia aparecem mais e, mesmo que seu número se restrinja a meia dúzia, seu grau de complexidade valerá por uma centena. Vejamos com exemplo algumas das mais importantes: Dmed - Declaração de Serviços Médicos e de Saúde; DTTA - Declaração de Transferência de Titularidade de Ações; DBF - Declaração de Benefícios Fiscais; Defis - Declaração de informações Sócio-econômicas e Fiscais e outras. Se conside- rarmos que em média temos cerca de 22 (vinte e dois) dias úteis no mês, e se acompanharmos a situação de 2 (duas) empresas por dia, teremos ao final do mês 44 (quarenta e quatro) empresas com sua contabilidade conciliada, analisada, sua escrita fiscal conferida, analisada e os registros e eventos do departamento pessoal revistos e analisados. Com tempo para se ver as mudanças nas normas contábeis, nas normas fiscais, observando a revogação ou introdução de benefícios fiscais e tempo para uma olhada nas dezenas de convenções trabalhistas. Importante observar que com a consolidação do sistema SPED a Receita Federal do Brasil terá um arsenal de cruzamento de informações fornecidas por estas obrigações acessórias, onde irá detectar qualquer anormalidade nas informações prestadas pelas empresas e assim, nenhum erro ou sonegação passará impune. Neste cenário o contador terá que refazer suas contas e ver que precisará de ter em seu escritório pessoal qualificado, equipamentos de ponta e ver que encher seu escritório de empresas cobrando honorário sub-avaliado não irá dar nem para pagar as multas que possivelmente virão, e irá concluir que para se manter no mercado, terá que ter menos empresa, melhores honorários e um quadro de colaboradores capacitados e constantemente atualizado e participando de cursos, palestras e outras formas de obtenção de conhecimentos para atender às crescentes necessidades de informações por parte dos Fiscos. Vejamos como exemplo agora este mês de março de 2015, quantos daqueles profissionais contábeis, sobrecarregados de serviços, irão demorar para tomarem conhecimento das mudanças urgentes, tais como o aumento de dias em que a empresa tem que pagar no caso do empregado sair de auxílio doença ou acidente, que era dos 15 primeiros dias e a partir de 1º de março de 2015, passou para 30 dias. Um abraço! Everaldo Ribeiro da Cunha Presidente do SCESGO 2 - NOTÍCIAS MARÇO 2015 DEFIS - A Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais – DEFIS, módulo do PGDAS-D, deverá ser entregue à RFB até 31 de março do ano-calendário subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores dos tributos previstos no Simples Nacional. Nas hipóteses em que a ME ou EPP tenha sido incorporada, cindida, total ou parcialmente, extinta ou fundida, a DEFIS relativa à situação especial dever ser entregue: - até o último dia do mês de junho, quando o evento ocorrer no primeiro o quadrimestre do ano-calendário; - até o último dia do mês subsequente ao do evento, nos demais casos. Importante observar que a empresa inativa precisa efetuar a apuração mensalmente e apresentar a DEFIS, ou seja, a apuração no PGDAS-D deverá ser realizada e transmitida, mensalmente, ainda que a ME ou a EPP não tenha auferido receita em determinado PA, hipótese em que o campo de receita bruta deverá ser preenchido com valor igual a zero. Caso a ME ou EPP permaneça inativa durante todo o ano-calendário, deverá apresentar a DEFIS (módulo do PGDAS-D), e assinalar essa condição no campo específico. Considera-se em situação de inatividade a ME ou EPP que não apresente mutação patrimonial e atividade operacional durante todo o ano-calendário. -DAS MEI - O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou a Resolução CGSN nº 120, encaminhada para publicação no DOU, que autoriza a emissão do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) para o Microempreendedor Individual (MEI), nos terminais de autoatendimento (totens) do SEBRAE. A novidade permite a emissão do DAS antes ou depois do vencimento, sendo necessário apenas informar o CNPJ e o mês que se pretende pagar. Fonte: www.receita.fazenda.gov.br Página 2 Mensário - Contábil - SCESGO 4 - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - AUTO PEÇAS 3 - AGENDA TRIBUTÁRIA Começa a vigorar a partir de 1º de abril de 2015, nova Margem do Valor Agregado (MVA) das autopeças em regime de substituição tributária, cujo reajuste foram determinados pelos Protocolos ICMS 73/14 e 103/14. O reajuste, conforme os referidos protocolos deveriam ter começado a vigorar desde 1º de janeiro de 2015, porém, atendendo pedido da Fecomércio, a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, prorrogou para 1º de abril e, segundo comunicado à Fecomércio, disse que a Fazenda irá efetuar levantamento dos preços pagos pelo consumidor final no mercado goiano e, através disso, estabelecer a atualização das margens de comercialização do seguimento. A ficar vigorando a partir de 1º abril de 2015, os reajustes dos protocolos, a Margem de Valor Agregado (MVA) para as concessionárias, que era de 33,08%, com o reajuste de 10,51%, passará para 36,56%. A Margem de Valor Agregado (MVA) para as redes independentes, que era de 59,60, com o reajuste de 20,43%, passará para 71,78%. Isto implica dizer que a revendedora de auto-peças goiana que aplicava o IVA de 69,21% nas operações interestaduais destinadas a contribuintes destinatários do Distrito Federal (aliq interna 17%), a partir de 1º de abril de 2015 deverá aplicar o IVA de 82,13%. E a mesma revendedora de auto-peças goiana, que aplicava o IVA de 71,28% nas operações interestaduais destinadas a contribuintes destinatários de Minas Gerais (aliq. Interna 18%), a partir de 1º de abril de 2015 deverá aplicar o IVA de 84,35%. Já nas vendas para o Rio de Janeiro (aliq. Interna 19%) o IVA que é 73,39 irá para 86,63%. Importante observar que nos casos em que se usar como “ALQ intra” o percentual de carga tributária efetiva ou alíquota Interestadual de 4% para produtos importados os Índices de Valor Agregado - IVA’s serão distintos dos aqui mencionados e exemplificados. DMED - ATÉ 31 DE MARÇO 2015 Dmed – a Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed), deverá ser entregue até o dia 31 de março de 2015, com informações referente ao período de apuração 2014. Nela, deverá conter informações de pagamentos recebidos por pessoas jurídicas prestadoras de serviços de saúde e operadoras de plano de planos privados de assistência à saúde. 6 - ENTREVISTA - PRES. JUCEG RAFAEL LOUSA Neste mês de março entrevistamos o novo presidente da Junta Comercial do Estado de Goiás – JUCEG, o empresário, vice-presidente da Acieg, presidente da Sociedade de Garantia de Crédito (SGS), ex-presidente da Associação de Jovens Empresários (AJE) e exsecretário de Indústria e Comércio de Goiás, Rafael Lousa. MC - Com o lançamento, no início deste mês de março, do Programa Bem Mais Simples Brasil e o RLE - Registro e Licenciamento de Empresas, feito pelo ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) Guilherme Afif Domingos, juntamente com o governador Marconi Perillo, como a Juceg irá atuar? Rafael Lousa - A intenção é sermos um dos primeiros estados a implantar a RLE e ampliar a parceria com todos os órgãos de governo, entidades de classe, conselhos, além de entidades de registro de empresas, e aproximar a gestão da Juceg dos interesses dos nossos clientes. Temos muitas oportunidades de melhoria, tanto em termos de gestão interna de processos, quanto em termos de ino- vações tecnológicas. Por exemplo, temos a missão de implantar também a Redesim em todos os municípios goianos. É um desafio enorme, mas nossa equipe é eficiente e as prefeituras já sinalizaram predisposição em aderir ao projeto. Em nível nacional, queremos, juntamente com outras Juntas Comerciais, trabalhar para promover avanços na legislação sobre o registro mercantil e alcançarmos em uma das metas do atual Governo, que é a desburocratização e virtualização na prestação dos serviços. MC - Que gargalos a Juceg ainda enfrenta em Goiás? Rafael Lousa - Não chamaria de gargalos, mas de uma necessidade de modernização de alguns pontos como a estrutura física da sede administrativa. Ela é precária, mas a solução para este problema já está em andamento. Fomos autorizados pelo governador Marconi Perillo e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico José Eliton Júnior a buscar um novo espaço para a transferência de nossa equipe para um prédio em melhores condições. Temos outros desafios, mas, para agir nos pontos certos, tenho buscado dialogar com servidores, gerentes e alta direção para fazer um diagnóstico dos processos administrativos internos, verificar e corrigir possíveis falhas. É uma medida de gestão interna que, tenho certeza, aumentará a agilidade e eficiência de nosso trabalho. O usuário, com certeza, sentirá os benefícios. MC - Atualmente cerca de 80% dos usuários da Junta são profissionais contábeis. Seu antecessor Alexandre Caixeta, sempre recebeu a classe contábil de braços abertos, ouvindo nossas reivindicações e sugestões e sempre que possível, acatando-as. O senhor irá dar continuidade a esse bom relacionamento com a classe contábil? Rafael Lousa - Com certeza. Vamos utilizar todos os canais abertos pelo meu antecessor e amigo Alexandre Caixeta. Iremos, inclusive, buscar a ampliação desses canais. Não é possível gerir um órgão sem ouvir o público, sem transparência, sem relacionamento, ainda mais com uma classe tão importante e primordial para aproximar a Junta Comercial do setor produtivo. Os contabilistas são o elo entre a Juceg e os empreendedores. Nossa intenção será sempre fortalecer essa ligação. Vamos trazer todos os representantes de entidades, conselhos e sindicatos, cujos interesses se relacionam com o ambiente de negócios em Goiás, para atuar ativamente nos processos de inovação. Estamos sempre de portas abertas para trabalhar em conjunto em prol do desenvolvimento do Estado.