Procon autua 14 agências dos Correios no Rio de Janeiro
Seg, 29 de Junho de 2015 20:16
Após fiscalização, nesta segunda-feira (29), que apurou denúncias de problemas com entrega
de objetos e correspondências pelos Correios, o Procon Estadual autuou 14 agências
localizadas no Centro e nas zonas Norte, Sul e Oeste do Rio de Janeiro. A Operação “Olho de
Boi” vistoriou 15 agências e apenas uma não apresentou irregularidades, a da Rua Isidro de
Figueiredo, no Maracanã. As 14 agências autuadas não tinham livro de reclamação à
disposição dos consumidores e três também não disponibilizavam o Código de Defesa do
Consumidor para consulta. Das 14, cinco tinham registro de atraso nas entregas e duas não
tinham atendimento adequado. A agência de Campo Grande estava com fila de espera de
duas horas e a de Bangu não tinha acomodação adequada aos consumidores, que ficavam
expostos ao sol e à chuva, e sem bancos de espera.
De acordo com o diretor de Fiscalização do Procon-RJ, Fábio Domingos, a ação foi motivada
pelo aumento no número de reclamações que o órgão tem recebido contra os Correios este
ano. “Estamos recebendo aqui muitas reclamações, de diversos pontos [da cidade]. Estamos
também na pesquisa junto a redes sociais e sites, e verificamos que há um grande número de
reclamações com relação aos Correios”. O Disque 151 tem recebido relatos como demora no
atendimento e na entrega, Sedex não entregue, taxa não devolvida em caso de entrega não
realizada, venda casada de seguro com Sedex, e informações desencontradas sobre a
localização da encomenda.
Na agência da Rua Belizário Pena, na Penha, foram encontrados 2.673 objetos com
classificação do local de entrega como “área de risco”. “Eles não fazem a entrega, classificam
como sendo área de risco, e a pessoa tem que ir até a agência para receber seu objeto. E
como a pessoa, no momento da compra, fez um pagamento incluindo a taxa de entrega, se ela
vai lá [na agência] buscar o produto, o correio deveria, pelo menos, fazer a devolução dessa
taxa de entrega, já que ela não foi procedida. Mas o correio não vem assim procedendo”, relata
o diretor de fiscalização. Ele afirma também que há alegação de roubo, pelos Correios, de
extravio das mercadorias. As agências autuadas têm 15 dias para expor suas defesas. Após
esse prazo, pode ser aplicada multa, caso a irregularidade se confirme.
Os Correios informam, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não foram
notificados oficialmente da operação, mas, assim que receberem o comunicado oficial, irão
“analisar e tomar as medidas as cabíveis”. Quanto às áreas de restrição de entrega domiciliar
de encomendas, os Correios afirmam que são estabelecidas com base em levantamentos
feitos pelo setor de segurança e não afetam as correspondências, que não têm valor comercial
e não são alvos de assalto. “Essa medida tem o objetivo de garantir a segurança dos
trabalhadores, dos clientes e das encomendas postais, conforme orientações da área de
gestão de segurança da empresa”, informam os Correios. Nesses casos, o destinatário recebe
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um comunicado para buscar a encomenda em uma unidade de Correios próxima de sua casa,
com prazo de retirada de sete dias para Sedex e 20 dias para PAC. De acordo com a empresa,
esse modelo de entrega é informado na postagem e o valor do serviço é calculado com base
no trajeto até a região de destino, e não até a residência da pessoa.
Em caso de roubo de cargas, os Correios informam que indenizam o remetente, que deve
entrar em contato com a empresa. Além disso, funciona na sede da empresa no Rio de Janeiro
o Núcleo de Repressão a Crimes Postais, órgão da Superintendência da Polícia Federal, para
investigar esse tipo de crime. (Agência Brasil)
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