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É brasileira, uma das modelos mais bem pagas do
mundo e diz que tem celulite. Mas para
Fernanda Tavares o importante é poder ajudar
os outros. Esteve em Lisboa para promover a t-shirt
da Associação Laço e assim apoiar as mulheres
com cancro da mama.
Mulher & Carreira
Por Anabela Mota Ribeiro
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T-shirt em algodão desenhada por Ralph Lauren, da campanha O Cancro da Mama no Alvo da Moda, comercializada pela
Lanidor para a Associação Laço. Calças em denim stretch, Diesel.
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No banco de trás do carro, troca as
sandálias ponteagudas por uns ténis All
Star. Dinho, o assessor, confirma que
não haverá fotógrafos por perto.
Dirigem-se ao último dos jantares da
estada em Lisboa. Providencia um
sumo de laranja para acompanhar a
entrevista. “Tem de tangerina?”,
pergunta. É uma rapariga como as
outras quando recorda as cartas que
escrevia ao pai quando era pequena:
“Estou morrendo de saudades, te amo
muitão.” Contava tudo, desenhava
corações, fazia recortes. E não é uma
rapariga qualquer quando cede a sua
imagem à Associação Laço para apoiar
o Programa Nacional de Rastreio do
Cancro da Mama.
Tudo começou quando Mário Testino a fotografou para a capa da Vogue francesa. “Cheguei em Paris
em Fevereiro, e em Abril fotografei para a Vogue francesa, com Mário Testino!” Tinha 15 anos.
Começou uma fulgurante carreira internacional. Fez incontáveis desfiles, campanhas publicitárias,
produções de moda. A completar 10 anos de carreira, pensa que o mais gratificante é a associação da
sua imagem a causas nobres.
Desde 2002 que, a par de Cindy Crawford, percorre mundo para promover esta campanha. (Mariza ou
Fátima Lopes são dois dos rostos da Laço em Portugal). Veste a t-shirt desenhada por Ralph Lauren,
da campanha O Cancro da Mama no Alvo da Moda, que a Lanidor comercializa a 19.90 euros (a
cadeia de lojas comprometeu-se a entregar o equivalente à venda de 15 mil t-shirts).
Fernanda Tavares é brasileira, tem 25 anos. É um ícone de beleza.
Podemos começar por falar da sua mãe?
Começamos pela pessoa certa. O nome dela é Sheilha Correia, tem 50 anos, mora em S. Paulo. Foi
ela que me incentivou nesse trabalho. Sempre viajou comigo, sempre me deu a maior força. Quando
engravidou, falou assim: “Se for menina, vai ser modelo.” Ela adorava ser miss. Só que meu avô era
muito autoritário: “Imagina, miss, coisa de mulher leviana.” Como não realizou esse sonho, botou na
filha.
Cresceu sabendo que era bonita?
Sempre fui muito vaidosa. Com seis anos, adorava me maquilhar! E tinha essa coisa que a minha mãe
sempre falava: “Vai ser modelo.” Cada vez que eu caía, não queria mostrar, porque ela dizia: “Não,
você não pode ter marcas, modelo tem as pernas lindas, não pode ter marcas nas pernas.” Mesmo
hoje, quando caio, fica desesperada: “Não, você tem trabalho!”
Que cicatrizes é que tem?
Tenho uma no rosto, mínima [sobre a sobrancelha, imperceptível]. Eu tinha três anos, o meu irmão
fingia que era um monstro e corria atrás de mim; quando olhei, tinha um vaso de plantas na minha
cara! Me lembro disso até hoje. Minha mãe chorava mais do que eu.
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O sonho dela corria riscos...
Aos nove anos, frequentei um curso de modelo. Sendo uma menina vaidosa, adorei fazer o curso. Mas
quando tinha 14 anos, pude realmente escolher. Minha mãe não me pressionou em nenhum momento.
Seria um desgosto se não tivesse condições físicas para realizar aquele sonho. Imagine que era
gordinha...
Em 91 fui morar no Rio de Janeiro com a minha mãe e o meu irmão. Só que do Rio, não gostei; estava
cheia de saudades do meu pai, era muito apegada ao meu pai. E voltei para Natal. Morei oito meses
com os pais da minha mãe. Tinha tudo o que queria em casa da minha avó: se acabava o pudim, ela
fazia biscoitinhos, se acabava o chocolate, fazia bolo. Em Setembro de 92, minha mãe chegou em
Natal e fui buscá-la na rodoviária. Olhou para mim três vezes! Não me reconheceu, foi um choque!
“Mamãe, o que você fez com a minha filha?” Alimentou, né? Nessa época, pesei 55 quilos!
Obrigou-a a fazer dieta?
Comprou uma calçola, apertada. Não é que fosse gorda, era só barriga. Dormia toda a noite com essa
cinta que me machucava. Para fazer cintura. Funcionou. Em 92, era magríssima. Minha mãe me botou
nos eixos.
Eram pobres?
Não. O meu pai era cantor. Brega. O nome dele é Fernando Luís. Estourou com uma música, em 85,
estourou mesmo. O meu pai sempre fazia show, a minha mãe cuidava das coisas dele. Depois de os
meus pais se separarem, a coisa foi ficando mais delicada. Foi o tempo das vacas gordas e depois o
das vacas magrinhas. Mas nunca passámos fome. O meu avô sempre ajudou muito.
Não era, então, pelo dinheiro que a sua mãe queria que fosse modelo?
Não. Era pelo glamour. Eu ouvia a minha mãe falando: “Ainda vou ver minha filha desfilando para
Christian Dior.” E realizei esse sonho para ela, graças a Deus.
Que importância tem o dinheiro na sua vida?
Necessito ajudar a minha família. Quando comecei a trabalhar, pude dar de volta tudo o que me
deram. O prazer maior não é ter um património impressionável, não é mudar de uma casa de dois
quartos para uma de quatro. É ajudar pessoas que não têm condições e te ajudaram.
O seu nome figura entre o das modelos mais bem pagas do mundo.
Já disseram no Brasil que ganhava não sei quantos milhões por ano! Como é que eles fazem?, eu
nunca falei. No mundo da moda é tudo imprevisível: pode fazer um desfile maravilhoso para ganhar
porcaria nenhuma. Ou pode fazer uma coisa que ninguém nunca ouviu falar e está ganhando
centenas, milhares. O primeiro dinheiro, ganhei quando tinha 15 anos.
Nessa altura, mudaram-se para S. Paulo, com o intuito de apostar na sua carreira.
A gente vendeu tudo em Natal. Mainha e eu fomos de ónibus para S. Paulo.
Quantas horas de viagem?
Cinquenta. Dois dias de ónibus. A casa virou um bazar, todo o
mundo comprou tudo. Menos a casa, que ela não vendeu.
Morámos um mês com a prima da minha mãe. Aí, encontrámos
nosso apartamentozinho, um ovinho, o banheiro era menor que
essa mesa. Eu vivia de empréstimo de agência, 100 reais por
semana, que na época valia 100 dólares. O primeiro trabalho foi
para uma loja de lingerie. Morria de vergonha no meio das
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mulheres mais velhas.
Porque é que tinha vergonha?
Era novinha, tímida, vinha de uma cidade relativamente
pequena. Imagine, nunca tinha sido beijada, tudo em calcinha e
soutien..., e tinha homem. Deve ter sido o meu primeiro grande
cachet, tipo 1000 reais.
Sabe gerir o seu dinheiro?
Confio até hoje na mamãe. É ela que pergunta: “Já ligou para
Paris, cadê o dinheiro dos cachets do trabalho tal?” É o meu
braço direito. A agência fala primeiro com ela. É a pessoa que
negoceia: “O que é esse trabalho? É para quem? É quanto
tempo?”
Quando descobriu o amor e o sexo, a sua mãe sentiu isso
como uma ameaça?
Uma ameaça para o trabalho? Não. Sempre fui tímida. Quando
comecei a namorar, já era modelo: aqui está o meu trabalho,
aqui está a minha vida pessoal, não posso misturar, não posso
me distrair. Esse negócio de namorar nunca levantou problema:
eu sabia pôr a barreira.
Como é que foi quando foi menstruada? O seu corpo
mudou?
Virar mocinha? Como toda a menina, foi uma festa. Eu sempre
tive corpo, muito corpo, me lembro de épocas em que estava
um pouquinho corpuda demais. Ficava lindo para ser uma
mulher, mas não uma modelo. Depois dos 15 anos, nunca mais
fui magrérrima. Não quis ir para Paris porque sempre me
falaram que as mulheres lá eram lindas, magrérrimas. E daí fui,
e trabalhei super bem.
Brasilian beauty
Tudo começou quando Mário
Testino a fotografou para a capa
da Vogue francesa. Tinha 15
anos. Agora, uma década
depois, Fernanda Tavares pensa
que o mais gratificante é a
associação da sua imagem a
causas nobres.
Casaco e calção em cetim de seda,
Alexander Mcqueen, na Stivali. Pulseira e
brincos Cobblestone em cristal de rocha,
diamantes e ouro nobre, H. Stern.
Realização: Helena Assédio Maltez
Cabelos: Paulo Vieira l Maquilhagem:
Catarina Pedroso
Nas fotografias parece ter mais curvas do que na verdade
tem. É magríssima!
Ai, que bom que aparenta. Você acha mesmo? Eu me acho
cheia de curvas. Hoje em dia não me incomoda tanto, não. Fui fazendo campanhas, óptimos
trabalhos... Tenho de me cuidar, sei que não vai ser assim para sempre.
Houve um tempo em que diziam que tinha celulite e que mesmo assim tinha conquistado o
contrato da L’Oréal...
Tinha, não, tenho.
É verdade que tem contrato até 2007?
Não, não é o contrato, é a celulite, ainda tenho celulite. Qualquer mulher tem, acredite. Adoro comer o
meu chocolate, o que é que posso fazer? Quando vim aqui jantar na quarta-feira, tinha aquele petit
gateau... Mas não como sempre. Não tenho na minha casa. Na minha casa tem leite de soja e cereal,
mais nada.
Que idade tinha quando foi para Paris?
Dezasseis. Quando imaginava: “Vou ter 60 anos um dia”, isso me apavorava. Estava na fase: “Todo o
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mundo me ama porque sou novinha.” Hoje em dia, que estou chegando perto dos 30 (tenho 25), não.
Pelo contrário, falo em ser mãe, feliz, daqui a 10 anos! Não quero fazer plástica, botar botox... Eu
quero assumir, quero cuidar bem da minha pele para ter orgulho nela e envelhecer bem.
O que é que entende como casa?
Nos últimos anos, o Brasil é a minha casa. Já estive em Paris. Vou ainda muito a Nova Iorque, e
entendo-a também como casa, mas é uma segunda casa. Nesta fase, tenho minha casa em Natal e
meu apartamento em S. Paulo, que é onde trabalho.
O consumo de drogas e a cobiça sexual por homens poderosos são frequentemente
associados ao mundo da moda.
Não conheço tão bem assim esse mundo, porque o mundo em que vivo é o do trabalho. Estou ali das
nove às cinco, e nunca misturei as coisas.
Se tivesse uma filha, deixá-la-ia sozinha no mundo da moda?
Nova? Não. Muitas dessas meninas vão começando a fumar com 15, 13 anos, porque estão sozinhas.
Estão em depressão, saem com más companhias e começam. Às vezes você ouve: “Fulana, drogada
no banheiro.” É uma história triste. Sou muito orgulhosa por nunca ter feito isso na minha vida.
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