INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS
RELATÓRIO TÉCNICO – CAMPANHA 2
Barragem de Joanes I – Lauro de Freitas e Camaçari/BA
Barragem de Joanes I – Lauro de Freitas/BA
DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO - DIFIM
COORDENAÇÃO DE MONITORAMENTO DOS RECURSOS AMBIENTAIS E HÍDRICOS - COMON
Julho/2015
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
Governador
Rui Costa
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE – SEMA
Secretário
Eugênio Spengler
INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS
Diretora Geral
Márcia Cristina Telles de Araújo Guedes
DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Diretora DIFIM
Lucia de Fátima Carvalho Gonçalves
i
FICHA TÉCNICA
COORDENAÇÃO DE MONITORAMENTO DOS RECURSOS AMBIENTAIS E HIDRÍCOS
Eduardo Farias Topázio
Coordenador geral
Greice Ximena Santos Oliveira
Especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Hérica D’Assunção Coelho
Especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Júlia Cardoso Sant’Anna
Técnica em Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Juliana Jesus Santos
Bióloga/Colaboradora
Distribuição:
INEMA– INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS
Av. Luiz Viana Filho, 6ª avenida, CAB, CEP: 41.746-900 - Salvador/BA.
Tel.: (71) 3118-4267
Disponível em: inema.ba.gov.br
ii
SUMÁRIO
LISTAS ............................................................................................................................................ v
LISTA DE QUADROS ................................................................................................................. v
1.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7
2. PARTICIPANTES ......................................................................................................................... 7
3. PERÍODO DA COLETA ............................................................................................................... 7
4. LOCALIDADES VISITADAS: ........................................................................................................ 7
5. DESCRITIVO DA COLETA .......................................................................................................... 8
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................... 10
6.1. RESULTADOS EM ÁGUA: PARÂMETROS FÍSICOS, QUÍMICOS, FITOPLÂNCTONS, ZOOPLÂNCTONS
....................................................................................................................................... 10
6.2. RESULTADOS EM SEDIMENTO E BIOTA ............................................................................ 15
7. CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 17
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................. 18
ANEXOS ...................................................................................................................................... 19
Campanha 1......................................................................................................................... 20
Quadro 1.1. Resultado dos parâmetros nas amostras de água da barragem de Joanes I/Lauro de
Freitas-Camaçari. ................................................................................................................20
Quadro 1.2. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da
barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari....................................................21
Quadro 1.3. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Zooplâncton de amostras de águas da
barragem de Joanes I/Lauro de Freitas. ...........................................................................25
Quadro 1.4. Resultados dos parâmetros em amostras de sedimentos da barragem de Joanes
I/Lauro de Freitas-Camaçari...............................................................................................26
Quadro 1.5. Resultado dos parâmetros nas amostras de biota da barragem de Joanes I/Lauro de
Freitas-Camaçari. ................................................................................................................26
Campanha 2......................................................................................................................... 27
Quadro 2.1. Resultado dos parâmetros nas amostras de água da barragem de Joanes I/Lauro de
Freitas-Camaçari. ................................................................................................................27
Quadro 2.2. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da
barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari ....................................................28
iii
Quadro 2.3. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Zooplâncton de amostras de águas da
barragem de Joanes I/Lauro de Freitas. ...........................................................................31
Quadro 2.4. Resultados dos parâmetros em amostras de sedimentos da barragem de Joanes
I/Lauro de Freitas-Camaçari...............................................................................................32
Quadro 2.5. Resultado dos parâmetros nas amostras de biota da barragem de Joanes I/Lauro de
Freitas-Camaçari. ................................................................................................................32
iv
LISTAS
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Rede de amostragem, localização e características dos pontos ............................. 8
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Locais das coletas na barragem de Joanes I, Lauro de Freitas e Camaçari/BA. Fonte:
GeoBahia/2015 .................................................................................................................. 8
Figura 2. Aspecto da vegetação aquática e da mata ciliar no entorno da barragem no ponto P1
............................................................................................................................................ 9
Figura 3. Aspecto do reservatório do remediador CMH aplicado no ponto P1 da barragem de Joanes
I ........................................................................................................................................... 9
Figura 4. Aspecto da vegetação aquática, da mata ciliar e uso das águas no entorno da barragem
de Joanes I no ponto P2 ................................................................................................... 9
Figura 5. Aspecto da barragem de Joanes I no ponto P2 ............................................................ 9
Figura 6. Aspecto da vegetação aquática, da mata ciliar no entorno da barragem de Joanes I no
ponto P3 ........................................................................................................................... 10
Figura 7. Aspecto da água da barragem de Joanes I no ponto P3 .......................................... 10
Figura 8. Tendência do parâmetro pH nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3 da barragem de
Joanes I nas Campanhas 1 e 2. ..................................................................................... 11
Figura 9. Tendência da concentração de oxigênio dissolvido amostras de água dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas Campanhas 1 e 2. ........................................................ 11
Figura 10. Tendência da concentração de fósforo total nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I. .............................................................................................. 12
Figura 11. Tendência da concentração de alumínio total nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.......................................................... 12
Figura 12. Tendência da concentração de clorofila a nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3 da
barragem de Joanes I..................................................................................................... 13
Figura 13. Tendência da concentração de cianobactérias nas amostras de água dos pontos P1, P2 e
P3 da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2. .................................................... 14
Figura 14. Tendência da concentração de zooplâncton nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.......................................................... 15
Figura 15. Tendência da concentração de fósforo nas amostras de sedimento dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.......................................................... 16
Figura 16. Tendência da concentração de alumínio nas amostras de sedimento dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.......................................................... 17
vi
1. INTRODUÇÃO
O Hidróxido de alumínio cationizado é um produto químico utilizado para tratamento de
água, esgotos, efluentes entre outras aplicações industriais. Segundo um dos fabricantes
o “Impacto sobre o meio ambiente é apenas local, atingindo somente a área próxima
ao vazamento e se em contato com cursos d’água ou lago pode abaixar o pH pela
característica ácida”. Esse produto, a pedido da Empresa Baiana de Águas e
Saneamento – EMBASA, foi utilizado na barragem de Joanes I com o intuito de reduzir a
carga de fósforo e por consequencia a proliferação de bactérias e os impactos sobre o
meio ambiente precisou ser avaliado. Assim sendo, realizou-se avaliação de parâmetros
na barragem de Joanes I em função da aplicação do remediador químico Hidróxido de
Alumínio Cationizado-CMH para diminuir a concentração de fósforo das águas,
realizado pela empresa de saneamento – EMBASA, conforme Portaria INEMA no 9.071/15
de
concessão
de
Autorização
Ambiental,
em
atendimento
ao
Processo
no
2015.001.000026/INEMA/LIC-00026 após aplicação do produto citado (Campanha 2) e
procedeu a comparação com os resultados da Campanha 1 (antes da aplicação do
remediador).
2. PARTICIPANTES

Júlia Cardoso Sant’Anna – Técnica em Meio Ambiente e Recursos Hídricos/INEMA1

Luciano Menezes– Gerência Técnica de Laboratório do CEPED/SECTI

Gilvan Santos Reis – Gerência Técnica de Laboratório do CEPED/SECTI

Washington Majurhy de Almeida– Gerência Técnica de Laboratório do CEPED/SECTI
3. PERÍODO DA COLETA
24/02/2015 e 25/02/2015
4. LOCALIDADES VISITADAS:
Barragem de Joanes I nas localidades de Jambeiro, Areia Branca e nas proximidades da
ponte da BA 535 (Via Parafuso) sobre o rio Joanes.
1
Este relatório foi elaborado pela Especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos Hérica Coelho a partir das
informações dos técnicos que realizaram a coleta de campo
7
5. DESCRITIVO DA COLETA
As coletas das matrizes água, sedimento e biota foram realizados por técnicos do Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento (CEPED) acompanhados por técnico do INEMA, em três pontos
distintos da barragem de Joanes I, designados P1, P2 e P3. A localização, as coordenadas e
a descrição dos pontos da rede de amostragem se encontram no Quadro 1 e Figura 1.
Quadro 1. Rede de amostragem, localização e características dos pontos
Código
P1
Coordenadas
Latitude (S)
Longitude (W)
Latitude
Longitude
12°47'35,3"
38°19'47,2"
-12,793139
-38,329778
P2
12°49'07,5"
38°19'44,8"
-12,818750
-38,329111
P3
12°50'09,0"
38°19'31,9"
-12,835833
-38,325528
Descrição
Localizado a jusante da ponte
da BA 535 (Via Parafuso) sobre a
barragem de Joanes I
Saindo da BA 535 no Km 23,
passando pela Usina de Asfalto e
do povoado de “Areia Branca”
e chegar até a barragem.
No local de captação da
EMBASA na barragem de Joanes
I no bairro de Jambeiro/Lauro de
Freitas
Figura 1. Locais das coletas na barragem de Joanes I, Lauro de Freitas e Camaçari/BA. Fonte:
GeoBahia/2015
8
A coleta foi realizada observando as recomendações necessárias e as amostras foram
enviadas para o laboratório do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CEPED) para análise
em água dos parâmetros pH, alcalinidade, condutividade, alumínio dissolvido, alumínio
total, OD, fósforo total, fósforo dissolvido, sulfato, turbidez, clorofila a e Fitoplancton
(qualitativa e quantitativa) nas camadas epilímnio, metalímnio e hipolímnio. Amostras de
água compostas das camadas do epilímnio, metalímnio e hipolímnio foram, também,
coletadas para proceder a análises qualitativa e quantitativa de Zooplancton. Coletas de
amostras de sedimento e biota foram realizadas por ponto amostral. Nas amostras coletadas
de sedimento foram analisados os parâmetros alumínio total e fósforo total e em nas
amostras de biota, o parâmetro alumínio total (Figuras 2, 3, 4, 5, 6 e 7).
Figura 2. Aspecto da vegetação aquática e
da mata ciliar no entorno da barragem no
ponto P1
Figura 3. Aspecto do reservatório do
remediador CMH aplicado no ponto P1 da
barragem de Joanes I
Figura 4. Aspecto da vegetação aquática, da
mata ciliar e uso das águas no entorno da
barragem de Joanes I no ponto P2
Figura 5. Aspecto da barragem de Joanes I no
ponto P2
9
Figura 6. Aspecto da vegetação aquática, da
mata ciliar no entorno da barragem de Joanes
I no ponto P3
Figura 7. Aspecto da água da barragem de
Joanes I no ponto P3
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1.
RESULTADOS EM ÁGUA: PARÂMETROS
FITOPLÂNCTONS, ZOOPLÂNCTONS
FÍSICOS,
QUÍMICOS,
Os resultados dos parâmetros analisados na água encontram-se nos Relatórios de Ensaios
Getel 0237/15A e 0253/15 enviados pelo laboratório estão no Anexo 1.
A Resolução do CONAMA no 357 de 17 de março de 2005 estabelece as condições e
padrões de qualidade das águas com limites individuais para cada substância em cada
classe. Para a matriz água nos pontos P1, P2 e P3, foi avaliada a conformidade dos
resultados encontrados em relação aos padrões para águas doces, classe 2.
Os resultados de pH para as amostras de água mostrou-se extrapolação aos valores
estabelecidos pela Resolução do CONAMA 357/05 que deve estar entre 6 e 9 nas duas
campanhas avaliadas, conforme Figura 8.
10
Figura 8. Tendência do parâmetro pH nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3 da barragem de
Joanes I nas Campanhas 1 e 2.
Nas duas campanhas de avaliação, houve violação do parâmetro oxigênio dissolvido para
os pontos P1, P2 e P3 que apresentaram concentrações discrepantes do recomendado pela
legislação que é um valor superior a 5 mg/L. Esses resultados para o ponto P1 estão
associados, possivelmente, a grande quantidade de biomassa de macrófitas que colonizam
esse trecho da barragem de Joanes I. Já para os pontos P2 e P3 no estrato superfície não foi
verificada violação do parâmetro de oxigênio dissolvido na campanha 1 (Figura 9).
Figura 9. Tendência da concentração de oxigênio dissolvido amostras de água dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas Campanhas 1 e 2.
Os valores do parâmetro fósforo total mostram violação para praticamente todas as
amostras de água dos pontos analisados na barragem, segundo padrões estabelecidos
pela resolução do CONAMA no 357/05 para águas doces que é de 0,03 mg/L para
ambientes lênticos. Esses resultados apresentaram valores altos em todos os pontos
avaliados na barragem de Joanes I, com destaque para o ponto P1 nos três estratos de
11
profundidade avaliados e para o ponto P3 no estrato de profundidade, ambos na
campanha 1. Tais resultados para o ponto P1 amostrado a jusante da ponte da BA 535 (Via
Parafuso) sobre a barragem de Joanes I, caracterizam o ambiente como receptor de
efluente doméstico o que compromete seus usos, devido à eutrofização de suas águas. Os
resultados para este parâmetro em um mesmo ponto mostram uma tendência de
enriquecimento da superfície para o fundo, com exceção do ponto P3 na campanha 2
(Figura 10).
Figura 10. Tendência da concentração de fósforo total nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I.
Os resultados de alumínio total refletem uma tendência de enriquecimento no extrato de
fundo e mostram que o ponto P1 apresentou as maiores concentrações na campanha 1. Na
campanha 2 verificou-se concentração de alumínio total < 0,1 para os três estratos
avaliados nos pontos P1 e P2, conforme Figura 11.
Figura 11. Tendência da concentração de alumínio total nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.
12
Os teores medidos das concentrações de clorofila a na barragem de Joanes I foram
superiores ao limite máximo permitido pela legislação para águas doces, classe 2 (30 µg/L)
nas amostras de água dos pontos P1 (superfície, meio e fundo – campanhas 1 e 2), P2 (meio
e fundo– campanhas 1 e 2) e P3 (fundo – campanha 1). Vale salientar que o ponto P1 está
localizado no inicio da bacia hidráulica do barramento e, portanto, é o receptor primário de
todos os efluentes lançados na área da barragem de Joanes I. É observado que os
resultados de clorofila a para um mesmo ponto apresentam uma tendência de maior
concentração na superfície, decaindo para o fundo com exceção ao ponto P3 na
campanha 2 (Figura 12).
Figura 12. Tendência da concentração de clorofila a nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3 da
barragem de Joanes I.
Os resultados da diversidade e da abundancia fitoplanctônica da barragem de Joanes I
encontra-se no Relatório de Ensaio 0237/15 A em anexo.
As classes com maiores representatividades ao avaliarmos a estrutura da comunidade
fitoplanctônica
Chlorophyta,
da
barragem
Bacillariophyta
de
Joanes
seguidas
das
I
foram
Cyanophyta
Cryptophyceae
e
as
(Cyanobactérias),
demais
classes
(Euglenophyceae e colônias não identificadas). Nas amostras qualitativas e quantitativas, as
Cyanobactérias se destacaram como a mais abundante tanto na campoanha 1 quanto na
campanha 2. Na extensão estudada da barragem, do total de espécies descritoras, a maior
contribuição foi dada pela classe Cyanophyta (Cyanobacteria), cujas espécies que mais se
destacaram foram Cylindrospermopsis sp., Merismopedia tenuissima, Limnotrix sp e
Planktothrix sp.
A Resolução do CONAMA 357/05, no seu Artigo 15, inciso VIII estabelece para as águas
doces de classe 2 as condições e padrões e prevê que “a densidade de cianobactérias
13
não deve exceder 50.000 cel/mL ou 5 mm3 /L”. Os resultados das duas campanhas mostram
que nos três estratos (superfície, meio e fundo) de todos os pontos avaliados (P1, P2, P3),
com exceção do estrato meio– campanha 2 do ponto P3, os valores de densidade de
cianobactérias extrapolaram o recomendado pela legislação vigente, conforme Figura 13.
Figura 13. Tendência da concentração de cianobactérias nas amostras de água dos pontos P1, P2 e
P3 da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.
As amostragens de zooplâncton são de suma importância quando objetiva-se avaliar a
qualidade ambiental do meio, uma vez que “a comunidade zooplanctônica responde
rapidamente às alterações ambientais, devido ao curto ciclo de vida desses organismos,
fazendo com que possam ser empregados como indicadores da qualidade da água” (ANA;
CETESB, 2011).
A interpretação das amostragens para zooplâncton deve ser associada com os resultados
de outros dados biológicos, físicos e químicos coletados simultaneamente. A concentração
máxima do zooplâncton ocorre, em geral, nas camadas superficiais onde há, entre outros
fatores, concentrações mais elevadas de alimento. Contudo, a quantidade de zooplâncton
de um local depende da resposta a estímulos promovidos por diversos outros fatores, como
período do dia, estação do ano, concentração de nutrientes, presença de substancias
tóxicas na água, entre outros (ANA; CETESB, 2011). Os resultados das análises de Zooplâncton
na barragem de Joanes I encontram-se no Relatório de Ensaio Getel 0253/15, em anexo.
Dos grupos avaliadas na barragem de Joanes I para os pontos P1, P2 e P3, aqueles que mais
se destacaram foram os Rotífera, Cladocera, Protozoa e Copepoda, conforme Figura 14. O
ponto P2 apresentou a mais expressiva concentração da comunidade de Zooplâncton em
número e espécie.
14
Figura 14. Tendência da concentração de zooplâncton nas amostras de água dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.
6.2. RESULTADOS EM SEDIMENTO E BIOTA
A solubilidade dos metais em água depende da sua especiação. Algumas espécies
químicas apresentam baixa solubilidade nas águas. Isto faz com que os mesmos tendam a
sofrer o processo de adsorção sobre o material particulado orgânico e inorgânico suspenso
na coluna de água. Deste modo, a destinação natural das maiores cargas de metais são os
sedimentos. Para determinar a presença e concentração de metais na área de estudo
foram coletadas amostras de sedimentos e os resultados são apresentados nos Relatório de
Ensaios Getel 0042/15 e 0238/15, no Anexo 1.
A Portaria 2914/11 estabelece um valor máximo permitido de alumínio de 0,2 mg/L como
padrão de aceitação para água de consumo humano. Complementando o estudo, três (3)
espécies de peixe (Apaiari, Robalo e Tucunaré) e uma (1) espécie de crustáceo para
campanha 1 e duas (2) espécies de peixe (Tilápia e Tucunaré) para campanha 2 foram
coletadas e submetidas para avaliação da concentração de alumínio, conforme resultados
contidos nos Relatórios de Ensaios Getel 0076/15, 0239/15 e 0252/15 no Anexo 1.
A NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration (1999) possui um banco de
dados internacional com resultados de testes de ecotoxicidade, buscando determinar as
concentrações de contaminantes capazes de produzir respostas tóxicas crônicas e agudas
em organismos aquáticos. A partir da análise estatística destes dados, foram determinados
valores de referência para os principais contaminantes. Os valores de referência usados
neste relatório são:
15
a) TEL (Threshold Effect Level) – Corresponde à concentração do contaminante a partir da
qual são esperados efeitos adversos em organismos aquáticos;
b) PEL (Probable Effect Level) – Corresponde à concentração do contaminante a partir da
qual há uma probabilidade real de efeitos tóxicos em organismos aquáticos.
A Resolução CONAMA n.º 454 de 1º de novembro de 2012 estabelece as diretrizes gerais e
os procedimentos referenciais para o gerenciamento do material a ser dragado em águas
sob jurisdição nacional. Entende-se como material dragado o material retirado ou
deslocado do leito dos corpos d’água decorrente da atividade de dragagem. Os valores
orientadores para caracterização química permitem classificar o material em dois níveis:
Nível 1: limiar abaixo do qual há menor probabilidade de efeitos adversos a biota.
Nível 2: limiar acima do qual há maior probabilidade de efeitos adversos à biota.
Ressalta que os valores orientadores da Resolução CONAMA 454/12 para sedimento de
água doce correspondem aos valores de TEL e PEL da NOAA.
Verificou-se que o resultado para o parâmetro fósforo total, nas duas campanhas avaliadas,
para a amostra de sedimento do ponto P2 extrapolou o estabelecido pela Resolução
CONAMA nº 454/12, nível 1 (2.000 mg/kg). Isso mostra que esse sedimento apresenta um
valor anormal de fósforo total.
A mesma legislação não estabelece limite ou valores
mediadores para a concentração de alumínio total em sedimento. Os resultados das
concentrações de alumínio total nas amostras de sedimento dos pontos P1, P2 e P3 nas duas
campanhas C1 e C2 apresentaram valores elevados, na ordem de 20.000 mg/kg (Figuras 15
e 16)
Figura 15. Tendência da concentração de fósforo nas amostras de sedimento dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.
16
Figura 16. Tendência da concentração de alumínio nas amostras de sedimento dos pontos P1, P2 e P3
da barragem de Joanes I nas campanhas 1 e 2.
Não foram verificadas concentrações de alumínio elevadas nas amostras de biota (peixes)
avaliados nos pontos P1, P2 e P3 em ambas as campanhas. Ressalta-se, contudo que no
ponto P2 na campanha 2 ao avaliar vísceras de tilápia, foi encontrado concentração de 57
mg/kg de alumínio total (Relatório de Ensaio Getel 0239/15).
7. CONCLUSÕES
Conclui-se pela avaliação dos parâmetros que na barragem de Joanes I há ocorrência de
lançamento de esgotos domésticos principalmente, o que acarreta acumulação de fósforo
total na água e no sedimento, provocando um desenvolvimento acelerado de biomassa de
algas demonstrado pela alta concentração de clorofila a, e baixa concentração de
oxigênio dissolvido e acidificação das águas revelados pelos valores de pH. Com relação à
concentração de alumínio total em água não se verificou alteração significativas após a
aplicação do remediador. Entretanto, nos resultados de sedimento houve um aumento
expressivo na concentração do parâmetro de alumínio total na campanha 2 em relação a
campanha preventiva (C1).
Conclui-se ainda, que a concentração de cianofíceas/cianobacterias na água da
barragem é bastante elevada e tendeu-se a diminuir após a aplicação do remediador
CMH, mas ainda assim, continuou extrapolando o recomendado pela Resolução CONAMA
357/05. Recomenda-se, desta forma, que seja avaliada pela EMBASA a possibilidade de
aplicação de outro produto para diminuir a concentração de fósforo da barragem de
Joanes I, visto sua importância como fornecedora de água para consumo humano, uso
para práticas de pesca e recreação por população circunvizinha.
17
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANA; CETESB - Agencia Nacional das Águas; Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental. Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras. Água, Sedimento,
Comunidades Aquáticas e Efluentes. Brasília-DF, 2011.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução CONAMA n° 454, de
01 de novembro de 2012. Brasília. Diário Oficial da União de 08 de novembro de 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde – Portaria 2914 de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os
procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade. Brasília. Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2011.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução CONAMA n° 357, de
17 de março de 2005. Brasília. Diário Oficial da União de 18 de março de 2005.
18
ANEXOS
RELATÓRIOS DE ENSAIOS GETEL
19
Campanha 1
Quadro 1.1. Resultado dos parâmetros nas amostras de água da barragem de Joanes I/Lauro de Freitas-Camaçari.
Padrões da Resolução
CONAMA nº. 357/05
Parâmetros
Unidade
P1
P2
P3
Águas doces, Classe 2
Superfície
Meio
Fundo
m
-
2,60
5,68
-
2,35
o/oo
0,09
0,10
0,12
0,07
0,07
Superfície
Ambiente
Profundidade
Salinidade
Alcalinidade Total
Meio
Lêntico
Superfície
Meio
Fundo
4,75
-
2,20
4,10
0,13
0,07
0,08
0,11
Fundo
-
mg/L
45,4
46,2
47,5
32,4
31,2
35,7
31,5
30,7
38,5
≤ 0,03 (Lêntico)
≤ 0,1 (Lótico)
µS/cm
233,1
234,4
237,4
180,7
181,4
201,7
178,7
178,1
193,2
mg/L
0,18
0,17
0,42
0,05
0,04
0,09
0,05
0,07
0,65
-
mg/L
<0,02
<0,02
0,02
<0,02
<0,02
<0,02
<0,02
<0,02
0,04
250
mg/L
<10
<10
<10
<10
<10
<10
<10
<10
<10
-
mg/L
<0,1
<0,1
4,1
0,1
0,3
<0,1
<0,1
<0,1
1,3
>0,1
mg/L
<0,1
<0,1
<0,1
0,1
0,1
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
≤ 100,0
NTU
19,1
17,3
47,3
8,7
7,9
7,0
6,7
7,9
8,4
≥5,0
mg/L
0,38
<0,1
0,10
7,20
3,55
0,14
8,11
0,25
<0,10
pH-Campo
6,0 a 9,0
-
5,19
6,80
6,44
7,0
6,76
6,48
6,70
6,70
6,50
Clorofila a
≤ 30
µg/L
135
114
115
55,1
47,5
22,4
24,4
32,6
39,7
Condutividade a 25 °C
Fósforo Total
Fósforo Dissolvido
Sulfatos
Alumínio total
Alumínio solúvel
Turbidez
Oxigênio Dissolvido
Os valores em vermelho indicam violação ao padrão estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05 para águas doces, classe 2.
20
Quadro 1.2. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari.
P1
Superfície
Táxon
P1
Meio
Ambiente
P1
Fundo
Lêntico
Densidade
Abundância
(no de células/mL)
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
9952
68.549
19.143
8.124
9.191
4,13
28,46
7,95
3,37
3,82
10.663
78.450
44.652
4.094
4,34
31,95
18,19
1,67
13.608
79.060
13.608
27.166
6.347
8,03
46,63
8,03
16,02
3,74
63.268
50.726
11.729
-
26,27
21,06
4,87
-
14.567
59.123
32.941
-
5,93
24,08
13,42
-
26.150
1.320
15,42
0,78
51
-
0,02
-
762
190
-
0,31
0,08
-
305
51
-
0,18
0,03
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
51
-
0,03
-
102
0,04
95
0,04
-
-
-
-
-
-
1.777
102
-
1,05
0,06
-
Cyanophyta (Cyanobactérias)
Aphanizomenon sp
Merismopedia tenuissima
Merismopedia glauca
Cylindrospermopsis sp
Cylindrospermopsis raciborskii
Aphanocapsa delicatissima
Aphanocapsa minutissima
Limnothrix sp
Microcystis sp
Planktothrix sp
Alphanocapsa sp
Cianoficea colonial não identificada
Chlorophyta
Actinastrum sp
Monoraphidium sp
Monoraphidium arcuatum
Micractinium pusillum
Cryptophyta
Cryptomonas sp
Monoraphidium sp
Micractinium pusillum
Euglenophyta
Euglena sp
Bacilariophyta
Aulacoseira sp
Navicula sp
Diatomacea não identificada
TOTAL
240.835
245.538
21
169.544
Quadro 1.2. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari (cont.).
P2
Superfície
Táxon
P2
Meio
Ambiente
P2
Fundo
Lêntico
Densidade
Abundância
(no de células/mL)
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
51.158
113.740
21,15
47,03
18.508
83.401
10.815
26.049
10,00
45,05
5,84
14,07
51.031
98.406
19.422
27,48
52,99
10,46
23.230
53.697
-
9,61
22,20
-
5.103
40.596
-
2,76
21,93
-
914
15.385
-
0,49
8,29
-
-
-
102
-
0,05
-
457
76
-
0,25
0,04
-
-
-
203
0,11
-
-
355
-
0,19
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Cyanophyta (Cyanobactérias)
Aphanizomenon sp
Merismopedia tenuissima
Merismopedia glauca
Cylindrospermopsis sp
Cylindrospermopsis raciborskii
Aphanocapsa delicatissima
Aphanocapsa minutissima
Limnothrix sp
Microcystis sp
Planktothrix sp
Alphanocapsa sp
Cianoficea colonial não identificada
Chlorophyta
Actinastrum sp
Monoraphidium sp
Monoraphidium arcuatum
Micractinium pusillum
Cryptophyta
Cryptomonas sp
Monoraphidium sp
Euglenophyta
Euglena sp
Bacilariophyta
Aulacoseira sp
Navicula sp
Diatomacea não identificada
TOTAL
241.825
185.132
22
185.691
Quadro 1.2. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari (cont.).
P3
Superfície
Táxon
P3
Meio
Ambiente
P3
Fundo
Lêntico
Densidade
Abundância
(no de células/mL)
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
7.312
50.878
28.486
30.466
4.748
3,43
23,90
13,38
14,31
19,14
1.219
40.215
38.311
196.354
0,39
12,93
12,32
63,12
23.115
8.511
25.698
25,74
9,48
28,61
7.464
46.689
-
3,51
21,93
-
10.511
21.326
1.599
-
3,38
6,86
0,51
-
31.559
-
35,14
-
305
305
0,14
0,14
838
305
0,27
0,10
132
132
0,15
0,15
76
-
0,04
-
152
-
0,05
-
-
-
76
-
0,04
-
152
-
0,05
-
-
-
-
-
-
-
-
-
76
-
0,04
-
228
-
0,07
-
497
66
0,55
0,07
Cyanophyta (Cyanobactérias)
Aphanizomenon sp
Merismopedia tenuissima
Merismopedia glauca
Cylindrospermopsis sp
Cylindrospermopsis raciborskii
Aphanocapsa delicatissima
Aphanocapsa minutissima
Limnothrix sp
Microcystis sp
Planktothrix sp
Pseudanabaena sp
Alphanocapsa sp
Cianoficea colonial não identificada
Chlorophyta
Actinastrum sp
Monoraphidium sp
Monoraphidium arcuatum
Micractinium pusillum
Cryptophyta
Cryptomonas sp
Monoraphidium sp
Euglenophyta
Euglena sp
Bacilariophyta
Aulacoseira sp
Navicula sp
Diatomacea não identificada
TOTAL
212.882
311.059
23
89.809
Quadro 1.2 Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari (cont.).
Índices descritivos
Táxon
P1
P2
Ambiente
P3
Lêntico
Diversidade (Shannon-Weaver)
0,76
1,06
0,69
Riqueza (Número total dos taxons)
1,81
1,06
1,82
Dominância
0,23
0,32
0,29
24
Quadro 1.3. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Zooplâncton de amostras de águas da barragem de Joanes I/Lauro de Freitas.
Táxon
P1
P2
Ambiente
Densidade
P3
Lêntico
Densidade
Abundância
(no de organismos/m3)
Relativa (%)
(no de organismos/m3)
Abundância
Relativa (%)
Densidade
(no de organismos/m3)
Abundância
Relativa (%)
Anuraeopsis sp.
Asplanchna sp.
Branchionus calyciflorus
Branchionus falcatus
Branchionus sp1
Branchionus sp2
Cephalodella sp.
Epiphanes sp.
1.645
2.284
183
91
822
91
1.188
1.279
10,71
14,88
1,19
0,60
5,36
0,60
7,74
8,33
548
16.009
8.333
26.425
-
0,20
5,79
3,02
9,56
-
110
603
8.388
5.373
16.064
164
-
0,07
0,38
5,33
3,41
10,20
0,10
-
Filinia opoliensis
Filinia sp
Lecane sp
Keratella sp
Rotífero não identificado sp2
Rotífero não identificado sp1
Rotífero não identificado
Copepoda
365
731
2.193
365
-
2,38
4,76
14,29
2,38
-
987
658
7.127
2.851
8553
-
0,36
0,24
2,58
1,03
3,1
-
219
1.700
8.882
15.241
0,14
1,08
5,64
Copepoditos
Nauplius de copepoda
Notodiaptomus sp
Thermociclops sp
Cladocera
Bosmina sp.
Cladocera não identificada
Diaphanosoma sp.
183
91
1,19
0,60
35.965
67.434
33.004
34.430
13,02
24,4
11,94
12,46
13.158
47.917
16.338
17.325
8,36
30,43
10,38
11,00
-
-
3.180
2.303
26.316
1,15
0,83
9,52
1.096
493
4.386
0,70
0,31
2,79
17,26
5,36
1,19
1,19
2.083
110
-
0,75
0,04
-
-
-
Rotifera
Protozoa
Centropyxis sp
Euglypha filifera
Parmecium sp
Strombidium sp1
TOTAL
2.650
822
183
183
15.351
276.316
25
9,68
157.456
Quadro 1.4. Resultados dos parâmetros em amostras de sedimentos da barragem de Joanes I/Lauro de Freitas-Camaçari.
Parâmetros
Padrões da Resolução
CONAMA nº. 454/12
NOAA
Unidade
P1
P2
P3
Águas doces, Classe 2
Nível 1
Nível 2
Background
TEL
PEL
Ambiente
Fósforo total
Alumínio Total
Lêntico
2.000,0
-
-
-
-
mg/Kg
1890
2330
996
-
-
-
-
-
mg/Kg
25.400
32.000
25.750
Legenda: Os valores em vermelho indicam violação ao padrão estabelecido pela Resolução CONAMA 454/12, Nível 2 para água doce ou salobra.
Background – valor que geralmente é encontrado em sedimentos de corpos d’água naturais.
TEL – Threshold Effects Level – menor limite, concentração abaixo da qual raramente são esperados efeitos adversos à biota.
PEL – Probable Effect Level – Corresponde à concentração do contaminante a partir da qual há uma probabilidade real de efeitos tóxicos
em organismos aquáticos
Quadro 1.5. Resultado dos parâmetros nas amostras de biota da barragem de Joanes I/Lauro de Freitas-Camaçari.
Padrões
Parâmetros
Unidade
P1
P2
Ambiente
Espécie
P3
Lêntico
-
-
Apaiari1
mg/kg
<10
Alumínio Total
1
2
3
4
Legenda: Astronotus ocellatus (Cuv.); Macrobrachium, Centropomus spp; Cichla spp.
26
Camarão2
Robalo3
Tucunaré4
<10
<10
<10
Campanha 2
Quadro 2.1. Resultado dos parâmetros nas amostras de água da barragem de Joanes I/Lauro de Freitas-Camaçari.
Padrões da Resolução
CONAMA nº. 357/05
Parâmetros
Unidade
P1
P2
P3
Águas doces, Classe 2
Superfície
Meio
Fundo
Superfície
Ambiente
Alcalinidade Total
Condutividade a 25 °C
Fósforo Total
Fósforo Dissolvido
Sulfatos
Alumínio total
Alumínio solúvel
Turbidez
Oxigênio Dissolvido
Meio
Lêntico
Fundo
Superfície
Meio
Fundo
-
mg/L
26,8
26,3
25,3
33,4
33,8
34,4
31,6
37,8
21,3
≤ 0,03 (Lêntico)
≤ 0,1 (Lótico)
µS/cm
200,5
208,8
202,2
215,5
220,1
220,0
229,0
234,9
236,9
mg/L
0,05
0,06
0,11
0,03
0,12
0,12
0,10
0,07
0,06
-
mg/L
0,02
0,02
0,04
<0,02
0,06
<0,02
<0,02
<0,02
<0,02
250
mg/L
68
50
28
29
22
22
16
34
23
-
mg/L
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
0,22
0,42
<0,1
>0,1
mg/L
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
<0,1
≤ 100,0
NTU
15,9
28,0
14,6
19,1
15,1
30,8
9,8
8,2
8,8
≥5,0
mg/L
2,57
1,78
1,42
2,20
2,30
4,67
4,60
2,30
2,42
pH-Campo
6,0 a 9,0
-
4,70
5,15
5,20
5,18
5,19
5,14
5,13
5,04
4,96
Clorofila a
≤ 30
µg/L
71,0
37,4
40,3
50,1
32,2
25,7
27,3
3,16
1,41
Os valores em vermelho indicam violação ao padrão estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05 para águas doces, classe 2.
27
Quadro 2.2. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari
P1
Superfície
Táxon
P1
Meio
Ambiente
P1
Fundo
Lêntico
Densidade
Abundância
(no de células/mL)
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Aphanocapsa sp
Cylindrospermopsis sp
Limnothrix sp
Merismopedia tenuissima
Microcystis sp
Planktothrix sp
Pseudanabaena sp
Raphidiopsis sp
69.920
3.808
19.498
84.848
113,029
4.418
23,62
1,29
6,59
28,67
38,19
4,49
2.666
7.746
358
18.127
13.146
28.265
-
3,781
10,98
0,51
25,70
18,64
40,08
-
5.179
64.284
17.518
20.108
18.280
29.019
10.282
3,13
38,88
10,59
12,16
11,05
17,55
6,22
Chlorophyta
Actinastrum sp
Ankistrodesmus sp
Monoraphidium sp
Monoraphidium arcuatum
Quadrigula sp
Scenedesmus sp
Tetrastrum sp
152
76
152
-
0,05
0,03
0,05
-
122
30
8
-
0,17
0,04
0,01
-
609
-
0,37
-
-
-
-
-
-
-
-
-
46
0,06
76
0,05
-
-
8
0,01
-
-
76
0,03
-
-
-
-
Cyanophyta (Cyanobactérias)
Cloroficea não identificada
Bacilariophyta
Aulacoseira sp
Cryptophyta
Cryptomonas sp
Outros Grupos
Fitoflagelados não identificado
TOTAL
295.978
70.522
28
165.355
Quadro 2.2. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari (cont.)
P2
Superfície
Táxon
P2
Meio
Ambiente
P2
Fundo
Lêntico
Densidade
Abundância
(no de células/mL)
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Aphanocapsa sp
Cylindrospermopsis sp
Limnothrix sp
Merismopedia tenuissima
Microcystis sp
Planktothrix sp
Pseudanabaena sp
Raphidiopsis sp
2.894
6.017
31.228
24.830
914
229.486
-
0,98
2,03
10,53
8,38
0,31
77,42
-
12.186
12.356
21.834
108.070
10.071
-
7,34
7,45
13,16
65,12
6,07
-
17.569
32.396
20.209
38.387
25.287
-
13,12
24,18
15,09
28,66
18,88
-
Chlorophyta
Actinastrum sp
Monoraphidium sp
Monoraphidium arcuatum
Micractinium pusillum
Scenedesmus sp
Tetrastrum sp
Cloroficea não identificada
609
152
0,21
0,05
1.354
85
-
0,82
0,05
-
51
-
0,04
-
-
-
-
-
-
-
305
-
0,10
-
-
-
51
-
0,04
-
Cyanophyta (Cyanobactérias)
Cryptophyta
Cryptomonas sp
Monoraphidium sp
Bacilariophyta
Aulacoseira sp
Navicula sp
Diatomacea não identificada
TOTAL
296.435
165.956
29
133.949
Quadro 2.2. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Fitoplâncton de amostras de águas da barragem do Joanes I em Lauro de Freitas/Camaçari (cont.)
P3
Superfície
Táxon
P3
Meio
Ambiente
P3
Fundo
Lêntico
Densidade
Abundância
(no de células/mL)
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Densidade
(no de células/mL)
Abundância
Relativa (%)
Aphanocapsa sp
Cylindrospermopsis sp
Limnothrix sp
Merismopedia tenuissima
Microcystis sp
Planktothrix sp
Pseudanabaena sp
Raphidiopsis sp
12.186
13.405
6.322
97.339
95.130
4.113
-
5,32
5,85
2,76
42,47
41,51
1,79
-
3.313
2.437
6.093
17.594
-
11,25
8,28
20,70
59,77
-
13.557
8.429
25.693
2.539
22.748
-
18,46
11,48
34,99
3,46
30,98
-
Chlorophyta
Actinastrum sp
- Monoraphidium sp
Monoraphidium arcuatum
Micractinium pusillum
Scenedesmus sp
Tetrastrum sp
Cloroficea não identificada
609
-
0,27
-
-
-
102
102
203
-
0,14
0,14
0,28
-
-
-
-
-
51
-
0,07
-
76
-
0,03
-
-
-
-
-
Cyanophyta (Cyanobactérias)
Cryptophyta
Cryptomonas sp
Monoraphidium sp
Bacilariophyta
Aulacoseira sp
Navicula sp
Diatomacea não identificada
TOTAL
229.181
29.438
30
73.423
Quadro 2.3. Resultado da análise Quali-Quantitativa de Zooplâncton de amostras de águas da barragem de Joanes I/Lauro de Freitas.
Táxon
P1
P2
Ambiente
Densidade
P3
Lêntico
Densidade
Abundância
(no de organismos/m3)
Relativa (%)
(no de organismos/m3)
Abundância
Relativa (%)
Densidade
(no de organismos/m3)
Abundância
Relativa (%)
Anuraeopsis sp.
Branchionus calyciflorus
Branchionus falcatus
Branchionus dolabratus
Filinia sp
Lecane sp
Keratella sp
Testudinella sp
1.371
1.096
548
7,46
5,97
2,99
7.950
3.289
12.336
822
8.772
-
4,23
1,75
6,56
0,44
4,66
-
2.467
1.645
1.096
1.096
-
3,38
2,26
1,50
1,50
-
Rotífero não identificado
Ordem: Ploima
Copepoda
Argyrodiaptomus sp
Copepoditos
Nauplius de copepoda
Notodiaptomus sp
Thermociclops sp
4.660
1.645
25,37
8,96
5.208
6.579
2,77
3,50
1.645
2,26
1.096
-
5,97
-
8.224
15.351
30.428
27.138
22.478
4,37
8,16
16,18
14,43
11,95
822
10.965
19.463
8.772
7.675
1,13
15,04
26,69
12,03
10,53
-
-
548
0,29
-
-
274
822
1,49
4,48
2.193
2.467
7.127
822
25.219
1,17
1,31
3,79
0,44
13,41
3.564
13.706
4,89
18,80
822
1.645
1.371
3.105
4,48
8,96
7,46
16,42
1.096
-
0,58
-
-
-
Rotifera
Copepoda não identificado
Cladocera
Bosmina sp.
Ceriodaphinia sp.
Cladocera não identificada
Daphnia sp.
Diaphanosoma sp.
Protozoa
Arcela sp
Centropyxis sp
Euglypha sp
Protozoário não identificado
TOTAL
18.366
188.048
31
72.917
Quadro 2.4. Resultados dos parâmetros em amostras de sedimentos da barragem de Joanes I/Lauro de Freitas-Camaçari.
Parâmetros
Padrões da Resolução
CONAMA nº. 454/12
NOAA
Unidade
P1
P2
P3
Águas doces, Classe 2
Nível 1
Nível 2
Background
TEL
PEL
Ambiente
Fósforo total
Alumínio Total
Lêntico
2.000,0
-
-
-
-
mg/Kg
1870
2710
903
-
-
-
-
-
mg/Kg
37600
40700
22850
Legenda: Os valores em vermelho indicam violação ao padrão estabelecido pela Resolução CONAMA 454/12, Nível 2 para água doce ou salobra.
Background – valor que geralmente é encontrado em sedimentos de corpos d’água naturais.
TEL – Threshold Effects Level – menor limite, concentração abaixo da qual raramente são esperados efeitos adversos à biota.
PEL – Probable Effect Level – Corresponde à concentração do contaminante a partir da qual há uma probabilidade real de efeitos tóxicos
em organismos aquáticos
Quadro 2.5. Resultado dos parâmetros nas amostras de biota da barragem de Joanes I/Lauro de Freitas-Camaçari.
Padrões
Parâmetros
Unidade
P1
P2
Ambiente
Espécie
-
-
mg/kg
Alumínio Total
Legenda: 1 Cichla spp; 2 Tilápia rendali
-
-
32
P3
Lêntico
Juvenis de
Vísceras de
Tucunaré4
Tilápia2
<10
57
Tucunaré4
-
<10
-
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Campanha 2 – Barragem de Joanes I - Inema