ERNESTO V S. FIG UEIREDO E J M. SA CUNHA MACHADO
6 - C O N C lUSÕES
Re una mos e m algumas l i n has, e m j e ito d e síntese, o q u e ficou escrito a o l o n go
do texto. Pela a n á l ise e interp retação d os res u l ta d os obtidos nesta pesqu isa parece-nos
estratégico s u b l i n ha r os segu i n tes factos:
1 - As p o p u l a ções mascu l i nas e fem i n i nas proj e cta das d e 1 99 1 para 1 99 6 parecem
cond izer com a lguns factos já p u b l i ca d os pelas estatísticas oficiais. Conta m-se e ntre estes:
a) uma viragem relativa d e s u b i d a na t e n d ê n cia d esce n d e nte q u e v i n h a caracte­
riza n d o o tota l d e nascimentos a o l o n go dos ú l t i m os a n os;
b) uma progressiva acu m u l a çã o d e pessoas nos esca lões d e idades su periores, dito
de o u tra forma , u m p rogressivo enve l h e c i m e n to das p o p u l a ções;
c) u m a d i m i n u i çã o dos j ove ns co m p ree n d i d os e n tre os 5 e os 1 9 a n os; e
d) u m reforço nas camadas das p o p u l a ções activas.
2 - As cu rvas de morta l i da d es mascu l i n a s e fem i n i nas sã o o que d i ta m os
n ú m eros. De 1 99 1 para 1 99 6 veri fica-se uma atenuaçã o n a morta l i d a d e i n fa n t i l (classe
dos zero a n os) a fecta n d o d e s o b rema n e i ra os varões. Da idade d e 1 ano até aos 1 4 a n os,
as morta l i dades têm e m geral p o u ca expressã o . Mas, a partir dos 1 5 a n os nas p o p u l a ções
mascu l i nas, a morta l i d a d e gera l ga nha expressão consid erável i n te n s i f i c a n d o-se a parti r
dos 4 5 a n os em 1 9 9 1 e a part i r d os 5 0 a n os em 1 99 6 . Para as m u l h eres, a morta l i d a d e
gera l ga n h a exp ressão a parti r do período fért i l , i ntensi fica n d o -se, p rogressiva m e n t e ,
p e l os esca lões etá rios s u p er i o res.
3 - As morta l i d a des p rovocadas nas p o p u l a ções p e l os t u m o res e pelas d o e n ças
cére b ro e card i ovas c u l a res são de gra n d eza assi n a l á ve l , caso contrá ri o , talvez não se
j usti f i casse a presente i n vestigaçã o . De m a i o r efeito n os regi mes d e m o r ta l i d a d e gera l
rep resenta m as d o e n ças cére b ro e card i ovasculares q u e se têm v i n d o a i n t e n s i ficar nas
p o p u l a ções mascu l i n a s e m esca lões d e idades su periores. As m o rtes causadas p e l os
t u m o res constitu e m p ro b l e m a particularmente grave nas m u l h eres, mesmo m a i s grave
q u e a s m o rtes causadas por d o e n ças cére b ro e card i ovasculares, até à i d a d e dos 59 a n os.
4 - As espera n ças de vida das p o p u l a ções têm vindo a a u m e ntar a o l o ngo dos
ú l t i m os a n os. Esta t e n d ê n cia confi rma-se p e l a com para ção d e 1 99 1 para 1 9 9 6 . Se fossem
erra d i cadas as m o rtes devidas a t u m o res, as esp era n ças d e vida das p o p u l a ções a u m e n ­
ta riam e m cerca d e 2 a n os á nasce n ça o q u e é d e assi n a l a r. Se foss e m erra d i cadas a s
m o rtes d evidas a d o e n ças cérebro e card i ovasculares, as esperanças d e v i d a d a s p o p u ­
la ções a fectadas a u m entaria e m cerca d e 5 a n os à nasce n ça nos h o m e n s e e m cerca d e
6 - 7 a n o s á nasce n ça n a s m u l h eres, o q u e é a i n d a mais n otáve l .
5 - A conclusão i n e q uívoca d esta pesq u i s a , segu i n d o u m a h i pótese d e b o m senso
q u e sai confirmada, é a segu inte: a erra d i cação d e doenças, n o caso a n a l isado os t u m ores
(em q u e se e n contra m os t u m ores m a l i g n os) e as d o e n ças cérebro e card i ovasculares
(q u e constituem u m flage l o m a i o r n os n ossos d ias), faz a u m entar s i g n i f i cativa m ente as
espera nças de vida das populações. Parece óbvio esta belecer então q u e , a fim de a u mentar
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6 - CONClUSÕES Reunamos em algumas linhas, em jeito de