CADEIRA N° 39
PATRONO:
CÂNDIDO VIEIRA COSTA
Nasceu em Vitória, ES, em 24 de setembro de 1855, tendo falecido em Belém, Pará,
em 12 de fevereiro de 1931. Redigiu, em sua cidade, alguns jornais literários e colaborou
em outros de feição política, como O Espírito-santense, A Folha de Vitória e o
Comércio do Espírito Santo. De parceria com Aristides Freire, escreveu e encenou, em
Vitória, o drama A caridade, sendo ainda autor de Rosa branca, drama em 3 atos, e A
política na roça, comédia em 1º ato, não publicadas. Transferido para o Maranhão, em
decorrência do cargo federal que ocupava, e já então interessado em assuntos de caráter
histórico, ali editou: O descobrimento da América e do Brasil, que, em segunda tiragem,
tomou a denominação de As duas Américas, Lisboa, 1900. Também, em Lisboa, no
mesmo ano, imprimiu: Pedro Alvares Cabral, drama em 4 atos. São ainda de sua autoria:
Os crentes de minha religião, 1918; A cultura do café no Estado do Pará, 1920; As
obras contra a seca no nordeste, 1922; Emersão e flutuação de navios, 1917; O livro
do centenário, 1924, além de outros trabalhos.
1º. OCUPANTE:
PAULO ATHAYDE DE FREITAS
Nasceu em Rio Novo do Sul, ES, em 28 de janeiro de 1902. Diplomou-se pela
Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro em 1924. Promotor público em
Vitória, Cachoeiro de Itapemirim e em outras comarcas do Estado. Exerceu a magistratura
em Anchieta, Siqueira Campos (atual Guaçuí), Colatina e Mimoso do Sul, ainda no Espírito
Santo. Publicou: Volúpia das rosas, versos, 1928, Poema de Anchieta; Tonel de
Diógenes; A monja de Liseux; Oração acadêmica; Cantiga das ondas; Luz do Oriente
e Convento da Penha, além de outros trabalhos, quase todos abordando temas
religiosos.
Convento da Penha
Na solidão claustral da cela fria,
o frei Pedro Palácios adormece
e sonha ver a imagem de Maria
entre as estrelas, murmurando a prece.
E desde aquela noite, noite e dia,
do belo sonho nunca mais se esquece,
pois aos olhos do monge, Ela sorria,
num sorriso de amor que não fenece.
Dizem cronistas que, afrontando escolhos,
o santo monge escala a penedia,
tendo as luzes divinas nos seus olhos.
Perante as ondas, o Convento ao longe!
Vemos, agora, a imagem de Maria
- divino sonho do poeta monge...
2º. OCUPANTE:
JOSÉ IGNÁCIO FERREIRA
Filho de Jurandi Leite Ferreira e Aristóbulo Inocêncio Ferreira. Fez os primeiros
estudos em Vitória e Rio de janeiro, ingressando na faculdade de Direito aos 17 anos. Aos
14 anos, assinava artigos nos jornais de Vitória, sendo um dos responsáveis pela periódica
edição da revista Comandos. Participou de publicações na faculdade, tendo sido Diretor
do Jornal Jus, enquanto mantinha uma coluna de assuntos universitários em O Diário.
Bacharel em Direito pela Universidade do Espírito Santo. Como promotor de justiça
ou Advogado Constituído participou de mais de uma centena de julgamentos pelo Tribunal
do Júri. Lecionou e dirigiu o Colégio Santo Agostinho, da cidade de Muqui, Espírito Santo.
Integrou o quadro da academia Capixaba de Novos, sendo seu orador oficial de 1959 a
1962. Conselheiro da Ordem dos advogados do Brasil, Seção ES e por duas vezes
Presidente da OAB–ES (biênios 1979-80 e 1981-82). Membro do Conselho da OAB. Vicepresidente da União Internacional dos Advogados, com sede em Paris-França. Foi
empossado na Organização das Nações Unidas em Nova Iorque, em 1980. Eleitor
vereador pela cidade de Vitória em 1962 sendo o mais votado. Participou da reformulação
do Código Tributário do Município. Eleito deputado pelo PMDB, em 1966, o mais votado na
história da Capital e maior votação individual na Oposição. Foi Vice-Líder da bancada e 2º
Vice-Presidente da Assembléia. Integrou a comissão que elaborou a reforma da
Constituição Estadual. Teve o mandato cassado em 13 de março de 1969 por decorrência
de fatos ligados ao seu relacionamento com a Igreja Católica no Espírito Santo e à defesa
que fez do Padre Álvaro Regazzi e do Arcebispo Dom João Batista da Motta e
Albuquerque. Após a cassação, integrou a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de
Vitória. Eleito Senador pelo PMDB em 1982. Vice-Líder no Senado, Presidente da
Comissão de Constituição e Justiça, Presidente da Comissão Especial do Corredor de
Exportação (Cerrados - Tubarão), Membro das Comissões de Legislação Social e dos
Municípios e Suplente das Comissões de assuntos Regionais e de Educação e Cultura.
Foi Presidente da Comissão do Anteprojeto do Código de Processo Penal e Relator do
Livro de Obrigações do Anteprojeto do Código Civil Brasileiro. Condecorado pela Ordem
do Congresso Nacional no grau de Grande Oficial, em 30 de maio de 1985; pelo Conselho
da Ordem ao Mérito Domingos Martins no grau de Oficial, em 29 de janeiro de 1985;
Medalha do Sesquicentenário, comemorativa aos 150 anos de instalação do poder
Legislativo no espírito Santo, em 24 de maio de 1985; Medalha comemorativa aos 50 anos
de emancipação política do município de Ibiraçu, em 17 de agosto de 1985; Medalha
Santos Drumont; “Medalha 450 anos de Colonização do Solo Espírito-Santense”; Título de
Cidadão da Serra e de Colatina. Trabalhos Publicados: Tem mais de uma centena, entre
livros, discursos, artigos e textos de conferências. Destacam-se: Anistia, Caminho e
Solução; Anistia; A Função do Advogado; Violência e Criminalidade; Projeto de Lei
sobre a Anistia; O Esquadrão da Morte; A Missão do Advogado; O Advogado e o
Estudo do Direito Democrático; A VIII Conferência Nacional da OAB – Declaração de
Manaus; Jovens Delinqüentes: Angustia e Afirmação; Em Nome da Constituinte; A
Nação quer uma Nova Ordem; Missão Política da OAB; A Nova Lei do Inquilinato; A
Nova Lei da Magistratura; Cursos Jurídicos no Brasil; O Advogado e o
Aperfeiçoamento da Ordem Jurídica; A Regulamentação da Profissão de Secretária;
Direitos Humanos; Assembléia Nacional Constituinte; O Estado do Espírito Santo,
Ontem e Hoje; A Dignidade e a Independência como Fundamento do Exercício
Profissional; O Voto Distrital; Doação, Não;Privatização e Monopólio; País das
Emergências; Dos Cerrados a Tubarão; O Empresário na Sociedade Nova; A Nova
Dominação; Perspectivas da Microempresa;Reflexões sobre Economia de Mercado;
Tancredo Neves e o Brasil novo; Do Arbítrio à Democracia(A Luta Continua); 40
anos depois; Dívida Externa(Não à Agiotagem Internacional); Mineração e Soberania
nacional; Em Defesa das Ilhas de Trinidade e Martin Vaz;Denuncia(Violação dos
Direitos Humanos no Irã); Paz (Pelo Desmatamento e Desnuclearização-Contra o
Apartheid); O BNH e a Reforma Urbana; Mutirão Contra a Violência; Política
Energética; Pacote Econômico e a Dívida Externa; Fome e a Questão do Controle da
Natalidade; e Em Favor da COFAVI(A Luta contra a Privatização da Cia. Ferro e Aço
de Vitória/ES). Foi governador do estado do Espírito Santo de 1998 a 2002.
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