Capítulo 18 Externalidades e Bens Públicos Tópicos para Discussão Externalidades Formas de Corrigir Falhas de Mercado Externalidades e Direitos de Propriedade Recursos de Propriedade Comum Capítulo 18 Slide 2 Tópicos para Discussão Bens Públicos Preferências Privadas por Bens Públicos Capítulo 18 Slide 3 Externalidades Negativas As ações de algum indivíduo ou empresa impõem custos a outro indivíduo ou empresa Positivas As ações de algum indivíduo ou empresa geram benefícios para outro indivíduo ou empresa Capítulo 18 Slide 4 Custo Externo Situação Uma usina de aço despeja efluentes em um rio A quantidade de efluentes gerados pela usina pode ser reduzida através da diminuição do nível de produção de aço (estamos supondo uma função de produção de proporções fixas) Capítulo 18 Slide 5 Custo Externo Situação O Custo Externo Marginal (CMgE) é o custo imposto aos pescadores que trabalham no rio, para cada nível de produção de aço. O Custo Social Marginal (CMgS) é igual ao CMg mais o CMgE. Capítulo 18 Slide 6 Custo Externo A diferença é o custo marginal externo CMgE. Na presença de externalidades negativas, o custo social marginal (CMgS) é maior que o custo marginal. CMgS Preço A empresa maximizadora de lucro produz em q1, enquanto que o nível eficiente é q*. Preço CMgSI CMg S = CMgI A produção competitiva da indústria é Q1 , enquanto que a produção eficiente é Q*. Custo social agregado da externalidade negativa P* P1 P1 CMgEI CMgE D q* q1 Produção da Empresa Q* Q1 Produção da Indústria Custo Externo As externalidades negativas incentivam a permanência na indústria de um número excessivo (ineficiente) de empresas, criando excesso de produção no longo prazo. Capítulo 18 Slide 8 Externalidades Externalidades Positivas e Ineficiência As externalidades também podem resultar em nível excessivamente baixo de produção, como no exemplo da reforma de uma casa e suas implicações paisagísticas. Capítulo 18 Slide 9 Benefícios Externos Valor BMgS Na presença de externalidades positivas (os benefícios da reforma para os vizinhos), o benefício social marginal BMgS é maior do que o benefício marginal D. D P1 Um proprietário interessado apenas no próprio bem-estar investe q1 em reparos. O nível eficiente de reparos q* é maior. O preço mais elevado P1 desestimula novos reparos. CMg P* As atividades de P&D são desestimuladas por externalidades positivas? BMgE q1 Capítulo 18 q* Nível de Reparos Slide 10 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Suposição: A poluição causa uma falha de mercado Tecnologia de produção de proporções fixas É necessário reduzir a produção para reduzir as emissões de poluentes Pode-se usar um imposto sobre a produção para reduzir o nível de produto A substituição entre insumos é possível, desde que a tecnologia de produção seja modificada Capítulo 18 Slide 11 O Nível Eficiente de Emissões Dólares por unidade de emissão 6 Suponha: 1) Mercado competitivo 2) Decisões de produção e emissão independentes 3) Escolha do nível de produção que maximiza lucros CMgS Em Eo o custo marginal de redução das emissões é maior do que o custo social marginal. Por que essa situação é mais eficiente do que uma situação com nível zero de emissões? Em E1 o custo social marginal é maior do que o custo marginal de redução das emissões. 4 O nível eficiente de emissões é 12 (E*), para o qual CMgA = CMgS. 2 CMgA E0 0 2 4 6 8 10 Capítulo 18 E* 12 14 16 E1 18 20 22 24 26 Nível de emissão Slide 12 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Opções para redução das emissões até E* Padrão de Emissão Capítulo 18 Estabelecimento de um limite legal para as emissões ao nível de E* (12) Se a empresa não respeitar o limite estará sujeita a penalidades monetárias e criminais O custo de produção e o preço mínimo para entrada na indústria aumentam Slide 13 Padrões e Impostos Dólares por unidade de emissão CMgS Padrão Imposto 3 CMgA E* 12 Capítulo 18 Nível de emissão Slide 14 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Opções para redução das emissões até E* Imposto sobre Emissões Capítulo 18 Taxa arrecadada sobre cada unidade de emissão Slide 15 Padrões e Impostos Dólares por unidade de emissão CMgS Para níveis elevados de emissão, o custo de redução das emissões é menor do que o imposto. Imposto 3 Total de Imposto Pago Capítulo 18 E* 12 Custo Total de Redução das Emissões CMgA Nível de emissão Slide 16 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Padrões Versus Impostos Hipóteses Capítulo 18 Os formuladores de política possuem informação incompleta Devido a custos administrativos, é necessário aplicar o mesmo padrão ou imposto a todas as empresas Slide 17 Vantagens dos Impostos Imposto por unidade de emissão O efeito de um padrão de redução de 7 unidades para ambas as empresas é ilustrado. O padrão não é eficiente pois CMgA2 < CMgA1. CMgA1 CMgA2 Com um imposto de $3, as emissões da Empresa 1 cairiam de 14 para 8. As emissões da Empresa 2 cairiam de 14 para 6. CMgA1 = CMgA2: solução eficiente. 6 A solução minimizadora de custo é uma redução de 6 unidades 5 para a empresa 1 e 8 para a empresa 2; CMgA1= CMgA2 = $3. 4 3,75 3 Aumento no custo de redução de emissão para a Empresa 1 2,50 2 Diminuição no custo de redução de emissão para a Empresa 2 1 0 Capítulo 18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Nível de 14 emissão Slide 18 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Vantagens dos Impostos Em comparação com padrões iguais para todas as empresas, os impostos apresentam a vantagem de atingir o mesmo nível de emissão a um custo mais baixo. Os impostos incentivam a instalação de equipamentos que permitam reduzir ainda mais os níveis de emissão. Capítulo 18 Slide 19 Vantagens dos Padrões C Imposto por unidade de 16 emissão Custo Social Marginal 14 12 Sob informação incompleta, o imposto é $7 (redução de 12.5%). As emissões aumentam para 11. ABC é o aumento no custo social menos a diminuição no custo de redução das emissões. E 10 A D 8 Sob informação incompleta, o padrão é 9 (redução de 12.5%). ADE < ABC B 6 Custo marginal de redução das emissões 4 2 0 Capítulo 18 2 4 6 8 10 12 14 16 Nível de emissão Slide 20 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Resumo: Impostos versus Padrões Os padrões são preferíveis quando a curva de CMgS é muito inclinada e a curva de CMgA é pouco inclinada. Sob informação incompleta, os padrões propiciam maior grau de certeza a respeito dos níveis de emissão mas menor grau de certeza a respeito do custo de redução das emissões. Capítulo 18 Slide 21 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Resumo: Impostos versus Padrões Os impostos propiciam maior grau de certeza a respeito do custo e menor grau de certeza com relação às emissões. A preferência entre as duas políticas depende da natureza da incerteza e das inclinações relativas das curvas de custo. Capítulo 18 Slide 22 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Permissões de Emissão Transferíveis As permissões contribuem para o desenvolvimento de um mercado competitivo para as externalidades. Capítulo 18 O órgão regulador determina o nível das emissões e o número de permissões As permissões são transacionáveis A empresa com custo elevado comprará permissões das empresas de baixo custo Slide 23 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Pergunta Que fatores poderiam limitar a eficiência dessa solução? Capítulo 18 Slide 24 Custos e Benefícios da Redução na Emissão de Dióxido de Enxofre Custos da Redução das Emissões Conversão de carvão e petróleo para gás natural Instalação de equipamentos de controle de emissão Capítulo 18 Slide 25 Custos e Benefícios da Redução na Emissão de Dióxido de Enxofre Benefícios da Redução das Emissões Saúde Redução na Corrosão Melhorias de caráter estético Capítulo 18 Slide 26 Reduções na Emissão de Dióxido de Enxofre Dólares por unidade de redução 60 Observações •CMgR = CMgS ao nível de 0,0275 •0,0275 é pouco inferior ao nível observado de emissão •Aumento na eficiência econômica 40 Custo Social Marginal 20 Custo Marginal de Redução das Emissões (CMgR) 0 Capítulo 18 0,02 0,04 0,06 0,08 Concentração de dióxido de enxofre (ppm) Slide 27 Permuta de Emissões e Ar Puro “Bolhas” A empresa tem liberdade para controlar como quiser cada fonte individual de poluição, desde que o limite total de poluição não seja superado. “Compensações” Novas fontes de emissões devem ser compensadas pela redução das fontes de emissões existentes 2000 compensações desde 1979 Capítulo 18 Slide 28 Permuta de Emissões e Ar Puro Custo da redução de 85% nas emissões de hidrocarbonetos pela DuPont Opções: Redução de 85% das emissões em cada fábrica (custo total = $105,7 milhões) Redução de 85% das emissões em cada fábrica, com possibilidade de permutas internas entre fontes de emissão (custo total = $42,6 milhões) Redução de 85% das emissões em cada fábrica, com possibilidade de permutas internas e externas (total custo = $14,6 milhões) Capítulo 18 Slide 29 Permuta de Emissões e Ar Puro Lei de 1990 (“Clean Air Act”) Desde 1990, o custo das permissões caiu do preço esperado de $300 para menos de $100. Causas da queda nos preços das permissões Desenvolvimento de técnicas mais eficientes de redução de emissões Redução no preço do carvão com baixo teor sulfúrico Capítulo 18 Slide 30 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Reciclagem As famílias podem jogar fora vidros e outros tipos de lixo a um custo muito baixo. O baixo custo da geração de lixo cria uma divergência entre os custos privados e sociais do lixo. Capítulo 18 Slide 31 O Volume Eficiente de Reciclagem Custo Sem intervenção no mercado, o nível de lixo será m1 e m1 > m*. Com um depósito reembolsável, o CMg aumenta e CMg = CMgS = CMgR. CMgS CMgR CMg + reembolso por unidade CMg 0 Capítulo 18 4 m* m1 8 12 Lixo Slide 32 Depósitos Reembolsáveis $ A oferta agregada de vidro é dada pela soma das ofertas de vidro novo (Sr) e de vidro reciclado (Sr). Sr S’r Os depósitos causam o deslocamento de Sr para S’r e de S para S’. Sv Na ausência de depósitos, o preço do vidro é P e Sr é M1. S S’ P P’ O preço cai para P’ e o volume de vidro reciclado aumenta para M*. D M1 M* Capítulo 18 Quantidade de vidro Slide 33 Externalidades e Direito de Propriedade Direito de Propriedade Conjunto de regras legais que descrevem o que as pessoas ou empresas podem fazer com aquilo que lhes pertence Por exemplo: Capítulo 18 Se os residentes às margens de um rio fossem proprietários do rio, eles controlariam as emissões que ocorrem rio acima. Slide 34 Externalidades e Direito de Propriedade Negociação e Eficiência Econômica A eficiência econômica pode ser alcançada sem a intervenção do governo quando a externalidade envolve número relativamente pequeno de indivíduos e os direitos de propriedade são bem especificados. Capítulo 18 Slide 35 Lucros (diários) com Formas Alternativas de Emissão Lucro Lucro dos da Empresa Pescadores Lucro Total Sem filtro, sem tratamento de água 500 100 600 Com filtro, sem tratamento de água 300 500 800 Sem filtro, com tratamento de água 500 200 700 Com filtro, com tratamento de água 300 300 600 Capítulo 18 Slide 36 Externalidades e Direito de Propriedade Hipóteses A empresa paga pelo filtro Os pescadores pagam pelo tratamento de água Solução Eficiente Comprar o filtro e não construir a fábrica Capítulo 18 Slide 37 Negociação com Direitos de Propriedade Alternativos Direito de Despejar Efluentes Direito à Água Limpa Sem Cooperação Lucro da empresa $500 Lucro dos pescadores $200 $300 $500 Com Cooperação Lucro da empresa $550 Lucro dos pescadores $250 Capítulo 18 $300 $500 Slide 38 Externalidades e Direito de Propriedade Conclusão: Teorema de Coase Quando as partes podem negociar sem custos e com possibilidade de obter benefícios mútuos, o resultado das transações será eficiente, independentemente de como estejam especificados os direitos de propriedade. Capítulo 18 Slide 39 Externalidades e Direito de Propriedade Negociação Envolvendo Custos --- O Papel do Comportamento Estratégico O processo de negociação requer regras e direitos de propriedade bem definidos. Capítulo 18 Slide 40 Externalidades e Direito de Propriedade Uma Solução Legal --- Processo por Danos Os pescadores têm direito à água limpa A fábrica tem duas opções: Não instala o filtro e paga compensação por danos Instala o filtro e não paga compensação por danos Capítulo 18 Lucro = $100 ($500 - $400) Lucro = $300 ($500 - $200) Slide 41 Externalidades e Direito de Propriedade Uma Solução Legal --- Processo por Danos A fábrica tem o direito de despejar efluentes Os pescadores têm três opções: Instalar uma estação de tratamento de água Lucro = $200 Fazer com que a fábrica instale o filtro, pagando uma compensação pelo menor lucro Lucro = $300 ($500 - $200) Não instalar a estação de tratamento nem o filtro Capítulo 18 Lucro = $100 Slide 42 Externalidades e Direito de Propriedade Conclusão Os processos por danos implicam um resultado eficiente. Pergunta De que forma a existência de informação imperfeita afetaria o resultado? Capítulo 18 Slide 43 O Teorema de Coase na Prática Negociação de uma Solução Eficiente Em 1987, vazamentos de lixo na costa de Nova York (200 toneladas) poluíram as praias de Nova Jersey O custo potencial de uma briga judicial entre as cidades levou a uma solução negociada mutuamente vantajosa. Capítulo 18 Slide 44 Recursos de Propriedade Comum Recursos de Propriedade Comum Todos têm livro acesso aos recursos. Os recursos serão, provavelmente, utilizados em excesso Exemplos Capítulo 18 Ar e água Peixes e populações animais Minerais Slide 45 Recursos de Propriedade Comum Benefícios, custos ($ por peixe) Na ausência de controle, o número de peixes por mês é FC e CP = BMg. Custo Social Marginal Mas os custos privados subestimam os verdadeiros custos. O nível eficiente de peixe/mês é F* e CMgS = BMg (D) Custo Privado Demanda F* Capítulo 18 FC Peixe por mês Slide 46 Recursos de Propriedade Comum Solução Propriedade privada do recurso Pergunta Sob que circunstâncias a propriedade privada do recurso não é viável? Capítulo 18 Slide 47 A Pesca de Lagostins na Lousiana Cálculo do Nível Eficiente de Pesca de Lagostins F = pesca de lagostins em milhões de libras por ano C Capítulo 18 = custo em dólares/libra Slide 48 A Pesca de Lagostins na Lousiana Demanda C CMgS C = 0,401 = 0,0064F = -5,645 + 0,6509F CP C Capítulo 18 = -0,357 + 0,0573F Slide 49 A Pesca de Lagostins na Lousiana Pesca Eficiente 9,2 D Capítulo 18 milhões de libras = CMgS Slide 50 Os Lagostins como um Recurso de Propriedade Comum C Custo (dólares/libra) Custo Social Marginal 2,10 Custo Privado 0,325 Demanda 9,2 Capítulo 18 11,9 Pesca de lagostim (milhões de libras) Slide 51 Bens Públicos Pergunta Sob que circunstâncias o governo deve substituir as empresas como produtor de bens e serviços? Capítulo 18 Slide 52 Bens Públicos Características dos Bens Públicos Não-rivais O custo marginal de prover o bem para um consumidor adicional é zero para qualquer nível de produção. Não-excludentes Capítulo 18 Os indivíduos não podem ser excluídos do consumo do bem. Slide 53 Bens Públicos Nem todos os bens produzidos pelo governo são bens públicos Alguns desses bens são rivais ou excludentes: Capítulo 18 Educação Parques Slide 54 Provisão Eficiente de um Bem Público Benefícios (dólares) Quando um bem é não-rival, o benefício social marginal de seu consumo (D) é determinado através da soma vertical das curvas de demanda individuais pelo bem. $7,00 Custo Marginal $5,50 D2 $4,00 A produção eficiente ocorre ao nível de 2 unidades, onde CMg = BMg. O BMg é $1,50 + $4,00 = $5,50. D $1,50 D1 0 Capítulo 18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Produção Slide 55 Bens Públicos Bens Públicos e Falhas de Mercado Quanto você consumiu de defesa nacional na semana passada? Capítulo 18 Slide 56 Bens Públicos O problema dos caronas A provisão de alguns bens ou serviços necessariamente beneficia todos os indivíduos. Os indivíduos não têm incentivo a pagar o valor que atribuem ao bem pelo direito de consumílo. Os caronas subestimam o valor de um bem ou serviço com o objetivo de usufruir de seus benefícios sem ter de pagar por eles. Capítulo 18 Slide 57 Bens Públicos Estabelecimento de uma companhia mata-mosquito Como a produção da companhia poderia ser medida? Quem deveria contribuir para o financiamento das atividades da companhia? Seria viável a instalação de “medidores de mosquitos”? Capítulo 18 Slide 58 A Demanda por Ar Puro O ar puro é um bem público Não-excludente e não-rival Qual é o preço do ar puro? Capítulo 18 Slide 59 A Demanda por Ar Puro Escolha do local onde morar Um estudo realizado em Boston analisou a correlação entre preços de residências, qualidade do ar e outras características das casas e vizinhanças. Capítulo 18 Slide 60 A Demanda por Ar Puro Dólares Renda alta 3000 2500 Renda média 2000 Renda baixa 1500 1000 500 0 Capítulo 18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Óxido de nitrogênio (pphm) Slide 61 A Demanda por Ar Puro Resultados empíricos As pessoas estão dispostas a pagar significativamente mais por ar puro à medida que o nível de poluição aumenta. Os indivíduos com renda mais alta estão dispostos a pagar mais por ar puro (a distância entre as curvas de demanda aumenta) Segundo a Academia Nacional de Ciências (National Academy of Sciences), uma redução de 10% nas emissões de automóveis geraria um benefício de $2 bilhões --- valor superior ao custo de implementar essa redução. Capítulo 18 Slide 62 Preferências Privadas por Bens Públicos A produção de um bem público pelo governo é vantajosa porque este pode especificar impostos ou taxas que permitam financiar a provisão do bem. É difícil determinar o nível ótimo do bem público na presença de caronas. Capítulo 18 Slide 63 Determinação do Nível de Gastos com Educação Disposição a pagar $ O nível eficiente de gastos com educação é determinado pela soma da disposição a pagar por educação de cada um dos três cidadãos. AW W1 $0 Capítulo 18 $600 W2 $1200 W3 $1800 $2400 Gastos com educação por aluno Slide 64 Determinação do Nível de Gastos com Educação Disposição a pagar $ A regra de votação pela maioria gera um resultado eficiente? •W1 vota pelo nível de $600 de gasto •W2 e W3 votam por $1200 O nível preferido pelo votante mediano sempre vencerá uma eleição baseada na maioria dos votos. AW W1 $0 Capítulo 18 $600 W2 $1200 W3 $1800 $2400 Gastos com educação por aluno Slide 65 Preferências Privadas por Bens Públicos Pergunta A opção do eleitor mediano sempre será eficiente? Resposta Se dois dos três indivíduos preferirem $1200 haverá sobreinvestimento. Se dois dos três indivíduos preferirem $600 haverá subinvestimento. Capítulo 18 Slide 66 Preferências Privadas por Bens Públicos A regra da maioria de votos é ineficiente porque atribui pesos iguais às preferências de cada cidadão, enquanto que, para a obtenção do resultado eficiente, é necessário ponderar os votos de cada cidadão pela intensidade de suas preferências pelo bem. Capítulo 18 Slide 67 Resumo Uma externalidade ocorre quando um produtor ou consumidor influencia as atividades de produção ou consumo de outros indivíduos de uma maneira que não esteja diretamente refletida no mercado. A poluição é um exemplo de externalidade que pode ser corrigida pelo estabelecimento de padrões de emissão de poluentes, impostos sobre emissões ou permissões negociáveis de emissão, ou então pelo incentivo à reciclagem. Capítulo 18 Slide 68 Resumo As ineficiências devidas a falhas de mercado podem ser eliminadas através da negociação privada entre as partes afetadas. Os recursos de propriedade comum não são controlados por um único indivíduo e podem ser utilizados sem que seja necessário pagar por isso. Capítulo 18 Slide 69 Resumo É provável que os mercados privados não sejam capazes de ofertar níveis eficientes de bens não-rivais ou não-excludentes. Os bens públicos possuem ambas essas características. Um bem público é ofertado eficientemente quando a soma vertical das demandas individuais pelo bem é igual ao seu custo marginal de produção. Capítulo 18 Slide 70 Resumo Sob a votação pela regra da maioria, o nível de gasto no bem público será aquele correspondente à preferência do votante mediano---que não é, necessariamente, o resultado eficiente. Capítulo 18 Slide 71 Fim do Capítulo 18 Externalidades e Bens Públicos