Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Consultoria para Elaboração de Estudos Técnicos
para Recuperação Ambiental da Área do Extinto
Lixão de Inhamã, localizado no bairro do Fosfato em
Abreu e Lima/PE.
RELATÓRIO TÉCNICO
Produto 2 – Estudo de Alternativas
Recife, Julho de 2012
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APRESENTAÇÃO
O presente documento contempla o segundo produto dos serviços de consultoria
contratados pelo Instituto Nova Ação para elaboração de Estudos Técnicos para
Recuperação Ambiental da Área do Extinto Lixão de Inhamã, localizado no município de
Abreu e Lima.
Este estudo está previsto no âmbito do Programa Integração Socioeconômica dos
Catadores de Materiais Recicláveis - PROGRAMA CATA-AÇÃO, com observância as
diretrizes do Programa e no acordo firmado entre o INSTITUTO NOVA AÇÃO e a
FUNDAÇÃO AVINA, por meio do Convênio 01/12 de Cooperação Técnica BID/Água e
Saneamento.
A execução dos serviços ficou sob a responsabilidade da Cooperativa de Trabalho de
Consultores e Assessores à Gestão Socioambental – Gênesis. A cooperativa Gênesis é
uma entidade associativa que tem por objetivo prestar serviços de consultoria e assessoria
nas áreas de Mobilização, Assistência, Pesquisa, Desenvolvimento e Planejamento Social;
de Arquitetura e Planejamento Urbano; de Gestão e Educação Ambiental e de Direito e
Legislação Urbanística. Tem como missão planejar e intervir no espaço físico e social,
visando contribuir com o desenvolvimento sustentável e com as relações de cidadania, na
perspectiva da inclusão social e de uma melhor qualidade de vida para as comunidades
trabalhadas.
Recife, Julho de 2012
Maria do Socorro Cavalcanti
Coordenadora Executiva
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Lista de Tabelas, Mapas e Fotografias
Mapa 1 – Proposta de Geometrização do Lixão de Inhamã, bairro da Matinha, Abreu
e Lima/PE (Primeira Alternativa)
Mapa 2 – Proposta de Geometrização do Lixão de Inhamã, bairro da Matinha, Abreu
e Lima/PE (Segunda Alternativa)
Mapa 3 – Informações Altimétricas (1)
Mapa 4 – Seções Altimétricas (2)
Mapa 5 – Perfil Longitudinal e Seções Altimétricas (3)
Mapa 6 – Projeto de Drenagem Superficial
Tabela 1 - Planilha com cálculo do volume atual
Tabela 2 – Planilha com Estimativa dos Custos
Foto 1 – Material da Equipe de Sondagem no Campo
Foto 2 – Equipe de Sondagem em Campo (1)
Foto 3 – Equipe de Sondagem em Campo (2)
Foto 4 – Equipe de Sondagem em Campo (3)
Foto 5 – Veículo Utilizado para o Transporte da Equipe de Sondagem
Foto 6 – Veículo da Equipe Técnica do Labtam do ITEP
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SUMÁRIO
Apresentação
1. Descrição dos Trabalhos
2. Estudo de Alternativas para Recuperação da Área
3. Propostas de Intervenções
4. Alternativa Recomendada
5. Etapas de Implantação
6. Estimativa dos Custos
7. Referências
ANEXO
Registro Fotográfico da Sondagem em Campo
Especificações Técnicas
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1. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
O presente relatório trata dos estudos para a recuperação ambiental da área
do extinto lixão de Inhamã, com avaliação da possibilidade de aproveitamento da
área do entorno para o desenvolvimento de atividades e projetos.
No relatório anterior, foram apresentados os estudos preliminares para
recuperação ambiental da área do extinto lixão de Inhamã, que compreenderam a
realização de estudos topográficos e sondagens a percussão. Foram apresentados
levantamento topográfico planialtimétrico e cadastral da área e de seu entorno
imediato, assim como foi também efetuada o cálculo da cubagem do maciço de
resíduos sólidos do lixão.
Foram procedidas algumas tentativas de análises dos líquidos percolados
(lixiviados), a montante e à jusante da área de disposição dos resíduos sólidos, em
pontos previamente determinados, após os levantamentos topográficos, o que não
foi possível, como explicitado no relatório anterior.
Com base nestes levantamentos diretos e nos dados e informações
secundárias, foi realizado um mapeamento da área, assim como um relatório
ambiental preliminar da área.
No presente relatório denominado “Estudo de Alternativas” estão propostas
intervenções para tratamento e recuperação da área, assim como organização e
aproveitamento deste espaço, cujos resultados compreendem os seguintes tópicos:
o
o
o
o
o
o
Estudo de Alternativas para Recuperação da Área
Propostas de Intervenções
Definição da Alternativa Recomendada
Etapas de Implantação
Pré-Dimensionamento
Estimativa de Custo.
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2. ESTUDO DE ALTERNATIVAS PARA RECUPERAÇÃO DA ÁREA
De acordo com ALBERTE, CARNEIRO & KAN (2005), teoricamente, a
recuperação de uma área degradada por disposição inadequada de lixo envolve a
remoção total dos resíduos depositados, transportando-os para um aterro sanitário,
seguida da deposição de solo natural da região na área escavada. Em áreas de
pequeno porte, como reduzida quantidade de resíduos sólidos é possível viabilizar
na prática esta intervenção, sobretudo em áreas de elevada valorização econômica.
No entanto, intervenções deste porte em grandes áreas implicam em
elevados custos, sobretudo de transporte, o que pode inviabilizar economicamente
este processo e indicar a adoção de soluções mais simples e econômicas de modo
a minimizar o problema.
Essas soluções envolvem um conjunto de providências, através das quais
espera-se minimizar os efeitos impactantes gerados ao meio ambiente, e
correspondem, segundo ALBERTE (2003), a:
a) Intervir em um aterro com o intuito de encerrar a sua operação,
requalificando-o ambientalmente ao espaço onde está inserido, reduzindo
os impactos ambientais negativos sofridos pela área e dando-lhe outra
finalidade;
b) Transformar um aterro comum (lixão) em aterro sanitário. Esta prática
promove a recuperação gradual da área degradada mantendo sua
operação. Objetiva prolongar a vida útil do aterro e minimizar os seus
impactos socioambientais.
A primeira alternativa é adotada nas áreas de aterro comum que não possam
ser transformados em aterros sanitários, devendo ser suspenso o recebimento de
resíduos. Nesse caso, entende-se que o fechamento do lixão deve ser realizado em
paralelo com o estudo de alternativas de novos locais para disposição de lixo, de
modo que não seja inviabilizada a disposição deste, em curto prazo, no município
(CEMPRE, 1995).
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A outra alternativa, referente ao processo de revitalização da área do lixão,
transformando-o em aterro sanitário, é adotada principalmente devido a dificuldades
em se encontrar novas áreas para disposição de resíduos sólidos no município ou
na região. Vale ressaltar, que sua prática depende da existência de espaço
suficiente para disposição de lixo na área por um prazo futuro significativo.
Em ambos os casos, os projetos técnicos necessários a recuperação do
aterro devem considerar os problemas sanitários e impactos ambientais envolvidos,
seguindo esta ordem de prioridade.
Na alternativa de transformar a área em aterro sanitário, deve-se considerar,
ainda, os problemas operacionais de manutenção do aterro, com o seu necessário
monitoramento de lixiviados (chorume), recalques diferenciais e emissões de
biogases.
Em relação às condições sanitárias, as ações necessárias correspondem à:
a) Movimentação e conformação da massa de lixo;
b) Eliminação de fogo e fumaça, decorrente geralmente do processo de
autocombustão dos resíduos sólidos;
c) Delimitação da área, identificação dos locais onde houve ou não a
disposição de lixo e, por fim,
d) A limpeza da área de domínio.
Os aspectos ambientais são tratados através das seguintes ações:
a) Drenagem das águas superficiais;
b) Drenagem, coleta e tratamento de biogases e chorume;
c) Cuidados para evitar e/ou minimizar a contaminação do lençol freático; e,
d) Arborização do entorno da área.
Por fim, têm-se os problemas operacionais que são aqueles gerados pela
realização de atividades inadequadas de operação na disposição do lixo de modo a
influenciar nos aspectos sanitários e ambientais ao longo do tempo. Nesse
processo, as ações atuantes correspondem ao manejo do lixo e variam em função
das seguintes condições do aterro (CEMPRE, 1995):
a) Local com lixo antigo e com espaços contíguos “virgens” internos à área
de domínio ou com possibilidade de uso de novas áreas “virgens”;
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b) Área de domínio totalmente ocupada em superfície por lixo.
3. PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES
Originalmente, de acordo com a proposta contida no PLANO DE TRABALHO
PARA OS RECURSOS DO BID – ÁGUA E SANEAMENTO, do Instituto Nova Ação –
Educação, Cidadania e Meio Ambiente no âmbito do Projeto Cata-Ação, para o
bairro do Fosfato em Abreu e Lima/PE, as intervenções têm como objetivo principal
atender, inicialmente, a uma demanda da Prefeitura de Abreu e Lima,
especificamente da Secretaria de Meio Ambiente, parceiro do projeto, assim como
respeitar a legislação federal que impõe a destinação adequada dos resíduos
sólidos, a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis com a implantação
da coleta seletiva executadas por cooperativas e/ou associações, assim como a
recuperação ambiental das áreas degradadas, as chamadas “áreas órfãs”.
Neste sentido a proposta contempla o estudo e o projeto básico de uma
unidade de tratamento (centro de triagem e compostagem) e de transbordo para os
resíduos sólidos, assim como realizar um estudo de viabilidade para a questão da
destinação final dos resíduos sólidos, considerando duas alternativas: uma de
avaliar a possibilidade de implantar um aterro sanitário no município e, outra de
exportar os resíduos sólidos para um dos dois aterros sanitários privados licenciados
na RMR, incluindo ainda os ganhos decorrentes do repasse do ICMS
Socioambiental para Abreu e Lima.
No citado documento anteriormente está também proposta a realização de
estudos no atual Lixão de Inhamã, considerando sondagens, topografia e desenho
da área, tendo em vista a elaboração de um projeto básico de recuperação
ambiental daquele sítio contaminado, o qual deverá ser encaminhado para captação
de recursos junto a entidades de fomento e/ou os Governos Estadual e Federal.
Considerando os dados levantados e apresentados no Relatório 1, assim
como os estudos e consultas efetuadas à Prefeitura de Abreu e Lima, o presente
relatório detalha os elementos técnicos de projeto necessários à recuperação do
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antigo lixão de Inhamã. O terceiro relatório apresenta os projetos básicos de duas
unidades de triagem e compostagem, que serão utilizadas pelas cooperativas de
catadores Cooreplast e Érick Soares e, o projeto da estação de transbordo.
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4. ALTERNATIVA RECOMENDADA
Considerando a impossibilidade de utilização da atual área do lixão de
Inhamã como aterro sanitário, em função dos condicionantes legais e, sobretudo,
socioambientais verificados nos levantamentos efetuados, assim como o fato
concreto de que a Prefeitura de Abreu e Lima encerrou a disposição de resíduos
sólidos neste sítio e passou a transportar e dispor os resíduos coletados no
município no aterro sanitário CTR Pernambuco, optou-se pela elaboração de um
projeto de recuperação ambiental da área, cuja alternativa inclui os seguintes
passos, com base nos levantamentos e estudos realizados:
a) Elaboração de projeto de geometrização da massa de lixo existente;
b) Preparação de minuta dos Termos de Referência e respectivos Edital para
contratação da realização dos serviços;
c) Elaboração de planilha orçamentária com custos discriminados;
d) Cronograma de atividades e físico-financeiro.
Os mapas a seguir apresentam os desenhos técnicos com a delimitação da
correção dos taludes e adequação ao projeto de recuperação do lixão de Inhamã,
qual seja a proposta de geometrização da massa de lixo existente e que foi
depositada durante muitos anos neste sítio que se encontra atualmente degradado.
No anexo os respectivos mapas apresentados a seguir estão contemplados em
escala oficial, em arquivos de AutoCAD (.dwg).
A primeira alternativa (Mapa 1) contemplava a localização proposta pela
Prefeitura das duas áreas reservadas para os galpões de triagem e compostagem
das duas cooperativas (Cooreplast e Érick Soares). Com a realização das
sondagens (ver Relatório 1), constatou-se a impossibilidade de construção de
qualquer edificação na área, tendo em vista a existência de massa de lixo com
aproximadamente 6 m de altura.
A segunda proposta compreende a geometrização da área em 2 (duas) partes
da massa de lixo existente, em área total de 45.001,26 m2, conforme pode ser
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observado no Mapa 2. Nesta alternativa, propõe-se a realocação das unidades
propostas para outra área, ao lado do campo de futebol.
Estes aterros propostos devem passar a ser monitorados continuamente, em
relação aos riscos de contaminação das águas superficiais e subterrâneas, das
emissões dos gases gerados pelo processo de biodecomposição da matéria
orgânica (na sua maioria CO2 e CH4) e de desmoronamentos provocados por
recalques diferenciais na massa do lixo existente.
BORELLA (2004) afirma que “faz parte de um Plano de Encerramento de
Aterro o estabelecimento de rotinas de inspeções e manutenção, bem como a
sistemática de reparação de danos eventualmente notados”.
Monitoramento das Águas Subterrâneas
O monitoramento das águas subterrâneas deverá ser efetuados por meio da
coleta de amostras de água nas drenagens a jusante dos aterros propostos com
frequência semestral, devendo ser analisados, principalmente, os teores em metais
pesados e indicadores químicos de poluição, que deverão ser mantidos dentro dos
limites recomendados na Resolução CONAMA N° 20, de 18 de junho de 1986, e a
legislação estadual de meio ambiente.
O monitoramento das águas subterrâneas deverá ser efetuado por meio da
coleta de amostras retiradas de poços de monitoramento, cuja localização está
indicada no desenho, que deverão ser construídos conforme projeto específico.
No aquífero mais superficial deve ser feito um controle, com poços a jusante
(dois para as duas células) e a montante (um para as duas células), onde deverão
ser medidos os níveis d’água e coletadas amostras, de maneira semelhante às
descritas acima, com frequência semestral.
Importante ressaltar que todos os mapas, aqui incluídos no texto para efeito
de facilitar a compreensão e o entendimento do projeto, seguem em anexo em
arquivos ACAD e PDF, impressos e em meio digital, como discrimina os termos de
referência.
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Mapa 1 - Proposta de Geometrização do Lixão de Inhamã, bairro da Matinha, Abreu e Lima/PE (Primeira Alternativa)
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Mapa 2 - Proposta de Geometrização do Lixão de Inhamã, bairro da Matinha, Abreu e Lima/PE (Segunda Alternativa)
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Tabela 1 - Planilha com cálculo do volume atual
Estaca
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
Área (m²)
Corte
0,000
0,140
0,000
0,000
0,000
0,002
0,041
0,086
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,006
Aterro
21,963
33,284
113,393
197,209
225,065
198,349
176,036
172,961
196,664
230,396
257,090
270,938
279,359
285,142
294,802
306,022
317,606
331,283
351,136
375,135
400,705
419,035
435,893
445,309
451,279
456,135
456,974
457,525
464,107
470,695
468,326
454,240
452,763
465,751
476,832
480,189
479,853
474,627
472,516
474,974
476,616
470,048
432,755
393,046
356,984
317,445
296,562
297,288
337,987
416,394
514,314
590,966
631,531
653,646
665,033
663,526
649,131
621,673
Semi distância
(m)
0,000
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
2,500
Volume (m³)
Corte
0,000
0,350
0,350
0,000
0,000
0,005
0,108
0,318
0,215
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,015
Aterro
0,000
138,118
366,693
776,505
1.055,685
1.058,535
935,963
872,493
924,063
1.067,650
1.218,715
1.320,070
1.375,743
1.411,253
1.449,860
1.502,060
1.559,070
1.622,223
1.706,048
1.815,678
1.939,600
2.049,350
2.137,320
2.203,005
2.241,470
2.268,535
2.282,773
2.286,248
2.304,080
2.337,005
2.347,553
2.306,415
2.267,508
2.296,285
2.356,458
2.392,553
2.400,105
2.386,200
2.367,858
2.368,725
2.378,975
2.366,660
2.257,008
2.064,503
1.875,075
1.686,073
1.535,018
1.484,625
1.588,188
1.885,953
2.326,770
2.763,200
3.056,243
3.212,943
3.296,698
3.321,398
3.281,643
3.177,010
Volume Acumulado (m³)
Corte
0,000
0,350
0,700
0,700
0,700
0,705
0,813
1,130
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,345
1,360
Aterro
0,000
138,118
504,810
1.281,315
2.337,000
3.395,535
4.331,498
5.203,990
6.128,053
7.195,703
8.414,418
9.734,488
11.110,230
12.521,483
13.971,343
15.473,403
17.032,473
18.654,695
20.360,743
22.176,420
24.116,020
26.165,370
28.302,690
30.505,695
32.747,165
35.015,700
37.298,473
39.584,720
41.888,800
44.225,805
46.573,358
48.879,773
51.147,280
53.443,565
55.800,023
58.192,575
60.592,680
62.978,880
65.346,738
67.715,463
70.094,438
72.461,098
74.718,105
76.782,608
78.657,683
80.343,755
81.878,773
83.363,398
84.951,585
86.837,538
89.164,308
91.927,508
94.983,750
98.196,693
101.493,390
104.814,788
108.096,430
111.273,440
14
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Tabela 1 - Planilha com cálculo do volume de material
Estaca
(cont.)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
Área medida (m²)
Corte
Aterro
319,22 5.646,43
423,36 10.735,11
448,89 10.999,27
331,89 11.298,02
291,56 17.936,75
88,99 11.381,17
80,89 11.423,73
128,62 11.558,64
202,92 11.798,94
83,89 12.140,54
65,87 12.440,47
0,00 12.839,79
0,00 13.306,89
0,00 13.730,32
0,00 13.970,93
0,00 14.236,99
0,00 14.603,91
0,00 15.031,69
0,00 15.346,04
0,00 15.539,07
0,00 15.602,92
0,00 15.726,23
5,41 15.785,64
61,27 15.455,70
188,19 14.958,06
286,28 14.514,19
362,06 13.979,78
337,36 13.655,98
424,09 13.410,24
515,80 13.153,53
335,21 13.037,29
41,68 13.515,17
0,00 14.405,61
0,00 14.930,91
53,81 14.866,37
56,45 14.667,84
14,71 14.487,64
0,00 14.499,33
0,00 14.466,73
0,00 14.331,95
0,00 14.277,83
0,00 13.917,95
0,00 13.381,43
0,00 12.956,03
0,00 12.576,13
0,00 12.134,25
0,00 11.448,12
0,00 11.774,72
0,00 13.457,47
0,00 16.549,91
42,70 18.853,41
36,82 18.982,82
29,02 19.102,02
42,86 19.056,53
220,74 19.399,65
406,70 19.993,85
427,71 20.378,66
352,64 20.641,43
353,95 20.139,59
Área (m²)
Semi
Corte
Aterro
distância (m)
12,77
225,86
0,00
16,93
429,40
2,50
17,96
439,97
2,50
13,28
451,92
2,50
11,66
717,47
2,50
3,56
455,25
2,50
3,24
456,95
2,50
5,14
462,35
2,50
8,12
471,96
2,50
3,36
485,62
2,50
2,63
497,62
2,50
0,00
513,59
2,50
0,00
532,28
2,50
0,00
549,21
2,50
0,00
558,84
2,50
0,00
569,48
2,50
0,00
584,16
2,50
0,00
601,27
2,50
0,00
613,84
2,50
0,00
621,56
2,50
0,00
624,12
2,50
0,00
629,05
2,50
0,22
631,43
2,50
2,45
618,23
2,50
7,53
598,32
2,50
11,45
580,57
2,50
14,48
559,19
2,50
13,49
546,24
2,50
16,96
536,41
2,50
20,63
526,14
2,50
13,41
521,49
2,50
1,67
540,61
2,50
0,00
576,22
2,50
0,00
597,24
2,50
2,15
594,65
2,50
2,26
586,71
2,50
0,59
579,51
2,50
0,00
579,97
2,50
0,00
578,67
2,50
0,00
573,28
2,50
0,00
571,11
2,50
0,00
556,72
2,50
0,00
535,26
2,50
0,00
518,24
2,50
0,00
503,05
2,50
0,00
485,37
2,50
0,00
457,92
2,50
0,00
470,99
2,50
0,00
538,30
2,50
0,00
662,00
2,50
1,71
754,14
2,50
1,47
759,31
2,50
1,16
764,08
2,50
1,71
762,26
2,50
8,83
775,99
2,50
16,27
799,75
2,50
17,11
815,15
2,50
14,11
825,66
2,50
14,16
805,58
2,50
Volume (m³)
Corte
Aterro
0,00
0,00
74,26
1.638,15
87,23
2.173,44
78,08
2.229,73
62,35
2.923,48
38,06
2.931,79
16,99
2.280,49
20,95
2.298,24
33,15
2.335,76
28,68
2.393,95
14,98
2.458,10
6,59
2.528,03
0,00
2.614,67
0,00
2.703,72
0,00
2.770,13
0,00
2.820,79
0,00
2.884,09
0,00
2.963,56
0,00
3.037,77
0,00
3.088,51
0,00
3.114,20
0,00
3.132,92
0,54
3.151,19
6,67
3.124,13
24,95
3.041,38
47,45
2.947,23
64,83
2.849,40
69,94
2.763,58
76,15
2.706,62
93,99
2.656,38
85,10
2.619,08
37,69
2.655,25
4,17
2.792,08
0,00
2.933,65
5,38
2.979,73
11,03
2.953,42
7,12
2.915,55
1,47
2.898,70
0,00
2.896,61
0,00
2.879,87
0,00
2.860,98
0,00
2.819,58
0,00
2.729,94
0,00
2.633,75
0,00
2.553,22
0,00
2.471,04
0,00
2.358,24
0,00
2.322,28
0,00
2.523,22
0,00
3.000,74
4,27
3.540,33
7,95
3.783,62
6,58
3.808,48
7,19
3.815,86
26,36
3.845,62
62,74
3.939,35
83,44
4.037,25
78,04
4.102,01
70,66
4.078,10
Volume Acumulado (m³)
Corte
Aterro
0,00
0,00
74,26
1.638,15
161,48
3.811,59
239,56
6.041,32
301,91
8.964,80
339,96
11.896,59
356,95
14.177,08
377,90
16.475,32
411,05
18.811,08
439,74
21.205,02
454,71
23.663,12
461,30
26.191,15
461,30
28.805,82
461,30
31.509,54
461,30
34.279,66
461,30
37.100,46
461,30
39.984,55
461,30
42.948,11
461,30
45.985,88
461,30
49.074,39
461,30
52.188,59
461,30
55.321,50
461,84
58.472,69
468,51
61.596,83
493,45
64.638,20
540,90
67.585,43
605,73
70.434,82
675,68
73.198,40
751,82
75.905,02
845,81
78.561,40
930,91
81.180,48
968,60
83.835,73
972,77
86.627,80
972,77
89.561,46
978,15
92.541,18
989,18
95.494,61
996,29
98.410,15
997,76
101.308,85
997,76
104.205,46
997,76
107.085,32
997,76
109.946,30
997,76
112.765,88
997,76
115.495,82
997,76
118.129,56
997,76
120.682,78
997,76
123.153,82
997,76
125.512,06
997,76
127.834,34
997,76
130.357,56
997,76
133.358,30
1.002,03
136.898,63
1.009,98
140.682,25
1.016,57
144.490,74
1.023,76
148.306,59
1.050,12
152.152,21
1.112,86
156.091,56
1.196,30
160.128,81
1.274,34
164.230,82
1.345,00
168.308,92
15
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Mapa 3 – Informações altimétricas (1)
16
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Mapa 4 – Seções altimétricas (2)
17
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Mapa 5 – Perfil longitudinal e seções altimétricas (3)
18
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
5. ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO
As etapas de implantação do projeto de recuperação ambiental do lixão de
Inhamã incluem as intervenções propostas para a recuperação e monitoramento da
área, a saber:
a) Realização de correção dos taludes existente, incluindo movimento de
terra (corte, aterro e reaterro), com a proposta de seguir a linha base
limite do lixo depositado;
b) Cercamento da área, com portão de acesso, incluindo arborização
adequada (barreira vegetal) no perímetro e construção de portaria para
controle do acesso;
c) Implantação do sistema de drenagem superficial de águas pluviais no
topo e na base dos taludes;
d) Implantação de 2 (dois) poços de monitoramento, um a montante e
dois a jusante, para controle do risco de contaminação das águas
subterrâneas;
e) Implantação de 5 (cinco) poços para instalação de drenos verticais
para medição da geração de biogás;
f) Realização de escavações e implantação de drenos na linha de base
geometrizada, com implantação de poços de coleta e construção de
um sistema para tratamento dos líquidos percolados;
g) Instalação de marcos referenciais para monitoramento e controle de
recalques diferenciais no topo da massa de lixo;
19
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Mapa 6 – Projeto de Drenagem Superficial
20
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
6. ESTIMATIVA DOS CUSTOS
A seguir a planilha com os custos estimados para implantação das
intervenções para monitoramento e recuperação ambiental da área do antigo lixão
de Inhamã, sem considerar o BDI (Bonificações sobre Despesas Indiretas).
Tabela 2 – Planilha com Estimativa dos Custos
Ítem
Discriminação
Quant.
Unidade
Custos (R$)
Unitário
1.1
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
1.8
1.8
1.9
1.10
1.11
1.12
1.13
Cerca com mourões de concreto, reto, espaçamento de 3m, cravados 0,5m,com 4
fios de arame farpado nº14 classe 250 - fornecimento e colocação
Fornecimento e plantio de mudas arbóreas de tamanho médio, com cerca de 1,50
m de altura, Incluindo a preparação de cova de 40,0 x 40,0 X 40,0 cm, com barro
de jardim e estrume bovino curtido
Portão em chapa de ferro, galvanizado, inclusive fechadura de sobrepor Brasil ou
similar e assentamento (2 unidades de 2,10x4,00m = 16,80m²)
Remoção de material de primeira categoria em caminhão carroceria, D.M.T. 22
km, inclusive carga e descarga mecânica
Execução de aterro abrangendo espalhamento, homogeneização , umedecimento e
compactação manual em camadas de 10 cm de espessura, inclusive o
fornecimento do barro proveniente de jazida a uma distância máxima de 12 km
Espalhamento de material para simples regularização do terreno
Fornecimento e plantio de grama esmeralda (em tapete), incluindo preparo de
solo com apenas barro de jardim (recobrimento com vegetação da área do lixão:
25.165+5.387+14.449,26 = 45.001,26 m2)
Construção de calha pré-moldada de concreto, diâmetro 40 cm, inclusive
escavação , remoção, colchão de areia e rejunte com argamassa de cimento e
areia no traço 1:4 (drenagem de base: 933 + 359,42 = 1.292,42 m)
Caixa de brita para coleta de águas pluviais, com paredes em alvenaria,
dimensões internas (1,00 x 0,50 x 0,30) m, aberta, sem laje de fundo, preenchida
com brita no 25
Sistema de tratamento de líquidos percolados (chorume)
Instalação de marcos referenciais para controle de recalques
Implantação de poços de monitoramento
Implantação de poços de biogás
Instalação de caixas de drenagem superficial
Portaria (6 m2)
Total
1.100
m
28,00
30.800,00
1.100
unid
23,41
25.751,00
17
m2
255,19
4.287,19
2.970
m3
24,44
72.589,73
9.000
m3
38,49
346.410,00
3.055
m3
0,97
2.963,54
45.000
m2
9,49
427.050,00
1.292
m
28,21
36.459,17
43
1
1
2
5
3
1
unid
Vb
Vb
unid
unid
unid
unid
52,43
54.100,00
2.500,00
1.800,00
2.500,00
290,00
4.980,00
2.258,72
54.100,00
2.500,00
3.600,00
12.500,00
870,00
4.980,00
1.027.119,36
TOTAL
21
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
7. REFERÊNCIAS
ALBERTE, Elaine P. V. Análise de Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas
por Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos: Lixões, Aterros Controlados e Aterros
Sanitários. Bahia – Brasil, Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, 2003.
ALBERTE, Elaine Pinto Varela; CARNEIRO, Alex Pires e KAN, Lin. Recuperação de
Áreas Degradadas por Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos. Diálogos & Ciência
–- Revista Eletrônica da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana.
Ano II, n. 5, jun. 2005. ISSN 1678-0493 http://www.ftc.br/revistafsa;
INSTITUTO NOVA AÇÃO/AVINA. Diagnóstico socioeconomico da comunidade do
Fosfato, Abreu e Lima: Conhecendo as potencialidades e os entraves para o
desenvolvimento local. Set/2010. Abreu e Lima/PE;
BERVIQUE, Jeannette Marcean. Estudo dos impactos ambientais causados pelo
antigo lixão, no Jardim Juliana A e Jardim das Palmeiras II. 132 f. Ribeirão Preto.
2008;
MARTIN, W. L. e TEDDER, T. B. Use of old handsfills in Florida. 16th GRI
Conference, Geosynthetic Institute Philadelphia, PA, USA, December, 2002;
Publicações CPRH / MMA - PNMA11. Diagnóstico Socioambiental - Litoral Norte. O
Meio Físico da Área. Geologia e Relevo. 2003. Recife;
FIDEM. 1980. Estudo geológico-ambiental do estuário do rio Timbó, município
Igarassu. Recife.
PAIVA, Marcella Vianna Cabral; SILVA, Janaina Barbosa da; FERNANDES, Josimar
Gurgel. Estuário do Rio Timbó - PE: Territorialidade da Pesca e Impactos
Ambientais. Revista de Geografia. Recife: UFPE – DCG/NAPA, v. 26, n. 2, mai/ago.
2009.
BORELLA, M.F.P. Reintegração de Aterros Sanitários à Paisagem Urbana.
RESID’2004 – Seminário sobre Resíduos Sólidos. Anais... ABGE: São Paulo, SP,
2004.
22
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
ANEXO
Registro Fotográfico da Sondagem em Campo
Foto 1 – Material da Equipe de Sondagem no Campo
23
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Foto 2 – Equipe de Sondagem em Campo (1)
Foto 3 – Equipe de Sondagem em Campo (2)
24
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Foto 4 – Equipe de Sondagem em Campo (3)
25
Cooperativa de Trabalho
de Consultores e Assessores
à Gestão Sócio-Ambiental
Consultoria e Assessoria
Foto 5 – Veículo Utilizado para o Transporte da Equipe de Sondagem
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Foto 6 – Veículo da Equipe Técnica do Labtam do ITEP
Especificações Técnicas (Termos de Referência)
a) Serviços Preliminares
Esta etapa compreende as operações de preparo da área para a implantação
das obras necessárias a implantação do projeto.
b) Limpeza da Área
A implantação do projeto requer uma limpeza geral das áreas onde serão
construídas as obras de infraestrutura de apoio, a saber: a unidade de tratamento de
líquidos percolados, as células de tratamento e as demais intervenções previstas na
área.
Esta
limpeza
deve
ser
executada
manualmente,
procedendo
ao
desmatamento, destocamento e limpeza do terreno, estando incluídos nestes
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serviços a remoção dos materiais excedentes para as próprias células propostas no
projeto de geometrização.
Para efeito de compreensão dos termos utilizados, define-se o desmatamento
como corte e remoção de toda a vegetação, qualquer que seja sua densidade. O
destocamento é a operação de remoção de tocos e raízes, após o serviço de
desmatamento. A limpeza é a operação de remoção da camada de solo ou material
orgânico, bem como de quaisquer outros objetos e materiais indesejáveis que ainda
subsistam.
Definidas as ações, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
a) A terra vegetal retirada deverá ser estocada em local definido na obra,
para posterior utilização na recomposição da vegetação.
b) Nos cortes, exige-se que a área fique isenta de tocos e raízes.
c) Nenhum movimento de terra poderá ser iniciado enquanto as
operações de desmatamento, destocamento e limpeza da área não
tenham sido totalmente concluídas.
c) Locação da Obra
A locação da obra consiste na demarcação dos espaços a serem utilizados
pelas células, acesso viário, cerca e demais elementos que compõe o projeto. É a
etapa subsequente a limpeza da área. Deverão ser utilizados instrumentos de
levantamentos topográficos, tipo teodolitos e níveis, ópticos ou eletrônicos, de forma
a aferir com a maior precisão possível.
d) Cercamento da Área
O cercamento da área abrangerá todo o perímetro do terreno onde está
localizado o lixão e será construído com mourões de concreto de 1,50 metro de
altura, sendo fixados com no mínimo 0,50 m enterrado e chumbados com
argamassa de cimento e areia no traço 1:3. O espaçamento entre os mourões terá
no máximo 3 metros. A cerca propriamente dita será confeccionada em arame de
aço galvanizado.
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e) Portão
O portão será de duas folhas e deverá ser executado fixando-se com concreto
dois tubos de ferro galvanizado, sem costura com diâmetro de 3 “, os quais deverão
penetrar no mínimo 1,0 m no solo, devendo os mesmos ficar 1,0 m acima da altura
do portão para fixação dos tirantes de suspensão.
A tela utilizada será de arame galvanizado com malha de 1” a qual deverá ser
fixada em tubos de 2”de diâmetro, solda elétrica e chapas de contorno e
acabamento.
Deverão ser utilizados três gonzos por folha de portão, um ferrolho vertical e
um ferrolho com porta cadeados.
A pintura de base será executada em galvoprimer ou similar (primer e
acabamento sintético para ancoragem em superfícies galvanizadas e de alumínio),
possuindo na sua fórmula compostos especiais que tenham a função de neutralizar
a reação do zinco com a película da tinta e forneça uma ótima aderência, com duas
demãos, pintando-se posteriormente com tinta esmalte nas cores verde e branca.
f) Paisagismo
O paisagismo será implantado em todo o perímetro da obra, consistindo
basicamente do plantio de mudas arbustivas. Na entrada da obra e ao lado dos
blocos administrativos serão implantados jardins constituídos por mudas arbustivas
e herbáceas. Estão incluídos nestes serviços todos os materiais necessários para
adubação e irrigação necessários.
g) Sistema Viário
Consiste na execução das obras necessárias a implantação das vias de
acesso interno do Aterro Sanitário.
h) Escavação Mecânica
A escavação de cortes deverá seguir os elementos técnicos fornecidos no
projeto executivo. Será executada através da utilização de trator de esteira tipo D6
ou similar, acompanhados por escavadeiras ou carregadeiras mecânicas e
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caminhões transportadores dos materiais escavados. Os materiais serão estocados
em pontos previamente definidos para futura utilização no aterro.
Os
taludes
dos
cortes
deverão
apresentar,
após
a
operação
de
terraplenagem, a inclinação indicada no projeto, para cuja definição foram
consideradas
as
indicações
provenientes
das
investigações
geológicas
e
geotécnicas..
Após a execução do serviço, proceder-se-á a relocação e o nivelamento do
eixo e dos bordos, a cada 20 metros .
i) Aterramento Mecânico
A execução do revestimento do aterro deverá atender os aos elementos
técnicos fornecidos no projeto executivo.
O material a ser empregado no revestimento do aterro será resultante de
jazida próxima e da operação de corte, descrita anteriormente.
O lançamento do material para revestimento do aterro deve ser feito em
camadas sucessivas, em toda a largura de seções transversais e em extensões tais
que permitam seu umedecimento ou aeração e compactação. Para a camada final,
essa espessura não deverá ultrapassar 0,20 m.
Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas e as
condições de compactação exigidas serão:
Camada Final: Grau de compactação mínima de 100% em relação a massa
específica aparente seca máxima do ensaio. Teor de umidade situado na faixa de
mais ou menos 3 % em relação à umidade ótima do ensaio, desde que o valor
obtido para o ISC seja igual ao previsto no projeto.
A inclinação dos taludes de aterro, tendo em vista a natureza dos materiais e
as condições locais, serão fornecidas no projeto.
Após a execução do serviço, proceder-se-á a relocação e o nivelamento do
eixo e dos bordos, a cada 20 metros. Os equipamentos a serem empregados para
execução do revestimento do aterro são:
Trator de Lâmina D6 ou similar
Motoniveladora
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Pá carregadeira
Caminhão basculante
j) Sistema de Drenagem de águas pluviais
Consiste na execução das obras de construção do sistema de drenagem das
águas pluviais provenientes das precipitações pluviométricas.
Caixas de Drenagem
As caixas de drenagem, tipo gaveta, serão construídas em alvenaria dobrada
de tijolos maciços ou prensados, nas dimensões internas indicadas no projeto,
estando incluídos nestes serviços a escavação, o reaterro compactado e a remoção
do material excedente.
Poços de Visita
Os poços de visita serão construídos em alvenaria dobrada de tijolos maciços
ou prensados, nas dimensões especificadas no projeto, estando incluídos nestes
serviços a escavação, o reaterro compactado, a remoção do material excedente e as
tampas e sobretampas em concreto armado.
Canais de Argila
Os canais de argila são estruturas de drenagem localizadas na base dos
taludes, circundam as células, mantendo o escoamento superficial e evitando a
ocorrência de processos erosivos nas bermas e nas vias de acesso. A implantação
dos canais de argila deverá utilizar uma motoniveladora e suas dimensões estão
especificadas no projeto. Estes canais terão o formato triangular simétrico, com
inclinação lateral de 1:2 (V:H). Porém, os canais em que a velocidade de
escoamento ultrapassar a 0,8 m/s, serão revestidos com cascalho.
Canais de Concreto
Serão utilizadas as técnicas de concreto pré-moldado para a construção dos
canais de concreto. Esta técnica foi escolhida pela eficiência, rapidez e qualidade
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final
do
produto.
Deverão
ser
tomadas
precauções
especiais
quanto
à
impermeabilização das juntas.
Estão incluídos neste serviço a escavação, manual ou mecânica, o reaterro
compactado e a remoção do material excedente.
k) Sistema de drenagem de gases
O sistema de drenagem de gases é o conjunto de drenos que têm como
função direcionar o fluxo dos gases, gerados no processo de decomposição
anaeróbia do lixo, para os queimadores instalados no topo da célula, evitando que
ocorra a sua migração por toda a superfície.
Dreno Vertical de Gases
Consiste no principal elemento de coleta de gases, com a utilização de tubos
furados de concreto armado. Deverá ser executado a partir do topo da célula, com
seção circular de 0,80 m, preenchido com pedra de mão, brita 4 ou outro material
alternativo. A partir de três metros abaixo da cota de topo deverá ser colocado em
seu eixo um tubo coletor de PVC perfurado DN 250 mm para condução dos gases
ao exterior. A sua execução só será possível através da utilização de uma camisa
metálica (forma), de chapa de ferro # 3/16", diâmetro de 1,00 m e altura 1,80 m. A
camisa é preenchida com os elementos drenantes, após a colocação do tubo, e vai
sendo implantada à medida que a camada de lixo avança. Para este serviço deve
ser utilizada uma pá mecânica ou uma escavadeira .
l) Sistema de drenagem de líquidos percolados
O sistema de drenagem de líquidos percolados é composto por um conjunto
de drenos distribuídos na base da célula de aterramento, têm como objetivo captar e
direcionar o fluxo do chorume para um único ponto, onde uma caixa de captação
concentra a vazão e encaminha para uma tubulação que conduz até a unidade de
tratamento.
Dreno de Base de Talude
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Os drenos de base de talude ou drenos anelares estão dispostos de forma a
circundar a célula, evitando a migração do chorume na base dos taludes. A forma de
execução dos drenos seguem as mesmas especificações dos drenos de fundo de
um aterro sanitário convencional em implantação. As suas dimensões, no entanto,
por medida de segurança deverão ter 0,50 x 0,50 m.
Caixa de Captação
A caixa de captação consiste numa estrutura em alvenaria de tijolo maciço,
que receberá os drenos de base de talude ou anelares. Terá a 1,00 x 1,00 m de
dimensão
sendo
revestida
externa
e
internamente
com
argamassa
e
impermeabilizada. Os drenos estarão interligados a caixa através de um tubo de 100
mm, inserido no dreno. Da caixa de captação deverá sair uma tubulação de 100 mm
até a unidade de tratamento de líquidos.
Tubulação de Líquidos Percolados
Consiste na tubulação que conduz os líquidos percolados da caixa de
captação até a unidade de tratamento. Esta tubulação deverá ser executada em
tubo de PVC rígido de 100 mm de diâmetro e sua implantação de acordo com o
projeto.
Memorial Descritivo das Unidades de Apoio
I) Cerca
A cerca será construída em mourões de concreto ou estacas de madeira
(sabiá) espaçadas de 2 em 2 metros, deverá possuir altura superior a 1,70 metros,
acima do solo e contará ainda com no mínimo 5 fieiras de arame farpado. A
extensão total da cerca será de 1.675 metros de comprimento. A principal finalidade
da cerca é impedir o acesso de pessoas e animais ao interior do aterro. Ao pé e ao
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longo de todo cercamento deverá ser plantada a cerca verde, com espécie que dê o
entrelaçamento necessário para isolamento de todo o pano.
II) Portaria
Área: 6 m2
i.
Fundação: Alvenaria dobrada com 50 cm de altura, assentada sobre
uma camada reguladora de concreto magro 1:3:5 de 5 cm de
espessura
ii.
Superestrutura: Em alvenaria de ½ vez, de tijolos cerâmicos de 6 furos
iii.
Coberta: Em telha cerâmica, tipo canal sobre estrutura de madeira
iv.
Piso: Cimentado liso ou cerâmica
v.
Revestimento das Paredes: Massa única sobre chapisco pintada em
tinta PVA látex para exteriores.
vi.
Esquadrias: Porta em madeira de lei e janela tipo basculante de ferro
vii.
Instalação Elétrica: Embutida na parede
III) Sistema de tratamento de líquidos percolados
Operação do tratamento final
O tratamento final dos líquidos percolado deverá ser iniciado a partir do
momento em que a vazão de chorume gerar um excedente em relação ao volume
recirculado.
Para a partida do charco artificial, o leito de brita deverá ser preenchido com
água e a partir daí será introduzida a vazão de chorume tratado no reator anaeróbio,
forma que o aumento da carga orgânica seja gradual, permitindo o crescimento
bacteriano sem processo inibitórios.
Deverá ser efetuado o controle diário de vazão e pH, na caixa de entrada do
charco artificial e na caixa de saída da estação para avaliação da eficiência e
detecção de problemas.
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Qualquer alteração significativa no pH (cerca de 0,5) deve acionar uma coleta
de amostra na entrada e saída do charco para que seja efetuada uma análise
completa do efluente, conforme previsto no plano de monitoramento.
IV) Manutenção do sistema de drenagem de águas pluviais
Neste item são apresentados os procedimento básicos para que o sistema de
drenagem de águas pluviais tenha a sua manutenção garantida, principalmente nas
suas estruturas implantadas junto às células.
Frequência de inspeção
O período de inverno na região, quando verifica-se a ocorrência de
precipitações mais intensas necessita de verificações semanais do sistema, para
avaliar a existência de problemas que possam comprometer a sua eficiência.
Procedimentos de Inspeção
Galerias permanentes e caixas de captação: deverão ser fiscalizados
principalmente os poços de visita das galerias principais e as caixas de captação. Na
vistoria deverão ser observadas as condições gerais dos elementos, principalmente
as condições das grades das caixas coletoras, sujeitas a presença eventual de
objetos volumosos e à erosão de suas laterais. Cuidados especiais devem ser dados
aos locais de lançamentos da rede nos pontos mais baixos do terreno, por serem
potencialmente, locais propícios para a ocorrência de processo erosivos.
Taludes e canais de base de talude: na vistoria a esses elementos deverá ser
verificada a proteção da camada de cobertura final, sujeita principalmente ao
deslizamento de gramíneas, com conseqüências erosivas; as condições de todos os
canais de base de talude, no tocante a sua geometria e revestimento, mantendo-os
desobstruídos.
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Declividades finais dos topos das células: deverão ser mantidas as condições
mínimas de drenagem exigidas no projeto. Para tanto, devem ser verificados, além
das condições da declividade, a proteção da camada de cobertura final, bem como,
a presença de eventuais bolsões de água formados a partir de recalques
diferenciais.
Observação - após qualquer precipitação maior intensidade, deverão ser
feitas as seqüências de vistorias descritas acima, independente da freqüência de
inspeção estabelecida. Para as medidas corretivas, deverão ser mobilizadas as
máquinas e os insumos necessários para o restabelecimento das condições
originais de projeto, devendo ter o cuidado de efetuar a sinalização de advertência
no local de trabalho.
V) Manutenção do sistema de drenagem de gases
Neste item são descritos os procedimentos básicos para a manutenção do
sistema de tratamento de gases.
Frequência de inspeção
O sistema de tratamento de gases consiste basicamente de queimadores
instalados no topo das células, com objetivo de promover a combustão dos gases,
principalmente o metano e evitar sua liberação direta no ambiente.
Este sistema deverá ser verificado diariamente, para avaliar se os
queimadores estão acesos. Também deverá ser avaliada a condição da estrutura,
em função do desgaste natural, considerando o estado do flare, das tubulações e da
estrutura de fixação.
No caso de chuvas de maior intensidade ou a ocorrência de ventos com maior
velocidade, deverá ser feita uma avaliação imediatamente após o ocorrido,
independente desta já ter sido realizada neste dia.
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VI) Serviços complementares
Ações Preventivas
Algumas prevenções operacionais deverão ser tomadas, principalmente no
período chuvoso, além daquelas estabelecidas para a rotina de trabalho, como
segue:
 Disponibilidade de máquinas pesadas para desbloqueamento e socorro
dos coletores de lixo e caminhões, em caso de emergência, utilizandose para isso cabos de aço e ganchos de acoplamento rápido;
 Estoque permanente de cascalho, pedra de mão ou metralha no pátio
de materiais e, em pequena quantidade, junto à frente de serviço;
 Manutenção
permanente
do
sistema
de
drenagem
superficial,
independente da freqüência estabelecida;
 Garantia de mão-de-obra operacional, podendo lançar mão sobre a
reserva (mão-de-obra eventual), em caso de ausência.
Sinalização
Para que se organize o fluxo de veículos, deverão ser previstas placas de
sinalização, afixadas, tanto interna como externamente ao empreendimento,
classificadas em duas categorias:
Placas de regulamentação: são as placas utilizadas nas vias externas de
acesso ao aterro, indicando a localização do empreendimento, cujas descrições e
afixações deverão estar de acordo com as Normas do Departamento de Estradas de
Rodagem e devidamente licenciadas por este órgão. Inclui-se também nesta
categoria a placa de licenciamento da construção e operação do sistema, afixada
junto a entrada principal.
Placas de sinalização: são as placas utilizadas internamente, as quais serão
do tipo: de localização, de direção e de advertência. As placas de localização serão
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afixadas em todas as unidades do empreendimento, com os respectivos dizeres:
Portaria, Manutenção, Pátio de Máquinas e Materiais, Unidade de Tratamento de
Líquidos e Células.
As placas de direção serão afixadas em pontos estratégicos do sistema viário,
para direcionar o fluxo de veículos às células e outras unidades. As placas de
advertência serão afixadas principalmente para minimizar a ação de intrusos no
local.
Outras placas de menor importância poderão ser afixadas para demarcar os
locais de estacionamento de veículos, máquinas pesadas, etc.
Limpeza Permanente
Após a inspeção geral realizada pelo encarregado, deverá ser efetuada a
limpeza das áreas em torno da célula, cuja frequência será semanal.. Na limpeza
das áreas deverão ser recolhidos os papéis e plásticos que eventualmente forem
carregados pelas chuvas ou ventos.
Em períodos chuvosos é comum o surgimento de material excedente sobre
as vias de terra, os quais deverão ser retirados utilizando uma motoniveladora. Feito
isso, deve-se proceder a pavimentação provisória da via, utilizando brita, cascalho
ou metralha.
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Estudo de Alternativas – Bairro do Fosfato, Abreu e Lima/PE