DIDATIKA
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
Resolução Esperada
MATEMÁTICA
1. Um bloco maciço, que tem a forma de um prisma
quadrangular regular, cuja aresta da base mede 4
dm e cuja altura é igual a 8 dm, repousa no chão de
uma sala. Uma formiga, que vaga alegremente pelo
chão, acessa o bloco pelo vértice A (figura 1) e caminha pelas faces laterais, dando uma volta completa no bloco, até atingir o vértice C.
a) Planificamos a superfície lateral do prisma. Para
que a formiga ande o mínimo possível de A até C,
ela deve seguir a linha reta que liga A a C. A distância percorrida é calculada pelo teorema de Pitágoras.
C
8
figura 1
C
4
4
4
2
2
4
AC  16  8
8 dm
A
2
AC  320
 AC  8 5
b) Novamente planificamos a superfície lateral do
prisma. Como de P a C a formiga andou o mínimo
possível, a trajetória percorrida nesse trecho é o segmento de reta PC.
A
4 dm
figura 2
C
C
(8-x)
P
P
x
x
4
A
4
4
4
A
Temos então:
a) Calcule a distância percorrida pela formiga, sabendo que ela andou o mínimo possível nessa trajetória.
b) Uma segunda formiga, à procura da primeira, pois
agora se sabe aquela era uma fugitiva, também
acessa o bloco pelo vértice A e, em linha reta, vai
até o ponto P da aresta consecutiva, como mostra a
figura 2. Nesse instante ela está a uma distância x
do chão. Então, decidida, ela segue para o vértice C
completando a volta em torno do bloco. Calcule x,
sabendo que a segunda formiga andou ao todo
18 dm pelas faces laterais e que do ponto P ao ponto C ela andou o mínimo possível na trajetória que
escolheu.
AP  PC  18  x 2  4 2 
8  x 2  12 2
 18 
 64  16x  x 2  144  18  x 2  16
Elevando ambos os membros ao quadrado, obtemos:
x 2  16x  208  324  36 x 2  16  x 2  16 
 36 x 2  16  16x  132
 9 x 2  16  4x  33
Elevando novamente os membros ao quadrado, teremos:
81 (x2 + 16) = 16x2 + 264 + 1089
1
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Esta equação se transforma em:
65x2 – 264x + 207 = 0
Suas raízes são x = 3 e x =
b) O número de casos possíveis é 35 (item a).
Número de casos favoráveis:
Para haver somente duas letras, é necessário que
exatamente dois dos quatro expoentes sejam iguais
a zero. Aproveitando a resolução apresentada no
item a, verificamos que isso ocorre nos casos 2 e 3,
que tem, respectivamente, 12 e 6 possibilidades.
Portanto o número de casos favoráveis é 12 + 6 = 18
69
65
Resposta
a) A distância percorrida foi de 8 5 dm.
b) x = 3 ou x =
69
.
65
Logo, a probabilidade pedida é P =
2. UNICAMP Com as letras x, y, z e w podemos
formar monômios de grau k, isto é, expressões do
tipo xpyqwrzs, onde p, q, r e s são inteiros não-negativos, tais que p + q + r + s = k. Quando um ou mais
desses expoentes é igual a zero, dizemos que o
monômio é formado pelas demais letras. Por exemplo, y3z4 é um monômio de grau 7 formado pelas
letras y e z [nesse caso, p = s = 0].
a) Quantos monômios de grau 4 podem ser formados com, no máximo, 4 letras?
b) Escolhendo-se ao acaso um desses monômios
do item anterior, qual a probabilidade dele ser formado por exatamente duas das 4 letras?
Resolução Esperada 2
a) A quantidade de monômios de grau 4 é o número
de soluções inteiras não negativas da seguinte equação p + q + r + s = 4. Representando cada unidade
por •, temos:
Solução: Representação:
(1, 1, 1, 1) • + • + • + •
(2, 1, 0, 1) • • + • + + •
(4, 0, 0, 0) • • • • + + +
Note que o número de soluções é igual ao número
de permutações da sequência • • • • + + + (7
símbolos, sendo 4 • e 3 +)
Resolução Esperada 1
Sendo assim, temos
a) A quantidade de monômios de grau 4 é o número
de soluções inteiras não negativas da seguinte equação p + q + r + s = 4.
Temos as seguintes possibilidades:
Solução
Nº de permutações
1-
(4, 0, 0, 0)
4!
=4
3!
2-
(3, 1, 0, 0)
4!
= 12
2!
3-
(2, 2, 0, 0)
4!
=6
2!2!
5-
(2, 1, 1, 0)
4!
= 12
2!
6-
(1, 1, 1, 1)
18
.
35
7!
= 35 soluções.
4!3!
Resposta: Podem ser formados 35 monômios de
grau 4 com, no máximo, 4 letras.
b) O número de casos possíveis é 35 (item a).
Número de casos favoráveis:
4.3
Inicialmente, temos
= 6 modos de escolher 2
2!
dos quatro números p, q, r e s para serem iguais a
zero. Para o par restante ter grau quatro há apenas
3 possibilidades: (1,3), (2,2) e (3,1). Assim, o número de casos favoráveis é 6 . 3 = 18.
Logo, a probabilidade pedida é P =
=1
Resposta:
18
.
35
18
.
35
Total = 4 + 12 + 6 + 12 + 1 = 35
3. UFSCAR - adaptada Seja x = 3 2  5 + 3 2 - 5 .
Assim, podem ser formados 35 monômios de grau 4
com, no máximo, 4 letras.
a) Elevando-se ambos os membros ao cubo, mostre
que x3 = 4 - 3x.
2
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b) Usando fatoração resolva a equação x3 + 3x - 4 = 0
e mostre que há uma única solução real.
c) Mostre que x = 3 2  5 + 3 2 - 5 é um número inteiro.
um castelo na forma de um prisma triangular no qual
cada par de cartas inclinadas que se tocam deve
estar apoiado em uma carta horizontal, excetuandose as cartas da base, que estão apoiadas em uma
mesa. A figura a seguir apresenta um castelo com
três níveis. Num Ka Kay quer construir um castelo
com 40 níveis.
Resolução Esperada
x = 32 5 + 32- 5
Elevando-se ao cubo, teremos:
a)



3
3
3

x3 =  2 - 5  + 3 2  5


+3
3
2  5  . 3 2 - 5 2 +  3 2 - 5 
 2
x3 = 2 + 5 + 3 3  2

+
2 . 3 2 - 5  +
 2
3 3 2

 5 2 2  5  +


- 12 

2
x =4+3
3

5 +3
a) Quantas cartas estarão na base?
b) Determine o número de cartas que ele vai utilizar.
5
- 5 2- 5 + 2 
3
3
3
 
- 12 -
5
Resolução Esperada

a) Olhando o castelo de cartas de cima para baixo,
podemos observar que o primeiro nível tem 2 cartas
inclinadas e 1 horizontal, o segundo nível tem 2 . 2 =
4 cartas inclinadas e 2 cartas horizontais, o terceiro
nível tem 2 . 3 = 6 cartas inclinadas e 3 cartas horizontais, e assim sucessivamente. A única exceção
ocorre na base, pois não há cartas horizontais. É
fácil notar que no nível n há 2n + n = 3n cartas e
apenas 2n cartas se esse nível é a base. Assim, a
base de um castelo com 40 níveis utiliza 40 . 2 = 80
cartas.
b) O número de cartas utilizadas é igual a
3 . 1 + 3 . 2 + 3 . 3 + 3 . 4 + ... + 3 . 39 + 2 . 40 =
= 3 + 6 + 9 + 12 + ... + 117 + 80
Note que as 39 primeiras parcelas da soma formam
uma progressão aritmética, cuja soma é

x = 4 - 3  3 2  5  3 2 - 5 



3
x
x = 4 - 3x
3
b)
x3 + 3x - 4 = 0

x3 + 4x - x - 4 = 0
x3 - x + 4x - 4 = 0
x (x2 - 1) + 4 (x - 1) = 0
x (x - 1) (x + 1) + 4 (x - 1) = 0
(x - 1) (x (x + 1) + 4) = 0
(x - 1) (x2 + x + 4) = 0
x-1=0↔x=1
ou
x2 + x + 4 = 0 não há raiz real pois Δ < 0, a
raiz real x = 1 é única.
(3  117) . 39
2
Se x = 3 2  5 + 3 2 - 5
x3 = 4 - 3 x
x3 + 3 x - 4 = 0
Conforme visto, essa equação tem uma única raiz
real que é x = 1. Portanto x é um número inteiro.
c)
=
120 . 39
2
= 60 . 39 = 2340
Logo, o número de cartas que ele vai utilizar é
2340 + 80 = 2420.
Resposta
4. UFRJ Num Ka Kay, o oriental famoso por sua
inabalável paciência, deseja bater o recorde mundial
de construção de castelo de cartas. Ele vai montar
a) A base será composta de 80 cartas.
b) 2420 cartas.
3
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e) Mostre que a distância d entre a posição do arqueiro e a vertical que passa pela posição do macaco pode ser calculada pela razão entre a altura inicial da banana e a tangente do ângulo de disparo.
Isso quer dizer que a flecha sempre acerta a banana
desde que estejam alinhados e sejam disparados
no mesmo instante.
Dica: Considere a velocidade inicial da flecha v0, o
ângulo de disparo θ, a altura da banana H.
FÍSICA
5. Um arqueiro um pouco estabanado aponta sua
flecha exatamente na direção de uma banana que
estava numa das mãos de um pobre macaco que
repousava no galho de uma árvore. Quando se preparava para degustá-la, o macaco se assusta com a
presença do arqueiro e deixa cair a banana no exato
momento que aconteceu o disparo.
y
banana
H=2m
Resolução Esperada
y
2m
v0 = 10 m/s
V0
flecha
θ
θ = 30º
d
d
x
Dados: v0 = 10 m/s; θ = 30º; H = 2 m
x
Decompondo a velocidade inicial
V0 y  V0 . sen  10 .
Considerando a aceleração do campo gravitacional
igual a 10 m/s2 e desprezível a resistência do ar,
determine:
a) O instante em que a flecha intercepta a banana.
b) A altura em que isso ocorre (medida a partir do
chão).
c) A distância que estava o arqueiro da reta vertical
que passa pela posição do macaco.
d) Use o par de eixos fornecido para construir, no
mesmo diagrama, o gráfico da altura da flecha e da
altura da banana ambos em função do tempo.
V0 x  V0 . cos  10 .
1
 5m/s
2
3
 5 3 m/s
2
Escrevendo as equações de movimento
para flecha
yF = 0 + 5t - 5t2
VyF = 5 - 10 . t
xF = 0 + 5 3 t
para banana
yB = 2 + 0 . t - 5t2
VyB = 0 - 10 . t
a) A flecha encontra a banana quando yF = yB
2
5t  5t 2  2  5t 2  t  s  0,4s  t  0,4 s
5
altura (m)
2,0
b) A altura da banana no instante do encontro
(t = 0,4s)
yB = 2 - 5 . t2 = 2 - 5 . (0,4)2 = 1,20 → yB = 1,20 m
1,5
c) A distância do arqueiro no instante do encontro
(t = 0,4s)
1,0
x  0  5 3t  5 3 . 0,4  x  d  2 3m
0,5
d) A distância do arqueiro no instante do encontro
(t = 0,4s)
0
0,5
1,0
t (s)
4
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
provocando a sublimação de parte do gelo seco. Para
produzir os efeitos desejados, 2 kg de gelo seco
devem ser jogados em um tonel com água, à temperatura ambiente, provocando a sublimação do CO2 e
a produção de uma “névoa”. A parte visível da “névoa”, na verdade, é constituída por gotículas de água,
em suspensão, que são carregadas pelo CO2 gasoso para a atmosfera, à medida que ele passa pela
água do tonel. Estime:
a) A massa de gelo seco, Mgelo, em kg, que o roqueiro tem de comprar, para que, no início do show, ainda restem os 2 kg necessários em sua “geladeira”.
b) A massa de água, Mágua, em kg, que se transforma em “névoa” com a sublimação de todo o CO2,
supondo que o gás, ao deixar a água, esteja em
CNTP, incorporando 0,01g de água por cm3 de gás
formado.
altura (m)
2,0
1,5
1,0
0,5
tempo (s)
0
0,5
1,0
t
yB y F
0
2
0
0,2 1,8 0,8
0,4 1,2 1,2
0,6 0,2 1,2
Note e Adote: Sublimação: passagem do estado sólido para o gasoso; Temperatura de sublimação do gelo seco = - 80º C; Calor latente de
sublimação do gelo seco = 648 J/g; Para um gás
ideal, PV = nRT; Volume de 1 mol de um gás em
CNTP = 22,4 litros; Massa de 1 mol de CO2 = 44 g;
Suponha que o gelo seco seja adquirido a - 80ºC.
e) Resolvendo novamente o sistema de equações
que fornecem as alturas da flecha e da banana
yF  0  V0 . sen . t 
gt 2
2
yF  yB  V0 . sen  . t 
yB  H 
g 2
t
2
gt 2
g
H
 H  t2  t 
2
2
V0 . sen
substituindo o instante acima na equação da distância horizontal percorrida pela flecha, temos:
x  0  V 0 cos  . t  x  V 0 cos  .

Resolução Esperada
H
V 0 sen
a) No início do show deve haver 2 kg de gelo seco,
logo a massa de gelo que sublima é (m = Mgelo - 2).
Assim, como o gelo seco absorve uma potência
P = 60 W durante um intervalo de tempo:
Δt = 24 - 18 = 6 h = 6 (3600 s) = 21600 s
H
x
tg
Por outro lado, olhando para a figura original, é fácil
ver que:
tg 
H
d
Q = mL mas P = Q/t → Q = P . t
→ P . t = mL → (60 . (21600) = (Mgelo - 2) . 648,103
Mas, no alcance x = d
Compare:
tg 
H
H
H
e x
 tg 
d
tg
x
Mgelo = 4 kg
6. FUVEST Um roqueiro iniciante improvisa efeitos
especiais, utilizando gelo seco (CO2 sólido) adquirido em uma fábrica de sorvetes. Embora o início do
show seja à meia-noite (24 h), ele o compra às 18 h,
mantendo-o em uma “geladeira” de isopor, que absorve calor a uma taxa de aproximadamente 60 W,
b) A sublimação de 2 kg de CO2 ‘leva’ uma massa
Mágua de vapor d’água, que representa 0,01 g/cm3.
Assim:
0,01 g — 1 cm3
Mágua — V cm3
Mágua = V . (0,01) g
5
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
Como cada 44 g de CO2 ocupam 22,4 L, temos:
44 g de CO2
—
22, 4 L
2000 g de CO2
—
V (L)
2000 . 22,4
V=
44
L → V = 1018 . 103 cm3
∴ Mágua = 1018 . 103 (0,01) g
Mágua = 10,18 . 103 g = 10,18 kg
Mágua = 10,18 kg
7.
ENCONTROS DE MÓVEIS NO MCU
Dois móveis A e B percorrem uma mesma circunferência com movimentos uniformes e períodos respectivamente iguais a T e nT, sendo n um número inteiro. No instante t = 0, os móveis ocupam uma mesma posição P0.
Determine:
a) O período de encontros na posição P0. Este resultado depende do sentido de movimento dos móveis A e B?
b) O período de encontros em uma posição qualquer considerando que os móveis A e B caminham no mesmo
sentido.
c) O período de encontros em uma posição qualquer considerando que os móveis A e B caminham em sentidos
opostos.
d) A partir do resultado do item b resolva o seguinte problema:
Um relógio analógico marca 12h00. Supondo que este relógio não adiante e nem atrase, determine o intervalo de
tempo em que os ponteiros das horas e dos minutos ficam superpostos.
e) Após as 12h00, o quinto encontro dos ponteiros das horas e dos minutos ocorre às 5h x min e y s . Determine
os valores de x e y.
Resolução
a) O móvel A passa pela posição P0 a cada período igual a T, enquanto B passa pela posição P0 num período
n . T. Assim, o período de encontros entre A e B na mesma posição P0 é dado pelo mínimo múltiplo comum entre
T e nT que corresponde a nT. Este período independe do sentido do movimento.
2
b) Para referencial no solo
w =
 A
T

2

 wB =
wB
B A
wA
nT


Para referencial em B 


A
wrel
B A
B
wrel
em repouso
Tomando B como referencial, imaginamos que o móvel B está parado enquanto o móvel A se movimenta em
relação a B com velocidade relativa dada por:
wrel = wA - wB (mesmo sentido)
Para que A alcance B, o móvel A deve percorrer uma volta completa (2π rad) num período Tencontro dado por:
wrel =
2
Tencontro
→wrel = wA - wB→
2
Tencontro
=
2
T
-
2
nT
→
1
Tencontro
=
1
T
-
1
nT
→
1
Tencontro
=
n-1
nT
→
Tencontro =
c) Considerando que A e B movimentam-se em sentidos opostos e adotando B como referencial, temos:
wrel = wA + wB →
2
Tencontro
=
2
T
+
2
nT
→
1
Tencontro
6
=
1
T
+
1
nT
→
Tencontro =
nT
n1
nT
n-1
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d) A velocidade angular do ponteiro das horas (wH) e a do ponteiro dos minutos (wM) valem:
12
M
H
9
6
3


 w = 2 rad = 2π
π rad/h
M

1h

e
wH =
2 rad
12
=
2
12
rad/h
Tomando o ponteiro das horas (H) como referencial, então o intervalo de tempo de encontro entre H e M, após o
meio-dia é dado por:
1
2
2
2
1
12
wrel = wM - wH →
=
=1Tencontro =
h
→
→
Tencontro
1
Tencontro
12
12
11
12
e) Dado que o período de encontros entre os ponteiros ocorre a cada
h, então o 5º encontro após o meio-dia
11
ocorrerá:
12
60
T5º encontro = 5 .
h=
h
11
11
8. Um trem trafega com velocidade constante de 18 km/h ao passar por uma plataforma em movimento retilíneo.
Num dado instante, de dentro de um dos vagões, um homem arremessa um objeto com velocidade de 72 km/h
em relação ao trem, perpendicular à direção do movimento deste e com ângulo de inclinação de 53º em
relação à horizontal. O objeto cai nas mãos de uma mulher que estava parada na plataforma e preparada para
apanhá-lo. Admita que as mãos da mulher estivessem no mesmo nível horizontal da mão do homem na hora do
arremesso. Considere o módulo da aceleração da gravidade igual a 10 m/s2 e que a geometria do objeto
possibilita o desprezo das forças de resistência do ar.
Dados: cos 53º =0,60; sen 53º = 0,80 e 1m/s = 3,6 km/h
a) O homem arremessou o objeto antes, depois, ou no instante em que passou bem diante da mulher que estava
na plataforma? Justifique.
b) Determine, em metros, a distância d que separava o homem da mulher no instante do arremesso e o ângulo
α que a reta que os une nesse instante forma com a direção do movimento do trem.
Resolução Esperada
a) ANTES, pois o objeto tem, em relação à plataforma, também a velocidade do trem no instante do lançamento,
velocidade que será constante até chegar às mãos da mulher. Se o objeto não fosse lançado antes do homem
passar diante da mulher (em repouso), jamais ele chegaria às mãos desta.
b) Decompondo-se o vetor velocidade inicial nas direções horizontal e vertical, encontramos:
Vox = 20 . 0,6 = 12,0 m/s e Voy = 20 . 0,8 = 16,0 m/s.
Analisando o movimento vertical, percebemos que o objeto sobe durante 1,6 s (V = Vo + a.t → 0 = 16 - 10.t →
t = 1,6 s). Assim, o tempo total (de subida e de descida) é de 3,2 s. O alcance horizontal é encontrado
utilizando-se o valor do tempo de permanência no ar (3,2 s.) no movimento horizontal. A velocidade horizontal
encontrada na decomposição (12 m/s) deve ser somada vetorialmente à velocidade do trem em relação à plataforma (18 km/h = 5 m/s), pois esta também é horizontal.
Vx2 = 122 + 52
Portanto, Vx = 13 m/s é o valor da velocidade horizontal do objeto em relação à plataforma. A distância horizontal
percorrida até as mãos da mulher, portanto, é calculada da seguinte forma: d = 13 . 3,2 = 41,6 m.
Para determinar o ângulo pedido, podemos tomar um triângulo retângulo cuja hipotenusa é de 41,6 m e cujo
cateto adjacente é a distância (D) percorrida pelo trem nos 3,2 s: D = 5 . 3,2 = 16 m. Assim, o coseno do ângulo
é dado por 16/41,6 → cos α = 0,3846 → α = 67º (valor aproximado).
7
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QUÍMICA
9. Especificamente no caso de acidentes de trânsito, a influência do álcool é surpreendente: um motorista
adulto, com uma concentração alcoólica no sangue entre 0,5 e 0,9 g/L tem uma chance nove vezes maior de vir
a morrer em um acidente de carro. Perante esse quadro, houve a necessidade de se estabelecer uma taxa legal
máxima de álcool no sangue dos motoristas, taxa esta que varia conforme o país considerado. No Brasil, a taxa
máxima é de 0,6 g/L, o que corresponde, aproximadamente, a duas latas de cerveja ingeridas por um indivíduo
de 60 kg. Esta taxa pode ser inferida pelo uso do bafômetro, principal meio empregado pelas autoridades para
comprovar o estado de embriaguez do motorista.
Existem dois tipos de bafômetro. O mais antigo, se baseia na reação do vapor de álcool etílico (etanol) contido
no ar expirado pelo indivíduo com uma fase sólida embebida em solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7) em
ácido sulfúrico (H2SO4). O teor de álcool é determinado a partir de uma escala de variação de cores que vai do
laranja ao verde. A reação que ocorre pode ser equacionada por:
Cr2O7 (aq) + 8 H+ (aq) + 3 C2H6O (g) → 2 Cr3+ (aq) + 3 C2H4O (g) + 7 H2O ()
laranja
verde
O bafômetro mais moderno determina a concentração de etanol no sangue a partir da quantidade de elétrons
envolvida na transformação do etanol em acetaldeído (etanal).
a) O funcionamento dos bafômetros está relacionado à formação do acetaldeído a partir do etanol. Represente
a fórmula estrutural destas duas substâncias e determine o número de oxidação (Nox) dos átomos de carbono
de cada estrutura.
b) Na reação do dicromato de potássio e do etanol identifique o agente redutor e o agente oxidante.
c) Quantos elétrons são envolvidos por molécula de acetaldeído formada?
d) No Brasil, qual o valor da taxa máxima em ppm?
e) Classifique esta reação quanto ao calor envolvido sabendo-se que Tinicial = 25º C e que Tfinal = 40º C.
Resolução Esperada
a)
acetaldeído ou etanal
H
2-
1+
H—C—C—O H
1+
H
-3
H
—
+1
1+
—
—
b)
H
1+
1+
1+
-3
1+
H
—
O
—
1+
—
H—C—C
—
—
2-
H
—
1+
etanol ou álcool etílico
1+
H
-1
reação do dicromato de potássio com o etanol
H
H
—
—
—
—
H
oxidação
-1
redução
+6
Agente redutor
Agente oxidante
H
—
H
—
O
—
—
2Cr2O7 (aq) + 8 H+ (aq) + 3 H — C — C — OH (g) → 2 Cr 3+ (aq) + 3 H — C — C
+ 7 H2O ()
—
→
→
H
+1
H(g)
+3
etanol
dicromato de potássio
c) A variação do número de oxidação do etanol formando acetaldeído é 2. São 2 elétrons envolvidos na oxidação
do etanol. O número de oxidação do carbono ao qual está ligada a hidroxila varia de -1 a +1.
8
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
d)
e)
Taxa máxima
→
0,6 g/L = 600 mg/L = 600 ppm
Como houve aumento de temperatura → reação exotérmica.
10. A síntese da amônia (NH3) tem papel fundamental na preparação de fertilizantes criando condições econômicas para o aumento da produção de alimentos.
A reação a partir dos gases hidrogênio (H2) e nitrogênio (N2) tem seu desenvolvimento controlado por medidas de
pressão, em dada temperatura, num reservatório (reator).
Supondo ter colocado, num reator, 10 moles de N2 (g) e 40 moles de H2 (g), em dada temperatura, a reação se
estabiliza (chega ao máximo de produção) quando a pressão se torna 80 % da inicial.
Dados:
N2 = 28 g/mol ; H2 = 2 g/mol ; NH3 = 17 g/mol
A partir das informações determine:
a) Equação da reação com indicação do estado físico dos participantes.
b) Número total de moles no final.
c) Número de moles de cada substância no final.
d) Rendimento do processo.
e) Massa de 1 mol de moléculas (massa molar aparente) do sistema inicial e do final.
Resolução Esperada
a)
N2 (g) + 3H2(g) → 2 NH3 (g)
b)
N2 (g) + 3H2(g) → 2 NH3 (g)
início
reação
final
10
x
10 - x
40
3x
40 - 3x
—
2x
2x
se a pressão no final é 80% da inicial nas mesmas condições (V e T) o número de moles será 80% do inicial,
isto é, 40 moles (50 x 0,8 = 40)
c)
(10 – x) + (40 – 3x) + 2x = 40
10 – x + 40 – 3x + 2x = 40 → x = 5
nº moles N2 → 10 – 5 = 5
nº moles H2 → 40 – 15 = 25
nº moles NH3 → 2 x 5 = 10
d)
Teoricamente 10 moles de N2 deveriam produzir 20 moles de NH3. Se, efetivamente, houve produção de 10
moles de NH3 o rendimento foi 50%
e)
sistema inicial
10 moles N2 → 10 x 28 = 280 g
40 moles H2 → 40 x 2 = 80 g
50 moles
→ 360 g
50 moles mistura inicial
—
1 mol mistura inicial
—
360 g
M = 360/50 = 7,2 g/mol
9
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
sistema final
5 moles N2
→ 5 x 28 = 140 g
25 moles H2
→ 25 x 2 = 50 g
10 moles NH3 → 10 x 17 = 170 g
40 moles
— 360 g
se 40 moles mistura final
1 mol
mistura final —
—
360 g
M = 360/40 = 9 g/mol
11. Em todo o mundo, as pessoas se preocupam em manter uma aparência jovem e saudável. Uma verdadeira
revolução na indústria de cosméticos foi provocada pela recente descoberta da ação de alguns ácidos carboxílicos
hidroxilados, chamados genericamente de alfa-hidroxi-ácidos (AHA), na diminuição das rugas. Os AHAs mais
utilizados em cosméticos anti-envelhecimento são:
Nome
Fórmula
Origem
HO — CH2 — COOH
cana-de-açúcar
Ácido Lático
CH3 — CHOH — COOH
soro de leite
Ácido Málico
HOOC — CH2 — CHOH — COOH
maçãs
HOOC — CHOH — CHOH — COOH
uvas
Ácido Glicólico
Ácido Tartárico
a) Uma determinada marca de cosméticos lançou, recentemente, uma loção de rejuvenescimento em frascos
de 90mL, trazendo apenas a informação genérica “contém ácido málico”. Sabendo que a neutralização da
solução de ácido málico contida no frasco consome 18mL de solução de NaOH 0,5mol/L, determine a concentração, em g/L, do ácido na loção.
b) Escreva a fórmula estrutural do composto, dentre os acima citados, que apresenta dois carbonos assimétricos,
assinalando-os.
c) Escreva o nome oficial dos compostos acima.
Resolução Esperada
a)
Reação de Neutralização
2 NaOH
+
HOOC — CH2 — CHOH — COOH = NaOOC — CH2 — CHOH — COONa + 2 H2O
2 mol
1 mol
-3
9,0 . 10 mol
x
x = 4,5 . 10-3 mol
→
[ NaOH ]  [ NaOH ] = 0,5 mol/L

 v = 18 mL
Ácido Málico: MC4H6O5
:
4 . 12 = 48
m = 4,5 . 10-3 mol . 134 g / mol = 603 . 10-3 g = 0,603 g
6 . 01 = 06 +
0,603 g
5 . 16 = 80
C=
= 6,7 g / L
0,090 L
134 g/mol
C4H6O5
H
—
—
O
—
—
Ácido Tartárico
C — C*— C*— C
—
—
HO
OH
OH OH
—
b)
H
—
O—
—
→ n = 0,5 mol / L . 18 . 10-3 L = 9,0 . 10-3 mol NaOH
10
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
c)
Glicólico
- ácido hidróxi-etanóico
Lático
- ácido 2-hidróxi propanóico ou α-hidróxi-propanóico
Málico - ácido hidroxi-butanodióico
Tartárico
- ácido di-hidróxi-butanodióico
12. Um polímero, de fórmula geral (C2H4)n, abaixou o ponto de congelação do benzeno de 0,36ºC, quando 1 g do
mesmo foi dissolvido em 5 g de benzeno.
Dados: C = 12 g/mol; H = 1 g/mol; K (benzeno) = 5,04ºC . mol-1 . kg; ΔTc = K . M

a) Qual o valor de n na fórmula?
b) Estireno é polimerizado formando o poliestireno, de acordo com a seguinte equação:
—
—
—
—C—C—n
—
—
→
H

HC —
— CH2
n
H
H
O
—
—


—
— C — (CH2)4 — C — N — (CH2)6 — N — n
—
Dado: Náilon
O
—
—
Considere o valor de n encontrado no iten anterior e escreva a equação de polimerização do etileno (C2H4),
mostrando a unidade que se repete.
c) o polímero mais resistente é o náilon ou o polietileno? Justifique usando seus conhecimentos sobre forças
intermoleculares.
H
H
Resolução Esperada
a)
 Tc  0,36 º C
M 
n soluto
m solvente (Kg)
 Tc  K . M
1
0,36  5,04 . M
0,005
M  2800 g / mol
H2C = CH2
→
28n  2800
n  100
( )
H
b) 100
C2H4 n  M
H
—C—C—
H
H 100
c) Náilon, pois suas cadeias se atraem através de pontes de hidrogênio (interação mais forte)
11
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
Anvisa nos aeroportos de maior movimento no país.
b) Levando-se em conta a seleção artificial de bactérias e insetos resistentes frente a utilização
indiscriminada de antibióticos e inseticidas, explique por que o Tamiflu (fosfato de oseltamivir), um
antiviral que inibe a liberação e promove agregação
de vírions, não deve ser utilizado de modo indistinto.
BIOLOGIA
13. Da análise das notícias a seguir.
BALANÇO DA OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE
SAÚDE) DIVULGADO NESTA TERÇA-FEIRA CONFIRMA 1.490 CASOS DE GRIPE SUÍNA, EM 21
PAÍSES
Folha de São Paulo, 05/05/2009
De acordo com o diretor-geral adjunto da OMS,
Keiji Fukuda, a maioria dos doentes são relativamente jovens, e a idade média dos infectados não
chega a 30 anos.
Fukuda disse que os cientistas da OMS estão
investigando o motivo pelo qual os jovens estão sendo mais afetados, mas adiantou que pode ser “simplesmente porque jovens viajam mais”.
O diretor da OMS disse ainda que o período de
incubação da doença é estimado “entre um dia e
uma semana”, e não mais duas semanas, “o que
significa que está se aproximando do período de incubação de uma gripe normal sazonal ”.
Resolução Esperada
a) O período de incubação corresponde ao tempo
que varia do contágio até o surgimento dos primeiros sintomas da doença. Assim, no referido período,
um passageiro contaminado poderia infectar todos
os passageiros de um avião transformando-os em
reservatórios do vírus da influenza A sem apresentar
sintomas no desembarque. Posteriormente, cada um
poderia promover a contaminação da população
ampliando a incidência da virose.
b) A utilização indiscriminada do Tamiflu poderia selecionar os vírus resistentes agindo sobre os vírus
sensíveis. Dessa forma, não atuando na liberação e
na agregação de vírions resistentes perderia sua eficácia no tratamento de casos da referida gripe.
ANVISA
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Brasília, 04/05/2009
Em decorrência da fiscalização para conter a entrada da Influenza A (H1N1) no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou o
número de funcionários nos aeroportos de maior
movimento no país: Guarulhos, em São Paulo, e
Galeão, no Rio de Janeiro.
Todas as aeronaves que operam voos internacionais devem fazer o seguinte aviso sonoro (pelo chefe de comissários) a bordo, em português e inglês
ou espanhol: “Caso você apresente febre alta repentina (maior que 38º) e tosse, acompanhadas
ou não de dores de cabeça, musculares, nas articulações e dificuldade respiratória, identifique-se à tripulação desta aeronave, para encaminhamento junto às autoridades sanitárias do Brasil”.
14. Este animal pertence ao portfólio do Artista Gráfico e Ilustrador Mário Silva, formado em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade
Federal de Minas Gerais, com Bacharelado em
Artes Gráficas.
Considerando ainda o número de escalas e conexões das aeronaves, o aviso sonoro foi ampliado para
os vôos domésticos.
a) Admitindo-se o período de incubação estimado
da referida virose aponte como o vírus A (H1N1) pode
burlar a medida profilática colocada em ação pela
http://bp0.blogger.com/_HFTm0yrY-D8/
R3W77xNauaI/AAAAAAAAADo/mp0hwuJoCng/s1600h/ilustração+cientÃfica+-+mário+silva+(5).JPG
12
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
O escaravelho, de acordo com São Clemente de
Alexandria*, simbolizava na escritura hieroglífica, o
sol e o pai.
“Ele representa, diz Horapolo, o ser nascido de
um só ser, porque ele nasceu dele mesmo e não
veio do ventre de uma fêmea. Foi assim sua origem:
pega o excremento do boi, que, movimentando com
suas patas traseiras adquire uma forma redonda, que
é a do mundo. Seu pequeno globo assim formado,
ele o esconde na terra... e no 29º dia ele o abre e o
joga na água ... e então surge um novo escaravelho.
O escaravelho simboliza o pai, pois nasce só do macho; o mundo, porque o globo onde o embrião se
forma tem a figura do mundo, e o homem, porque
não existe escaravelho fêmea, dizem os egípcios”.
um só ser, porque ele nasceu dele mesmo e não veio
do ventre de uma fêmea”; durante seu comentário
cite o tipo de desenvolvimento que este animal apresenta.
b) Observando a imagem, pode-se perceber a origem do filo deste animal a partir de filo anterior. Quais
são esses dois filos e cite duas características que
evidenciam esta evolução.
Resolução Esperada
a) Na verdade, normalmente, os besouros originamse de fecundação cruzada, com macho e fêmea e,
apresentando dimorfismo sexual. Quanto ao desenvolvimento, que é holometábolo (com metamorfose
completa), apresenta ovo, larva, pupa e adulto (ou
imago).
Alguns besouros, que são insetos, coleópteros (asas
duras), põem ovos nas fezes de animais,dentro das
quais se desenvolverão as larvas e os outros estágios de desenvolvimento.
A reprodução de besouros também pode ocorrer por
partenogênese telítoca, onde fêmeas reproduzem somente fêmeas, sem a participação de machos. Em
experimentos científicos concluiu-se que uma única
fêmea pode deixar anualmente no campo uma população estimada em 64.421.888.653 coleópteros
(Arruda 1983).
b) O filo do besouro é o dos Artrópodes e se originou
a partir dos Anelídeos que, antes deles, já apresentavam entre outras características: metamerização
do corpo, celoma e sistemas circulatório e respiratório.
Imbuído pelo desejo de tirar da mulher sua grande
função reprodutora, o homem afirmou que ela tinha
simplesmente o papel de receptora. Nas Eumênides,
Apolo se encarrega de expor a teoria masculina:
“Não é a mãe que dá a vida a seu filho; não é ela
que nutre o germe colocado dentro dela. Quem lhe
dá a vida é o pai. A mulher, como um simples depósito estranho, recebe de outro o germe, e quando
agrada a Deus, ela o conserva. A prova do que afirmo é que se pode tornar pai sem que haja uma mãe:
testemunha Minerva, a filha de Júpiter. Ela não foi
alimentada no seio materno”.
*Clemente de Alexandria (150-215), ou Tito Flávio Clemente, escritor grego, teólogo e
mitógrafo cristão nascido em Atenas, pesquisador das lendas menos compatíveis com os
valores cristãos, defensor da rebelião contra a opressão, que levou ao conceito de guerra
justa, considerado o fundador da escola de teologia de Alexandria.
http://www.anovademocracia.com.br/index.php/Omito-da-imaculada-concepcao-Estudo-de-mitologiacomparada.html
15. Observe a seguinte figura.
Pode-se perceber por este texto, que a mitologia influenciou a construção da religião cristã e ainda, se
pode conjeturar que a mitologia e a religião trazem
conceitos limitados pelo desconhecimento de fatos
científicos em sua época. Veja ainda, que os próprios antigos tinham conhecimentos da forma da terra,
durante muito tempo, obscurecida pelas forças das
religiões.
Baseado no texto e em seus conhecimentos de Biologia responda:
a) Comente o fato do escaravelho “ser nascido de
a) As aves são animais que apresentam o metabo13
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
lismo muito elevado em relação aos répteis, exercendo um bom controle sobre a temperatura corporal. Explique a relação desta capacidade com o tipo
de pulmão que apresentam.
b) Esquematize dois corações (um de ave e um de
réptil) e classifique os tipos de circulações que ambos apresentam indicando a principal diferença entre tais circulações.
c) Lagartos e pica-paus apresentam o mesmo tipo
de excreta nitrogenado. Diga como este fato pode
favorecê-los quanto à sobrevivência e quanto à reprodução.
po com temperatura constante.
b)
O coração 1 é de réptil e não apresenta completa
divisão dos ventrículos, resultando em circulação
incompleta, ou seja, com mistura de sangue arterial
e venoso. Já o coração 2 de ave apresenta-se completamente dividido, impedindo a mistura de sangue
venoso e arterial, sendo sua circulação completa.
Tanto os répteis quanto as aves apresentam circulação dupla e fechada.
c) Tanto o pica-pau quanto o lagarto excretam ácido
úrico, um excreta pouco tóxico, pouco solúvel e que
requer pouca água para ser eliminado. Esse excreta
representa economia de água para sobrevivência,
favorece seu armazenamento dentro do ovo, um espaço limitado e evita a intoxicação do embrião.
Resolução Esperada
a) Enquanto o pulmão dos répteis apresenta-se como
um saco dotado de dobras, o das aves é
parenquimatoso, com superfície muito maior, permitindo maior captação de oxigênio. Com mais oxigênio e maior capacidade respiratória, haverá maior liberação de energia e possibilidade de manter o cor-
16. O maracujazeiro (Passiflora sp) é uma planta trepadeira perene com duração de três a seis anos em pomar
comercial. O fruto é carnoso do tipo baga de forma globosa, com casca esverdeada que torna-se amarelada
quando maduro. A polinização pode ser realizada pela mamangava e pelo beija-flor quando buscam o néctar no
nectário da flor .
14
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
Da análise do esquema que mostra a flor do maracujá e seus agentes polinizadores:
a) Levando-se em conta a distribuição e o tipo das flores no maracujazeiro, é correto afirmar que a planta é
dióica com flores monóclinas ou monóclina com flores díclinas? Justifique sua resposta.
b) Baseando-se na figura, identifique os tipos possíveis de polinização presentes nessa planta. Justifique sua resposta.
c) Admitindo-se que as células do clorênquima desse vegetal apresentam nove pares de cromossomos, qual a
ploidia do endosperma das sementes do maracujá? Justifique sua resposta.
Resolução Esperada
a) Nenhum dos dois. Segundo o desenho, a planta é monóica (hermafrodita) com flores monóclinas
(hermafroditas).
b) Entomofilia, ou seja a planta é polinizada pela mamangava que é um inseto, e ornitofilia, a planta pode ser
polinizada por um pássaro (ave).
c) Pela presença de folhas pecioladas e reticulinérveas o maracujá é uma angiosperma dicotiledônea.
O clorênquima compõe o esporófito (2n) da espécie. Já o endosperma é secundário e triplóide (3n). Assim: 2n =
18, n = 9 e então 3n = 27.
LÍNGUA PORTUGUESA
17. Observe a tirinha a seguir.
Piratas do Tietê - Laerte
a) O personagem acima comenta ao final da tira que na fala do primeiro quadrinho (extraída da Luluzinha) há uma
mistura de verbos e tempos. Explique o jogo de palavras que se faz com a forma “Sente-se”, mostrando todas as
diferenças entre suas duas ocorrências.
b) Reescreva essa primeira fala, destruindo seu jogo de palavras através da troca da terceira pessoa do singular pela
segunda.
c) “Demorei a entender que ela não foi traduzida do inglês e sim inserida aqui ”.
O trecho destacado na frase está na voz passiva analítica. Mantendo seu sentido, reescreva o período pondo tal
frase na voz ativa sem desprezar nenhuma de suas informações.
Resolução Esperada
a) Naquela fala, faz-se um jogo com dois verbos: Sentir-se e sentar-se respectivamente. Eles estão conjugados em tempos e modos diferentes, mas resultam na mesma forma “sente-se”, permitindo um engraçado jogo
de palavras. O primeiro sente-se é presente do indicativo do verbo sentir, enquanto o segundo é imperativo
afirmativo do verbo sentar, ambos na terceira pessoa.
Sente-se mal?
Compre
Sente-se bem!
verbo sentir
verbo comprar
verbo sentar
presente do indicativo
imperativo afirmativo
imperativo afirmativo
terceira pessoa sing.
terceira pessoa sing.
terceira pessoa sing.
15
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
b)








Sentes-te mal?
Compra
Senta-te bem!
imperativo afirmativo
ou Tu te sentes mal?
imperativo afirmativo
presente do indicativo
(vem da segunda
(vem da segunda
verbo sentir
pessoa do presente do
pessoa do presente do
indicativo cortando o s)
indicativo cortando o s)








c) Demorei a entender que não a traduziram do inglês e sim a inseriram aqui.
inseriram-na
18. UNICAMP - adaptada Calvin é personagem de uma conhecida tirinha americana traduzida para várias línguas.
NÃO VOU COMER ESTA
MISTELA VERDE.
IERRR!
NÃO VOU COMER ESTA
COISA VERDE.
YECCHH!
TEM DE HAVER UMA MANEIRA MELHOR
BOA IDEIA, CALVIN. É UM PRATO DE
DE O PÔR A COMER!
LIXO TÓXICO QUE TE TRANSFORMARÁ
NUM MUTANTE SE O COMERES.
AHHH ... EU
SINTO OS
EFEITOS...
TEM DE HAVER UM JEITO MELHOR DE
BOA IDEIA, CALVIN. ISSO É UMA PASTA
FAZER ELE COMER!
TÓXICA QUE IRÁ TE TRANSFORMAR NUM
MUTANTE SE VOCÊ COMER.
AHHH ...
EU SINTO,
ESTÁ DANDO
CERTO...
a) A primeira tirinha é uma tradução portuguesa e a segunda, uma tradução brasileira. No segundo quadrinho, vêse uma diferença entre o português brasileiro e o europeu. Descreva essa diferença.
b) Releia a frase da mãe no último quadradinho. Reescreva a frase da tradução brasileira, fazendo algumas
alterações: substitua ter de por dever e ponha “jeito” no plural. Faça ainda qualquer outra alteração necessária
pra que a frase seja adequada ao nível culto de linguagem.
HAGAR - Dick Browne
c) A fala desta tira exemplifica que variedade linguística? Justifique sua resposta.
Resolução Esperada
a) Na tradução portuguesa, o pai trata Calvin na 2ª pessoa (tu):
“te transformará (...) se o comeres”, já na brasileira, ocorre uma mistura de 2ª e 3ª pessoas: o verbo concorda
com a 3ª (você), mas o pronome oblíquio é de 2ª (te).
16
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
É bom evitar juízos de valor, como “os portugueses
só usam o português culto” , “o português europeu é
mais correto”... O uso da 2ª pessoa pelos portugueses parece-nos elegante porque não a usamos no
dia a dia, mas faz parte da linguagem cotidiana deles.
Outra diferença interessante se dá quanto ao uso do
pronome com função de objeto (pronome oblíquo):
nós tendemos a deixá-lo oculto, ao contrário dos
portugueses (“se o comeres” e “se você comer”). O
verbo “comer” é transitivo, mas seu objeto é deixado
oculto nessa frase pelos brasileiros; os portugueses
usam mais frequentemente tais pronomes.
b) Deve haver jeitos melhores de fazê-lo comer.
c) Exemplifica a linguagem coloquial, falada. Nela,
usam-se duas formas bastante populares de
indeterminação do sujeito: “a gente” e “você”. A expressão “a gente” refere-se a qualquer um, inclusive
a “nós”. “Você” está usado com o mesmo objetivo,
indeterminar a pessoa de quem se fala, generalizando-a; não serve nesse caso para tratar o interlocutor.
Não há gerundismo (vício de usar o gerúndio). O
gerúndio não é ruim, existe e deve ser usado, desde
que se esteja falando de uma ação duradoura, longa, e não pontual.
Dizer que há “queísmo“ na fala também me parece
exagero.
criar um vocativo absurdo e bradá-lo - Ó
colossalidade! - na direção da altura?
1 - substantivo feminino (Rubrica: morfologia botânica.): bráctea que se encontra
aos pares na base de cada espigueta das gramíneas e de certas ciperáceas. (Dicionário Uol/Houaiss)
João Guimarães Rosa - São Marcos
TEXTO II
XXIV
O que nós vemos das cousas são as cousas
Por que veríamos nós uma cousa se
[ houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
(...)
Alberto Caeiro
a) Observa-se no trecho um dos fenômenos mais
frequentes na obra de Guimarães Rosa: o emprego
de recurso típicos da poesia no texto em prosa.
Destaque um recurso poético presente no excerto e
justifique sua presença no texto.
b) O trecho do poema de Caeiro avizinha-se da prosa. Explique como esse heterônimo de Fernando
Pessoa procedeu para conferir a seu texto um caráter prosaico.
c) Comparando-se os dois textos, como se distingue o olhar de Caeiro do olhar de Guimarães Rosa,
quando ambos contemplam a realidade circunstante?
19. TEXTO I - O meu caminho desce, contornando
as moitas de assa-peixe e do unha-de-boi esplendido, com flores de imensas pétalas brancas,
e folhas hirsutas, refulgindo. No chão, o joá-bravo
defende, com excesso de espinhos, seu reles amarelos frutos. E, de vez em quando, há uma
sumauveira na puberdade, arvoreto de esteio fino e
cobertura convexa, pintalgada de flores rubras, como
um pára-sol de praia.
(...)
Os bambus! Belos como um mar suspenso, ondulado e parado. Lindos até nas folhas lanceoladas,
nas espiguetas peludas, nas oblongas glumas1 ...
Muito poéticos e muito asiáticos, rumorejantes aos
vôos do vento. (...) diante de um gravatá, selva moldada em jarro jônico, dizer-se apenas drimirim ou
amormeuzinho é justo; e, ao descobrir, no meio da
mata, um angelim que atira para cima cinqüenta
metros de tronco e fronde, quem não terá ímpeto de
Resolução Esperada
a) No trecho “rumovejantes aos vôos do vento (...)”,
nota-se o emprego da aliteração, recurso tipicamente poético. Ao utilizar repetição da consoante “v”, o
autor transmite no plano sonoro, a própria ação do
vento.
b) A presença de versos brancos e livres de
metrificação confere ao poema de Alberto Caeiro um
estilo mais próximo à prosa. Além dessa ausência
de ritmo poético, o vocabulário coloquial e a escas17
DIDATIKA
Vestibulares
QUESTÕES DISSERTATIVAS
sez de metáforas contribuem para o aspecto prosaico do texto.
c) Enquanto Guimarães Rosa contempla a “realidade circunstante” conferindo vida a seus mínimos
detalhes - “o joá-bravo defende ... reles amarelos frutos” -, Alberto Caeiro expõe um olhar mais objetivo e
materialista do universo que o cerca - “O que nós
vemos das cousas são as cousas”.
Sob a perspectiva de Caeiro, a realidade só existe como objeto de uma experiência sensorial particular, daquilo que ele pode ver. Já no caso de Rosa,
nota-se um olhar de caráter metafísico e transcendente, que extrapola os limites do “saber ver sem
estar a pensar” definidos pelo heterônimo de
Fernando Pessoa.
a) Romantismo e Modernismo são dois movimentos
literários de fundo nacionalista. Com base nessa afirmação, indique pontos de contato entre as obras
Iracema e Macunaíma que podem ser comprovados pelos excertos.
b) Os romances a que se referem os textos são famosos, entre outras razões, porque seus protagonistas tipificam certo modelo de herói nacional. Indique em que diferem esses modelos e quais as razões para tal distinção.
Resolução Esperada
a) Em ambos os romances há referências a elementos naturais tipicamente brasileiros como “asa da
graúna (...) talhe da palmeira (...) matas de Ipu” em
Iracema e “mato virgem (...) murmurejo do viracoera”
em Macunaíma. Além disso, contribuindo para o
caráter nacionalista das obras, tanto José Alencar
como Mário de Andrade focalizam - ainda que sob
perspectivas distintas - a figura do indígena como
nota-se em: “guerreira tribo, da grande nação
tabajara” (Iracema) e “índia tapanhumas”
(Macunaíma).
b) Caracterizado como romance indianista, Iracema ilustra a busca pela inserção da nacionalidade
brasileira na literatura. Contudo, o nacionalismo ainda incipiente do Romantismo integrara aos mitos/
lendas brasileiros uma moral essencialmente
europeia, construindo um modelo de herói que apresenta valores como a honra e a coragem. Por outro
lado, o herói nacional presente em Macunaíma revela a procura por um nacionalismo mais legítimo
(livre de estereótipos), típico do movimento Modernista. O “herói sem caráter“ de Mário de Andrade
reflete o brasileiro como produto da cultura popular,
do folclore, distanciando-se da figura idealizada de
“bom selvagem” (retratada em Iracema) e aproximando-se de uma identidade de fato brasileira.
20. ITA - adaptada Leia com atenção os textos a
seguir.
IRACEMA - CAPÍTULO II
Além, muito além daquela serra, que ainda azula
no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha
os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais
longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como o seu sorriso;
nem a baunilha recendia no bosque como o seu hálito
perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde
campeava sua guerreira tribo, da grande nação
tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
José Alencar
MACUNAÍMA - CAPÍTULO I
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma,
herói de nossa gente. Era preto e retinto e filho do
medo da noite. Houve momento em que o silêncio
foi tão grande escutando o murmurejo do Uiracoera,
que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa
criança é que chamaram de Macunaíma.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Se o
incitavam a falar exclamava:
— Ai! que preguiça...
GEOGRAFIA
21. (...) o território, para além da dimensão física,
implica as relações construídas pelos homens que
nele vivem. Na perspectiva do Professor Milton Santos, território é essencialmente relacional:
“O território em si, para mim, não é um conceito.
Mário de Andrade
18
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QUESTÕES DISSERTATIVAS
Ele só se torna um conceito utilizável para a análise
social quando o consideramos a partir do seu uso, a
partir do momento em que o pensamos juntamente
com aqueles atores que dele se utilizam. (...)”
22. Texto 1 - No Brasil segundo o físico José
Goldemberg “as lavouras de cana ocupam superfície comparável à do Rio Grande do Norte, mas isso
corresponde a meros 2% dos 2,9 milhões de km²
utilizados pelo setor agropecuário. O aumento da
área canavieira é inegável, mas costuma ocorrer pela
conversão das pastagens”. Goldemberg afirma ainda que a agricultura de todos os países juntos se
espalha por 12 milhões de km² do planeta, mas só
100 mil km² são destinados a biocombustíveis nos
EUA e no Brasil.Ou seja, os críticos perderam completamente o sentido de proporção”.
Dirce Koga - Cidades Entre Territórios de Vida e Territórios
Vividos: Serviço Social e Sociedade - nº 72, 2002 adaptado
a) Identifique e explique duas transformações
territoriais entre campo e cidade e quanto às formas
de poder na “Ordem da Revolução Industrial”.
b) Identifique duas diferenças entre os “usos” e os
“atores” nos territórios: na economia liberal e na economia planificada.
Texto 2 - O Brasil segundo o economista Bruno
Parmentier (Diretor da Escola Superior de Agricultura Angers, a mais importante da França) “ terá que
resolver esta contradição: alimenta países muito distantes, enche muitos tanques de combustíveis, mas
ainda há milhões de brasileiros que têm fome.O século 21 será de penúria alimentar em todo mundo”.
Resolução Esperada
a) As migrações campo cidade ganharam destaque
a partir do Século XVIII, como resultado da própria
Revolução Industrial. No campo houve aumento da
produção bem como maior diversificação e queda
nos preços dos produtos agrícolas para a crescente
população urbana. Por outro lado, na cidade, o saneamento básico e as condições de saúde e educação permitiram novos arranjos sociais. Aumentou e
diversificou a produção com novos meios de transporte, energia e comércio. Tais condições levaram a
mudanças na organização e trabalho e nas lutas
sociais. Ou seja, novas relações sociais e de poder.
A acumulação de capital nas mãos de banqueiros e
da burguesia introduziu novas formas políticas substituindo o papel dos reis por governos com sistemas
jurídicos e legislativos. Na produção e no comércio
o conhecimento tecnológico (ciência) a serviço da
sociedade e do capital foram importantes junto aos
nascentes meios de comunicação.
b) A economia liberal é uma característica do sistema capitalista. Os “atores” e os “usos” se misturam
entre os proprietários dos meios de produção e o
Estado. O Estado garante a infraestrutura, o liberalismo econômico e o lucro privado. São características que determinam e sustentam a contraditória
desigualdade social. Na economia planificada os
“atores” e os “usos” do território são condições do
Estado. O uso social é o caráter da propriedade Estatal com objetivos igualitários para as populações.
Texto 3 - “O álcool de milho nos EUA é subsidiado
e, diferentemente do brasileiro, afeta o preço do grão
e se reflete em outros alimentos.Ademais a cana
captura CO2 do ar no seu crescimento, igualando
aproximadamente a emissão na produção e no consumo do álcool.Logo,ao substituir a gasolina, evita
emissões de CO2 que contribuem para o aquecimento global” - Luiz Pinguelli Rosa - secretário do Fórum
Brasileiro Mudanças Climáticas.
O ano de 2008 começou com uma grande polêmica
internacional, envolvendo a OMC, ONU, FAO, países que subsidiam seus produtos agrícolas, países
produtores de biocombustíveis e países onde já ocorrem rebeliões contra o aumento significativo nos preços dos alimentos. A partir das informações dos textos citados, e valendo-se dos seus conhecimentos
nos assuntos atuais, dê duas justificativas favoráveis e duas desfavoráveis à produção de
biocombustíveis em países como Brasil e EUA.
Resolução Esperada
A questão era para o aluno apresentar duas justificativas
favoráveis e duas desfavoráveis à produção de
biocombustíveis em países como Brasil e EUA.
19
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a) Favoráveis: 1 - O uso de biocombustíveis permite
uma redução significativa da poluição atmosférica
em grandes centros urbanos, cada vez mais
saturados por veículos em trânsito.Contribui ainda
para uma redução na emissão de agentes
responsáveis pelo aquecimento global. 2 - De forma
inversa ao uso de petróleo ou carvão que são recursos
naturais não renováveis e portanto finitos, os
biocombustíveis são fontes energéticas renováveis e
podem ser utilizados para sempre.Tanto a cana,
quanto o milho, durante o crescimento consomem
quantidades significativas de CO 2 durante a
fotossíntese. 3 - O Brasil possui uma grande extensão
de terras ainda disponíveis para a expansão da
agricultura e os biocombustíveis podem representar
uma grande fonte de emprego e renda para o país. 4
- Tanto no Brasil, como nos EUA, o uso de
biocombustíveis, ajuda na redução das importações
de petróleo.
b) Desfavoráveis: 1 - Muitas áreas no Brasil que
antes eram minifúndios policultores de alimentos
estão sendo arrendadas para latifúndios
monocultores de cana-de-açúcar. 2 - Nos EUA a
produção de álcool a partir do milho, além de ser
fortemente subsidiada pelo governo, também retira
do mercado de forma direta o produto alimentar básico
que é o milho.O milho é considerado um concorrente
direto na produção alimentar que está sendo retirado
para produção de combustível. 3 - O uso continuado
de monoculturas pode agravar a degradação dos
solos. 4 - A substituição de lavouras alimentares para
a produção de álcool e biocombustíveis, ao reduzir a
oferta acaba provocando uma elevação nos preços
internacionais das demais commodities agrícolas.
b) Por que esse país não ocupa posição equivalente
na geopolítica atual?
Resolução Esperada
a) Dentre os fatores que possibilitaram ao Japão tornar-se a segunda potência econômica mundial, destacam-se:
• O aproveitamento de uma infraestrutura e de
mão de obra qualificada já existente no país;
• O interesse norte-americano, dentro do contexto da Guerra Fria, de criar um pólo de apoio
geopolítico e econômico na região, para fazer frente
à multiplicação de países socialistas;
• A restrição de gastos militares, imposta pelos
Estados Unidos ao país, que resultou na liberação
de capitais do Estado para investimentos no setor
produtivo;
• A decisão norte-americana de usar o país como
base de apoio e produção de bens para atender grande parte das demandas geradas pela Guerra da
Coreia;
• Maciços investimentos no setor de educação,
que contribuiu para o aprimoramento da mão de obra
e o desenvolvimento tecnológico;
• A abundância e o baixo custo relativo da mão
de obra;
• Grande capacidade de poupança interna, aliada à formação de elevados superavits na balança
comercial.
b) O Japão não ocupa hoje a segunda posição na
geopolítica mundial em função de uma série de fatores, dos quais se destacam:
• Foi imposta ao país, derrotado na Segunda
Guerra Mundial, uma posição menos ativa e
participativa nas discussões e decisões geopolíticas
regionais e mundiais;
• Ao final da guerra, o país foi obrigado a abandonar suas pretensões imperialistas e devolver as posições estratégicas que havia conquistado na Ásia;
• Dentro do contexto da Guerra Fria, o país foi
transformado em aliado dos Estados Unidos, numa
posição subserviente, obrigado a seguir as diretrizes norte-americanas e a manter um reduzido gasto
militar.
23. GV O Japão é um país pequeno, localizado em
arquipélago montanhoso, com poucos recursos naturais e cerca de 125 milhões de habitantes. Em
meados do século XIX, era, ainda, um país feudal,
mas, a partir de 1868, iniciou seu processo de modernização. Viveu a primeira metade do século XX
envolvido em conflitos militares (com os russos no
Extremo Oriente, com a Coreia, com a China e, depois, na segunda Guerra Mundial).
a) Identifique três fatores que possibilitaram ao Japão tornar-se uma das maiores economias do mundo.
20
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24. Observe o mapa da França e as condições climáticas de duas de suas cidades.
escape’ consistiu no chamado movimento de colonização, que levou setores excedentes da população
para novas regiões (...) O movimento constituía uma
resposta a dificuldades demográficas e agrícolas.(...)
As colônias fundadas foram independentes desde a
origem, tanto política como economicamente, o que
promoveu relações muito amigáveis com as respectivas cidades-mãe - relações baseadas no culto e na
tradição, isentas de dissenções e conflitos”.
Canal da Mancha
Paris
47º LN
Nantes
Golfo de
Biscaia
FRANÇA
Marselha
43º LN
Moses Finley - Os Gregos Antigos
a) Explique porque a mencionada Colonização foi
uma “válvula de escape”.
b) Qual a característica política e cultural que se
pode extrair do texto?
Condições Climáticas em Julho
Temperaturas Médias
Total de Precipitações
Diárias (em ºC)
Ocorridas no
Máxima
Mínima
Mês (mm)
Nantes
25
13
56
Marselha
29
17
11
Cidade
Resolução Esperada
Sobre os dados apresentados responda:
a) Identifique e caracterize o clima nas cidades de
Nantes e Marselha.
b) Seria a diferença de precipitação entre as duas
cidades efeito da latitude? Justifique.
a) A colonização grega é considerada como uma “válvula de escape” pois resultou de uma combinação
de fatores, como o crescimento demográfico e a
concentração da propriedade que somada à falta de
terras férteis, gerou um excedente populacional e
acirrou os conflitos sociais e políticos. Nesse contexto, a colonização serviu para aliviar as pressões
sociais, e minimizar os efeitos decorrentes da exclusão social ao drenar parte da população para as
colônias.
b) Politicamente, a Grécia estava organizada em cidades Estado autônomas e independentes, incluindo “cidades-mãe” e colônias. Em termos culturais,
havia entre os gregos, unidade cultural, principalmente “no culto, na tradição e na língua”.
Resolução Esperada
a) Nantes é uma cidade litorânea na porção noroeste da França com clima temperado oceânico. Os
verões e invernos são amenos e úmidos caracterizados pela maritimidade no verão e, no inverno, pela
passagem, da corrente quente do Golfo. Marselha,
cidade na porção meridional da França apresenta
clima mediterrâneo com verões quentes e secos e
invernos frios e úmidos.
b) Não. A latitude nesse caso é pequena para interferir na precipitação das duas localidades. A precipitação maior em Nantes é resultado da maritimidade
que no verão provoca maior evaporação e chuvas no
litoral. Já a menor precipitação em Marselha é própria do clima mediterrâneo com verões (julho) secos
e extremamente quentes, ainda, mais intensificado
pela passagem dos ventos quente e secos (Simium)
soprados do Saara para o sul da Europa.
26. Explique a relação entre Iluminismo, Revolução
Francesa, Revolução Industrial e Capitalismo.
Resolução Esperada
O Iluminismo teve origem no século XVII na Inglaterra com a Teoria Liberal de John Locke que justificava a Revolução Gloriosa, o Parlamentarismo e
o regime Representativo, ao defender um Estado Liberal com base na Teoria do Contrato e na Propriedade Privada. Tal concepção política representada
pelos setores capitalistas, influenciaria a independência dos Estados Unidos, contestando o Antigo
HISTÓRIA
25. “Durante um período considerável, a ‘válvula de
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Sistema Colonial e o Antigo Regime. O Iluminismo
destacou-se historicamente como um movimento
glorioso e ideológico que questionou o Estado Absolutista, o Mercantilismo, a Sociedade Estamental
e a Intolerância Religiosa.
Na França, as ideias iluministas foram aprofundadas
por pensadores como Diderot, Voltaire e Rousseau com
sua Teoria da Democracia com base na soberania
popular. Esses ideais iluministas influenciaram diretamente a Revolução Francesa, sobretudo na queda
do Estado Absolutista e sua Teoria do Direito Divino;
na Constituição Civil do clero e na atuação de
jacobinos e girondinos as transformações efetuadas
pela Revolução Francesa eliminaram os entraves ao
desenvolvimento do capitalismo e se difundiram pela
Europa ameaçando as monarquias absolutistas. A
Revolução Francesa assumiu portanto um caráter
político-ideológico no processo de afirmação do capitalismo.
Por outro lado, a Revolução Industrial revolucionou o sistema produtivo através da fábrica e da máquina, impôs a divisão entre capital e trabalho, criando o proletariado como nova classe social. No plano econômico-social, a Revolução Industrial consolidou o capitalismo ao promover a produção em massa de mercadorias (voltadas para o mercado), a separação entre produtores e os meios de produção
através do trabalho livre assalariado e do regime de
propriedade privada. Sua principal expresão teórica
foi o liberalismo econômico defendida por Adam
Smith, pensador iluminista que influenciou também a alta burguesia na revolução francesa.
Na Inglaterra, a burguesia buscou inspiração nas
doutrinas de John Locke e Adam Smith, o que se
traduziu na prática na hegemonia do liberalismo na
economia e na defesa de um estado liberal (Monarquia Constitucional) com voto censitário contra as
pressões populares (republicanas) pelo voto universal (masculimo) reivindicado pelos movimentos sociais como o Cartismo (1838) e as Revoluções de
1830 e de 1848 (Primavera dos Povos) na França.
motivo de Colombo era defender a religião cristã em
todas as partes do mundo. Graças às suas viagens,
ele esperava obter fundos para financiar uma nova
cruzada.
adap. de Tzvetan Todorov - Viajantes e Indígenas - in
Eugenio Garin - O Homem Renascentista
Lisboa: Editorial Presença, 1991 - pág. 233
Segundo o texto, quais foram os objetivos da viagem de Colombo?
Resolução Esperada
O contexto mercantilista, caracterizou-se pelo
forte papel do comércio e da necessidade de mercadorias que viabilizassem o enriquecimento dos Estados nacionais recém formados. As grandes navegações foram um meio viabilizador da obtenção de
mercadorias, uma vez que, a partir da extração de
produtos das novas terras colonizadas, havia o fluxo
unilateral dessas riquezas para a metrópole.
Colombo, porém, possuía um projeto diferente da
realidade hegemônica dos séculos XV e XVI, visto
que buscava (“defender a religião cristã em todas as
partes do mundo”). Embora, teoricamente, seu anseio fosse estranho ao contexto histórico, este se
encontrava embasado no modelo econômico mercantil, na medida em que a concretização de seu
projeto demandava meios materiais que proporcionassem a realização. Colombo encontrou no ouro
um meio que o suportasse materialmente.
28. UNICAMP Em pleno ciclo do ouro aparece Pombal, como representante do Reino de Portugal. Com
Carta Branca passada pelo rei, o Marquês não sendo da casa de Bragança entrará para a História como
um dos mais importantes governantes daquele Estado, e como encarnação um ponto nevrálgico na formação do Estado Brasileiro.
a) Cite e situe três ações deste governante que alteram as relações entre Portugal e Brasil.
b) Se por um lado a influência da administração pombalina sobre os intelectuais, e de modo geral sobre
as elites letradas é bastante discutida, resta refletir
sobre outros modos de interferência, de comunicação daquela concepção de mundo à colônia. Colabore com esta reflexão.
27. UNICAMP Os motivos que levaram Colombo a
empreender a sua viagem evidenciam a complexidade da personagem. A principal força que o moveu
nada tinha de moderna: tratava-se de um projeto religioso, dissimulado pelo tema do ouro. O grande
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Resolução Esperada
INGLÊS
a) Pombal estava inserido em um momento histórico em que as relações entre os homens e a relação
dos homens com o Estado caracterizavam-se, principalmente, pelo uso da razão, supostamente imparcial, debatida e consensual. Paralelamente inserido no contexto iluminista, o Estado deveria prover
a plenitude econômica e social. No caso do Brasil,
Pombal monopolizou o comércio entre este país e
Portugal por meio da criação das Companhias de
Comércio, tornando-o mais eficiente e lucrativo; expulsou os jesuítas da colônia por serem um entrave
para o melhor desenvolvimento das relações entre
metrópole e colônia (evitando qualquer fuga de capital por meio de contrabandos) e nomeou cobradores
de impostos na colônia para exercer um maior controle sobre a mineração, cobrando destes uma prestação de contas por meio de impostos.
Dessa maneira, vemos um Marquês que influenciado pelo seu momento histórico tornou cada vez
maior o Estado presente nas relações entre Brasil e
Portugal, entretanto mascarou esse controle através do caráter econômico eficiente; uma vez que as
transações comerciais entre brasileiros e portugueses geravam cada vez mais lucros e, por outro lado,
esvaziava o questionamento do Brasil como colônia
(ao menos, naquele momento).
b) O mundo colonial, até mineração caracterizava-se
pela precariedade tanto estrutural como informacional,
visto que o único objetivo do Senhor de Engenho português era a exploração da cana e exportação para Portugal. Com a mineração o quadro socioeconômico brasileiro transfigurou-se na medida em que a possibilidade e o aparecimento de uma camada média, por meio
do ouro criou condições para que ideias, discussões,
conceitos (antes restritos à Europa) penetrassem no
Brasil. Logicamente, que as condições de entrada dessas ideias estavam de acordo com o momento em
que a colônia encontrava-se, ou seja, havia adaptações, algumas reformulações para que se adequassem à realidade da colônia.
Essa influência de comunicação das ideias
iluministas, por exemplo, foram pontos certos na criação de um maior questionamento da condição da colônia por parte daquelas pessoas que se viam como
brasileiros.
29. Leia o texto a seguir.
CHROMOSOMES GONE WILD: THE KEY TO A
CANCER CURE ?
WHAT GOES WRONG
To keep a body living and thriving, existing cells
must constantly split themselves to create new cells,
each an exact copy of its parent. Before each split,
the cell makes an identical copy of every
chromosome. When things go right, each of the two
new cells receives a complete set of 46
chromosomes.
A Muffed Mitosis: Sometimes a cell gets it wrong
and begins to produce genetic errors. One cell may
end up with too many chromosomes and the other
with too few. Other genetic errors might produce
chromosomes that are damaged or deformed. These
damaged cells will in turn produce families of
unpredictable mutant offspring that eventually will
include cancer cells.
The Great Unknowns: Right now, the
mechanism that causes genes to become unstable
is not known. Some researchers hope to find ‘master
genes’ that govern the way cells replicate. Others
look for drugs to suppress instability.
FINDING MASTER GENES
The Solution: If master genes could be identified
for specific cancers, drugs could be developed to
target them and restore stability to tumor cells,
slowing their spread and reducing chances they’ll
turn drug-resistant.
The Obstacle: These genes may not exist for all
types of cancers, and even if they do, how can you
tell if you’ve found them all?
STABILIZING THE CELLS
The Solution: Even if no more master genes turn
up, new drugs - including some already under
development - could help cells repair the errors made
during genetic copying and stabilize themselves.
The Obstacle: The first of these drugs have yet
to be subjected to clinical trials they must pass before
being brought to market.
Newsweek, 2006
23
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Responda em Português.
or a prime mover.
This simplicity has meant that the theory has
always accommodated new discoveries - the general theme of this Insight. In Darwin’s day, nothing
was known about genetics or the mathematical basis
of natural selection. But such discoveries have only
made the theory stronger.
Simplicity also makes for longevity. The theory
of natural selection has had its ups and downs, but
today we are not celebrating, for example, the 280th
anniversary of the birth of the great experimental
scientist Lazzaro Spallanzani. Why not? He saw in
his results confirmation of the theory of preformation:
that the essence of organisms is stamped in the
egg, and all that is needed is for the pre-existing
germ to unfold. This theory died with Spallanzani,
overcome by better observation - and by a theory
with no preconditions. No one subscribes to the
theory of preformation now, whereas natural selection
continues to evolve.
To be sure, Darwin’s first ideas now seem dated,
but he winnowed them over decades, stripping them
of any archaic clutter to reveal a modern clarity of
purpose on which biologists have continued to build.
So, as we toast the bicentenary of Darwin’s birth
today, we can be sure that Darwin’s name will be
familiar to our descendants (however modified) for
centuries to come, whereas those of Lazzaro
Spallanzani and many others - so great in their day will succumb to the inevitable flip side of evolution:
extinction.
I - Extrair a ideia principal do texto.
O texto trata da probabilidade das células realizarem mitoses incorretas em nosso organismo, o
que pode causar problemas como o câncer. Os
mecanismos celulares que causam tais erros são
ainda desconhecidos, o que promove o interesse de
pesquisadores descobrirem genes relacionados à estabilidade da redução genética correta para o desenvolvimento de drogas e técnicas que reduzam
as chances de erros.
II - Atribuir significado a:
a) split
= se separar
b) end up
= terminar
c) damaged = incorretos
d) offspring = geração
e) master = líder
f) look for
= procurar
g) to target = focar
h) trials
= avaliação / experimento
30. Leia com atenção.
INSIGHT
Nature 457, 807 (12 February 2009)
EVOLUTION
Henry Gee & Rory Howlett
The articles in this Insight testify to the success
of Charles Darwin’s theory of descent with
modification by means of natural selection, carefully
detailed in his book On the Origin of Species almost
150 years ago. The most striking aspect of the theory
is its simplicity. Given heritable variation, a
superabundance of
offspring,
and
environmental
change, natural
selection must
happen,
and
evolution will follow.
The natural world
can be explained
without invoking
pre-existing germs,
essential life forces, the great chain of being, Ptolemaic epicycles
Responda em Português.
I - Extraia a ideia principal do texto.
O texto explica o sucesso da teoria de Darwin,
como resultado de sua própria simplicidade: na combinação entre a variação de fatores hereditários e a
abundância de descendentes somadas às características do meio (seleção natural) possibilita a evolução.
Além disso, o autor destaca a longevidade como
outro fator de sucesso nas ideias de Darwin. Enquanto novas descobertas, normalmente, tornam o
que foi anteriormente descoberto, obsoleto, no caso
de Darwin, as novas descobertas fortaleceram sua
teoria, tornando o cientista atual até os dias de hoje.
24
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II - Atribuir significado a:
a) striking = notável / incomum
b) offspring = descendência / produto / resultado
c) overcome = superar / sobrepor
d) whereas = enquanto / comparando duas coisas
e) winnowed examinar para selecionar elementos
desejáveis
f) clutter
= não desejáveis
g) toast
= celebrar / comemorar
h) flip
= movimento rápido / “piscar de olhos”
of swine/bird/human flu, also H1N1. And thousands
of miles away in Cairo, the Egyptian government decides pigs are the source of disease, and orders
300,000 animals in the predominantly Muslim
(therefore not pork-consuming) society slaughtered.
Each of these three incidents is related to the
unfolding influenza crisis. It is the manner of human
beings to seek blame during times of fear. Fingers
are now pointing, either at the entire pig species Sus
domestica, or at the nation of Mexico. Such exercises
in blame are not only scientifically ill founded, ut are
likely to prompt government actions that, at the very
least, are useless and, at worst, harmful for efforts
to control a pandemic.
We live in a globalized world, filled with shared
microbial threats that arise in one place, are amplified
somewhere else through human activities that aid
and abet the germs, and then traverse vast
geographic terrains in days, even hours - again,
thanks to human activities and movements. If there
is blame to be meted out, it should be directed at
the species Homo sapiens and the manifest ways in
which we are reshaping the world ecology, offering
germs like the influenza virus extraordinary new
opportunities to evolve, mutate and spread.
Back in 2005, the Wisconsin Division of Public
Health hunted for sick pigs in Sheboygan County,
but the animals the teenager had helped slaughter
came from multiple farms across the area, and every
farmer claimed his herd was healthy. The Wisconsin
authorities forwarded blood samples from the infected
teenager and his family to the Centers for Disease
Control and Prevention in Atlanta. The CDC scientists
discovered that the H1N1 virus had pieces of its RNA
genetic material that matched a human flu first seen
in New Caledonia in 1999, two swine types that had
been circulating in Asia and Wisconsin for several
years and an unknown avian-flu virus.
In 2006 the American Association of Swine
Veterinarians reported that humans were passing
their H1N1 viruses to pigs, causing widespread illness
in swine herds, especially in the American Midwest.
A year later at a county fair in Ohio an outbreak
occurred, sickening many of the pigs, but not their
human handlers. The cause was a type of H1N1 that
was a close match to the Wisconsin strain, and may
have been spread from human to pig.
31. Leia com atenção.
THE PATH OF A PANDEMIC
by Laurice Garret
Around Thanksgiving 2005 a teenage boy helped
his brother-in-law butcher 31 pigs at a local Wisconsin
slaughterhouse, and a week later the 17-year-old
pinned down another pig while it was gutted. In the
lead-up to the holidays the boy’s family bought a
chicken and kept the animal in their home, out of
the harsh Sheboygan autumn. On Dec. 7, the teenager
came down with the flu, suffering an illness that lasted
three days. He visited a local clinic, then fully
recovered, and nobody else in his family took ill.
This incident would hardly seem worth mentioning
except that the influenza virus that infected the
Wisconsin lad was unlike any previously seen. It
appeared to be a mosaic of a wild-bird form of flu, a
human type and a strain found in pigs.
It was an H1N1 swine influenza. Largely ignored
at the time, the Wisconsin virus was a step along
the evolutionary tree, leading to a virus that four years
later would stun the world.
Flash-forward to April 2009, and young Édgar Enrique Hernández in faraway La Gloria, Mexico, suffers
a bout of flu, found to be caused by a similar mosaic
25
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Last year researchers from Iowa State University
in Ames warned that pigs located in industrial-scale
farms were being subjected to influenza infections
from farm poultry, wild birds and their human handlers.
Writing in The Journal of Infectious Diseases, Eileen
Thacker and Bruce Janke said, “As a result of the
constantly changing genetic makeup of individual
influenza viruses in pigs, the U.S. swine industry is
continually scrambling to respond to the influenza
viruses circulating within individual production
systems”.
Something was changing. Pigs notoriously eat just
about anything thrown their way, and rub up against
each other frequently, readily passing infections within
herds. Their stomachs are remarkably tolerant
environs for microbes, which since ancient times have
caused illness in humans who dined on raw or
undercooked pork. Investigation of the 1918 influenza
pandemic, which is now estimated to have killed up
to 100 million people worldwide in 18 months, revealed
that the viral culprit was a type H1N1 human flu that
had infected pigs, and then circulated back to
humans.
At the viral level, influenza is an awfully sloppy
microbe that is in a constant state of mutation and
evolution. Its genetic material is in the form of RNA
(not DNA, as in humans), loosely collected into
chromosomes. When a virus infects a cell, its
chromosomes essentially fall apart into a mess, which
is copied to make more viruses that then enter the
bloodstream to spread throughout the body. Along
the way in this copying process any other genetic
material that may be lying about the cell is also
stuffed into the thousands of viral copies that are
made. If the virus happens to be reproducing this
way inside a human cell, it picks up Homo
sapiensgenetic material; from a chicken cell it
absorbs avian genes; and from a pig cell it garners
swine RNA. The jackpot events in influenza evolution
occur when two different types of flu viruses happen
to get into an animal cell at the same time, swapping
entire chromosomes to create “reassorted” viruses.
What was infecting that teenager in Sheboygan
was a triple reassortment, resulting in a new virus
with bits of genes from three species of animals one of them Homo sapiens.
Responda em Português.
How does one virus spread from pigs and birds to
humans around the globe?
Os vírus são microorganismos em constante estado de mutação e evolução. Quando infectam uma
célula, obrigam-na a reproduzir o RNA viral, que por
vezes é incorporado a qualquer outro material celular presente. Ou seja, quando o vírus se reproduz
dentro da célula ele incorpora material genético.
Soma-se a isso o fato de vivermos próximos a grandes concentrações de porcos e aves em más condições de higiene, o que facilita a disseminação viral.
Why have microbes like the H1N1 flu become a
growing threat?
A população não conhecia até então o vírus H1N1,
o qual proporciona sintomas muito fortes para os
humanos, o que já representa uma ameaça. Além
disso, a transmissão é muito fácil e rápida, uma vez
que o contato com secreções da pessoa infectada
já faz com que você se contamine. No mundo
globalizado, esse contato com várias pessoas, de
vários lugares, aumenta o caráter ameaçador da doença pela possibilidade de se tornar uma pandemia
com grande número de mortes.
Newsweek - May, 2009
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