SUSTENTABILIDADE E
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Prof.ª Me. Renata Cristina de Souza
[email protected]
1
Recapitulando
• Certificações nas empresas
objetivos (governo,
conquista de novos mercados, atendimento a requisitos de
responsabilidade social, ambiental, trabalhista e de riscos.
• Ciclo PDCA
Plan – Do – Chec - Act
2
Recapitulando
• Normas de responsabilidade social
uma
empresa socialmente responsável deve ter controle sobre
todo o seu processo. Para auxiliar na condução dessas
ações empresariais, várias certificações e normas foram
desenvolvidas ao longo dos anos.
• As normas
voluntárias e certificáveis.
• No Brasil ABNT (representa).
• Norma ISO 26000 - norma internacional sobre o tema
responsabilidade social.
• É uma norma orientativa, fazendo recomendações
entendidas como apropriadas, mas de modo algum
obrigatórias.
3
Recapitulando
• Norma de responsabilidade social
NBR 16001.
• Racismo.
• Preconceito.
• Diversidade.
• E você acha que existe preconceito quanto a cor,
raça, sexo, idade nas contratações? Por quê?
• Empresas que desejam ter uma RSE não devem ter
preconceitos, devem ter ações para minimizar esses
conflitos.
4
Responsabilidade social
Vídeo:
• As relações entre os Recursos Humanos e a
Responsabilidade Social.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=hdVULzDWNuE>.
5
A sustentabilidade e a responsabilidade
social corporativa sob o enfoque da ética
• Em um mundo globalizado, em que as empresas
precisam fechar parcerias em diversos pontos do planeta, a
ética torna-se fundamental, pois a empresa não pode mais
eximir-se de responsabilidade em relação à atuação de seus
parceiros.
• Toda a cadeia produtiva deve estar alinhada aos mesmos
princípios éticos da principal organização.
• Perspectiva da ética aplicada = aquela que contribui para
o funcionamento da sociedade na forma em que se
estruturou e validou atualmente, de uma economia de
mercado, de livre empreendimento, de perspectiva
capitalista.
6
A sustentabilidade e a responsabilidade
social corporativa sob o enfoque da ética
• Paul Singer define o conceito de ética da seguinte
forma:
A Ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou
maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a
autoridade de guiar, as ações de um grupo em
particular (moralidade), ou é o estudo sistemático da
argumentação sobre como nós devemos agir
(filosofia moral).
7
A sustentabilidade e a responsabilidade
social corporativa sob o enfoque da ética
• Ética é um conjunto de diretrizes socialmente aceitas,
criadas a partir do senso comum dos membros de uma
sociedade.
• A partir de nossos conhecimentos, crenças e caráter,
criamos a consciência daquilo que é certo e errado.
• Portanto, é conveniente relacionar a ética à
sustentabilidade de acordo com a premissa de que “ser
sustentável é ser ético”, uma vez que ser sustentável é
ser correto perante o senso social.
8
A sustentabilidade e a responsabilidade
social corporativa sob o enfoque da ética
• Os princípios morais, diretrizes e diferenças culturais
causam diferenças na noção de sustentabilidade entre
os países.
• Portanto, é muito difícil estabelecer a sustentabilidade
em nível global.
• Em suma, nem todas as pessoas têm os mesmos
princípios éticos e, por consequência, nem todas as
pessoas possuem uma ideia nivelada do que seja a
sustentabilidade, ou mesmo de suas dimensões.
9
A sustentabilidade e a responsabilidade
social corporativa sob o enfoque da ética
• A sustentabilidade, para ser plena, em nível global,
exigiria que todos os seres humanos tivessem o mesmo
conceito sobre o tema e suas dimensões, ao mesmo
tempo em que soubessem mensurar, com 100% de
confiança, os impactos a serem compensados.
• A sustentabilidade é um tema “mutante”, com padrões
modificáveis de acordo com o tempo e com a
sociedade. Por isso a importância de se criar padrões e
normas amplamente aceitas e reconhecidas no mundo,
as quais são traduzidas pelo conceito da
Responsabilidade Social Corporativa - RSC.
10
A sustentabilidade e a responsabilidade
social corporativa sob o enfoque da ética
• Podemos dizer que uma empresa é socialmente
responsável quando ela atinge indicadores e cumpre
metas. Geralmente, essas metas e indicadores
encontram-se representados em normas (ISO 26.000).
• As diretrizes a respeito da RSC preconizam também:
•
•
•
A formulação de projetos.
A gestão empresarial sustentável.
A transparência na comunicação dos resultados dos
projetos sociais, tanto aos colaboradores quanto às
comunidades influenciadas pelas empresas.
11
Ética empresarial
• Os stakeholders (em especial, os acionistas) desejam que
a organização apresente bons níveis de governança
corporativa, pois isso tendem a favorecer a perenidade
dessa organização.
• Pois uma empresa com práticas oportunistas, como a
exploração do trabalho infantil ou com condições de trabalho
análogas à escravidão, será, mais cedo ou mais tarde,
punida pelo próprio mercado, que detrairá seus produtos em
relação às empresas com prática de governança corporativa
eticamente responsável.
O que é ser uma empresa eticamente responsável?
12
Entrevista
Entrevista Sr. Marçal Siqueira
13
Ética empresarial
“Comportamento da empresa entendida como
lucrativa quando age em conformidade com os
princípios morais e as regras do bem proceder
aceitas pela coletividade (regras éticas)”.
• Iniciou-se na Alemanha, nos anos 1960, quando os
trabalhadores passaram a ter uma participação mais ativa
nos rumos das empresas, participando em seus conselhos
de administração.
• A organização é uma instituição social e, portanto, as
pessoas que a compõem têm interesses que nem sempre se
alinham com as diretrizes corporativas. Quando esse
desalinhamento é posto em prática, todos saem perdendo.
14
Ética empresarial
15
Ética empresarial
16
Ética empresarial
• Atualmente, entende-se que uma empresa só pode ser de
fato ética se, nas suas atividades empresariais, considerar o
bem comum, incluindo os seus empregados, que devem ser
tratados de forma justa e serem remunerados de tal forma
que lhes proporcione condições satisfatórias de vida, assim
como respeitar os ditames legais de respeito aos mercados,
às regras de concorrência, ao pagamento de impostos e
outras obrigações entendidas como morais pela sociedade.
17
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• De maneira geral, os gestores empresariais têm
absorvido as recentes demandas e preocupações da
sociedade com relação as suas formas de
desenvolvimento.
• Estamos em um momento em que as empresas que
visam somente ao aspecto financeiro da
sustentabilidade têm perdido espaço em relação às
empresas que adotam estratégias de RSC e a
sustentabilidade propriamente dita.
• Os mercados estão amadurecidos e exigentes por
empresas ecoeficientes.
18
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• Buscando agradar essa sociedade em transformação
e, também, por força das normas e políticas de
sustentabilidade, os empresários têm adotado formas
de disseminação dos resultados de suas estratégias.
• Nesse sentido, o Balanço Social e os Relatórios de
Sustentabilidade Corporativa apresentam-se como
importantes instrumentos de aferição da eficiência
empresarial em termos de planejamento e de execução.
19
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• As estratégias empresariais para suas ações sociais são
formalizadas em projetos solo ou nas ações sociais em
parceria com empresas de outros setores, em especial, as
do primeiro setor (empresas públicas) - editais e
chamadas públicas - e as do terceiro setor (organizações
não governamentais).
• No caso das ações sociais em parceria, é necessário
que os resultados sejam divulgados e discutidos com os
beneficiários das ações.
Portanto, um dos objetivos do Balanço Social é justamente
prestar contas do seu desempenho sobre o uso de recursos
próprios e a apropriação e o uso de recursos que
originalmente não lhe pertenciam.
20
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• Para o ETHOS (2014), o Balanço Social:
• Visa, também, estabelecer uma proposta de diálogo com
os diferentes públicos envolvidos no negócio da empresa
que o adota: público interno, fornecedores,
consumidores/clientes, comunidade, meio ambiente,
governo e sociedade.
• A proposta é de que o balanço social contenha
informações sobre o perfil do empreendimento, histórico da
empresa, seus princípios e valores, governança corporativa,
diálogo com partes interessadas e indicadores de
desempenho econômico, social e ambiental.
21
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• Vamos apresentar uma das metodologias existentes
para o controle social das ações de RSC.
Abordagem da avaliação das ações sociais por
meio de auditorias.
Contribui para o
entendimento de como
e quanto as empresas
estão em dia com a
Responsabilidade
Social.
22
Abordagem da avaliação das ações
sociais por meio de auditorias
• Abordagem do Inventário
•
•
Natureza descritiva.
Ocorre a listagem das metas e etapas que foram
realizadas nos projetos e ações sociais da empresa,
essa listagem pode vir acompanhada de indicadores
quantitativos.
• Abordagem do Centro de Custos
•
•
Traz a associação das atividades com os recursos
empregados.
Fornece várias análises e conclusões sobre as
demandas executadas e o quanto foi gasto por
demanda.
23
Abordagem da avaliação das ações
sociais por meio de auditorias
• Abordagem da Administração do Programa
•
•
Relaciona o inventário com os custos atrelados a cada
atividade inventariada e seu percentual de sucesso.
A maioria das planilhas de controle social possuem a
atividade programada, os recursos destinados e sua
porcentagem de execução.
• Atenção: há de ter uma proporcionalidade entre porcentagem
executada e recurso financeiro consumido.
• Abordagem da Análise de Custo-Benefício
•
É o principal limitante, pois muitos aspectos da
sustentabilidade encontram-se, ainda, em um plano
abstrato e fora do conhecimento de grande parte da
sociedade.
24
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• Uma importante limitação a ser destacada é
relacionada à falta de capacitação dos sujeitos de ação
quanto à aquisição e compilação de dados, mesmo na
apresentação e discussão dos resultados e inferências
frente aos demais envolvidos.
• Relacionada à complexidade do próprio tema
“Sustentabilidade” e pela falta de conhecimento sobre
os modelos, ainda que limitados.
25
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
26
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
27
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• Principal diferença = Balanço Social é fortemente
vinculado a metodologias contábeis, as quais auxiliam
na demonstração do fluxo de recursos, que são
utilizados no desenvolvimento das ações sociais ou
mesmo de projetos de RSC pelas empresas.
• Dias, Soekha e Souza (2008) afirmam que o Balanço
Social possui a especificidade de englobar, ao menos,
quatro vertentes que, de forma complementar,
evidenciam o relacionamento da empresa com a
sociedade e o meio ambiente, que são:
28
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• Balanço Ambiental: que se refere a todos os gastos e
investimentos que envolvam recursos naturais ou estejam
voltados para essa área.
• Balanço de Recursos Humanos: que demonstra o perfil da
força de trabalho, remuneração e benefícios concedidos,
bem como gastos com a comunidade que cerca a
organização.
• Demonstração do Valor Adicionado – DVA – que visa
demonstrar o valor da riqueza gerada pela organização e
como ela foi distribuída à sociedade.
• Benefícios e Contribuições à Sociedade em geral: que
evidencia o que a organização tem feito em termos de
benefícios sociais.
29
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
• O Relatório de Sustentabilidade possui caráter
descritivo, ou seja, por meio desse documento, a
sociedade possui acesso às informações sobre as
atividades que foram desenvolvidas por determinada
empresa e que possuam ligações com áreas
específicas, dependendo do modelo adotado.
30
Balanço social e os relatórios de
sustentabilidade
Vídeo
• Relatório de Sustentabilidade 2013 Unilever
Brasil.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=nLRYyBn3bjA>.
31
Modelos IBASE, GRI, CEBDS, ISE,
DOW JONES e ETHOS
• Muitas empresas já possuem iniciativas próprias no
sentido de levantar, avaliar, demonstrar ações
executadas e planejar as ações futuras ligadas à
sustentabilidade, de maneira que sempre será válido
determinar se essas metodologias correntes são
efetivas ao seu propósito e se elas podem fornecer
bases para melhorias.
32
Modelo IBASE
• IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Econômicas e
Sociais.
•
Fundado, em 1981, por uma iniciativa do sociólogo
Herbert de Sousa, mais conhecido como “Betinho”.
•
Foi fundamental no lançamento de estudos e campanhas
pela promoção da cidadania, dos direitos sociais, da
segurança alimentar e nutricional e da ética nas relações
entre poder público e sociedade.
•
Em 1997, desenvolveu uma metodologia própria para
análise da cidadania empresarial, representada pela
divulgação de seus balanços sociais.
33
Modelo IBASE
• Justificativas para a realização do Balanço Social:
•
•
•
•
•
•
Porque é ético.
Porque agrega valor.
Porque diminui os riscos.
Porque é um moderno instrumento de gestão.
Porque é instrumento de avaliação.
Porque é inovador e transformador.
34
Modelo IBASE
• Até 2008, cada empresa divulgava seu balanço
social de acordo com a metodologia proposta pelo
Ibase, que era reconhecida por meio de um selo.
• Esse selo encontra-se descontinuado desde aquele
ano e, atualmente, encontra-se em fase de
reformulação.
35
Modelo IBASE
36
Modelo IBASE
• O modelo possui alguns indicadores que abordam
dimensões estratégicas da empresa, como: indicadores
econômicos, sociais, ambientais, além de indicadores sobre
os colaboradores e quanto ao exercício da cidadania
empresarial, este último com análises de cunho qualitativo.
• Possui limitações relacionadas aos indicadores propostos,
uma vez que a leitura é muito mais voltada à situação
interna da empresa, faltando indicadores que permitam
visualizar, com um maior grau de entendimento, como os
recursos são aplicados em ações realizadas na interface
empresa-sociedade.
37
Modelo GRI
• A sigla GRI no contexto da Sustentabilidade e da
Responsabilidade Social Corporativa significa Global
Reporting Initiative.
• Trata-se de uma organização não governamental,
fundada, em 1997, por iniciativa do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela
ONG norte-americana CERES.
• Atualmente, está sediada em Amsterdã e possui
representantes regionais, nos países: Austrália, Brasil,
China, Índia e Estados Unidos.
38
Modelo GRI
• A organização defende que sua plataforma apresenta
“a mais abrangente estrutura para relatórios de
sustentabilidade”, o que contribui para maior
transparência corporativa.
• O modelo de relatório de sustentabilidade GRI
encontra-se em sua quarta geração de diretrizes.
• Desenvolve e dissemina diretrizes úteis, para que as
empresas possam utilizar em seus relatórios de
sustentabilidade.
39
Modelo GRI
• As Diretrizes para Elaboração de Relatórios de
Sustentabilidade da GRI consistem de princípios para a
definição do conteúdo do relatório e a garantia da
qualidade das informações relatadas.
• Incluem, também, o conteúdo do relatório, composto
de indicadores de desempenho e outros itens de
divulgação (perfil e forma de gestão), além de
orientações sobre temas técnicos específicos e relativos
à elaboração do relatório.
40
Sustentabilidade corporativa
• Os indicadores de desempenho buscam mensurar os
impactos da organização em quesitos como:
•
Os sistemas sociais nos quais opera: para isso são
aferidos os aspectos de desempenho fundamentais
referentes a suas práticas trabalhistas, seus direitos
humanos, sociedade e responsabilidade por produtos
e/ou serviços.
•
As condições econômicas de seus stakeholders: aferindo
o seu desempenho em nível local, nacional e global. Por
exemplo, sua presença no mercado e suas
responsabilidades indiretas.
41
Sustentabilidade corporativa
• Os sistemas naturais vivos e não vivos: incluem
ecossistemas, terra, ar e água. Abrangem o desempenho da
organização relacionado a insumos, matéria-prima, energia
e água (e a emissões de efluentes e de resíduos), bem
como aqueles relativos à biodiversidade, à conformidade
ambiental, aos gastos com a preservação do meio ambiente
e como os seus produtos e/ou serviços o afetam.
• As empresas podem fazer uma autoavaliação
constante, utilizando-se de instrumentos de medição.
Essa avaliação deve permear toda a cadeia de valor da
empresa.
42
Modelo GRI
43
Modelo GRI
• A organização autodeclara sua própria avaliação do
conteúdo de seu relatório, segundo os critérios dos níveis de
aplicação da GRI. Isso significa que todos os dados
inseridos no relatório são de responsabilidade das
empresas, sendo validados, posteriormente, por meio de
auditorias externas.
• A abrangência dessas diretrizes e relatórios é reconhecida
mundialmente e isso se deve a uma complexa estrutura, a
qual obedece ao princípio de materialidade, ou seja,
somente os fatos mais importantes são relatados, deixandose de lado questões menos relevantes.
44
Sustentabilidade corporativa
• As grandes corporações têm buscado alinhar seus
negócios à luz do tripé da sustentabilidade, adotando
em suas políticas as diretrizes internacionais da GRI.
• Indicação de Vídeo:
Relatório de Sustentabilidade: do livro ilustrativo a
prestação de contas aos Stakeholders.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=obtOVtqq7ts>.
45
Modelo CEBDS
• CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro de
Desenvolvimento Sustentável é uma associação civil,
fundada em 1997, que lidera os esforços do setor
empresarial para a implementação do desenvolvimento
sustentável no Brasil.
• Até 2007, o CEBDS utilizava um modelo próprio de
Relatório de Sustentabilidade. Contudo, com o advento da
metodologia GRI, em especial em sua terceira geração,
verifica-se uma aproximação entre os modelos em questão,
de maneira que, nos dias atuais, o modelo CEBDS
compartilha a plataforma do modelo GRI, considerando
estrutura e conteúdo.
46
Modelo CEBDS
• São três partes básicas que compõem esse modelo:
a)
Descrição do perfil empresarial, desempenho
organizacional e ações realizadas.
b)
Descrição de boas práticas realizadas pelos
stakeholders.
c)
Descrição das práticas em andamento, que
possuem por característica antecipar tendências.
47
Indicador ISE
• ISE = Indicador de Sustentabilidade Empresarial, não é um
modelo de Relatório de Sustentabilidade e Balanço Social,
mas se trata de um índice que mede o retorno médio de
uma carteira teórica de ações de empresas de capital aberto
e listadas na BM&F Bovespa com as melhores práticas em
sustentabilidade.
• Portanto, uma empresa que possui seu capital aberto a
investidores e que também possui por característica
executar ações no entorno da sustentabilidade tem a sua
leitura financeira analisada por esse índice.
• Quanto mais alto for esse índice, mais sustentável é a
empresa e maior será o seu retorno em ações.
48
Indicador ISE
• Foi criado, em 2005, pela BM&F Bovespa e, atualmente, é
o quarto maior indicador de seu gênero no mundo.
• Atualmente, a BM&F Bovespa preside o Conselho
Deliberativo do ISE, o qual é composto por outras dez
instituições brasileiras e internacionais.
49
Indicador ISE
• Atualmente, são 37 empresas encarteiradas pelo ISE,
com 51 ações no mercado.
• Isso significa que, do total de ações operadas pela
BM&F Bovespa, quase metade é referente às empresas
com boas práticas de sustentabilidade.
50
Indicador ISE
• A tendência, em médio prazo, é de que a maior parte do
mercado possa aderir, de alguma forma e por alguma
metodologia, às análises de mercado relacionadas à
sustentabilidade e por elas possam ser reconhecidas e
auferir lucros pela valorização de suas ações, o que
possibilitaria a ampliação de investimentos em
sustentabilidade e cidadania corporativa, fazendo-se cumprir
o papel social das organizações.
51
Indicador DJSI
• O Dow Jones Sustainability Indexes, ou Índice Dow Jones
de Sustentabilidade, possui as mesmas características do
índice ISE.
• Criado, em 1999, com o mesmo objetivo: orientar os
gestores internacionais a alocar recursos em ações de
empresas de capital aberto que sejam reconhecidas como
responsáveis, do ponto de vista social, ambiental e
econômico.
• O DJSI pode ser uma via para incrementos de valores nas
ações de empresas socialmente responsáveis, contribuindo
significativamente para expansão de suas políticas de
sustentabilidade.
52
Indicadores ethos para negócios
sustentáveis e responsáveis
• A missão do Instituto Ethos é mobilizar, sensibilizar e
ajudar as empresas a gerirem seus negócios de forma
socialmente responsável, tornando-as parceiras na
construção de uma sociedade sustentável e justa.
• Relatório de Sustentabilidade Ethos - também é embasado
na estrutura GRI, mas possui a inovação de permitir que as
empresas preencham os dados do relatório por meio de um
questionário online, o qual, após preenchido, gera os
indicadores necessários à composição do relatório.
53
Responsabilidade e cidadania
social empresarial
• Alto poder econômico das organizações.
• Uma companhia pode gerar mais riqueza que um país
e que é o país responsável por prover educação,
segurança, saúde, moradia etc., aos seus habitantes.
• Esse poder econômico das grandes corporações pode
desestabilizar uma nação inteira.
• Portanto, tem obrigações morais, sociais e ambientais.
Isso porque uma empresa, se compararmos com um
sistema aberto, recebe, transforma e devolve para seu
entorno seus processos.
54
Responsabilidade e cidadania social
empresarial
55
Responsabilidade e cidadania social
empresarial
• Os estudos acadêmicos e a discussão social estão
voltadas para ações mais sistêmicas, com um aspecto
normativo maior, ou seja, as ações da organização
voltadas à sociedade devem fazer parte dos processos
empresariais.
• Responsabilidade social corporativa compreende às
expectativas econômicas, legais, éticas e filantrópicas
que a sociedade tem para com as organizações.
• Portanto, a empresa, como sistema aberto, tem a
obrigação de promover ações filantrópicas, como uma
espécie de restituição à sociedade de parte das
entradas que recebeu.
56
Responsabilidade e cidadania social
empresarial
57
Responsabilidade e cidadania social
empresarial
58
Responsabilidade e cidadania social
empresarial
• Toldo (2002) afirma que responsabilidade social:
São estratégias pensadas para orientar as ações das
empresas em consonância com as necessidades
sociais, de modo que a empresa garanta, além do
lucro e da satisfação de seus clientes, o bem-estar
da sociedade. A empresa está inserida nela e seus
negócios dependerão de seu desenvolvimento e,
portanto, esse envolvimento deverá ser duradouro. É
um comprometimento.
59
Responsabilidade e cidadania social
empresarial
• Portanto, como uma pessoa dotada de direitos, mas
também deveres, a empresa tem direitos de exercer
suas atividades, concedidos pelo próprio sistema
econômico adotado pela sociedade, porém tem
deveres e deve ser cumpridora de leis e exercer, como
qualquer pessoa, uma boa cidadania.
• Vamos estudar o conceito de
Cidadania Empresarial?
60
Cidadania empresarial
• Clinton cita os cinco princípios da cidadania
empresarial:
Ambientes de trabalho favoráveis à vida familiar
dos empregados, seguro saúde e plano de
previdência, segurança no trabalho, investimento
nos empregados e parceria com os empregados.
61
Cidadania empresarial
• Evolução conceitual da Cidadania Empresarial em 3
estágios:
a) A empresa unicamente como um negócio, instrumento de
interesses para o investidor.
b) A empresa como organização social que aglutina os
interesses de vários grupos de stakeholders e mantém com
eles relações de interdependência.
c) A empresa-cidadã que opera sob uma concepção
estratégica e um compromisso ético, resultando na
satisfação das expectativas e respeito dos parceiros.
62
Cidadania empresarial
• Ganhos para a empresa cidadã:
• Valor agregado a sua imagem.
•
•
•
Desenvolvimento de lideranças mais conscientes e
socialmente responsáveis.
Melhoria do clima organizacional e da satisfação e
motivação decorrentes de aumento de autoestima.
Reconhecimento e orgulho pela participação em projetos
sociais, dentre outras vantagens.
63
Governança corporativa e ética
• O conceito de governança refere-se às relações de poder no
interior de uma organização, “o modo como diferentes agentes
resolvem conflitos relativos à direção da empresa. Pode-se dizer,
grosso modo, que se trata da forma de exercer o poder”.
• O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) define
o termo Governança Corporativa como:
É o sistema pelo qual as organizações são dirigidas,
monitoradas e incentivadas, envolvendo as práticas e os
relacionamentos
entre
proprietários,
conselho
de
administração, diretoria e órgãos de controle. As boas práticas
de Governança Corporativa convertem princípios em
recomendações objetivas, alinhando interesses com a
finalidade de preservar e otimizar o valor da organização,
facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua
64
longevidade.
Governança Corporativa e Ética
A crescente demanda por parte da sociedade de boas
práticas empresariais, tem levado muitos investidores a
dar preferência para as empresas que se mostram
responsáveis em termos econômicos, sociais e
ambientais, pois, em tese, seriam as que irão acumular
menos passos ao longo do tempo e que poderão ser
exigidos algum dia (BARBIERI; CAJAZERIA, 2012).
• Assim, o mercado espera práticas de governança nesses três
níveis (econômicos, sociais e ambientais), não só por uma
questão de boa cidadania empresarial, mas, em última instância,
por questões econômicas. Os investidores avaliam que uma
empresa assim se perpetuará no mercado por muito mais tempo.
65
Governança corporativa
Vídeo
• A importância da governança corporativa.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=3K-KWaUjBMk>.
66
Sustentabilidade Corporativa
• Para Philippi (2001):
Sustentabilidade é a capacidade de se autosustentar, de se auto-manter. Uma atividade
sustentável qualquer é aquela que pode ser
mantida por um longo período indeterminado de
tempo, ou seja, para sempre, de forma a não se
esgotar nunca, apesar dos imprevistos que podem
vir a ocorrer durante este período. Pode-se ampliar
o conceito de sustentabilidade, em se tratando de
uma sociedade sustentável, que não coloca em
risco os recursos naturais como o ar, a água, o
solo e a vida vegetal e animal dos quais a vida (da
sociedade) depende.
67
Sustentabilidade corporativa
• A definição apresentada vem ao encontro do desejo
dos administradores de perenizar as atividades de sua
empresa no tempo, por um período indeterminado,
porém, presumidamente longo.
• Conceito de sustentabilidade corporativa.
Na prática significa a criação de produtos e serviços
que contribuam efetivamente para a melhoria da
performance socioambiental dos seus públicos
internos e externos, finalmente percebidos como
relevantes para os seus resultados operacionais.
68
Sustentabilidade corporativa
69
Sustentabilidade corporativa
• Atingir a sustentabilidade corporativa não é fruto da
aplicação de uma única técnica ou forma de gestão: na
verdade, é um conjunto de políticas e estratégias,
aliadas a métodos e ferramentas que podem trazer o
resultado desejado.
• Técnicas: RSE (Responsabilidade Social Empresarial),
Governança Corporativa, Sistemas de Gestão
Certificáveis, relatórios com base no GRI. Além dessas,
a Produção Mais Limpa (P+L), a Análise do Ciclo de
Vida (ACV), a Emissão Zero.
70
Sustentabilidade corporativa
• As organizações modernas e realmente classificadas
como sustentáveis e, portanto, conscientes de sua
responsabilidade, têm uma visão sistêmica, ou seja, em
todas as frentes e retaguarda que afetam e são
afetadas pelo seu meio, existem controles,
acompanhamento e gerenciamento de suas atividades.
71
SUSTENTABILIDADE E
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Prof.ª Me. Renata Cristina de Souza
[email protected]
72
Download

sustentabilidade e responsabilidade social