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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA
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OS REFLEXOS DA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO POLICIAL
GLEICIMAR ALVES DOS SANTOS
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EG
ID
MILITAR NO SERVIÇO PRESTADO À SOCIEDADE
Prof.Orientador: Mario Luiz Trindade Rocha
VITÓRIA
2014
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA
OS REFLEXOS DA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO POLICIAL
MILITAR NO SERVIÇO PRESTADO À SOCIEDADE
GLEICIMAR ALVES DOS SANTOS
Monografia apresentada ao Instituto A
Vez do Mestre como requisito parcial
para a obtenção do título de
Especialista em Gestão Pública
Prof. Orientador: Mario Luiz Trindade
Rocha
VITÓRIA
2014
RESUMO
O tema qualidade de vida no trabalho (QVT) tem sido assunto recorrente nas
empresas e organizações nos últimos anos. A importância desse tema
contribuiu para a realização da presente monografia. O trabalho constitui-se
como uma pesquisa empírica que teve como objetivo principal discutir sobre os
reflexos da melhoria da qualidade de vida do policial militar no serviço prestado
à sociedade. A amostra da pesquisa foi estabelecida a partir de um total de 235
policiais militares (praças) lotados no Quartel do Comando Geral da PMES
(QCG).Para a coleta de dados utilizou-se um questionário com dez perguntas.
Por fim, os resultados apontaram que a maioria dos policiais militares
participantes da pesquisa não se sentem valorizados pela instituição, sofrem
com as consequências do estresse e da falta de condição física durante a
realização do serviço, não possuem conhecimento de ações da PMES voltadas
para a melhoria da qualidade de vida no trabalho, entre outros. Dessa maneira,
concluímos que a falta de qualidade de vida no trabalho tem reflexos negativos
quanto à prestação de um serviço de qualidade. Portanto, a promoção da
qualidade de vida do policial militar no ambiente de trabalho só trará benefícios
e mudanças positivas na realização de seu serviço, satisfazendo tanto aos
interesses da instituição em ofertar um trabalho de qualidade quanto aos
interesses da sociedade, que almeja um serviço de segurança pública eficiente
e eficaz.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica e a
pesquisa de campo, com a aplicação de questionário.
A amostra da pesquisa foi estabelecida a partir de um total de 235 policiais
militares (praças) lotados no Quartel do Comando Geral da PMES (QCG). Foi
aplicado um questionário (ANEXO I) a 27 militares que aceitaram participar da
pesquisa.
Infelizmente o número de voluntários para a pesquisa foi menor do que
esperávamos. Há sempre uma dificuldade em conseguir a participação das
pessoas nesse tipo de pesquisa, seja por receio de falarem o que pensam e
depois serem reprimidos, mesmo que a identificação dos participantes não seja
revelada ou por não acreditarem que sua participação tenha importância.
Dessa forma, utilizamos a pesquisa qualitativa. Segundo Goldenberg (2003)
nas pesquisas qualitativas a preocupação do pesquisador não é com a
quantidade numérica do grupo pesquisado, mas é compreender profundamente
um grupo social, uma organização, uma instituição.
Esse tipo de pesquisa de acordo com Martinelli (1999) vai além da simples
descrição de um objeto, mas busca também conhecer trajetórias de vida,
experiências sociais dos sujeitos, o que requer do pesquisador disponibilidade
e interesse em vivenciar a experiência da pesquisa. Deve-se considerar nesse
sentido que a pesquisa qualitativa é geralmente participante, também fazemos
parte da pesquisa.
Utilizou-se também a pesquisa exploratória uma vez que esse tipo de pesquisa
tem como objetivo “proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses.” (GIL, 2007, p.41)
Segundo Gil (2007) também se pode afirmar que estas pesquisas têm como
principal finalidade o aperfeiçoamento de ideias ou a revelação de intuições.
Dessa forma, seu planejamento é muito flexível, podendo ser considerados os
mais diferentes pontos de vista referentes ao fato estudado.
Os participantes da pesquisa foram identificados através de números para que
o anonimato fosse preservado. Foi realizado o questionário e posteriormente a
análise por meio do método de análise de conteúdo.
A análise de conteúdo refere-se à demonstração da estrutura e dos elementos
do conteúdo como uma maneira de esclarecer suas variadas características,
alcançando assim sua significação. Dessa forma, pode ser aplicada a inúmeros
objetos de investigação, como valores, mentalidades, atitudes, tornando-a
eficaz na elucidação de fenômenos sociais particulares. (LAVILLE; DIONNE,
1999)
Segundo Laville e Dionne (1999) esse método prevê a escolha das categorias,
o recorte dos conteúdos coletados e a categorização do material reunido.
Posteriormente são reconstruídos o sentido dos discursos estudados.
O emprego da análise de conteúdo permitiu determinar as seguintes
categorias:
•
Nível de satisfação no trabalho
•
Prática de atividade física
•
Valorização na PMES
•
Fatores que influenciam a atuação profissional
•
Conhecimento de ações da PMES que objetivam a melhoria da
qualidade de vida
•
Melhorias na PMES para a promoção da qualidade de vida no trabalho
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
06
CAPÍTULO I - QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
08
CAPÍTULO II - QUALIDADE DE VIDA DO POLICIAL MILITAR DO ESPÍRITO
SANTO
13
CAPÍTULO III - REFLEXOS DA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO
POLICIAL MILITAR NO SERVIÇO PRESTADO À SOCIEDADE
18
CAPÍTULO IV - RESULTADOS
23
CONCLUSÃO
34
BIBLIOGRAFIA
38
WEBGRAFIA
40
ANEXOS
42
6
INTRODUÇÃO
O tema escolhido para essa pesquisa, Os Reflexos da Melhoria da Qualidade
de Vida do Policial Militar no Serviço Prestado à Sociedade, foi definido a partir
de observações feitas durante o serviço prestado à Polícia Militar do Espírito
Santo (PMES) concernente à maneira como o assunto é tratado dentro da
Instituição e por entendermos que o tema é de grande importância para
aqueles que operam diretamente na área de Segurança Pública.
Entendemos que a melhoria da qualidade de vida do policial militar constitui-se
como fator fundamental para a prestação de um serviço de qualidade à
sociedade, pois contribui de forma significativa para o bom desempenho de sua
função. Proporcionar ao policial militar condições físicas e psíquicas adequadas
é imprescindível para a realização de seu trabalho, uma vez que a sociedade
espera desse profissional uma atuação eficiente e eficaz.
O Governo Federal, por intermédio da Instrução Normativa nº 1, de 26 de
fevereiro de 2010, do Ministério da Justiça, instituiu o projeto qualidade de vida
dos profissionais de segurança pública e agentes penitenciários, visando à
implementação de políticas de qualidade de vida, bem-estar, saúde,
desenvolvimento pessoal, exercício da cidadania e valorização desses
profissionais.
Assim, o que se poderia esperar após a referida instrução normativa seria a
melhoria da qualidade de vida desses profissionais. Infelizmente, não temos
visto essa mudança acontecer como deveria.
Os novos modelos de gestão têm mostrado a importância dos projetos de
qualidade de vida no trabalho. Proporcionar ao trabalhador qualidade de vida é
7
garantir os meios necessários para que ele desempenhe sua função da melhor
maneira possível.
Por isso, esses profissionais devem ser valorizados dentro e fora de suas
instituições, pois desempenham um papel fundamental dentro da sociedade,
dedicando-se à profissão mesmo com o risco da própria vida.
A pesquisa está dividida em quatro capítulos. O capítulo inicial aborda a
questão da qualidade de vida no trabalho, o segundo capítulo aborda a
qualidade de vida dos policiais militares do Espírito Santo, o terceiro capítulo
fala sobre os reflexos da melhoria da qualidade de vida do policial militar no
serviço prestado à sociedade e o último capítulo apresenta os resultados da
pesquisa.
8
CAPÍTULO I
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
A procura pela definição do conceito de Qualidade de Vida é tão antiga quanto
a civilização, uma vez que os filósofos, já na Antiguidade, procuravam um
conceito para vida com qualidade, a qual estava relacionada aos sentimentos
ligados à felicidade e à realização, segundo a visão aristotélica. (FERREIRA,
2014)
Segundo Chiavenato (2009) recentemente a preocupação da sociedade com a
qualidade de vida das pessoas dirigiu-se para o cenário de trabalho, como
componente de uma sociedade intricada e de um ambiente diverso. Ou seja, a
Qualidade de vida no trabalho (QVT) constitui-se como uma das mudanças que
ocorrem nas relações de trabalho, inseridas em uma sociedade marcada por
constantes transformações. (LIMONGI-FRANÇA, 2003)
“Muitos são os fatores desencadeadores de ações de QVT. As demandas de
qualidade de vida não são aleatórias. Elas pressupõem necessidades a serem
atendidas no sentido da preservação pessoal e da sobrevivência da espécie.”
(LIMONGI-FRANÇA, 2003, p.21)
Embora a definição de qualidade de vida no trabalho não seja consensual,
podemos dizer que o conceito global, além de atos legislativos de proteção ao
trabalhador, abrange o atendimento de necessidades e pretensões humanas,
calcado na concepção de humanização do trabalho e responsabilidade social
da empresa. (WALTON, 1973, apud FERNADES E GUTIERREZ, 1988)
9
Para Chiavenato (2009, p.59) a qualidade de vida no trabalho demonstra “o
grau em que os membros da organização são capazes de satisfazer suas
necessidades pessoais por meio de suas experiências na organização.”
Fernandes (1996) destaca que um programa de qualidade de vida no trabalho,
quando apropriadamente indicado, tem como meta:
“gerar uma organização mais humanizada, na qual o trabalho
envolve, simultaneamente, relativo grau de responsabilidade e
de autonomia a nível do cargo, recebimento de recursos de
‘feedback’ sobre o desempenho, com tarefas adequadas,
variedade, enriquecimento do trabalho e com ênfase no
desenvolvimento pessoal do indivíduo.” (WALTON, apud
FERNANDES, 1996, p.37)
O quadro abaixo apresenta os oito fatores com suas respectivas dimensões,
que para Walton (apud CHIAVENATO, 2010), afetam a qualidade de vida no
trabalho.
Fatores de QVT
1.
Dimensões
Compensação justa e adequada
•
Renda (salário) adequada ao trabalho
•
Equidade interna (compatibilidade interna)
•
Equidade
externa
(compatibilidade
externa)
2.
Condições de segurança e saúde no
trabalho
3.
•
Jornada de trabalho
•
Ambiente físico (seguro e saudável)
•
Autonomia
•
Significado da tarefa
•
Identidade da tarefa
•
Variedade de habilidades
•
Retroação e retroinformação
Oportunidades de crescimento contínuo e
•
Possibilidade de carreira
segurança
•
Crescimento profissional
Utilização
e
desenvolvimento
de
capacidades
4.
10
5.
6.
7.
Integração social na organização
Garantias constitucionais
Trabalho e espaço total de vida
•
Segurança do emprego
•
Igualdade de oportunidades
•
Relacionamentos interpessoais e grupais
•
Senso comunitário
•
Respeito às leis e direitos trabalhistas
•
Privacidade pessoal
•
Liberdade de expressão
•
Normas e rotinas claras da organização
•
Papel balanceado do trabalho na vida
pessoal
8.
Relevância social da vida no trabalho
•
Imagem da empresa
•
Responsabilidade
social
pelos
social
pelos
produtos/serviços
•
Responsabilidade
empregados
Fonte: adaptado de CHIAVENATO (2010, p.491).
Limongi-França (2003, p.33) ressalta que mesmo que se conhecendo a
“diversidade das preferências e as diferenças individuais relativas a cultura,
classe social, educação, formação e personalidade, tais fatores são
intervenientes, de modo geral, na Qualidade de Vida no Trabalho.”
“Na última década do século XX, com os temas de responsabilidade social,
envelhecimento da população e desenvolvimento sustentável, descortinam-se
novos paradigmas para as questões de QVT.” (LIMONGI-FRANÇA, 2003, p.21)
Segundo a autora, constituem-se como alguns desencadeadores de qualidade
de vida no trabalho peculiares em nossa sociedade pós industrial:
“a) vínculos e estrutura da vida pessoal: família, atividades de
lazer e esporte, hábitos de vida, cuidados com a saúde,
alimentação, combate à vida sedentária, grupos de afinidades
e apoio; b) fatores socioeconômicos: globalização, tecnologia,
informação, desemprego, políticas de governo, organizações
de classe, privatização de serviços públicos, expansão do
11
mercado de seguro-saúde, padrões de consumo mais
sofisticados; c) metas empresariais: competitividade, qualidade
do produto, velocidade, custos, imagem corporativa; d)
pressões organizacionais: novas estruturas de poder,
informação, agilidade, co-responsabilidade, remuneração
variável, transitoriedade no emprego, investimento em projetos
sociais.” (LIMONGI-FRANÇA, 2003, p.21)
Segundo Chiavenato (2010) a QVT compreende duas posições antagônicas:
de um lado, colaboradores reivindicam o bem-estar e a satisfação no trabalho
e, de outro, organizações interessadas em seus efeitos potenciadores sobre a
produtividade e a qualidade.
A qualidade de vida no trabalho, de acordo com Chiavenato (2009, p. 59),
atinge “atitudes pessoais e comportamentos importantes para a produtividade
individual, tais como: motivação para o trabalho, adaptabilidade a mudanças no
ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudanças.”
Falar em qualidade de vida no trabalho nos dias de hoje é de grande
importância. O mercado de trabalho exige cada vez mais do profissional um
desempenho eficiente e eficaz que contribua para o alcance dos objetivos da
empresa ou instituição em que trabalha. Para isso, esse profissional além de
estar capacitado, deve também ter um ambiente de trabalho e condições que
proporcionem a ele alcançar esses objetivos.
“O entendimento de que o empregado deve ser visto como ser
humano, com necessidades econômicas, e também de ordem
social e psicológica, tem demonstrado antes de tudo, uma
inteligente atitude empresarial. Isto porque, como decorrência
do contexto sócio-político atual, as empresas precisam
conviver com uma classe trabalhadora em evolução, que
apresenta novas características, incluindo nível de informação
mais elevado, maior consciência social de sua importância,
desejos de participações nas decisões que a afetam [...]”
(FERNANDES E GUTIERREZ, 1988, p.30)
12
A QVT não é definida apenas pelas características individuais (necessidades,
expectativas)
recompensas),
características
ou
situacionais
mas
(estrutura
principalmente
individuais
e
organizacional,
pela
organizacionais,
prática
pois
sistemas
sistêmica
a
de
dessas
relevância
das
necessidades humanas muda de acordo com a cultura de cada pessoa e de
cada organização. (CHIAVENATO, 2009)
Para Silva (2010, p.85) a exigência feita aos gestores, atualmente, é que
“saibam identificar seus colaboradores, colocá-los nos lugares certos, desafiálos, compreender seus talentos e, principamente, integrá-los aos processos da
empresa.”
“Muitas vezes, a Gestão da Qualidade de Vida nas empresas
tem sofrido perda de credibilidade por causa de aparente
superficialidade e por ser usada por aqueles que nela veem só
mais uma forma de adiar soluções e mudanças efetivas nas
condições de trabalho. Embora ainda haja enorme lacuna entre
o discurso e a ação, as preocupações com a Gestão da
Qualidade de Vida no Trabalho vem ganhando grande
expressão e forma em âmbito mundial e, também, no ambiente
organizacional brasileiro.” (LIMONGI-FRANÇA, 2003, p.41)
Fischer (2009) afirma que atualmente o desafio é revisar os valores de gestão,
considerando que as prioridades organizacionais e prioridades pessoais são
complementares entre si, produzindo um ambiente de comprometimento onde
o funcionário compreenda e compartilhe dos objetivos da organização.
13
CAPÍTULO II
QUALIDADE DE VIDA DO POLICIAL MILITAR DO
ESPÍRITO SANTO
A Polícia Militar do Espírito Santo, em seus 178 anos, passou por diversas
transformações. A forma de tratamento dada ao policial militar no início até os
dias atuais já não é a mesma e nem poderia ser.
A importância do bem estar do policial militar deve ser observada e promovida
desde o seu ingresso na corporação. É preciso valorizar cada policial militar,
pois o papel que desempenha na sociedade é de grande importância. Para
isso, ele deve ser tratado com dignidade e respeito. Seus momentos de lazer
devem ser preservados, sua escala de serviço deve ser adequada, seus
instrumentos de serviço devem estar em perfeitas condições de uso, seu
salário deve ser compatível com a função de risco que exerce.
É necessário que ele participe, conheça, opine. A integração dos policiais
(praças) e dos gestores (oficiais) deve ser uma característica presente na
instituição. Para se alcançar resultados satisfatórios durante o serviço de
policiamento, aquele que executa deve ter bem claro quais são os objetivos, as
estratégias, para assim poder realizar da melhor maneira possível o que lhe foi
determinado. Por isso, precisamos investir no policial de forma que ele faça
parte não somente da execução da tarefa que lhe foi dada, mas também de
sua elaboração.
Sabemos que é comum nas organizações militares a imposição do poder e
controle sobre os policiais, uma vez que segundo Fraga (2005) há a
centralização do planejamento (representado, no caso, pelo oficial) exercendo
o controle, a organização e a repartição do trabalho que finalmente é
14
executado pelo praça (principalmente pelo soldado, localizado na base da
pirâmide), em outras palavras, existe claramente a intenção de separar os que
pensam dos que executam.
De acordo com Chiavenato (2010), as pessoas devem ser vistas como
parceiras das organizações, pois como tais, produzem conhecimentos,
habilidades, competências e, principalmente, a mais importante contribuição: a
inteligência que propicia decisões racionais, conferindo significado e rumo aos
propósitos globais. Neste sentido, as pessoas se tornam parte integrante do
capital intelectual da organização, sendo consideradas parceiras do negócio e
produtoras de competência ao invés de simples empregados contratados.
“A empresa moderna deve, cada vez mais, valorizar seus
funcionários, possibilitar autonomia de decisões, descentralizar,
considerar os valores pessoais dos indivíduos para atingir uma
performance que permita excelentes resultados. A performance
não está ligada somente ao mercado, ao produto, à
organização ou à competência individual. O que representa o
grande fator de sucesso é o comportamento das pessoas.”
(SILVA E DE MARCHI, 1997, p.11)
Segundo Prestes Rosa (apud SILVA e DE MARCHI, 1997) aqueles que
gerenciam as empresas devem decidir se querem que seus funcionários se
comportem como soldados ou como guerreiros.
“Os soldados são relativamente mais fáceis de contratar e
adestrar. Por falta de uma razão maior que os motive, são
movidos apenas por ordens e precisam de chefes que pensem
por si e os orientem. Da mesma forma, os chefes também se
submetem às limitações de suas funções: tornam-se
complementares a seus soldados e se subtraem na redução
das forças de suas equipes. Já os guerreiros, ao contrário, são
pessoas movidas por ideais, que não precisam de ordens para
entrar nas batalhas do dia a dia, movidas pela
autodeterminação, orgulho em servir, desejo de se superar.”
(PRESTES ROSA, apud SILVA e DE MARCHI, 1997, p. 33)
15
Além de ser valorizado, o policial militar deve ter sua saúde física e mental em
perfeitas condições. Segundo Rosetti (2011) as ações de saúde realizadas pela
PMES concentram-se prioritariamente no campo assistencial, isto é, os
recursos de saúde estão voltados para aqueles que adoecem ou sofrem
ferimentos por acidentes. Infelizmente, pouca ou nenhuma atenção é dada ao
campo da medicina preventiva ou ocupacional, aquela que destina suas
energias a evitar que o homem adoeça, bem como o de diminuir os efeitos e a
ocorrência dos acidentes.
Somente o Centro de Perícias e Promoção da Saúde (CPPS), órgão ligado à
Diretoria de Saúde (DS) da PMES, destina-se à execução de ações e
proposição de medidas associadas à medicina pericial e preventiva. Mesmo
possuindo relativa autonomia para emitir seus pareceres médicos-periciais e
realizar exames de seleção em candidatos ao ingresso na corporação, o órgão
ainda desempenha timidamente programas de prevenção. (ROSETTI, 2011)
Observamos, dessa maneira, que a PMES deixa a desejar no que tange a
ações de prevenção à saúde do policial militar. E essa falha certamente
influenciará no quantitativo de policiais afastados do serviço, seja por motivo de
doença ou por motivo de acidente.
A Divisão de Promoção Social da Polícia Militar do Espírito Santo (DPS) é o
setor responsável pela garantia da promoção das atividades de assistência
educacional, habitacional, cultural, psicológica, familiar, lazer e esportes dos
integrantes da corporação.
É de competência da DPS desenvolver as atividades de solicitação de
transferência de Organização Policial Militar (OPM), atendimento de servidores
com problemas de saúde física ou mental, atendimento de servidores que
sofreram acidente em serviço, visita domiciliar ou hospitalar, atendimentos
relacionados à dependência química, ocorrências traumáticas, atendimento
16
psicossocial para os envolvidos em conflito conjugal/familiar, orientação sobre
reorganização financeira, orientação aos familiares acerca de direitos e
benefícios quando o militar/familiar falece e atendimento aos reeducandos do
presídio do Quartel do Comando Geral (QCG) e aos seus familiares.
Infelizmente alguns projetos estão inativos, como o programa de reflexão para
a reserva (preparação do policial militar para a passagem do serviço ativo para
a reserva), o projeto de valorização da vida do policial militar (realização de
palestras preventivas nas unidades e subunidades com temas sobre
motivação, autoestima, relacionamento interpessoal, depressão, dependência
química, entre outros), os núcleos de promoção social (implantação de núcleos
nas OPM, com o objetivo de proporcionar êxito no desenvolvimento dos
projetos da DPS e melhorar a integração com os segmentos da corporação) e
as
comemorações
de
eventos
(confraternizações
em
datas
festivas
relacionadas à vida do servidor militar).
Silva e De Marchi (1997) apontam algumas razões que justificam a implantação
de um programa de qualidade de vida e promoção da saúde no local de
trabalho, afirmando ainda que a implantação desse tipo de programa atende,
ao mesmo tempo, aos interesses do empregado bem como do empregador.
“Para o trabalhador, as razões são óbvias: uma vida melhor e
provavelmente mais longa, com melhor saúde física e,
principalmente, mais feliz. Este estado de maior felicidade
advém não apenas do fato de o indivíduo sentir-se mais bem
disposto e com maior vigor físico, mas, sobretudo e
principalmente, da sensação de bem-estar interior decorrente
da melhoria das relações pessoais que mantém no trabalho,
além do fato de passar a vivenciar o trabalho não como tortura
e fonte de dissabores, mas como algo prazeroso e desejável.”
(SILVA, DE MARCHI, 1997, p.31)
Já para o empregador, os benefícios percebidos são empregados mais
criativos, capazes de superar obstáculos, que ao se sentirem importantes e
valorizados, passam a “vestir a camisa” da empresa. Além disso, benefícios de
17
cunho financeiro também são alcançados, como a economia que se faz ao
diminuir os gastos com medicamentos e assistência médica. (SILVA, DE
MARCHI, 1997)
Segundo Cavassani, A., Cavassani, E., e Biazin (2006) programas de bem
estar social voltados para os funcionários podem ser implantados, tendo como
base os modelos de qualidade de vida no trabalho. Algumas organizações
criam adaptações aos modelos existentes de QVT ou até mesmo desenvolvem
seus próprios modelos de acordo com sua realidade.
De acordo com os autores, através da observação de modelos já existentes,
pode-se ter ideia da área de abrangência que os programas de bem estar
deverão alcançar. Divergências com equidade salarial, formação educacional e
profissional, são exemplos de esferas que deverão ser analisadas. Chiavenato
(2010) afirma que programas deste alcance servem para baratear custo com
saúde, assumindo assim um caráter preventivo.
Os desafios enfrentados pelos programas de bem estar dos funcionários ainda
são muitos. A cultura e a mentalidade da organização possuem um papel
essencial na implementação de programas de qualidade, podendo ser
favoráveis ou grandes obstáculos à implementação. A importância de
programas com essa finalidade e sua eficácia, está condicionada à forma que a
política de QVT está sendo conduzida junto aos funcionários. (CAVASSANI, A.,
CAVASSANI, E., BIAZIN, 2006)
Dessa maneira, é preciso criar uma cultura institucional na PMES que prime
pelo bem estar do policial militar e que promova qualidade de vida no ambiente
de trabalho.
18
CAPÍTULO III
REFLEXOS DA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA
DO POLICIAL MILITAR NO SERVIÇO PRESTADO À
SOCIEDADE
O policial militar só poderá oferecer à sociedade um trabalho de qualidade se
estiver com a saúde física e psicológica em condições adequadas. Isso é o que
a população espera e cobra a todo o momento das autoridades. Todos querem
ter garantidos os seus direitos e o direito à Segurança Pública é um deles.
Porém, a maioria dos cidadãos não está preocupada com a qualidade de vida
do policial militar, como é sua escala de trabalho, como são as condições dos
locais de serviço, se os seus equipamentos de trabalho são adequados,
quantas horas ele fica sem se alimentar, sem dormir, sem conviver com sua
família e amigos. Não existe a preocupação em relação à sua vida particular,
se ele fica doente, estressado, se algum familiar falece, se ele enfrenta
problemas financeiros.
O que interessa para a sociedade é que o policial militar cumpra a sua função.
Que exerça o papel constitucional de ser polícia ostensiva e de preservar a
ordem pública. E, por diversas vezes, o policial faz muito mais que isso, pois
para atender aos anseios da sociedade e tentar de alguma maneira solucionar
os problemas que surgem durante o dia a dia de serviço, faz também o papel
de psicólogo, conselheiro, apaziguador.
Um bom lugar para se trabalhar, segundo Levering (1986, apud CAVASSANI,
A., CAVASSANI, E., BIAZIN, 2006), permite às pessoas terem, além do
trabalho, outros compromissos, como a família, os amigos, entre outras
atividades. A QVT é considerada muito mais que uma simples política de
19
redução de custos, sua importância vai além, pois propicia o bom convívio do
funcionário com a organização em que trabalha. Ter um bom ambiente de
trabalho e vantagens que atendam seus desejos pode assegurar um clima de
confiança entre empresa e empregado.
Fernandes (1996, p.37) ressalta que a aplicação da QVT “conduz, sem dúvida,
a melhores desempenhos, ao mesmo tempo que evita maiores desperdícios,
reduzindo os custos operacionais.”
O policial militar que não tem condições físicas e psíquicas adequadas, não
pode oferecer à sociedade um trabalho de qualidade. Danna e Griffing (1999,
apud RODRIGUEZ-AÑEZ, 2003), destacam a importância do bem estar e da
saúde no local de trabalho devido aos seguintes fatos: 1) as experiências que
as pessoas têm no trabalho sejam elas físicas, emocionais ou de natureza
social influenciam-nas tanto no local de trabalho quanto fora dele. Trabalho e
vida pessoal não são coisas que se separam, mas domínios que se interrelacionam e se entrelaçam com efeitos recíprocos um no outro; 2) o
progressivo conhecimento dos elementos que compõem riscos no local de
trabalho como as características do local de trabalho e a associação do
trabalho com a ergonomia básica; 3) trabalhadores que não estão com a saúde
em dia podem ser menos produtivos, apresentam menor capacidade de
decisão, estão mais predispostos ao absenteísmo e oferecem frequentemente
menor contribuição para a empresa.
“O absenteísmo na atividade policial militar está relacionado
aos diversos problemas que advêm do ambiente de trabalho,
especialmente no que se refere à tensão, o perigo do exercício
da profissão, o desgaste físico do serviço noturno, o contato
constante com o público em situações de tensão, tudo isso,
alicerçados num regime de disciplina e vigilância constantes,
elementos que no decorrer do tempo fragilizam a saúde do
militar.” (STEIN, REIS, 2012, p.44-45)
20
Selye (apud SANTANA, SABINO, 2012, p.05) sustenta que o trabalho de
polícia “é uma das ocupações mais estressantes quando comparado a outras
atividades, sendo que os policiais apresentam diversas doenças relacionadas
ao estresse da prática profissional.”
“Aguns estudos apontam o estresse e outros problemas emocionais ligado ao
policial militar como sendo um dos responsáveis pelo alto índice de suicídio,
divórcio e alcoolismo no meio policial.” (SILVA et. al, apud SANTANA, SABINO,
2012, p.05)
“A polícia militar, pela natureza do trabalho, expõe o
profissional a constantes desgastes físico, mental e emocional
em sua prática profissional diária. A atuação em ambiente
desumano, complexo e hostil estão entre os fatores que
contribuem para este fenômeno.” (PORTELLA, et.al, apud
SANTANA, SABINO, 2012, p.04)
Vemos assim que os policiais militares, durante a realização de seu trabalho,
passam por situações que muitas vezes contribuem para o surgimento de
doenças que atingem tanto o corpo quanto a mente. Destarte, importante é
que se faça a prevenção de tais doenças, promovendo e garantindo qualidade
de vida a esses militares para que sua atuação profissional não seja
prejudicada.
Segundo Silva e De Marchi (1997, p.07) “uma política voltada para a qualidade
de vida está baseada na premissa de que, para onde for a mente, o corpo irá
atrás. Ela reconhece o papel que a saúde representa na vida das pessoas.”
Para a Organização Mundial da Saúde (1946), o conceito de saúde não se
restringe apenas à ausência de doença, mas um estado de completo bem estar
físico, mental e social.
21
Compartilhando desse mesmo conceito, acreditamos que pessoas saudáveis
são mais produtivas, dispostas, felizes, satisfeitas, entre outras características
que só trazem benefícios à organização em que trabalha. Podemos dizer que,
no caso do policial militar, os benefícios dessa qualidade de vida não estarão
restritos apenas à organização na qual está inserido, mas se estenderão a toda
sociedade, usuária do serviço público.
Silva e De Marchi (1997, p.11) afirmam que “o grande capital da empresa é
representado por pessoas capazes, aptas, sadias, equilibradas, criativas,
íntegras
e
motivadas.”
Os
autores
apresentam
alguns
benefícios
proporcionados pela implantação de programas de qualidade de vida e
promoção de saúde nos locais de trabalho.
Maior resistência ao estresse
Maior estabilidade emocional
Para o indivíduo
Maior motivação
Maior eficiência no trabalho
Melhor auto-imagem
Melhor relacionamento
Força de trabalho mais saudável
Menor absenteísmo/rotatividade
Menor número de acidentes
Para as empresas
Menor custo de saúde assistencial
Maior produtividade
Melhor imagem
Melhor ambiente de trabalho
22
Chiavenato (2010, p.471) destaca que “um ambiente de trabalho agradável
facilita o relacionamento interpessoal e melhora a produtividade, bem como
reduz acidentes, doenças, absenteísmo e rotatividade do pessoal.”
A garantia de um local de trabalho assim, certamente contribuirá para a
melhoria do serviço policial militar. Vimos anteriormente que os benefícios
dessa melhoria alcançam tanto o trabalhador quanto a organização para a qual
trabalha. Assim como a sociedade espera receber um serviço de qualidade, do
mesmo modo o policial militar espera receber um tratamento de qualidade,
tanto em seu local de trabalho quanto fora dele.
Podemos dizer, dessa maneira, que proporcionar aos policiais militares
qualidade de vida no trabalho é, sem dúvidas, garantir a promoção de uma
melhoria no serviço prestado à sociedade. Os reflexos dessa melhoria poderão
ser observados, pois haverá mais policiais motivados, menos ausentes no
trabalho, com menos problemas de saúde, menos estressados, com menos
problemas emocionais, mais eficientes, mais satisfeitos com seu trabalho, entre
muitos
outros
benefícios
que
só
desempenhado seja cada vez melhor.
contribuirão
para
que
o
trabalho
23
CAPÍTULO IV
RESULTADOS
Participaram da pesquisa vinte homens e sete mulheres. Pouco mais da
metade dos participantes possui o ensino superior completo, cerca de 51%. O
grau de escolaridade dos participantes da pesquisa revela níveis de formação
educacional determinantes de uma boa qualificação profissional uma vez que
mais da metade já cursou o ensino superior e cerca de 22% está cursando.
Acredita-se que o fato de ter um curso superior contribui de forma significativa
para a instituição policial militar, no que diz respeito à presença de pessoas
mais capacitadas e melhor preparadas intelectualmente.
A média da idade dos participantes foi de 31 anos, variando entre a mínima de
24 anos e a máxima de 49 anos. O participante com menor tempo de efetivo
serviço ingressou na PMES no ano de 2009 e o participante com maior tempo
de efetivo serviço ingressou em 1987.
A seguir apresentaremos as categorias de análise, que estão divididas da
seguinte forma:
•
Nível de satisfação no trabalho
•
Prática de atividade física
•
Valorização na PMES
•
Fatores que influenciam a atuação profissional
•
Conhecimento de ações da PMES que objetivam a melhoria da
qualidade de vida
•
Melhorias na PMES para a promoção da qualidade de vida no trabalho
24
NÍV DE SATISFAÇÃO NO TRABALHO
NÍVEL
11% 4%
NENHUM
22%
POUCO
MÉDIO
ELEVADO
63%
ma
dos participantes da pesquisa,
sa, ap
aproximadamente
Observamos que a maioria
63%, considerou como médio o nível de satisfação no trabalho.
alho. Segundo Kim e
Mauborgne (1997,, apud REGO; SOUTO, 2004, p.157) as pesso
pessoas, ao sentirem
que são distributivamen
vamente justiçadas, vivenciam sensações
es de satisfação, que
as impulsiona a cumpri
umprir o que delas se espera. Contudo,quand
quando o sentimento
de justiça procedimenta
imental/interacional é elevado, vivenciam ligações
liga
de afeto e
confiança para com a organização e seus gestores,, sent
sentindo-se, dessa
maneira, reconhecidas
cidas por seu valor pessoal, emocional e intele
intelectual.
““O trabalho não é uma entidade, mas uma
ma int
interação complexa
de tarefas, papéis, responsabilidades,
ades, incentivos e
rec
recompensas,
em determinado contexto sócio-técnico.
sóci
E, por
iss o entendimento da satisfação no trabalho
isso,
abalho requer que essa
ati
atividade
seja analisada em termos de seus elementos
co
constituintes,
em que satisfação geral no traba
trabalho é o resultado
da satisfação com os diversos elemento
mentos do trabalho.”
(LO
(LOCKE,
apud MARTINEZ; PARAGUAY;
AY; LATORRE,
L
2004,
p.
p.60).
25
Peterson e Dunnagan (1998, apud MARTINEZ; PARAGUAY; LATORRE, 2004)
destacam que as modificações na organização do trabalho e a melhora do
ambiente psicossocial ampliam os impactos sobre a satisfação no trabalho,
bem como os indicadores de saúde dos trabalhadores.
Segundo Martinez, Paraguay e Latorre (2004), a pretexto de reflexão acerca de
ações que produzam satisfação no trabalho e saúde dos trabalhadores,
indicam-se diretrizes e modificações na elaboração e organização direcionadas
para dimensões psicossociais no trabalho. Estas diretrizes contêm, entre outras
coisas:
“(a) prévia conceituação, discussão e consolidação coletivas,
em cada organização, sobre as prioridades e conteúdo das
mudanças; (b) reformulação nas formas de reconhecimento e
valorização dos trabalhadores e de suas funções; (c)
mudanças que aumentem a autonomia e controle exercidos
pelos trabalhadores sobre seu trabalho, sem geração de
sobrecarga; (d) enriquecimento do trabalho, e não apenas das
tarefas, mediante capacitação profissional, planejada e
reconhecida pelos trabalhadores; (e) possibilidades de
desenvolvimento na carreira e de estabilidade no emprego; (f)
implemento dos níveis de suporte social; (g) melhorias
coletivas no fluxo, suportes e qualidade das informações
operacionais e organizacionais e (h) melhorias nas condições
do ambiente físico de trabalho.” (MARTINEZ; PARAGUAY;
LATORRE, 2004, p.60-61)
26
PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSIC
FÍSICA
44%
56%
SIM
NÃO
Podemos observar
ar qu
que pouco mais da metade dos partic
participantes pratica
atividade física. Apenas
penas 01 (um) dos participantes realiza sua a
atividade durante
o horário de serviço.
Cox e Miles (1994,, apud
apu RODRIGUEZ-AÑEZ, 2003, p.17) sugerem
sug
o local de
trabalho como um “amb
ambiente ideal para se promover programa
gramas de promoção
de atividade física,, pois pode-se atingir muitas pessoas ao
o mes
mesmo tempo com
custos relativamente
nte ba
baixos e estimular a participação em grupo
grupos.”
O projeto qualidade
de de vida dos profissionais de segurança
ça pú
pública e agentes
penitenciários, criado
iado pelo
p
Governo Federal estabelece em
m se
seu artigo 17 que
os órgãos de segurança
urança pública dos entes federados incentivar
ntivarão, entre outras
coisas, a prática de at
atividade física e ginástica laboral, aos profissionais de
segurança pública e ag
agentes penitenciários.
Para fins do que dispõe
ispõe o artigo 17, os órgãos de segurança
ça púb
pública:
““I - criarão núcleos de atividades físicas,
icas, coordenados por
pro
profissionais
de educação física; II - autorizarão os
27
profissionais considerados aptos no exame periódico à prática
de atividade física durante o expediente de trabalho, que
poderá ocorrer dentro do próprio estabelecimento ou fora
mediante comprovação de frequência e sem ônus para a
instituição; III - aplicarão anualmente um teste de aptidão física
- TAF, regulamentado pela própria instituição de acordo com
suas necessidades e especificidades; e IV - implementarão
programas de ginástica laboral e de controle e prevenção de
doenças.” (INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº1 DE 26.02.2010,
ART.17, §1º, incisos I,II,III e IV)
Baseado na realidade dos militares participantes da pesquisa, concernente à
prática de atividade física, acreditamos que a adesão a esse projeto seria um
grande passo para a promoção da saúde física dos militares da PMES.
VALORIZAÇÃO NA PMES
4%
7%
SIM
NÃO
89%
PARCIAL
Cerca de 89% dos participantes disseram que não se sentem valorizados na
PMES. Alguns fatores que contribuem para essa sensação foram citados,
como por exemplo, a falta de políticas de qualidade de vida, a falta de incentivo
ao crescimento profissional e pessoal, promoções atrasadas, quadro de
promoção considerado injusto, baixa remuneração, carga excessiva de
trabalho, regulamento disciplinar ultrapassado, entre outros.
28
Abaixo, algumas falas exemplificam os motivos pelos quais a maioria dos
participantes não se sente valorizado na PMES.
“As pessoas, principalmente os superiores, acham que o nosso serviço é feito
instantaneamente, não veem o tempo que gastamos e nos sobrecarregam de
serviço e não nos dão o devido valor.” (Participante 02)
“Sinto-me tão somente um objeto. Parece que a gestão não gosta de gastar
energia pensando no bem estar do PM.” (Participante 07)
•
FATORES QUE INFLUENCIAM A ATUAÇÃO PROFISSIONAL
ESTRESSE
NÃO
22%
SIM
78%
Ao serem questionados sobre a influencia do estresse em sua atuação
profissional, a maioria dos participantes da pesquisa respondeu que o estresse
influenciou no desempenho profissional.
29
O stress é, segundo Limongi-França (2003, p.41) uma reação do corpo à
pressão. “Ele ocorre quando o organismo responde com o corpo, com a mente
e com o coração às condições inadequadas de vida de forma contínua ou
muito intensa.”
A autora afirma que uma das consequências do stress é a síndrome de
Burnout, caracterizada pelo esgotamento emocional, julgamento negativo de si
mesmo, depressão e indiferença diante dos outros.
O stress no trabalho gera graves consequências tanto para o trabalhador como
para a organização. As consequências para o trabalhador abrangem
ansiedade, angústia, depressão, problemas físicos, como dores de cabeça,
nervosismo e acidentes. De igual forma, o estresse também atinge
negativamente a organização, ao afetar a quantidade e qualidade do trabalho,
ao aumentar o absenteísmo e a rotatividade, e na tendência a reclamações,
insatisfação e greves. (CHIAVENATO, 2010)
FALTA DE CONDIÇÃO FÍSICA
NÃO
44%
SIM
56%
30
ição ffísica também foi um fator que, para a maioria dos
A falta de condição
participantes, influencio
luenciou durante a atuação profissional. Sabemos que a
prática de atividade
e de física constitui-se como fator importante
rtante na prevenção a
doenças e na promoção
moção da qualidade de vida.
A saúde bem como
mo a qualidade de vida está sujeita a uma
um variedade de
“determinantes
compl
complexos
e
de
difícil
mensuração.
o.
C
Contudo,
esses
determinantes são
o dep
dependentes de um estilo de vida adeq
adequado, tendo a
aptidão física como
mo p
potencializador.” (CSEF, 1998; USDHH
SDHHS, 1996, apud
RODRIGUEZ-AÑEZ,
EZ, 20
2003, p.17)
profiss
de policial militar exige um nível
vel de
d aptidão física
Sabemos que a profissão
diferente, pois no deco
decorrer do serviço o policial militar tem
em que
qu caminhar ou
ficar em pé por muitas
uitas horas, tem que transpor obstáculos
los div
diversos, adentrar
em ambientes de difícil acesso, tudo isso somado ao fato
o de ter que carregar
consigo equipamentos
entos pesados. Por isso, ter uma boa condição
co
física é
imprescindível para a realização
re
de seu trabalho.
CON
CONHECIMENTO
DE AÇÕES DA PMES
ES Q
QUE
OBJETI
BJETIVAM A MELHORIA DA QUALIDADE
DE D
DE VIDA
25
20
15
22
10
5
4
1
0
SIM
NÃO
NÃO
ÃO RESPONDEU
31
Apenas 04 (quatro) participantes disseram ter conhecimento de ações
promovidas pela PMES para a melhoria da qualidade de vida do policial militar.
Dentre as ações mencionadas, destacamos somente as que ainda são
promovidas pela instituição.
“Tenho conhecimento do ‘horário de atividade física’ e de Diretorias que
deveriam primar pela qualidade de vida e saúde do militar estadual (DPS, DS).
Mas todos os programas são ineficazes e não atinge a maior parte da
corporação”. (Participante 27)
“Uma academia no BPTran, atividades físicas orientadas nas unidades BME,
ROTAM”. (Participante 08)
Destacamos também a fala de um dos participantes que afirmou não ter
conhecimento de ações de melhoria da qualidade de vida do policial militar: “A
polícia só pensa numa forma do PM trabalhar mais”. (Participante 22)
Atualmente, a Divisão de Promoção Social possui um projeto em andamento
intitulado de “Qualidade de vida: aplicabilidade no ambiente profissional”. Esse
projeto consiste na aplicação de um questionário aos policiais militares das
Unidades Operacionais a fim de se saber como anda a qualidade de vida dos
militares. Esse projeto, entretanto, está em fase inicial de execução, não tendo
ainda nenhum resultado para ser apresentado.
32
MELHORIAS
RIAS NA PMES PARA A PROMOÇÃO DA QUALIDA
LIDADE DE VIDA NO
TRABALHO
Valorização/reconhecimento
Va
pr
profissional
11%
11%
29%
Atividade física permanente com
At
ac
acompanhamento
de profissional
da área
Au
Aumento
salarial
23%
26%
Acompanhamento
Ac
m
médico/psicológico
Melhor estrutura física/instalações
M
ad
adequadas
Os participantes citaram algumas melhorias que poderiam ser realizadas para
que pudessem ter qualidade
qual
de vida no trabalho. Destacamos
amos cinco melhorias
dentre as mais citada
citadas. A mais citada foi a valorização/
ação/reconhecimento
profissional. Cerca
a de 2
29% dos participantes gostariam de ser m
mais valorizados
e reconhecidos profissio
ofissionalmente dentro da Instituição.
A atividade física perma
permanente com acompanhamento de profiss
rofissional da área foi
a segunda mais citada.
itada. Cerca de 26% dos participantes gosta
gostariam de praticar
atividade física regularm
gularmente e com a presença de um profissio
fissional formado em
educação física.
Aproximadamente 23% dos participantes citaram o aumento
mento salarial como
melhoria para terem
em q
qualidade de vida no trabalho. De acord
acordo com Pereira
(2009) há na imprens
prensa nacional manifestações sobre a imp
impossibilidade de
eficiência das polícias
olícias militares remunerando com baixos
aixos salários seus
33
integrantes, numa linha que se aproxima do pensamento da escola de relações
humanas. Há aqueles que justifiquem que não é apenas o salário que vai
garantir uma polícia mais qualificada, mas também uma série de medidas que
levem em conta tanto a qualidade de vida como o preparo profissional do
policial.
Algumas participantes demonstram em suas falas o descontentamento que
existe quando o assunto é qualidade de vida no trabalho.
“Na PM você é cobrado, porém não se tem recurso para desenvolver o que se
cobra”. (Participante 22)
“Qualidade de vida no trabalho é você ser reconhecido como humano, cidadão
e sobretudo se sentir amparado nos momentos de fraquezas (doenças físicas e
psicológicas). A muito tempo o agente público de segurança deixou de ser
‘superior’ a tudo.” (Participante 27)
34
CONCLUSÃO
A busca pela qualidade de vida no ambiente de trabalho ganhou espaço nos
últimos anos dentro das empresas e organizações, que compreenderam a
importância de proporcionar a seus funcionários melhores condições de serviço
e ambientes adequados para a realização de seu trabalho. Dessa maneira, a
presente pesquisa buscou evidenciar os reflexos da melhoria da qualidade de
vida do policial militar no serviço prestado por ele à sociedade.
Verificou-se durante o estudo que aproximadamente 89% dos participantes não
se sente valorizado no serviço. O nível de satisfação foi considerado pela
maioria como médio. Cerca de 78% dos participantes tem sua atuação
profissional influenciada pela ação do estresse e 56% pela falta de condição
física. A maioria dos participantes desconhece ações realizadas pela PMES em
prol da melhoria da qualidade de vida de seus policiais, o que representa a
realidade da Instituição que há pouco tempo iniciou um projeto de qualidade de
vida no ambiente profissional, consistindo inicialmente apenas de um
questionário para verificar como está a qualidade de vida dos militares e que
ainda não tem nenhum resultado para ser apresentado.
De acordo com De Lucca Neto (1999, apud LIMONGI-FRANÇA, 2003, p.32)
“os programas de qualidade de vida no trabalho são exigência dos tempos.
Expressam um compromisso com os avanços da ciência da civilização, da
cidadania. E ainda, por isso, um desafio para muitos.”
Melo (2008) afirma que a mudança organizacional se constitui em um processo
lento, difícil e quase sempre doloroso, possuindo alguns pontos de vista que
não podem ser induzidos artificialmente. Estudos demonstram que se levam
anos para que atitudes sejam mudadas, competências sejam desenvolvidas,
35
filosofias operacionais sejam projetadas e novas formas de lidar com a
execução de velhas funções ganhem apoio.
A pesquisa revelou que a qualidade de vida do policial militar do Espírito Santo
está a quem da desejada, pois a maioria dos militares participantes da
pesquisa não se sente valorizados dentro da instituição, sofrem com as
consequências do estresse e da falta de condição física durante a realização
do serviço, não possuem conhecimento de ações da PMES voltadas para a
melhoria da qualidade de vida no trabalho, entre outros.
Alguns participantes mencionaram também a falta de interesse da instituição
em promover o bem-estar do policial militar, a falta de reconhecimento como
cidadãos, seres humanos que necessitam de amparo nos momentos difíceis e
a falta de recursos para cumprir as tarefas dadas.
“Cada vez mais as empresas que desejarem sobreviver e perpetuar-se deverão
investir nas pessoas. Ter uma cultura saudável, valorizando seu capital
humano, faz parte da empresa moderna”. (SILVA, DE MARCHI, 1997, p.12)
Os reflexos da melhoria da qualidade de vida do policial militar durante o
serviço prestado à sociedade pode ser visto quando o policial consegue atuar
em perfeitas condições, não apresenta problemas de ordem física e
psicológica, não se ausenta do serviço por motivos de doença, estresse ou
acidentes acarretados pela falta de um local de trabalho adequado.
Acreditamos que a sociedade será beneficiada com as mudanças em prol
dessa melhoria, pois o resultado final é a oferta de um trabalho de qualidade,
realizado por pessoas saudáveis, motivadas, felizes, engajadas com o objetivo
da instituição de proporcionar aos cidadãos a sensação de segurança, que
todos almejam.
36
O trabalho aponta para a continuação da pesquisa no sentido de verificar os
resultados e as mudanças que ocorrerão após a implementação de um
programa de promoção de saúde e qualidade de vida no ambiente de trabalho
para os policiais militares da PMES.
Observamos durante a realização da pesquisa que a qualidade do serviço
policial militar está comprometida devido à inexistência de programas que
promovam a qualidade de vida no ambiente de trabalho. A relevância desse
assunto só é percebida quando o serviço oferecido não é de qualidade.
Sabemos da dificuldade de se promover mudanças, principalmente em
instituições policiais, mas acreditamos na possibilidade de algumas melhorias,
mesmo que sejam demoradas e pequenas.
Percebemos que há muito que se fazer para garantir a qualidade de vida no
trabalho para os policiais militares da PMES. A sociedade deixa de ser
beneficiada com um serviço melhor, eficiente, eficaz, em razão da falta de
policiais capacitados, saudáveis, motivados, satisfeitos e consequentemente
menos produtivos.
Foram destacadas pelos policiais militares algumas melhorias que poderiam
ocorrer na instituição para a promoção da QVT, dentre elas está a
valorização/reconhecimento profissional, a atividade física permanente com
acompanhamento
de
profissional
da
área,
o
aumento
salarial,
o
acompanhamento médico/psicológico e a melhoria da estrutura física.
Sugerimos que a PMES invista urgentemente em projetos de qualidade de vida
no trabalho para os policiais militares, que mudanças sejam realizadas para
que os policiais tenham um ambiente de trabalho adequado para desempenhar
suas funções, com equipamentos e instrumentos em perfeitas condições de
37
uso, locais com estrutura compatível para a realização de suas tarefas,
programas de prevenção à saúde física e mental, escalas de serviço que
permitam ao policial conviver socialmente, junto à família, amigos, ações de
valorização, entre outros.
A pesquisa contribuiu de forma significativa na ampliação do conhecimento
acerca do tema abordado uma vez que facilitou o entendimento de que a
melhoria da qualidade de vida do policial militar no ambiente de trabalho é de
suma importância para garantir condições necessárias ao desempenho de um
serviço de qualidade para toda a sociedade.
38
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42
ANEXO I
QUESTIONÁRIO
IDADE:_________________________________________________________
SEXO:
FEMININO
MASCULINO
GRAU DE ESCOLARIDADE:
ENSINO MÉDIO
ENSINO SUPERIOR COMPLETO
ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO
ESPECIALIZAÇÃO
OUTROS
1) EM QUE ANO INGRESSOU NA POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO
SANTO?
__________________________________________________________
2) NÍVEL DE SATISFAÇÃO NO TRABALHO
NENHUM
POUCO
MÉDIO
ELEVADO
3) PRATICA ATIVIDADE FÍSICA?
4) SIM
NÃO
4) A ATIVIDADE PRATICADA ESTÁ COMPREENDIDA NO HORÁRIO DE
SERVIÇO?
5) SIM
5) JÁ
NÃO
APRESENTOU
ALGUM
DECORRÊNCIA DO SERVIÇO?
6) SIM
NÃO
PROBLEMA
DE
SAÚDE
EM
43
6) SENTE-SE VALORIZADO (A) NA POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO
SANTO? POR QUÊ?
7) SIM
NÃO
__________________________________________________________
__________________________________________________________
7) ALGUMA VEZ O ESTRESSE INFLUENCIOU EM SUA ATUAÇÃO
PROFISSIONAL?
SIM
NÃO
8) ALGUMA VEZ A FALTA DE CONDIÇÃO FÍSICA ADEQUADA
INFLUENCIOU EM SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL?
SIM
NÃO
9) VOCÊ TEM CONHECIMENTO DE AÇÕES DA PMES QUE OBJETIVAM
A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO POLICIAL MILITAR?
EXEMPLIFIQUE.
SIM
NÃO
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10) EM SUA OPINIÃO, O QUE PRECISA SER MELHORADO NA PMES
PARA QUE VOCÊ POSSA TER QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Download

gleicimar alves dos santos