INCLUSÃO DAS LÍNGUAS PORTUGUESA E ESPANHOLA NO
CURRÍCULO ESCOLAR DOS PAÍSES MEMBROS DO
MERCOSUL, MAIS QUE UM TRATADO UMA NECESSIDADE.
SILVIO BENITEZ
[email protected]
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
DR. ERICK GUSTAVO CARDIN
[email protected]
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
RESUMO
O presente artigo tem como finalidade fazer uma reflexão sobre a realidade das
escolas municipais de Foz do Iguaçu no que diz respeito aos alunos oriundos
dos países limítrofes (Paraguai e Argentina), uma vez que esses alunos
encontram dificuldades no processo ensino-aprendizagem, principalmente na
comunicação, isso ocorre devido a troca da língua espanhola pela língua
portuguesa. O enfoque metodológico utilizado é o materialismo histórico
dialético uma vez que parte-se de uma realidade concreta que é a realidade
dos professores pesquisados de forma dialética uma vez que questiona a
ordem
social
vigente
e
propõem
uma
nova
organização
curricular.
Conceitualmente, o termo materialismo diz respeito à condição material da
existência humana, o termo histórico parte do entendimento de que a
compreensão
da
existência
humana
implica
na
apreensão
de
seus
condicionantes históricos, e o termo dialético tem como pressuposto o
movimento da contradição produzida na própria história. A pesquisa foi
realizada entre abril e maio de 2014 nas escolas municipais de Foz do Iguaçu
PR, tendo como recorte geográfico a região norte do município, sendo as
Escolas Municipais Jorge Amado, Padre Luigi Salvucci, Arnaldo Isidoro de
Lima, Najla Barakat e Ademar Marques Curvo, as escolas municipais são
responsáveis pela educação infantil e pelo ensino fundamental de 1º ao 5º ano,
foram entrevistadas aleatoriamente professores e secretários de escolas que
responderam questões semiestruturadas relativas as dificuldades dos alunos
oriundos de países limítrofes, principalmente do Paraguai, onde percebe-se
maior fluxo migratório em comparação a outros países sul americanos. O
resultado obtido foi que a inclusão da língua espanhola no currículo do ensino
básico é uma necessidade, uma vez que o fluxo migratório de alunos oriundos
de países limítrofes e vice versa e intenso e, uma vez implantado o estudo de
língua em ambos os países o choque cultural dos alunos que imigram e
emigram será reduzido drasticamente.
PALAVRA-CHAVE: EDUCAÇÃO, IMIGRAÇÃO, LÍNGUA ESTRANGEIRA
RESUMEN
Este artículo tiene como objetivo reflexionar sobre la realidad de las escuelas
públicas en Foz do Iguaçu con respecto a los estudiantes de los países vecinos
(Paraguay y Argentina), ya que estos estudiantes encuentran dificultades en el
proceso de enseñanza-aprendizaje, sobre todo en comunicación, esto se debe
al intercambio de español de los portugueses. La metodología utilizada es el
materialismo histórico dialéctico, ya que es parte de una realidad que es la
realidad de los docentes encuestados dialécticamente ya que cuestiona el
orden social existente y proponer una nueva organización curricular.
Conceptualmente, el término materialismo se refiere a la condición material de
la existencia humana, el término histórico de la comprensión de que la
comprensión de la existencia humana consiste en la incautación de sus
condiciones históricas, y el término dialéctica presupone el movimiento de la
contradicción producida en la historia . La encuesta fue realizada entre abril y
mayo de 2014 en las escuelas municipales de Foz do Iguaçu PR, con las
divisiones geográficas del norte de la ciudad, siendo el Municipal Escuelas
Jorge Amado, el padre Luigi Salvucci, Arnaldo Isidoro de Lima, Najla Barakat y
Ademar Marques escuelas curvas, municipales son responsables de la
educación de la primera infancia y la 1 ª escuela primaria hasta 5to grado,
fueron entrevistados al azar maestros y secretarias de la escuela que
respondieron preguntas semiestructuradas sobre las dificultades de los
estudiantes de los países vecinos, principalmente de Paraguay, donde se
percibe mayor migración en comparación con otros países de América del Sur.
El resultado fue que la inclusión de la lengua española en el currículo de la
educación básica es una necesidad, ya que la migración de los estudiantes de
los países vecinos y viceversa e intenso y, una vez implantado el estudio del
lenguaje en ambos países el choque cultural de los estudiantes que inmigran y
emigran se reducirá drásticamente.
PALABRA CLAVE: EDUCACIÓN, INMIGRACIÓN, LENGUA EXTRANJERA
ABSTRACT
This article aims to reflect on the reality of public schools in Foz do Iguaçu with
regard to students from the neighboring countries (Paraguay and Argentina),
since these students encounter difficulties in the teaching-learning process,
especially in communication, this is due to exchange of Spanish from the
Portuguese. The methodology used is the dialectical historical materialism since
it is part of a reality-that is the reality of teachers surveyed dialectically since it
questions the existing social order and propose a new curriculum organization.
Conceptually, the term materialism concerns the material condition of human
existence, the historical term of the understanding that the understanding of
human existence involves the seizure of their historical conditions, and the
dialectical term presupposes the movement of contradiction produced in the
history . The survey was conducted between April and May 2014 in the
municipal schools of Foz do Iguaçu PR, with the geographic divisions the north
of the city, being the Municipal Schools Jorge Amado, Father Luigi Salvucci,
Arnaldo Isidoro de Lima, Najla Barakat and Ademar Marques curved, municipal
schools are responsible for early childhood education and the elementary
school 1st to 5th grade, were randomly interviewed teachers and school
secretaries who responded semistructured questions concerning the difficulties
of students from neighboring countries, primarily from Paraguay, where it is
perceived greater migration compared to other South American countries. The
result was that the inclusion of the Spanish language in the curriculum of basic
education is a necessity, since the migration of students from neighboring
countries and vice versa and intense and, once implanted the study of language
in both countries culture shock of students who immigrate and emigrate will be
reduced drastically.
KEYWORD: EDUCATION, IMMIGRATION, FOREIGN LANGUAGE
APRESENTAÇÃO DO TEMA
O tema em questão não é novidade nas cidades fronteiriças do Brasil
uma vez que trata-se de um problema que abrange a todos, indistintamente,
até porque o movimento das pessoas de um país para outro se faz com grande
intensidade e por vários motivos, mas principalmente, devido as necessidades
financeiras, aliás fato este que é responsável principal das grandes
transformações da humanidade uma vez que vivemos no sistema capitalista e,
enquanto não vencermos essa etapa estaremos a mercê dessa ordem social.
INTERLOCUÇÃO TEÓRICO CONCEITUAL
O grande fluxo migratório de alunos no município de Foz do Iguaçu está
diretamente relacionado ao extenso fluxo migratório de brasileiros para o
Paraguay e vice-versa, segundo Cardin (2012) “Os municípios de Foz do
Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai) configuram a região fronteiriça de
maior movimento da América do Sul”. Isso ocorre devido a extensa atividades
comercial entre os países.
Foto 01 – Ponte da Amizade
Fonte: http://jie.itaipu.gov.br/print
Não por acaso, trata-se ainda do maior fluxo de imigrantes brasileiros
para uma nação fronteiriça, segundo Albuquerque (2009, p.139):
As estimativas indicam que se trata da maior migração de brasileiros
para uma nação
fronteiriça e a segunda maior “comunidade de
brasileiros” no exterior. Segundo os dados do Ministério das Relações
Exteriores, em 2002, dos 545.886 brasileiros que se encontravam nos
países da América do Sul, 459.147 estavam no Paraguai. Esse país
concentra de longe a maior quantidade, ou seja, mais de 4/5 de todos
os imigrantes brasileiros que vivem nos países vizinhos (Diretoria
Geral de Assuntos Consulares, Jurídicos e de Assistência a
Brasileiros no Exterior, do Ministério das Relações Exteriores apud
Sprandel, 2002).
Contudo, é importante esclarecer que as fronteiras não se resumem
apenas ás barreiras alfandegarias, elas também são fronteiras de cultura e de
visões de mundo e, sobretudo, a fronteira do humano, assim nos explica
MARTINS (2009, p. 11)
[...]a fronteira de modo algum se reduz e se resume à fronteira
geográfica. Ela é fronteira de muitas e diferentes coisas: fronteira da
civilização (demarcada pela barbárie que nela se oculta), fronteira
espacial, fronteira de culturas e visões de mundo, fronteiras de etnias,
fronteira da história e da historicidade do homem. E, sobretudo,
fronteira do humano.
A proximidade entre os dois países é incontestável, apesar dos conflitos
existentes entre os campesinos e os brasileiros que moram no Paraguai
chamados de brasiguaios a convivência entre brasileiros e paraguaios em
terras paraguaia gerou uma miscigenação de raças e culturas que convivem
harmoniosamente a ponto de afirmarem que os conflitos são passageiros,
gerados por políticos e que incentivam os campesinos, conforme Albuquerque
(2009) :
Nos discursos que enfatizam as “relações cordiais” entre os
brasileiros e os paraguaios, os conflitos são vistos como desavenças
passageiras e somente existiriam em outras localidades por causa de
determinados políticos que incentivamos campesinos. “Aqui é tudo
mistura, tanto na língua como no convívio com os paraguaios”
(Diretor escolar, San Alberto, Paraguai, entrevistado em 17 de janeiro
de 2004). Nessa perspectiva, o que estaria ocorrendo é a construção
de uma nova “sociedade mestiça” e de “cultura fronteiriça”
fundamentada
no
“portunhol”
(português
e
espanhol)
ou
“portuguaranhol” (hibridismo de português, guarani e espanhol). No
hábito dos brasileiros tomarem o tererê (bebida fria feita com ervamate e semelhante ao chimarrão do Sul do Brasil), na realização de
casamentos entre indivíduos de distintas nacionalidades e no
nascimento de filhos mestiços entre brasileiros(as), com ascendência
europeia, e paraguaios(as) de origem indígena e espanhola
(ALBUQUERQUE, 2009, p.150)
A proximidade entre brasileiros e paraguaios
ganha reforço com a
criação um mercado comum, inicialmente através do Tratado de Assunção, de
26 de março de 1991, que abriu as portas para a constituição de um Mercado
Comum do Sul - MERCOSUL1 entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai,
implicando uma livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, visando
facilitar as relações comerciais que ocasionam mudanças, não só as relações
econômicas entre os países membros, mas também cultural, tornando-se
imprescindível o ensino da língua portuguesa nas escolas paraguaias e a
língua espanhola nas escolas brasileiros, pelo menos nas cidades limítrofes.
1
Disponível em http://www.mercosul.gov.br, acessado em 01/06/2014.
PROBLEMÁTICA/QUESTÃO CENTRAL
A Secretaria Municipal da Educação, em dezembro de 2013, contava
com um total de 2.934 servidores na rede municipal de ensino, entre
professores, supervisores, diretores, estagiários e funcionários, sendo um total
de 1.212 professores.
Conforme dados fornecidos pela Divisão de Documentação e Legislação
Escolar, em dezembro de 2013, o município contabilizava um total de 19.390
alunos, sendo 1.799 do ensino fundamental, 467 alunos da Educação Especial
e 924 alunos da Educação Infantil, distribuídos em 105 estabelecimentos de
ensino, entre Centros Municipais de Educação Infantil CMEIS, escolas e
centros de convivência, destes 51 são escolas municipais. A taxa de
rendimento educacional do 1º ao 5ª ano do ensino fundamental apresentava
17.757 alunos aprovados que equivalem a 98,66% e 242 reprovados que
equivalem a 1,34% além de 1 aluno desistente. A movimentação de alunos foi
de 3.195 transferências recebidas e 3.162 transferências expedidas.
O recorte territorial compreende a região norte de Foz do Iguaçu e as
escolas pesquisadas são as escolas municipais Jorge Amado, Padre Luigi
Salvucci, Arnaldo Isidoro de Lima, Ademar Marques Curvo e Najla Barakat.
Pelos dados apresentados podemos perceber que a movimentação de
alunos entre transferências expedidas e recebidas é grande, da mesma forma
o fluxo migratório de alunos oriundos dos países limítrofes também é grande, e
eles ocorrem por vários motivos, conforme questionamentos feitos a alguns
secretários de escolas, os pais pedem transferência para irem trabalhar no
Paraguai, quando o movimento na fronteira está fraco pra trabalhar como
laranja2, eles vão mais pra dentro trabalhar nos períodos de safra de soja e
algodão, depois desse período retornam ao Brasil, porém as crianças passam
2
“Trabalhador contratado informalmente para transportar determinada quantia de mercadoria em
troca de um valor previamente determinado, que é conhecido como “cota”. Esse serviço possui a função
de auxiliar os sacoleiros na travessia dos produtos adquiridos pela Ponte da Amizade e pelos Postos de
Fiscalização da Polícia e da Receita Federal.” (CARDIN, 2012)
por um choque cultural, uma vez que saem das escolas brasileiras e dão
continuidade em seus estudos no país vizinho, ou seja, no Paraguai.
Foto 02 – sacoleiros
Fonte: Cristian Rizzi/Gazeta do Povo
Assim como o fluxo de brasileiros que vão para o Paraguai é grande o
movimento contrário também ocorre em grande quantidade que são
as
transferências recebidas do Paraguai, os alunos chegam às escolas de Foz do
Iguaçu e apresentam várias dificuldades de adaptação, podemos classificar
entre os que tem mais dificuldade de adaptação e as que tem menos
dificuldade de adaptação.
Conforme relato dos professores pesquisados, da rede municipal de
ensino, as crianças que tem menos dificuldade em se adaptar às escolas
brasileiras, são aqueles filhos de brasileiros, que falam o português
fluentemente em seus lares, com seus pais, apesar de terem morados no
Paraguai, isso ocorre porque existem colônias de brasileiros no Paraguai que
mantem a cultura brasileira por se tratarem de um número expressivo de
brasileiros convivendo na mesma cidade, como San Alberto, Naranjal, Santa
Rita etc...
As crianças que apresentam maior dificuldade de adaptação as escolas
municipais de Foz do Iguaçu são aquelas crianças que nunca estudaram em
escolas brasileiras, que não conversam com seus pais na língua portuguesa,
que são filhos de pais brasileiros porém casados com mulheres paraguaias e
vice versa, e ainda, crianças de pais e mães paraguaios que não tiveram
contato nenhum com brasileiros, estas crianças são as que apresentam maior
dificuldade de adaptação nas escolas municipais uma vez que, em muitos
casos, não conseguem se comunicar por que não entendem nada de
português, sempre falaram somente o espanhol e o guarani, na situação de
crianças que falaram somente o guarani ainda é mais difícil porque o espanhol
e o português,
por tratarem-se de uma língua latina possuem algumas
semelhanças, porém o guarani, por tratar-se uma língua nativa dos índios
guaranis não tem relação nenhuma com o português, essas crianças acabam
tendo ainda mais dificuldade no processo ensino-aprendizagem.
Questionadas
como
tratam
dessa
situação
de
dificuldade
de
comunicação as professoras informaram que procuram estabelecer um diálogo,
fazer um planejamento diferenciado e individualizado para estes alunos que no
inicio não acompanham a turma e que as crianças, apesar da dificuldade,
conseguem se comunicar e o problema vai sendo sanado com o passar do
tempo, ajudado por coleguinhas que falam o português e a convivência com
vizinhos brasileiros eles vão se ambientando pouco a pouco.
Entretanto, as professoras foram unânimes em dizer que, se houvesse o
ensino da língua portuguesa no Paraguai a adaptação seria menos traumática
uma vez que não teriam tanta dificuldade de comunicação, até mesmo para
lidar com as outras disciplinas uma vez que a matemática é universal e
apresenta menos problemas que as disciplinas de história, geografia e ciência
os quais levam um pouco mais de tempo para ter um resultado positivo.
RESULTADOS FINAIS
Considerando o intenso fluxo migratório de alunos gerado pelo
intenso fluxo migratório de brasileiros e paraguaios na fronteira e a
consequente dificuldade de comunicação enfrentada por professores e alunos
no processo ensino-aprendizagem a inclusão do ensino das línguas portuguesa
e espanhola no currículo do ensino fundamental, nas cidades circunvizinhas
dos países limítrofes das três fronteiras torna-se uma necessidade.
Devemos pressionar as autoridades competentes para que o
MERCOSUL deixe de ser apenas um discurso político e cobrar ação prática,
porque a queda de barreiras alfandegárias propostas pelos blocos econômicos
a fim de fortalecer o comércio entre os países membros também está
diretamente relacionada com a queda de barreiras culturais, principalmente em
se tratando de Brasil e Paraguai, onde o fluxo migratório de alunos é ainda
maior devido a quantidade de brasileiros que moram no Paraguai e vice-versa.
Assim, espera-se que as autoridades dos países que fazem parte do
MERCOSUL possam sentar e discutir a inclusão de ambas as línguas no
currículo escolar, dessa forma o discurso da união entre os países saem do
papel e passam a fazer parte da prática cotidiana dos habitantes, a integração
será ainda maior e, com certeza, o reflexo disso virá no fortalecimento do
tratado de Assunção e, certamente, da economia, da cultura e da tão
propagada amizade entre os países membros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, J. L. C. Fronteiras em movimento e identidades
nacionais: a imigração brasileira no Paraguai. Tese (Doutorado em
Sociologia)–Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal
do Ceará, Fortaleza, 2005.
CARDIN, Eric Gustavo. “Trabalho e práticas de contrabando na fronteira do
Brasil com o Paraguai”. In Geopolítica(s). Revista de estudios sobre espacio y
poder, vol. 3, núm. 2, 207-234, 2012
FOZ DO IGUAÇU PR. Secretaria Municipal da Educação. Divisão de
Documentação e Legislação Escolar. Resultado Final 2013.
Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, ano 15, n. 31, p. 137-166, jan./jun.
2009.
MARTINS, José de Souza. Fronteira: a degradação do Outro nos confins do
humano. São Paulo: Contexto, 2009.
MERCOSUL. Conceitos. 2010. Disponível em: http://www.mercosul.gov.br,
acessado em 01/06/2014.
SPRANDEL, M. A. Brasiguaios: conflito e identidade em fronteiras
internacionais.
Dissertação
(Mestrado
em
Antropologia
Social)–Museu
Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1992.
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inclusão das línguas portuguesa e espanhola no currículo escolar