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21 de setembro de 2015 – Segunda-Feira - # 1.631
Eólicas - Horizonte é de crescimento, mas também de desafios
Fernando Domingo – Tribuna do Norte – 19/09/2015
Diretor-presidente do CERNE, Jean-Paul Prates, comenta sobre as condições de investimentos para a indústria
eólica no Rio Grande do Norte
O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), divulgado esta semana, prevê expansão de 55% na
capacidade instalada de geração de energia no Brasil até 2024, puxada principalmente por projetos de energia
renovável como hidrelétricas e usinas eólicas. Essas usinas, que geram energia a partir do vento, se multiplicaram
no Rio Grande do Norte nos últimos anos e a expansão não deve ser afetada nem com a entrada de grandes
empreendimentos na matriz elétrica brasileira, como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte – que será a terceira maior
do mundo.
Apesar disso, segundo analistas do setor, os Estados interessados no segmento eólico, como o Rio Grande do
Norte, que atualmente é líder no país em capacidade instalada, precisarão dar continuidade a projetos de
infraestrutura e logística de transporte, além de inovação e capacitação de profissionais, para manter sua
competitividade.
O RN veio de um momento de franca expansão, com grandes investimentos em 2009 e 2010, mas, não repetiu os
mesmos resultados nos últimos três anos. Como consequência, de acordo com levantamento da Associação
Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), pelo número de projetos já contratados em fase de construção, até 2019
o RN perderá seu posto de líder em capacidade instalada para a Bahia. Contudo, essa mudança não afetará o
crescimento do setor, que deverá contratar entre 4 e 6 Gigawatts (GW) até 2018. O mesmo vale para outras fontes,
como a solar, que permanecem atraindo empreendedores.
Em números, até 2019 e pelo que já está contratado, o Rio Grande do Norte passará de atuais 2,6 GW com 91
parques eólicos em funcionamento para 4,7 GW e 177 parques. No caso da Bahia, essa evolução seria muito
superior. O Estado saltará de 1,1 GW e 46 parques para 4,9 GW e 210 parques, saindo da 4ª colocação entre os
maiores geradores para o topo do ranking brasileiro. De acordo com Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica,
este cenário, porém, pode ser modificado, em virtude dos próximos leilões e de uma maior participação dos
governos estaduais.
“O que tem acontecido nos leilões é um maior interesse na disponibilidade das linhas de transmissão. Em geral,
Estados como a Bahia, o Rio Grande do Norte, têm tipos de ventos e atratividade dos parques muito semelhantes.
Então, o diferencial são as linhas. Além, claro, de infraestrutura, como logística de cargas, por exemplo. O Estado
tem que trabalhar nesse sentido, de ter atrativos”, comentou Gannoum.
A perspectiva é compartilhada por Jean-Paul Prates, diretor-presidente do Centro de Estratégias em Recursos
Naturais & Energia (Cerne). “O fato é que nós cochilamos. Desde 2011, lidamos com redes de transmissão
atrasadas e outras situações. Então, as nossas performances nos leilões caíram. E, como a maioria dos projetos são
A-3 ou A-5, se você não ganha hoje, só vai sentir esse impactos bem depois. E é o que está acontecendo”, declarou.
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“O grande desafio para o setor potiguar é recuperar as condições atrativas de investimentos. A Sedec tem que
procurar os gargalos antes que os problemas se tornem empecilhos. As linhas são federais, por exemplo, mas, o
Governo tem que ir atrás, checar se está parado, se andou. É um trabalho de monitoramento”, acrescentou. A TN
procurou o secretário de desenvolvimento econômico, Flávio Azevedo, por telefone, mas, não obteve sucesso.
Plano para o setor é 'realista' e exequível antes do prazo
O Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE 2024, que contempla a projeção de ampliação da matriz
energética brasileira, segundo especialistas do setor, demonstrou o interesse do Governo Federal em diversificar
suas fontes de energia e foi “realista”, com condições de ser cumprido até antes do prazo. Neste cenário, o Rio
Grande do Norte, com a maior capacidade instalada de eólica no país e potencial solar para a geração fotovoltaica,
abre margem para continuar ampliando o número de investidores e investimentos.
Pelo PDE 2024, formulado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Ministério de Minas e Energia, dos
73 mil megawatts (MW) em empreendimentos novos, 62,1 mil MW serão de energias renováveis, como
hidrelétricas, eólicas, biomassa e solar. A participação das hidrelétricas na matriz brasileira, hoje em 67,6% (90
GW), passará para 56,7% (117 GW), enquanto a eólica saltará de 3,7% (5 GW) em 2014 para 11,6% (24 GW) em
2024.
A menor participação das hidrelétricas, contudo, não representa um enfraquecimento do segmento. A Usina
Hidrelétrica de Belo Monte, no Norte do Pará, será a terceira maior do mundo, com 11 GW de potência instalada.
Ainda em fase de construção, segundo o Ministério de Minas e Energia, Belo Monte deverá iniciar suas operações
no próximo mês de novembro, com as primeiras máquinas do Sitio Pimental, que contempla 233 MW. Já em março
de 2016, a maior parte do complexo entra em funcionamento. Plena operação, contudo, apenas em 2017.
O grande empreendimento que é Belo Monte, inclusive, é superior ao que está projetado pelo Programa de
Investimento em Energia Elétrica (PIEE) de 2015 à 2018 para a energia solar (2 à 3 GW) e eólica (4 à 6 GW) no
país. Apesar disso, os segmentos enxergam o futuro com otimismo. “O PDE 2024 confirma a intenção do Governo
e foi uma decisão diversificada e acertada. O Brasil é cada vez mais um consumidor voraz de energia. E,
independente da demanda e de crise econômica, é importante e necessário planejar e diversificar essa matriz”,
comentou Jean-Paul Prates, presidente do Cerne.
Para Jean-Paul Prates, essa expansão e diversidade de fontes na matriz brasileira, vale também para os Estados, que
poderão ampliar sua oferta de serviços em cada segmento energético. ”O RN hoje, ela está em 2,2 GW de
capacidade eólica, mas, com investimentos planejados é capaz de atingir 7 GW”, analisou ele.
BATE-PAPO
Elbia Gannoum - Presidente da ABEEólica
O que foi apresentado no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024) deve ser atingido?
Sim. Acredito, inclusive, que se confirme até antes do prazo projetado. O PDE 2024 prevê 24 GW de aumento na
capacidade instalada, representando cerca de 12% da matriz elétrica brasileira. Nas nossas contas, da ABBEólica,
com nosso crescimento médio atual, de 2,0% à 2,5% de contratação por ano, é possível atingir 20 GW já em 2019.
Então, podemos até ultrapassar a marca projetada.
A entrada de grandes empreendimentos, como a Usina de Belo Monte, na matriz elétrica brasileira pode
afetar a atração de investimentos para o setor eólico?
Belo Monte não prejudica em nada. Pelo contrário, ajuda. O Brasil é um país que tem uma necessidade de energia
muito grande. Nenhuma fonte concorre com a outra. E, a eólica tem uma complementaridade muito grande com a
eólica. É bom para o sistema.
O Brasil ter perdido o grau de investimentos e a alta do dólar prejudicam esta expansão nos próximos anos?
Os projetos em desenvolvimento podem ser atrasados?
Com relação à perda do grau de investimento e taxa de câmbio, desde 2013, o índice de nacionalização das
máquinas nos garante que 80% do material usado nos parques eólicos sejam nacionais, o que significa que nossa
dependência do exterior é bem menor. Neste cenário atual, isto até ajuda, porque aumenta nossa competitividade. O
contexto macroeconômico é que nos afeta um pouco, mas, vivemos uma ilha de prosperidade com as eólicas, é o
único setor que realmente cresce. A crise está passando ao lado.
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CCEE: consumo caiu 5,4% na primeira quinzena de setembro
Agência CanalEnergia – 18/09/2015
Dados preliminares indicam que geração recuou 5,6% no mesmo período
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de setembro apontam redução de 5,4% no consumo
e de 5,6% na geração de energia elétrica no país, quando comparados com o mesmo período de 2014. As
informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos
consumidores livres e especiais.
Em setembro, a análise do desempenho da geração indica que 58.971 MW médios de energia foram entregues ao
Sistema Interligado Nacional. O destaque segue na produção das usinas eólicas com o registro de 2.697 MW
médios, um aumento de 42,2% em relação ao mesmo período do ano passado. As usinas hidráulicas tiveram queda
de 7,9% com a geração de 39.632 MW médios no mês. A representatividade da fonte, em relação a toda energia
gerada no país, foi de 67,3%, índice 1,5 ponto percentual inferior ao registrado em 2014.
O consumo de energia elétrica somou 57.195 MW médios com redução tanto no mercado cativo, no qual os
consumidores são atendidos pelas distribuidoras, quanto no Ambiente de Contratação Livre, no qual consumidores
compram energia diretamente dos fornecedores. O consumo cativo registrou 43.338 MW médios, uma diminuição
de 4,9%. Já os agentes livres consumiram 13.858 MW médios, ou seja, 7,1% a menos do que no mesmo período do
ano passado. Dentre os segmentos industriais que adquirem energia no Ambiente de Contratação Livre, houve
retração em todos os setores. Os que registraram as maiores quedas no consumo foram os de veículos, com recuo
de 20,4% e têxtil, com queda de 17,1%.
A análise dos dados de agentes autoprodutores, ou seja, empresas que investem em usinas próprias devido à grande
demanda por eletricidade, aponta aumento de 18,8% na geração e queda de 2,9% no consumo em setembro. O setor
alimentício caiu 10,4% e o de metalurgia e produtos de metal, com 8,6% foram os que mais contribuíram com os
índices. Mesmo com a redução, empresas que atuam nos segmentos de madeira, papel e celulose, com subida de
34,7%, extração de minerais metálicos, com alta de 3,5% e de serviços, com alta de 2,6%, ampliaram o consumo
em relação ao mesmo período do ano passado.
O InfoMercado semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de
Realocação de Energia gerem, na segunda semana de setembro, o equivalente a 82,2% de suas garantias físicas, ou
38.145 MW médios em energia elétrica.
MME classifica projeto de eólicas no Nordeste como prioritário
Agência CanalEnergia – 18/09/2015
Ministério também enquadra PCH no Mato Grosso. Usinas poderão emitir debêntures
O Ministério de Minas e Energia enquadrou como prioritário o projeto das eólicas Umburanas 4 (15 MW) e 12
(22,8 MW), na Bahia, e das EOLs Ventos de Santo Estevão II e V, que ficam localizadas em Pernambuco e
possuem capacidade instalada de 30 MW cada uma. As usinas foram licitadas no leilão de energia nova A-5,
realizado em 13 de dezembro de 2013. Outra que conseguiu o enquadramento como projeto prioritário foi a PCH
Da Fazenda (MT-24 MW), licitada no leilão de energia A-5 de 29 de agosto de 2013. As informações foram
publicadas em portarias do Diário Oficial da União da última quinta-feira, 17 de setembro. Com a classificação, as
usinas estão autorizadas a emitir debêntures de infraestrutura.
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