ENTREVISTA DE BRUNO TOLENTINO COMO SUBVERSÃO DO CAMPO
LITERÁRIO
Nívia Maria Santos Silva1
O presente trabalho levanta a hipótese de que as intervenções jornalísticas do poeta,
tradutor e crítico literário Bruno Tolentino nos anos de 1990, quando retornou ao Brasil
após um período de 30 anos na Europa, podem ser analisadas como “tomadas de
posição” que visavam investir seu capital simbólico, cultural e social para alcançar
espaço no campo literário brasileiro. A sua atuação herética, contrária aos agentes que
tinham posição de dominação no campo e, consequentemente, contra a doxa, coloca-o
numa posição de subversivo dentro da luta simbólica que nesse campo se constitui.
Utilizam-se conceitos operatórios, como os de “campo” e “capital”, a partir da
Sociologia da Literatura Bourdieusiana, condutor teórico-metodológico deste trabalho.
O corpus para análise é a entrevista concedida por Tolentino à revista Veja, “Quero meu
país de volta”, na qual o autor demarca suas posturas não apenas literárias e/ou estéticas,
mas também ideológicas e eletivas.
Palavra-chave: Capital simbólico;
contemporânea; Pierre Bourdieu.
1
espaço
biográfico;
literatura
Doutoranda em Literatura e Cultura do PPGLitCult da UFBA. Bolsista CAPES.
Promoção
Gelc
brasileira
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Resumo