Taxa de prevalência de excesso de peso em adultos – G.71
1. Conceituação
• Percentual de indivíduos com Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 25 kg/m2, na
população de 20 a 59 anos de idade, residentes em determinado espaço geográfico, no período
considerado.
• O Índice de Massa Corporal (IMC) é definido como o peso em quilogramas dividido pelo quadrado da
altura em metros. O IMC é uma medida altamente correlacionada com a gordura corporal, embora
não represente sua medida direta.
2. Interpretação
• Estima a prevalência de excesso de peso de acordo com a altura (IMC igual ou maior que 25kg/m2)
na população de adultos de 20 a 59 anos.
• As consequências graves associadas ao excesso de peso são as doenças cardiovasculares, diabete
tipo 2 e certos cânceres, como o de esôfago, cólon-retal, mama, endométrio e rim. O excesso de
peso também está associado a diversas condições debilitantes que afetam a qualidade de vida tais
como osteoartrite, problemas respiratórios (hipoventilação, dispneia, apneia do sono), problemas
músculo-esqueléticos, problemas dermatológicos (intertrigo, linfoedema, acanthosis nigricans),
distúrbios menstruais e, nos homens, esterilidade e impotência.
3. Usos
• Analisar variações geográficas e temporais na distribuição da prevalência do excesso de peso,
identificando grupos populacionais mais expostos quanto à faixa etária, sexo e nível de escolaridade.
Estes grupos devem ser alvo prioritário de políticas públicas, tendo em vista que estão sob maior
risco de desenvolvimento das doenças associadas ao excesso de peso.
• Contribuir na análise de condições de saúde.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e
assistenciais relativas ao excesso de peso e às doenças associadas.
4. Limitações
• O indicador não é uma medida direta da gordura corporal. Além disso, pode superestimar a gordura
corporal em pessoas muito musculosas e subestimá-la em pessoas que perderam massa muscular.
• O indicador depende da realização de estudos amostrais de base populacional. Esses estudos têm
custos elevados e apresentam dificuldades de operacionalização.
5. Fonte
• Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição – PNSN 1989.
• Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares – POF 2002-2003.
1
Este indicador era numerado anteriormente como D.24 e tinha como fonte o Inquérito Domiciliar de
Comportamentos de Risco de Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, de 2002/2003 e
2004/2005.
6. Método de cálculo
Número de indivíduos de 20 a 59 anos com IMC maior ou igual a 25,0 kg/m²
Número de indivíduos de 20 a 59 anos
x 100
7. Categorias sugeridas para análise
•
•
•
•
Unidade geográfica: Brasil e grandes regiões.
Sexo: masculino e feminino.
Faixa etária: 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos.
Componente: sobrepeso (IMC ≥ 25,0 e < 30,0) e obesidade (IMC ≥ 30,0).
8. Dados estatísticos e comentários
Taxa de prevalência (%) de excesso de peso em adultos de 20 a 59 anos de idade, por ano, segundo regiões
Brasil, 1989 e 2002-2003
Região
1989*
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Fontes:
Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, 1989.
Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), 1996 e 2006.
Nota:
* Região Norte somente urbana
2002-2003
33,4
35,0
24,4
36,6
38,8
32,0
39,1
34,4
34,6
41,0
43,0
39,1
A região com menor percentual de adultos com excesso de peso em 1989 foi a Nordeste (24%), seguido
da Centro-Oeste (32%). No inquérito de 2002-2003 a região Norte apresentou o menor percentual
(34,4%). O maior índice foi verificado na Região Sul em ambos os anos.
O aumento na prevalência de adultos com excesso de peso no Brasil é também verificado nas regiões, à
exceção da Região Norte, que apresenta uma redução, embora de pouca magnitude. A região Nordeste
foi a que apresentou o maior aumento percentual em relação ao levantamento de 1989.
Download

Taxa de prevalência de excesso de peso em adultos – G.71