BOLETIM INFORMATIVO
Associação Brasileira de Patologistas
de Organismos Aquáticos
Veja nesta edição
S
Mais
Laboratórios que
oferecem
estágios
Pág. 2
S
Doenças
de
Anfíbios - Uma
visão geral
Pág. 3
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Lançamentos!
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Confira
a
Agenda de
Eventos
Pág. 6
PROMOÇÃO:
APOIO:
Associação Brasileira de Patologistas
de Organismos Aquáticos
Diretoria da
Prezados (as) Associados (as)
Biênio 2007-2008
PRESIDENTE
Ricardo Massato Takemoto
Universidade Estadual de Maringá
VICE PRESIDENTE
Maurício Laterça Martins
Universidade Federal de Santa Catarina
SECRETÁRIA
Maria de los Angeles Perez Lizama
Universidade Estadual de Maringá
2º SECRETÁRIO
Marcelo Knoff
Fundação Instituto Oswaldo Cruz
TESOUREIRO
Gilberto Cezar Pavanelli
Universidade Estadual de Maringá
2ª TESOUREIRA
Ângela Teresa Silva e Souza
Universidade Estadual de Londrina
CONSELHO FISCAL
Joaber Pereira Junior
Universidade Federal do Rio Grande
Estamos trabalhando com a máxima dedicação na organização do X Encontro
Brasileiro de Patologistas de Organismos Aquáticos que será realizado de 17 a 20 de
novembro de 2008, na cidade de Búzios, RJ. Neste sentido, estamos mantendo contato
com vários pesquisadores e gostaria nesta oportunidade de agradecer a todos que
aceitaram o convite para participar como conferencistas, debatedores em mesas-redondas
ou ministrantes dos mini-cursos, desta forma compartilhando um pouco de seus
conhecimentos. Estamos mantendo contato também com várias instituições para
conseguir recursos para a realização do evento e gostaria de destacar e agradecer os apoios
já confirmados do CNPq, Fundação Oswaldo Cruz, Nupélia/UEM e Polinutri.
Não posso deixar de agradecer a todos os associados que atenderam a nossa
solicitação, e atualizaram suas anuidades. Porém, ainda há associados que não
atualizaram seus cadastros e as anuidades, desta forma, não poderão usufruir dos
descontos oferecidos.
O ENBRAPOA já se tornou uma referência nacional e internacional e com
certeza o X ENBRAPOA que será realizado na bela cidade de Búzios, RJ, permitirá o
intercâmbio de informações, propiciando assim o desenvolvimento dos estudos sobre
patologias de organismos aquáticos no Brasil.
Assim, temos um encontro marcado de 17 a 20 de novembro de 2008 em Búzios,
RJ, para a realização do nosso X ENBRAPOA.
Dr. Ricardo Massato Takemoto
Presidente
Luiz Eduardo Roland Tavares
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
José Luis Fernando Luque Alejos
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
SUPLENTES
Rubens Riscala Madi
Universidade Estadual de Campinas
Noé Ribeiro da Silva
Universidade Federal de Uberlândia
Leandro Portz
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
BOLETIM INFORMATIVO
Associação Brasileira de Patologistas
de Organismos Aquáticos
Editor
Ricardo Massato Takemoto
Membros
Maria de los Angeles Perez Lizama
Gilberto Cezar Pavanelli
Impressão
Gráfica Massoni
Tiragem
500 exemplares
ABRAPOA - Universidade Estadual de Maringá
Nupélia - Bloco G-90 - Av, Colombo, 5790
CEP 87020-900 - Maringá, PR
Impresso em papel reciclado
Suely Coelho Giesen
Helcy Lylian Nogueira Silbiger
Bartira Guerra Santos
Cláudia Ehlers Kerber
Marcos Tavares Dias
Francisco Glauco de A. Santos
2
Nesta seção pretendemos divulgar os laboratórios que desenvolvem pesquisas na área
de Patologia de organismos aquáticos e têm condições de receber estudantes para
desenvolver estágios. A lista completa com as informações de todos os laboratórios está
disponível em nossa página na inetrnet: www.abrapoa.org.br
Laboratório de Patologia e
Parasitologia de Peixes (Núcleo de
Diagnóstico e Patologia em
Aqüicultura, CCA, UFSC)
Universidade Federal de Santa
Catarina
Linhas de pesquisa: diagnóstico de
enfermidades, taxonomia de parasitos,
relação parasito/hospedeiro/ambiente,
estresse, inflamação, imunoprofilaxia
Contato: Prof. Dr. Mauricio Laterça
Martins - [email protected]
Laboratório de Bacteriologia
Veterinária e Doenças Infecciosas
Universidade Estadual de Londrina –
UEL – Londrina - Paraná
O laboratório atende a rotina do Hospital
Veterinário e Comunidade Externa de
Londrina e diferentes regiões do Brasil
através do diagnóstico bacteriológico e
sorológico das principais doenças
bacterianas dos animais domésticos.
Paralelamente oferece uma rotina
específica para diagnóstico das
principais doenças bacterianas em peixes
cultivados. No contexto do Programa de
Pós-graduação em Ciência Animal são
desenvolvidas pesquisas relacionadas à
sanidade e profilaxia das doenças
bacterianas em peixes cultivados. A
principal linha de pesquisa é com
Streptococcus agalactiae em tilápia
(epidemiologia, patologia e desenvolvimento
de vacina).
Contato: Prof. Dr. Ernst E. Müller [email protected] e Dra. Lucienne Garcia
Pretto Giordano – [email protected]
Fone: (43) 3371-4259
Laboratório de Ecologia de Parasitos de
Organismos Aquáticos
Universidade Estadual de Londrina –
UEL – Londrina - Paraná
No laboratório são desenvolvidos estudos
dos parasitos de peixes e de moluscos de
água doce, procedentes tanto de ambiente
natural como de cultivos. Junto ao
Programa de Pós-Graduação em Ciências
Biológicas são desenvolvidas pesquisas
relacionadas ao uso dos parasitos como
bioindicadores.
Contato: Profa. Dra. Ângela Teresa Silva e
Souza - [email protected]
Fone: (43) 3371-4247
Associação Brasileira de Patologistas
de Organismos Aquáticos
Dr. Marcio Hipolito
Médico Veterinário, Pesquisador Científico VI
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Sanidade Animal
Instituto Biológico, APTA/SAA – São Paulo, SP.
[email protected] Fone 11 5087-1720 / 1721
Para os anfíbios em geral, silvestres e alojados, tem-se as
Doenças por Deposição e Armazenamento: por deposição mineral,
como sais de cálcio na córnea e pele, decorrentes de doenças renais
ou dieta errada e também nas fibras colágenas, por excesso de
cálcio na alimentação. Deposição lipídica, como a lipidose
hepática; depósito de ferro, a hemosiderose, que é comum,
refletindo um processo patológico. Por deposição de melanina,no
epitélio tubular renal e nos hepatócitos; é um achado incidental ou
indicativo de processo patológico. Outra deposição é a
xantomatose, em animais com dietas de alto colesterol e causa a
ceratopatia lipidica, além de granulomas nos pulmões, superfície
celomática e cérebro. Também ocorre urolitíase e hemorragia
pulmonar por mineralização metastática.
Presença de Anomalias: como hipoplasia ou aplasia ocular;
hermafroditismo e a síndrome das pernas delgadas em rãs. Podem
ser desenvolvidas ou adquiridas como desaparecimento total ou
parcial das pernas, presença de pernas e dedos extras, formação
incompleta das pernas, perda de olhos e cauda, lesões de pele e
deformações gerais do corpo e em boca de larvas principalmente, de
causa não esclarecida. A presença de anomalias está também
associado com parasitismo, pelo Trematoda Ribeiroia ondatrae, que
causa deformidades das pernas. Em algumas espécies de salamandra
há uma doença cardíaca congênita, que causa malformação.
Tem-se as complicações por contenção e anestesia, com
traumatismos e intoxicações.
Ocorrências de doenças metabólicas e endócrinas, com doenças
ósseas metabólicas, lipidose hepática, xantomatose e urolitíase.
Outras causas são decorrentes de doenças nutricionais e
metabólicas, como dos ossos; presença de pernas e mandíbulas
intumescidas.
Presença de neoplasias e desordens linfóides e
mieloproliferativas como melanomas, papilomas, sarcomas e
neoplasias ovarianas, hepáticas e renais e o mastocitoma cutâneo.
Como doenças infecciosas e inflamatórias, tem-se a infecção
bacteriana, que é o mais comum processo primário ou secundário.
Tem-se a micobacteriose, com os agentes Mycobacterium
chelonei, M. marinum, M. ranae (fortuitum), M. xenopi e M.
ranicola. A ocorrência de salmoneloses é raríssima, sendo os
anfíbios portadores e é uma doença zoonótica, decorrente da
contaminação da carne por conteúdo intestinal ou pelo simples
manuseio. Há a infecção Staphyloccocica e Streptoccocica,
causando dermatites e granulomas cutâneos ou viscerais,
associada como a doença da perna-vermelha – síndrome “Red Leg
Disease” – secundária e muito comum em anfíbios aquáticos e rãs.
Há a dermatite bacteriana com septicemia, associada ao estresse,
ambiente inapropriado e traumatismo. A Aeromonas hydrophila é
o organismo bacteriano clássico. Presença de inchaço de dedo em
salamandra, conhecido como “Bumblefoot”, associado com a
Pseudomonas, além de Flexibacter columnaris e Aeromonas
hydrophilia. A Pseudomonas pode aparecer em erosão de boca e
necrose peri-cloacal. Outro agente que pode causar inchaço em
dedos é a Weeksella virosa. Ainda pielonefrite bacteriana, em
anuros por coliformes. Tem-se ainda a Chlamydiosis, doença
sistêmica granulomatosa, sempre fatal.
Dentre as infecções por fungos, as que causam micose
cutânea são as mais comuns. São a Chytridiomycose, causada pelo
Batrachochytrium dendrobatidis em rãs e salamandras, e
associada ao declínio mundial de anfíbios. Ainda a Mucormycose
em anuros, com granulomas viscerais; a Chromomycose/
Chromoblastomycose, com granulomas na pele e nas vísceras com
hifas pigmentadas. Ocorrem ainda a Phycomycose; Aspergillose;
Basidiobolomycosis;
Saprolegniose, externa,
em animais
aquáticos, formando o “algodão” quando crescido; Ichthyophonuslike; além de Dermocystidium e Dermosporidium (considerados
como protozoários), causando granulomas na derme.
Ainda a infecção pela alga Anurofeca (Prototheca) richardsi.
Por infecções virais, tem-se as causadas por vírus DNA, como
o Herpesvirus, como do Tipo 1 –agente do tumor viral de Lucke
das rãs leopardo, sendo a primeira confirmação de um processo
tumoral causado por vírus transmissível.; o Tipo 2, isolado de urina
de rã com adenocarcinoma, porém não transmissível e o Tipo 3,
associado a lesão de pele. Há as partículas virais “Like”
herpesvirus, causando papiloma de pele de salamandra e a hepatite
necrótica nos hilídios. Outro vírus é um Polyomavirus - Like,
associado a tumor renal. Outro grupo importante é o Iridovírus,
especificamente o Ranavírus, que está associado com morbidade e
mortalidade de diferentes espécies de rãs e salamandras, sendo
também um dos agentes responsáveis pelo declínio mundial dos
anfíbios e pode ser o mesmo que o “Frog erythrocytic virus”, o
“Tadpole edema virus”e o “Ambystoma tigrinum virus”. Entre os
ainda vírus DNA, o grupo Poxvirus -Like, associado a melanomas
de pele e o Adenovírus, ligado a tumores renais; o Parvovírus,
associado a miosite de língua. Dentre as infecções virais causadas
por vírus RNA, o grupo Retrovírus, associado a células tumorais;
os grupos Calicivirus e Flavivirus, além de reservatório ou em
infecções experimentais, como o “West Nile Vírus” e o “Japanese
encephalitis virus”. Ainda por esclarecer, o "Redlynch virus”,
causando má-formação das pernas traseiras.
Como Parasitoses, há a Microsporidiose, pelo agente
Pleistophora myotrophica; as Mixosporidioses, por Myxobolus;
Myxidium; Chloromyxum; Hoferellus; Sphaerospora e
Caudomyxon, comprometendo testículos, rins, fígado e pele com
dermatite ulcerativa. Outros protozoários são Hepatozoon
(Apicomplexans); Aegyptianella ranarum (Anaplasmataceae);
Trypanosomas; Coccidioses com Eimeria e Isospora; Candida
humicola, Entamoeba ranarum;
além de Trichodina,
Piscinoodinium e Tetrahymena como parasitas de pele. Entre os
Nematodes, Gyrynicola chabaudi. Há a presença de Cestodes e
Trematodes, com metacercária dérmica em salamandras e o
Haemoloechus sp, no pulmão. Ainda cistos hidáticos com lesões
de pele por Spirometra erinacei. Presença de vermes pulmonares,
como Rhabdias spp. e em glândula urinária pela Gorgoderina.
Presença de Microfilárias, como a Capillaria Pseudocapillaroides
xenopi (Capillaria xenopodis) na epiderme de sapo e de
Acanthocephalos. Entre os Ectoparasitos, larvas de mosca, em
miíase, como a Bufolucilia sp, presente nas vias respiratórias e a
Batrachomyia. Ocorrem
também parasitismo por
sanguessuga e por
Copepodes, como a
Laernaea cyprinacea
(verme-âncora) e Argulus, que
são microcrustáceos parasitas.
Presença de Ácaros, como o
Carrapato Amblyomma em Bufo
ictericus.
Outras causas de processos
Figura retirado de www.torontozoo.com/adoptapond/frogs.asp?fr=8
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Associação Brasileira de Patologistas
de Organismos Aquáticos
patológicos são a Desidratação; Sobrecarga alimentar;
Prolapso/Intussuscepção de alças intestinais e/ou da cloaca; Doenças
autoimune ou imunosupres-sivas; Traumatismo; Intoxicação por
desinfetantes; Aflatoxina e Lesões de pele pelo pH. Há também
Doenças reprodutivas ou perinatais e a presença de Corpos estranhos
como pedras e vegetais. Há ainda as Doenças edematosas,
hidropsia/anasarca, causada pelo bloqueio dos vasos linfáticos. Além
de Danos renais não devidamente esclarecidos. O “Bloat” em
Cynops orientalis, uma salamandra, com perda da capacidade de
flutuação também não está esclarecido. Ocorre também processo de
“predação” em sapos Bufo com destruição de tecido dorsal e sem se
saber o agressor, que poderia ser formigas.
Para as rãs de criações comerciais, principalmente rã-touro,
os processos patológicos não diferem muito. Tem-se as Doenças
por Deposição e Armazenamento, como da melanina, e nódulos
com depósito de cálcio, podendo ser decorrendo de traumatismos,
presença de irritação por parasitas, pH alcalino da água ou excesso
de cálcio na dieta.
Como Anomalias, a hipoplasia ocular ou aplasia e uma grande
variedade de deformidades das pernas, mais nas posteriores.
Ocorrem ainda perda de cauda, lesões de pele, deformações da
coluna vertebral ou deformações gerais do corpo. Estes defeitos
não letais, podem estar associados a temperatura, qualidade da
água, insolação e consangüinidade, além de desequilíbrio no
metabolismo da vitamina A, tanto pela falta ou excesso na ração, ou
pela poluição decorrente de retinóides, moléculas próximas da
vitamina A.
As doenças metabólicas e endócrinas estão ligadas a doenças
ósseas com mineralização ectópica. Como doenças nutricionais,
presença de deficiência protéica, com rarefação e degeneração
celular protéica e hidrópica. Outras conseqüências são nefrose,
dissociação de fibras cardíacas e processos inflamatórios
generalizados, com presença de células mononucleares.
Dentre as neoplasias e desordens proliferativas, presença de
desordens linfóides; papilomas, como neoplasia benigna epitelial
de células mucóides, no peritônio (em adultos) e na cauda (em
girinos) e no baço, uma desordem linfóide geralmente presente em
graves processos infecciosos.
As doenças infecciosas, como a infecção bacteriana, é também
o mais comum processo secundário, como Micobacteriose, pelo
Mycobacterium chelone abscessus, M. marinum e M. gordonae.
Presença de salmonelose, não como doença, mas como portadores.
Entre os agentes patogênicos a Escherichia coli hemolítica, as
infecção Staphyloccocica e Streptoccocica, causando septicemia,
esplenite necrosante, hepatite e hemorragia renal e hepática;
encefalites, conjuntivite/uveite, incoordenação motora; otites e
nódulos generalizados. A mais comum e característica agressão
infecciosa bacterina é a “Doença da Perna-vermelha”, uma
septicemia, com principalmente Aeromonas hydrophila;
Chryseobacterium (Flavobacterium) meningosepticum;
C.(F.)indolgenes; Edwardsiella tarda e Streptococcus iniae (nos
EUA). Considerada como “Síndrome Red Leg Disease”, e
geralmente secundária, caracterizada por uma dermatite bacteriana
com septicemia, associado ao estresse, ambiente inapropriado e
traumatismo. A A. hydrophila é o organismo clássico, mas com
envolvimento de coliformes,
Pseudomonas aeruginosa,
Flavobacterium, Bacillus sp e outras Aeromonas. Um outro grupo
de infecção é a Clostridiose por Clostridium perfringens e Cl.
sordelli presentes em lesão de miíase bucal e outros Clostridium
sp, em lesões de pele.
As infecções por fungos, micoses, tem como agentes o
Aspergillium e Penicillium. Presença da Chytridiomycosis,
causada pelo Batrachochytrium dendrobatidis, com
hiperqueratose no dorso, notificada no Uruguai e em processo de
estudo entre nós. Outro agente é o Cladosporium/Curvularia,
agente da cromoblastomicose. Ainda os “Fungal-like” organismos
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e a presença da Saprolegniose – Achlya, acometendo a pele de
girinos e associado à má qualidade da água.
Como infecções virais, que parecem ser sempre secundárias
nas criações comerciais, os vírus DNA, tipo Herpesvirus;
Iridovirus e Ranavirus e RNA, dos grupos Paramixovírus;
Togavírus e Retrovírus, este causando uma grande presença
leucocitária linfóide generalizada.
Dentre os Parasitos, os Protozoários Trypanossoma no
sangue, Giardia agilis e Entamoeba ranarum intestinais.
Nematóides como Longibucca catesbeianae, parasitando
estômago e intestino e a Gyrinicola chabaudi nos intestinos. Os
Ectoparasitos acometem através da Laernaea cyprinacea e por
larvas de Dípteros, como a Notochaeta ssp, causando míiase bucal.
Ocorrem ainda perdas de animais causadas pela presença de
corpos estranhos, como “isopor” e, por partículas não
identificadas, ingeridas com a ração; por obstrução intestinal
externa por compressão pelas ovas, alem das causadas por mal
funcionamento peristáltico do intestino como estenose e
invaginação/intussussepção associados a má qualidade da ração
ou mal manejo nutricional; por traumatismos diversos nas pernas,
pés, dedos e na coluna vertebral. Ainda intoxicação por produtos
químicos (produtos de limpeza/desinfecção) e/ou medicamentosa
(antibióticos) e por aflatoxicose, com congestão sangüínea,
esteatose, degeneração hidrópica com vacuolização nas células
hepática e associada com a contaminação da ração ou da matéria
prima por fungos. Ainda a deterioração da ração, devido á sua má
qualidade ou acondicionamento e guarda inapropriados, com
lesões hepáticas, rarefação e degeneração celular.
Dentre outras causas, as doenças reprodutivas, com perda de
fecundidade por degeneração dos órgãos reprodutivos e por
aderência ovariana. Afecção neurológica com torção da cabeça e
exposição da língua, podendo ser decorrente de deficiência de
vitaminas do Complexo B.
Ainda há perdas por causas desconhecidas como edema e
torção da cabeça; hemorragia generalizada, atrofia de órgãos em
animais jovens e malformação da glote e língua em imagos.
Parte destes processos são de origem desconhecida e complica
as medidas preventivas a serem aplicadas, mas estes quadros nesta
situação, são poucos e de ocorrência rara. Os processos mais
comuns e que acometem um grande número de animais podem ser
perfeitamente evitados, controlados ou minimizados, desde que
aplicadas as “boas práticas de criação animal”, com o apoio
fundamental do tripé da qualidade de produção animal, que é o
“perfeito manejo zootécnico – perfeito manejo
alimentar/nutricional – e o perfeito manejo higiênico sanitário”.
Fontes bibliográficas básicas:
Amphibian Diseases Home Page. Disponível em
www.jcu.edu.au/school/phtm/PHTM/frogs/ampdis.htm.
Capturado em abril de 2006.
Bibliography of amphibian disease. Disponível em
www.jcu.edu.au/school/phtm/PHTM/frogs/bibliog.htm.
Capturado em abril de 2006.
Hipolito, M. Manejo Sanitário no Cultivo de Rã. In: RanzaniPaiva. M.J.T.; Takemoto, R.M.; Lizama M.A.P. Eds. Sanidade
de Organismos Aquáticos. Varela, São Paulo, 2004. p.333-353.
Hipolito, M. Causas de mortalidade na ranicultura. In:
International Meeting on Frog Reseatch and Technology, 1,
Econtro Nacional de Ranicultura, 8. Viçosa, MG. Anais...
ABETRA/UFV. V.2, p. 199-207, 1995.
Hipolito, M. Prevenção, diagnóstico e tratamento de enfermidades.
Revista Brasileira de Agropecuária, 1 (3): 62-69, 1999
Hipolito, M.; Bach, E.E. Patologias em rã-touro (Rana catesbeiana,
Shaw, 1802). Primeira revisão da bibliografia brasileira. Arq. Inst.
Biol., São Paulo, v. 69, n.2, p. 113-120, 2002.
Associação Brasileira de Patologistas
de Organismos Aquáticos
Foto Fotobúzios
É com imensa satisfação que a ABRAPOA (Associação Brasileira de
Patologistas de Organismos Aquáticos) convida Vossa Senhoria para
participar do X ENBRAPOA (Encontro Brasileiro de Patologistas de
Organismos Aquáticos) que será realizado entre os dias 17 e 20 de novembro
de 2008, em Búzios, RJ uma das mais belas cidades do Brasil.
Encontro marcado com você e todos os demais colegas de renome
nacional e internacional, este evento tem como objetivo compartilhar,
discutir, analisar, e atualizar temas ligados à patologia de organismos
aquáticos.
Neste sentido, estamos empenhados em fazer uma programação
ampla, que envolva as áreas da patologia de organismos aquáticos,
incluindo palestras, conferências, mesas redondas e mini-cursos, além da
apresentação dos trabalhos que terão um espaço importante garantido em
nossos eventos. Devemos destacar que toda a programação contará com
os mais conceituados pesquisadores dentro da área em que atuam.
A troca de idéias e a possibilidade dos contatos pessoais, tornam
este evento o mais importante em nossa área de atuação. Esperamos você
neste grande acontecimento da ABRAPOA. Participe!
Foto Fotobúzios
Praia da Ferradura - Búzios, RJ
Praia dos Ossos - Búzios, RJ
O X ENBRAPOA ocorrerá no Hotel Atlântico Búzios.
Este hotel apresenta um excelente centro de convenções,
juntamente com habitações extremamente confortáveis e um
resort para aproveitar os momentos de lazer. Entre no nosso site
e confira os valores das diárias diferenciados para os
congressistas.
ATLÂNTICO BÚZIOS
Foto Divulgação
Foto Divulgação
CONVENTION & RESORT
Hotel Atlântico Búzios
Hotel Atlântico Búzios
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Associação Brasileira de Patologistas
de Organismos Aquáticos
Esta 3a Edição foi publicada para divulgar aos interessados em piscicultura,
as informações sobre as doenças mais importantes que podem comprometer os
peixes quando criados em cativeiro.
Apresenta também as doenças que se manifestam nas pisciculturas marinhas, além de introduzir as
inovações mais recentes no combate às patologias dos peixes em geral.
311 páginas - Formato: 15,5 x 21,5 cm - 62 fotos coloridas
3. "Manual de Métodos y Técnicas de Laboratorio de Uso Común
en la Hematología Pisciaria": documento a ser publicado somente
em espanhol, que descreve passo a passo os diversos
procedimentos de laboratório (hemoglobina, contagem
eritrocitaria, contagem leucocitario, hematócrito, velocidade de
sedimentação eritocitaria, fragilidade osmótica dos eritrocitos,
cálculo dos índices hematológicos, preparação e coloração de frotis
sanguíneos etc.) que podem ser usados na hematologia de peixes,
destinado a profissionais e y técnicos na área mais ampla da
piscicultura tanto dulcicola como marinha. No prelo.
4. "Important Infectious and Parasitic Diseases of Farmed
Tilapias"/"Importantes Enfermedades Infecciosas y Parasitarias de
Tilapias Cultivadas":versão bilingüe (espanhol e inglês) que cobre
desde os "princípios básicos" até as enfermidades virais,
bacterianas, micóticas, parasitarias (protozoos e metazoos),
alterações hematológicas etc., com informação sobre o
reconhecimento, diagnóstico, etiología, prevenção e controle
desses problemas. No prelo.
Os CD-ROMs em referencia foram publicados, ou estão em
processo de publicação, pelo Dr. Scott Peddie (Patterson Peddie
Consulting Ltd., Carrickfergus, Reino Unido). Para mais
informações consultar diretamente pelo e-mail:
[email protected]
1. "Basic Atlas of Atlantic Salmon (Salmo salar L.) Blood
Cells"/"Atlas Básico de la Hematología del Salmón del Atlántico
(Salmo salar L.)": versões em inglês e espanhol, o conteúdeo CDROM se aplica por igual as células sanguíneas normais e anormais
das trutas e dos demais salmonideos. Publicado em 2006.
2. "Basic Atlas of Normal and Abnormal Blood Cells in Farmed
Tilapias"/"Atlas Básico das Células Sanguíneas Normais e
Anormais en Tilapias Cultivadas": versão bilingüe (espanhol e
inglês) que permite reconhecer os elementos eritrocitarios e
leucocitarios - tanto normais como anormais - no sangue de tilapias
cultivadas. Publicado em 2007.
17-20 de novembro de 2008
r
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BOLETIM 31.cdr