CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA
E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
JUSTIFICATIVAS PARA MANUTENÇÃO/PARA ALTERAÇÃO
DE GABARITOS PRELIMINARES
De acordo com o Edital Nº013/2010, que rege este Concurso Público, argumentações
inconsistentes, extemporâneas, que estiverem fora das especificações estabelecidas para a
interposição, que contiverem questionamentos de natureza administrativa (por exemplo, relacionados
às normas previamente estipuladas em Edital) não obterão resposta da banca avaliadora e, por isso,
não terão respostas publicadas na Internet.
Não serão computadas as questões não assinaladas na grade de respostas, nem as que
contiverem mais de uma resposta, emenda ou rasura, ainda que legível.
CARGO 1 – AGENTE PROFISSIONAL (ANALISTA DE INFORMAÇÕES)
LÍNGUA PORTUGUESA
QUESTÃO 02 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam avaliadas as assertivas incorretas. Nesse caso, apenas a I e a II contêm
informações incorretas, já que em I, têm e também são acentuadas em virtudes de regras diferentes;
a primeira recebe acento, pois indica plural; a segundo, recebe acento porque é uma oxítona
terminada em “-em”. Na assertiva II, as palavras paroxítonas terminadas em “-l” são acentuadas,
assim como as acentuadas em “-eis”. (Cegalla;, 2007; Bechara,2008).
Em relação à assertiva III, a palavra último, sem o acento gráfico (ultimo) em outro contexto,
representa um verbo flexionado (1ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ultimar).
QUESTÃO 05 - MANTIDA.
A assertiva III, em relação ao último parágrafo do texto, constrói incorreções ao que ali está posto,
pois, as ações de sentar, contemplar e relatar são aquelas que estamos gradualmente esquecendo
quando estamos diante de um texto e não da internet.
QUESTÃO 15 - ALTERA GABARITO DE ALTERNATIVA “D” PARA ALTERNATIVA “E”.
A questão solicita que sejam avaliadas propostas de alterações no texto e que seja marcada a
alternativa que indica aquelas que provocam alteração de sentido. Dentre as três assertivas, apenas a
I mantém o significado original, visto que o deslocamento do ajunto adverbial para o início da frase
não altera o sentido. Assim: Metade das coisas que descobri em minhas pesquisas tem o mesmo
sentido que Em minhas pesquisas, metade das coisas que descobri . Já as duas outras assertivas, ao
serem modificadas têm o sentido alterado. Na II, a supressão do advérbio apenas retira da frase uma
informação relevante para a construção do enunciado, pois atribui ao verbo folhearam a ideia de
exclusividade em relação às ações do leitor, quando na construção de opiniões válidas. A assertiva III,
igualmente, tem o sentido modificado na medida em que o adjetivo criativo passa a qualificar um
substantivo diferente – processo criativo para blefe criativo.
QUESTÃO 19 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam avaliadas as afirmações, assinalando V ou F, conforme sejam verdadeiras
ou falsas à luz das quatro partes do texto e das inferências possíveis a partir dele.
Quanto à primeira assertiva, considera-se verdadeira, na medida em que não contradiz as ideias do
texto. Inicialmente, é necessário saber que na primeira parte do texto o autor nos informa a respeito
do fato de que muitos – alunos e professores – estão diminuindo a leitura de livros em troca de fontes
com um mecanismo de busca, fazendo uma referência clara à internet. Continua o autor nos próximos
parágrafos: “Estamos, então, ficando burros? De acordo com The Shallows, livro de tecnologia de
Nicholas Carr, os hábitos online estão danificando as faculdades mentais necessárias para processar e
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entender informações textuais mais longas. Os feeds de notícias a toda hora mandam o leitor de um
link para outro – sem que ele, necessariamente, se aprofunde em algum conteúdo. A leitura é
frequentemente interrompida com a chegada do último e-mail, e, agora, o internauta ainda absorve
pequenas rajadas de palavras no Twitter e no Facebook.
Tudo isso significa que, embora, por conta da internet, nós tenhamos nos tornado bons em coletar
uma ampla gama de petiscos...
Cabe ainda ressaltar que, linguisticamente, o uso do nós na apresentação das ideias do professor, o
inclui num grupo indefinido de pessoas, assim como se faz na afirmação ao usar o pronome todos.
Já a assertiva II, também encontra respaldo nas ideias do texto, especialmente no contido entre as
linhas 05 e 10 – parte 2: ”Se você quer uma experiência profunda com um livro, se quer internalizar
isso, para misturar as ideias dos autores com __ suas próprias e fazer disso uma experiência pessoal,
você deve ler devagar – diz John Miedema, autor de Slow Reading.
Lancelot R. Fletcher, primeiro autor contemporâneo __ popularizar o termo slow reading, discorda. Ele
argumenta que ler devagar não é tanto sobre libertar a criatividade do leitor, mas, sim,
sobre descobrir a do autor.
Na parte 4 tem-se ainda: “John Miedema revela que, para a real leitura lenta, simplesmente não existe
um substituto para aspectos particulares do livro de papel:
– A encadernação de um livro captura uma experiência ou uma ideia em um tempo e espaço
particulares.
Quanto ao uso de folhar em lugar de folhear, é notório, pelo próprio sentido da frase e das partes do
texto, que o termo tem um lapso de digitação, que não acarreta qualquer problema de interpretação
quanto à afirmação que está sendo feita. Ainda, poder-se-ia utilizar o termo folhar, conforme Houaiss e
Michaellis, atribuindo o sentido de revestir o livro com o próprio olhar, criando-se, assim, uma figura
conotativa, atrelada, ainda ao sentido global do texto.
QUESTÃO 20 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam avaliados os fragmentos e, a seguir, verificados quais deles vêm de
encontro ao que propõe o movimento Slow Reading. – A Agora, as campanhas estão se juntando por
um movimento de slow reading (leitura lenta). Acadêmicos e intelectuais querem que dediquemos
nosso tempo para ler, e reler.
Inicialmente, a assertiva I, apresenta a informação de que o leitor “passeia” – a toda hora – de um
link para o outro, ou seja, ele não se detém para poder usufruir da leitura. Informação que contraria
aquilo que propõe o movimento. Em nenhum momento o texto apresenta ideias que desmereçam o
uso da internet ou de outros tipos de tecnologia.
A assertiva II corrobora aquilo a que o movimento acredita ser adequado. Ou seja, se não se consegue
entender o que está escrito é porque não se lê; não nos detivemos o suficiente para compreender as
ideias do autor. Segundo o movimento, a leitura lenta, aprimora a capacidade do leitor e faz dele um
ser criativo.
A assertiva III, por si só, já diz que o processo de leitura criativa começa pela própria encadernação de
um livro, que carrega dentro de si os mistérios da leitura.
MATEMÁTICA E LÓGICA
QUESTÃO 22 - MANTIDA.
Sejam:
A: diagrama que representa abacaxis;
B: diagrama que representa bananas;
L: diagrama que representa laranjas.
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Representação do argumento (à esquerda) e de sua conclusão (à direita) por meio de diagramas lógicos.
A conclusão apresentada acima, em linguagem corrente, fica: “Alguma laranja não é abacaxi.”
Observa-se que a representação a seguir está incorreta, visto que insere no argumento uma premissa
que não faz parte dele, que é “Nenhuma laranja é abacaxi.”, o que constitui uma inferência.
Pode-se justificar a conclusão apresentada utilizando-se os equivalentes lógicos das proposições
categóricas, do seguinte modo:
“Todo abacaxi é banana.” tem como equivalente lógico: A → B
“Alguma laranja não é banana.” tem como equivalente lógico: L ∧ ~B
A representação do argumento é dada por:
Premissa 1: A → B
Premissa 2: L ∧ ~B
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Conclusão: L ∧ ~A
Tabela-Verdade:
P1
P2
Q
A
B
L
~A
~B
A→B
L ∧ ~B
L ∧ ~A
1
V
V
V
F
F
V
F
F
2
V
V
F
F
F
V
F
F
3
V
F
V
F
V
F
V
F
4
V
F
F
F
V
F
F
F
5
F
V
V
V
F
V
F
V
6
F
V
F
V
F
V
F
F
7
F
F
V
V
V
V
V
V
8
F
F
F
V
V
V
F
F
A linha 7 da Tabela-Verdade acima mostra a situação em que as premissas são verdadeiras. Nesta
mesma linha, a conclusão também é verdadeira, tornando o argumento válido. Como o equivalente
categórico de L ∧ ~A é “Algum L não é A.”, verifica-se que “Alguma laranja não é abacaxi.” é a
conclusão do argumento dado.
QUESTÃO 24 – ANULADA.
p: Valdemar é engenheiro.
q: Heloísa não é jornalista.
Através da Lei de De Morgan, a proposição ~(p ∧ ~q) pode também ser escrita como ~p ∨ q, que, em
linguagem corrente é “Valdemar não é engenheiro ou Heloísa não é jornalista.”
Entretanto, a alternativa B também é equivalente à proposição dada no enunciado da questão.
Comprovação por meio de Tabela-Verdade:
B
A
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C
D
E
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~(p ∧ ~q) ~(p →~ q)
~p ∨ q
p∧q
p∨q
V
V
V
V
F
F
F
F
V
V
F
V
V
F
V
V
F
V
V
F
F
p
q
~p
~q
1
V
V
F
F
V
V
2
V
F
F
V
F
3
F
V
V
F
4
F
F
V
V
p→q
Da Tabela acima fica evidente que a questão apresenta duas alternativas corretas, e deve ser anulada.
QUESTÃO 25 - MANTIDA.
A forma lógica da sucessão de palavras apresentada é a seguinte:
SEGurança, TERminal, QUAntidade, QUImera, SEXagenário, SABonete, ...
que forma, nesta ordem a sequência SEG, TER, QUA, QUI, SEX, SAB, que são as abreviaturas dos dias
da semana. O próximo dia da semana (que completa a sequência) é DOM.
Portanto, a palavra que completa logicamente a sequência dada é DOMinado.
Apenas com a primeira letra de cada palavra não é possível identificar corretamente o dia da semana a
que se refere, em virtude de haver três dias na semana que começam com a letra S e dois que
começam com a letra Q. Ademais, as abreviaturas corretas e conhecidas dos dias da semana são
aquelas apresentadas acima, com TRÊS letras cada uma.
QUESTÃO 28 - MANTIDA.
Sejam as proposições simples:
p: João trabalha longe de casa.
q: João tem carro.
r: João chega atrasado ao trabalho.
A proposição: “Se João trabalha longe de casa e tem carro, então ele não chega atrasado ao
trabalho.”, em linguagem corrente, é dada por:
p ∧ q → ~r
Sua contrapositiva é
r → ~p ∨ ~q
O Teorema Contra-Recíproco estabelece que uma proposição condicional e sua contrapositiva são
equivalentes.
Comprovação por Tabela-Verdade:
p∧q→
p∧q
1
P
q
r
V
V
V
~p ~q ~r
F
F
F
r → ~p ∨
~p ∨ ~q
~r
V
F
5
~q
F
F
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2
V
V
F
F
F
V
V
V
F
V
3
V
F
V
F
V
F
F
V
V
V
4
V
F
F
F
V
V
F
V
V
V
5
F
V
V
V
F
F
F
V
V
V
6
F
V
F
V
F
V
F
V
V
V
7
F
F
V
V
V
F
F
V
V
V
8
F
F
F
V
V
V
F
V
V
V
INFORMÁTICA
QUESTÃO 44 - ALTERA GABARITO DE ALTERNATIVA “C” PARA ALTERNATIVA “A”.
Apesar de ser consenso que Proxy firewalls são alternativas lentas que, em geral, escondem os
endereços reais, o recurso é procedente ao apontar a inexistência de literatura técnica e fundamento
objetivo na primeira afirmação, bem como a existência de casos em que os endereços IP reais não são
escondidos dos clientes, o que contraria a generalidade da segunda. A assertiva II deve ser
considerada incorreta e o gabarito deve ser alterado para alternativa “A” que compreende somente a
assertiva I.
QUESTÃO 50 - ALTERA GABARITO DE ALTERNATIVA “A” PARA ALTERNATIVA “E”.
É improcedente o recurso que pede a retificação da primeira assertiva para verdadeira. Como descrito
no próprio recurso sobre o Microsoft Visual Studio: “trata-se de um conjunto de ferramentas”, e não
somente o Visual Basic, como exemplificado. Assim, não se trata de uma ferramenta dedicada ao
desenvolvimento de interfaces, mesmo que o termo “interface”, como observado pelo recurso, possa
“ser considerado como parte de uma aplicação”.
Por outro lado, são procedentes os recursos que pedem a retificação da terceira assertiva para falsa.
Apesar de os operadores “is” e “as” se tratarem de operadores que, sim, realizam uma comparação
entre dois objetos para verificar uma relação entre eles, as especificações da MSDN, apesar de
agruparem, por vezes, esses operadores juntamente com operadores relacionais, fazem uso, nestes
casos, da terminologia “relational AND type-testing”. Para não deixar dúvidas, é também especificado
que operadores relacionais podem sofrer sobrecarga de operadores, e os operadores “is” e “as” não.
Assim, a especificação correta de tipo dos operadores da terceira assertiva é somente “teste de tipo”.
O que torna os recursos procedentes, e a assertiva falsa. O gabarito deve ser alterado para alternativa
“E”.
CARGO 2 – AGENTE PROFISSIONAL (PROCURADOR)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
QUESTÃO 01 - MANTIDA.
A questão trata de assinalar quais as assertivas são causas de extinção de punibilidade.
Consoante leitura do art. 107 do Código Penal, não há distinção ou divisão no inciso II que se refere à
extinção da punibilidade.
Sendo essa questão entendida pelo texto expresso de lei.
QUESTÃO 04 - ANULADA.
A alternativa E desta questão não deveria conter a opção I.
QUESTÃO 08 - MANTIDA.
A questão trata de assinalar a alternativa INCORRETA.
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As alternativas da questão trazem tanto os casos de suspensão facultativas como as obrigatórias. No
mais, esta distinção não altera o entendimento do dispositivo, mantendo a alternativa correta.
No entanto, deve ser analisada a questão conforme expresso no edital, assim, deve ser entendida
consoante o § 1º do art. 77 do Código Penal.
A questão funda-se em saber se a condenação anterior a pena de multa impede, ou não, a concessão
do benefício.
QUESTÃO 09 - MANTIDA.
Uma das formas da obtenção da capacidade de fato é pela emancipação. A pessoa com mais de 16
anos e menos de 18 anos é assistida, e não representada.
QUESTÃO 10 - MANTIDA.
O nosso sistema jurídico protege os direitos da personalidade, nele estando compreendidos o nome e o
prenome.
QUESTÃO 11 - MANTIDA.
A fraude não é requisito essencial para a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade
jurídica, nos termos do art. 50 do Código de Processo Civil.
QUESTÃO 14 - MANTIDA.
Nem todo bem público é inalienável. Os bens dominiais podem ser alienados.
QUESTÃO 15 - MANTIDA.
A impossibilidade inicial do negócio jurídico nem sempre causa a invalidade do negócio jurídico.
QUESTÃO 17 - MANTIDA.
A mora do credor independe da comprovação de culpa.
QUESTÃO 20 - MANTIDA.
A regra sobre a alienação das quotas sociais dependerá das cláusulas contratuais. Somente em caso de
omissão do contrato é que será utilizado o art. 1057 do Código Civil.
QUESTÃO 22 - ANULADA.
Por equívoco, consta nas alternativas mais de uma resposta correta.
QUESTÃO 24 - MANTIDA.
O nosso sistema jurídico, de acordo com a regra contida no art. 1º da Lei nº 11.101/2005, permite a
falência do empresário, sem distinguir entre empresário de fato ou de direito.
QUESTÃO 27 - MANTIDA.
A atuação do Ministério Público deve ocorrer em todas as ações de usucapião, por força do disposto no
art. 944 do Código de Processo Civil.
QUESTÃO 28 - MANTIDA.
O litisconsórcio necessário não pode ser limitado pelo Juiz. Tal faculdade apenas ocorre nos casos de
litisconsórcio facultativo.
QUESTÃO 31 - ANULADA.
Por equívoco, constaram duas alternativas corretas.
QUESTÃO 33 - MANTIDA.
A forma de intervenção de terceiro, onde se busca trazer ao processo o fiador solidário, é o
chamamento ao processo.
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QUESTÃO 34 - MANTIDA.
De acordo com a sistemática adotada no processo civil, o pedido deve, de regra, ser certo e
determinado.
QUESTÃO 35 - MANTIDA.
De acordo com a sistemática recursal adotada no processo civil, após a interposição do recurso de
agravo, e ouvido a outra parte, o juiz poderá reformar sua decisão.
QUESTÃO 38 - MANTIDA.
O artigo 928, parágrafo único, do Código de Processo Civil indica expressamente a possibilidade de
ajuizamento de possessória em relação a Entes Públicos.
QUESTÃO 40 - MANTIDA.
O enunciado solicita que seja indicada a alternativa incorreta. A única alternativa que contém
afirmação incorreta é a de letra ‘b’.
QUESTÃO 42 - MANTIDA.
O ART. 71, da Lei nº 5194/66 refere-se a suspensão do exercício da atividade profissional, e não do
exercício de certas atividades profissionais.
QUESTÃO 46 - MANTIDA.
A questão foi elaborada com base nas fontes de Direito do Trabalho, mais especificamente nas fontes
heterônomas, isto é, aquelas em que há efetivamente a intervenção de um terceiro na sua formação.
Pois, é indubitável que a resposta correta é a letra “c”. Das cinco assertivas, a única que contempla
uma fonte heterônoma é a letra “C”, cujo conteúdo contém a sentença normativa. A doutrina, para a
maior parte dos juristas, sequer é classificada como fonte, sendo uma figura juslaborativa especial,
tendo em vista que retrata o posicionamento de determinado pesquisador sobre o tema em análise.
QUESTÃO 47 - MANTIDA.
A assertiva II está correta, nos termos do que leciona o artigo 4º da CLT. A existência dos bips,
celulares e pagers não afasta o enunciado da questão, que não é excludente, mas apenas retrata a
redação do dispositivo celetista. Além disso, o recurso apresentado é genérico, não apontando onde
está o problema de interpretação da questão. Não há equívoco na assertiva I, pois o fato de existir
legislação especial para os domésticos, por exemplo, não diferencia o trabalho intelectual, técnico ou
manual. O enunciado está de acordo com o disposto no artigo 3º, parágrafo único, da CLT.
QUESTÃO 48 - MANTIDA.
A assertiva “E” está correta e em consonância com a súmula 331, I, do TST. A única afirmação que
apresenta erro gritante é a de letra “b”, ao falar em atividade-fim.
QUESTÃO 49 - MANTIDA.
A assertiva correta é a de letra “a”, por retratar a literalidade do artigo 443, §1º, da CLT. O recorrente
está equivocado ao afirmar que a alternativa de letra “b” também está correta. No artigo 445, § único,
da CLT, verifica-se que não são todos os contratos por prazo determinado que têm prazo de dois anos.
O contrato de experiência, por exemplo, tem prazo máximo de 90 dias.
QUESTÃO 52 - MANTIDA.
Na prova foram cobradas as súmulas e orientações jurisprudenciais do Tribunal Superior do Trabalho,
e ambas as assertivas são provenientes do entendimento consolidado da Corte Superior. O item I está
de acordo com a súmula 244 do TST. É o entendimento que prevalece até que se comecem a adotar,
uniformemente, posicionamentos divergentes.
QUESTÃO 62 - ANULADA.
A banca elaboradora, por julgar os recursos procedentes, resolve anular a questão.
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QUESTÃO 64 - MANTIDA.
O enunciado da questão traz: “Analise as seguintes afirmativas em relação ao Estado Brasileiro”. O
Estado Brasileiro é composto, na sua essência, pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, órgãos
estatais independentes e harmônicos entre si. São considerados ainda, nas palavras do ministro Celso
de Mello, órgãos da soberania nacional, pois atuam no contexto da organização estatal (STF, MS
27.931-MC, DJE 01/04/2009). Por esse motivo, a palavra “órgãos” no inciso I, não invalida a assertiva.
O inciso II está errado porque a Constituição Federal também adotou a técnica da repartição vertical
de competências (CF, art. 23), também chamada de Federalismo Cooperativo em que a competência é
comum a todos os entes federativos, por meio de Lei Complementar. O inciso III está errado porque a
competência legislativa sobre normas gerais de licitação é privativa da União (CF, art. 22). Lei
complementar poderá apenas autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas (CF, art. 22, §
único). O que não é específico, é geral. Logo, normas gerais é competência privativa da União. O inciso
IV está errado porque compete aos Municípios suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber (CF, art. 30, II). Por fim, o inciso V está errado porque o mandado de segurança não objetiva
suprimir omissões, mas sim proteger direito líquido e certo. O remédio constitucional apto para o caso,
além do mandado de injunção, é a ADI por omissão. Portanto, a única alternativa correta é a “A”.
QUESTÃO 66 - MANTIDA.
O artigo 74, caput, e inciso I, da Constituição Federal expõe que “Os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...) II –
avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo
e dos orçamentos da União. (...)”.
QUESTÃO 68 - MANTIDA.
As leis ordinárias, as leis complementares, as leis delegadas, as medidas provisórias são normas de
caráter infraconstitucional, porque decorrem da Constituição Federal e buscam a realização do direito
constitucional, gerando direitos e impondo obrigações; enquanto que os decretos executivos, as
portarias e as circulares são normas de caráter infralegal, porque decorrem da lei e objetivam a
realização do direito infraconstitucional, mas não tem o poder de gerar direitos e impor obrigações.
QUESTÃO 69 - MANTIDA.
O artigo 1° da Lei 6.830/80 dispõe que “A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e,
subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.”
QUESTÃO 71 - MANTIDA.
O artigo 3° da Lei 6.830/80 dispõe que “A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de
certeza e liquidez.”
QUESTÃO 74 - MANTIDA.
A questão 74 faz parte do conteúdo programático da prova objetiva para o cargo de Procurador,
matéria de conhecimentos específicos – Execução Fiscal. Neste sentido, a interpretação da questão
deveria levar em conta apenas o contexto da Lei 6.830/80, e não normas relativas a outros ramos do
direito como, por exemplo, do direito tributário. Portanto, nos termos do artigo 2°, parágrafo terceiro,
da Lei 6.830/80: “A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será
feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição,
para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer
antes de findo aquele prazo.” Por sua vez, o artigo 2°, parágrafo quatro, da Lei 6.830/80 dispõe que “A
Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional.” Já o artigo 10 da
Lei 6.830/80 determina que “Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata o
artigo 9º, a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os que a lei declare
absolutamente impenhoráveis.” Por fim, o artigo 5º da Lei 6.830/80 prevê que “A competência para
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processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de qualquer outro Juízo,
inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou do inventário.”
QUESTÃO 77 - MANTIDA.
A questão trata dos princípios constitucionais administrativos. Na administração pública, o princípio da
publicidade está diretamente relacionado à eficácia de seus atos (assertiva I). Um ato só terá eficácia
se ele for devidamente publicizado para os seus destinatários. O princípio do concurso público, por sua
vez, tem como um dos seus fundamentos o princípio da impessoalidade (assertiva II), eis que no
concurso público não se sabe qual pessoa irá prover o cargo, enquanto que nos chamados cargos em
comissão o princípio da impessoalidade perde força porque o convite é exemplo de ato administrativo
discricionário, e direciona-se à determinada pessoa previamente escolhida, seja ela de fora ou de
dentro da Administração. Da mesma forma, quando o Estado licita, abre-se a oportunidade de
contratação para um grande número de participantes (assertiva III). Por fim, a assertiva IV refere “o
princípio da eficiência pode ser considerado como sinônimo de economicidade.” Esta informação está
errada porque o princípio da eficiente não se vincula ao preço, mas à qualidade do serviço. Eficiência
não é gastar pouco, mas gastar bem.
QUESTÃO 81 - MANTIDA.
O atributo da imperatividade não ocorre em todos os atos jurídicos realizados pela Administração
Pública. É característica não percebida nos atos enunciativos e nos atos negociais, porque serão
acatados, executados ou terão sequência se for desejo do administrado. Atos de gestão e atos regidos
por normas de direito privado são atos jurídicos sem imperatividade, porque dependem da
concordância do administrado para a prática do ato administrativo. Atos jurídicos com imperatividade
são os atos de império, significa dizer, atos que não precisam do consentimento do administrado para
que se sacramentem. O atributo da autoexecutoriedade somente poderá ocorrer se houver autorização
legal ou se a segurança pública o exigir. Ou seja, os atos administrativos não só dotados de
autoexecutoriedade nas hipóteses previstas expressamente em lei, porque as situações de emergência
também podem legitimar a concreta execução dos interesses públicos de caráter primário. O exercício
do poder de polícia por vezes se manifesta em situações de emergência não previstas em lei. Portanto,
a autoexecutoriedade depende de previsão legal, no entanto, excepcionalmente também se justifica
em situações de emergência. Por fim, quanto à assertiva IV, diz-se que em caso de ilegalidade do ato
administrativo, a administração deverá apenas anulá-lo. Isso porque, a anulação é para os atos ilegais,
enquanto que a revogação é para os atos legais que deixaram de ser convenientes e oportunos.
QUESTÃO 84 - MANTIDA.
A assertiva I está errada porque a realização de uma obra de engenharia até R$ 15.000,00 não exige
obrigatoriamente a realização de prévia licitação na modalidade convite. Além disso, nos casos em que
couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a
concorrência. A assertiva II está errada porque a empresa com registro perante a Administração pode
participar de licitação na modalidade de concorrência, pois esta admite a participação de quaisquer
interessados, desde que habilitados (Lei 8.666/93, art. 27). A assertiva III está certa porque ela não
contém uma obrigação, mas uma possibilidade. A modalidade concurso objetiva selecionar trabalho
técnico, científico ou artístico; e é definido em função do objeto a ser licitado. Bens inservíveis não são
passíveis de alienação.
QUESTÃO 85 - MANTIDA.
O artigo 23, inciso II, alínea b, da Lei 8.666/93 dispõe que “As modalidades de licitação a que se
referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo
em vista o valor estimado da contratação: II - para compras e serviços não referidos no inciso
anterior:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9648cons.htm - art23ii b) tomada de preços - até R$
650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais)”.
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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA
E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
QUESTÃO 86 - MANTIDA.
A alternativa “B” refere “Diante de um serviço técnico especializado, de natureza singular, na área de
publicidade, pode a Administração efetivar contratação direta, visto configurar hipótese de
inexigibilidade de licitação.” Esta afirmação está errada, pois o artigo 25, inciso II, da Lei 8.666/93
dispõe que “Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de
publicidade e divulgação”. Portanto, é vedada a inexigibilidade na área de publicidade; hipótese em
que a única resposta correta é a da assertiva D.
QUESTÃO 87 - MANTIDA.
Apenas uma das assertivas é correta, qual seja, a do inciso II, porque transcreve a ideia prevista no
artigo 153, parágrafo primeiro, da Constituição Federal, verbis: “Art. 153. Compete à União instituir
impostos sobre: § 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.” Todos os
outros incisos são incorretos. A capacidade tributária é delegável; a competência para instituir ISSQN
não pode ser transferida aos Estados por lei delegada e; por fim, o empréstimo compulsório é
instituído por lei complementar (CF, art. 148).
QUESTÃO 89 - MANTIDA.
Apenas uma única resposta está adequada com a melhor técnica de elaboração de prova objetiva e de
acordo como o nível de escolaridade exigido para o seu enfrentamento. Trata-se, portanto, de questão
na qual pode ser identificada com precisão a resposta exata, eis que se trata de questão de múltipla
escolha, típica questão de prova objetiva, pelo que deverão ser respondidas as assertivas, uma a uma,
por eliminação, marcando-se verdadeiras ou falsas, corretas ou incorretas, para, ao final, identificar a
única alternativa correta, de acordo com as proposições julgadas.
QUESTÃO 91 - MANTIDA.
Apenas a afirmativa I está correta. Isso porque, os artigos 150, inciso III, alínea b, c/c o artigo 196,
parágrafo sexto, ambos da Constituição Federal estabelecem, respectivamente: “Art. 150. Sem
prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que tenha sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou; (...) Art. 195. A seguridade social será financiada por
toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais: § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando
o disposto no art. 150, III, "b".” Neste sentido, a lei que estipular o aumento de contribuição social
destinada ao custeio da seguridade social precisa se sujeitar ao princípio da anterioridade mitigada.
Enquanto que, as afirmativas II, III e IV estão erradas. A II porque instituições de educação e de
assistência social com receitas e despesas visam o lucro. E o primeiro requisito a ser atendido é o da
ausência de fins lucrativos, conforme o artigo 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal: “Art.
150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos
partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei”. A III está
errada porque o artigo 155, inciso XII, da Constituição Federal determina que as matérias ali
constantes devem ser editadas por Lei Complementar. Por fim, a frase IV também está errada, eis que
o empréstimo compulsório deve ser instituído por lei complementar (CF, art. 148); e ainda o artigo 62,
parágrafo primeiro, inciso III, da Constituição Federal proíbe o uso de Medida Provisória para tratar de
matéria reservada à Lei Complementar.
11
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E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
QUESTÃO 92 - MANTIDA.
O critério espacial do imposto sobre transmissão causa mortis para os bens imóveis é o local onde se
localizam os bens, enquanto que para os móveis, títulos e direitos é o local onde for processado o
inventário. Ainda, cumpre dizer que a matéria da questão 92 encontra-se prevista no edital do
concurso, dentro do programa da prova de conhecimentos específicos – Direito Tributário.
QUESTÃO 93 - MANTIDA.
A matéria relativa à base de cálculo do IPTU encontra-se prevista no edital do concurso, Conteúdo
Programático da prova objetiva para o cargo de Procurador, conhecimentos específicos – Direito
Tributário. O Edital não foi extrapolado.
QUESTÃO 94 - MANTIDA.
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. A II está certa porque o lançamento é o ato declaratório
da obrigação tributária e constitutivo do crédito tributário. Diz o artigo 142 do Código Tributário
Nacional: “Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário
pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.” A
III está certa porque os artigos 96, 97 e 99, todos do Código Tributário Nacional estabelecem que a
Legislação Tributária é mais abrangente do que o conceito de lei e os decretos possuem o mesmo
conteúdo e alcance das leis pelas quais foram expedidos, nesses termos: “Art. 96. A expressão
"legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as
normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes. Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: V - a cominação de penalidades para as ações ou
omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; Art. 99. O conteúdo e
o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados
com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.”
QUESTÃO 95 - ANULADA.
A banca elaboradora, por julgar os recursos procedentes, resolve anular a questão.
QUESTÃO 96 - MANTIDA.
Dentre as assertivas apontadas, a III refere “A venda de bens do ativo fixo da empresa enseja a
cobrança de ICMS na operação, pois corresponde a uma operação de comércio”. Esta afirmação não
está correta, pois não incide ICMS sobre a venda de bens do ativo permanente de empresa, porque
não corresponde a uma operação de comércio. A matéria é regulada expressamente no Texto
Constitucional, o qual em seu artigo 155, inciso II, c/c o artigo 1º da LC 87/96, referem-se no plural a
“operações relativas” à circulação de mercadorias. Ou seja, a incidência do tributo ocorre apenas para
os que transmitem reiteradamente uma ou algumas espécies de mercadorias, fazendo dessa prática
um instrumento permanente para se manter financeiramente. Portanto, para a incidência do ICMS é
necessário o requisito ou da habitualidade da conduta ou de volume que caracteriza intuito comercial
(oneroso). A operação de venda de bens do ativo fixo, esporádica e não vinculada ao objetivo social da
empresa, não se submete à incidência do ICMS. Assim, não incide ICMS sobre a saída de bem do ativo
permanente, pois não se qualifica como hipótese de circulação de mercadorias.
QUESTÃO 97 - MANTIDA.
A Constituição Federal enumera cinco exemplos de espécies tributárias: impostos, taxas, contribuições
de melhoria, contribuições especiais (parafiscais) e empréstimo compulsório. Quanto a este último, é
importante dizer que a Súmula 418 do STF perdeu a validade em face dos artigos 18, § 3º e 21, § 2º,
II da Constituição Federal de 1967 (Emenda Constitucional 1/1969). O Supremo Tribunal Federal, no
RE 111954 (RTJ 126/330) determinou que se aplicassem aos empréstimos compulsórios as disposições
constitucionais relativas aos tributos e às normas de direito tributário.
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CONCURSO PÚBLICO 013/2010
QUESTÃO 100 - MANTIDA.
Diz o artigo 186 do Código Tributário Nacional: “Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro,
seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da
legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.” Portanto, a afirmação de que o crédito tributário
prefere a quaisquer outros, salvo aqueles decorrentes da legislação trabalhista, está contida no
dispositivo legal acima exposto.
CARGOS 3 A 10 – AGENTE PROFISSIONAL DO SISTEMA (AGENTE DE FISCALIZAÇÃO II,
ANALISTA TÉCNICO E ASSESSOR TÉCNICO)
LÍNGUA PORTUGUESA
QUESTÃO 01 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam analisadas as assertivas à luz das informações contidas no texto. Assim, a
assertiva I está incorreta visto que, em relação ao ato de ler, são apresentadas as seguintes
informações:
- no primeiro parágrafo do texto, existe a informação de que “...muitas pessoas não têm mais
concentração para ler artigos até o final.”
- no segundo parágrafo, o texto informa que: “...estamos nos tornando leitores menos atentos...”
- no quarto parágrafo: “estamos gradualmente esquecendo como sentar, contemplar e relatar fatos.”
Assim, em nenhum momento do texto, somos informados de que “perde-se o interesse pelo assunto
abordado” – informação contida na assertiva. Incorreta, pois nela não se pode inferir nem falta de
concentração, nem de interesse. Já a informação contida na assertiva II encontra guarida no terceiro
parágrafo do texto, em que o autor Nicholas Carr diz que nossas faculdades mentais necessárias para
processar e entender textos mais longos estão sendo danificadas.
QUESTÃO 02 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam avaliadas as assertivas incorretas. Nesse caso, apenas a I e a II contêm
informações incorretas, já que em I, têm e também são acentuadas em virtudes de regras diferentes;
a primeira recebe acento pois indica plural; a segundo, recebe acento porque é uma oxítona terminada
em “-em”. Na assertiva II, as palavras paroxítonas terminadas em “-l” são acentuadas, assim como as
acentuadas em “-eis”. (Cegalla;, 2007; Bechara,2008).
Em relação à assertiva III, a palavra último, sem o acento gráfico (ultimo) em outro contexto,
representa um verbo flexionado (1ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ultimar).
QUESTÃO 04 - MANTIDA.
No contexto de ocorrência e considerando as demais informações contidas no texto, a expressão que
“mais se aproxima do significado que coletar uma ampla gama de petiscos” tem no texto é aquela
informada na alternativa D – Conhecer superficialmente os assuntos. O período afirma que, mesmo
estando aptos a buscar informações na internet, estamos esquecendo de “parar, identificar, perceber,
contemplar e, a partir daí, relatar”, ou seja, mesmo que consigamos através de incursões na web
juntar uma grande quantidade de dados – petiscos – ainda e concomitantemente estamos perdendo
nossa capacidade de “saborear” aquilo que temos. Quanto ao sentido da expressão “petiscos”, cabe
aqui fazermos a construção de seu significado a partir do verbo “petiscar” que, segundo Houaiss,
Aurélio e Amora, é comer pouco; só para provar; saborear”.
Assim, no contexto, é possível inferir que, pelo uso da internet e através dela, nos tornamos bons em
buscar muitas informações, porém, assim como diz o verbo, não nos aprofundamos – provamos muito,
mas não nos aprofundamos, ou melhor, estamos deixando de nos aprofundar.
QUESTÃO 09 - MANTIDA.
Pede-se a verificação de qual das alternativas contém a correta reescritura da frase que tem relação
direta com o termo anterior da frase, caracterizando-se assim a relação de subordinação, cujo
antecedendo é um substantivo. Assim sendo, percebe-se que a oração a popularizar o termo slow
13
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E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
reading funciona, no período, como uma oração reduzida de infinitivo e sua reescritura somente admite
o pronome relativo que. Além disso, a preposição em, referida pelo recurso, atenderia à regras de
regência verbal, cuja ocorrência na frase não se verifica. Há, ainda, a ressaltar o uso do tempo verbal
que deve manter relação estreita com o verbo da frase anterior.
QUESTÃO 13 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam preenchidas as lacunas de acordo com o sentido que o nexo coesivo no
entanto tem no texto, além de reconhecer a relação estabelecida entre as orações. Também, pede-se
que seja identificado o elemento que pode substituir o nexo, sem promover alterações. A alternativa A
é a única correta, pois as propostas apresentadas completam corretamente as lacunas. Já o elemento
de coesão conquanto não pode substituir no entanto, pois estabelece relação de concessão.
QUESTÃO 15 - ALTERA GABARITO DE ALTERNATIVA “D” PARA ALTERNATIVA “E”.
A questão solicita que sejam avaliadas propostas de alterações no texto e que seja marcada a
alternativa que indica aquelas que provocam alteração de sentido. Dentre as três assertivas, apenas a
I mantém o significado original, visto que o deslocamento do ajunto adverbial para o início da frase
não altera o sentido. Assim: Metade das coisas que descobri em minhas pesquisas tem o mesmo
sentido que Em minhas pesquisas, metade das coisas que descobri . Já as duas outras assertivas, ao
serem modificadas têm o sentido alterado. Na II, a supressão do advérbio apenas retira da frase uma
informação relevante para a construção do enunciado, pois atribui ao verbo folhearam a ideia de
exclusividade em relação às ações do leitor, quando na construção de opiniões válidas. A assertiva III,
igualmente tem o sentido modificado na medida em que o adjetivo criativo passa a qualificar um
substantivo diferente – processo criativo para blefe criativo.
QUESTÃO 16 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam analisadas as ocorrências da palavra que no primeiro parágrafo do texto
e para tanto, a fim de que não haja interpretação diferente daquela solicitadas, as ocorrências estão
negritadas no parágrafo. Assim sendo, apenas essas devem ser analisadas quanto à classe gramatical
e à função que exercem. Caso se quisesse que fossem identificadas e analisadas todas elas, não se
faria a marcação no texto, e se indicaria no enunciado a menção a todas as ocorrências.
QUESTÃO 18 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam verificadas as assertivas cujas afirmações podem ser inferidas a partir da
frase “Você já está apto a se alinhar ao movimento do slow reading”.
Cabe salientar que a questão baseia-se apenas na frase e não em outras informações contidas no
texto. Ainda, segundo Fiorin (2008): inferências “são aquelas ideias não expressas de maneira
explícita, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas no
texto.[...] Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos,
como, por exemplo, certos advérbios, certos verbos, orações adjetivas, adjetivos). Fundamentados,
então em Fiorin, pode-se afirmar que, na frase em análise, o advérbio já permite dizer que: a) até o
momento anterior à afirmação, Você não estava apto; b) a preparação para se alinhar ao momento
estava sendo feita até o momento em que se tornou apto. As duas constatações, portanto, têm
amparo na informação contida no advérbio já e pressuposta pelo seu uso. Já a terceira assertiva não
tem amparo linguístico na frase, já que nela não há qualquer referência ou possibilidade de inferência
sobre o fato de que Você possa vir a se alinhar; ou seja; estar apto a fazer algo não significa que se vá
fazer algo.
QUESTÃO 19 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam avaliadas as afirmações, assinalando V ou F, conforme sejam verdadeiras
ou falsas, à luz das quatro partes do texto e das inferências possíveis a partir dele.
Quanto à primeira assertiva, considera-se verdadeira, na medida em que não contradiz as ideias do
texto. Inicialmente, é necessário saber que na primeira parte do texto o autor nos informa a respeito
do fato de que muitos – alunos e professores – estão diminuindo a leitura de livros em troca de fontes
com um mecanismo de busca, fazendo uma referência clara à internet. Continua o autor nos próximos
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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA
E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
parágrafos: “Estamos, então, ficando burros? De acordo com The Shallows, livro de tecnologia de
Nicholas Carr, os hábitos online estão danificando as faculdades mentais necessárias para processar e
entender informações textuais mais longas. Os feeds de notícias a toda hora mandam o leitor de um
link para outro – sem que ele, necessariamente, se aprofunde em algum conteúdo. A leitura é
frequentemente interrompida com a chegada do último e-mail, e, agora, o internauta ainda absorve
pequenas rajadas de palavras no Twitter e no Facebook.
Tudo isso significa que, embora, por conta da internet, nós tenhamos nos tornado bons em coletar
uma ampla gama de petiscos...
Cabe ainda ressaltar que, linguisticamente, o uso do nós na apresentação das ideias do professor, o
inclui num grupo indefinido de pessoas, assim como se faz na afirmação ao usar o pronome todos.
Já a assertiva II, também encontra respaldo nas ideias do texto, especialmente no contido entre as
linhas 05 e 10 – parte 2: ”Se você quer uma experiência profunda com um livro, se quer internalizar
isso, para misturar as ideias dos autores com __ suas próprias e fazer disso uma experiência pessoal,
você deve ler devagar – diz John Miedema, autor de Slow Reading.
Lancelot R. Fletcher, primeiro autor contemporâneo __ popularizar o termo slow reading, discorda. Ele
argumenta que ler devagar não é tanto sobre libertar a criatividade do leitor, mas, sim,
sobre descobrir a do autor.
Na parte 4 têm-se, ainda: “John Miedema revela que, para a real leitura lenta, simplesmente não
existe um substituto para aspectos particulares do livro de papel:
– A encadernação de um livro captura uma experiência ou uma ideia em um tempo e espaço
particulares.
Quanto ao uso de folhar em lugar de folhear, é notório, pelo próprio sentido da frase e das partes do
texto, que o termo tem um lapso de digitação, que não acarreta qualquer problema de interpretação
quanto à afirmação que está sendo feita. Ainda, poder-se-ia utilizar o termo folhar, conforme Houaiss
e Michaellis, atribuindo o sentido de revestir o livro com o próprio olhar, criando-se, assim, uma figura
conotativa, atrelada, ainda ao sentido global do texto.
QUESTÃO 20 - MANTIDA.
A questão solicita que sejam avaliados os fragmentos e a seguir verificados quais deles vêm de
encontro ao que propõe o movimento Slow Reading. – A Agora, as campanhas estão se juntando por
um movimento de slow reading (leitura lenta). Acadêmicos e intelectuais querem que dediquemos
nosso tempo para ler, e reler.
Inicialmente, a assertiva I apresenta a informação de que o leitor “passeia” – a toda hora – de um link
para o outro, ou seja, ele não se detém para poder usufruir da leitura. Informação que contraria aquilo
que propõe o movimento. Em nenhum momento o texto apresenta ideias que desmereçam o uso da
internet ou de outros tipos de tecnologia.
A assertiva II corrobora aquilo a que o movimento acredita ser adequado. Ou seja, se não se consegue
entender o que está escrito é porque não se lê; não nos detivemos o suficiente para compreender as
ideias do autor. Segundo o movimento, a leitura lenta, aprimora a capacidade do leitor e faz dele um
ser criativo.
A assertiva III, por si só, já diz que o processo de leitura criativa começa pela própria encadernação de
um livro, que carrega dentro de si os mistérios da leitura.
MATEMÁTICA E LÓGICA
QUESTÃO 21 - MANTIDA.
Sejam as proposições simples:
p: Estou atrasado.
q: Eu corro.
r: Eu torço o pé.
s: Eu chego a tempo para fazer a prova.
O Argumento, em Linguagem Simbólica, é representado como segue:
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CONCURSO PÚBLICO 013/2010
Premissa 1: p → q
Premissa 2: q → r
Premissa 3: r → ~s
Premissa 4: ~r
Conclusão: ~p ∧ ~q
Tabela-Verdade:
P4
P1
P2
P3
Q
q → r r → ~s ~p ∧ ~q
~s
p→q
F
F
V
V
F
F
F
F
V
V
V
V
F
F
F
V
F
V
F
V
F
F
F
F
V
V
V
F
V
F
V
V
F
V
F
F
F
V
F
F
F
V
F
F
V
F
V
F
V
V
F
F
F
V
F
V
V
F
F
V
V
F
F
F
V
V
V
F
V
V
F
V
V
F
F
F
V
V
F
F
F
V
F
F
V
V
V
V
F
F
V
V
F
V
F
V
F
V
F
V
F
F
V
F
V
V
V
F
V
F
F
F
V
V
V
V
F
F
V
V
F
V
14
F
F
V
F
V
V
F
V
V
V
V
V
15
F
F
F
V
V
V
V
F
V
V
V
V
16
F
F
F
F
V
V
V
V
V
V
V
V
P
q
r
s
~p ~q ~r
1
V
V
V
V
F
F
2
V
V
V
F
F
3
V
V
F
V
4
V
V
F
5
V
F
6
V
7
V
8
V
F
F
9
F
V
V
10
F
V
V
11
F
V
12
F
13
Conceito: Para que um argumento seja válido é necessário que sua conclusão seja verdadeira
sempre que suas premissas forem verdadeiras. Em outras palavras, nas linhas em que todas as
premissas forem verdadeiras deve-se ter conclusão também verdadeira, para que o argumento seja
válido. (Fonte: SÉRATES, Jonofon. Raciocínio Lógico. 8ª ed. Brasília: Editora Jonofon, 1998)
Observa-se, na Tabela-Verdade acima, que apenas nas linhas 15 e 16 se tem todas as premissas
verdadeiras, e, nestas mesmas linhas, a conclusão é igualmente verdadeira.
QUESTÃO 22 - MANTIDA.
p: os gatos são marrons.
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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA
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CONCURSO PÚBLICO 013/2010
q: os cães são amarelos.
A representação simbólica da proposição: “Não é verdade que, se os gatos não são marrons, então os
cães são amarelos.” é
~(~p→q)
Tem-se, portanto, a negação de uma proposição condicional, que pode ser representada por sua
equivalente ~p ∧ ~q.
Confirmação por Tabela-Verdade:
1
2
P
q
1
V
V
2
V
3
F
4
F
F
3
4
~p ~q
5
6
7
8
9
10
11
~p → q
~(~p →
q)
~(p →
q)
p→~q
~p∧
∧~q
~(p∧q)
~p→q
F
F
F
V
F
F
V
F
F
F
F
V
V
F
V
V
F
V
V
V
V
F
V
F
F
V
F
V
V
V
V
F
V
F
V
V
V
F
Observa-se, na Tabela-Verdade acima, que apenas a coluna 9 – em destaque – mostra uma proposição
equivalente à proposição dada (vide coluna 6).
QUESTÃO 23 - MANTIDA.
A negação de uma proposição categórica universal é uma proposição categórica particular ou
existencial.
Assim:
1. a negação do quantificador TODO é ALGUM NÃO É;
2. a negação do quantificador NENHUM é ALGUM;
3. a negação do quantificador ALGUM é NENHUM;
4. a negação do quantificador ALGUM NÃO É é TODO.
Observe-se que, ao se dizer que “Todo A não é B.”, equivale a dizer que “Nenhum A é B.”
Desse modo, uma equivalente da proposição “Todas as frutas não são verdes.” é “Nenhuma fruta é
verde.” Ora, a negação da proposição “Nenhuma fruta é verde.” é “Alguma fruta é verde.”
Como EXISTE e ALGUM são sinônimos, pode-se também dizer que “Existe fruta que é verde.”
Uma outra maneira de se justificar seria através do equivalente lógico da proposição categórica “Todo
P não é Q.”, que é p → ~q. Pode-se desenvolver a tabela-verdade da proposição p → ~q e da sua
negação, que é p ∧ q, lembrando-se de que o equivalente lógico de “Algum P é Q.” é justamente p ∧
q.
QUESTÃO 24 - MANTIDA.
Sejam:
A: diagrama que representa abacaxis;
B: diagrama que representa bananas;
L: diagrama que representa laranjas.
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CONCURSO PÚBLICO 013/2010
Representação do argumento (à esquerda) e de sua conclusão (à direita) por meio de diagramas lógicos
A conclusão apresentada acima, em linguagem corrente, fica: “Alguma laranja não é abacaxi.”
Observa-se que a representação a seguir está incorreta, visto que insere no argumento uma premissa
que não faz parte dele, que é “Nenhuma laranja é abacaxi.”, o que constitui uma inferência.
Pode-se justificar a conclusão apresentada utilizando-se os equivalentes lógicos das proposições
categóricas, do seguinte modo:
“Todo abacaxi é banana.” tem como equivalente lógico: A → B
“Alguma laranja não é banana.” tem como equivalente lógico: L ∧ ~B
A representação do argumento é dada por:
Premissa 1: A → B
Premissa 2: L ∧ ~B
Conclusão: L ∧ ~A
Tabela-Verdade:
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P1
P2
Q
A
B
L
~A
~B
A→B
L ∧ ~B
L ∧ ~A
1
V
V
V
F
F
V
F
F
2
V
V
F
F
F
V
F
F
3
V
F
V
F
V
F
V
F
4
V
F
F
F
V
F
F
F
5
F
V
V
V
F
V
F
V
6
F
V
F
V
F
V
F
F
7
F
F
V
V
V
V
V
V
8
F
F
F
V
V
V
F
F
A linha 7 da Tabela-Verdade acima mostra a situação em que as premissas são verdadeiras. Nesta
mesma linha, a conclusão também é verdadeira, tornando o argumento válido. Como o equivalente
categórico de L ∧ ~A é “Algum L não é A.”, verifica-se que “Alguma laranja não é abacaxi.” é a
conclusão do argumento dado.
QUESTÃO 25 - MANTIDA.
A afirmação I. “Adauto é estivador” não pode ser verdadeira, visto que, se esta for verdadeira, a
alternativa II. “Bernardo não é estivador.” também será verdadeira. Pelo enunciado apenas uma das
afirmações é verdadeira, o que leva à conclusão de que a afirmação “Adauto é estivador.” é falsa.
Se a afirmação II for verdadeira, a afirmação III. “Cláudio não é cozinheiro.” também o será, o que
novamente contradiz o enunciado (apenas uma das afirmações é verdadeira). Daqui conclui-se que a
afirmação II também é falsa. Desse modo, pode-se concluir que a afirmação III é verdadeira. Ora, se
a afirmação II é falsa, então Bernardo é o estivador. Segue-se daí que Adauto é o cozinheiro e Cláudio
é o feirante. A questão pede os nomes do feirante e do estivador respectivamente.
QUESTÃO 26 – ANULADA:
p: Valdemar é engenheiro.
q: Heloísa não é jornalista.
Através da Lei de De Morgan, a proposição ~(p ∧ ~q) pode também ser escrita como ~p ∨ q, que, em
linguagem corrente é “Valdemar não é engenheiro ou Heloísa não é jornalista.”
Entretanto, a alternativa B também é equivalente à proposição dada no enunciado da questão.
Comprovação por meio de Tabela-Verdade:
B
A
19
C
D
E
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E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
~(p ∧ ~q) ~(p →~ q)
~p ∨ q
p∧q
p∨q
V
V
V
V
F
F
F
F
V
V
F
V
V
F
V
V
F
V
V
F
F
p
q
~p
~q
1
V
V
F
F
V
V
2
V
F
F
V
F
3
F
V
V
F
4
F
F
V
V
p→q
Da Tabela acima fica evidente que a questão apresenta duas alternativas corretas, e deve ser anulada.
QUESTÃO 27 - MANTIDA.
A forma lógica da sucessão de palavras apresentada é a seguinte:
SEGurança, TERminal, QUAntidade, QUImera, SEXagenário, SABonete, ...
que forma, nesta ordem a sequência SEG, TER, QUA, QUI, SEX, SAB, que são as abreviaturas dos dias
da semana. O próximo dia da semana (que completa a sequência) é DOM.
Portanto, a palavra que completa logicamente a sequência dada é DOMinado.
Apenas com a primeira letra de cada palavra não é possível identificar corretamente o dia da semana a
que se refere, em virtude de haver três dias na semana que começam com a letra S e dois que
começam com a letra Q. Ademais, as abreviaturas corretas e conhecidas dos dias da semana são
aquelas apresentadas acima, com TRÊS letras cada uma.
QUESTÃO 28 - MANTIDA.
I. Pela Regra Modus Tollens, o argumento é válido.
Outra justificativa:
Sejam as proposições:
p: os elefantes são minerais.
q: os coelhos são vegetais.
Representação do argumento em linguagem simbólica:
Premissa 1: ~p → q
Premissa 2: ~q
Conclusão: p
Tabela-Verdade:
Q
P2
~p ~q
P1
~p → q
p
q
1
V
V
F
F
V
2
V
F
F
V
V
3
F
V
V
F
V
4 F F
V
V
F
A Tabela acima evidencia a validade do argumento.
II. Pela Regra Modus Ponens o argumento é válido.
Outra justificativa:
Sejam as proposições:
p: 2 + 2 = 3.
q: 3 é um número par.
Representação do argumento em linguagem simbólica:
Premissa 1: p → q
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E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
Premissa 2: p
Conclusão: q
Tabela-Verdade:
P2
Q
P1
p
q
p→q
1
V
V
V
2
V
F
F
3
F
V
V
4 F F
V
A Tabela acima evidencia a validade do argumento.
III. O argumento não segue as Regras Modus Ponens e Modus Tollens; e, portanto, é não-válido ou
falácia.
Outra justificativa:
Sejam as proposições:
p: Aristides joga basquete.
q: Bernardo joga vôlei.
Representação do argumento em linguagem simbólica:
Premissa 1: p → q
Premissa 2: q
Conclusão: p
Tabela-Verdade:
Q P2
P1
p
q
p→q
1
V
V
V
2
V
F
F
3
F
V
V
4
F
F
V
Observa-se na linha 3 da Tabela acima que há uma situação em que as premissas são verdadeiras,
mas a conclusão é falsa. Desse modo, o argumento é não-válido ou falácia.
QUESTÃO 30 - MANTIDA.
Sejam as proposições simples:
p: João trabalha longe de casa.
q: João tem carro.
r: João chega atrasado ao trabalho.
A proposição: “Se João trabalha longe de casa e tem carro, então ele não chega atrasado ao
trabalho.”, em linguagem corrente, é dada por: p ∧ q → ~r
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E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
Sua contrapositiva é r → ~p ∨ ~q
O Teorema Contra-Recíproco estabelece que uma proposição condicional e sua contrapositiva são
equivalentes.
Comprovação por Tabela-Verdade:
p ∧ q →
p∧q
p
q
r
r → ~p ∨
~p ∨ ~q
~p ~q ~r
~r
~q
1
V
V
V
F
F
F
V
F
F
F
2
V
V
F
F
F
V
V
V
F
V
3
V
F
V
F
V
F
F
V
V
V
4
V
F
F
F
V
V
F
V
V
V
5
F
V
V
V
F
F
F
V
V
V
6
F
V
F
V
F
V
F
V
V
V
7
F
F
V
V
V
F
F
V
V
V
8
F
F
F
V
V
V
F
V
V
V
QUESTÃO 31 - MANTIDA.
Aplica-se o Método da Redução à Unidade de Tempo.
Se o faxineiro A limpa a torre Alfa em 6 horas, então, em uma hora limpará 1/6 da torre. Pelo mesmo
raciocínio, o faxineiro B limpará, em uma hora de trabalho, 1/4 da torre Alfa. Desse modo, os dois
juntos conseguirão limpar, em uma hora de trabalho, 1/6 + 1/4 da torre Alfa. Desse modo, o tempo
necessário (x) para ambos limparem a torre Alfa inteira é dado pela equação:
1/6 + 1/4 = 1/x, que resulta x = 2,4 horas, ou 2 horas e 24 minutos.
Chamando-se de y o tempo necessário para ambos limparem a torre Beta, e seguindo-se o mesmo
raciocínio empregado para a torre Alfa, teremos:
1/4 + 1/2 = 1/y, que resulta y = 4/3 hora, ou 1 hora e 20 minutos.
O tempo total para a limpeza das duas torres é dado por x + y = 3 horas e 44 minutos.
QUESTÃO 34 - MANTIDA.
O recorrente calculou o volume do cone circular reto utilizando-se da fórmula fornecida na própria
questão, porém o fez de modo equivocado, elevando o raio ao cubo, quando a própria fórmula mostra
que o raio deve se elevado ao quadrado. A fórmula correta é
QUESTÃO 35 - MANTIDA.
A probabilidade é calculada através da razão entre o número de casos favoráveis ao evento e o
número de casos possíveis, ou seja:
QUESTÃO 36 - MANTIDA.
A questão se resolve por meio de um sistema de duas equações e duas incógnitas:
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E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
Da equação (II) vem: m =
Substituindo-se na equação (I) tem-se:
m . f = 3500.
. Disto resulta f = 50 e m = 70. O produto é:
QUESTÃO 37 - MANTIDA.
Considerando-se K como “cara” e C como “coroa”, o espaço amostral para os três lançamentos
restantes da moeda seria:
No espaço amostral acima verifica-se que João tem sete casos favoráveis para vencer o desafio. Paulo
tem apenas uma chance, no caso de ocorrer CCC. Desse modo, a partilha pelo critério proporcional dá
sete partes da quantia para João e uma parte para Paulo, de um total de oito partes.
Como cada parte vale 320/8 = 40, tem-se que:
João ficará com 7 x R$ 40,00 = R$ 280,00; e
Paulo ficará com 1 x R$ 40,00 = R$ 40,00.
QUESTÃO 38 - MANTIDA.
É irrelevante o tipo de triângulo utilizado para a confecção do jardim, tanto com relação aos seus
lados (eqüilátero, isósceles ou escaleno), quanto com relação aos seus ângulos (acutângulo,
obtusângulo ou retângulo). Basta verificar que as fileiras seguem uma Progressão Aritmética de
razão igual a 2 (dois). Ora, se 15 fileiras foram plantadas, o número de mudas plantadas na décimaquinta fileira é dado por (ver fórmula do termo geral de uma P. A.):
Como a questão solicita o total de mudas plantadas no jardim, utiliza-se, para o cálculo, a fórmula da
soma dos termos de uma P.A.:
QUESTÃO 39 - MANTIDA.
Consta no programa da prova (no item “3”, que traz o conteúdo de Matemática) unicamente
“Progressões Aritméticas e Progressões Geométricas”, logo, não há como o recorrente ter confundido a
sequência com outra, cuja lei de formação não fosse as informadas no Programa da prova.
A literatura de Matemática informa que três termos são suficientes para definir uma Progressão do tipo
Aritmética ou Geométrica. Numa P. A., cada termo, a partir do segundo é obtido pelo anterior
acrescido de uma constante chamada razão. Já na P. G. cada termo é obtido pelo anterior
multiplicado por uma constante chamada razão. Na questão da prova, fica evidente que não se
trata de uma P. A. e sim de uma P. G., pois o segundo termo é obtido multiplicando-se o primeiro por
2; o terceiro é obtido multiplicando-se o segundo também por 2, e assim por diante.
Desse modo, da primeira até a décima gota, há nove intervalos de tempo que seguem uma
Progressão Geométrica: 1, 2, 4, 8, ...
O cálculo do tempo total, a partir da primeira gota é dado pela fórmula da soma dos termos de uma
progressão finita:
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E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ – CREA/PR
CONCURSO PÚBLICO 013/2010
INFORMÁTICA BÁSICA
QUESTÃO 42 - MANTIDA.
São improcedentes os recursos alegando que não é mostrada a opção “Pesquisar...” quando clicado
com o botão direito do mouse sobre uma pasta. No Windows XP Professional a opção está disponível
no menu que aparece após o clique.
QUESTÃO 44 - ANULADA.
É improcedente o recurso que argumenta sobre as opções de disposição do Excel, quando a questão se
refere, na verdade, à Desktop do Windows. Bem como é improcedente o recurso que pede a retificação
para “janelas lado a lado horizontalmente”. A alternativa correta seria mesmo a que corresponde à
“janelas lado a lado verticalmente”. Apesar de diferentes interpretações lógicas poderem levar a
diferentes ideias de como se dá tal disposição, a disposição da figura correspondente é especificada
como “verticalmente” pelo Windows. Porém, como apontado em outro recurso, o enunciado referiu-se
equivocadamente ao termo “barra de tarefas” como “barra de ferramentas”, tendo sido solicitada a
anulação da questão. Apesar do equívoco, tal não aconteceu nas alternativas, não impedindo que a
maioria dos candidatos, com exceção de um (o autor deste último recurso), não encontrassem
problemas em interpretar a questão. O que indica um potencial caso de tentativa de buscar
argumentos para anular questões que se tenha errado. Quem quer que tenha os conhecimentos
exigidos pelo edital não deixaria de marcar a alternativa correta, em vez de preferir anular uma
questão que poderia ser marcada erroneamente por candidatos concorrentes menos capacitados. De
qualquer forma, isso não exime a banca elaboradora de sua responsabilidade para com a correta
descrição dos enunciados, assim como não anula a procedência do recurso. Portanto, a questão deve
ser anulada baseada na observação da utilização do termo incorreto para a especificação da “barra de
tarefas”.
QUESTÃO 47 - MANTIDA.
A questão refere-se aos botões da Figura, e não às opções adicionais que aparecem como alternativas
quando usado o cursor referido no recurso.
QUESTÃO 49 - ANULADA.
É improcedente o recurso a respeito da terceira assertiva que argumenta sobre a necessidade agrupar
a “palavra” com um objeto geométrico – o retângulo foi usado como exemplo. O recurso se refere à
utilização da inserção de um texto independente do objeto geométrico, ou retângulo, por exemplo.
Porém, o texto pode ser inserido no próprio objeto geométrico, de forma que, alterando diretamente a
rotação deste, temos a rotação simultânea de seu conteúdo de texto. Por outro lado, os recursos que
observam que o item de menu denominado “Imagem” na primeira assertiva deveria ser, na verdade,
“Figura”, são procedentes. Assim, como a primeira assertiva deve ser considerada como incorreta, e
não existe alternativa que contemple somente as assertivas II e III, a questão deve ser anulada.
Porto Alegre, 18 de outubro de 2010.
Comissão de Concursos da Fundatec.
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