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O Executivo Municipal
aprovou, recentemente,
o Acordo Estratégico
de Colaboração com
o Ministério da Saúde
para o lançamento
do novo hospital
a localizar em Loures,
concluindo assim uma fase
decisiva do arranque
de um projecto
de interesse
supramunicipal
O Executivo Municipal aprovou, recentemente, o Acordo
Estratégico de Colaboração com o Ministério da Saúde para o
lançamento do novo hospital a localizar em Loures, concluindo
assim uma fase decisiva do arranque de um projecto de interesse
supramunicipal, que vem premiar o esforço e a dedicação de todos
aqueles que sempre lutaram por uma causa tão decisiva para a
qualidade de vida dos munícipes do concelho.
É o início de um longo processo, que compromete
institucionalmente as partes envolvidas na sua preparação,
particularmente o Governo, que passa a dispor dos instrumentos
básicos necessários à construção da unidade hospitalar.
Um dos temas tratados, com destaque, nesta edição, remete-nos para a actividade do sector audiovisual sedeado em Loures.
É uma agradável surpresa, dar conta da dinâmica desenvolvida
pela iniciativa privada numa área com potencialidades de crescimento
e de grande impacte mediático, que iremos acompanhar com a devida
atenção, no quadro de reflexão estratégica que estamos a desenvolver.
Na abordagem do tema, houve lugar ainda para uma visita ao
Arquivo Nacional das Imagens em Movimento que, com a sua
presença, reforça a apetência para acolher no território concelhio
instituições nacionais de referência, polarizando interesses e
aumentando a visibilidade pública da Autarquia.
Noutro registo, a inauguração da Rota dos Vinhos de Bucelas,
Carcavelos e Colares constituiu mais um pretexto para acentuar a
relevância cultural e turística da bela região de Bucelas, em torno da
sua mais-valia patrimonial: o cultivo da vinha.
O prestígio e a qualidade dos seus vinhos, reconhecidos
internacionalmente, carecem agora da dinamização de vontades e
saberes para a sua promoção organizada, aproveitando as vantagens
comparativas de um sector tradicional que comporta um conjunto
de activos de inegável importância económica.
Numa sociedade cada vez mais competitiva, são as actividades
diferenciadoras que dão notoriedade aos concelhos e potenciam a
massa crítica necessária ao investimento reprodutivo e à criação de
riqueza associada.
Por último, não quero deixar de referir uma louvável iniciativa
contra a violência, que se prende com a entrada em funções da
Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do concelho de Loures.
Um contributo generoso, à nossa dimensão, para enfrentar um tipo
de crime que resulta da crise de afectos e da ausência de sentimentos
que percorre o nosso quotidiano.
>Serviços Municipalizados de Água e Saneamento
Rua Ilha da Madeira, 2 – Loures
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Piquete – Telefone: 21 983 95 00
>Turismo
Rua da República, 70 – Loures
Telefone: 21 983 93 00
2
Carlos Teixeira
3
Saúde
Saúde
Hospital
A Loures Municipal foi
conhecer as sensibilidades de
alguns dos utentes do Centro
de Saúde de Santo António dos
Cavaleiros.
Executivo
aprova acordo
estratégico de
colaboração
Em sede de Reunião de Câmara,
realizada a 25 de Março, foi
aprovada a transferência do
direito de superfície sobre os
terrenos municipais para o Estado
– por um período de setenta anos
prorrogáveis –, e o protocolo, a
assinar pelo Município e o
Ministério da Saúde, que visa
estabelecer as responsabilidades
das duas entidades no
desenvolvimento do processo que
levará à construção.
Tulcidas Narcidas
69 anos
Santo António dos Cavaleiros
Após a assinatura do acordo
estratégico de colaboração para o
lançamento do novo hospital a localizar
em Loures sob a forma de parceria
público-privada, o Ministério da Saúde
ficará na posse dos instrumentos
necessários ao início dos procedimentos
que conduzirão à sua construção.
Todo processo será acompanhado
A construção do
Hospital de Loures é
uma reivindicação
antiga dos munícipes
do concelho. A
distância, o trânsito e
as dificuldades em
aceder aos
equipamentos de saúde
localizados na capital
são algumas das
lacunas apontadas.
A Loures Municipal
auscultou a opinião de
três habitantes de
diferentes zonas do
Município.
4
por uma comissão municipal, a criar para
este efeito, que funcionará como
interlocutora com o Ministério da Saúde,
reflectindo as atribuições e competências
municipais envolvidas nas diversas fases
de autorização e execução deste
empreendimento, que será integrado no
Serviço Nacional de Saúde.
Para além da cedência do direito de
superfície dos mais de 166 mil metros
quadrados de terreno, este acordo
contempla, também, a instalação dos
centros de saúde de Santo António dos
Cavaleiros e de Sacavém, na Quinta do
Mocho, em terrenos igualmente cedidos
pelo Município. Este é o início do fim de
uma antiga reivindicação dos munícipes
do concelho de Loures.
Loures
Natália Carmona, 68 anos
Bucelas
Francisco Guerra, 56 anos
Sacavém
Acúrcio Marques, 56 anos
“O Hospital faz muita falta e
é muito importante porque
estamos distantes dos hospitais
de Lisboa e apanhamos grandes filas de trânsito para lá
chegar. Era um investimento
muito bom, pois com um
hospital aqui perto, seria mais
rápido para as pessoas do
concelho lá chegarem. Nós
chamamos-lhe o hospital virtual, porque muito se tem
falado, mas ainda não se vê
nada de concreto.”
“Fui motorista dos Bombeiros Voluntários de Bucelas
durante vários anos e sempre
houve grandes dificuldades
para chegar aos hospitais de
Lisboa.
Agora ainda é pior devido
ao aumento do trânsito automóvel, pelo que um hospital em
Loures era uma coisa bem feita.
Acho que a localização proposta, junto ao Carrefour, é boa.
Com a CREL pomo-nos lá em
dez minutos.”
“Só quando vir o hospital a
ser construído é que acredito. É
um equipamento que faz muita
falta ao concelho de Loures, mas
não sei se será muito útil para a
zona de Sacavém. Como vai
ficar localizado na zona norte,
fica desenquadrado da zona
oriental. As freguesias de Moscavide, Sacavém e Santa Iria de
Azóia continuarão a recorrer aos
hospitais de Lisboa, por ficarem
mais perto.”
Hospital virtual
Boa localização
Longe
da zona oriental
Novo Centro de Saúde
com solução à vista
Depois de longo e moroso
processo, surge finalmente a “luz
ao fundo do túnel” para o novo
Centro de Saúde de Santo
António dos Cavaleiros. Câmara e
Ministério da Saúde ultimam os
pormenores de uma obra vital
para a qualidade de vida dos
munícipes dafreguesia.
Quatro anos depois de o Município
ter cedido os terrenos para o futuro
Centro de Saúde de Santo António dos
Cavaleiros, o processo que visa a edificação
do novo complexo vai finalmente chegar
ao fim. Para tal, estão em apreciação
técnica com a Administração Regional
de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
(ARSLVT) as últimas peças das
especialidades do projecto.
O contrato-programa assinado em
2001, que apontava o início da construção
desta unidade de saúde para o ano de
2002, previa que a Câmara avançasse com
a obra logo que tivesse na sua posse
todos os dados do projecto. Tal facto,
“O principal problema deste
Centro de Saúde é a falta de médicos
e de enfermeiras. É difícil marcar
consultas e para tal é necessário vir
muito cedo. Como fui operado
recentemente, e agora ando de
muletas, tenho dificuldade em
aceder ao Centro. Penso que é
muito importante o novo Centro de
Saúde porque somos muitos utentes
para um espaço tão reduzido.”
Fátima Mesquita
62 anos
“O problema deste Centro de
Saúde, para além das instalações, é
a falta de pessoal. É incrível que
qualquer pessoa em cadeira de
rodas não tenha acesso às instalações.”
que só agora está em vias de acontecer advém da vontade ine-quívoca do
Executivo Camarário, que inscreveu em
orçamento as verbas necessárias para o
efeito, e de nas negociações com o Governo
sobre o Futuro Hospital de Loures ter
incluído como uma das prioridades a
construção da Extensão de Saúde de Santo
António dos Cavaleiros.
A funcionar há 28 anos na cave de
um prédio de habitação na Flamenga, a
nova unidade de Saúde irá proporcionar
condições de elevada qualidade para o
trabalho dos médicos e profissionais de
saúde, beneficiando os mais de 28 mil
utentes dos serviços.
Maria Odete
30 anos
“Como mãe de duas crianças
penso que o Centro de Saúde não
tem condições para uma freguesia
do tamanho desta. Era muito
importante que houvesse pediatras
numa freguesia com tantos jovens
casais. Vivo há pouco tempo em
Santo António dos Cavaleiros e já
estou a pensar mudar de residência
por todos estes factores.”
5
Educação
Educação
Santa Iria de Azóia
Rostos felizes em dia de festa
Mais um jardim-de-infância
inaugurado e mais uma escola
remodelada. A modernização do
parque escolar do concelho
continua a bom ritmo e agora
foram as crianças de Santa Iria de
Azóia que estiveram em festa.
Novas valências
Quatro salas de actividade
Cozinha
Refeitório
Biblioteca
Sala de repouso
Sala polivalente
Espaço lúdico no logradouro
6
Depois de Loures, também Santa Iria
de Azóia entrou no mapa das freguesias
com novos equipamentos na área da
Educação. O novo jardim-de-infância,
inaugurado no dia 29 de Janeiro,
representou um investimento municipal
de cerca de 872 mil euros, materializado
na evidente melhoria das condições para
que alunos e professores desenvolvam o
seu trabalho numa área em que a Câmara
aposta fortemente: a Educação.
A cerimónia de inauguração, que
contou com a presença de Carlos Teixeira,
António Pereira, João Pedro Domingues, respectivamente presidente e
vereadores da Câmara de Loures, Ernesto
Costa, presidente da da Junta de
Freguesia de Santa Iria de Azóia bem
como de outros membros do executivo
municipal, foi pautada por um clima de
festa na qual as crianças tiveram um papel
determinante: poemas, canções,
Lousa
agradecimentos e muita alegria foram as
notas dominantes deste dia para recordar.
Afinal, as mais de 130 crianças que
passaram cerca de um ano em instalações
provisórias foram recompensadas com a
profunda remodelação da antiga escola
básica.
Os presidentes foram unânimes em
classificar este projecto como “muito
importante para a freguesia”. Carlos
Teixeira adiantou ainda que a Câmara
pretende prosseguir com este tipo de
trabalho: “Já este ano inaugurámos a
nova escola básica e jardim-de-infância de
Loures, agora estamos aqui em Santa Iria
de Azóia e, em breve, inauguraremos o
jardim-de-infância de Lousa (ver página
ao lado). Para breve estão as inaugurações
dos novos jardins-de-infância de
Fanhões e de Sacavém, pelo que o nosso
empenho em melhorar o parque escolar
do concelho é evidente.”
Escola remodelada com novo jardim-de-infância
Crianças, pais, educadoras,
corpo docente e não docente
associaram-se à festa que
marcou um dia diferente para
as crianças de Lousa.
A “nova” escola traz-lhes
mais motivos para aprender e,
já agora, sorrir e brincar.
O perfil do terreno onde se iria situar o
futuro jardim-de-infância de Lousa não
favoreceu o trabalho dos técnicos
municipais responsáveis pela obra. Os
trabalhos eram complexos, mas a sua
importância para a freguesia impunha-se.
“Mãos à obra” e algum tempo depois, o
resultado final não poderia ser melhor. De
linhas arrojadas e futuristas, o novo jardim-de-infância de Lousa é a mais-valia esperada
para uma freguesia que necessitava
urgentemente deste equipamento.
Na cerimónia de inauguração,
ocorrida a 5 de Fevereiro, Carlos Teixeira
deixou bem expressa a importância que
o Município atribuiu a esta realização:
“Para Lousa esta obra é fundamental
pois é importante dar mais vida à
freguesia e fazer com que as pessoas se
fixem aqui. O esforço que a Câmara está
a fazer na renovação do parque escolar é
bem visível, depois de Santa Iria de Azóia
e Loures, é a vez de Lousa ser
contemplada com este equipamento.”
Também Constantino Laranjeira,
presidente da Junta de Freguesia de
Lousa, ficou “muito satisfeito” com a
obra que, segundo o autarca, “beneficia
uma freguesia que tende a ser esquecida”.
Para além da construção, de raiz, do
jardim-de-infância, também o logradouro da escola foi alvo de uma reformulação com a construção de acessos para
deficientes, e o antigo edifício onde funciona o ensino básico foi inteiramente
beneficiado. Esta obra representa um
investimento municipal superior a um
milhão de euros.
Novas valências
Duas salas de actividades
Sala de repouso
Sala polivalente
Biblioteca
Cozinha
Refeitório
Instalações sanitárias
Salas de apoio aos corpos
docente e não docente
7
Actividades Económicas – Turismo
Actividades Económicas – Turismo
Caves Velhas
Companhia Portuguesa
de Vinhos de Marca, Lda.
Os convidados
iniciaram a Rota com a
visita ao edifício histórico
das Caves Velhas
Rua Professor Egas Moniz
2670-653 BUCELAS
Telefone: 21 968 73 30
e-mail: [email protected]
Francisco Castelo
Branco, S.A.
O produtor Francisco
Castelo Branco mostrou
a sua vinha e deu a
conhecer novos
projectos que pretende
levar a cabo na área do
turismo rural
Rota
dos
Vinhos
Primeira fase inaugurada em Bucelas
Quinta da Murta
Apartado 736
2671-601 BUCELAS
Telefone: 21 968 08 20
e-mail: [email protected]
António João
Paneiro Pinto
Chão de Prado
A inauguração da primeira fase da
Rota dos Vinhos de Bucelas,
Carcavelos e Colares realizou-se
no dia 13 de Fevereiro na presença
de representantes do executivo
municipal e da Associação da
Rota dos Vinhos de Bucelas,
Carcavelos e Colares, agentes
económicos, órgãos de
comunicação social e muitos
outros convidados.
8
Em Bucelas, mais de uma centena de
pessoas quiseram testemunhar a criação
da Rota dos Vinhos, um projecto que
visa divulgar a tradição vitivinícola de uma
região que produz cerca de 500 mil litros
por ano e que dispõe de um conjunto de
factores favoráveis à dinamização do
enoturismo, tendo para isso o apoio
comunitário do Projecto Vinest.
A Rota é um pretexto para saborear
o afamado vinho da Região Demarcada
de Bucelas, e através de uma agradável
visita aos produtores associados ao
projecto. No percurso ganham destaque
as actividades ligadas à produção
vitivinícola, artesanato, gastronomia e
turismo rural.
Durante a cerimónia de inauguração,
o presidente da Câmara, Carlos Teixeira,
salientou a importância deste projecto e
manifestou disponibilidade para
continuar a contribuir para o êxito da
Rota, designadamente “pugnar pela
celeridade na apreciação de processos de
reconhecido interesse local e na adequação
dos elementos estruturantes de planeamento e gestão urbanística aos grandes
desígnios estratégicos do desenvolvimento local e regional”.
Estimulando a ampliação da Rota a
Cascais, Oeiras e Sintra, acrescentou que
“numa lógica metropolitana, faz todo o
sentido promover o alargamento da Rota
dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e
Colares aos restantes concelhos aderentes,
aproveitando as sinergias entretanto
criadas, de modo a dotar o projecto da
dimensão necessária à sua valorização no
conjunto da Área Metropolitana de Lisboa
e a uma desejável internacionalização”.
A passagem pelo
produtor do Chão do
Prado incluiu a visita à
lojinha de artesanato de
António Paneira Pinto
Estrada de Santiago
2670-678 BUCELAS
Telefone:
21 968 05 57
e-mail: [email protected]
Sociedade Agrícola da
Quinta da Romeira S.A.
O dia culminou com um
Bucelas-de-Honra e
uma visita à Quinta da
Romeira
Quinta da Romeira
2670-678 BUCELAS
Telefone:
21 968 73 80
e-mail: [email protected]
9
Actividades Económicas – Turismo
Opinião
Enoturismo
Uma aposta
para Bucelas
O concelho de Loures deu os
primeiros passos na Rota dos Vinhos
de Bucelas, Carcavelos e Colares e entrou
no mapa das regiões com vinhos de
qualidade. Bucelas foi a primeira região a
iniciar a Rota – que no futuro se vai alargar
a Colares e Carcavelos –, convidando a
passear, comer, beber e dormir.
Beneficiando de boas acessibilidades,
Bucelas situa-se paredes-meias com
Lisboa, mas contraria o espírito da urbe,
mantendo as suas bucólicas paisagens
rurais, onde se pode encontrar
património cultural de interesse. A vila
brinda-nos com o seu tradicional vinho
de qualidade e deixa-nos saborear a sua
gulosa gastronomia.
Mas os predicados da região não
terminam aqui. A pintura em azulejos,
vitrais, tela, porcelana ou tecido, a
modelagem em barro, a cestaria e a
tanoaria são ofertas opcionais para quem
prefira ir às compras.
E, quando o corpo apela ao descanso,
existe alternativa de prolongar o périplo
e pernoitar na Quinta do Boição.
Rota dos Vinhos
Bucelas aceita o desafio
Eng. Oliveira Rodrigues
Presidente da Comissão Instaladora
da Rota dos Vinhos de Bucelas,
Carcavelos e Colares
O valor da História e o peso da tradição
Diz a história que a vinha de Bucelas veio pela mão dos Romanos e que a fama
do vinho já é antiga. Interessado pela vinha de Bucelas, também o marquês de
Pombal terá alegadamente importado castas do Reno para a valorizar. Alegadamente
sim, porque há quem diga que as castas do Reno são portuguesas e que teriam sido
transportadas para a Alemanha pelos Cruzados Teutónicos, à vinda da Terra Santa.
Mas foram as Invasões Francesas que lhe garantiram fama internacional. Oferecido
por Wellington ao rei Jorge III (então príncipe regente), tornou-se, depois da Guerra
Peninsular, no vinho de referência dos hábitos de consumo da Coroa inglesa.
A região de Bucelas, demarcada por decreto desde 1911, possui terrenos de
constituição argilo-calcárea e concentra grande parte da vinha em vales. O vinho
proveniente das castas arinto, esgana-cão e rabo-de-ovelha tem uma graduação
alcoólica entre os 11º e os 11,5º, é bastante acídulo quando jovem e seco, e possui
características inconfundíveis ao aroma e paladar quando sujeito ao envelhecimento.
Freguesia de Bucelas
Apesar da sinalética indicativa da Rota
ser bem visível na vila de Bucelas,
existe também um mapa indicativo
10
Ao ser confirmada, por
decreto-lei, no início do século
passado, como “Denominação
de Origem Controlada”
(DOC), a denominação
“Bucelas” ao vinho branco
produzido nesta região em
condições específicas indicanos que estamos perante um
produto de alta qualidade e,
como tal, um património
valioso que deve ser
preservado e quiçá melhorado.
Como presidente da Comissão
Instaladora da Rota dos Vinhos de
Bucelas, Carcavelos, e Colares, e
simultaneamente como presidente da
Comissão Vitivinícola das três citadas
regiões, quero, em primeiro lugar, deixar
expresso o meu agradecimento às quatro
autarquias onde as mesmas se inserem
pelo que têm feito pela sua manutenção
e divulgação. No entanto, não posso
deixar de salientar o papel dinamizador
que a Câmara Municipal de Loures tem
tomado em todo este campo.
Nos estatutos da Comissão
Vitivinícola Regional de Bucelas,
Carcavelos e Colares estão considerados,
como uma das suas atribuições principais,
a defesa e promoção dos vinhos das três
regiões. É no campo da promoção que
esta comissão enfrenta as maiores
dificuldades, dado os seus rendimentos
serem bastante reduzidos. Foi pois neste
contexto que, em meados de 1996, com
o apoio expresso da Câmara Municipal
de Loures, foi lançada a ideia da criação
de uma Rota de Vinhos junto das outras
câmaras municipais, que culminou com
assinatura de um protocolo, subsidiando
um estudo com vista à implementação
de uma Rota de Vinhos, apresentada em
1998. Nesse mesmo ano e por
intermédio da Câmara Municipal de
Loures, a comissão vitivinícola integrou,
como parceiro, o projecto comunitário
Vinest, do qual faziam parte entidades
de pequenas regiões vitícolas da
Sardenha, Sul da Áustria, Alemanha de
Leste, Grande Canária e Bullas (Murcia),
e que a própria Câmara de Loures
também integrou como parceiro local.
Foi pois no âmbito deste projecto que
foi possível subsidiar grande parte da
sinalética da Rota do Vinho referente a
Bucelas, e proceder à sua inauguração.
Esperamos que em breve se possa
concretizar o mesmo facto nas regiões
vitícolas de Carcavelos e Colares.
Ao ser confirmada, por decreto-lei,
no início do século passado, como
“Denominação de Origem Controlada”
(DOC), a denominação “Bucelas” ao
vinho branco produzido nesta região em
condições específicas indica-nos que
estamos perante um produto de alta
qualidade e, como tal, um património
valioso que deve ser preservado e quiçá
melhorado. Este património, que neste
estádio poderá designar-se por
“vitivinícola”, e como tal ser enquadrado
no sector primário, tem possibilidades e
virtudes para extravasar o seu campo e
proporcionar uma dinamização noutros
sectores, com reais reflexos na valorização
da região. É isto que se pretende com a
implantação de uma Rota dos Vinhos,
não sendo ela mais do que um circuito
virado para o potencial turístico das
quintas e adegas ligadas à cultura da vinha
e à produção de vinhos de alta qualidade,
mas que extravasa o sector vitivinícola e
anexa o património histórico e artístico,
os atractivos paisagísticos, etnográficos e
culturais, a gastronomia, o próprio
turismo de habitação e outras actividades
lúdicas, originando e proporcionando
um desenvolvimento mais harmonioso.
Há que saber aproveitar o manancial que
representa a população envolvente – a
área da Grande Lisboa. É igualmente
imprescindível criar um pólo
dinamizador em Bucelas. Esse polo seria
criar um Museu do Vinho que
comportasse também a sede da Rota,
uma sala de provas, onde se pudessem
ministrar cursos de provas, e uma
pequena loja, não só para vinhos, mas
igualmente para artesanato.
11
Comemorações
Comemorações
Corso
Carlos Teixeira foi uma presença
constante nas festividades
Um Carnaval
de todas as idades
Carnaval de Loures 2003
E o samba
saiu à rua
Mais de mil figurantes,
milhares de pessoas na
assistência e muito samba,
animação e entusiasmo. Os
corsos, os bailes e o enterro do
Carnaval devolveram a Loures
a consagração de uma tradição
que se perde na memória
colectiva do concelho.
A sonoridade da música brasileira,
com o samba no seu esplendor, os
estridentes apitos que ecoavam nas ruas
da cidade, os mascarados, os “travestis”
mal-disfarçados, os saloios típicos, os
cabeçudos e todo um mar de gente. O
Carnaval Saloio 2003 foi tudo isto e
muito mais. Foi uma cidade e uma região
em festa, mostrando ao País o porquê
de ser uma das referências carnavalescas a
nível nacional.
Foram mais de 25 mil as pessoas que
vieram assistir no Domingo e na Terça-Feira gordos a mais um Carnaval Saloio
que, mantendo as suas tradições mais
características, de ano para ano tem vindo
a ganhar cor, vida e animação, colocando-o
já ao nível dos melhores carnavais
nacionais.
12
“Tenho 64 anos e sou o mais velho
da minha associação. Mas já temos uma
criança de nove meses a desfilar” – dizia,
entre sonoridades variadas e muitas
palmas, o senhor Francelino, da
“Associação Renascer de Loures”, uma
das dez colectividades e associações que
levaram a cabo a realização do Carnaval
Saloio. Numa festa que não escolhe sexo,
idade, religião ou raça, o Carnaval tende a
ser vivido por igual dos 8 aos 80 anos e,
no caso de Loures, isso não foi excepção.
Avós e netos misturaram emoções,
cantando e rindo ao som do samba. Nos
carros alegóricos a juventude dominava,
mas os menos jovens, talvez querendo
recordar tempos idos, não mostravam
sinais de cansaço e o sorriso estampado
na cara era sinal mais que evidente da sua
boa disposição.
Um futuro que promete
Os carros alegóricos, ricamente
engalanados com motivos tradicionais,
desfilavam na “avenida” ao som da
música brasileira brilhantemente
executada por membros da banda dos
Bombeiros de Loures, coadjuvados por
elementos do Grupo Recreativo e
Desportivo Parcela 6.
Na tribuna vip, o presidente da
Câmara, Carlos Teixeira, mostrava, com
a sua entusiasmante alegria, o porquê de
ser um reputado adepto das
manifestações carnavalescas em Loures e
um dos fortes impulsionadores do
trabalho da Comissão do Carnaval que
organizou o evento. Perante o sucesso
organizativo conseguido, a palavra de
ordem é continuar, pelo que para o ano
teremos mais um Carnaval Saloio a
ocupar um lugar de destaque que é seu
por direito.
Todo um concelho
a desfilar
Sabendo que a cidade de Loures é o
epicentro de todas as actividades
carnavalescas da região, foi bonito de ver
que outras localidades e freguesias
estiveram, e bem, representadas. Ponte
de Lousa, Camarate, Montemor, Barro,
Manjoeira, Bemposta e Sete Casas deram
um colorido especial à festa, que se quer
cada vez mais concelhia.
Orquestra
Enterro
As sonoridades brasileiras tocadas pela Banda dos Bombeiros
Voluntários de Loures deram um colorido musical ao desfile
O fim dos festejos ficou marcado pelas larachas ditas em tom de crítica social.
A população aderiu e acompanhou o enterro até ao Parque da Cidade
13
Comemorações
Comemorações
Loures
Portela
As crianças da freguesia de Loures deram o mote para o
início dos festejos. Na cidade sede do concelho, o Carnaval
teve início logo no dia 28 de Fevereiro com a invasão de
milhar e meio de pequenos mascarados que percorreram
toda a Rua da República dando, com a boa disposição
habitual, início às “hostilidades” carnavalescas que
haveriam de durar até ao dia 5 de Março.
O espaço envolvente à Junta de Freguesia da Portela foi o
ponto de partida para as cerca de seiscentas e cinquenta
crianças que percorreram as ruas da freguesia.
Santo António dos Cavaleiros
Milhar e meio de pequenos foliões saíram à rua percorrendo
as ruas da Cidade Nova, em Santo António dos Cavaleiros.
Os pequenos “cavaleirinhos” engalanaram-se e criaram
um ambiente de festa típico da época carnavalesca.
Carnaval Infantil
Perto de sete mil crianças do
concelho de Loures marcaram
o Carnaval de 2003 com
desfiles nas ruas. Foi assim em
Moscavide, São João da Talha,
Sacavém, Portela, Apelação,
Santo António dos Cavaleiros
e Loures. A criançada, trajada
a rigor, fez a festa e fizeram
furor junto de todos os que
assistiram. Afinal, tudo o que é
pequeno tem graça.
14
Sacavém
O desfile de mais de um milhar de crianças das escolas e
jardins-de-infância de Sacavém deu cor e ritmo a uma
manhã diferente para a pequenada.
Frielas
Cerca de centena e meia de crianças da Escola Básica,
Jardim-de-Infância e Associação Cantinho da Pequenada
de Frielas saíram à rua para comemorar o Carnaval na
freguesia. O cortejo, realizado no dia 27 de Fevereiro,
percorreu as principais ruas da freguesia e ficou marcado
pelo repto lançado pelos mais pequenos: “É Carnaval,
ninguém leva a mal.”
Moscavide
A horta saloia foi o lema do desfile em que participaram
cerca de 900 crianças das escolas públicas e privadas da
freguesia. A Junta forneceu os materiais que deram origem
aos engraçados trajes da miudagem. O desfile ocorreu a
25 de Fevereiro pelas principais artérias da freguesia.
Apelação
Mais de três centenas e meia de alunos das escolas e
jardins-de-infância da Apelação vestiram-se a rigor para
celebrar o Carnaval de 2003.
São João da Talha
Mais de 700 mascarados de palmo e meio, oriundos das
várias escolas e jardins-de-infância de São João da Talha,
animaram todos aqueles que assistiram à sua passagem.
15
Comemorações
Juventude
Mês da Juventude
Carnaval saloio (1)
A importância da palavra Futuro
Quem fizesse uma viagem no tempo
e assistisse à comemoração do Carnaval
de Loures na primeira metade do século
passado, com certeza não encontraria
muitos pontos de contacto com o
Carnaval Saloio que inundou as ruas da
cidade em 2003. Mas afinal que festa é
esta? Quais as suas razões, tradições e
por que marcou indelevelmente a história
do concelho durante séculos?
A origem da celebração do Entrudo
remonta à época dos Gregos e dos
Romanos, que comemoravam o fim do
Inverno e a entrada (daí a palavra
“Entrudo”) de um novo ciclo de vida,
com a chegada da Primavera. Com o
advento da igreja católica, todas estas
cerimónias pagãs foram adaptadas ao
calendário religioso e passou a associar-se o Entrudo à celebração do último
domingo antes da Quaresma. Terá sido
nesta época que surge o nome
“Carnaval”, que deriva do latim “Carne
Valis” e que significa “adeus à carne”, uma
das premissas da celebração da Quaresma
cristã.
O Mês da Juventude, pela sua
qualidade, diversidade e importância, já
conquistou um espaço relevante no
calendário das iniciativas municipais. Este
ano, pretendeu-se marcar a diferença na
política municipal de juventude, no
sentido de criar novos incentivos a uma
camada da população cada vez mais
marcada pelas preocupações a nível da
continuidade dos estudos, passagem à
vida activa, procura de emprego e
aquisição de casa própria. Por outras
palavras, importa conferir uma relevância
especial à palavra futuro na construção e
consolidação de um dos mais jovens
concelhos do País.
Foram mais de duas dezenas de
iniciativas, que se espalharam por todo
o concelho, entre as quais o Festival Saloio
de Tunas e a Feira Jovem Alternativa,
que assumiram um papel de destaque
na programação. Para além destes
eventos, a arte foi uma constante com
exposições, recitais, teatro e concertos de
música, entre outros. A tudo isto a
Loures Municipal irá dar um destaque
especial no seu próximo número, onde
faremos um balanço e análise de todo o
trabalho realizado.
Séculos de tradição
16
Esta celebração, de carácter libertino,
desinibido e folião, ganha um forte
incremento com o triunfo do liberalismo
no século XIX e, já no início do século
passado, com a implantação da
República. As liberdades adquiridas
fizeram do Carnaval um espaço de crítica
social mordaz, onde as actividades
libertinas assumiam uma posição
relevante durante os festejos, com
máscaras a esconder a identificação dos
foliões, permitindo um à-vontade
irrepetível ao longo de todo o ano.
Durante a primeira metade do
século XX já Loures tinha uma forte
tradição carnavalesca. À época, as cegadas
(teatro de rua) eram muito apreciadas,
bem como o “lançamento das pulhas” –
perguntas e respostas previamente
preparadas que lançavam fortes críticas
sociais –, as danças de luta, os jogos
acrobáticos e os famosos bailes de
Carnaval, que ainda hoje se realizam. O
“enterro do bacalhau”, hoje mais
conhecido pelo enterro do Carnaval, era
outra tradição com forte adesão popular.
Nesse desfile surgiam pela primeira vez
os carros alegóricos e uma rainha do
Carnaval (então viúva), dando origem
mais tarde ao corso carnavalesco e aos
reis do Carnaval.
Os festejos realizaram-se até à década
de 50. Depois de um interregno de vinte
anos, é só no final da década de 70 que se
retoma esta tradição. Por iniciativa dos
Bombeiros Voluntários de Loures, que
pretendiam angariar fundos para a
construção da nova sede, ressurge um
novo Carnaval, já com marcadas
influências brasileiras. Aparecem os
corsos de Domingo e Terça-Feira gordos
que, ainda assim, mostravam em alguns
carros as antigas tradições da região: o
carro saloio, o carro das hortas, o carro
dos pescadores de Frielas, entre outros.
Não se podendo dizer que a tradição
ainda é o que era, o Carnaval de Loures
continua a ser bem saloio e é, por si só,
uma bandeira desta região.
(1)
Artigo com base na publicação
“As tradições do Entrudo e do Carnaval em Loures,“
editado pela Câmara Municipal de Loures em 1993.
Festival de Música Moderna
Torneio
Magic the Gathering
Feira Alternativa
O vereador Ricardo Leão e o presidente da Junta de Sacavém,
Fernando Marcos, na inauguração da Feira Alternativa
O pavilhão da Escola Secundária
José Cardoso Pires, em Santo António
dos Cavaleiros, acolheu, no dia 1
de Março, o torneio de Magic the
Gathering de apuramento para o
campeonato nacional da modalidade,
que irá decorrer no Pavilhão Paz e
Amizade, em Loures, nos dias 3 e 4
de Maio. Este jogo, que reúne cada
vez mais entusiastas, já tem cerca de
dez mil e quinhentos praticantes
inscritos.
17
Juventude
Juventude
Vicentuna:
a grande vencedora da noite
Recepção às tunas nos Paços do Concelho
Festival Saloio de Tunas Académicas
E com toda a pujança, se grita:
O júri constituído por Carlos Teixeira,
Ricardo Leão, Cristiano dos Santos, Ana
Cristina Parreira, Miguel Teixeira, Sofia
Alves, João Portugal e Nuno Guerreiro
Éférrrreá!
Cinco tunas, mais
de um milhar de pessoas,
fogo-de-artifício e muita emoção.
Foi assim o primeiro Festival
Saloio de Tunas Académicas,
integrado nas comemorações
do Mês da Juventude em Loures.
Momentos antes do início do
espectáculo já não havia qualquer lugar
disponível no sobrelotado pavilhão dos
Bombeiros Voluntários de Loures. O
início da cerimónia foi arrasador – raios
lazer, fogo-de-artifício e muita música –,
culminando com uma estrondosa salva
de palmas de toda uma surpreendida
18
assistência. A banda filarmónica dos
Bombeiros de Loures deu início às
“hostilidades”, com o trecho mais
conhecido do filme Aldeia da Roupa
Branca, que serviu de tema ao festival.
Depois, as tunas! Tusófona (Universidade Lusófona), Taful (Faculdade de
Farmácia de Lisboa), VicenTuna
(Faculdade de Ciências de Lisboa),
Semper Tesus (Escola Superior Agrária
de Beja) e Tunantes (Academia de
Farmácia de Lisboa), cantaram, encantaram e mostraram ao auditório o
espectáculo das tunas académicas.
O júri – constituído pelo presidente
Carlos Teixeira, pelo vereador do pelouro
da Juventude, Ricardo Leão, por
Cristiano dos Santos, dos Bombeiros de
Loures, pela deputada municipal Ana
Cristina Parreira, pelo presidente da
Associação Académica de Lisboa, Miguel
Teixeira, pela actriz Sofia Alves e ainda
pelos músicos João Portugal e Nuno
Guerreiro – decidiu premiar a VicenTuna
como a grande vencedora da noite, já que
levou para casa os prémios Melhor Porta-Bandeira, Melhor Pandeireta e Melhor
Tuna. A Tunantes recebeu o prémio
Melhor Serenata, enquanto a “Semper
Tesus” o de Melhor Instrumental e a
Taful o de Melhor Solista.
Sendo que, neste tipo de festivais, está
sempre presente a salutar competição
entre tunas, é bom realçar que a
participação e o convívio são os factores
mais importantes e aqueles que, no
futuro, irão ficar bem presentes na
memória de todos. Por isso, com todo o
empenho e com toda a pujança, gritámos
bem alto: Éférrrreá!
A assistência encheu o pavilhão
dos Bombeiros Voluntários de Loures
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Movimento Associativo
Movimento Associativo
Apoios vão ter
regulamento municipal
Associativismo
Apoiar e dinamizar
Mais de trezentas e cinquenta colectividades e associações com expressões e dinâmicas
diversificadas, abrangendo todas as camadas da população, desenvolvem trabalho nas
áreas da educação, da juventude, dos idosos, do desporto, das artes, do espectáculo e da
cultura, com o objectivo de dar resposta à multiplicidade de interesses dos seus associados.
O movimento associativo desempenha uma importante função social, que a Autarquia
reconhece e incentiva de forma regular através de um vasto conjunto de apoios às estruturas
associativas.
Foi aprovado, em sede de reunião de
Câmara, a 18 de Março, o Regulamento
Municipal de Apoios ao Associativismo.
Este normativo destina-se a entidades
de carácter associativo legalmente
constituídas, sem fins lucrativos,
sedeadas e desenvolvendo actividades no
concelho de Loures, com processo de
registo no Município e que tenham a sua
situação devidamente regularizada
perante a Segurança Social e as Finanças.
Os apoios a conceder poderão ser de três
tipos: financeiro, técnico, material e
logístico. Em breve, a Loures Municipal
apresentará com mais detalhe este
regulamento.
Apoios concedidos em 2002
Movimento Associativo – 60 859 euros
Acção cultural – 59 936 euros
Projectos culturais – 162 949 euros
Oferta Pública Desportiva – 9750 euros
Educação – 336 911 euros
Programa Desporto Mais – 124 694 euros
Projecto de Adaptação ao Meio Aquático – 72 641 euros
Projecto de Expressão Físico-Motora – 16 665 euros
Plano de Desenvolvimento de Desporto Sénior – 15 259 euros
Plano de Desenvolvimento de Ginástica – 442 euros
Plano de Desenvolvimento de Judo – 4953 euros
Plano de Desenvolvimento de Xadrez – 5000 euros
Plano de Desenvolvimento de Futebol – 22 099 euros
Plano de Desenvolvimento de Atletismo – 13 412 euros
Juventude
Movimento Escutista
Apoio logístico – cedência de transportes, equipamentos e material de som
Apoio financeiro – 1610 euros
Movimento Estudantil
Apoio logístico – cedência de equipamentos, transportes,
material de luz e som, divulgação e fotocópias
Apoio financeiro – 2136 euros
Apoio técnico – electricistas e técnicos de som
Movimento de Base Local
Apoio logístico – divulgação, cedência de espaços,
palcos e estrados, luz e vídeo, material de som
Apoio financeiro – 1200 euros
Apoio técnico – electricistas e técnicos de som
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RAME
“Boas Práticas
na Administração Pública”
Com o objectivo de distinguir os
melhores serviços públicos do País em
2002, o Diário Económico e a Deloitte &
Touche organizaram a primeira edição do
prémio “Boas Práticas na Administração
Central e Local”, entregue no passado dia
20 de Fevereiro no Hotel Ritz, em Lisboa.
A Câmara de Loures foi uma das
instituições convidadas a participar no
evento, através do Regime de Apoio
Municipal à Criação de Beneficiação de
Equipamentos Colectivos (RAME),
tendo concorrido para a categoria de
“Melhor Sistema de Informação de
Gestão”, prémio ganho pelo Instituto
Português de Formação Profissional.
Mais de
meio século
ao serviço
da população
Fundada em 1944, a Sociedade
Recreativa de Casainhos
comemorou recentemente 59
anos de existência. Para
conhecer um pouco da história
desta colectividade, a Loures
Municipal falou com o senhor
António Maria Cardia que, com
86 anos, é o sócio número um e
um dos seus fundadores.
Há quanto tempo
mora em Casainhos?
Tem alguma história engraçada
desses tempos para nos contar?
Vim morar e trabalhar para
Casainhos aos 17 anos. Depois comecei
a namoricar com uma moça daqui e cá
casei, há 63 anos.
Uma vez, pelo São João, fomos tocar
à Enxara dos Cavaleiros, ali para o lado
de Mafra. Fizemos um contrato para
tocar das quatro horas da tarde às duas
da manhã. Foi muita gente cá da terra
acompanhar-nos. Era uma camioneta
cheia. Como a maior parte dessa gente
trabalhava em Lisboa e o motorista tinha
o compromisso de levar as lavadeiras, de
madrugada, para a capital, tínhamos de
sair mesmo às duas da manhã.
Às duas e meia da manhã eu, que era
na altura o director do grupo, chamei o
responsável pelo baile e disse-lhe que
tínhamos de ir embora, por causa do
motorista do autocarro.
Expliquei-lhe que tocávamos mais
três ou quatro modas e depois
acabávamos. Ele argumentou que tinha
a casa cheia de gente.
O local do baile era um barracão
enorme, onde estava uma máquina
debulhadeira. O portão era muito grande,
mas como no meio havia uma porta
mais pequena, só essa é que estava aberta.
Eles não deixavam sair, a ordem era para
entrar.
De repente começaram a entrar
homens com paus, até entrou um com
uma espingarda. O pessoal foi todo para
o meio da sala bailar e dizer: “toca o jazz,
toca o jazz”. Tivemos de gramar com
aquilo até às cinco e meia da manhã e eles
sempre a dizerem: “toca, senão levas com
a moca”. Conclusão: no dia seguinte
ninguém foi trabalhar.
Quando é que surgiu a ideia de
fundar a Sociedade Recreativa?
Estávamos uns poucos no barbeiro,
uns seis ou sete, a falar do facto de Pintéus
e A-das-Lebres, apesar de serem
povoações mais pequenas, terem
colectividades e conjuntos musicais e nós
não. Decidimos, então, fundar também
uma sociedade recreativa e um grupo
musical. Fomos falar com o presidente
da Junta de Freguesia e nesse mesmo dia
arranjámos logo 17 sócios. Com o passar
do tempo toda a gente era sócia da
Sociedade. Depois comprámos este
terreno – na altura custou dezassete
contos e quinhentos.
Como é que eram
os bailes nessa altura?
Tocávamos música a metro, mas
também vinham cá músicos de fora. Era
a harmónica e o acordeão para
acompanhar o bailarico. Naquele tempo
não tínhamos mãos a medir, chegávamos
a perder quatro noites por semana: duas
para ensaios, uma para o baile de cá, que
era ao sábado, e fazíamos uma saída ao
domingo. Acabávamos sempre entre as
duas e as três horas da manhã.
21
Geminações
Urbanismo
Protocolo
Câmara e Instituto Marquês de Valle Flôr
criam parceria
Os protocolos de Geminação e
Acordos estabelecidos pela
Câmara de Loures vão conhecer
um novo impulso resultante da
convergência de prioridades e
esforços entre o Município e o
Instituto Marquês de Valle Flôr.
O protocolo, assinado por Carlos
Teixeira e Paulo Valle Flôr Telles de Freitas,
respectivamente presidentes da Câmara
de Loures e do Instituto Marquês de Valle
Flôr, a 28 de Fevereiro no Salão Nobre
dos Paços do Concelho, tem como
objecto a dinamização conjunta de acções
que visam a melhoria da qualidade de
vida das populações dos municípios
geminados, designadamente Diu, Maio,
Matola e Armamar.
Este trabalho de parceria vai permitir
estabelecer os necessários contactos
institucionais, definir linhas de orientação
de acordo com as necessidades
manifestadas, elaborar diagnósticos e
propostas de projectos a concretizar,
candidatá-los a co-financiamentos nacionais
ou comunitários, prestar apoio técnico e
logístico, acompanhar, monitorizar e avaliar
os projectos no terreno e elaborar relatórios
pormenorizados das acções.
Protocolo
Diagnosticar o ruído
A Câmara e o Instituto Superior
Técnico assinaram, no passado
dia 21 de Fevereiro, um protocolo
que visa a elaboração da Carta de
Ruído do concelho, na qual será
feito um diagnóstico geral da
situação existente no território.
Os mapas de ruído e os subsequentes
planos de acção, integrados no processo
de revisão do Plano Director Municipal,
perspectivam a melhoria da qualidade de
vida dos munícipes.
Estas são ferramentas de grande
utilidade para as tomadas de decisão e
vêm ao encontro das políticas de
planeamento urbano e gestão ambiental
seguidas pelo Município.
Cabo Verde
Embaixador presenciou assinatura do protocolo
Onésimo da Silveira, embaixador de Cabo Verde em Portugal, foi um dos presentes
na cerimónia que assinalou o protocolo de cooperação entre a Câmara de Loures e o
Instituto Marquês de Valle Flôr.
O representante de Cabo Verde salientou que as geminações «cimentam a
cumplicidade histórica que existe entre os países de língua portuguesa».
Onésimo da Silveira, que foi presidente do Município de S. Vicente durante uma
década, exaltou a cooperação com as autarquias, considerando-a «indispensável para
manter viva a chama da ‘portugalidade’ nestes países». O embaixador seguiu o seu
raciocínio, relevando o empenho e desempenho que os portugueses desde sempre
demonstraram em prol do desenvolvimento destes países. «Cabo Verde não existia.
Não foi destruído por portugueses, é sim o resultado do colonialismo português. E se
estamos ligados à Europa é através de Portugal com quem temos cumplicidade histórica»,
concluiu.
Carlos Teixeira com o Professor Carlos Renato Matos Ferreira após a assinatura do protocolo
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A vasta experiência do Grupo de
Acústica e Controlo de Ruído do Centro
de Análise e Processamento de Sinais do
Instituto Superior Técnico representa
uma mais-valia e garante a qualidade de
um trabalho que vai ser coordenado pelo
professor doutor Bento Coelho, um dos
maiores especialistas portugueses na
matéria.
Cerca de dois anos é quanto vai
demorar a elaboração da Carta de Ruído
do concelho de Loures, uma das
primeiras em todo o país. Através de
medições no terreno, a efectuar pela
instituição universitária, vai ser possível
construir um modelo que caracterize as
situações existentes, preconizando
soluções para os problemas detectados.
Sendo uma determinação legal, a
elaboração da Carta de Ruído está ainda
em fase embrionária em quase todos os
municípios, pelo facto de exigirem meios
técnicos de que as autarquias não
dispõem. De forma a ultrapassar este
problema, o Instituto do Ambiente vai
dar apoio técnico àquelas que avançarem
com esta medida e comparticipar nos
custos de elaboração da mesma.
23
Requalificação urbana
PROQUAL
Requalificar Sacavém e Prior Velho
Inserido no 3.º Quadro
Comunitário de Apoio (QCA
III), o PROQUAL – Programa
Integrado de Qualificação das
Áreas Suburbanas da Área
Metropolitana de Lisboa –
pretende assumir-se como um
instrumento de revitalização
económica, social, ambiental,
arquitectónico e territorial de
diversas zonas da periferia da
cidade de Lisboa.
Loures, conjuntamente com seis
outros municípios, assinou, em Março
de 2002, um protocolo com a Comissão
de Coordenação da Região de Lisboa e
Vale do Tejo (CCRLVT) contemplando
áreas das freguesias de Sacavém e do Prior
Velho. O programa prevê projectos de
cariz variado, que vão desde a execução
de estudos urbanísticos e socio-económicos à realização de acções que
visam a formação profissional e a
valorização do tecido económico,
culminando com a realização de obras
em ambas as freguesias. Ao todo, num
24
programa que se prolonga até 2006, são
mais de 28 milhões de euros de
investimento, comparticipado pelo
Município e pela União Europeia – que
pretendem transformar as duas
freguesias, conferindo-lhes um perfil
condizente com áreas urbanas de grande
dimensão, onde a preservação da
qualidade de vida dos cidadãos é uma
realidade.
Dos projectos até agora apresentados
destaca-se o parque urbano do Prior Velho,
na sua vertente de regularização do
principal curso de água da freguesia – a
ribeira do Prior Velho. A obra engloba
também a execução de um açude junto à
nova via que liga o Prior Velho a Sacavém,
uma solução que pretende controlar os
fluxos de águas pluviais na baixa de
Sacavém, regularmente fustigada por
cheias durante os invernos mais
chuvosos. Ainda para o Prior Velho,
estão previstos o reperfilamento da
ligação viária entre Figo Maduro e o
CENFIC e a remodelação da Avenida
Severiano Falcão.
Para Sacavém, estão definidas
importantes intervenções a nível da rede
viária, como a requalificação da EN 6-1,
entre Sacavém e Moscavide, a construção
da via T7, entre Sacavém e Camarate, os
arranjos dos nós de ligação viária de
Sacavém e do Prior Velho à Segunda
Circular, bem como a requalificação do
meio urbano envolvente à EN 10/Avenida Estado da Índia, da Praça da
República e do núcleo antigo da cidade, a
nível da pedonalização de diversas artérias
e da recuperação de fachadas.
Na vertente de equipamentos
colectivos, salientam-se as obras de
ampliação e transformação da EB1 N.º 4
de Sacavém para EB1/JI, a renovação de
instalações do Jardim-de-Infância N.º 1,
a reabilitação do Palácio Barroco e a
transformação em Museu da casa do
artista cerâmico José Pedro.
Não menos importante para a
população das duas freguesias será a
construção do novo quartel dos
Bombeiros de Sacavém, junto à Quinta
do Património, cujo complexo terá
diversas valências de carácter desportivo,
cultural e social. Esta acção está
condicionada pela comparticipação da
Administação Central, sem a qual a
construção pode ser posta em causa.
Quanto a acções de carácter social e
económico, a Câmara pretende realizar,
ainda em 2003, uma feira de orientação
profissional e emprego e, entre outras
actividades, a “Escola em Palco”, “Mostra
de Projectos Escolares”, e a continuação
dos planos de desenvolvimento
desportivo.
Para 2004, estão previstas acções de
formação profissional para microempresários e professores.
Indústria audiovisual
no concelho de Loures
Luz
Som
Câmara
Silêncio...
Acção!
O concelho de Loures é, actualmente, um dos
principais centros da produção audiovisual nacional.
De Bucelas à Ponte de Frielas, passando pela
Manjoeira, são muitos os estúdios onde se produz
uma parte significativa da ficção que enche os ecrãs
da caixinha que mudou o mundo.
A Loures Municipal entrou em acção e foi
conhecer por dentro o mundo das produtoras que
escolheram o nosso concelho para desenvolver as
suas actividades. O enquadramento paisagístico, as
boas acessibilidades, a proximidade a Lisboa e os
múltiplos serviços existentes são algumas das razões
para o forte incremento desta indústria de conteúdos
no Município de Loures.
Desde a produção até à conservação, o ciclo
completa-se em pleno território saloio com o Arquivo
Nacional das Imagens em Movimento (ANIM) da
Cinemateca Portuguesa, localizado no Freixial, onde
repousam as imagens produzidas desde que foi
possível registá-las.
Cinemate, Contra Campo, NBP e ANIM
abriram-nos as portas e os seus responsáveis falaramnos do passado, do presente e do futuro da gigantesca
fábrica de sonhos.
Por tudo isto, e considerando a potencial
perspectiva de crescimento desta indústria, a
Câmara está a avaliar, em sede de revisão do Plano
Director Municipal, a adequação dos instrumentos
estruturantes de planeamento e gestão urbanistíca
a esta importante realidade.
À lupa
À lupa
Do que é que mais gosta no
concelho de Loures?
Este concelho sempre foi para mim
uma zona muito simpática, aliás os
lisboetas só comem legumes frescos
porque vão de Loures. Gosto muito de
estar aqui, é tudo muito bonito. À noite
esta zona toda iluminada é um
espectáculo.
Quais foram as principais
produções feitas aqui?
Fernando Costa
Como é que começou
a sua ligação ao mundo
da sétima arte?
Cinemate
Quando a vida é apenas
mais uma parte do sonho
Fundada em 1965 e sedeada na
Manjoeira, a Cinemate dedica-se
ao aluguer de equipamentos para
cinema e televisão, constrói e cria
cenários para programas de
televisão, publicidade, novelas e
filmes. Com estúdios em Loures,
Alcochete e Lisboa, e delegações
no Porto e na Matola,
Moçambique, este é um exemplo
de como o sonho pode
comandar a vida.
26
Com cerca de 60 funcionários
permanentes e mais umas dezenas de
colaboradores pontuais, Fernando
Costa, proprietário da Cinemate, tem
orgulho em afirmar que o cliente só
precisa de levar um guião e dinheiro,
tudo o resto pode ali ser encontrado:
desde o guarda-roupa, passando pela
iluminação, câmaras, carros de exteriores,
gruas, técnicos especializados nas mais
diversas áreas, até ao produto final.
Em relação ao futuro, a Cinemate
tem projectos para ampliar as suas
actuais instalações, através da construção
de novos estúdios. A decisão, diz
Fernando Costa, está nas mãos da
Câmara.
Para conhecer por dentro o local onde
actualmente estão a ser feitos os
programas Vidas Reais e a Floresta Mágica,
a Loures Municipal foi à Manjoeira, onde
foi recebida de braços abertos por gente
que vive apaixonadamente aquilo que faz.
Comecei a trabalhar no cinema com
15 anos, a comprar cigarros e outras coisas
para o Leitão de Barros.
Na Tóbis tive um mestre que,
entretanto, montou um estúdio no
Bairro Catarino, na Estefânia, e levou-me com ele para lá.
A partir daí comecei a fazer um pouco
de tudo o que havia para fazer no cinema.
Depois fui director de fotografia, fiz os
cine-jornais, as imagens de Portugal,
algumas longas-metragens e outro tipo
de coisas. Chegou a uma altura em que
os anos já pesavam e o melhor era
começar a pensar na minha vida.
Foi então que comprei a Cinemate,
que era de um italiano. Comecei em
Lisboa, na avenida Rainha Dona Amélia,
e fomos crescendo. Fiz uma associação
O primeiro filme que se fez aqui foi
Os olhos da asa, do João Mário Grilo.
Depois, mais do que filmes têm aqui sido
feitos programas de televisão como o
Furor e o Ai os Homens. Os estúdios hoje
em dia trabalham mais para televisão do
que para cinema, porque os filmes têm
décors naturais, como quartos ou salas,
ou então vão para o exterior.
Como vê o futuro desta actividade?
com a Tóbis Portuguesa, designada por
Lisboa Filmes. Correu tudo bem até uma
certa altura, depois começaram as
divergências, e como o contrato dizia que
quando nós não estivéssemos de acordo
acabava, acabou mesmo.
Como é que veio
parar à Manjoeira?
Foi através de um engenheiro da
Tóbis que conhecia os donos deste
espaço, onde estava instalada uma
empresa de construção. Já conhecia o
concelho de Loures há muitos anos, vim
aqui filmar alguns carnavais, quando fazia
reportagens para os jornais de
actualidades.
Sempre achei que Loures estava no
caminho do cinema. E o que não há
dúvidas é que neste momento existem
muitas empresas ligadas ao cinema e à
televisão sedeadas no concelho.
Esta actividade tem grandes
perspectivas de futuro. Todos os anos
investimos em novos equipamentos e
vamos às feiras internacionais para
conhecer as novidades. Normalmente
nunca compro no ano em que os
equipamentos são lançados, porque são
protótipos e um ano depois já estão
totalmente ultrapassados.
Uma história
da História do cinema
“Há muitos anos atrás, durante a
rodagem de um filme português, havia
um homem alentejano que tinha
investido muito dinheiro nessa produção.
O filme estava a ser feito na Cinelândia,
onde são hoje as instalações da RTP, no
Lumiar. Um certo dia, um carpinteiro foi
pedir dinheiro para o vioxénio e o homem
respondeu-lhe: não entra cá dentro mais
nenhum estrangeiro.”
27
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À lupa
Frielas? “Deveu-se à sua proximidade de
Lisboa e aos excelentes acessos que tem.
Era um estúdio com 300 metros
quadrados o que, em 1989, era algo
nunca visto à excepção do estúdio da
Tobis.” E adianta: “Por outro lado, este
é um concelho onde existe praticamente
tudo o que precisamos para a nossa
actividade, o que nos torna muitos
autónomos em relação a Lisboa.
Recorremos a muitas empresas do
concelho, seja a nível de empresas de
construção, materiais e até adereços”.
Indústria Televisiva
Mário
de Carvalho
O Passado
Contra Campo
Luzes, câmara e... muita acção!
Dois complexos de
estúdios, em Ponte de
Frielas e Bucelas,
centenas de produções
nacionais e estrangeiras
rodadas, desde longas-metragens a novelas, de
publicidade a
programas temáticos. É
a empresa
Contra Campo dirigida
por Mário de Carvalho,
que nos fala na primeira
pessoa.
28
Sendo parte integrante do complexo
industrial da Ponte de Frielas, a sede da
Contra Campo e os seus três estúdios
parecem, à primeira vista, meros barracões
onde qualquer actividade industrial
poderia ter lugar.
No entanto, após este primeiro
impacte, o mundo da televisão abre-se
em todo o seu esplendor. Os cenários
das últimas telenovelas portuguesas
rodadas nestes estúdios despoletam
imagens bem familiares: sofás, móveis,
livros, camas, fotografias de actores
espalhadas pelas paredes. Em simultâneo, somos invadidos por uma
estranha sensação quando nos apercebemos que aquele mundo perfeito, que
parece real na caixinha que mudou o
mundo, não passa de um conjunto de
ilusões e efeitos. Os microfones, as luzes,
as câmaras, os jogos de cenários
amovíveis, enfim, uma realidade fictícia
que faz duvidar da capacidade dos nossos
próprios sentidos.
Para conhecer um pouco da história
desta empresa, falámos com o seu
proprietário. Mário de Carvalho, 52 anos,
é um “lobo” da televisão, do cinema e
do audiovisual. A experiência acumulada
ao longo de décadas de actividade fizeram
dele um homem com “os pés bem
assentes na terra”, franco, directo e
mordaz, quando necessário.
Já lá vão 14 anos desde o tempo em
que surgiu a hipótese de trazer a
Contra Campo para a Ponte de Frielas.
Mário de Carvalho relembra com facilidade esses momentos: “Fomos a
primeira empresa desta área a vir para o
concelho. Estamos cá desde 1989,
primeiro em Frielas e depois em Bucelas.
No início foi algo dramático, pois alguns
sectores do mundo artístico querem tudo
no centro de Lisboa”.
Mas porquê a escolha da Ponte de
Com o aparecimento das televisões
privadas e, mais recentemente, com o
crescimento da TVI sustentado nas
telenovelas portuguesas, a Contra Campo
adaptou-se às novas realidades: “A
procura de um novo espaço, em Bucelas,
teve a ver com o grande desenvolvimento
da indústria televisiva, principalmente
com o boom das telenovelas portuguesas”. Seja como for a adaptação correu
bem, já que “as grandes produções
nacionais foram feitas na Contra Campo,
como por exemplo: Chuva de Estrelas,
Perdoa-me, All we need is Love, Jardins
Proibidos, Olhos de Água e Super Pai, entre
outros”.
A Contra Campo e o futuro
Para além do aluguer dos seis
estúdios que possui, a Contra Campo
presta também “alguns serviços extras
como a iluminação, construção de
decores, carpintaria, entre outros”.
“Neste momento estamos a rodar
uma nova novela para a SIC, produzida
pela Endemol, e até há bem pouco tempo
atrás produzimos aqui a Fúria de Viver,
os Bastidores e, em Bucelas, ainda estamos
a rodar a novela Amanhecer, produzida
pela NBP.”
Para o futuro, Mário de Carvalho
apenas pede o que qualquer português
anseia: “O meu objectivo para o futuro
é, principalmente, ter uma reforma
tranquila. O retorno do investimento que
fiz foi mais rápido do que previa mas,
com a estabilização do mercado, o futuro
da indústria televisiva é um grande ponto
de interrogação”.
Mário de Carvalho dixit
“Não faço parte de qualquer associação ou grupos. Estou só, pois
sempre que me associei a coisa correu
mal.”
“Penso que o projecto da cidade
do cinema há muito que anda a ser
falado mas é, na génese, utópico. Essa
cidade do cinema deveria ser pensada
para captar investimento estrangeiro
mas, embora em Portugal a
Contra Campo tenha os melhores
estúdios, comparados com os do
estrangeiro são meros barracões. Não
temos tecnologia e não há investimento, pelo que a rentabilização das
verbas a gastar para concretizar esse
projecto é muito difícil, para não dizer
impossível.”
29
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Como define a NBP?
NBP
A cidade da televisão e do cinema
A NBP deve o seu nome a
Nicolau Breyner, um dos mais
conhecidos actores portugueses.
Fundada em 1992, conseguiu em
menos de uma década tornar-se
numa das maiores produtoras do
mundo da ficção televisiva.
30
Ao longo dos dez anos da sua
existência, a NBP foi criando novas
unidades empresariais autónomas e
especializadas em várias áreas, para dar
resposta às necessidades da produção
audiovisual do grupo: Multicena,
Fealmar, EMAV, EPC, NBP Internacional, Camarins e Casa da Criação,
entre outras.
Com estúdios em Bucelas e
Vialonga, a NBP recorre também aos
estúdios da Contra-Campo, na Ponte de
Frielas e em Bucelas, e da Cinemate, na
Manjoeira. Uma necessidade que resulta
da falta de espaço e do grande volume de
trabalho da produtora.
Para conhecer melhor o universo da
NBP, a Loures Municipal percorreu os vários
estúdios onde estão a ser feitas algumas
das produções mais familiares ao grande
público português, como as novelas
Amanhecer, Coração Malandro, Saber Amar,
entre outras que vão estrear em breve.
O presidente do Conselho de
Administração da NBP, António
Parente, apesar de não gostar de ser
fotografado, falou-nos do presente e do
futuro de uma indústria que vive das
imagens que produz. Uma cidade
dedicada à televisão e ao cinema é um
dos sonhos que pretende concretizar a
curto prazo.
A NBP é uma empresa que foi
constituída há dez anos e que se dedica
exclusivamente à ficção televisiva. No
programa de expansão que temos para
os próximos anos pensamos também
entrar no cinema e na publicidade.
Temos trabalhado para as três
estações, algumas das vezes em
concorrência directa entre os nossos
produtos. Actualmente, trabalhamos em
oito estúdios em simultâneo. Temos
uma escola de formação de actores, uma
empresa de meios audiovisuais e uma
empresa que fabrica os cenários. Além
disso, temos um laboratório de textos, a
Casa da Criação, onde cerca de 25 autores
criam os textos para a ficção que fazemos.
Paralelamente, iniciámos a nossa
actividade em Espanha, através da NBP
Ibérica, e estamos também no Brasil a
negociar a extensão da nossa actividade
àquele país.
Quantas pessoas trabalham
com a NBP?
Cada uma das nossas produções
envolve mais de 150 colaboradores. No
ano passado trabalhámos com cerca de
mil pessoas, incluindo actores. De uma
forma geral, é pessoal especializado nos
mais diferentes campos, nomeadamente
som, imagem, cenários, guarda-roupa e
iluminação.
Como vê o futuro desta área?
Em termos de futuro, é nossa
intenção – e já falámos com o presidente
da Câmara de Loures sobre isso – juntar
todas as nossas actividades num único
parque, onde iremos proceder à
construção dos estúdios e das infra-estruturas periféricas. Penso que o
concelho de Loures está bem localizado,
relativamente à proximidade a Lisboa.
Precisamos entre 100 e 120 hectares.
Os estúdios variam entre mil e
quinhentos e dois mil metros quadrados,
com as respectivas áreas administrativas
e técnicas. Estão previstos refeitórios,
creches e um hotel. Queremos instalar
uma secção da Universidade Lusófona,
com quem temos um acordo para a
formação e reciclagem dos nossos
técnicos. É um projecto ambicioso, que
servirá para as nossas produções, mas
que também terá áreas para que outras
produtoras possam trabalhar.
As nossas instalações actuais são um
pouco arcaicas e improvisadas, e está na
altura de darmos uma certa dignidade a
todo este conjunto, criando condições de
funcionalidade para o futuro.
António Parente dixit
“Teríamos todo o interesse em ficar
no concelho de Loures, se ele nos
quiser acolher. Esta não é uma
indústria poluidora, é uma indústria
nobre.”
“Gostava que a Câmara de Loures
fosse mais rápida na procura de
uma solução para a futura cidade
da televisão e do cinema, porque
nos interessava ficar onde já
estamos instalados, em Bucelas.”
“A nossa actividade reflecte-se na
zona de Bucelas de uma forma
muito positiva: nos restaurantes,
nas floristas, na habitação, nos
materiais de construção que
precisamos todos os dias.”
“Actualmente, em número de horas,
a NBP é a maior produtora do
mundo a nível de ficção para
televisão.”
31
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consciência internacional da necessidade
de desenvolver o sector de conservação.
Uma cinemateca, sendo no fundo um
museu de cinema, tem de expor o
património, mas tem também de ter
condições para o conservar de acordo
com os requisitos técnicos exigíveis.
Concebemos a ideia de construir de
raiz um centro técnico que, pela primeira
vez, visasse não apenas conservar
estritamente aquilo que a Cinemateca já
tinha, mas que, de uma forma activa,
procurasse concentrar todo o património
cinematográfico português que hoje
sobrevive.
José Manuel
Costa
O ANIM é um departamento da
Cinemateca Portuguesa, que se ocupa de
prospectar, receber em depósito,
conservar, restaurar e pôr em acesso o
património cinematográfico português
no seu conjunto.
Com o ANIM passámos a ter um
arquivo no completo sentido da palavra:
uma infra-estrutura técnica de
conservação do património. Engloba a
prospecção de antigos filmes portugueses
perdidos que, felizmente, não são
muitos.
Outra das vertentes do ANIM é a
relação com os depositantes: receber o
material em depósito, conservá-lo,
restaurá-lo se for necessário e pô-lo em
acesso.
Como é que
nasceu o ANIM?
Por que é que o ANIM
se instalou no Freixial?
A Cinemateca é um organismo que
surge na sequência de uma lei de 1948,
mas que apenas ganha autonomia
administrativa e financeira em 1980.
Nessa altura estava muito viva uma
Há várias razões para termos vindo
para aqui, a principal das quais é para evitar
que volte a haver a desmembração de
arquivos. Se for preciso crescer, será
possível fazê-lo harmoniosa e
O que é o ANIM?
Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
Arquivo Nacional das Imagens em Movimento
Resguardado de olhares
indiscretos e desfrutando da
bucólica paisagem da zona norte
do concelho, o Arquivo Nacional
das Imagens em Movimento
(ANIM) está instalado nos
paradisíacos dezoito hectares da
Quinta da Cerca, no Freixial.
32
Pensado desde 1980 e inaugurado em
1996, o ANIM é parte integrante da
Cinemateca Portuguesa.
Composto por cerca de 15 mil títulos,
repartidos por dois edifícios técnicos
construídos de raiz, possui mais de sete
mil metros quadrados de área bruta de
construção, onde laboram cerca de vinte
pessoas. Uma equipa pequena que realiza
um trabalho grandioso: garantir a
preservação de uma parte importante da
nossa memória colectiva.
Para além dos filmes, o ANIM
também arquiva fotografias, cartazes e
maquetas.
A Loures Municipal foi ao Freixial
conhecer o ANIM e falou com José
Manuel Costa.
Que trabalho
desenvolve o ANIM?
Depósito para filmes em
suporte de nitrato de celulose
Depósito para
filmes de acetato
Área construída: 425 m2
Temperatura: 12º C
Humidade relativa: 50%
Capacidade de armazenamento:
11 mil bobinas (35 mm/300 metros)
Área total de armazenamento
para acetato: 770 m2
Capacidade total de armazenamento:
182 mil bobinas (35 mm/300 metros)
Sistema de armazenamento:
estantes compactas (à excepção
do depósito para suportes em
decomposição, dotado de estantes
convencionais)
organicamente em ligação aos serviços
que já existem.
Por outro lado, precisávamos de
arquivar uma parte da colecção, que é o
chamado depósito para filmes de nitrato
de celulose, altamente inflamáveis, além
de serem instáveis quimicamente.
Para isso, foi construído um edifício
separado, bastante isolado, e uma parte
da quinta é dedicada a isolar esse edifício.
Outra das razões por que escolhemos
este sítio, deve-se às questões ambientais,
pois oferece melhores condições para
uma conservação a longo prazo.
José Manuel Costa dixit
“Os filmes deterioram-se, não
duram sempre e, se não forem
tratados com cuidados especiais,
podem deixar de existir. Foi isso
que aconteceu antes de haver
cinematecas.”
“Sugerimos às entidades, que
tenham cópias mais ou menos
antigas, que as depositem no
ANIM. Não perdem o direito de
propriedade e podem beneficiar
das condições de conservação
existentes. Quem quiser, também
pode contribuir mecenaticamente
para salvar mais filmes, podendo
obter contrapartidas a vários
níveis.”
“É uma regra sagrada, para nós,
e para todas as grandes
cinematecas do mundo, que as
obras devem ser legadas às
gerações futuras nos suportes em
que foram feitas. Sem prejuízo da
digitalização para efeitos de
consulta, queremos que a obra
sobreviva o maior tempo possível
no seu suporte original.”
Edifício de apoio
O edifício de apoio social inclui
refeitório, casa para guarda das
instalações e dois pequenos
apartamentos destinados
à eventual residência temporária
de investigadores especializados.
33
Justiça
Segurança
Conselho Municipal de Segurança
Segurança
em análise
II Encontro Nacional de Juízes
Justiça em debate
Mais de meia centena de
juízes de todo o país
debateram o futuro da Justiça
em Portugal. União de
esforços é a palavra de
ordem.
Seis dezenas de juízes reflectiram
sobre o futuro da Justiça no II Encontro
Nacional de Juízes, que se realizou no
passado dia 22 de Fevereiro, no Centro
Social de Santo António dos Cavaleiros.
A cerimónia de abertura, que contou
com a presença de Carlos Teixeira, ficou
marcada pela posição de Raul Esteves,
presidente da entidade organizadora do
evento – o “Movimento Justiça e
Democracia” –, que realçou a importância
da “revisão da legislação em relação ao
segredo de justiça e à prisão preventiva”
e da tomada de medidas que tornem o
judiciário mais “imparcial, independente,
transparente e inflexível face a todos os
outros poderes sejam eles políticos,
económicos ou meros grupos de
pressão”.
O encontro, com dois painéis sobre
os temas “Os juízes, o poder e o sistema:
os desafios da administração da justiça”
e a “Independência do juízes: fenómeno
institucional e associativo”, destacou a
importância dos “meritíssimos” na
procura de soluções para uma das áreas
fulcrais do Estado de direito.
Comarca de Loures:
Mais de 22 mil processos em 2001
Carlos Teixeira fez questão de
referir a importância da Justiça para
os munícipes de Loures. A comarca
de Loures, uma das maiores do País,
abarcando também o concelho de
Odivelas, depara-se com alguns
problemas: só no ano de 2001,
deram entrada mais de 22 mil
processos, representando uma média
de 1045 por juiz.
Não obstante o enorme esforço
dos magistrados da comarca que
findaram, cada um, uma média de 962
processos em 2001, somente a
congregação de esforços por parte de
todas as instituições ligadas ao poder
judiciário possibilitará inverter a
morosidade da Justiça, tanto em
Loures como em todo o país.
O Conselho Municipal de Segurança
é um órgão de diagnóstico da situação
concelhia com carácter consultivo e
opinativo. Pretende contribuir para um
maior conhecimento da situação de
segurança, através da consulta a todas as
entidades que o constituem, promover a
discussão de medidas a adoptar no
combate à criminalidade e à exclusão
social, apresentar propostas para a
solução e prevenção de problemas
detectados.
São cerca de sessenta representantes
– de órgãos da administração local,
bombeiros, forças policiais, assistência
social, escolas e instituições de saúde e de
solidariedade social – que, com base na
sua experiência no terreno, emitem
pareceres sobre a evolução dos níveis de
criminalidade, a capacidade operacional
das forças de segurança, os índices de
segurança e o ordenamento social, a
actividade municipal de protecção civil e
combate aos incêndios, entre outros.
Descrição genérica
das atribuições
Tomada de posse da CPCJ
Defender crianças e apelar à união de esforços
O Salão Nobre dos Paços do
Concelho foi pequeno para acolher todos
os convidados que quiseram assistir in
loco à tomada de posse dos membros
que compõem a Comissão de Protecção
de Crianças e Jovens (CPCJ) do concelho
de Loures, que decorreu no dia 10 de
Fevereiro.
A CPCJ tem como presidente Fátima
Pires, eleita através da Assembleia
Municipal de Loures, e ocupará
instalações municipais na Rua Manuel
Augusto Pacheco, n.º 5 (3.º andar), tendo
como contactos os seguintes números:
Tel. – 21 984 31 67/9 Fax – 21 984 91 92.
34
Polícia Municipal
Aprovado Regulamento
A Câmara e a Assembleia Municipal
aprovaram o regulamento de orga-nização
e funcionamento da Polícia Municipal de
Loures, que será estruturada de acordo com
os fins e necessidades operativas dos
serviços que presta.
Trata-se de uma polícia administrativa,
armada e de natureza civil, que coopera com
as forças de segurança na manutenção da
ordem e tranquilidade públicas e na
protecção das comunidades locais, quando
solicitada. Foi também aprovado pela
Câmara o contrato-programa a candidatar
ao Ministério da Administração Interna.
Velar pelo aumento do sentimento de
segurança das populações; coordenar todas
as iniciativas decorrentes do Conselho
Municipal de Segurança ou de outros
organismos que venham a ser criados, com
intervenção directa na segurança pública na
área do concelho de Loures; regular trânsito
rodoviário e pedonal; participar no Serviço
Municipal de Protecção Civil, em caso de
calamidade pública; fiscalizar o cumprimento das leis e regulamentos
municipais; vigiar espaços públicos ou
abertos ao público; guardar edifícios e
equipamentos públicos municipais;
fiscalizar em matéria de edificação,
urbanização, parque habitacional, comércio,
saúde pública, averiguações e intimações,
circulação rodoviária e estacionamento de
veículos, defesa da natureza, do ambiente e
dos recursos cinegéticos, criminalidade,
ruído e outros.
35
Protecção Civil
Ambiente
Limpeza das linhas de água
Para que as águas possam seguir o
seu curso natural, sem obstáculos no
caminho que a desviem para locais menos
apropriados, provocando as sempre
incómodas e prejudiciais inundações,
foram limpos dois dos mais importantes
rios do concelho.
Dando continuidade aos trabalhos
de limpeza e desassoreamento das linhas
de água do concelho, a Câmara, através
do Serviço Municipal de Protecção Civil,
procedeu a intervenções nos rios de
Loures e Bucelas, prevenindo assim males
maiores.Ainda durante o ano de 2002, o
rio de Loures foi limpo numa extensão
de 800 metros. Já em 2003, foi a vez de o
rio de Bucelas ver desassoreado o seu
curso numa extensão de 600 metros.
Antes
36
Depois
Plano Municipal
de Intervenção na Floresta
Conversas com Ambiente
Ouvir
para intervir
O Parque Urbano de Santa Iria de
Azóia foi o local escolhido para a
realização de um ciclo de debates
denominado “Conversas com
Ambiente: ouvir para intervir”.
Mensalmente, ao longo do ano,
este é um espaço destinado a
especialistas, a interessados e à
população em geral.
Dividido em dois segmentos – um
de convidados especialistas e outro de
debate com cidadãos escolhidos
aleatoriamente –, o principal objectivo do
Departamento do Ambiente da Câmara
é lançar as bases para a futura
implementação da Agenda 21 Local.
Depois da esperança gerada pela
Cimeira do Rio de Janeiro, em 1992, e do
desaire da Cimeira de Joanesburgo, em
2002, ficou a certeza de que o caminho a
percorrer na defesa do planeta Terra e dos
Conhecer
e planear
a floresta
seus recursos naturais é longo e incerto.
A importância de reflectir e debater o
desenvolvimento sustentável, cujo lema
é “pensar globalmente e agir localmente”,
já levou até ao Parque Urbano de Santa
Iria de Azóia alguns especialistas de
renome do panorama nacional, casos do
engenheiro Rui Godinho e do arquitecto
Gonçalo Ribeiro Telles.
Arquitecto Ribeiro Teles dixit
“Antes de se ir para as praias ia-se
passear para as hortas do concelho de
Loures”
“Os principais problemas das cidades
do futuro são a qualidade do ar e da
água, os lixos, a claustrofobia, a
desumanização do espaço e o aumento da temperatura provocado pelas
fachadas do prédios que reflectem o
sol.”
Está em fase final a elaboração do
Plano Municipal de Intervenção na
Floresta. O trabalho foi apresentado a 20
de Fevereiro no auditório da Casa da
Cultura da Apelação, por técnicos do
Departamento do Ambiente e pela
empresa que coordena a feitura deste
plano.
Foi realizado um levantamento
exaustivo da realidade florestal do
concelho, com identificação e quantificação das espécies existentes. Em breve
será divulgado o plano propriamente
dito, que abrange aspectos agrícolas,
cinegéticos, hidrológicos e florestais.
Trabalhando a partir de uma
propriedade rural muito compartimentada, serão definidas áreas
prioritárias de intervenção e propostas
soluções para preocupações relacionadas
com a erosão e desertificação das
encostas, reflorestação e prevenção de
incêndios florestais.
37
Desporto
Desporto
XI Torneio
de Futebol
Infantil
da Ponte
de Frielas
Belgas fazem a festa
Onze anos depois da primeira
edição, o torneio infantil
organizado pela União
Desportiva da Ponte de Frielas
(UDPF) continua a granjear
uma reputação digna de
referência. Mais uma vez, o
sucesso desportivo e
organizativo foi uma realidade
num torneio que teve no
Standard de Liège o grande
vencedor.
O Campo do Bonjardim foi pequeno
para acolher as centenas de pessoas que
se apinhavam nas bancadas e no peão
para ver a grande final. As equipas do
Standard de Liège e do Sporting
perfilavam-se no terreno para dar início
ao jogo de consagração do já célebre
torneio de futebol infantil da Ponte de
Frielas. Na tribuna vip, sentados lado a
lado com o padrinho do torneio, Vítor
Damas, estavam Virgílio, Mário Lino,
Nené e Mário Wilson, personagens
históricas do futebol português que
dispensam apresentações.
38
Os belgas do Standard de Liège comemorando efusivamente a vitória no torneio
Mas façamos uma pausa. Regressemos ao início da prova e à altura onde
todos os sonhos de vitória dos mais de
150 atletas inscritos ainda eram possíveis.
Oito equipas, seis nacionais (Sporting,
Benfica, Braga, V. Guimarães, Belenenses
e, claro, Ponte de Frielas) e duas
estrangeiras – Racing Santander
(Espanha) e Standard de Liège (Bélgica),
eram as convidadas para a XI edição da
prova. A partir do dia 1 de Março, e
durante quatro dias, os pequenos artistas
fizeram as delícias do muito público
presente. Compensando com uma
técnica desportiva acima da média a sua
debilidade física, inerente à condição de
crianças com menos de 12 anos, os atletas
mostraram atributos dignos de
campeões.
Desde cedo se percebeu que belgas e
espanhóis eram fortes candidatos ao
título, a par do Sporting e do Benfica por
parte dos nacionais. Depois de uma
primeira fase onde essa previsão se
confirmou, as meias-finais ditaram um
Benfica-Liège e um Sporting-Racing. E
se os encarnados não tiveram armas
suficientes e perderam por esclarecedores
3-1, já os leões venceram com surpreendente facilidade os nuestros hermanos
por convincentes 5-0.
O dia decisivo começou com o jogo
de atribuição dos 3.º e 4.º lugares, onde o
Racing acabou por bater as águias através
da marcação de pontapés de grande
penalidade (4-3) após o nulo registado
no final do tempo regulamentar.
Na grande final, o Standard de Liège
foi mais forte e, depois de marcar ainda
na primeira parte através de Brisy,
conseguiu suster a resposta leonina no
segundo tempo e teve no seu guarda-redes Moris o grande herói da partida
ao defender uma grande penalidade
marcada por Diogo Viana.
No final, a cerimónia de entrega de
prémios consagrou os melhores entre os
melhores. João Sequeira, presidente da
UDPF, agradeceu o apoio de todas as
entidades que apoiaram esta realização,
entre as quais a Câmara de Loures que,
na entrega de prémios, foi representada
pelo presidente Carlos Teixeira e pelo
vereador Ricardo Leão.
Uma última palavra para a equipa da
UDPF: apesar do oitavo lugar, sobraram
razões para acreditar no valor destes atletas
que, contra equipas de grande valor como
o Sporting ou o Belenenses, apenas
perderam pela margem mínima (0-1) em
ambas as partidas.
João Sequeira, presidente da UDPF, Vitor Damas, patrono do torneio e Carlos Teixeira,
presidente da Câmara, na cerimónia de entrega dos troféus.
O vereador do pelouro do Desporto, Ricardo Leão, entrega o troféu de terceiro
classificado à equipa do Racing de Santander
A equipa da União Desportiva da Ponte de Frielas,
organizadora do torneio
39
Pessoas e lugares
Cultura
Maria André
Uma mulher
num mundo
de homens
Literatura
Procurando casos de sucesso
na vida profissional dos
munícipes, a Loures
Municipal foi conhecer a
singular história de uma
mulher que é a única
treinadora de uma equipa
sénior de futebol em
Portugal.
A União Desportiva da Ponte de
Frielas (UDPF) tem, desde o início da
corrente temporada desportiva, mais um
factor de orgulho: é o único clube
português que tem uma mulher como
treinadora da sua equipa de seniores.
Maria André passou a andar nas bocas
do mundo após uma reportagem do
canal de desporto Sport TV. Capaz de
liderar com afinco um grupo de homens,
mas também extremamente sensível a
todas as contingências de uma vida bem
diferente daquela que a maioria das
mulheres escolhem, Maria André,
professora de Francês até há alguns anos
atrás, traça novas metas no seu percurso
profissional.
Prémio
Maria
Amália Vaz
de Carvalho
premeia
Penélope
Como surgiu
o futebol na sua vida?
Comecei a gostar de futebol devido
ao meu filho mais novo, o Bruno. Ele
começou a jogar no Romeira e eu era uma
daquelas indefectíveis mães que não
faltava a um jogo da equipa. A minha
paixão foi tal que o treinador acabou por
me convidar a ajudar a cuidar dos
miúdos.
Como gostei muito do ambiente,
achei que poderia fazer algo mais. Senti
necessidade de tirar o curso de
preparadora física, massagista e treinadora
e acabei por me integrar cada vez mais
neste mundo. Quando o treinador saiu,
o presidente falou comigo para ficar à
frente da equipa de infantis e aceitei. Já lá
vão 13 anos e, até hoje, não me arrependo
nada da decisão que tomei.
Quais as vantagens
e desvantagens
de ser mulher nesta profissão?
Não sei se posso falar em vantagens
ou desvantagens. Penso que, talvez pelo
facto de ser mulher, sou muito humana
nas relações. Acima de tudo tenho de ter
uma boa relação pessoal com todos os
atletas. Mas aquilo que alguns pensam
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que pelo facto de ser mulher não se
ouvem determinadas coisas, ou as
pessoas são mais contidas, não é verdade.
Que mensagem gostaria de
passar a outras mulheres que
tenham as mesmas ambições?
Preferia enviar uma mensagem aos
homens, mas àqueles machistas que ainda
não evoluíram como seres humanos. O
que lhes peço é que apoiem as mulheres e
que não as impeçam de atingir as suas
metas. O que conta não é o sexo mas a
competência, e isso as mulheres também
a podem, e devem, ter.
Graça Pires, ou Penélope, viu reconhecida a sua obra com este prémio
Quais os objectivos desportivos
da UDPF com a Maria André no
comando da equipa?
Tínhamos conseguido um bom
arranque de campeonato mas,
coincidência ou não, desde que passei a
andar nas bocas do mundo devido à
comunicação social, perdemos alguns
jogos que nos fizeram descer na
classificação. Seja como for, estou ainda
no primeiro ano de seniores e ainda estou
a aprender, pelo que penso que no
próximo ano vamos conseguir atingir o
objectivo da subida de divisão.
Recital de Música Moderna por Flávia Barroca, Marco Magalhães
e Alexandre Carvalho, do Agrupamento de Música de Câmara.
A cerimónia de entrega do 6.º Prémio
Literário Maria Amália Vaz de Carvalho
realizou-se no dia 8 de Março, no
auditório da Biblioteca José Saramago.
Este prémio destina-se a incentivar a
produção literária de obras inéditas de
prosa ou poesia em Língua Portuguesa e
é atribuído bienalmente a um autor
português.
Na edição de 2002/2003, o júri foi
unânime, distinguindo Uma certa forma
de errância, de Penélope, pseudónimo de
Graça Maria Pires.
A autora agradeceu a oportunidade
que a Câmara proporcionou ao instituir
esta aliciante iniciativa e levantou o véu
da sua escrita: “O sentido das palavras
desvenda intimidades, desnuda
hesitações e permite-nos riscar nos pulsos
um silêncio de fuga. Por isso me concedo
o direito de pensar a Ulisses e sou, ao
mesmo tempo, Penélope e todos aqueles
que têm uma ilha adiada no peito, todos
os que fazem, desfazem e refazem a
manta de retalhos da vida no tear da
coragem, todos os que esperam, a vida
inteira se necessário for, por um sonho,
por um grande amor, por um poema,
por qualquer coisa que desoculte as
sombras do olhar. Todos somos
Penélope.”
“São momentos como este que
transformam o gesto solitário de fazer o
poema, no acto solidário de partilhar a
poesia”, rematou, emocionada, Graça Pires.
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Instantâneos
Instantâneos
19.º Troféu
“Corrida das Colectividades”
Calendarização das restantes
provas durante os meses
de Abril e Maio:
Semana do Consumidor
Defender
direitos,
garantir
qualidade
13 de Abril – 9 horas
8.ª Milha Urbana de Moscavide
Junto ao Jardim de Moscavide
25 de Abril – 9 horas
Grande Prémio de Camarate
Junto à igreja de Camarate
27 de Abril – 9 horas
3.ª Corrida “10 km de Vila de Rei”
Junto à nova sede
da Sociedade Recreativa de Vila de Rei
4 de Maio – 9 horas
14.º Grande Prémio do Bairro
da Fraternidade Junto à sede
da Associação Desportiva
e Recreativa do Bairro da Fraternidade
A Praça da Liberdade, em frente aos Paços do Concelho, foi
o palco escolhido para a celebração da Semana do Consumidor,
que decorreu entre 10 e 14 de Março, em Loures. Das inúmeras
actividades desenvolvidas pelo Gabinete de Apoio ao
Consumidor, destaque para o desfile que juntou mais de meia
centena de crianças e jovens do concelho no encerramento do
evento.
Defender os direitos do consumidor e garantir a qualidade
de produtos e serviços foi o mote desta iniciativa, que contou
ainda com o precioso apoio da DECO (Defesa do Consumidor)
e da PSP, especialmente nas actividades vocacionadas para a
importância da segurança dos mais novos.
Atletismo
Meio milhar a correr
Meio milhar de atletas participaram nas duas provas realizadas nos meses de
Fevereiro e Março, que englobavam todos os escalões: o 5.º Corta-Mato de Santo
António dos Cavaleiros e o 16.º Grande Prémio de Vale Figueira. Provenientes de
vários pontos do País, os atletas entraram nas provas pontuáveis para o 19.º Troféu
“Corrida das Colectividades do Concelho de Loures”.
Restauração
Empresas
Conhecer para evoluir
Hovione oferece bolsas de estudo
Numa época em que se encontra na ordem do dia a
fiscalização e o controlo de qualidade dos produtos alimentares,
a Associação de Restaurantes e Similares de Portugal (ARESP)
promoveu, com o apoio da Câmara, um seminário subordinado
ao tema “Conhecer para Evoluir”.
O encontro realizou-se no dia 10 de Março no auditório da
Biblioteca Municipal de Loures, e contou com a presença de
vários representantes do sector. Assuntos relacionados com a
higiene e segurança alimentar, a legislação, os financiamentos e
a fiscalização foram amplamente debatidos.
A Hovione FarmaCiência S.A., sedeada em Loures,
desenvolveu acções dirigidas à comunidade local,
designadamente o apoio a jovens estudantes com dificuldades
socio-económicas.
A empresa abriu concurso para a atribuição de 12 bolsas nas
áreas de Química Industrial e Tecnológica, Mecânica e Manutenção
Industrial, Electrónica e Telecomunicações, oferecendo as
propinas da Escola Profissional, um subsídio complementar e
emprego temporário onde poderão desenvolver experiência
prática. Para mais informações, consulte www.hovione.pt.
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11 de Maio – 9 horas
15.º Grande Prémio
de São Sebastião de Guerreiros
Junto ao parque infantil
de São Sebastião de Guerreiros
18 de Maio – 9 horas
14.ª Corrida dos Jogos do Tejo
Junto à sede do Atlético de Via Rara
Gesloures
“Derby” do concelho
Revista moderna e renovada
Empate com sabor amargo
O novo formato da edição da Revista da Gesloures está
mais moderno e arrojado e foi apresentado ao público em
Janeiro. Recorde-se que este é um veículo privilegiado de
informação, particularmente junto dos que se interessam pela
prática desportiva, em especial pela natação.
A revista pretende ainda criar motivação e alertar aqueles que
não praticam este desporto, para os benefícios que daí podem
advir. A Revista Gesloures informa e convida os munícipes a
um mergulho... em prol da saúde.
Loures e Sacavenense disputaram no passado dia 16 de
Março o grande derby do concelho. O empate a uma bola foi o
resultado final, num encontro marcado pela emoção que durou
até final.
Com a equipa da sede do concelho a precisar da vitória para
continuar a luta pela subida de divisão e o Sacavenense numa
luta desesperada pela manutenção, o empate tem um sabor
amargo para as duas formações face às inúmeras oportunidades
de golo criadas em ambas as balizas.
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Instantâneos
Instantâneos
Círculo Mágico
A magia
da Natureza
O Círculo Mágico é um programa de
educação ambiental promovido pelo
Departamento do Ambiente da Câmara.
Mais de 16 mil crianças e um milhar de
professores de escolas do ensino básico
do concelho participam em diversas
actividades, criadas com o objectivo de
despertar e mobilizar responsabilidades
individuais visando a melhoria da
qualidade do ambiente.
Pretende-se encorajar as crianças a
adoptarem uma atitude participativa na
protecção do ambiente, evidenciando-se
a importância do equilíbrio que deve
existir entre o Homem e a Natureza.
Quinta do Conventinho
Técnicas
militares
em
discussão
No âmbito da exposição Fortes,
fortins e redutos – patente até 30 de
Setembro no Museu Municipal da Quinta
do Conventinho –, tiveram lugar duas
palestras – Aspectos humanos da batalha do
Vimeiro e O Fogo e o Choque –,
subordinadas à temática das Invasões
Francesas do século XIX.
Os oradores convidados, Duarte
Pacheco de Souza, João Maia e António
Mendonça, expuseram um conjunto de
informações técnicas sobre as
características militares da época,
demonstrando ao vivo a forma como
portugueses e franceses lutavam nos
campos de batalha.
Foram interessantes conversas com
especialistas em História Militar e
Heráldica, proporcionadas pelo Museu
Municipal de Loures que, desta forma,
relembra a importância das Linhas de
Torres – parte delas instaladas no
concelho de Loures – na defesa do
território nacional face à invasão dos
exércitos napoleónicos convidando a um
“regresso” ao passado.
“Raid” ambiental
Pré-escolar
Percursos Pedestres
Biblioteca José Saramago
Oficinas “Born in Europe”
Ciclo de conferências
Conhecer a floresta
Aprender a reciclar
Conhecer o património
Arquitectos organizam visita
Defender a multiculturalidade
Literatura infantil debatida
O “Raid” ambiental destina-se a
alunos do 3.º ano de escolaridade e consiste
na realização de um percurso de orientação
no Parque Municipal do Cabeço de
Montachique. O tema central é a floresta,
com actividades relacionadas com o jogo
“Os Cavaleiros do Círculo Mágico”. É feita
a sensibilização dos alunos para a natureza
e para a diversidade da floresta, através do
desenvolvimento de capacidades
sensoriais, cognitivas e afectivas.
Os jardins-de-infância são locais
privilegiados para o início da
aprendizagem e sensibilização
ambientais. Através de apoio técnico e
material à concepção, definição e realização
de projectos de educação ambiental no
âmbito da reciclagem e da exploração dos
cinco sentidos, os mais novos têm
oportunidade de aprender os segredos e
a importância de reciclar os materiais que
no dia-a-dia se transformam em lixo.
Mais de uma centena de caminheiros
participaram, no dia 8 de Março, num
percurso pedestre de 18 quilómetros, no
concelho de Loures.
Começou com a visita ao Museu
Municipal Quinta do Conventinho.
Seguiu-se a Estação Arqueológica de
Frielas, o Palácio dos Arcebispos em
Santo Antão do Tojal e em Bucelas,
conheceram os Fortes das Linhas de
Torres e a Quinta da Romeira.
No Ano Nacional da Arquitectura, a
Ordem dos Arquitectos organizou uma
visita guiada à Biblioteca Municipal José
Saramago, obra concebida e realizada pela
Área de Projectos e Edifícios da Câmara
e que foi nomeada para os prémios
SECIL e Mies Van der Rohe.
A visita, conduzida pelo autor do
projecto, Fernando Martins, contou com
uma forte adesão de estudantes
universitários de Arquitectura.
Na sequência da exposição Born in
Europe, o Museu da Cerâmica de Sacavém
organizou, nos meses de Janeiro e
Fevereiro, oficinas subordinadas ao tema:
Europa – Fábrica de Culturas.
Mais de uma centena de crianças
participaram num evento que pretendeu
mostrar a importância da multiculturalidade e integração dos povos na
Europa, bem como combater a
xenofobia, o racismo e a exclusão social.
A Biblioteca José Saramago acolheu,
de 5 a 7 de Fevereiro, um ciclo de conferências
subordinado ao tema da literatura infantojuvenil, que contou com a participação de
José Jorge Letria, Maria José Sottomayor,
Maria Helena Veiga, Violeta Morais e Maria
Augusta Seabra Diniz.
O evento pretendeu sensibilizar os
presentes para a importância da leitura
especializada para estas faixas etárias,
factor fulcral na educação dos mais novos.
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Instantâneos
Agenda
Dia da Mulher
Duzentas trabalhadoras
visitam equipamentos municipais
Sábados em Cheio
Exposições
Biblioteca Municipal José Saramago
Todos os Sábados às 15 horas
Programação de Abril
Museu da Cerâmica de Sacavém
Dia 5
O Municípo de Loures brindou as
trabalhadoras municipais com um dia de
passeio e convívio. O Dia da Mulher foi
assinalado pela visita aos museus
municipais – o da Cerâmica, em Sacavém,
e o da Quinta do Conventinho, em
Loures. Na companhia de Carlos Teixeira,
presidente da Câmara, e de António
Pereira, vereador dos Recursos Humanos,
algumas das cerca de duzentas senhoras
que participaram na comemoração
conheceram pela primeira vez estes
equipamentos municipais, suas
exposições e outras valências que têm para
oferecer.
No final da tarde seguiu-se um lanche
e a entrega de rosas pela mão do
presidente da Câmara e dos Serviços
Municipalizados.
O dia cobre-se de pássaros,
Que sobrevoam quotidianas ficções.
No meu país, as mulheres,
têm a cor da sede
Nos seus olhos, ávidos de milagres.
É por isso que as mãos
lhes estremecem de prazer
De Graça Maria Pires, vencedora da sexta edição
do Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho
“As coisas melhores são feitas no ar”
com Cristina Paiva e João Brás
Textos poéticos teatralizados,
envolvidos por um ambiente sonoro original.
Espectáculo comemorativo
do Dia Mundial do Livro Infantil.
Fotografia
A Fábrica e Sacavém
pelos olhos de Eduardo Gageiro
26 de Abril a 21 de Março de 2004
Dia 12 “Elmer e o avô Eldo”
Nova história de um elefante que,
sendo igual aos seus irmãos, apresenta
a pele de cor diferente.
Dia 19 “Quem conta um conto”
Contos contados ao desafio.
Uma vez o animador, a outra o utilizador.
Dia 26 “Guia familiar para os monstros
lá de casa” – de Stanislav Marijanovic
Estórias divertidas de monstros que nos fazem
roer as unhas, tremelicar as pernas, ganhar suores
frios e ainda ficar com os cabelos em pé. Metem
tanto medo que são de morrer a rir.
A cidade de Sacavém e sua fábrica da loiça são retratadas com
mestria por um dos mais destacados fotógrafos portugueses.
Outros eventos
Pirescoxe
13 de Abril – 15 horas
Torneio Nacional de Loures de Ginástica Aeróbica e Fitness
Organização da Federação Portuguesa de Ginástica
Pavilhão Feliciano Rosa Bastos – Loures
Fotografia pelo Grupo F8
#1
21 Março a 17 de Abril
18 a 20 de Abril – 9 horas
Torneio de Futebol do Concelho de Loures - Escalão de iniciados
Campo José Silva Faria, em Loures (dias 18 e 20) e Complexo
Desportivo 1.º de Maio, no Catujal (dia 19)
Rede Social de Loures
Colóquio sobre Angola
Talude Militar
Acções de formação
de parceiros
Renascer
rumo ao futuro
Segurança
é preocupação
No âmbito da implementação da
Rede Social de Loures (RSL), o Gabinete
de Assuntos Religiosos e Sociais
Específicos (GARSE) desenvolveu um
conjunto de acções de formação para cerca
de centena e meia de elementos de mais
de 60 organizações que integram as
parcerias de intervenção comunitária na
Quinta do Mocho (Sacavém), Quinta da
Fonte (Apelação), Quinta das Sapateiras
(Loures) e Quinta da Vitória (Portela).
Esta iniciativa visa a formação dos
parceiros que vão trabalhar com a
população local, o planeamento da
intervenção para os próximos dois anos,
e a identificação de novos objectivos para
uma actuação concertada dos diversos
organismos que fazem parte da RSL.
46
A Casa da Cultura de Sacavém recebeu,
no dia 15 de Fevereiro, o colóquio “Angola
– Renascer rumo ao futuro”, promovido
pela União dos Jovens Angolanos em
Portugal, em parceria com a Câmara de
Loures. O encontro contou com a
presença do vereador António Pereira,
responsável pelo pelouro dos Assuntos
Sociais, e com a participação de dezenas de
residentes na Quinta do Mocho.
Foi aprovada uma moção prevendo
a criação de um fundo de apoio às famílias
de angolanos em Portugal, e de uma
comissão consultiva, que deverá, entre
outras coisas, apelar junto do Governo
angolano, à assinatura do Acordo
Bilateral de Imigração e Segurança Social
com Portugal.
Preocupada com a segurança dos
habitantes das construções ilegais
existentes no Talude Militar, freguesia de
Camarate, a Câmara, através da Divisão
Municipal de Habitação, procedeu à
demolição de algumas edificações que
ameaçavam ruir.
Localizadas em terrenos de
acentuado declive, com condições
geotécnicas delicadas, estas intervenções
exigiram especiais cuidados, como
escoramentos prévios, a fim de garantir a
execução dos trabalhos em segurança para
pessoas e bens.
Estes são exemplos das graves
consequências decorrentes do desrespeito
pelas normas de construção mais
elementares.
8 de Abril – 10 horas
Presença em Loures, junto ao Pavilhão Paz e Amizade, de um
autocarro do Fórum Europeu da Deficiência que, no âmbito do
Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, passa por Portugal
depois de uma digressão por toda a União Europeia. Para
mais informações, visite o sítio www.cnod.org
Colectiva de fotografia de Ana
Martins, Vítor Oliveira, Teresa
Abrantes, Margarida Sanches,
Ângela Correia, Isabel Cristina, Ana
Oliveira e Ana Branca. Oito artistas
unidos pelo clique mostrando
olhares sobre um mundo real e
enigmático.
Atendimento
Rui Pinheiro, vereador do Departamento do Ambiente da
Câmara, irá receber munícipes em atendimento
descentralizado nas freguesias de Sacavém, Bucelas e Santa
Iria de Azóia, nos dias 24 de Abril
Abril, 30 de Maio
Maio, 27 de
Junho
Junho, 25 de Julho
Julho, 29 de Agosto
Agosto, 26 de Setembro
Setembro,
31 de Outubro
Outubro, 28 de Novembro e 26 de Dezembro.
Os horários são os seguintes:
Sacavém (Quinta de São José) – das 10 às 12 horas
Bucelas (Junta de Freguesia) – das 14h30 às 16h30
Santa Iria de Azóia (Parque Urbano) – das 17h30 às 19h30
Contactos: Tel.: 21 984 82 10/13 – Fax: 21 984 82 51
e-mail: [email protected]
Galeria Municipal de Loures
Tapeçaria contemporânea
e objectos têxteis de Guida Fonseca
3 a 17 de Abril
Errare humanum est
Na última edição da Loures Municipal, página 10, surgiu
erradamente a informação que a obra da nova ponte sobre o
rio de Loures seria parte integrante do PROQUAL. Tal facto não
se verifica, pois este programa aplica-se somente às freguesias
de Sacavém e Prior Velho. Já na página 47, foi referido que o
prazo final de apresentações de candidaturas ao RAME seria
15 de Maio, quando a data correcta é 15 de Março. Pelos
lapsos, as nossas desculpas.
Guida Fonseca regressa a Loures
para uma exposição individual, o
que já não acontecia desde 1995.
Artista autodidacta, trabalha com
estes materiais desde 1971, tendo
desenvolvido uma série de acções
de formação e cursos de formação
profissional na área da tapeçaria
e tecelagem.
47
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