I Simposio Iberoamericano de Ingeniería de Residuos
Residuos
Castellón, 23-24 de julio de 2008.
IMPACTO DE UM LIXÃO DESATIVADO NA QUALIDADE DAS
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS LOCAIS
Nóbrega, C.C.; Souza, I.M.F.; Athayde Júnior, G.B.; Gadelha, C.L.M.
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental – Universidade Federal da Paraíba
Cidade Universitária/Campus I, Castelo Branco, 58059-900 – João Pessoa/PB - Brasil.
Resumo
Durante 45 anos, os resíduos sólidos oriundos da cidade de João Pessoa, no Estado da
Paraíba/Brasil, foram depositados no Lixão do Roger, que se assenta no manguezal
adjacente ao rio Sanhauá, agravando os problemas ambientais e de saúde pública da
população local. São vários os problemas ambientais resultantes desta disposição
inadequada de resíduos sólidos, incluindo-se a poluição de águas subterrâneas. Dessa
forma, a poluição das águas subterrâneas nas proximidades do antigo Lixão do Roger é o
enfoque principal deste trabalho, no qual é discutido o monitoramento da qualidade da
água de seis poços situados na região de influência direta e indireta do lixão citado. De
acordo com os resultados obtidos, as águas subterrâneas da região em estudo não podem
ser consumidas pela população sem tratamento prévio, pois têm apresentado parâmetros
de qualidade acima do máximo estabelecido pela Portaria 518/04 do Ministério da Saúde
que define os padrões de potabilidade no Brasil. Os resultados obtidos ainda apontam grau
de poluição mais elevado das águas subterrâneas nos poços situados mais próximos ao
antigo lixão, onde há influência direta do mesmo. Esse fato evidencia o impacto do Lixão
do Roger, ainda que desativado desde 2003, sobre a qualidade das águas subterrâneas
locais.
Palabras clave: residuos sólidos; lixão; água subterrânea
1. Introdução
Do total de água existente no globo terrestre, cerca de 97% é constituído de água salgada
dos oceanos, 2% está nas calotas polares e apenas 1% é representado por água doce
sob a forma líquida. Desse total de água doce disponível para uso da humanidade, cerca
de 97% encontra-se no subsolo, na forma de água subterrânea. As águas superficiais
representam menos de 3% da água doce, sendo, no entanto, as mais usadas [1].
As águas subterrâneas, embora em menor grau que as superficiais, estão sendo poluídas
pelas diversas atividades humanas, tais como o lançamento de esgotos domésticos
diretamente no solo, pela construção de sumidouros próximo à aqüíferos, bem como pela
utilização indiscriminada de agrotóxicos que ao longo dos anos infiltram-se no solo
atingindo as águas subterrâneas.
Outro importante agente de contaminação dos mananciais subterrâneos são os depósitos
de resíduos sólidos, onde os mesmos são dispostos diretamente sobre o solo e a céu
aberto, conhecidos como lixões. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico, 30,5% dos resíduos sólidos produzidos no Brasil são destinados a lixões, enquanto
que este percentual para aterros controlados e aterros sanitários é de 22,3 e 47,1%,
respectivamente [2]. Estes dados evidenciam o perigo que os recursos naturais, em
especial às águas subterrâneas, estão submetidos. Os lixões podem causar a poluição do
solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo escoamento superficial ou percolação de
lixiviados, como também a do ar atmosférico devido à emanação de gases como o metano
e o sulfídrico. É também um ambiente propício para a proliferação de micro e macro
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vetores (bactérias, vírus, protozoários, baratas, ratos, entre outros) que são responsáveis
pela transmissão de várias doenças como amebíases, leptospirose, diarréias, dengue, etc.
Ao longo de 45 anos (de 1958 a 2003), os resíduos oriundos dos municípios de João
Pessoa foram depositados no Lixão do Roger, que está assentado no manguezal
adjacente ao rio Sanhauá contribuindo para o agravamento dos impactos ambientais
negativos sobre aquele ambiente. Nos últimos três anos de atividade do antigo lixão, o
mesmo também recebeu o lixo das cidades de Bayeux e Cabedelo. Até os dias atuais são
atribuídos ao lixão problemas de degradação ambiental, incluindo-se aí a poluição das
águas subterrâneas.
A NBR – 13.896 da Associação Brasileira de Normas Técnicas [3] recomenda que os
aterros sanitários devam ser construídos e operados de forma a manter a qualidade das
águas subterrâneas. Tendo em vista o seu uso para o abastecimento público, esta Norma
considera que a qualidade das águas subterrâneas, na área da instalação, deve atender
aos padrões de potabilidade estabelecidos na legislação vigente. No Brasil, a portaria n°
518, de 25 de março de 2004, do Ministério de Saúde [4], define o padrão de potabilidade
que a água destinada ao consumo humano deve atender, determinando os Valores
Máximos Permissíveis (VMP) para as características bacteriológicas, organolépticas,
físicas e químicas da água potável.
Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água subterrânea
na área de influência do antigo Lixão do Roger, realizando coletas de amostras de água
subterrânea em seis pontos, para posteriores análises físico-químicas e microbiológicas.
2. Materiais e Métodos
Para monitoramento da qualidade da água subterrânea, foram escolhidos inicialmente
quatro poços existentes na área de influência do antigo lixão, sendo os mesmos
denominados P1, P2, P3 e P4. Além desses quatro poços, mais dois foram perfurados na
área interna do terreno do antigo lixão, sendo estes denominados P5 e P6. A Figura 1
mostra uma fotografia aérea da área de estudo, com indicação do antigo lixão e dos poços
de monitoramento
Os poços P1 e P4 estão localizados na área de influência direta do antigo lixão do Roger.
O P1 é um poço profundo localizado em um antigo curtume desativado adjacente à área
do antigo lixão e o P4 é uma cacimba localizada em uma residência na Rua Anísio Salatiel,
também nas proximidades do antigo lixão. Os pontos P2 e P3 encontram-se na área de
influência indireta do lixão, ambos localizados numa empresa de cultivo de camarão,
sendo o P2 um poço raso e o P3 um poço profundo. Os poços P5 e P6 foram perfurados
na área interna do antigo lixão, sendo ambos do tipo raso, com profundidade de 7 m.
As Figuras 2, 3, 4, 5, 6 e 7 mostram as coletas de amostras de água nos seis poços
mencionados.Foram realizadas oito coletas de água nos poços citados, sendo as datas em
que as mesmas ocorreram mostradas na Tabela 1. A Figura 2 mostra a primeira coleta
realizada no P1, poço (entrada do reservatório) do antigo curtume (IMPASA). A Figura 3
mostra a coleta da amostra no P2, poço raso da Aquamares e a Figura 4, a coleta no P3,
poço profundo na mesma empresa. A Figura 5 apresenta a coleta no P4, cacimba situada
na Rua Anísio Salatiel, a Figura 6, a coleta realizada no P5, poço a montante do antigo
Lixão do Roger. A Figura 7 mostra a coleta realizada no P6, poço a jusante do antigo Lixão
do Roger.
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Área do antigo Lixão do Roger
Figura 1. Localização dos poços e antigo lixão
Data
08/03/06
a
1 coleta
09/08/06
a
2 coleta
07/11/06
3ª coleta
28/02/07
4ª coleta
06/06/07
5ª coleta
12/09/07
6ª coleta
05/12/07
7ª coleta
20/02/08
8ª coleta
P1
P2
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
P3
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
P4
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta
realizada
Coleta não
(2)
realizada
Coleta não
(2)
realizada
Coleta não
(2)
realizada
Coleta não
(2)
realizada
Coleta não
(2)
realizada
P5
P6
Coleta não
Coleta não
(1)
(1)
realizada
realizada
Coleta não
Coleta não
(1)
(1)
realizada
realizada
Coleta
Coleta
realizada
realizada
Coleta
Coleta
realizada
realizada
Coleta não
Coleta
(3)
realizada
realizada
Coleta
Coleta
realizada
realizada
Coleta
Coleta
realizada
realizada
Coleta
Coleta
realizada
realizada
(1) Os poços P5 e P6 ainda não estavam instalados.
(2) O proprietário da residência não se encontrava no momento da coleta.
(3) O poço foi entupido por ato de vandalismo.
Tabela 1. Datas das coletas de água subterrânea.
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Figura 2. Saída do poço P1
Figura 3. Saída do poço P2
Figura 4. Saída do poço P3
Figura 5. Cacimba (P4)
Figura 6. Poço P5
Figura 7. Poço P6
Nas amostras obtidas, foram determinados os seguintes parâmetros: pH, condutividade
elétrica, dureza, cor, turbidez, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química
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de oxigênio (DQO), óleos e graxas, cloretos, amônia, nitrito, nitrato, fosfato, sulfato,
chumbo, alumínio e coliformes termotolerantes. Os procedimentos de coleta e análise das
amostras seguiram as recomendações de [5].
3. Resultados
A Figura 8 apresenta os valores obtidos para o pH nas amostras, os quais se
apresentaram com valor máximo de 7,6 nos pontos P2, P3 e P4, na primeira coleta, P2, na
segunda coleta, e P2 e P3, na terceira coleta, e valor mínimo de 6, no ponto P6, na oitava
coleta, estando, portanto, dentro da faixa de valores típicas reportada na literatura (8,5-5,5)
e dentro dos limites permitidos pela Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde que
estabelece os padrões de potabilidade para a água no Brasil. Análise estatística mostrou
que houve diferenças significativas (ao nível de 5%) entre as médias das coletas do poço
P6 e as dos poços P2 e P3. Não houve diferenta significativa entre as demais médias.
A Figura 9 apresenta os valores de condutividade elétrica determinados no instante das
coletas. Na maioria dos casos, os valores de condutividade ficaram dentro da faixa de 300900 µS/cm. O valor máximo (1950 µS/cm) ocorreu no ponto P6 na quinta coleta, enquanto
que o ponto P1 apresentou o valor mínimo (295 µS/cm) na primeira coleta. Análise
estatística mostrou que houve diferença significativa (ao nível de 5%) entre a média do
poço P6 e as médias dos poços P1, P2, P3 e P4. A média do poço P5 foi
significativamente diferente dos poços P2 e P3. Não houve diferença significativa entre as
demais médias.
A Figura 10 mostra um gráfico contendo os valores de dureza determinados para as
amostras estudadas. Para a água potável, o valor recomendado para a dureza é de 500
mg/L, segundo portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. Nos pontos P1, P2, P3 e P4, os
valores encontrados foram menores que o VMP, com resultado máximo, no ponto P1, na
terceira coelta, de 389,4 mg/L, e, mínimo de 144 mg/L, no ponto P3, na segunda coleta. Já
nos pontos P5 e P6, os resultados obtidos ultrapassaram o VMP, com valores máximos no
ponto P6, variando de 4217 a 11851,3 mg/L e com mínimos, no ponto P5, entre 987,4 e
3452,1 mg/L. Análise estatística revelou que a média do poço P6 foi significativamente
diferente das dos demais poços. Não houve outras diferenças significativas entre as
médias dos poços.
A Figura 11 mostra um gráfico contendo a determinação da cor para as diferentes
amostras analisadas. A cor aparente, segundo determina o Ministério da Saúde através da
portaria 518/2004, deve ser no máximo 15 uH para que seja considerada adequada ao
abastecimento público. Nos pontos P1, P2, P3 e P4, verifica-se que apenas, no ponto P4,
nas primeira e terceira coletas, o valor determinado para este parâmetro atingiu o VMP,
fato este que não desqualifica o uso deste aqüífero para consumo humano. Entretanto, nos
pontos P5 e P6, os resultados obtidos ultrapassaram o limite estabelecido, com máximo de
600 uH, no ponto P5, na oitava coleta, e, com mínimo de 80, na quinta coleta, no ponto P6.
Análise estatística mostrou que houve diferença significativa (ao nível de 5%) entre as
médias tanto do poço P5 quanto P6 e as dos poços P1, P2, P3 e P4. Não houve outras
diferentas significativas.
A Figura 12 apresenta os valores de turbidez determinados em cada amostra coletada.
Nas amostras analisadas dos pontos P1, P2, P3 e P4 apresentam máximo de 3,9 UT, no
ponto P3, na quinta coleta, e, mínimo de 0,1 UT, nos pontos P1, nas segunda, terceira,
quarta e quinta coleta, e P3, na segunda coleta. Os resultados determinados para esse
parâmetro ultrapassaram o limite permitido de 5 % das amostras que estão acima de 1 UT,
caracterizando impedimento dessa fonte para o caso de consumo humano. Nos pontos P5
e P6, observa-se que os resultados passaram o VMP estabelecido, com máximo de152
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UT, no ponto P5, na oitava coleta, e, com mínimo de 5,5 UT, no ponto P5 na quarta coleta.
Analise estatística mostrou que houve diferença significativa (ao nível de 5%) entre as
médias tanto do poço P5 quanto P6 e as dos poços P1, P2, P3 e P4. Não houve outras
diferenças significativas. Este resultado foi influenciado pela pequena quantidade de dados
e grande variabilidade (dispersão) dos mesmos, resultando em grande amplitude para os
intervalos do método GT-2.
A água não poluída geralmente apresenta menos de 5 mg/L de DBO5 [6]. De acordo com a
Figura 13, nos poços P1, P2, P3 e P4, apenas o P3 apresentou valores de DBO5 abaixo
desse limite, fato este que pode ser atribuído à profundidade do poço, pois os aqüíferos
profundos são geralmente livres de contaminação. Na primeira coleta, apenas o ponto P4
(cacimba) apresentou DBO5 acima de 5 mg/L (10mg/L). Na segunda coleta, os pontos P1 e
P2 apresentaram DBO5 de 9,0 e 6,7 mg/L, respectivamente, e, na terceira coleta, ponto P4
exibiu DBO5 de 15mg/L, estando assim acima do limite determinado para águas livres de
contaminação, segundo os autores acima citados. Nas demais coletas, os valores obtidos
para esses poços foram inferiores ao limite de 5 mg/L. Porém, nos pontos P5 e P6, os
resultados obtidos ultrapassaram acentuadamente o limite de 5 mg/L, com valor máximo
de 151,4 mg/L, no ponto P6, na quarta coleta, e, com mínimo de 50,2 mg/L, no ponto P6,
na quinta coleta. Analise estatística mostrou que as médias dos poços P5 e P6 foram
diferentes dos poços P1, P2 e P3. Não houve outras diferenças significativas.
De acordo com os padrões de potabilidade, a concentração de amônia em uma água deve
ser inferior a 1,5 mg/L. Nos resultados obtidos, Figura 14, nos pontos P1, P2, P3 e P4,
verifica-se que, na primeira coleta, todas as amostras estiveram abaixo desse limite,
porém, na segunda coleta, todas as amostras apresentaram valores de amônia acima do
VMP, sendo que, no ponto P4 (cacimba), foi encontrado o valor máximo (2,5 mg/L). Na
terceira coleta, apenas o P4 apresentou valor acima do permitido (1,9 mg/L), e, nas demais
coletas, todas as amostras mostraram valores abaixo do VMP. Contudo, nos pontos P5 e
P6, os dados obtidos ultrapassaram de modo acentuado o limite máximo permitido, com
valor máximo de 738,5 mg/L, no ponto P6, na terceira coleta, e, com mínimo de 201 mg/L,
no ponto P5, na sétima coleta. Análise estatística mostrou que houve diferença significativa
entre as médias tanto dos poços P5 quanto P6 e as médias dos poços P1, P2, P3 e P4.
O valor máximo permissível para concentrações de nitrato é de 10 mg/L. Para o caso das
amostras estudadas, todas apresentaram concentrações inferiores a esse limite. Análise
estatística mostrou que não houve diferenças significativas nas coletas dos poços.
A fig.16 mostra as concentrações de alumínio encontradas nas amostras. A concentração
de alumínio em uma água não deve ultrapassar 0,2 mg/L, segundo portaria 518/2004 - MS.
Nos poços P1, P2, P3 e P4, a maior concentração de Alumínio foi de 0,04 mg/L, inferior,
portanto, ao valor máximo permissível; entretanto, nos poços mais próximos ao antigo
Lixão (P5 e P6), as maiores concentrações foram de 25,2 mg/L e 15,2 mg/L, tornando,
assim, a água inadequada para o consumo humano. A fig.47 revela que não há diferença
significativa (ao nível de 5%) nas médias entre dos pontos existentes
A figura 17 mostra os valores de coliformes termotolerantes obtidos nas amostras. A
portaria 518/2004 – MS que determina o padrão de potabilidade que a água destinada ao
abastecimento humano deve atender afirma que em uma água os coliformes
termotolerantes devem estar ausentes. Para os casos estudados na segunda coleta e nos
poços P2 e P3 e na terceira coleta apenas no poço P3, os coliformes termotolerantes
foram ausentes, tais poços ficam mais afastados do local onde antes funcionava o Lixão.
Já os poços P1, P4, P5 e P6 apresentaram coliformes em todas as coletas realizadas,
exceto, no ponto P6, na terceira coleta. A água coletada caracteriza-se, portanto, como
imprópria para consumo humano sem tratamento prévio. Análise estatística mostrou que
não houve diferenças significativas (ao nível de 5%) nas médias dos poços.
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Variação t emporal de pH
pH
9,00
8,00
7,00
6,00
fev-06
P1
P2
jul-06
P3
nov-06
P4
abr-07
P5
set -07
P6
dat as
fev-08
VMP min
jul-08
VMP max
Condutividade (microS/cm)
Figura 8. Variação temporal de pH
Variação t emporal de condut ividade
2000
1500
1000
500
0
fev-06
jul-06
P1
P4
nov-06
abr-07
P2
P5
set -07
fev-08
P3
P6
jul-08
Figura 9. Variação temporal de condutividade
Alcalinidade (mg/L CaCO2)
Alcalinidade (mg/L CaCO2)
Variação temporal de alcalinidade
500
400
300
200
100
0
fev-06
set-06
P1
P3
mai-07 jan-08
set-08
Variação t emporal de
alcalinidade
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
fev06
P2
P4
Figura 10. Variação temporal de dureza
P5
mar07
mai08
P6
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Variação t emporal de cor
Cor (mg/L)
Cor (mg/L)
20
15
10
5
0
fev-06
set -06
mai-07
P1
P4
jan-08
P2
VMP
set -08
P3
Variação t emporal de cor
700,0
600,0
500,0
400,0
300,0
200,0
100,0
0,0
fevmar- mai06
07
08
VMP
P5
P6
Figura 11. Variação temporal de cor
Variação temporal de turbidez
Variação temporal de
turbidez
200
5
Turbidez (UNT)
Turbidez (UNT)
6
4
3
2
1
0
fev-06
P1
P4
nov-06
set-07
P2
VMP
150
100
50
0
fev-06 abr-07
P5
VMP
jul-08
P3
VMP
jul-08
P6
VMP
Figura 12. Variação temporal de turbidez
Variação temporal de DBO
DBO (mg/L)
DBO (mg/L)
20
15
10
5
0
out/05
P1
mai/06
P2
dez/06
jul/07
P3
fev/08
P4
Variação t emporal de
DBO
500
400
300
200
100
0
out /0 dez/0
5
6
P5
VMP
Figura 13. Variação temporal de DBO5
fev/0
8
P6
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Variação temporal de DQO
800
60
600
DQO (mg/L)
DQO (mg/L)
Variação temporal de DQO
80
40
20
0
fev-06
ago-06
P1
P3
mar-07
400
200
0
fev-06
out-07 mai-08
P2
P4
mar-07
mai-08
P5
P6
Figura 14. Variação temporal de DQO
Variação t emporal de
amônia
800
2
1,5
1
0,5
0
fev-06 ago-06 jan-07 jul-07 jan-08 jul-08
P1
P4
P2
VMP
Amônia (mg/L)
Amônia (mg/L)
Variação temporal de amônia
3
2,5
600
400
200
0
fev- jan06
07
P5
VMP
P3
jan08
jan09
P6
Figura 15. Variação temporal de amônia
Variação t emporal de nit rat o
Nitrato (mg/L)
12
10
8
6
4
2
0
set -05
P1
P5
mar-06
out -06
P2
P6
abr-07
P3
VMP
Figura 16. Variação temporal de nitrato
nov-07
jun-08
P4
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Variação temporal de alumínio
0,2
25
Alumínio (mg/L)
30
0,15
0,1
0,05
20
15
10
5
0
0
set/05 mar/06 out/06 abr/07 nov/07 jun/08
set/05
P1
P4
P2
VMP
P3
ago/06
P5
jul/07
P6
jun/08
VMP
Figura 17. Variação temporal de alumínio
[Log10(NM
P+1)/100m
l)
Variação tem poral de coliform es term otolerantes
Coliform
esterm
otolerantes
Alumínio (mg/L)
Variação temporal de alumínio
0,25
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
dez-05
P1
P5
jun-06
P2
P6
dez-06
jun-07
dez-07
P3
Figura 18. Variação temporal de coliformes termotolerantes
jun-08
P4
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4. Conclusões
As águas subterrâneas coletadas nos 6 poços localizados na área de influência direta e
indireta do antigo Lixão do Roger não podem ser consumidas pela população sem
tratamento prévio, pois tem apresentado parâmetros de qualidade acima dos VMP
estabelecidos pela Portaria 518 do Ministério da Saúde, o que indica problemas de
degradação da qualidade águas subterrâneas.
As análises das águas coletadas nos poços P5 e P6, mais próximos à região onde os
resíduos sólidos do Lixão Roger eram depositados, têm revelado sempre indicativos de
qualidade inferior aos demais poços, sugerindo que o antigo Lixão do Roger ainda contribui
para a deterioração da qualidade da águas subterrâneas nas suas proximidades.
Como a amônia é um parâmetro indicador de poluição orgânica recente, tudo leva a crer
que há, na área estudada, outras fontes poluidoras das águas subterrâneas, além do antigo
Lixão, como esgotos domésticos, efluentes industriais e resíduos sólidos. Os coliformes
termotolerantes também têm estado presentes em todos os pontos, o que reforça a suspeita
de contaminação recente.
5. Referências
[1] UNESCO. Disponível em http://www.unesco.org. Acessado em 05 de junho de 2006.
[2] IBGE. Resultados do censo 2000. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2000.
[3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-13.896: Aterro de residuos
não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação, Rio de Janeiro, 1997.
[4] Ministério da Saúde. Governo do Brasil. Portaria, nº 518 de 25 de março de 2004.
[5] APHA, AWWA & WEF. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater.
19th edition. Public Health Association Inc., New York. 1995.
[6] PÁDUA, Valter Lúcio de; FERREIRA, Andréa Cristina da Silva. Qualidade da Água para
Consumo Humano. In: HELLER, Léo; PÁDUA, Valter Lúcio de. Abastecimento de Água
para Consumo Humano. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
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impacto de um lixão desativado na qualidade das águas