Roteiro de Atividades
Figuras invertidas e interpretação de textos
Palavras-chave: Texto não-verbal. Leitura de Imagens. Intertextualidade. Narração. Descrição. Relações
interétnicas.
Objetivos: Trabalhar a leitura de imagens e produção oral e textual. Refletir sobre interpretação de textos
e relações sociais.
Material: Cópias das figuras invertidas (em anexo).
Texto da parábola budista “Os cegos e o elefante”.
Filme: Elefante
Direção: Gus Van Sant
Ano: 2003
Duração: 81 minutos
Vídeo “Strangers” (link em sugestões).
Duração: 7 min.
Participantes: Toda a turma.
Apoio teórico:
Instruções:
Primeira etapa
1)
Distribuir as cópias das figuras ( link) aos alunos e pedir para que eles digam o que veem.
 Figura 1: Um esquimó ou o rosto de uma mulher?
 Figura 2: Um homem tocando saxofone ou o rosto de uma mulher?
 Figura 3: Uma senhora de costas ou um senhor com bigode?
2)
Distribuir as cópias do texto “Os cegos e o elefante”( link) e pedir que os alunos relacionem o
texto com as imagens.
3)
Passar o filme “Elefante” e discutir a relação do filme com a parábola budista (o título do
filme e a visão do massacre de cada um dos personagens da história).
Segunda etapa
4)
Passar o curta “Strangers” e discutir com os alunos:
 Quais os três tipos ideológicos representados? (muçulmano , judeu, skinheads)
 Como vocês identificaram cada um deles?
 Como o rapaz judeu se comporta a princípio com o rapaz mulçumano?
 Como os skinheads identificam o mulçumano e o rapaz judeu e de que modo passam a agir
em relação a esses personagens?
 Como os rapazes conseguem escapar dos skinheads?
5)
Dividir a turma em 3 grupos. Cada grupo representará um dos três tipos/personagens do curta
(mulçumano, judeu e skinheads). Cada grupo deverá contar a história do seu ponto de vista,
isto é, como o rapaz mulçumano, como o judeu e como os skinheads.
Para construir essa história, o aluno deve refletir sobre as seguintes questões:
 A partir do ponto de vista do personagem que o grupo representa, descreva como os outros
se comportaram em relação a você?
 O que o seu personagem deve ter pensado sobre os outros?
 Como o seu personagem estava pensando em resolver a situação?
 Quem agiu certo e quem agiu errado? Por quê?
 Quem venceu no final?
 Se você passasse por essa situação, o que você faria?
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 Essa situação vai fazer você mudar seu comportamento de alguma forma?
(Lembre aos alunos que eles devem se colocar no papel do personagem designado para seu grupo!).
Atividade para casa:
6)
Cada aluno deve escolher um dos personagens do curta para escrever uma narrativa baseada
nos acontecimentos da história vista ou da história recontada pelo ponto de vista de um dos
personagens (eles podem utilizar as questões colocadas para o exercício em grupo).
Sugestões:
Link para o vídeo “Strangers”:
http://www.youtube.com/watch?v=RpjHSiQLPmA
Autoria: Ana Beatriz Costa.
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Figura 1
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Figura 2
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Figura 3
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Parábola Budista
OS CEGOS E O ELEFANTE
Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as
pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda.
Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre
qual seria o mais sábio.
Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o
sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos
companheiros:
- Somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor do que as outras pessoas a verdade da vida. E,
em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí discutindo como se quisessem ganhar uma
competição. Não aguento mais! Vou-me embora.
No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num enorme elefante. Os cegos nunca tinham
tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.
O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:
- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles não se movem;
parecem paredes...
- Que palermice! - disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. - Este animal é pontiagudo como
uma lança, uma arma de guerra...
- Ambos se enganam - retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é
idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia...
- Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. - Este
animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos são bamboleantes, como se o seu corpo
fosse uma enorme cortina ambulante...
- Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio,
tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo.
Posso até pendurar-me nele.
E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora
habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.
Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tacteou os
contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo.
Agradeceu ao menino e afirmou:
- É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas numa parte, pensam que é o
todo, e continuam tolos!
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