UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
A INFLUÊNCIA DO VÍNCULO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR
TEREZINHA MARIA MACÊDO LIMA
ORIENTADOR: PROF. MESTRE ROBSON MATERKO
RIO DE JANEIRO
AGOSTO / 2001
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
A INFLUÊNCIA DO VÍNCULO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR
TEREZINHA MARIA MACÊDO LIMA
Trabalho monográfico apresentado
como requisito parcial para a obtenção do
Grau de Especialista em Psicopedagogia
RIO DE JANEIRO
AGOSTO / 2001
À Deus pelos dons
À pessoa que me inspirou a ser melhor que posso ser.
Aos meus pais, meus filhos, pelo amor.
À minha irmã Marli pela cumplicidade
A amiga Lílian, minha fada-madrinha
À prof. Yasmim pela empatia.
A prof. Carly pela valiosa colaboração
Aos mestres do curso de pós-graduação da UCAM pelo
enriquecimento.
Aos funcionários da UCAM com reconhecimento.
“Entre o bebê e as pessoas que cuidam, que
interagem e brincam com ele se estabelece uma forte
relação afetiva.
Essas pessoas não apenas cuidam da criança,
mas também medeiam seus contatos com o mundo, atuando
com ela, organizando e interpretando para ela esse mundo”
Gisela Wajskop, 1985
SUMÁRIO
RESUMO ........................................................................................................ 5
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 6
1. O PROBLEMA DO VÍNCULO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
ESCOLAR ....................................................................................................... 7
1.1 FORMULAÇÀO DAS QUESTÕES DE ESTUDO ..................................... 8
1.2 ORGANIZAÇÃO DAS PARTES DE ESTUDO .......................................... 8
1.3 DEFINIÇÀO DE TERMOS ........................................................................ 8
2. CONCEITO DE VÍNCULO ......................................................................... 9
2.1PROCESSO DE ESTABELECIMENTO DO VÍNCULO ............................. 10
2.2CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE VÍNCULO ........................................... 11
2.3 INFLUÊNCIA DO VÍNCULO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
ESCOLAR ................................................................................................. 13
CONCLUSÃO .................................................................................................. 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................20
ANEXOS ...........................................................................................................21
RESUMO
Esta monografia, através de uma pesquisa bibliográfica, estuda a
influência do vínculo na aprendizagem escolar.
O estudo caracteriza a importância da formação de um vínculo positivo
no processo de aprendizagem escolar para que este possa desenvolver-se sem
dificuldades na construção do conhecimento.
A proposta do trabalho é identificar de que maneira o estabelecimento
de um vínculo, positivo ou negativo, influencia a aprendizagem escolar.
Tem como objetivo analisar o conceito de vínculo, a classificação e o
processo de estabelecimento de um vínculo e sua influência no processo de
aprendizagem .
A conclusão mostra que o estabelecimento de um vínculo, positivo ou
negativo, é determinante no processo de aprendizagem escolar.
INTRODUÇÃO
O enfoque dado pela psicologia social de Enrique Pichon-Rivière à
aprendizagem e suas dificuldades nos permite compreender a importância da
inter-relação dos aspectos sociais, cognitivos e afetivos na aprendizagem da
criança.
Atualmente muito se discute no campo da educação o processo de
construção do conhecimento marcadamente pela influência da abordagem de
autores como Jean Piaget, Lev S. Vigotsky e Henry Wallon, que concebem o
processo de aprendizagem como um processo de construção que se dá na
interação permanente do sujeito com o meio que o cerca. Meio esse expresso
inicialmente pela família, depois pelo acréscimo da escola, ambos permeados
pela sociedade em que estão. Essa construção se dá sob a forma de estruturas
complexas.
Através
do
estabelecimento
de
um
bom
vínculo
afetivo
no
relacionamento educador-educando, poder-se visualizar não só um distúrbio de
aprendizagem mas a criança na sua totalidade
1.
O PROBLEMA DO VÍNCULO NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM ESCOLAR.
A publicação do Referencial Curricular Nacional (1998) atendendo às
determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96)
foi um marco no processo de reflexões e mudanças no campo da Educação,
considerando que desde o nascimento as crianças se orientam prioritariamente
para o outro e que através do cuidado, da interação, da brincadeira, se estabelece
uma forte relação que criará condições para que adotem condutas, valores,
atitudes e hábitos, evidenciando a capacidade do ser humano de estabelecer
vínculo.
“O vínculo é uma relação particular com o objeto.
Esta relação particular tem como conseqüência uma conduta
mais ou menos fixa com este objeto, formando um “pattern”,
uma pauta de conduta que tende a se repetir automaticamente,
tanto na relação interna quanto na relação externa com o
objeto” . (Rivière, 1995 p. 37)
Em função da contribuição que este assunto pode emprestar à
compreensão do processo de aprendizagem escolar, este trabalho se propõe a
identificar de que maneira o estabelecimento de um vínculo positivo ou negativo
pode influenciar a aprendizagem escolar.
De acordo com a conceituação esta monografia tem como objetivos:
•
conceituar vínculo
•
identificar os tipos de vínculo
•
caracterizar a forma como o vínculo se estabelece
•
identificar a influência do vínculo no processo de aprendizagem
escolar:
1.1 FORMULAÇÃO DAS QUESTÕES DE ESTUDO
Para desenvolver os objetivos mencionados, esta monografia pretende
debater e responder às seguintes questões:
O que é vínculo ?
Como se estabelece o vínculo ?
Quais os tipos de vínculo ?
Qual a influência do vínculo no processo de aprendizagem escolar ?
1.2 ORGANIZAÇÃO DAS PARTES DE ESTUDO.
Estes questionamentos serão debatidos no capítulo 2 tendo por base
as publicações científicas, comparando as opiniões teóricas sobre o assunto.
Após o debate e análise as respostas serão apresentadas na
conclusão.
No capítulo 2 será abordado o conceito de vínculo, o processo de
estabelecimento de vínculo, a classificação do tipo de vínculo e a influência do
vínculo no processo de aprendizagem escolar.
1.3 DEFINIÇÃO DE TERMOS.
Entende-se por:
VÏNCULO – maneira particular pela qual cada indivíduo se relaciona
com outro, ou outros, criando uma estrutura particular a cada caso e a cada
momento.
2. CONCEITO DE VÍNCULO
“O vínculo é uma relação particular com o objeto.
Esta relação particular tem como conseqüência uma conduta
mais ou menos fixa com este objeto formando um “pattern” ,
uma pauta de conduta que tende a se repetir automaticamente,
tanto na relação interna quanto na relação externa com o
objeto”. (Rivière,1995, p. 37)
Ao desenvolver o conceito de vínculo, Pichon – Rivière analisou o
espaço da relação entre sujeito e objeto, numa ótica dialética, onde um atua sobre
o outro, sendo o vínculo estabelecido pela totalidade.
Rivière ao elaborar a teoria do vínculo, complementou a investigação
social, concebendo que o uso da noção de vínculo é mais concreto do que a da
relação de objeto, que representa a estrutura interna do vínculo.
Para ele:
“A psicanálise embora sendo o método com maiores
possibilidades de investigação profunda, tenha contribuído tão
pouco para o desenvolvimento de uma psiquiatria social, por
lhe faltar a verificação e a confrontação necessárias que,
justamente, só um trabalho social lhe pode proporcionar. .A
psiquiatria, neste momento, vem sendo ensinada em seus dois
aspectos
É impossível realizar um trabalho profundo excluindo
o método psicanalítico, bem como é impossível que este
método tenha uma operacionalidade científica definida se não
for permanentemente verificado e confrontado com um trabalho
social paralelo” (Rivière,1995, p,23)
O autor, analisando o vínculo estabelecido pelo sujeito considera que
existem três dimensões de investigação: a investigação do indivíduo, a do grupo e
a da instituição ou sociedade, sendo o vínculo sempre um vínculo social mesmo
sendo com uma só pessoa; através da relação com este repete-se uma história
de vínculos determinados em um tempo e em espaços determinados.
2.1. PROCESSO DE ESTABELECIMENTO DO VÍNCULO
A Teoria do Vínculo considera que cada sujeito possui um vínculo
arcaico, responsável pela confiança ou não nos vínculos subsequentes. Esse
vínculo é registrado pela relação do bebê com a figura materna.
O vínculo arcaico é o que Visca chama de protoaprendizagem:
“ A protoaprendizagem consiste na aprendizagem
das primeiras relações vinculares que se estruturam na criança
como resultado da interação que se estabelece entre esta e
sua mãe. A criança parte de uma situação inicial de
indiscriminação e, nos contatos com a mãe vai estabelecendo
suas primeiras discriminações e vínculos com o mundo
externo” . (Visca, 1985 p. 76).
Somente este primeiro vínculo, o arcaico, é definitivo e não
representativo. Ele é uma marca. A partir de então, todo vínculo é definido como
representativo. Na prática há sempre sobreposição de vários vínculos sobre os
vínculos arcaicos que permite uma ressignificação permanente.
A partir da interação da criança com seu grupo familiar: pai, mãe,
irmãos, pessoas que moram na casa, animais, objetos e as inter-relações das
pessoas entre si e com objetos animados e inanimados, as estruturas vinculares
vão sendo preenchidas de significado, à medida em que as relações se ampliam,
formando sua pauta de condutas.
“ O caráter ou personalidade resulta do
estabelecimento de uma relação particular com um objeto
animado ou inanimado ou com um grupo, de maneira
particular, com uma fórmula particular. É o que, de fora,
estamos observando que acontece em Fulano de Tal, que
estabelece vínculo com outro ou com outros de uma maneira
particular “. (Rivière, 1995 p. 50).
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE VÍNCULO
O desenvolvimento se dá num modelo de espiral dialética, com
situações transitoriamente fechadas e transitoriamente abertas.
Nesta forma estão implicados toda a personalidade, o aparelho
psíquico e as estruturas nas relações vinculares.
Os vínculos são classificados em : Vínculo normal e vínculo patológico.
Vínculo normal:
É aquele estabelecido entre o sujeito e um objeto quando ambos têm
possibilidade de fazer uma escolha livre de um objeto, como resultado de uma
boa diferenciação entre ambos.
Vínculo patológico:
É aquele no qual as relações do sujeito estão restritas, impossibilitando
o ressignificações.
De acordo com esta definição, o vínculo patológico seria uma
estancamento do processo fechado ou um estancamento do processo aberto, no
modelo de espiral dialética, gerando uma conduta repetitiva, carregada de
características que o determinam como patológico.
Considerando estas características que definem as relações do sujeito,
seguem algumas condutas que expressam o tipo de vínculo estabelecido.
a) Traços de conduta do Vínculo Depressivo:
- ânimo sombrio
- perda de interesse
- movimentos e reações exigem mais tempo que o normal.
- Tristeza, melancolia.
b) Traços de conduta do Vínculo Histérico:
- somatização
- desconfiança
- possessividade na relação com o outro
- dramático e exibicionista
c) Traços de conduta do Vínculo Obsessivo:
- escrupulosidade, meticulosidade, ordem e necessidade de
confiabilidade.- pensamentos compulsivos e atitudes ritualísticas.
- segue regras criteriosamente.
d) Traços de conduta do Vínculo Paranóico:
- tensão, ansiedade, insegurança
- desconfiança e busca de motivos no comportamento alheio contra si
próprio.
- excesso de preocupação em defender seus direitos
- narcisismo.
- solidão.
Quando se fala em vínculos patológicos não estamos falando de
sujeitos com determinadas patologias mas de sujeitos com uma forma de
estabelecer relações que não permite ressignificações.
2.3 INFLUÊNCIA DO VÍNCULO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
ESCOLAR.
O processo de aprendizagem escolar é o que Visca denomina
aprendizagem sistemática.
“ aquela que se opera pela interação com as
instituições educativas, mediatizadoras da sociedade como
órgãos especializados para transmitir os conhecimentos,
atitudes e destrezas que a sociedade estima necessárias para
sua sobrevivência, capazes de manter uma relação equilibrada
entre a identidade e a mudança “.(VISCA, 1985 p. 78)
Desde que nascemos, estamos, nas relações que estabelecemos,
construindo os nossos vínculos com a aprendizagem, a nossa maneira pessoal de
nos aproximarmos do conhecimento.
Essa maneira pessoal vai sendo construída pelo sujeito, seu grupo
familiar, “recheada “de interpretações e significados.
Dessas relações resultam várias significações e, no caso de
aprendizagem escolar, a significação do que seja aprender, do que isto
representa, de que papel foi designado ao sujeito em relação ao aprender pelos
seus pais ou pelo seu grupo familiar.
De acordo com o a visão dialética apresentada por Pichon – Rivière a
busca do conhecimento funciona em “situações abertas e fechadas“, que se
alternam até possibilitar a estabilização das condutas aprendidas. Para ele:
“A aprendizagem se dá acompanhada de “ansiedade
paranóide”, em vista do perigo representado pelo
conhecimento novo, e de “ ansiedade depressiva “, pela perda
simultânea de um esquema referencial e de certos vínculos
que estariam envolvidos na aprendizagem “. (Weiss, 1997, p.
20)
De acordo com o autor, quando as situações permanecem totalmente
abertas ou totalmente fechadas, observam-se problemas de aprendizagem.
Um dos fatores que pode influenciar nesta situação de abertura ou
fechamento é o vínculo estabelecido com a aprendizagem. O não aprender pode,
por exemplo, expressar uma dificuldade na relação do sujeito com sua família.
O vínculo com a aprendizagem engloba relação com os objetos de
aprendizagem, com quem ensina e de quem aprende consigo mesmo, sendo esta
relação altamente expressiva.
A aprendizagem não deve ser vista somente como aprendizagem
escolar mas entendida num sentido mais amplo, não considerando apenas o
vínculo estabelecido com o professor, a aula, os companheiros e a escola mas
sim a relação estabelecida com os adultos significativos que oferecem ao sujeito
modelos de aprendizagem e os locais onde esta ocorre; com as pessoas fora do
meio escolar e consigo mesmo, ou seja, do sujeito na situação de aprendizagem
em vários momentos de sua vida.
Para investigar a rede de vínculos que o sujeito pode estabelecer
nesses três grandes domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo VISCA
reuniu técnicas projetivas psicopedagógicas que permitem investigar nove setores
da dimensão afetiva do sujeito que aprende.
Entre as provas projetivas que investigam os vínculos escolares,
encontra-se a “Pareja Educativa “ cujo objetivo é investigar o vínculo estabelecido
com a aprendizagem. Nesta prova há indicadores mais significativos como: o
tamanho do desenho, a posição , a distância entre os personagens, o título e,
principalmente, o relato.
Como exemplo podemos mostrar uma situação em que um
Psicopedagogo pede a um cliente que faça o desenho de um momento em que
alguém ensina e alguém aprende. O cliente então lhe pergunta se é na escola, o
que leva o psicopedagogo a pensar que o cliente entende a busca pelo
conhecimento também fora do ambiente escolar, isto é positivo. O cliente faz
então uma sala de aula, com um professor em plano maior e um aluno
representado por uma figura bem pequena como na figura 1.
Figura 1: Desenho elaborado pela cliente na execução da
“Pareja Educativa”
O psicopedagogo pergunta o que as pessoas estão fazendo e o cliente
responde que o professor está brigando com o menino.
A análise sugere a percepção de quem ensina num plano mais
autoritário, distante de quem aprende. Provavelmente representa um vínculo
negativo, já que a distância é maior do que se esperava.
Considerando o modelo da espiral dialética do conhecimento, existe
um vínculo negativo com quem ensina que pode levar a um impedimento no
processo de aprendizagem, sendo entendido como um “nó “ na espiral como
mostra a figura 2.
Figura 2; “Nó” na espiral dialética
Como exemplo da influência do vínculo no processo de aprendizagem
escolar foi apresentada uma situação que, sozinha, não justifica um sintoma no
processo de aprendizagem.
Para entendermos a patologia no aprender de um sujeito não podemos
analisar só o presente mas também reconstruir o jogo de acontecimento que deu
origem a esta conduta.
CONCLUSÃO
Podemos concluir que:
a)
Entende-se por, vínculo uma relação particular com o objeto, com
uma conduta mais ou menos fixa, formando uma pauta de conduta que
tende a se repetir automaticamente.
O vínculo é uma maneira particular pela qual cada indivíduo se
relaciona com outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada
caso e a cada momento.
b)
.Existe em cada sujeito um vínculo arcaico, que é o responsável
pela confiança ou não nos vínculos subsequentes, sendo este vínculo
registrado pela relação de bebê com a figura materna ou com a
principal figura de cuidados.
Partindo da interação com seu grupo familiar e outras pessoas
que moram na mesma casa, objetos, etc. as inter-relações das
pessoas entre si e com os objetos, as estruturas vinculares vão sendo
preenchidas de significado, gradativamente, à medida em que as
relações se ampliam, formando uma pauta de condutas.
c)
Os vínculos são classificados em: vínculo normal e vínculo
patológico.
O vínculo normal é estabelecido entre o sujeito e o objeto como
resultado de uma boa diferenciação entre ambos.
O vínculo patológico é aquele no qual as relações do sujeito estão
restritas, impossibilitando-o ressignificações. Este tipo de vínculo seria
um estancamento do processo fechado ou do processo aberto,
considerando-se o modelo de espiral dialética, gerando uma conduta
repetitiva, carregada de características que o determinam como
patológico.
Convém ressaltar que a expressão vínculo patológico não define
o sujeito como portador de determinada patologia, mas um sujeito com
uma forma de estabelecer relações que não permite ressignificações
d)
Desde que nascemos, nas relações que estabelecemos, estamos
construindo nossos vínculos com a aprendizagem, nossa maneira
pessoal de nos aproximarmos do conhecimento.
Essa maneira pessoal vai sendo construída pelo sujeito
“recheada” de interpretações e significados.
A forma como aprender foi significado para o sujeito, como
“desconhecido “, o “não revelado “ foi encarado, pode ser determinante
no estabelecimento de um vínculo positivo com a aprendizagem.
A busca do conhecimento acontece em forma de espiral dialética,
em situações “abertas e fechadas “que se alternam. Quando as
situações permanecem totalmente abertas ou fechadas, observam-se
problemas de aprendizagem.
O vínculo com a aprendizagem engloba a relação com os objetos
de aprendizagem, com quem ensina e de quem aprende consigo
mesmo. Desta forma, o estabelecimento de um vínculo negativo em
uma dessas áreas, poderia gerar um “nó “no processo de busca do
conhecimento mas deve-se levar em conta que para entendermos a
patologia no processo de aprendizagem escolar não podemos avaliar
só o presente mas também reconstruir o jogo de acontecimentos que
deu origem a essa conduta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERNANDEZ, Alícia. A inteligência aprisionada. 2 ed. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1991.
RIVIÈRE, Enrique Pichon. O processo grupal. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1991.
________________, Teoria do vínculo. 5 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
VISCA, Jorge. Clínica psicopedagógica: epistemologia convergente. Porto
Alegre: Artes Médicas Sul Ltda., 1985.
________________, Técnicas Proyectivas Psicopedagógicas. Buenos Aires:
AG. Servicios Gráficos, [s.d.].
WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos
problemas de aprendizagem escolar. 4 ed. Rio de Janeiro, 1997.
ANEXOS
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