Jornal dos FuncionÁrios do hsbc | Sindicato dos BancÁrios de São Paulo, Osasco e RegiÃo | MAIO DE 2015
luta por empregos
ganha força também
em Brasília
Dirigentes sindicais reúniram-se com parlamentares e cobraram apoio à luta dos funcionários
do HSBC, que vivem angústia diante dos boatos sobre fim das operações do banco no Brasil
U
Guina Ferraz
ma comitiva de dirigentes sindicais de todo
o país fez um verdadeiro corpo a corpo com
parlamentares no Congresso Nacional. As
reuniões no dia 5 e 6 de maio foram realizadas para sensibilizar deputados e senadores para que
os empregos e direitos dos funcionários do HSBC sejam preservados, caso a unidade inglesa no Brasil seja
incorporada por outro banco.
Paulo Sobrinho, diretor do Sindicato e funcionário
do HSBC, integrou a comitiva e destacou que foi boa
a recepção. “Deixamos claro que os cerca de 21 mil
›› Movimento sindical na luta pelos bancários do HSBC
trabalhadores estão angustiados com os sucessivos
boatos de que o HSBC abandonará suas operações no
Brasil. Assim, cobramos os parlamentares a também
entrar nessa luta.”
Os sindicalistas também entregaram ofício aos deputados e senadores solicitando que interfiram pela realização de uma reunião com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão que regula fusões
entre empresas.
“Estamos atuando em várias frentes. Se o HSBC
repassar suas operações para outro grupo, como
foi anunciado pela imprensa, queremos que o Cade
se posicione pela manutenção dos empregos bancários. As pessoas se dedicam muito à instituição e
não podem ser prejudicadas por decisões tomadas
pela alta cúpula”, enfatiza Sérgio Siqueira, diretor
da Contraf-CUT.
Governo – A situação dos empregados também foi
objeto de ofícios enviados pelo Sindicato e pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) a representantes do governo federal.
Os documentos, encaminhados em 23 de abril, solicitam reuniões com o secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, com o ministrochefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante, o ministro
da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini e o assessor especial da
Secretaria-Geral da Presidência da República, José
Lopez Feijóo.
Os representantes do governo ainda não deram
resposta. 
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Após pressão, HSBC marcará reunião
Compromisso foi assumido pelo banco inglês em abril,
quando dirigentes sindicais protestaram em frente à
concentração do Tower, na zona oeste de São Paulo
que envolveram a empresa em escândalos financeiros. “Nossa luta
continuará intensa.”
Depois de diversas cobranças do
Sindicato, a direção do HSBC assumiu compromisso de que marcará
uma reunião para discutir exclusivamente a situação da empresa no
Brasil. A informação foi passada a
dirigentes sindicais no dia 28 de
abril, quando ocorreu manifestação
na concentração do Tower, zona
oeste da capital.
Liliane Fiuza, diretora do Sindicato, destaca ter sido excelente a re-
Venda – A notícia sobre uma possível
venda da operação de varejo e de parte
do banco de investimento no Brasil foi
veiculada em primeira mão pelo jornal Financial Times, em 17 de abril.
“Desde então os bancários estão
apreensivos. Mas estamos nos empenhando para que os direitos e
empregos sejam preservados caso
a instituição seja realmente incorporada por outro banco”, destaca a
dirigente sindical. 
Danilo Ramos
ceptividade dos empregados ao ato
no complexo administrativo que
reúne cerca de mil funcionários. “A
diretoria e a presidência do HSBC
no Brasil estão sediadas nesse prédio. Mesmo assim, a apreensão dos
bancários do local em relação ao futuro é grande”, ressaltou.
Durante a manifestação a população foi alertada de que os empregados não são responsáveis pelas
decisões tomadas pela alta cúpula e
›› Dirigentes sindicais conversam com população e bancários durante manifestação em frente ao Tower, na zona oeste
Líder de queixas no Banco Central HSBC na TV
Banco inglês liderou
lista de reclamações de
clientes no mês de março
Após três meses consecutivos no “topo” do ranking de reclamações procedentes contra bancos com mais de dois
milhões de clientes, divulgado pelo
Banco Central, a Caixa Federal foi “superada” pelo HSBC em março.
Na liderança da indesejável lista, o
HSBC teve 98 reclamações em março,
obtendo índice de 9,53. Os três principais problemas registrados em março contra as instituições bancárias
foram: irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança,
sigilo ou legitimidade das operações
e serviços (481); débito em conta de
depósito não autorizado pelo cliente
(286); e recusa ou dificuldade de acesso aos canais de atendimento convencionais (258). 
Lucro mundial é de US$ 5 bilhões
Resultado teve pequeno crescimento; balanço da
filial brasileira é divulgado apenas semestralmente
O HSBC anunciou lucro líquido de
US$ 5,26 bilhões no primeiro trimestre
de 2015, de acordo com a Época Negócios. O resultado é um pouco maior do
que o do mesmo período do ano passado, de US$ 5,21 bilhões. O balanço
da filial brasileira é divulgado apenas
semestralmente.
O lucro operacional foi de US$ 6,48
bilhões, enquanto os ganhos antes de impostos somaram US$ 7,06 bilhões. As receitas da instituição financeira somaram
US$ 15,9 bilhões, praticamente estáveis
em relação ao mesmo período de 2014.
Já as despesas operacionais recuaram levemente para US$ 8,8 bi, de
US$ 8,9 bi nos três primeiros meses
do ano anterior. 
dos Bancários
No início de maio, o Momento Bancário com a Presidenta, programa de
webtv do Sindicato, convidou o dirigente sindical Valdir Fernandes, o Tafarel, para debater os efeitos de uma
eventual incorporação do HSBC por
outra instituição financeira no Brasil.
Durante o programa, ele ressaltou o
clima de insegurança em que vivem
os empregados do banco inglês e a
necessidade de a instituição financeira abrir negociação com o Sindicato.
O programa também contou com o
economista e professor da PUC-SP,
Ladislau Dowbor, que falou sobre a
importância de reorganizar o Sistema
Financeiro. Assista: goo.gl/URRGMP 
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Funcionários do HSBC
aproveitaram assembleia
para esclarecer dúvidas
sobre evasão fiscal
envolvendo o banco
Os trabalhadores do HSBC aprovaram em assembleia realizada no
dia 9 de abril o acordo de renovação do uso do ponto eletrônico
(sistema alternativo de controle de
jornada adotado pelo banco) e reativação da Comissão de Conciliação
Voluntária. Ambas as pautas foram
aprovadas por unanimidade.
“A renovação do ponto eletrônico é muito importante para os trabalhadores”, explicou o diretor do
Sindicato Luciano Ramos. Já a Comissão de Conciliação Voluntária é
um mecanismo existente em diversos bancos que, junto ao Sindicato,
agiliza a resolução de problemas
evitando que o bancário precise recorrer à Justiça. “Com comprovação
e apresentando todos os documen-
Mauricio Morais
Ponto eletrônico e CCV aprovados
›› Assembleia aprovou sistema alternativo de controle de jornada
tos necessários o caso pode ser resolvido em 30 dias, e na Justiça comum a demora é grande”, ressaltou.
A Comissão do HSBC já existia, no
entanto, se tornou inativa. Com sua
reativação aprovada ainda será estipulado quando voltará a funcionar.
Durante a assembleia, os funcionários também fizeram questão de esclarecer dúvidas. Segundo Luciano, algumas dessas questões surgem com
a apreensão que trabalhadores do
banco vêm sentindo após as denúncias de evasão fiscal envolvendo a
instituição financeira.
“O Sindicato está sempre preocupado em preservar os direitos dos
trabalhadores e não aceitamos nada
que possa prejudicá-los. Por isso é
tão importante conversamos e esclarecer dúvidas sempre”, lembrou
o dirigente. 
Renovadas garantias no call center
Trabalhadores das áreas de
atendimento aprovam atualização do
acordo específico que assegura direitos
Anju
Os funcionários de departamentos de call center do HSBC
aprovaram a renovação do acordo específico sobre escalas aos
finais de semana, que prevê uma série de garantias e direitos
como escala definida e folgas. A assembleia que legitimou a atualização do acordo ocorreu no dia 14 de abril. 
›› Direitos dos funcionários de call center estão garantidos
Confira os pontos do acordo
 Jornada semanal de cinco dias, entre segunda-feira e domingo, inclusive feriados, conforme escala
mensal previamente organizada;
 Jornada de trabalho efetiva diária de 5h15;
 Limite de horas extras mensais de 20 horas;
 vedada a prorrogação de jornada aos sábados, domingos e feriados;
 Garantia de descanso semanal de dois dias, pelo
menos duas vezes por mês aos sábados e domingos consecutivos e uma folga de caráter compensatório, quando o trabalho ocorrer em dia de feriado;
 Intervalo intrajornada diário de 30 minutos;
 Além do intervalo, serão concedidas duas pausas de
15 minutos cada uma. Em pelo menos uma dessas
pausas, o empregado deverá realizar ginástica laboral em local adequado e com a supervisão e orientação de um profissional qualificado; a outra pausa
poderá ser fracionada, a critério do empregado;
 Valor pago por dia trabalhado em final de semana
e feriado: R$ 46,65.
Quer manter seus direitos, conquistar mais e fortalecer a
luta da categoria bancária? Fique sócio do Sindicato. Acesse
o link tinyurl.com/fiquesocio e saiba como se sindicalizar.
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Luta contra precarização não para!
Trabalhadores realizam paralisação no dia 29 de maio
contra o PL da terceirização, retirada de direitos, pelo
fim do fator previdenciário e a favor da democracia
Projeto de Lei 4330, o PL da
Terceirização, está em trâmite no
Congresso Nacional. A Câmara dos
Deputados aprovou no dia 22 de abril
emenda aglutinativa apresentada pelo
relator Arthur Maia (Solidariedade/
BA) que mantém o ponto mais
nocivo do Projeto de Lei 4330/2004: a
permissão da terceirização para todas
as atividades das empresas, inclusive
seu salário
mais acidentes
de trabalho
Os terceirizados que hoje conseguem vencer na Justiça
Trabalhista, comprovando que exercem atividade-fim
da empresa contratante (para qual a terceirizada presta
serviços), não terão mais esses direitos reconhecidos.
Os terceirizados ganham 25% menos
que os empregados diretos. Há setores onde essa diferença é maior ainda:
os terceirizados contratados para fazer serviço bancário ganham 70% menos que os trabalhadores dos bancos.
A redução nos salários que a terceirização
impõe coloca em risco toda a Previdência
Social, que é quem paga aposentadorias e
mantém o Sistema Único de Saúde (SUS).
a atividade-fim. Agora o texto está no
Senado com nome PLC 30/2015.
No dia 29 de maio os trabalhadores
vão cruzar os braços e os bancários
estão nessa. Além da terceirização,
também está na pauta da manifestação
a luta pela democracia, o fim do fator
previdenciário e as medidas provisórias
que o Sindicato é contra. A MP 664
altera regras na concessão de pensão
maus empresários sairão impunes
VAI CAIR
aposentadoria
em risco
por morte e auxílio-doença e prevê
a possibilidade de terceirizar perícias
médicas. Já a MP 665 dificulta o acesso
ao seguro-desemprego, abono-salarial e
seguro-defeso (para pescadores). As MPs
fazem parte do ajuste fiscal pretendido
pelo governo federal e também estão
sendo apreciadas pelo Senado. Haverá,
ainda, uma menção especial à luta dos
professores brasileiros.
Confira abaixo como ficará seu
futuro se o projeto da terceirização
for aprovado com o mesmo texto que
passou na Câmara:
O número de acidentes de trabalho e mortes entre terceirizados é bem maior que
entre os trabalhadores diretos. Só no setor
elétrico, por exemplo, o número de mortes
entre terceirizados é 3,4 vezes maior.
jornada maior
e menos empregos
Terceirizados trabalham em média três horas
a mais por semana que os contratados diretos.
Vários empregos deixarão de ser criados (estima-se que signifique cerca de 900 mil vagas a
menos). Liberar totalmente a terceirização só
significa mais lucro para os empresários.
FOTOGRAFE
SUA CIDADE
O Sindicato quer saber como o bancário
olha para sua cidade.
É a São Paulo cinza
ou a com céu azul que
você quer mostrar? Um
ponto turístico em Osasco
pode virar uma foto premiada.
Ou uma cena pelas ruas de Carapicuíba chamará a atenção da comissão que
julgará as melhores fotos da mostra
Fotografe Sua Cidade? Se você é bancário sindicalizado ou dependente envie seu registro, que pode ser feito até
pelo celular, desde que tenha 150 dpi’s
e até 20 Mb. A extensão deve ser jpg.
Entre no www.spbancarios.com.br e
saiba como participar. 
mais poder
para os patrões
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O PL 4330 acaba com os limites para a terceirização, inclusive na atividade-fim das
empresas. Qualquer função, em qualquer
empresa, poderá ser terceirizada. Tudo isso
reduz, ainda, a capacidade de organização,
de mobilização dos trabalhadores.
Estamos de olho na sua saúde
Assessoria técnica do
Sindicato está disponível
na web ou pessoalmente
para atender bancários
Saúde é reflexo de boas condições
de trabalho. Por isso, o Sindicato
atua com força para que os bancários
possam exercer suas funções sem,
para isso, perder a saúde ou a qualidade de vida. Depressão, síndrome
do pânico, estresse pós-traumático,
ansiedade, tendinites e muitas outras
doenças podem estar relacionadas
ao trabalho.
A Secretaria de Saúde e Condições
de Trabalho conta com assessoria
técnica composta por médica do
trabalho e advogados da área traba-
lhista e previdenciária para se fazer
atuante junto aos bancos e a órgãos
públicos.
Para auxiliar no atendimento, a
secretaria disponibiliza um Tira Dúvidas no site do Sindicato (goo.gl/
RXek7G). Além disso, o atendimento
também pode ser feito pessoalmente,
de segunda a sexta,
das 9h às 18h, na
sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, 2º andar,
próximo à estação
São Bento do Metrô), pelo telefone 3188-5200 ou
via e-mail, pelo
saude@spbanca
rios.com.br. 
Edi­t a­d o pe­lo Sin­di­c a­t o dos Ban­c á­r ios e Fi­nan­c iá­r ios de São Pau­lo, Osas­c o e Re­g ião-CUT • Pre­s i­d en­t a: Juvandia Moreira • Di­r e­t or de im­p ren­s a: Marta Soares
• Di­r e­t o­r es res­pon­s á­v eis: Liliane Maria Santos Fiuza, Bruno Carneiro, Valdir Fernandes, Antônio Paulo Sobrinho, Luciano Ramos da Silva, Sergio Ricardo
Siqueira e Nelson Luís da Silva Nascimento • Jornalista: Gisele Coutinho • Diagramação: Fabiana Tamashiro • De­n ún­c ias, crí­t i­c as e su­g es­t ões: Rua São Ben­
to, 413, CEP 01011-100. Fo­ne: (11) 3188-5200, 2º an­dar, Se­c re­t a­r ia de Ban­c os ou Facebook.com/spbancarios • Im­p res­s ão: Ban­g raf, fo­n e 2940-6400.