SOLUÇÕES
P A L A V R A
MERCADO CONSUMIDOR
B R
BR à frente,
mais uma vez
Vitória. Esta é a palavra que deve permear, hoje, o
espírito de todos os parceiros e colaboradores da Petrobras Distribuidora. Depois de dois anos de intenso
trabalho de planejamento e preparação, a BR já está trabalhando
com o SAP R/3, o novo Sistema
Integrado de Gestão da empresa.
O novo sistema integra as principais atividades da BR, desde o
pedido do cliente até a entrega do
produto, concentrando em um único ambiente os dados de todas as
operações realizadas pela empresa. Assim, quando ocorrer a venda de um produto em qualquer
unidade da empresa, em todo o Abelardo de Lima Puccini,
DIRETOR FINANCEIRO E DE
Brasil, imediatamente os números RELAÇÕES COM INVESTIDORES
de venda, faturamento, contabilidade, estoques e outros dados relativos à operação são atualizados.
A integração das operações da empresa em um único sistema traz um ambiente de extrema confiabilidade
e sincronia a todos nós. É um grande avanço. Hoje,
98% da indústria de óleo e gás utilizam Sistemas Integrados de Gestão. Com o SAP R/3, a BR entra em uma
nova era de modernidade e agilidade, gerenciada com
informações mais precisas, capazes de proporcionar
mais qualidade no atendimento aos seus clientes.
Estamos conscientes de que a implantação do SAP
R/3 na BR passou por uma fase de desequilíbrios, principalmente nos primeiros dias. Enfrentamos as dificuldades graças ao comprometimento de todos os funcionários da Petrobras Distribuidora, empenhados em levar a empresa a novos patamares de eficiência e competitividade. E agradecemos também o apoio e a compreensão de todos os parceiros. Já ultrapassamos a
fase de maior turbulência e, hoje, atuamos para eliminar os últimos problemas, garantindo o nosso maior
compromisso: a busca incansável do aprimoramento
de nosso atendimento.
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s
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B
BR TO THE FOREFRONT
ONCE AGAIN
Victory. This is the word of the moment which
must be impressed in the hearts and minds of all
Petrobras Distribuidora’s partners and collaborators. After two years of intensive planning and preparation, BR is now operational with SAP R/3 – the
Company’s new Management Information System.
This new system integrates BR’s main activities, initiated from the customer’s order and continuing through to final product delivery, thereby
concentrating into a single environment, the transaction data relating to all operations carried out
by the Company. Thus, whenever a product is
sold by any of our outlets, in any part of Brazil,
all information is collected and used to immediately update the sales, billing, accounting, stock
and other databases related to this operation.
Integration of our Company transactions into
a single system brings with it an extreme reliability combined with synchronous information available to all. This is a tremendous step forward.
Today, 98% of the oil and gas industry use Management Information Systems. Now with the SAP
R/3 system, BR is entering a new modern and
agile era, managed on the basis of more precise
information, providing us with the capability to
offer a better-quality service to your customers.
We are fully aware that during the SAP R/3
installation phase, BR came across many difficulties, principally in the first few days. We met
these challenges, however, thanks to the undying
commitment from the Petrobras Distribuidora
staff, in their dedication to take the Company to
new efficient, competitive levels. We would also
like to extend the warmest thanks to all our partners for your compassion and understanding.
We have already gone past this turbulent phase,
and today we are involved in sorting out the last
remaining problems, aimed to guarantee our
number-one commitment: the untiring search for
a service, perfect in every way.
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BR
SOLUÇÕES
3.
Álcool
Chegou a hora do mundo
conhecer o álcool carburante brasileiro
Doce parceria com a Copersucar
P UBLICAÇÃO DA P ETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A.
Asfalto
Um piso melhor do que asfalto, melhor do que concreto
Aviação/Aviation
BR Jet Plus, o combustível solidário
Abelardo de Lima Puccini
DIRETOR DE OPERAÇÕES
BR Jet Plus, the caring fuel
Otacílio Viana de Albuquerque
Segurança com qualidade BR Aviation
DIRETOR DE MERCADO CONSUMIDOR
Safety with quality BR
DIRETOR DE MERCADO AUTOMOTIVO
E LUBRIFICANTES
Marco Antonio Vaz Capute
Fernando Cesar Barbosa
Sumário
CONSELHO EDITORIAL
Andurte de Barros Duarte Filho,
Alexandre Penna Rodrigues, Francelino Silva Paes,
Luiz Otávio de Azevedo Costa,
Marco Antonio de Oliveira do Couto
e Hévila Aparecida Arbex
GERENTE DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
Alex Messias
CHEFE DE RELAÇÕES EXTERNAS E INTERNAS
Carmen Navas
EDITOR
Jorge Ferreira
PRODUTORA GERAL
19.
ENERGIA DO JEITO E FEITIO QUE O CLIENTE QUISER
25.
29.
33.
37.
40.
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2
PRESIDENTE
Julio Cesar Carmo Bueno
DIRETOR FINANCEIRO E
DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES
Gás
24.
MERCADO CONSUMIDOR
BR em Boa Cia.
Gás da BR faz as Gerais andarem melhor
Grandes Consumidores
Marbrax busca mares nunca dantes navegados
Marbrax seeks uncharted seas
O futuro é aqui e agora
Produtos Especiais
GLP com marca de soluções BR
O enxofre também é nosso
Serviços portuários? Fale com a BR
Opinião
As razões do seguro hidrológico
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
Maria Lucia Carvalho
REPÓRTERES
Ângela Regina Cunha / Fabiana Couto / Felipe Dias
PROJETO GRÁFICO
Marcelo Pires Santana / Paula Barrenne de Artagão
DIAGRAMAÇÃO
Modal Informática
PRODUÇÃO GRÁFICA
Ruy Saraiva
SUPERVISÃO GRÁFICA
Armando Augusto
FOTOS
Adriana Lorete / Marcelo Carnaval
TIRAGEM
40 mil exemplares
PRODUZIDA POR MARGEM EDITORA E
INSIGHT ENGENHARIA DE COMUNICAÇÃO
MARGEM EDITORA
Rua Barão do Flamengo, 22 / 601, Flamengo
CEP 22220-080, Rio de Janeiro, RJ
INSIGHT ENGENHARIA DE
COMUNICAÇÃO & MARKETING
Rua Sete de Setembro, 71/14o andar, Centro
CEP 20050-005, Rio de Janeiro, RJ
Á l c o o l
Chegou a hora do
mundo conhecer o
ÁLCOOL
CARBURANTE BRASILEIRO
SOLUÇÕES
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O Japão consome 50 bilhões de litros de gasolina por ano; uma adição de álcool de 5% significaria 2,5 bilhões de litros exportados
A
brir o mercado externo para o álcool carburante brasileiro é um dos maiores e mais
interessantes desafios para a Gerência de
Álcool da BR, que, para isso, conta com parceiros
do porte e da importância de Bioagência, Copersucar e Crystalserv. O papel da BR será, principalmente, o de agente logístico.
“O assunto exportação se tornou bastante relevante, principalmente na atual safra, em função de
se esperar uma produção de cana bastante expressiva. Portanto, há interesse no escoamento de parte da produção de álcool para o mercado externo.
No ano passado, foram exportados pouco mais
de 450 milhões de litros de álcool, mas para uso
industrial, e não carburante. Porém, é cada vez
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SOLUÇÕES
maior o interesse de outros países em fazer a mistura do álcool com a gasolina, como nós fazemos
aqui no Brasil. Há interesse de Austrália, Japão,
Tailândia, Índia, China e Estados Unidos, que já
usam a mistura, mas lá eles usam álcool feito de
milho, que tem um custo mais alto que o álcool de
cana”, diz Carlos Alberto Ferro, gerente de álcool.
No entanto, há obstáculos à conquista do mercado
externo, como explica o gerente.
“Há uma sobretaxa às exportações, uma proteção tarifária. Então, não conseguimos colocar nosso produto nos mercados externos de forma competitiva. Qual o papel que vemos para a BR? A BR
é fundamentalmente uma empresa de logística. Temos bases, terminais, trabalhamos com a contra-
Á
tação de transportes de nossos
produtos. Temos aí uma oportunidade de atuarmos como operador logístico, pelo menos numa
primeira fase. Pode ser que, no
futuro, nós possamos até atuar
como trading mesmo, comprando álcool no mercado interno visando à exportação. Mas, no primeiro momento, a idéia é atuar
como operador logístico e facilitador de sistemas que permitam
o escoamento do álcool para o
mercado externo. Então, temos
discutido com nossos fornecedores exatamente a disponibilização
de nossas instalações para que
eles possam exportar. A estimativa é de que a exportação brasi-
leira aumente na ordem de 50%,
atingindo mais de 600 milhões
de litros na próxima safra.”
Internamente, porém, também
existem problemas, entre os quais
um dos maiores é o desaparelhamento dos portos brasileiros para
a exportação de granéis líquidos.
E é aí, diz Ferro, que entra a BR:
“Nós temos algumas bases localizadas no litoral. Temos bases
também nos centros produtores,
que servem para coletar o álcool
e dali despachá-lo, principalmente por ferrovia, para os terminais
na costa, barateando tremendamente a logística. Normalmente, o
álcool é exportado como um produto químico, então, usam-se terminais privados... Nós temos condições de escoar álcool mesmo do
interior do país. Mato Grosso, por
exemplo, tem uma produção bastante expressiva em relação ao
mercado regional. Ela precisa ser
escoada de lá para outros estados, e nós acabamos de inaugurar, junto com a Ipiranga, uma base
em Alto Taquari, no sul do estado,
perto de Rondonópolis, que tem
todas as condições de escoar o
álcool excedente de Mato Grosso,
por meio da Ferronorte, até o Porto de Santos. Aproveitamos a logística do retorno de derivados
para Mato Grosso. Nós levamos
diesel, principalmente, e gasolina
para lá, a partir da Refinaria de
Paulínia e voltaria com álcool. É
esse papel que estamos procurando desempenhar na exportação de
álcool.”
Os parceiros da BR também
vêem com otimismo o mercado
externo. O diretor-comercial da
Bioagência, Tarcilo Ricardo, lembra que, no mundo inteiro, existe
espaço para o álcool como aditivo da gasolina, o que significa
um gigantesco mercado a ser
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aberto. Ele cita alguns números
que permitem uma comparação.
Na safra 2001-2002, as exportações de álcool do Centro-Sul
ficaram em 470 milhões de litros.
Destes, cerca de 300 milhões de
litros eram destinados a finalidades industriais e apenas 170 milhões ao uso como combustível.
O Japão consome, anualmente,
50 bilhões de litros de gasolina.
Se a mistura de álcool ficasse no
modesto percentual de 5%, seriam consumidos 2,5 bilhões de litros. Isto é o quíntuplo do que o
Brasil exportou na última safra.
Tarcilo Ricardo diz que os problemas de logística ainda encarecem o produto brasileiro e dificultam a exportação. Boa parte
do transporte é feita por caminhões e os portos estão preparados para receber granéis líquidos
que não o álcool. Por isso, a Bioagência vê o Sistema Petrobras
como o “grande parceiro para o
incremento das vendas externas.
Quem está preparado para ser
o agente logístico é o Sistema
Petrobras, que poderá permitir a
abertura de um mercado maior
para o setor sucroalcooleiro.”
O presidente da Copersucar,
Homero Arruda, informa que o
mercado externo de álcool representa um potencial de pelo menos
1 bilhão de litros anuais, muito mais
que os 400 milhões exportados no
ano passado e do que os 600 milhões previstos para a safra atual.
Para exportações nos volumes atuais, o país, diz ele, dispõe de infraestrutura (que não é a ideal), mas,
para volumes maiores, da ordem
de 1 bilhão, 2, 3 ou 4 bilhões, as
instalações são insuficientes. Quanto ao custo e ao volume de produção, Homero Arruda não tem dúvidas quanto à capacidade e à
competitividade do Brasil para ocuSOLUÇÕES
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Álcool brasileiro lidera o ranking de menores custos do mundo
par espaço no mercado internacional: “O nosso custo de produção de álcool é, de longe, o menor do
mundo. O mesmo acontece com o custo do açúcar,
ficando em segundo lugar a Austrália.”
Os dois grandes problemas brasileiros, de acordo com o presidente da cooperativa, que reúne 34
empresas e 93 produtores de cana, são, internamente, a logística, e, externamente, as barreiras
protecionistas impostas por alguns países. No caso
do açúcar, a cooperativa adotou a solução de um
terminal portuário próprio em Santos.
Quanto ao álcool, a Copersucar está empenhada
na busca de soluções: “Temos pesquisado, e nisso somos parceiros da BR, todo o sistema portuário disponível para granéis líquidos. O nosso sistema é baseado no recebimento de granéis e não na sua exporta-
ção.” Homero Arruda acredita que se possa, futuramente, aproveitar, por exemplo, a rede de dutos da BR
para o transporte de álcool, uma solução que tornaria
mais fácil e mais barata a sua comercialização.
O mercado internacional de álcool é emergente, está em fase de criação, mas as perspectivas se
afiguram boas, na opinião de João Carlos Figueiredo Ferraz, presidente da Crystalsev, que representa os interesses comerciais de sete usinas, as
quais respondem por 10% da produção de açúcar
e álcool do Centro-Sul. Ele conta que, no momento, os produtores estão empenhados em um esforço para mostrar a competitividade dos preços do
álcool e a disponibilidade do produto para atender às eventuais demandas externas.
Embora seu mercado ainda esteja por se consolidar, em nível internacional, o álcool vai abrindo
espaços e a Bolsa de Nova York já demonstrou
interesse em criar índices que sinalizarão os preços
para o mundo inteiro. Isto é feito, no Brasil, pela
Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) de São Paulo. Os produtores estão também promovendo visitas de técnicos a potenciais compradores do álcool brasileiro, como o Japão e a Índia. Em outra
frente, estão sendo mantidos contatos com os plantadores europeus de beterraba – o próprio João
Carlos esteve recentemente na França —, fornecedores de matéria-prima para a produção de açúcar. No entanto, devido à crescente oposição aos
subsídios dentro da União Européia, o caminho
natural é destinar a beterraba à fabricação de álcool. Assim, este é um mercado que poderá se abrir
de dentro para fora. João Carlos lembra que o
álcool tem, a seu favor, também as pressões dos
ambientalistas, que defendem as alternativas de
combustíveis menos poluentes.
Existem, porém, obstáculos, o principal dos quais é
a logística – um problema do país, e não do setor,
como ressalta João Carlos, que abre uma exceção
para a Petrobras. Atualmente, a Crystalsev está à frente de um projeto para a criação de um terminal de
exportação de líquidos no Porto de Santos, o que vai
conferir facilidade e confiabilidade às exportações.
Carlos Alberto Chaves Ferro é o titular da Gerência de Álcool, cujo objetivo é
administrar a aquisição de alcoóis carburantes, a logística de estoques e preços de
transferência para os clientes internos, assim como o relacionamento institucional
com a holding, com o governo e com o setor produtor. ([email protected])
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SOLUÇÕES
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PARCERIA
DOCE
com a Copersucar
Duzentos mil livros das melhores receitas distribuídos aos clientes BR. Este foi o resultado da campanha
promocional do Dia das Mães organizada pela Petrobras Distribuidora com sua tradicional e fiel parceira
Copersucar, que teve abrangência nacional, com a participação das 500 lojas da BR Mania.
M
ais do que um sucesso
em si, a campanha é
uma demonstração definitiva do potencial dos postos e
lojas BR como instrumentos de
marketing, que poderão ser usados por muitos outros parceiros
da companhia, em promoções
conjuntas.
A promoção teve duração de
pouco mais de um mês: de 7 de
abril a 12 de maio e sua mecânica era muito simples. Quem
abastecesse nos postos BR no
valor mínimo de R$ 30 ou fizesse compras de produtos Copersucar nas lojas BR Mania (valor
mínimo de R$ 5, incluindo um
quilo de Açúcar União) recebia
como brinde o livro 90 Anos de
Histórias e Receitas. Assessora
do diretor de Mercado Automotivo e de Lubrificantes, Fernando César Barbosa, Ana Lúcia
Leitão informa que foi tão grande o sucesso que se tornou necessário imprimir mais livros,
durante a promoção, para atender à procura.
Mas não faltaram apenas li-
vros. Houve postos em que foi
necessário reforçar o estoque
de Açúcar União, pedindo novas remessas para atender ao
público. E até mesmo postos
que não vendem o açúcar fizeram pedidos. Os resultados
comerciais foram altamente positivos para os postos e algu-
mas lojas BR Mania tiveram o
movimento aumentado em
50%.
A Copersucar, maior fornecedora de álcool para a BR, também aprovou plenamente o resultado da promoção e planeja
novas campanhas conjuntas, utilizando as lojas de conveniência
dos postos BR.
O resultado da campanha
foi indiscutivelmente bom. Afinal, 200 mil livros constituem
um volume impressionante. Alguns postos ganharam novos
clientes, por exemplo. O mais
importante de tudo, porém,
lembra Marco Antonio do Couto, gerente de Vendas e Controle Operacional de Álcool, é
a comprovação de que os postos BR (são mais de 7 mil, em
todo o Brasil, inclusive nos lugares mais remotos) e as lojas
BR Mania constituem eficazes
instrumentos para a realização
de promoções diversas, que proporcionarão ganhos econômicos e de imagem para a companhia e seus parceiros.
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A s f a l t o
Um piso melhor do que
ASFALTO,
melhor do que
CONCRETO
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U
m produto que reúne a resistência do concreto e a maleabilidade do asfalto, custa
bem menos que o primeiro e dura muito
mais que o segundo. Este é o Compodur, um piso
que combina uma mistura de lama de cimento e
um polímero aplicada sobre uma camada de asfalto que tem múltiplas utilizações. A BR começou a
usá-lo agora, mas já é possível antever o seu sucesso. É uma solução para pavimentar ruas, portos, estradas, enfim, para todas as situações em
que o piso seja submetido a grandes cargas ou a
desgastes contínuos sobre um mesmo ponto – caso
das faixas seletivas, por exemplo.
A história começa quando a Renault veio se instalar no Brasil, em 1998, e procurou a BR. A empresa francesa queria, para sua fábrica em São
José dos Pinhais, junto a Curitiba, um piso de alta
resistência para estacionamento, para pátio de manobra de contêineres e para estocar os carros que
fossem produzidos. Queria mais: deveria ser um
piso de base asfáltica, porém mais rígido, que não
se deformasse em pouco tempo. A BR informou
que não dispunha desse produto. Os técnicos da
Renault apresentaram um folheto publicitário de
duas empresas francesas e disseram que tal espécie de piso existia em seu país. Estava lançado um
desafio.
“Na época, nós não tínhamos condições de fazer. Não sabíamos nem o que era. Mas ficamos
com a pulga atrás da orelha”, conta Guilherme
Edel, gerente de Suporte Tecnológico em Asfaltos.
A BR foi procurar as informações. Fez contatos com
as empresas francesas que detinham a tecnologia,
mas elas não tinham nenhum interesse em vendêla. Vendiam, sim, o produto aplicado. “Mas, para
Compodur
foi aplicado
pela primeira
vez no CAIS
de Niquelândia
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Guilherme Edel,
gerente de
Suporte Tecnológico
em Asfalto
isso, a participação da BR seria dispensável e continuaríamos sem ter o produto e a tecnologia. Começamos a pesquisar, a experimentar, a perguntar
como é que se faz...”, diz Edel.
A pesquisa levou ao Compodur, que Edel descreve: “É uma base de asfalto de granulometria
aberta, com as pedras bem afastadas umas das
outras; sobre esta base, aplica-se uma lama de
cimento com polímero. Então, temos a vantagem
do pavimento flexível, que é o asfalto, e do pavimento rígido, que é o concreto. Eliminamos as desvantagens dos dois e custa muito menos do que o
concreto. É resistente a altas cargas pontuais e a
eventuais derramamentos de combustíveis. Na França, usa-se em portos, faixas seletivas de ônibus,
praças de pedágio e estacionamentos de caminhões. O Compodur resiste bem a cargas pontuais
ou tráfego canalizado, em que os veículos passam
ao longo de uma faixa. Num pátio de estacionamento, por exemplo, um caminhão de 45 toneladas pode ficar parado três dias num mesmo local.
A solicitação sobre o piso é enorme. Começamos
a pesquisar, testamos vários polímeros, muitas misturas de asfalto com pedras, diversas granulometrias de pedras, obtendo assim vários tipos de lama,
com origens de cimento diferentes.”
O Compodur estava em fase de desenvolvimento, quando surgiu a oportunidade de pavimentar o
CAIS (Central Avançada de Inspeção e Serviços)
de Niquelândia, da companhia Níquel Tocantins,
em Goiás, com 13.700 metros quadrados. A BR
decidiu utilizar e testar o seu composto, a um preço
50% menor que o asfalto a quente convencional;
deve-se ressaltar que, por falta de infra-estrutura
na região, seria muito difícil produzir uma massa
asfáltica a quente nos arredores de Niquelândia.
Guilherme Edel continua:
“O nosso composto é muito resistente. Testes de
laboratório mostram que o composto se comporta
bem por pelo menos dez anos. Nós temos um acelerador de desgaste de pavimento, que, em duas
horas, reproduz o desgaste de dez anos sob as
condições mais severas. O asfalto comum teve uma
deformação de oito milímetros. O Compodur teve
uma deformação de 1,7 milímetro. Quer dizer, o
composto é mais ou menos cinco vezes mais resistente que o asfalto comum. O concreto não tem
deformação, mas seu custo é alto e, como ele é
totalmente rígido, também é quebradiço. Se a base
não for muito bem preparada ou houver infiltração
de água sob o pavimento, ocorrerão rachaduras.
Mas, no Compodur, o asfalto se acomoda e a parte rígida é preservada.”
O Compodur (não se sabe ainda se o nome é
definitivo) será aplicado também em faixas seletivas de ônibus, praças de pedágio de estradas, pistas da direita de rodovias (que suportam a maior
parte do tráfego pesado, principamente nas subidas) e portos.
Guilherme Edel enfatiza: “Não é tão caro quanto
o concreto, nem tão barato quanto o asfalto convencional, mas sua durabilidade compensa o investimento na aplicação. Exagerando um pouco, custa
cerca de 50% mais que o asfalto convencional, mas
dura, como vimos, quase cinco vezes mais. E significa menos de 50% do custo do concreto. E representa mais um pioneirismo da BR, pois é a primeira
utilização desse tipo de pavimento no Brasil.”
Jorge Paulo Moro é o titular da Gerência de Asfaltos, que tem como missão administrar a
comercialização de asfaltos e emulsões na companhia, agregando serviços aos produtos
ofertados, de forma competitiva e rentável, entrosando-se com as demais áreas para o sucesso do negócio, orientada pelo mercado e com foco no cliente. ([email protected])
10 SOLUÇÕES
A v i a ç ã o
Em Várzea Grande, junto a Cuiabá, crianças recebem tratamento de equoterapia
BR Jet Plus,
O COMBUSTÍVEL
SOLIDÁRIO
Contribuir para o desenvolvimento social sustentável das comunidades carentes próximas aos aeroportos
brasileiros é parte fundamental do compromisso pioneiro firmado pela BR Aviation com a Empresa Brasileira
de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
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omo empresa-cidadã e ciente de sua responsabilidade social, a BR, em parceria
com seus revendedores, está destinando 1%
das vendas do novo BR Jet Plus — querosene de
aviação aditivado, antiestático e com agentes anticongelantes — para projetos sociais voltados para
as comunidades que vivem nos arredores dos aeroportos nas quais o combustível é comercializado. Hoje, o BR Jet Plus é vendido em 12 aeroportos
no Brasil e a meta é chegar a 30 até o fim do ano.
“O BR Jet Plus é o produto mais sofisticado do
mercado de combustíveis de aviação, e parte do
faturamento desse produto é destinada a programas sociais ligados ao Projeto Aeroportos Solidários, da Infraero. A BR cumpre assim, de forma especial, seu papel de empresa-cidadã”, conta Edimilson Sant’Anna, gerente da BR Aviation.
O programa Aeroportos Solidários busca incentivar a ação conjunta de empresas na promoção do desenvolvimento social nas áreas de educação, capacitação e saúde. A parceria entre a
BR, seus revendedores e a Infraero, iniciada em
novembro do ano passado, está beneficiando cerca de 400 crianças de duas instituições: o Centro
Eqüestre de Várzea Grande, município vizinho a
Cuiabá, Mato Grosso, e o Projeto Reviver, em Rio
Largo, Maceió.
Em Cuiabá, o Projeto Cavalgada da Esperança, que possibilita o acesso de crianças portadoras de necessidades especiais ao tratamento de
equoterapia, apresenta importantes resultados, com
o apoio do parceiro revendedor da Comercial Santa Rita de Petróleo. “Antes de a BR nos apoiar, atendíamos, em média, a 70 crianças por mês. Agora,
mais de 100 crianças estão sendo beneficiadas”,
explica Edson Ambrósio Pommot, superintendente
da Infraero em Cuiabá.
Segundo Hildebrandina Macedo, presidente
do Projeto Reviver, em Maceió, a iniciativa vitoriosa fortalece a integração de toda a comunidade aeroportuária: “Aqui oferecemos reforço escolar e aulas de educação física e cívica, além
de assistência ambulatorial, alimentação e remédios para mais de 75 crianças e adolescentes
entre 7 e 14 anos. ”
Com a ajuda da BR e da Infraero, o Projeto
Reviver vai ampliar sua estrutura. “Em julho, vamos
estar inaugurando nossa nova sede, dentro do próprio Aeroporto Zumbi dos Palmares”, diz Hildebrandina. No Projeto Reviver, a BR Aviation paga as
despesas pedagógicas, de pessoal, de uniformes
e de material escolar. Além da companhia, outras
instituições contribuem com o projeto.
“Estamos apoiando um trabalho único, que, a
curto prazo, está tirando crianças da marginalidade. Em breve, pretendemos estender o projeto e
criar aqui no aeroporto um hotel-escola”, explica
Mário de Ururahy Macedo Neto, superintendente
da Infraero em Maceió.
A parceria entre a Infraero e a BR Aviation vai
de vento em popa. Prova disso é que, a partir do
segundo semestre deste ano, outras comunidades
serão atendidas. Desta vez, aquelas localizadas nas
proximidades do Aeroporto Internacional de Belo
Horizonte (Pampulha). Os revendedores interessados em participar do projeto podem entrar em contato com a Gerência de Marketing e Relacionamento
de Aviação da BR.
EM GOTAS
Depois de ganhar três Marketing Best consecutivos, a
BR Aviation acaba de receber, pelo case “Tríade da Aviação
Executiva”, o 32º Top de Marketing, maior prêmio do gênero do Brasil, conferido pela Associação dos Dirigentes de
Vendas e Marketing do Brasil (ADVB). “Esse prêmio vem
consolidar o reposicionamento da BR Aviation no mercado,
ao agregar serviços associados à aviação. Atualmente, a BR
Aviation não é apenas vendedora de combustível de aviação, mas também uma prestadora de serviços de abastecimento de aeronaves e serviços aeronáuticos”, disse Francelino Paes, gerente de Marketing e Relacionamento da BR
Aviation, na cerimônia de entrega do prêmio. O case reuniu
o Rota Premiada, o BR Aviation Card e, por fim, os BR Aviation Centers.
EDIMILSON ANTONIO DATO SANT’ANNA
SANT’ANNA é o titular da Gerência de Aviação, cuja missão
é distribuir produtos de aviação Petrobras, atuando nos serviços de abastecimento
de aeronaves e atividades correlatas, garantindo a satisfação dos consumidores,
com competitividade, rentabilidade e responsabilidade social. ([email protected])
12 SOLUÇÕES
A v i a t i o n
Contributing to the sustainable
social development of low-income
communities around Brazilian
airports is a cornerstone of the trailblazing agreement signed by BR
Aviation and its Aviation Fuel
Reseller Network with the Brazilian
Airport Infrastructure Agency
(Infraero - Empresa Brasileira de
Infra-Estrutura Aeroportuária).
Sales of kerosene help finance equotherapy for handicapped children
BR Jet Plus,
THE CARING
FUEL
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n
s good corporate citizens that are keenly aware of their social responsibilities, BR and its
resellers are now allocating 1% of the sales
of the new BR Jet Plus aviation kerosene to welfare
projects targeting communities living around the airports where this fuel is sold. At the moment, BR Jet
Plus - with added antifreeze and antifungicide - is
sold at ten airports in Brazil, aiming at thirty airports
by the end of the year.
“As the most sophisticated product on the aviation fuels market, a portion of the revenues brought
in by the BR Jet Plus aviation fuel is assigned to outreach programs linked to the Airport Community
Support Scheme run by Infraero. This is how BR Aviation is playing its role as a good corporate citizen
in a very special way”, says its Manager Edimilson
Sant’Anna.
The Airport Community Support Scheme strives
to encourage joint actions by companies that promote social development in the fields of education,
training and healthcare. Launched last November,
the partnership among BR, its resellers and Infraero
is benefiting some 400 children in two institutions:
the Hope on Horseback Project at the Várzea Grande Riding Center, near Cuiabá, and the Reviver Project at Rio Largo near Maceió.
The Hope on Horseback Project offers therapeutic riding facilities to children with special needs,
chalking up significant results with the backing of
partner reseller Comercial Santa Rita de Petróleo.
“Before BR Aviation offered us support, we helped
around seventy children a month. Now, more than
a hundred youngsters are benefiting from equotherapy,” explains Edson Ambrósio Pommot, the Infraero Superintendent in Cuiabá.
According to Hildebrandina Macedo, who heads
up the Reviver Project in Maceió, this triumphant initiative is underpinning the integration of the entire airport community: “Here we provide extra tutoring in
classroom subjects, as well as lessons in civics and
physical education, in addition to outpatient care,
meals and medication for over 75 children and adolescents between seven and fourteen years old.”
With the help of BR Aviation and Infraero, the Re-
viver Project will expand its structure. “In July, we will
be inaugurating our new headquarters actually inside the Zumbi dos Palmares Airport”, says Hildebrandina. The teaching costs of the Reviver Project are
covered by BR Aviation, in addition to staff, uniforms
and school materials. Other institutions are also contributing to this Project, together with the Company.
“We are backing a unique project that will keep
children away from crime over the short term. We
intend to extend this project in the near future, setting up a hotel school right here at the airport,” explains Mário de Ururahy Macedo Neto, the Infraero
Superintendent in Maceió.
The partnership between Infraero and BR Aviation is taking off at full throttle, proven by the fact that
it will assist other communities from the second half
of this year onwards, this time located around the
Belo Horizonte International Airport (Pampulha) and
the Campo dos Afonsos Airport in Rio de Janeiro.
Resellers wishing to take part in this Project should
contact the BR Aviation Marketing and Customer
Relations Administration.
HIGHLIGHTS
Having won three Best Marketing awards in a row, BR
Aviation has just been presented with 32nd Top Marketing
Award for the case study entitled EXECUTIVE AVIATION TRIO. The
leading tribute in its field in Brazil, this prize is awarded by
the Brazilian Sales and Marketing Managers Association (ADVB
- Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Bra-
sil). “This prize firms up the repositioning of BR Aviation on
the market through providing value-added aviation services.
At the moment, BR Aviation is not only Brazil’s N° 1 aviation
fuel seller, but also an aircraft fueling service supplier, while
also providing aeronautical services,” noted Francelino Paes,
the Marketing and Customer Relations Manager for BR Aviation, at the prize-giving ceremony. This case study analyzed
the Awards Route promotion, the BR Aviation Card and finally the BR Aviation Centers.
EDIMILSON ANTONIO DATO SANT’ANNA
SANT’ANNA heads up the Aviation Administration, whose
target is to distribute Petrobras aviation products, providing aircraft fueling
services and correlated facilities, guaranteeing consumer satisfaction with
competitiveness, profitability and social responsibility. ([email protected])
14 SOLUÇÕES
A v i a ç ã o
SEGURANÇA
COM QUALIDADE
Em poucas atividades, a segurança e
a proteção ao meio ambiente são tão
BR Aviation
importantes quanto na aviação. E as
medidas adotadas pela BR Aviation
vão muito além da política
corporativa, por si só avançada e
minuciosa no cumprimento de
normas nacionais e internacionais. A
BR Aviation não apenas cuida de sua
parte, mas também promove e
patrocina palestras e seminários sobre
segurança, que já foram assistidos
por mais de 3 mil pessoas. E, há 18
meses, desenvolve um novo e
rigoroso Programa de Treinamento de
Segurança nos 102 aeroportos
brasileiros em que são oferecidos
seus produtos e serviços.
Treinamento de combate a incêndio em aeroporto
A
intenção é o permanente aperfeiçoamento, em parcerias
com a Aeronáutica e administradores de aeroportos, como
a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo
(Daesp), além dos revendedores e dos clientes. “Nossa idéia é
criar uma cultura de prevenção de acidentes”, resume Edimilson
Dato Sant’Anna, gerente de Aviação da BR. Essa cultura compreende conceitos, princípios, programas, simulações, treinamento,
estudos de casos e testes que envolvem todo o pessoal aeroportuário e funcionários do sistema Petrobras e de empresas terceirizaSOLUÇÕES
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15
A v
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a
ç
ã
o
das. A BR Aviation promove um treinamento intenso
e constante, que aborda os mais variados aspectos
dos procedimentos de segurança. Alguns são sutis,
como o número ideal de degraus da escada de um
caminhão. Outros são simulações de risco de incêndio em equipamentos que valem milhões de dólares. “A segurança virou uma obsessão para nós, da
BR Aviation. Por isso, o treinamento das equipes dos
aeroportos nos quais atuamos é encarado como operação de guerra, em que todo risco é previsto, simulado e combatido”, explica Edimilson.
Com a ajuda de consultores especializados em
controle de perdas e catástrofes, a BR Aviation comprovou a necessidade de uma prevenção específica para a aviação. Descobriu-se que não basta
treinar o funcionário – é necessário condicioná-lo.
“Não adianta fazer o treinamento, se o operador não acreditar que, no momento do acidente,
Heitor Miranda, gerente de Operações e Padrões de Aviação
ele vai conseguir atuar como um bombeiro. Por
isso, fazemos estudos de casos após cada simulação”, diz Edimilson.
Os cuidados maiores são tomados nas operações
de abastecimento dos aviões, que incluem o transporte do combustível em caminhões, o manuseio e o
ajuste das mangueiras e o abastecimento em si.
“As operações de abastecimento têm características específicas, como abastecimento sob pressão a
altas vazões, desenvolvido em ambientes de alto risco, envolvendo equipamentos com valores expressivos, 24 horas por dia, todos os dias do ano. Nesse
sentido, o nível de segurança deve garantir a integridade das pessoas, do meio ambiente e dos equipamentos envolvidos”, comenta Aurélio Antônio de
Souza, supervisor de Segurança e Meio Ambiente
da BR Aviation. O treinamento é aplicado por técni16 SOLUÇÕES
cos de segurança, por consultores — inclusive da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — e
pelas próprias equipes da BR Aviation, que, reunidas em núcleos de excelência, se tornam multiplicadoras dos ensinamentos. “As equipes que têm demonstrado melhor condicionamento se capacitam a
dar o treinamento para o revendedor”, diz Aurélio.
Nos exercícios práticos do treinamento, são simuladas situações como emergência na área de
abastecimento, incêndio em tanque de combustível
e a subseqüente entrada em ação das brigadas de
incêndio com lançadores de espuma, o controle do
fogo e o resfriamento dos tanques. Tudo é filmado e
cronometrado para posterior avaliação.
“Levantamos as causas potenciais de acidente e
procuramos eliminar de vez aquela situação”, diz Edimilson. Às vezes, a simulação é feita de surpresa,
sem aviso à equipe, que ouve o alarme e tem de
entrar em ação. “Testamos a eficácia do treinamento
pelo condicionamento. A reação tem sido excelente e
a cada simulação o risco diminui, até desaparecer
completamente. Depois de cada treinamento, é discutida uma nova situação”, acrescenta Edimilson.
A BR Aviation criou também um Programa de Prevenção de Perdas Ambientais e entregou-o a uma gerência específica, a Gopa (Gerência de Operações e
Padrões de Aviação), criada em abril de 2001 com a
responsabilidade de aplicar o mesmo padrão de segurança aos aeroportos. Coube ao gerente, Heitor Miranda Madeira da Silva, o desafio de conferir uniformidade às operações de segurança e prevenção de
acidentes em aeroportos de diferentes portes.
A BR Aviation também fechou uma parceria com
a Infraero e a Aeronáutica, patrocinando seminários e Jornadas Itinerantes de Segurança de Vôo.
Estas são consideradas pelos Serviços Regionais de
Aviação Civil (Seracs) instrumentos fundamentais na
prevenção de acidentes aéreos. No dia 27 de julho, Natal receberá os participantes da 15ª Jornada, que mais uma vez terá o apoio da BR Aviation.
“Em três anos, mais de 3 mil pessoas já participaram dessas jornadas itinerantes, aí contando-se
pilotos, comissários, mecânicos, empresários, gerentes e representantes de empresas, associações, aeroclubes e outras entidades”, explica o chefe do Serac II (Nordeste), coronel Antônio Carlos Ramos Reis.
Em outubro, a BR Aviation mais uma vez patrocina o
Seminário Regional de Aviação Civil, em Salvador. Segundo o coronel Antônio Carlos, o apoio da BR Aviation possibilitou a integração dos vários elos da aviação civil.
A v i a t i o n
SAFETY
WITH QUALITY BR
T
here are very few activities
where environmental protection, safety and security
are as important as in aviation.
And the measures adopted by BR
Aviation extend well beyond its corporate policy, which is in itself welladvanced, ensuring stringent compliance with Brazilian and interna-
tional standards. Not only does BR
Aviation take care of its own affairs,
but it also promotes and sponsors
lectures and seminars on safety and
security that have been attended by
more than 3,000 people so far. For
the past eighteen months, it has
been implementing a strict new Safety Training Program at the 102
airports where its products and services are available.
Its intension is to strive for ongoing improvement through partnerships with the Air Ministry and airport management, such as the Brazilian Airport Infrastructure Enterprise (Infraero) and the São Paulo State Airport Department (Daesp), in
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17
A v
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a
t
i
o
n
Aurélio Antônio de Souza,
Safety and Environment Supervisor
addition to its resellers and customers. “Our idea is to establish an
accident prevention culture,” states
Edimilson Dato Sant’Anna, the BR
Aviation Manager. This culture includes concepts, principles, programs,
simulations, training, case studies,
tests and trials involving all airport
workers and the employees of the
Petrobras system, as well as outsourced companies. The on-going intensive training organized by BR Aviation covers a wide variety of safety
procedures. Some are very detailed, such as the ideal number of
steps on a truck ladder. Others simulate the risk of fire damaging
equipment worth millions of dollars.
“Safety and security has become an
obsession with us at BR Aviation. This
is why the crew training programs
at the airports where we operate are
run as combat operations, where all
risks are foreseen, simulated and
handled,” he explains.
With the help of consultants specializing in loss and damage control, BR Aviation has proven the
need for preventive measures designed specifically for aviation. It
has discovered that it is not enough
just to provide training – people
must also be properly prepared.
18 SOLUÇÕES
“There is little point in providing training if the operator does
not believe that he will be able to
function as a fireman when an
accident occurs. This is why we
prepare case studies after every
simulation”, says Edimilson.
The main precautions focus on
aircraft fuelling operations, including shipping fuel in trucks, handling and adjusting the hoses, and
the actual pumping stage.
“Fuelling operations have very
specific characteristics, such as pressurized fast flow-rates in high-risk
environments involving very expensive equipment, 24 hours a day,
every day of the year. This means
that safety and security precautions
must ensure the integrity of the people, the environment and the equipment involved,” comments Aurélio
Antônio de Souza, the Safety and
Environment supervisor for BR Aviation. These training sessions are run
by safety experts, as well as consultants – some from the Rio de Janeiro Federal University (UFRJ) – and
the BR Aviation crews themselves,
clustered into centers of excellence
that become multiplicatory agents for
this training. “The crews that function most effectively are trained to
work with the resellers, passing on
their expertise,” says Aurélio.
During the practical training exercises, situations are simulated, such
as an emergency in the fuelling area
or an outbreak of fire in a fuel tank
and the subsequent actions by the
fire brigades, using foam extinguishers, fire control techniques and
cooling the tanks. Everything is filmed and timed for later assessment.
“We analyze the causes of the
accident and try to eliminate this type
of situation once and for all,” says
Edimilson. Sometimes the simulation is unannounced, simply sounding the alarm to alert the crew,
which must then spring into action.
“We test the effectiveness of the training through the preparation. The
reactions have been excellent, with
the risk shrinking in every situation
until it vanishes. After each training
session, a new situation is discussed,” adds Edimilson.
Additionally, BR Aviation has
added an Environmental Losses
Prevention Program that has been
assigned to the Aviation Standards and Operations Administration (Gopa), specifically established
in April 2001 to endow all airports
with the same safety standards. Its
manager, Heitor Miranda Madeira da Silva, must deal with the
challenge of ensuring uniform
accident prevention, safety and
security operations at airports of
many different sizes.
Through a partnership with Infraero and the Air Ministry, BR
Aviation is also sponsoring seminars and Flight Safety Road-Shows. These events are rated by the
Regional Civil Aviation Units (Seracs) as crucial tools for preventing air accidents. On July 27, the
participants in the 15th Road Show
will be welcomed in Natal, once
again supported by BR Aviation.
“In three years, over 3,000
people have already attended these Road Shows, including pilots,
cabin crew, mechanics, entrepreneurs, managers and representatives of companies, associations,
flying clubs and other entities”,
explains the head of Serac II (Northeast), Colonel Antônio Carlos.
In October, BR Aviation once
again sponsors the Regional Civil
Aviation Seminar in Salvador. According to Colonel Ramos Reis,
the steady support of BR Aviation
is helping build stronger links
among the many different fields
of Civil Aviation.
G á s
ENERGIA
do jeito e feitio que o
CLIENTE QUISER
Eficientização energética. A expressão é complicada, mas os resultados são bons para quem recorre à GAS
da BR, a fim de aumentar a eficiência no uso de energia, nas suas diversas formas, desde os combustíveis
derivados de petróleo até a eletricidade.
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19
G
á
s
Q
uem comprou geradores na época do racionamento de energia,
por exemplo, pode pensar que
agora tem um problema, quando, na verdade, tem à sua disposição uma solução interessante do ponto de vista econômico e
operacional. Os geradores podem ser usados nos horários de
ponta, garantindo uma energia
de boa qualidade e a um preço
inferior ao que é cobrado pelas
concessionárias.
O gerente da GAS da BR,
Alexandre Penna, comenta: “A
maior parte dos nossos consumidores ainda vê a BR apenas
como fornecedora de combustíveis. Eles desconhecem que,
na verdade, nós fornecemos soluções energéticas. E um ponto
que consideramos muito importante é a utilização de geradores no horário de ponta. O que
nós queremos mostrar é que, se
eles se interessarem, podemos
analisar a situação de cada um
e ajudá-lo a tomar a decisão
mais acertada. Pode ser, em
muitos casos, uma ótima idéia
usar os geradores no horário
de ponta.”
Luiz Carlos Bayum, da Gerência de Desenvolvimento de
Projetos de Soluções Energéticas, explica: “O uso de geradores próprios pode ser vantajoso não só pela questão da tarifação, que, em determinadas
localidades, pode equivaler a
nove ou dez vezes o custo fora
do horário de ponta. Há também a questão da confiabilidade. Uma indústria pode ter um
processo que, por questões estruturais, demanda uma qualidade de energia que, no horário de ponta, tem sua qualidade sacrificada. Para algumas
20 SOLUÇÕES
indústrias, as variações de freqüência são toleráveis, mas,
para outras, não são. Então,
ocorrem perdas. Mas acontece
que nem sempre as indústrias
quantificam essas perdas. Acabam incorporando-as ao custo
de produção, como se fossem
normais. Isto não deveria ser
feito dessa forma. Mesmo que
não se levasse em conta a tari-
fação, em que há um ganho facilmente identificável. As empresas de serviços, especialmente, deveriam ter muito cuidado com a qualidade da energia. Imagine uma falha, por
exemplo, em um hotel ou em
um hospital. A depreciação da
imagem pode ter um custo gigantesco. Se essas perdas forem quantificadas, vai-se ver
G
á
s
que a autogeração na ponta é um excelente negócio, para consumidores industriais, comerciais, do setor de serviços etc.”
Penna lembra que, atualmente, vivemos uma
situação radicalmente diferente da que foi enfrentada em 2001, quando faltou energia e o
racionamento se tornou necessário. Pelo menos
até 2006, na opinião do governo e do mercado, o Brasil não atravessará uma situação premente de falta de energia. Mas, ressalva Penna,
“há outras premências, principalmente com re-
Luiz Carlos Bayum,
gerente de
Desenvolvimento de
Projetos de Soluções
Energéticas
Geradores
da Sadia são
abastecidos
pela BR
SOLUÇÕES
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21
21
G
á
s
lação à transmissão. Entre os
chamados submercados, há
restrições importantes de transmissão. Aí podem ocorrer tanto os problemas de segurança
de suprimento no horário de
ponta, quanto os de confiabili-
“Oferecemos
como um seguro, em caso de
falha do abastecimento normal.
“Dependendo do caso, pode-se
ter uma situação crítica, nas
chamadas cargas essenciais.
Com um estudo de engenharia,
pode-se tornar os geradores
um amplo diagnóstico
dade. Quando o
energético e indicamos
sistema está estressado, fica sujeito a falhas.”
muito úteis para esse tipo de
Do que foi dito, conclui-se emergência. Dependendo do
que não é apenas interessante caso, nem são necessárias proter geradores funcionando no vidências mais sofisticadas e
horário de ponta. É preciso es- vale a pena fazer um investimentar preparado para usá-los to suplementar, que não é ex-
22 SOLUÇÕES
pressivo, para se ter um gerador preparado para uma partida rápida, que supra as cargas
essenciais”, diz Penna.
Bayum explica mais detalhadamente como a BR procede:
“Nossa idéia é sempre agir
de forma integrada ao
mercado, em associação com parceiros es-
a melhor solução”
tratégicos, que detenham competências específicas em cada
área, seja de engenharia, seja
de equipamentos... A isso,
agregamos nossa experiência
com os clientes e oferecemos
G
uma solução integrada. O cliente faz um contrato para comprar aquilo de que ele precisa:
energia. Fornecê-la é a nossa
função.”
Na época do racionamento,
pressionadas pela urgência,
muitas empresas não tiveram
opção que não fosse comprar
equipamentos geradores e colocá-los em funcionamento. Assim, fizeram investimentos com
recursos próprios, fora de seu
core business. Agora, diz
Bayum, o procedimento pode
ser outro:
“Se o mercado, na época do
racionamento, pudesse oferecer
soluções do tipo que oferecemos, com maior rapidez, obviamente muitas empresas não teriam investido em equipamentos
de geração. Teriam assinado
compromissos do tipo que estamos ofertando, de fornecimento
de energia elétrica. Estamos falando, agora, não somente de
quem já tem equipamentos, mas
também daqueles que não os
compraram. A BR está plenamente capacitada a analisar a
planta de cada empresa e indicar a melhor opção, em termos
de equipamento, de instalação,
de interligação com o sistema.
Podemos definir claramente o
que essa miniplanta de geração
é capaz de fazer, em termos de
automação, de operação remota, de decidir sua entrada em
operação no horário de ponta.
Tudo isso, sem que o cliente precise investir nos geradores.
“Cliente
á
s
pode comprar energia
confiável por bom preço”
Como dissemos, ele compraria
apenas a energia necessária, a
um preço substancialmente inferior ao da concessionária e com
o adicional da confiabilidade. A
qualidade da energia, dependendo da localidade, vai ser
bem maior do que a da concessionária. Esta solução, repito,
não é apenas para quem comprou geradores na época do racionamento. É para quem busca
eficiência energética.”
Segundo Bayum, alguns clientes que conseguiram negociar preços mais vantajosos com
as concessionárias, podem ter
a ilusão de que o equipamento
gerador – agora parado – pode
servir como um back-up, em
caso de emergência. Mas não
é bem assim. Geradores são
equipamentos rotativos e, para
que sejam mantidos em condições de operar, é preciso acioná-los periodicamente. No caso
da geração de ponta, três horas por dia. Além de proporcionar as vantagens já mencionadas, o gerador estará pronto
para ser usado em qualquer
emergência.
No momento, a BR está fornecendo combustível para grupos geradores de algumas em-
presas, como a Sadia, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, e estuda com alguns clientes as opções de suprimento
de energia – que, lembra Penna, pode incluir autogeração,
co-geração ou fornecimento por
meio das térmicas da Petrobras:
“Para aqueles que compraram
geradores na época do racionamento e agora têm as máquinas paradas, digo que temos
condições de analisar cada
caso e, muitas vezes, transformar o problema em solução.”
Bayum complementa: “Nossa idéia é fazer diagnósticos. É
como se um paciente chegasse
ao consultório de um médico
queixando-se de uma dor na
perna. No entanto, o problema
pode ser na coluna, e não na
perna. Um cliente nosso pode
nos procurar acreditando
que a geração na ponta é a
solução do seu problema, e
nós podemos chegar à mesma
conclusão. Mas também podemos concluir que não. Nós queremos oferecer um diagnóstico
energético, que indique a melhor solução.” Para os interessados em marcar uma consulta, o e-mail de Bayum é
[email protected].
Alexandre Penna Rodrigues
Rodrigues é o titular da Gerência de Gás, cujo objetivo é o desenvolvimento e comercialização de soluções energéticas para os clientes BR com o compromisso
de qualidade, competitividade, confiabilidade e rentabilidade. ([email protected])
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B R
e m
b o a
C i a .
Gás da BR faz as
GERAIS
ANDAREM MELHOR
Djalma Bastos de Moraes,
presidente da Cemig e da Gasmig
P
or coincidência, naquela
época, eu ocupava a vicepresidência da BR e estive
em Belo Horizonte para participar do evento. Lembro-me de que
falei para o pessoal da Gasmig
do potencial do mercado de GNV
e da importância de a BR ser a
pioneira em Belo Horizonte na distribuição de gás natural veicular.
Hoje, como presidente da Cemig e da Gasmig, vejo que não
estava errado em minhas previsões. Inicialmente, o público-alvo
foi o motorista profissional, o primeiro a se interessar pelas reais
vantagens do produto. O único
posto BR de Belo Horizonte a comercializar o GNV passou a ter
filas enormes de veículos para
abastecer com o gás natural veicular. Houve corrida para as convertedoras, mesmo com esse problema de filas.
A Gasmig passou, então, a
desenvolver um amplo programa
para ampliar a rede de postos
na Região Metropolitana de Belo
Horizonte. Desde o início de
2001, a Gasmig conseguiu pôr
24 SOLUÇÕES
Em 1o de outubro de 1998, a Gasmig, subsidiária da Cemig,
inaugurava, em Belo Horizonte, o primeiro posto de abastecimento de
Gás Natural Veicular-GNV. O posto que deu a partida para a Gasmig
expandir as suas atividades no mercado de GNV tinha a bandeira da
Petrobras Distribuidora.
fim ao problema de filas, viabilizando a instalação de 32 postos
de abastecimento. Nossa meta é
alcançar em torno de 50 postos
até o final deste ano.
Atualmente, existem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, cerca de 25 mil veículos
convertidos para o gás. A frota
de táxi de Belo Horizonte conta
com um grande índice de conversão. O GNV já vem sendo
também bastante utilizado nas
frotas cativas de empresas e, em
camionetas e picapes para fretamento.
Em parceria com o Minaspetro, sindicato dos proprietários de
postos, as distribuidoras, Sindirepa, o sindicato das convertedoras de veículos, fabricantes de
equipamentos para postos a gás
e para os veículos convertidos, a
Gasmig vai lançar uma ampla
campanha com o objetivo de
agora alcançar os proprietários
de veículos particulares.
Não temos dúvida da importância do GNV, como um combustível seguro, econômico e com a
vantagem adicional de baixíssimos
índices de poluição. Mais uma vez,
para alcançarmos este objetivo
temos certeza de que vamos contar com a parceria da BR na viabilização de instalação de novos
postos a gás de sua rede. Afinal,
a BR, que foi a pioneira em Minas, tem a responsabilidade de
fazer com que esse mercado cresça ainda mais, consolidando o uso
de GNV no estado.
G r a n d e s
C o n s u m i d o r e s
Dispor de uma linha de
lubrificantes atualizada para
atender à última geração de
motores marítimos. Este é o
objetivo do contrato de
licenciamento de tecnologia
assinado pela BR com a British
Petroleum (BP Marine), para a
fabricação da linha de
lubrificantes marítimos Marbrax.
Além disso, a BR quer também
cruzar com mais desenvoltura
as águas territoriais,
aumentando ainda mais sua
fatia do mercado nacional, que
hoje corresponde a 67%. Bem
longe, na sua esteira, a segunda
colocada tem apenas 19%.
Marbrax busca
MARES NUNCA
DANTES NAVEGADOS
SOLUÇÕES
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G
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“E
d
e
s
C
o
n
s
u
m
i
d
stamos fazendo um levantamento de preços
no mercado internacional, pois queremos tornar interessante para os navios estrangeiros
que cumprem rotas internacionais abastecerem com
nossos lubrificantes, quando de passagem pelo Brasil”, explica Carlos Maurício Coelho de Moraes, da
recém-criada Gerência de Vendas de Lubrificantes
Marítimos (GVMAR) da BR.
Para isso, a companhia iniciou uma forte campanha de divulgação do trinômio que serve de
bússola para o seu bom desempenho: produtos, serviços e logística, base para decisões na
escolha do fornecedor de lubrificantes para os
navios.
“Precisamos ser mais conhecidos lá fora. Afinal,
estamos competindo no Brasil com os gigantes do
mercado internacional, que são, além da BP, a
Exxon Mobil, a Famm, da Chevron, a Shell e a Lubmarine, da ELF”, diz Moraes, que recentemente
26 SOLUÇÕES
o
r
e
s
participou, na Grécia, da Feira Posidonia 2002, o
maior evento mundial do segmento marítimo.
Moraes levou para a Grécia material de divulgação do Marbrax, em mais um passo para tornar
conhecida a linha de produtos. Além disso, a BR
tem-se feito representar em feiras e eventos internacionais como a Bunkernews America e a Offshore Technology Conference (OTC), em Houston.
Outra estratégia para garantir a conquista de
novos mercados no exterior é apressar o processo
de certificação do Marbrax pelos grandes fabricantes de motores marítimos do mundo. Nesse sentido, a vitória mais recente da BR foi a aprovação
pela finlandesa Wärtsila, um dos mais importantes
produtores internacionais de motores para a linha
marítima e para a geração de energia. É importante ressaltar que há um potencial efeito multiplicador na concessão desses atestados de competência. Uma vez que um grande fabricante tenha
G
aprovado um produto, é bem
provável que outros façam o
mesmo. E, assim, o produto vai
se tornando conhecido pelos fabricantes de motores e usuários
desses equipamentos.
“Não basta termos, como temos, tecnologia de ponta. Precisamos que nossos produtos obtenham o reconhecimento e a certificação de todos os grandes fabricantes de motores marítimos
do mundo. Assim, fica evidente a
alta tecnologia de nossos produtos”, explica Moraes.
A linha Marbrax existe desde
1975, mas sofreu a última atualização tecnológica em julho de
2001, a partir da assinatura do
contrato com a BP. São mais de
50 itens lubrificantes para motores principais, motores auxiliares,
turbinas e compressores. A linha
Marbrax atende também a motores para geração de energia.
O contrato BP/BR é para os
Carlos Moraes, gerente de
Vendas de Lubrificantes Marítimos
r
a
n
d
e
s
C
lubrificantes de motores de propulsão e motores auxiliares, que
representam 95% das vendas
para o segmento marítimo. Com
o acordo, a BR vai contar também, no mundo inteiro, com a
logística BP, para abastecer qualquer navio nacional ou estrangeiro com as mesmas formatações
da linha Marbrax.
“Além de a BR se manter atualizada com o melhor em tecnologia de ponta de lubrificantes
marítimos, é capaz de atender a
qualquer navio com produto embalado em todo o Brasil e, em
muitos portos, com os produtos
embalados ou a granel”, explica
Carlos Fest, gerente de Negócios Nacionais da BR.
Metade das vendas do Marbrax é realizada ao mercado externo, isto é, aos navios estrangeiros que abastecem em portos
brasileiros.
“A BR dispõe de uma logística
para atender em qualquer porto
do Brasil e, através da BP, poderá fazer o mesmo em qualquer
porto do mundo”, diz Moraes.
Ele explica que existe uma
grande demanda por serviços
aliados à venda do produto. Por
isso, além da já conhecida assistência técnica oferecida aos clientes, a BR está desenvolvendo o
Marbrax Express, o Marbrax Advanced e o Marbrax System.
O Marbrax Express prevê a
coleta de amostra dos óleos em
uso em um kit, que é enviado para
análise no laboratório da Gerência Industrial da BR, em Duque
de Caxias, Rio de Janeiro. O resultado da análise é disponibilizado em 48 horas e pode ser
enviado por e-mail para o cliente ou ser obtido através de consulta on-line via Internet. A análise do lubrificante serve para evi-
o
n
s
u
m
i
d
o
r
e
s
Carlos Fest,
gerente de Negócios Nacionais
tar quebras e prevenir desgastes
e avarias no motor, além de prover informações que podem ser
utilizadas para a manutenção
preventiva.
O Marbrax Advanced inclui,
além das análises básicas, a análise ferrográfica do óleo. Esta,
mais minuciosa, oferece informações mais precisas sobre o desempenho do motor.
O Marbrax System, que deverá estar disponível neste segundo semestre, é um software de
gerenciamento da lubrificação
customizado para a realidade do
navio. Ele indica a freqüência ideal para a troca de óleo, qual o
produto indicado e um mapeamento de toda a lubrificação do
navio.
“O Marbrax System vai ser
oferecido de graça, como um
plus para nossos clientes, que serão avisados por mala-direta”, diz
Moraes.
Atualmente, a BR tem mais de
60% do mercado de lubrificantes
SOLUÇÕES
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n
marítimos no Brasil, mas esta conquista é recente e vem sendo trabalhada há cinco anos. O Marbrax surgiu para atender à Frota
Nacional de Petroleiros (Fronape),
ainda hoje um dos maiores clientes da BR, com 59 navios, próprios e afretados. Para atender à Fronape, os lubrificantes BR têm que
oferecer presença marcante em
praticamente todos os portos do
Brasil, o que é garantido pela
maior infra-estrutura de logística
de todas as distribuidoras. Ao encerrar-se o ano de 2001, tinham
sido comercializados 22.536 metros cúbicos de lubrificantes para
o segmento marítimo, o que significou um crescimento de 8% em
relação a 2000.
Carlos Fest, no entanto, ressalva que é preciso manter-se em
permanente estado de alerta,
para conquistar novas posições
e consolidar as já atingidas: “O
mercado está em movimento,
mudando sempre, com a demanda crescente. Antes, a demanda
maior era por lubrificantes em
tambores; hoje, é maior a procura por produtos a granel.”
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O tipo de embalagem também varia de acordo com o
porto. Nos maiores, como o do
Rio de Janeiro e o de Santos, o
abastecimento é feito a granel,
por barcaças, simultaneamente ao carregamento ou descarregamento do navio. A simultaneidade é uma exigência do
mercado, devido aos altos custos do período em que o navio
permanece atracado, explica
Fest, justificando a necessidade de eficiência máxima também nos terminais offshore.
“A logística do transporte marítimo é complexa e muitas vezes o navio, ainda no mar, recebe uma ordem para seguir
para um porto diferente daquele anteriormente escolhido. Temos de ter agilidade para atendê-lo no outro porto, no menor
tempo possível”, acrescenta.
Para o ano de 2002, a BR fez
um levantamento das demandas
logísticas de cada porto brasileiro. O objetivo é oferecer um melhor pacote logístico, adequado
à realidade de cada porto. Estará aumentando a oferta de pro-
dutos a granel, hoje restrita a alguns portos, contratando novas
chatas-tanques para carregamentos dos navios ao largo, além de
adequar os fornecimentos de produtos embalados.
“A logística para fazer o produto chegar ao tanque de bordo
do navio é um ponto-chave na
conquista do mercado. Estamos
começando a implementar essa
nova logística, e esse trabalho
deverá estar concluído em um
ano”, explica Moraes.
Além da Fronape, a BR tem entre seus clientes mais importantes a
marinha mercante do Brasil (cabotagem e longo curso), a Marinha
de Guerra, os barcos de apoio
offshore às plataformas de petróleo e vários clientes estrangeiros,
“Em 2001, vendemos 22,5 milhões de litros de lubrificantes só
da linha Marbrax, mas em 2002
já sentimos um crescimento nesses números”, conta Fest, referindo-se aos vários tipos de óleos
da linha.
A BR é competitiva no Brasil e
agora começa a pensar de maneira global, de forma a tornarse competitiva também no mercado internacional. Tudo isto, sem
perder o foco no mercado interno. A recente criação da GVMAR,
da qual Moraes é o titular, faz
parte dessa estratégia de marketing. Impulsionada pelo acordo
com a British Petroleum, que pôs
os lubrificantes BR no topo de linha do mercado internacional, a
gerência está de olho no apoio
marítimo offshore, para o qual a
companhia já dispõe da melhor
logística. Mas o foco dessa estratégia é claro: ampliar as vendas no sentido de ser não só a
maior, mas também a melhor do
mercado brasileiro de lubrificantes marítimos.
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Marbrax
SEEKS UNCHARTED
SEAS
To offer a line of cutting-edge lube-oils designed for the latest-generation marine engines - this is the
purpose of the technology licensing contract signed by BR with British Petroleum (BP Marine) covering the
fabrication of the Marbrax marine lube-oils line.
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oreover, BR intends to
sail full-steam ahead
into Brazilian waters,
expanding its share of the domestic market, currently at 67%. The
runner-up lags way behind in its
wake, with only 19%.
“We are carrying out a survey of prices on the international market, as we want to encourage foreign carriers sailing
international routes to use our
lube-oils when mooring in Brazil,” explains Carlos Mauricio
Coelho de Moraes, of the newlyestablished BR Marine Lube-Oil
Sales Administration.
To do so, the Company has
launched a powerful campaign disclosing the triple gui-
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delines that serve as the compass for its good performance: Products, Service and Logistics, which are key factors
when selecting lube-oil suppliers for freighters, tankers and
carriers.
“We need to be better-known outside Brazil, where the
decisions are taken that pick
the lube-oil supplier for the
vessel. After all, we are competing in Brazil with giants
other than BP on the international market: Exxon Mobil,
Famm, Shell and Lubmarine
m a d e b y E L F, ” s a y s C a r l o s
Moraes, who recently attended
t h e Po s i d o n i a Fa i r 2 0 0 2 i n
Greece, which is the world’s
largest event in the marine
segment.
In yet another attempt to publicize this line of products,
Carlos Moraes took Marbrax
advertising materials to Greece. Additionally, BR has been
appearing at fairs and international events such as Bunkernews America and the Offshor e Te c h n o l o g y C o n f e r e n c e
(OTC) in Houston.
Another strategy to guarantee winning over new markets
abroad is to speed up the Marbrax certification process by the
world’s leading marine-engine
manufacturers. The latest BR
triumph was the recent approval by Finland’s Wärtsilä, whi-
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Carlos Moraes, Marine-Oils Manager
ch is one of the leading international engine manufacturers
for the marine market, as well
as for power generation purposes. It is important to stress that
these certificates have a snowball effect. Once one major
manufacturer has approved a
product, it is very likely that
others will follow suit. This is
how products become widely recommended to users by the engine manufacturers.
Along these lines, Marbrax
lube-oils have been approved by
the following manufacturers:
MTU GmbH, SEMT Pielstick,
MAN B&W AG, MAN B&W Diesel, Sulzer, Daihatsu and FiatGMT.
“It is not sufficient to have state-of-the-art technology, as we do.
Our products must also be acknowledged and certified by all the
major marine-engine manufacturers in the world. This underscores the sophisticated technology of
our products,” explains Carlos
Mauricio.
The Marbrax line has been on
the market since 1975, and was
last updated in technological terms in July 2001 through the signature of the contract with BP. This
consists of over fifty items, including lube-oils for main engines,
ancillary engines, turbines and
compressors. The Marbrax line
also services power-generation
engines.
“In addition to BR keeping
up to date with state-of-the-art
marine lube-oils, it can also
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service any vessel with products all over Brazil, and in
many ports with products supplied in bulk”, explains Carlos
Fest, the Domestic Business
Manager of BR.
Half of the Marbrax sales
take place on the foreign market, meaning foreign vessels
fueling up at Brazilian ports.
“The BR logistics scheme
can provide services at any
port in Brazil and, through BP,
it can now do the same at any
port in the world”, says Carlos
Mauricio.
He explains that there is a massive demand for services allied to
product sales. This is why, in addition to the well-known technical
assistance offered to its customers,
BR is developing service packages designed exclusively for the
marine market: Marbrax Express,
Marbrax Advanced and Marbrax
System.
The Marbrax Express scheme
includes collecting used oil samples in a kit which is then forwarded for analysis to the BR Industrial Administration Laboratory at
Carlos Fest, Domestic Business Manager
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Duque de Caxias, Rio de Janeiro. The results of this analysis are
available in 48 hours, forwarded
to the customer by e-mail or collected on-line over the Internet.
The analysis of the lube-oils helps
prevent break-downs, reducing
engine damage as well as wear
and tear, in addition to providing
information that can be used during preventive maintenance procedures.
The Marbrax Advanced scheme includes a ferrographic
analysis, in addition to the usual
basic oil tests. This more elaborate analysis provides detailed
information on engine performance.
The Marbrax System scheme
- which should become available during the second half of the
year - is a lube-oil management
software that is customized to
the requirements of each vessel. It indicates the ideal frequency for all changes or replacements, listing products recommended for the various items of equipment, and charting
the entire lubrication system of
the vessel.
“The Marbrax System will be
available on a courtesy basis as
an added advantage for our customers, who will be notified by
direct mail”, says Moraes.
At the moment, BR holds over
60% of the Brazilian marine
lube-oils market. This is a recent achievement, as it has
been active in this field for no
more than five years. The Marbrax line was established to service the National Oil Tanker
Fleet (Fronape - Frota Nacional de Petroleiros) which is still
today a major BR customer, with
59 of its own vessels. In order
to service this fleet, BR lube-oils
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must be easily available in almost all ports in Brazil, which is
guaranteed by the largest logistics infrastructure among all the
distributors. By year-end 2001,
22,536 cubic meters of lube-oils
had been sold just to the marine segment, up 8% over the figures for 2000.
However, Carlos Fest emphasized that it is crucial to remain on the alert in order to
take over fresh positions and
consolidate past achievements.
The market is very dynamic,
constantly shifting and expanding. In earlier years, the highest demand was for lube-oils
in drums, while today demands
focus on bulk products.
The type of packaging also
varies according to the port. At
larger facilities such as Rio de
Janeiro and Santos, bulk supplies are pumped from barges as
the vessel loads or off-loads. “Simultaneous operations are a
market requirement due to high
port time costs”, explains Fest,
justifying the need for maximum
efficiency at the off-shore terminals as well. “Shipping logistics
are complex and vessels at sea
are frequently ordered to set
course for a port other than their
original destinations. We must be
nimble enough to service them
at these other ports as quickly as
possible,” he adds.
In 2002, BR surveyed the logistics requirements of each
port in Brazil. The main purpose is to offer a better logistics
package, tailored to the situation at each port. With the implementation of these actions,
the company is expanding its
supply of bulk products (still limited to certain ports), chartering new tanker-barges to load
the vessels in the roads, and
upgrading the supply of packaged products.
“The logistics for getting the
product into the tanks of the
vessel is a key factor in winning over the market. We are
beginning to introduce this
new logistics scheme, which is
scheduled for conclusion within a year,” explains Carlos
Moraes.
In addition to the Fronape fleet, the main BR customers include the Brazilian Merchant Navy
(long-haul and coastal shipping),
the Brazilian Navy, support boats for offshore oil rigs, and several foreign customers.
“In 2001, we sold 22.5 million liters of lube-oils in the
Marbrax line alone, and in
2002 we are already seeing
these figures rise,” notes Fest,
referring to the various types of
oils in this line.
BR is now starting to think
globally, in order to become
competitive on the international
market as well – but without neglecting its domestic customers.
The recent establishment of the
Marine Lube-Oil Sales Administration managed by Carlos Moraes, is part of this marketing
strategy. Fuelled by the agreement with BP Marine that puts BR
lube-oils at the top of the line
on the international market, its
management is looking closely
at off-shore support facilities,
where the company could really
offer significant comparative advantages, based on its outstanding logistics.
But the focus of this salesboosting strategy is quite clear: to
be not only the biggest but also
the best on the Brazilian marine
lube-oils market.
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O FUTURO
É AQUI
e agora
Duas grandes novidades estão alterando, para melhor, a rotina de trabalho na Petrobras Distribuidora. A
primeira delas afeta praticamente todas as áreas da companhia. Desde 1º de julho, está em operação o SAP
R/3, o novo sistema de gestão integrada que eliminou nada menos que 85% dos softwares anteriormente
utilizados na BR. Investiram-se US$ 4 milhões e foram treinados cerca de 3.000 empregados.
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as enquanto o R/3
muda a retaguarda –
venda de combustível
nas bases e terminais, contabilização dos resultados da empresa, controle de estoques, emissão
de notas fiscais –, há um outro processo em curso, que vai mexer na
linha de frente da empresa: a Informatização da Força de Vendas.
Assim como outras grandes
empresas, a Petrobras Distribuidora está investindo em CRM (Customer Relationship Management, ou,
em português, Gerenciamento do
Relacionamento com o Cliente). Está
em andamento um projeto-piloto
para 50 assessores comerciais das
gerências de Automotivos e de
Grandes Consumidores, em todo
o país. Com a implantação da Informatização da Força de Vendas,
que utiliza o software Vantive, os
assessores comerciais têm melhores condições de trabalho, pois ganham mais agilidade no relacio-
“A
tação de tal magnitude, houve
algumas dificuldades em sua
utilização nas primeiras semanas, o que gerou desconforto
e eventuais transtornos para
alguns clientes. Mas a BR tem
certeza que os clientes perceberão rapidamente que a mu-
BR está implantando o que há
namento com os
mais
clientes.
“No conjunto, estamos passando por uma revolução. A gestão
do negócio muda em todos os níveis”, afirma Carlos Frederico Kotouc, gerente de Tecnologia da
Informação da companhia. “A BR
está implantando o que há de
mais moderno em termos de tecnologia, incluindo nova infra-estrutura de equipamentos e de rede
de telecomunicações”, afirma
Abelardo Puccini, diretor Financeiro e de Suporte de Negócios.
O novo sistema de gestão
alterou todo o processo de trabalho até então adotado pela
empresa. Como já era esperado e natural em uma implan34 SOLUÇÕES
Sandra Nery,
gerente de Planejamento de Consumidor
negócio. “O assessor comercial
poderá se dedicar à sua atividade-fim, que é vender, sem necessidade de ir à sede da empresa para obter informações“,
explica Lenora.
O SAP R/3 já é um sistema
consagrado mundialmente na indústria do petróleo. Hoje, a maioria das empresas do segmento
o utiliza para integrar seus dados,
agilizando suas atividades, diminuindo custos, melhorando índices
de segurança e aumentando o
grau de competitividade. “A partir
de agora, com a unificação dos
dados, cada executivo da companhia poderá arrumar as informações da forma que julgar adequada”, diz Abelardo Puccini.
No front office, o uso do novo
software de CRM não ficará restrito aos assessores comerciais.
Empregados das gerências de
Atendimento e Preços, de Operações Financeiras e de Planejamento também participam do projeto-piloto,
de
já que trabalham em li-
moderno em termos de tecnologia”
dança foi para melhor.
A Informatização da Força de
Vendas, dentro do conceito de
CRM, também era uma necessidade inadiável: “Haverá um refinamento na relação com o cliente. Operações que antes eram
feitas separadamente – prospecção de clientes, cadastro, consultas, política de crédito e negociação – foram unificadas”,
conta Lenora Guimarães Soares,
coordenadora da Informatização
da Força de Vendas. Agora, mesmo quando estiver visitando um
cliente, o assessor comercial poderá, com um laptop e um token,
acessar informações e fechar um
nha direta com a força de vendas, gerindo o cadastro de clientes e autorizando linhas de crédito, por exemplo. “A Informatização da Força de Vendas significa
um grande salto em termos de integração do processo de comercialização da companhia. O assessor comercial poderá, de forma integrada, prospectar um cliente, efetuar o seu cadastramento na BR, simular preços, efetuar
negociações calculando automaticamente a sua rentabilidade, cadastrar as condições negociadas,
gerir e negociar débitos, conceder linhas de crédito, acessar todo
tipo de informações sobre seus
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clientes, bem como registrar todos os contatos efetuados. Tudo isso é feito em tempo real por quem
utilizar o CRM”, explica Sandra Braga Nery, gerente de Planejamento de Consumidor da Gerência
de Grandes Consumidores.
Mas o CRM da BR não é somente a Informatização da Força de Vendas e esta não se restringe a “tirar pedidos”. Inseriu-se neste módulo a negociação com o cliente, quando se podem calcular e avaliar as concessões dadas,
como investimentos, financiamentos, prazos,
descontos e prestação de serviços, entre outras. O CRM da Petrobras Distribuidora é inovador e está sendo feito o desenvolvimento de
outros módulos, como a Gestão de Contratos
e de Garantias, que poderão ser disponibilizados aos clientes. Além disso, a solução CRM
da BR inclui a previsão, planejamento e modelagem da análise de negócios, ou seja, ela permite que o planejamento empresarial seja efetuado em tempo real, integrando dados operacionais e de clientes, completando assim o
ciclo de negócios. A expectativa é ter o CRM
da BR totalmente implantado até o fim do ano.
Tudo isso será possível a partir da utilização
do novo produto disponibilizado pela PeopleSoft, que é o PeopleSoft 8 CRM, uma solução
com arquitetura puramente Internet.
O porte da integração dos novos sistemas – SAP
R/3 e PeopleSoft 8 CRM — representa a primeira
experiência de sucesso no mundo. Os dois sistemas ajudarão a consolidar a posição da BR como
Carlos Frederico Kotouc,
gerente de Tecnologia da Informação
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EM GOTAS
O sistema CTF (Controle Total de Frotas) foi adotado no
posto de combustíveis da Refinaria de Paulínia.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do
Rio Grande do Sul (Setcergs) realizou em Gramado, no mês
de junho, a 4a Transpo-Sul, maior feira do setor na Região
Sul, congresso que tratou de temas ligados à atividade. Durante esse evento, são premiadas empresas que fornecem
produtos e serviços para os transportadores de carga do
estado. O Troféu Preferência do Transporte foi concedido à
BR na categoria Óleos Lubrificantes, pela linha MD 400.
A Bimetal Ltda., de Cuiabá, tornou-se cliente da BR. Trata-se de uma metalúrgica que fabrica torres para transmissão de energia elétrica e para telefonia celular. A empresa
trabalha com equipamentos comprados da Ficep (Itália) e
Adira (Portugal), que aprovaram o Lubrax Industrial SH-68AD e Lubrax Industrial HR-46-EP.
O Lubrax Industrial OB-29 foi aprovado em testes realizados nas fábricas de óleo de soja de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul. O produto é utilizado na recuperação do
hexano usado na extração do farelo de soja. A finalidade
dos testes era demonstrar a baixa toxicidade do OB-29,
condição necessária para a exportação de farelo de soja
para a Europa, onde o aparecimento do mal da vaca louca
provocou valorização do produto brasileiro para fabricação de rações.
empresa de ponta e líder do mercado. O fluxo mais
rápido e preciso de informações é fundamental em
um mundo cada vez mais competitivo.
Projeto Sinergia
A história do Projeto Sinergia começou em 1997.
Na época, com a quebra do monopólio do petróleo, diversas empresas de oil & gas voltaram seus
olhos para o Brasil. A alta administração do Sistema
Petrobras elaborou o Plano Estratégico 2000-2010,
visando a adequar a empresa a uma nova situação, que inclui mudanças intensas e rápidas e uma
competição acirrada.
Uma das prioridades foi a implantação de
um Sistema Integrado de Gestão, que concentrasse as principais informações e fornecesse
apoio às áreas de negócios no Brasil e no exterior. Foi assim que, em maio de 2000, nasSOLUÇÕES
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ceu o Projeto Sinergia, com a
missão de implantar o SAP
R/3 em todo o Sistema Petrobras. É a maior implantação
de um sistema integrado já feita no Brasil, e uma das maiores do mundo.
CRM
Expressão da moda no mundo corporativo, o CRM se traduz em fantásticas vantagens
competitivas para a empresa.
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O ponto principal do CRM
é a possibilidade de administrar, organizar e facilitar todas
as interações com os clientes.
Ao integrar todas as atividades
de uma empresa relativas a clientes, o CRM possibilita a conversão de mais clientes potenciais em clientes reais, fornecendo a eles melhores produtos e serviços. Põe o cliente no
centro dos negócios da empresa, tornando o relacionamen-
to cada vez mais proveitoso
para ambas as partes.
Por ser um banco de dados
voltado para ações de negócios e marketing, que armazena uma quantidade enorme de
dados, monta estatísticas sobre
os produtos mais vendidos, sugere novas possibilidades de
vendas e mostra indicadores
de desempenho, o CRM transforma os dados de clientes em
valiosas informações.
Receita contra riscos industriais
B
oa parte dos acidentes industriais
pode ser evitada. É
o que afirma, logo
nas primeiras páginas, o livro Riscos Industriais – Etapas
para a Investigação
e a Prevenção de
Acidentes, de Moacyr
Duarte, editado pela
Gerência de Grandes Consumidores da BR em colaboração
com a Coordenação de Cursos
de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ)
e a Fundação Escola Nacional
de Seguros (Funenseg).
No livro, de 318 páginas,
Moacyr Duarte, PhD em Análise de Risco e professor da Coppe, analisa os vários tipos de
falhas e conclui que, com planejamento, treinamento, ações
rápidas e, sobretudo, com a
criação de uma consciência coletiva de prevenção de acidentes, estes
podem ser evitados ou
terem suas conseqüências minimizadas.
O lançamento de
Riscos Industriais foi feito a bordo do navioescola Brasil, ancorado
no Porto do Rio. Recheado de ilustrações, gráficos e
planilhas, o livro vai ser distribuído gratuitamente a órgãos
públicos, universidades, postos
de gasolina e grandes clientes
da BR e da Petrobras.
Moacyr Duarte analisa as
características dos acidentes e
suas áreas de impacto, estabelece diretrizes e mostra a
importância da elaboração de
um bom plano de emergência
e de proteção das comunidades vizinhas e sugere programas de treinamento e auditori-
as em organizações para controle de emergências.
Na abertura do livro, o autor agradece a colaboração
dos diretores de Operações da
BR, Otacílio Vianna de Albuquerque, e de Mercado Consumidor, Marco Antonio Vaz
Capute, e dos gerentes Andurte Duarte Filho e José Luiz Neves, entre outros, “por decidirem fazer de seus registros e
experiências com acidentes
uma fonte de aprendizado
para melhorar as condições de
segurança, de forma contínua”.
José Luiz Neves, gerente de
Segurança e Meio Ambiente
para Consumidores da BR,
acrescenta:
“A empresa que não acompanhar a nova ordem mundial
adotada em relação à segurança e à proteção ao meio
ambiente vai ficar de fora do
mercado globalizado.”
Andurte de Barros Duarte Filho
Filho é o titular da Gerência de Grandes Consumidores, que
tem como objetivo ser líder na comercialização de combustíveis e lubrificantes no mercado, destacando-se pela excelência na qualidade de produtos e serviços a clientes,
com recursos humanos capacitados e motivados, antecipando-se às mudanças no perfil
energético brasileiro e assegurando, de forma sustentável, um retorno adequado aos investimentos. ([email protected])
36 SOLUÇÕES
P r o d u t o s
E s p e c i a i s
GLP com marca de
SOLUÇÕES BR
Até dois anos atrás, a BR
comercializava quase todos os
combustíveis derivados de
petróleo. Faltava o GLP-Gás
Liqüefeito de Petróleo, em que
empresas com mais de 60 anos de
atuação estabeleceram um domínio
do mercado. A BR, por meio da
Gerência de Produtos Especiais,
entrou numa competição acirrada,
mas leva, de saída, uma vantagem:
a companhia não apenas vende
gás liqüefeito de petróleo. Afinal, o
negócio da BR são as soluções
energéticas. “Nós nos
antecipamos e oferecemos um
pacote de produtos e serviços.
Acompanhamos a entrega e
procuramos otimizar o uso do
GLP como energético, pois se
trata de um produto novo para
muitos de nossos clientes”,
explica Ubiratan Clair, gerente de
GLP da BR.
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GLP é um produto cuja procura tende a
aumentar, por ter baixo índice de emissões e substituir com vantagens econômicas e ecológicas outros combustíveis. Além do mais,
o cliente BR sabe que pode contar com a estrutura e
a logística que permitem à empresa oferecer as soluções energéticas mais adequadas para cada caso.
Engenheiros da BR estudam o processo industrial
do cliente e propõem uma solução taylor made, isto
é, feita sob medida para cada necessidade. Entre
os serviços está o projeto de implantação customizado. As instalações industriais de armazenagem e
transferência de GLP dos clientes BR são projetadas
e executadas por uma equipe técnica qualificada,
que segue normas técnicas nacionais e internacionais de segurança e combate a incêndio. A BR ofe38 SOLUÇÕES
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s
rece também assistência técnica 24 horas, para o
caso de ocorrer uma parada técnica.
“Nossa diferença é a segurança operacional,
tanto em relação à instalação do cliente quanto em
relação à vizinhança daquela unidade. Os engenheiros acompanham a montagem das instalações,
a pré-operação e toda a logística de transporte
das primeiras encomendas do GLP”, explica Ubiratan. A BR faz também o treinamento teórico e
prático da equipe do cliente que vai operar aquelas instalações, além de informar os procedimentos de segurança.
“São oferecidas instalações modulares, com uma
configuração simples, que prevê armazenagem em
vasos de pressão; sistema de vaporização; linhas
de interligação e consumo; combate a incêndio; e
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Ubiratan Clair, gerente de GLP
André Luiz Anton e
Mônica Nemer
abastecimento de empilhadeiras”, explica Mônica Nemer, responsável técnica de GLP da BR.
Desde a sua criação, em março de 2000, a Gerência de Gás
Liqüefeito de Petróleo (GLP) conquistou uma fatia de 3% do mercado industrial. Parece pouco, mas
é importante lembrar que esta é
uma nova área de atuação da BR,
e que tende apenas a crescer, pois
o GLP é, dos derivados de petróleo, um dos combustíveis mais limpos e seguros, com numerosas
aplicações economicamente vantajosas. Além disso, a BR dispõe
de logística para atender eficientemente em todo o país, por meio
de uma equipe de assessores comerciais baseados no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, Mato Grosso e Goiás.
“Outro diferencial de nossos
serviços é uma parceria com a
Coordenação de Programas de
Pós-Graduação em Engenharia, a
Coppe, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, na criação de
um plano de emergência. Depois
de pronto o plano, coordenamos
um treinamento simulado para ser
levado a efeito durante a instalação”, explica Ubiratan. Mônica
acrescenta: “Em caso de algum
defeito técnico, equipes contratadas podem ser acionadas por telefone e oferecer uma solução”.
O responsável comercial de
GLP, André Luiz Anton de Souza,
lembra que o nome Petrobras está
por trás de todo o processo, o
que dá grande credibilidade aos
serviços.
“O cliente poderá comprovar
que não está comprando apenas
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o melhor combustível, mas também uma completa assistência técnica, além de normas de segurança de última geração”, diz Anton.
Segundo Anton, a carteira de
clientes BR vem aumentando e a
companhia tem objetivos bem
definidos no mercado. “Foi fixado um market share e nosso trabalho vem seguindo esse rumo.
Estudamos cada passo a ser
dado. Por enquanto, só tocamos
no segmento industrial, o chamado grande granel. Ainda não atuamos no pequeno granel, o bob
tail”, explica Anton.
O mercado de cerâmica, de
alimentos (principalmente biscoitos e pães) e a siderurgia estão
no foco das vendas de GLP da
BR para o segmento industrial.
Mas existem ainda indústrias de
papel, bebidas, vidros e automóveis interessadas na substituição
de outros combustíveis pelo GLP.
E o gás liqüefeito está sendo visto igualmente como alternativa
para a lenha, nas agroindústrias
que fazem secagem de grãos.
Bom para o meio ambiente e
para as empresas, que darão um
passo à frente em tecnologia.
Na maioria dos casos, a BR
vende para empresas que já utilizam o GLP como combustível,
mas há casos em que o gás vem
substituir combustíveis mais pesados (ou mesmo a lenha, como
vimos). Anton cita o exemplo de
uma indústria de toalhas de papel que está deixando de lado o
óleo combustível e passando a
usar GLP e gás natural, que dão
mais qualidade ao produto, diminuindo o odor e a fuligem na
unidade de fabricação.
A BR fornece o GLP (mistura
de propano e butano) e o butano comercial (com predominância de butanos e/ou butenos).
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O ENXOFRE
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A BR também comercializa o
enxofre recuperado de refinarias
da Petrobras, como a Landulpho Alves
TAMBÉM É NOSSO
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este segundo semestre, a
BR, por intermédio da
Gerência de Produtos
Especiais, está inaugurando uma
nova atividade: a produção de
enxofre ventilado (em pó).
A BR já é responsável pela distribuição de todo o enxofre proveniente das unidades recuperadoras das refinarias da Petrobras
e agora passará a industrializar
parte deste enxofre, buscando
aumentar o seu valor agregado
e atender a uma série de mercados consumidores desta matériaprima. Isto se tornou possível com
a aquisição da planta que pertencia à Superintendência de Industrialização do Xisto (SIX), da
Petrobras, localizada em São Mateus do Sul (PR).
As instalações da planta de
enxofre ventilado estão sendo
transferidas para São Paulo,
onde ficarão mais próximas do
mercado consumidor: indústrias
voltadas para a produção de
pneus, artefatos de borracha, inseticidas, medicamentos e pigmentos, entre outras.
A BR não vai operar a planta
diretamente, mas por intermédio
de uma empresa a ser escolhida
por licitação, objetivando ter um
parceiro especializado nas atividades relacionadas à unidade
industrial. Deste modo, a BR poderá se concentrar na avaliação
do mercado.
Existe, ainda, a possibilidade
de ampliar a fábrica ou acoplar
a ela novos módulos, aumentando a sua capacidade de acordo
com a demanda. O enxofre, que
será produzido inicialmente à razão de 300 toneladas/mês, terá
a marca BR.
Sobre a planta adquirida da
SIX, a gerente de Planejamento
de Produtos Especiais, Viviane
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Países com vocação
agrícola, como o Brasil,
consomem grandes
quantidades de enxofre
em inseticidas
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Salathé, informa: “A BR tem grandes planos para essa fábrica.
Serão feitas adaptações para que
se produza enxofre sob medida
para as necessidades de um mercado variado.”
Outro evento importante neste segmento de mercado foi a
entrada em operação da Unidade de Recuperação de Enxofre
(URE) na Refinaria Landulpho Alves, em Mataripe, na Bahia. De
lá sairão, mensalmente, 800 toneladas de enxofre em pedra.
“Esta é uma novidade no mercado. Trata-se de uma nova fonte produtora, que vai atender a
um pólo sucroalcooleiro e ao
próprio Pólo Petroquímico de
Camaçari, onde funcionam diversas indústrias que usam o enxofre como matéria-prima”, acrescenta Viviane. Neste sentido, a Petrobras já planeja a produção de
enxofre líquido, utilizado nas indústrias de detergentes.
O coordenador de Desenvolvimento de Produtos, Antonio Manuel da Costa Miranda, destaca:
“Vamos ter produtos sob medida
para cada segmento de mercado”.
A BR vende todo o enxofre
produzido pela Petrobras, removido e recuperado durante o processo de obtenção de derivados
de petróleo, uma vez que é um
contaminante indesejado. A Petrobras tem dez refinarias.
Isto, no entanto, corresponde a
apenas 10% da produção nacional, sendo o restante suprido pela
produção de minérios. A importação complementa as necessidades.
E aí está um grande mercado, no
qual a BR pretende entrar com determinação. Afinal, estão em jogo
volumes que, em 2000, chegaram
a 1,7 milhão de toneladas.
A maior parte dos produtos
importados, proveniente de CaSOLUÇÕES
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nadá, Polônia, Alemanha, Itália
e China, entra no Brasil pelo Porto de Santos. Mais uma vez a BR
vai buscar parceiros especializados nesta atividade, formando o
que, na Gerência de Produtos
Especiais, é chamado de “tríplice
aliança”. Inclui a própria BR, a Cotia Trading, uma empresa com
larga experiência em negócios internacionais, e experts do mercado importador. Nesta aliança,
cada um entrará com o que tem
de melhor, para garantir o atendimento das necessidades do
mercado.
Antonio Manuel Miranda explica: “A BR detém o conhecimento
do mercado, dos clientes, dos
volumes necessários e das safras.
Além disso, sabe qual é a qualidade exigida pelos compradores.
A Cotia tem o know-how operacional e a logística. E os experts
conhecem todos os segredos de
importação: de onde vem o produto, o preço, a qualidade e
quem são os produtores que podem oferecer melhores condições
e confiabilidade.”
De acordo com o planejamento da BR, o enxofre proveniente do
exterior entrará no Brasil pelo Porto de Vitória, onde a BR já dispõe
de logística avançada e os preços
são mais competitivos. A Gerência
de Produtos Especiais aplicará o
seu conhecimento da área de supply-house para fornecer o produto
ao mercado nas quantidades exatas, atendendo, principalmente, às
pequenas indústrias, que não têm
escala para realizar importações
de forma isolada.
“É a nova filosofia do marketing: oferecer o produto certo, no
volume certo, para o cliente certo”, diz Hevila Arbex, colaboradora da Gerência de Planejamento de Produtos Especiais.
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Serviços portuários?
FALE COM A BR
A BR começou a operar na área de serviços portuários fazendo, digamos assim, o dever de casa. Foi a
pedido da Petrobras que a Gerência de Supply-House entrou nesta área de atuação. A BR controla todos os
serviços, de acordo com os procedimentos determinados pela Petrobras, que vão desde os aspectos
operacionais até a proteção ao meio ambiente. E, sendo a Petrobras uma pioneira e recordista mundial em
perfuração e produção em águas profundas, a BR, naturalmente, desenvolveu um vasto know-how em
operações portuárias.
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Operação em andamento na Multiportos, bairro do Caju, no Rio de Janeiro
A
quebra do monopólio do
petróleo significou, para a
Gerência de Supply-House, a abertura de um novo mercado, pois agora seus serviços
estão disponíveis para outras
companhias.
“Nosso objetivo é conquistar
também contratos com as outras
operadoras de exploração e produção de petróleo”, explica Paulo César Toledo Meirelles, gerente de Vendas de Serviços de Supply-House da BR.
O primeiro porto operado pela
BR foi o de Vitória, onde a Petrobras não conseguia atender a contento sua Unidade de Negócios e
suprir de pessoal e equipamento
as sondas de perfuração da Bacia de Campos. O apoio era feito
a partir de um sobrecarregado
Porto de Imbetiba, em Macaé, no
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Estado do Rio. Lá, ocorria um dos
mais sérios problemas que se podem encontrar em um porto: a
demora para atracação, carregamento e outros serviços.
A Unidade de Serviços Compartilhados da Petrobras – que gerencia operações para vários setores da empresa – solicitou à BR
um local naquela região que pudesse servir de base de apoio
para as operações offshore. A Gerência de Supply-House da Gerência de Produtos Especiais da BR
negociou então com a Companhia
Portuária de Vila Velha (CPVV)
uma área de cais no Porto de Vitória.
“A Petrobras nos contratou
para gerenciar todas as operações, bem como o contrato com
a CPVV“, conta Charles Broccolli
Lima, gerente de Supply-House.
Paulo César Meirelles,
gerente de Vendas de
Serviços de Supply-House
Essas operações consistem
em embarque e desembarque de
tubos de perfuração e de raisers
condutores para o poço, alimentos para os operadores, água e
granéis sólidos. Por esse porto
também chegam e saem os resíduos das plataformas. A perspectiva é ampliar esses serviços, fazendo também operações de ancoragem, desafogando o Porto
de Imbetiba, que tem uma média
de 450 atracações por mês.
“Temos um píer de 240 metros,
capaz de receber simultaneamente
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três embarcações de cerca de 80 metros ou quatro
supply boats com cerca de 60 metros cada. E, se levarmos em conta a realização da operação a contrabordo, essa capacidade pode dobrar”, diz Charles.
A BR fez um bom trabalho em Vitória e foi novamente solicitada pela Petrobras, dessa vez para encontrar no Rio de Janeiro ou em Niterói instalações
portuárias que servissem de apoio às operações de
prospecção e exploração de petróleo da Bacia de Santos. E, desde março, também as operações de exploração da Unidade de Negócios do Rio de Janeiro (UNRio) da Petrobras estão sendo atendidas pela BR.
O local escolhido foi a Multiportos Operadora
Portuária S.A, no bairro do Caju (Rio de Janeiro),
antiga Ishibras, que mantinha desativadas instalações usadas na exportação de café. Além das operações de ancoragem, que levavam muito tempo
para serem realizadas em Macaé, a BR cuida do
embarque de cimento em navios cimenteiros que
suprem as plataformas.
“A Multiportos nos aluga as instalações e o pessoal,
mas a supervisão das operações é feita pela BR, que,
a partir dali, atende ao Bloco BS 500, da Bacia de
Santos, a 170 quilômetros da costa de Saquarema,
desafogando o Porto de Macaé”, explica Meirelles.
A companhia cuida das operações de carregamento de cimento, ancoragem e transporte do rancho do pessoal embarcado.
“No Rio, o volume de trabalho é bem maior,
pois deslocamos para cá as operações de ancoragem, cortando correntes de 1.500 metros a 3 mil
metros, que são mandadas de volta para Macaé.
Mas compensa, pois essas operações agora levam
11 horas, quando, em Macaé, demoravam mais
de 30 horas”, explica Charles.
Para a BR, que no passado supria de produtos
específicos as empresas petrolíferas, a novidade
de incorporar a esses produtos os serviços portuários é um plus que pode render lucros. Com isso, a
companhia segue uma bem-sucedida política de
marketing que prevê soluções para os clientes com
dificuldades operacionais.
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“Estamos sempre nos capacitando para fornecer
soluções. Quem sabe, com o aumento da capacidade da Bacia de Santos, passemos a operar também portos daquela área? O que nos parece mais
viável nessa fase exploratória é aproveitarmos as
instalações que já existem para atender às nossas
necessidades”, prevê Charles.
A BR negocia agora com a área de fluidos da Petrobras para passar a abastecer as plataformas com
produtos químicos a partir do Rio de Janeiro. Este serviço também tinha como base o Porto de Imbetiba.
“Mas podemos ampliar esses serviços e criar
novas soluções para os clientes. Tudo vai depender da demanda”, garante Charles.
EM GOTAS
A Citrus Kiki, empresa produtora de sucos cítricos localizada em Engenheiro Coelho (SP), está usado 300 toneladas/mês de GLP da BR para secagem de casca de laranja e
posterior obtenção de pectina cítrica, usada na fabricação
de doces, massas de tomate e outros alimentos industrializados. O GLP proporciona uma queima limpa, o que confere alto valor à casca da laranja, exportada para a Dinamarca.
A Heat Up, empresa da área de aquecimentos industriais,
substituiu por GLP a lenha anteriormente utilizada na partida
das caldeiras de geração de vapor das usinas de açúcar e
álcool, que funcionam com bagaço de cana. Eram necessários, anteriormente, 200 metros cúbicos de lenha, misturados a 200 toneladas de bagaço, para a partida. A madeira
foi substituída por 10 toneladas de GLP.
Em conjunto com a Qualicitrus, a BR marcou presença
na 24a Semana de Citricultura, de 3 a 7 de junho, em
Cordeirópolis (SP). A Qualicitrus consome o OPPA-BR-CE,
um óleo mineral agrícola de baixa toxicidade, desenvolvido
pela GPE e usado para o controle de pragas.
PEDRO CALDAS PEREIRA
PEREIRA é o titular da Gerência de Produtos Especiais, cujos objetivos
são: distribuir e comercializar produtos químicos e insumos para a indústria química,
desenvolvendo, fabricando ou importando quando isto se mostrar adequado e rentável;
garantir o suprimento dos produtos químicos e serviços às áreas de perfuração, produção, refino e transporte de petróleo, no prazo e especificação corretos a um nível
adequado de rentabilidade; ser a melhor opção para a comercialização de GLP, agregando
serviços em sua aplicação como solução energética. ([email protected])
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AS RAZÕES
do seguro
HIDROLÓGICO
Mario Dias Miranda,
diretor de comercialização
Passado o período de discussões surgidas com a tramitação, no
Congresso, da Medida Provisória 14, cuja aprovação resultou na Lei
10.438, os brasileiros já percebem que o seguro hidrológico para
É
verdade que a criação do
Encargo de Capacidade
Emergencial ainda tem
sido motivo de exploração política. Mas não tenho dúvidas
de que, se o governo não tivesse feito nada, também seria
alvo das críticas dos vários especialistas que surgem oportunisticamente em momentos
como este. O fato é que o programa térmico emergencial é
irreversível. Por meio da Comercializadora Brasileira de
Energia Emergencial (CBEE), foram assinados com a iniciativa
privada contratos para a construção de 58 usinas em 13 estados, num total de 2.153,6
MW. Desse total, em meados de
junho, já haviam ingressado no
país unidades geradoras que
somavam 1.700 MW, ou seja,
80% da energia contratada.
Além disso, 81% das unidades
geradoras são constituídas de
motores novos, enquanto apenas 19% são recondicionados.
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evitar novos racionamentos de energia elétrica é uma idéia baseada na
racionalidade econômica, que não atenta contra os interesses maiores
da sociedade brasileira.
Isso prova que o parque térmico emergencial que o Brasil está
construindo está muito distante
das máquinas obsoletas por
várias vezes denunciadas sem
amparo na realidade.
Com as térmicas emergenciais, está sendo criada uma garantia para evitar novos racionamentos. A energia emergencial será utilizada apenas como
seguro hidrológico, ou seja, nos
casos em que o Operador Nacional do Sistema Elétrico entender que está na hora de preservar as águas armazenadas nos
reservatórios.
No próprio Poder Judiciário,
já foram derrubadas várias liminares que contestavam a cobrança do Encargo de Capaci-
dade Emergencial. Isso prova,
de forma cabal, que a sua criação em nenhum momento extrapolou os limites das leis em vigor e que o governo se pautou
rigorosamente pelo arcabouço
legal existente.
Em dezembro de 2001, quando foi tomada a decisão de criar o programa térmico emergencial, a média dos reservatórios
do Nordeste era de apenas
14,1%, contra 36,8% no ano
anterior ao déficit. Na Região Sudeste, os reservatórios estavam
com 32,3%% da capacidade,
contra 28,5% em dezembro de
2000. Isto demonstra que o governo tomou uma decisão difícil, mas sem abdicar jamais da
sua responsabilidade.
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nº2 - jul/ago - Petrobras Distribuidora