PROGRAMA DE MONITORAMENTO
DE ICTIOPLÂNCTON
CONSÓRCIO AMBIENTAL
ELETROSUL - IJUÍ ENERGIA
RELATÓRIO PARCIAL
NOV-14/JAN-15
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Programa de Monitoramento de Ictioplâncton
- Relatório Parcial -
Elaborado para
Consórcio Ambiental ELETROSUL-IJUÍ ENERGIA
Elaborado por
Raiz Consultoria Hídrica e Ambiental Ltda
Contrato n° 1106140057, firmado em Outubro de 2014 entre Consórcio Ambiental ELETROSULIJUÍ ENERGIA e a empresa Raiz Consultoria Hídrica e Ambiental Ltda. Ambiental
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RESPONSABILIDADE TÉCNICA
EMPRESA CONTRATADA E RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO / COORDENAÇÃO DO TRABALHO
Razão Social: Raiz Consultoria Hídrica e Ambiental Ltda.
CNPJ: 10.248.676/0001-52
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Registro no IBAMA: 5279371
Registro no CRBio 4: 0344/2013
FUNÇÃO
Coordenação Técnica Geral
Biólogos
PROFISSÃO
REGISTRO
PROFISSIONAL
ART1 nº
Daniel Fernandes Loureiro
Biólogo, Esp.
CRBio nº 44348/04-D
2014/17074
Roberta Moura Martins Oliveira
Bióloga, Msc.
CRBio nº 044229/04-D
2014/16773
Tharlianne
Bióloga, Msc.
CRBio nº 76710/04-D
2014/16816
TEMA
Coordenação Geral,
Revisão e Formatação de
Relatórios
Responsável Técnica pelo
Monitoramento de
Ictioplâncton
Auxiliar técnica pelo
Monitoramento de
Ictioplâncton
NOME
Anexo 1 - Em anexo as ARTs dos profissionais envolvidos.
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SUMÁRIO
SUMÁRIO ............................................................................................................................................... 4
ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................................ 5
ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................................ 5
MONITORAMENTO DE ICTIOPLÂNCTON ................................................................................................ 7
1.
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 7
2.
CARACTERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS ................................................................................ 7
3.
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 8
4.
OBJETIVO....................................................................................................................................... 9
5.
MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................................. 9
5.1 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................................................. 9
5.2 DESCRIÇÃO DOS PONTOS AMOSTRAIS ........................................................................................... 10
PONTO 01 .......................................................................................................................................... 10
PONTO 02 .......................................................................................................................................... 11
PONTO 03 .......................................................................................................................................... 11
PONTO 04 .......................................................................................................................................... 12
PONTO 05 .......................................................................................................................................... 13
PONTO 06 .......................................................................................................................................... 13
PONTO 07 .......................................................................................................................................... 14
PONTO 08 .......................................................................................................................................... 15
PONTO 09 .......................................................................................................................................... 15
PONTO 10 .......................................................................................................................................... 16
PONTO 11 .......................................................................................................................................... 17
PONTO 12 .......................................................................................................................................... 17
PONTO 13 .......................................................................................................................................... 18
PONTO 14 .......................................................................................................................................... 19
5.3 AMOSTRAGEM ............................................................................................................................... 20
6.
RESULTADOS E DISCUSSÃO PARCIAIS .......................................................................................... 24
6.1 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE OVOS E LARVAS ............................................................ 24
6.2 OVOS E LARVAS E A RELAÇÃO COM OS FATORES ABIÓTICOS ......................................................... 30
6.3 ÁREAS DE DESOVA E CRIAÇÃO DE OVOS E LARVAS ........................................................................ 31
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 33
8.
ANEXOS ....................................................................................................................................... 38
- ARTS DOS PROFISSIONAIS.................................................................................................................. 38
ANEXO FOTOGRÁFICO DE OVOS E LARVAS .......................................................................................... 42
4
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ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1. DENSIDADE DE OVOS E LARVAS DISTRIBUÍDAS POR PONTO AMOSTRAL AO LONGO DAS TRÊS CAMPANHAS
(NOV./DEZ. 2014 E JAN. 2015).......................................................................................................... 25
TABELA 2. VALORES MÉDIOS DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA ÁGUA NOS DIFERENTES PONTOS AMOSTRAIS NAS TRÊS
CAMPANHAS (NOV./DEZ. 2014 E JAN. 2015)......................................................................................... 30
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1. TRECHO A JUSANTE DA UHE PASSO SÃO JOÃO, NO PONTO 01. .............................................................. 10
FIGURA 2. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO 02. .............................................................. 11
FIGURA 3. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO 03. .............................................................. 12
FIGURA 4. TRECHO DA UHE PASSO SÃO JOSÉ, NO PONTO 04. ............................................................................. 12
FIGURA 5. TRECHO DA BARRAGEM DA UHE PASSO SÃO JOÃO, NO PONTO 05. ......................................................... 13
FIGURA 6. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE PASSO SÃO JOÃO, NO PONTO 06. .................................................... 14
FIGURA 7. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE PASSO SÃO JOÃO, PRÓXIMO À FOZ DO ARROIO TIGRE, NO PONTO 07. ....... 14
FIGURA 8. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE PASSO SÃO JOÃO, NO PONTO 08. .................................................... 15
FIGURA 9. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO 09. .............................................................. 16
FIGURA 10. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO 10. ............................................................ 16
FIGURA 11. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO 11. ............................................................ 17
FIGURA 12. TRECHO DO RIO URUQUÁ, NO PONTO 12. ....................................................................................... 18
FIGURA 13. TRECHO DO RIO IJUÍ, NO PONTO 13. .............................................................................................. 19
FIGURA 14. TRECHO DO RIO IJUÍZINHO, NO PONTO 14. ...................................................................................... 19
FIGURA 15. MODELO DE ARMADILHA LUMINOSA UTILIZADA. A SETA VERMELHA, INDICA A POSIÇÃO DA LÂMPADA DE LED,
FIXADA NO INTERIOR DA ARMADILHA. ..................................................................................................... 20
FIGURA 16. DEMONSTRAÇÃO DO PROCESSO DE ARMAÇÃO DE ARMADILHA LUMINOSA, DURANTE A 05ª CAMPANHA DE
ICTIOPLÂNCTON ................................................................................................................................ 21
FIGURA 17. DEMONSTRAÇÃO DO PROCESSO DE RETIRADA DE ARMADILHA LUMINOSA, DURANTE A 05ª CAMPANHA DE
ICTIOPLÂNCTON. ............................................................................................................................... 21
FIGURA 18. MODELO DE REDE PELÁGICA DE ARRASTO COM FLUXÔMETRO. .............................................................. 22
FIGURA 19. ARRASTO DE SUPERFÍCIE COM A REDE PELÁGICA DE ARRASTO AMARRADA AO BASTÃO. OBSERVA-SE AS DUAS REDES
SENDO ARRASTADAS AO LADO DO BARCO. ............................................................................................... 23
FIGURA 20. AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA ÁGUA. ................................................................. 23
FIGURA 21. NÚMERO DE AMOSTRAS POSITIVAS E NÃO POSITIVAS ANALISADAS AO LONGO DAS CAMPANHAS DE NOV./DEZ.
2014 E JAN. 2015. .......................................................................................................................... 24
FIGURA 22. DENSIDADE DE OVOS DE PEIXES (IND/10M ³) POR PONTOS AMOSTRAIS AO LONGO DAS TRÊS CAMPANHAS
(NOV./DEZ. 2014 E JAN. 2015).......................................................................................................... 25
FIGURA 23. DENSIDADE DE OVOS DE PEIXES (IND/10M³) POR PONTOS AMOSTRAL AO LONGO DAS TRÊS CAMPANHAS
(NOV./DEZ. 2014 E JAN. 2015).......................................................................................................... 26
FIGURA 24. DENSIDADE DE LARVAS DE PEIXES (IND/10M ³) POR PONTOS AMOSTRAL AO LONGO DAS TRÊS CAMPANHAS
(NOV./DEZ. 2014 E JAN. 2015).......................................................................................................... 26
FIGURA 25. DENSIDADE DE LARVAS DE PEIXES (IND/10M ³) POR PONTOS AMOSTRAL AO LONGO DAS TRÊS CAMPANHAS
(NOV./DEZ. 2014 E JAN. 2015).......................................................................................................... 27
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FIGURA 26. DENSIDADE DE OVOS E LARVAS DE PEIXES (IND/10M³) DISTRIBUÍDAS AO LONGO DAS TRÊS CAMPANHAS
(NOV./DEZ. 2014 E JAN. 2015).......................................................................................................... 27
FIGURA 27. COMPARAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS MÉTODOS DE COLETA DE OVOS E LARVAS DE PEIXES DISTRIBUÍDAS AO LONGO
DAS TRÊS CAMPANHAS (NOV./DEZ. 2014 E JAN. 2015). ........................................................................... 28
FIGURA 28. GYMNOGEOPHAGUS SP. COLETADO NO PONTO 06 PELA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM
25/11/14...................................................................................................................................... 42
FIGURA 29. PIMELODELLA SP. COLETADA NO PONTO 02 POR ARRASTO NA MARGEM DIREITA EM 23/11/14. .................. 42
FIGURA 30. LORICARIICHTHYS ANUS COLETADA NO PONTO 03 PELA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM
23/11/14...................................................................................................................................... 43
FIGURA 31. H OPLIAS GR. LACERDAE COLETADA NO PONTO 09 POR REDE DE ARRASTO NA MARGEM DIREITA EM 22/11/14 .
.................................................................................................................................................... 43
FIGURA 32. OVOS SEMI -DENSOS COLETADOS NO PONTO 04 PELA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM
27/11/14...................................................................................................................................... 44
FIGURA 33. OVOS DENSOS E SEMI -DENSOS COLETADOS NO PONTO11 POR REDE DE ARRASTO NO MEIO EM 21/11/14. ..... 44
FIGURA 34. S CHIZODON NASUTUS COLETADO NO PONTO12 POR REDE DE ARRASTO NA MARGEM DIREITA EM 05/12/14. .. 45
FIGURA 35. APAREIODON AFFINIS COLETADOS NO PONTO 06 POR REDE DE ARRASTO NA MARGEM DIREITA EM 20/01/15. 45
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MONITORAMENTO DE ICTIOPLÂNCTON
1. APRESENTAÇÃO
Este relatório apresenta os resultados obtidos no Monitoramento do
Ictioplâncton no âmbito do serviço de Monitoramento da Comunidade de Peixes e
Ictioplâncton e de Transposição de Peixes nas usinas hidrelétricas Passo São João e São
José, localizadas entre os municípios de Roque Gonzales e Dezesseis de Novembro e
entre os municípios de Cerro Largo e Rolador, respectivamente, no noroeste do Estado
do Rio Grande do Sul, relativo ao Contrato Nº 1106140057.
As capturas foram realizadas nos respectivos períodos:
 1ª Campanha: 21/11 a 26/11 e 29/11 e 30/11, referente à campanha do
mês de novembro;
 2ª Campanha: 01/12 a 08/12, referente à campanha de dezembro de 2014.
 3ª Campanha: 19/01 a 27/01, referente à campanha de janeiro de 2015.
Todas realizadas em quatorze pontos de amostragem.
Também são apresentados os objetivos, procedimentos metodológicos
utilizados, a composição da assembléia de ovos e larvas de peixes por ponto amostral,
incluindo o estudo de sua distribuição espacial relacionada à sua abundância com alguns
fatores ambientais.
2. CARACTERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS
As Usinas Hidrelétricas Passo São João e São José, estão localizadas no rio Ijuí,
afluente do rio Uruguai, bacia do Prata, noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
A Usina Hidrelétrica Passo São João aproveita o potencial do rio Ijuí
abrangendo os municípios de Roque Gonzales, Dezesseis de Novembro, São Luiz
Gonzaga, São Pedro do Butiá e Rolador. É uma usina a fio d’água, com reservatório de
aproximadamente 20 quilômetros quadrados, constituída de uma barragem, que utiliza
um canal de adução para conduzir a água até a casa de força, de forma a aproveitar a
queda natural do rio Ijuí.
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A UHE São José, implantada também no rio Ijuí, entre os municípios de Cerro
Largo e Rolador, é uma usina a fio d’água na qual seu reservatório tem somente a
função de manter o desnível necessário para a geração de energia. Possui uma barragem
com casa de força incorporada, com uma potência instalada de 51 MW.
3. INTRODUÇÃO
O aproveitamento hidrelétrico pode modificar a integridade ecológica de
ecossistemas tropicais de água doce, pois as barragens transformam previsivelmente
rios contínuos em sistemas fragmentados (WARD & STANFORD, 1995).
Os reservatórios se comportam como sistemas intermediários entre rios e lagos
naturais, e ao longo de sua formação o ambiente passa de um estado lótico para uma
condição lêntica, surgindo mudanças nas características físicas e químicas da água,
culminando com o aparecimento de novos habitats e perda de outros (AGOSTINHO et
al., 2007). Assim, o controle artificial do fluxo das águas imposto pela construção de
um reservatório altera de forma significativa a composição e a estrutura das
comunidades de peixes (BAIN et al., 1988; GEHRKE et al., 1995; VEHANEM, 1997).
A intensidade e a natureza desses impactos ocasionados pelos represamentos
hidrológicos dependem das características da fauna local, dos padrões de migração e das
estratégias reprodutivas de cada espécie (AGOSTINHO et al., 2007).
Uma das maneiras de se avaliar os impactos causados pelos represamentos sobre
a ictiofauna local se dá através do levantamento de ovos e larvas de peixes da região.
Esses estudos são relevantes para o conhecimento global da biologia e sistemática das
espécies de peixes, particularmente, em seus aspectos relacionados à variação
ontogênica na morfologia, crescimento, alimentação, comportamento e mortalidade
(HEMPEL, 1973).
Além disso, estudos de Ictioplâncton aliados à avaliação da atividade
reprodutiva das populações de peixes em determinado ambiente permitem comprovar a
existência de desova, além de fornecerem evidências consistentes sobre a época de
desova, os locais de reprodução e os criadouros naturais (NAKATANI et al., 1997).
A época de reprodução geralmente é um período crítico quando os fatores
ambientais têm maiores probabilidades de atuarem como fatores limitantes. Os limites
de tolerância de ovos, larvas e indivíduos em estado de reprodução, geralmente são mais
estreitos do que para peixes adultos fora do período reprodutivo (ODUM, 1988).
Os fatores limitantes para a reprodução das espécies, do Alto rio Uruguai, são a
vazão, a temperatura da água (HERMES-SILVA, 2003) e o foto período (REYNALTETATAJE et al., 2003). A distribuição, ocorrência e qualidade do ictioplâncton
determinam a época e a intensidade do “Período Reprodutivo” da comunidade íctica nos
ambientes aquáticos. É necessário determinar o período reprodutivo e os locais de
desova para compreender a dinâmica reprodutiva das populações, possibilitando
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proteger essas áreas e mitigar os impactos sobre esses ecossistemas (NAKATANI, et
al., 2001).
Tais informações são importantes, já que servem de subsídios para um melhor
planejamento de medidas de proteção das populações de peixes, como por exemplo,
ações de manejo do ambiente, ainda são relevantes no que diz respeito à proteção às
áreas de desova e dos criadouros naturais, ação que possibilita a preservação da
ictiofauna local (HERMES-SILVA et al., 2012).
Sendo que, apesar da importância dessas informações, pouco se conhece sobre
as áreas de alimentação e de crescimento das larvas de peixes da região do médio rio
Uruguai, o que torna necessária a realização de mais estudos sobre as espécies desta
região, e demonstra a grande importância deste estudo.
4. OBJETIVO
O programa de monitoramento de Ictioplâncton tem por objetivo estudar a
distribuição e abundância de ovos e larvas de peixes a fim de identificar áreas de desova
e de criação das formas jovens, principalmente das espécies alvo do monitoramento de
migradores:
 dourado (Salminus brasiliensis),
 pintado-amarelo (Pimelodus maculatus),
 grumatã (Prochilodus lineatus),
 piava (Leporinus obtusidens) e
 voga (Schizodon nasutus).
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 Área de Estudo
As Usinas Hidrelétricas de Passo São João e São José, localizam-se no rio Ijuí.
A Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí possui uma superfície aproximada de 9.667 Km2,
possui formato aproximadamente triangular, com dimensão de 185 Km no sentido
Leste-Oeste. No sentido Norte-Sul a bacia tem maior dimensão na porção Leste, com
aproximadamente 110 Km, reduzindo gradativamente até 15 Km na porção oeste da
bacia, junto ao Rio Uruguai.
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5.2 Descrição dos Pontos Amostrais
As amostragens foram realizadas no período de 21/11 a 26/11 e 29/11 a 30//1,
referente à campanha do mês de novembro e no período de 01/12 a 08/12 referente ao
mês de dezembro de 2014, e no período de 19/01 a 27/01, referente ao mês de janeiro de
2015. Todas realizadas nos 14 pontos amostrais estabelecidos, conforme descrição a
seguir:
Ponto 01: (E: 690321,08; N: 6885099,96) - Rio Ijuí a jusante da UHE Passo
São João, no município de Roque Gonzales:





Trecho a montante do Salto Pirapó, próximo a Usina Pirapó;
Leito com cerca de 100 m de largura;
Baixa velocidade da água;
Substrato com pedras, areia e lodo;
Vegetação marginal em estágio médio de regeneração.
Figura 1. Trecho a jusante da UHE Passo São João, no ponto 01.
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Ponto 02: (E: 712909,25; N: 6880984,63) - Rio Ijuí a jusante do barramento
da UHE São Jose, nos municípios de Rolador e Salvador das Missões:




Leito com aproximadamente 80 m de largura;
Alta velocidade da água;
Vegetação marginal em estagio médio de regeneração;
Ausência de macrófitas.
Figura 2. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto 02.
Ponto 03: (E: 715571,87; N: 6881262,29) – Rio Ijuí a montante do
barramento da UHE São José, no município de Salvador das Missões, próximo à foz do
Arroio Alexandrino.



Leito com aproximadamente 150 m de largura;
Vegetação marginal em estágio inicial;
Baixa velocidade da água.
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Figura 3. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto 03.
Ponto 04: (E: 691172,82; N: 6887303,08) - Rio Ijuí a jusante do Salto Pirapó,
na alça de vazão reduzida da UHE Passo São João.



Trecho com cerca de três metros de profundidade;
Água clara, correnteza media;
Vegetação marginal em estágio médio.
Figura 4. Trecho da UHE Passo São José, no ponto 04.
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Ponto 05: (E: 690693,66; N: 6884642,83) - Arroio Lageado das Pedras,
primeiro afluente logo abaixo da barragem da UHE Passo São João.

Arroio com profundidade de ate 2m na foz, com água clara ou
barrenta, dependendo das condições do rio Ijuí;

Sem correnteza;

Vegetação marginal em estágio médio.
Figura 5. Trecho da barragem da UHE Passo São João, no ponto 05.
Ponto 06: (E: 692249,93; N: 6881869,17) - Rio Ijuí no reservatório da UHE
Passo São João.


Leito com cerca de 120 m.
Vegetação marginal em estagio médio e avançado.
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Figura 6. Trecho do reservatório da UHE Passo São João, no ponto 06.
Ponto 07: (E: 699848,89; N: 6879787,44) - Rio Ijuí no reservatório da UHE
Passo São João, no município de Roque Gonzales, próximo à foz do arroio Tigre.


Leito com cerca de 90 m de largura;
Vegetação marginal em estágio médio e avançado.
Figura 7. Trecho do reservatório da UHE Passo São João, próximo à foz do arroio Tigre, no ponto 07.
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Ponto 08: (E: 707115,66; N: 6880810,13) - Rio Ijuí na área do reservatório da
UHE Passo São João, no município de Rolador.


Leito com cerca de 200 m de largura;
Vegetação marginal em estágio avançado.
Figura 8. Trecho do reservatório da UHE Passo São João, no ponto 08.
Ponto 09: (E: 721738,54; N: 6881119,76) -Rio Ijuí na área do reservatório da
UHE São José, próximo à foz do arroio Encantado, município de Cerro Largo.



Leito com cerca de 100 m de largura;
Vegetação marginal em estagio inicial;
Baixa velocidade da água; presença de macrófitas.
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Figura 9. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto 09.
Ponto 10: (E: 726188,30; N: 6878547,07) - Rio Ijuí na área do reservatório da
UHE São José, localidade de Ressaca, município de Cerro Largo.


Leito com aproximadamente 100m de largura;
Vegetação marginal em estágio inicial.
Figura 10. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto 10.
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Ponto 11: (E: 728682,49; N: 6876364,56) - Rio Ijuí a montante do
reservatório da UHE São José, no município de Cerro Largo.



Leito com aproximadamente 100 m de largura.
Vegetação marginal em estágio inicial e médio de regeneração;
Baixa velocidade da água.
Figura 11. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto 11.
Ponto 12: (E: 726939,01; N: 6874189,00) - Rio Uruquá, afluente do rio Ijuí,
na margem esquerda, no município de Mato Queimado.



Leito com cerca de 40 m de largura;
Baixa velocidade da água;
Ausência de vegetação marginal.
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Figura 12. Trecho do rio Uruquá, no ponto 12.
Ponto 13: Rio Ijuí, entre os municípios de Entre-Ijuis e Ijuí.Neste ponto, para
definição do local de amostragem, serão avaliados os resultados obtidos para posterior
determinação como ponto amostral. Desta forma, na campanha referente ao mês de
novembro foi realizado coleta no local com as seguintes coordenadas: E: 775809;
N:6862119, enquanto que no mês de dezembro o local foi: E: 775330; N:6861996,
tendo sido repetido o mesmo local para Janeiro/15.




Rio de água corrente;
Vegetação marginal bem preservada;
Presença de muitos pescadores;
Leito com aproximadamente 50m de largura.
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Figura 13. Trecho do rio Ijuí, no ponto 13.
Ponto 14: Rio Ijuizinho, a montante da foz com o rio Ijuí. Seguindo o mesmo
procedimento do ponto 13, para definição do local de amostragem, serão avaliados os
resultados obtidos para posterior determinação como ponto amostral. Assim, na
campanha referente ao mês de novembro foi realizado coleta no local com as seguintes
coordenadas: E: 757014; N: 6861534, enquanto que no mês de dezembro o local foi: E:
756859; N: 6861384, tendo sido repetido o mesmo local para Janeiro/15.
Figura 14. Trecho do rio Ijuízinho, no ponto 14.
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5.3 Amostragem
As amostragens para obtenção de Ictioplâncton foram realizadas nos meses de
novembro e dezembro de 2014, e janeiro de 2015. Sendo que, cada uma teve a duração
de oito dias.
Foram utilizados dois diferentes equipamentos / métodos de captura, as
armadilhas luminosas e as redes pelágicas de arrasto, para aumentar o número de
organismos capturados e diminuir os efeitos de seletividade dos equipamentos.
O modelo de armadilha luminosa utilizado neste trabalho foi adaptado de
REYNALTE-TATAJE et al. (2012a), tendo sido confeccionada em um formato cônicocilíndrico, sendo a parte cilíndrica constituída por um tubo de PVC, tendo presa a esse
tudo uma rede do tipo cônica de 500 µm com um copo coletor na extremidade distal,
também de PVC. Na “boca” da armadilha (extremidade proximal) foi colocada uma
rede com 8mm entre nós para impedir a entrada de peixes de maior porte, vegetação e
outros materiais indesejados (Figura 15).
Figura 15. Modelo de armadilha luminosa utilizada. A seta vermelha, indica a posição da lâmpada de
LED, fixada no interior da armadilha.
A iluminação da armadilha foi proporcionada por uma lâmpada de LED (1W)
contendo três pequenas baterias em seu interior. Essa estrutura luminosa foi fixada na
parte proximal da armadilha na sua região central. A cor da lâmpada utilizada na
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armadilha foi a verde, considerada por REYNALTE-TATAJE et al. (2012a) a cor que
apresenta os melhores índices de captura de larvas.
As armadilhas luminosas foram instaladas no início da noite (19h) e retiradas
antes do amanhecer (05h). Essas foram colocadas uma na margem direita e outra na
margem esquerda do rio a uma profundidade média de 1,5m. A disposição destas foi
realizada de forma aleatória, garantindo que cada ponto amostral recebesse duas
armadilhas luminosas (Figuras 16 e 17).
Figura 16. Demonstração do processo de armação de armadilha luminosa, durante a 05ª campanha de
ictioplâncton
Figura 17. Demonstração do processo de retirada de armadilha luminosa, durante a 05ª campanha de
ictioplâncton.
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As redes pelágicas de arrasto que foram utilizadas eram do tipo cônicocilíndricas e possuíam uma tela de náilon de 500 µm presa pela sua extremidade
proximal, através de uma lona a um aro metálico que por sua vez se conecta por três
cordas a um cabo, tendo em sua extremidade distal um copo coletor de PVC.
No centro do aro metálico foi instalado um fluxômetro, para o calculo do
volume filtrado, conforme proposto por NAKATANI et al. (2001) (Figura 18).
Foram utilizadas duas redes pelágicas de arrasto, sendo amarradas/fixadas a um
bastão na frente do barco uma em cada lado, onde foram realizados três arrastos
superficiais, distribuídos da seguinte forma: um na margem esquerda, um no meio e um
na margem direita (Figura 19). Estes arrastos foram realizados no período noturno, com
duração de 15mim cada. Ao total de cada campanha foram obtidos 112 amostras de
500ml cada.
Figura 18. Modelo de rede pelágica de arrasto com fluxômetro.
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Figura 19. Arrasto de superfície com a rede pelágica de arrasto amarrada ao bastão. Observa-se as duas
redes sendo arrastadas ao lado do barco.
Todo material coletado foi acondicionado individualmente em frascos de 500ml
de polietileno, e em seguida, fixado em formalina a 4% para posteriormente ser
analisado em laboratório.
Em todos os pontos amostrais foram avaliados os parâmetros físico-químicos da
água, tais como: temperatura (°C), concentração de oxigênio dissolvido (mg/l), pH,
condutividade elétrica (µS/cm) e transparência com disco de Secchi (cm) - Figura 20.
Figura 20. Avaliação dos parâmetros físico-químicos da água.
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Em laboratório, as amostras estão sendo triadas e o Ictioplâncton sendo separado
do restante do material. Para separação de ovos e larvas, as amostras foram colocadas
em placas de Bogorovsob, e observada/analisadas microscópio estereoscópico com
câmera digital acoplada.
A Abundância de ovos e larvas foi padronizada para um volume de 10m³ para as
amostras coletadas com rede pelágica de arrasto, de acordo com NAKATANI et al.
(2001) e para as larvas capturadas com as armadilhas luminosas foram utilizados os
dados brutos encontrados, por se tratar de uma coleta passiva e não haver possibilidade
de quantificar o volume filtrado.
A identificação está sendo realizada utilizando a técnica de sequência regressiva
de desenvolvimento, conforme preconizado por NAKATANI et al. (2001), até o menor
táxon possível, utilizado como caracteres à forma do corpo, presença de barbilhões,
sequência de formação das nadadeiras, a posição relativa da abertura anal em relação ao
corpo, número de vértebras/miômeros e raios das nadadeiras.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO PARCIAIS
6.1 Distribuição espacial e temporal de ovos e larvas
Ao longo das três campanhas foram coletados um total de 336 amostras de
ictioplâncton, das quais 44% foram consideradas amostras positivas, ou seja, aquelas
onde foram observadas presenças de ovos e/ou larvas e 56% representaram amostras
não positivas, conforme Figura 21.
Figura 21. Número de amostras positivas e não positivas analisadas ao longo das campanhas de
Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015.
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Nessas amostras foram encontradas um total de 562 Larvas (70%) e 242 Ovos
(30%), distribuídas nos três meses de coleta (Tabela 01).
Tabela 1. Densidade de Ovos e Larvas distribuídas por ponto amostral ao longo das três campanhas
(Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015).
Pontos Amostrais
Número de Ovos
P01
P02
P03
P04
P05
P06
P07
P08
P09
P10
P11
P12
P13
P14
Total Geral
14
07
00
11
03
00
05
10
00
05
179
00
08
00
242
Número de
Larvas
01
28
60
09
01
22
06
49
179
11
61
131
2
2
562
As maiores densidades de ovos foram registradas na calha principal do rio,
especialmente no trecho do ponto 11, seguido do ponto 01, conforme Figura 22.
Figura 22. Densidade de ovos de peixes (Ind/10m³) por pontos amostrais ao longo das três campanhas
(Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015).
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Nos tributários, houve uma significativa redução na abundância de ovos em
relação a calha principal, sendo registrado a presença de ovos apenas nos pontos 07
(Arroio Tigre) e ponto 05 (Lageado das Pedras) (Figura 23).
Figura 23. Densidade de Ovos de peixes (Ind/10m³) por pontos amostral ao longo das três campanhas
(Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015).
Em relação à distribuição e abundância de larvas, a tendência foi inversa ao
observado na abundância de ovos, já que nos tributários foram registradas as maiores
densidades, em especial no trecho do ponto 09 (Arroio Encantado), seguido do trecho
do ponto 12 (rio Uruquá) (Figura 24).
Figura 24. Densidade de Larvas de peixes (Ind/10m³) por pontos amostral ao longo das três campanhas
(Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015).
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Na calha principal do rio, os pontos que registraram maiores densidades de
larvas foram os pontos 03, seguido do ponto 11 e ponto 08, conforme Figura 25.
Figura 25. Densidade de Larvas de peixes (Ind/10m³) por pontos amostral ao longo das três campanhas
(Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015).
No tocante da distribuição temporal verificou-se marcante sazonalidade na
abundância de ovos e larvas, com pico de abundância de ovos registrada no mês de
novembro/2014 e pico de abundância de larvas no mês de dezembro/2014 (Figura 26).
Figura 26. Densidade de Ovos e Larvas de peixes (Ind/10m³) distribuídas ao longo das três campanhas
(Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015).
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Em relação ao método de coleta, durante os três meses do presente estudo, o
método utilizando a rede de arrasto demonstrou mais eficiência com a captura de 427
larvas e 142 ovos, enquanto que a armadilha luminosa capturou 135 larvas e 100 ovos
(Figura 27).
Figura 27. Comparação da eficiência dos métodos de coleta de Ovos e Larvas de peixes distribuídas ao
longo das três campanhas (Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015).
Uma das hipóteses para justificar a maior abundância de Larvas (70%)
encontradas no presente trabalho, em relação aos Ovos (30%), está baseada na teoria
apresentada por Hahn (2000), sugerindo que os peixes reofílicos subiriam o rio Uruguai
para desovar próximo a região de Itá, no entanto, devido à alta velocidade de correnteza,
os ovos seriam carreados até as regiões do médio Uruguai, onde as larvas se criariam
nas lagoas marginais existentes nesta região.
A captura de ovos e larvas revelou a ocorrência de atividade reprodutiva em
todos os pontos amostrais, indicando que estes ambientes foram utilizados como locais
de desova por várias espécies de peixes.
A maior quantidade de ovos encontrados no ponto 11 no rio Ijuí, pode ser devido
às desovas de algumas espécies de peixes residentes no rio principal, que no período de
desova encontraram nessa área melhores condições para reprodução.
A presença de diferentes estágios de desenvolvimento das larvas, observadas
para várias ordens registradas nesse estudo, indicaram que as espécies utilizaram os
tributários como área de reprodução e de criação de formas jovens.
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Os estágios iniciais de desenvolvimento dos peixes, assim como os adultos,
apresentaram diferentes distribuições espaciais. Longitudinalmente, Baumgartner et al.
(2004) sugeriram que na zona lêntica do reservatório de Itaipu, no rio Paraná, a
composição do ictioplâncton é principalmente de espécies não migradoras. E nos
tributários e a montante do reservatório (zona fluvial), é composto por espécies
migradoras, ou seja, primeiramente a distribuição espacial do ictioplâncton estaria
sujeita ao comportamento reprodutivo dos adultos. Porém, a partir do momento em que
as larvas eclodem ou começam a apresentar movimentos próprios, fatores bióticos e
abióticos agem mais intensamente.
Na região do alto rio Uruguai a época de desova concentrou-se entre os meses de
novembro a janeiro, onde foi observado uma nítida influencia da elevação da
temperatura da água e da vazão dos rios para desencadear o início da reprodução dos
peixes (HERMES-SILVA, 2003), havendo ocorrência de ovos e larvas tanto no rio
principal como nos tributários (HERMES-SILVA, 2003; REYNALTE-TATAJE &
ZAMBONI FILHO 2008b), corroborando com os resultados desse trabalho.
Na bacia do rio Uruguai, um estudo sobre distribuição e abundancia de ovos e
larvas de peixes, realizado por Mantero & Fuentes (1987) na área de influencia da
barragem de Salto Grande (baixo Uruguai), mostrou que a atividade reprodutiva ocorre
entre os meses de outubro e março, com picos de desova nos meses de dezembro e
janeiro, além de evidenciar a importância para a reprodução dos trechos lóticos e a
montante do reservatório.
Os tributários estudados nas áreas de influências das UHE Passo São João e São
José revelaram uma tendência como locais alternativos de desova e de criação de larvas
de várias espécies da região. Desta forma, torna-se evidente a importância de preservar
esses ambientes, como forma de manter a integridade da fauna íctia.
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6.2 Ovos e Larvas e a relação com os fatores abióticos
A Tabela 02 apresenta os valores dos parâmetros ambientais registrados durante
o período de estudo nos diferentes pontos de amostragem.
Tabela 2. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água nos diferentes pontos amostrais nas
três campanhas (Nov./Dez. 2014 e Jan. 2015).
Pontos
amostrais
P01
P02
P03
P04
P05
P06
P07
P08
P09
P10
P11
P12
P13
P14
PH
7,08
7,18
7,33
7,22
7,32
7,49
7,42
7,34
7,33
7,21
7,21
7,33
6,93
6,89
Monitoramento do Ictioplâncton
Parâmetros físico-químicos
Condutividade
Temperatura
OD
(µS/cm)
(°C)
(mg/l)
59,73
25,5
12,4
53,06
25,7
10,9
54,02
27,3
8,9
53,43
26,9
9,8
91,73
25,7
11,3
53,86
27,8
10,0
53,56
28,3
8,9
52,96
26,5
10,0
53,63
26,1
8,4
54,06
25,6
9,9
52,73
25,5
10,8
44,30
28,5
8,7
51,90
26,0
10,4
51,83
26,2
9,7
Transparência
(cm)
33
43
47
48
56
44
48
48
35
35
33
54
33
41
Os valores médios de temperatura da água variaram de 25,5°C a 28,5°C, sendo
que os maiores valores foram registrados nos tributários (P12 – rio Uruquá; P07 –
Arroio Tigre). O mesmo pode ser observado para os valores de condutividade elétrica
que variaram de 44,3 µS/cm no ponto 12 a 91,73 µS/cm no ponto 05 (Lageado das
Pedras).
Em relação à transparência da água, os pontos localizados nos tributários
apresentaram os maiores valores, sendo o menor valor 33 cm nos pontos 01; 11 e 13
localizados no rio principal e o maior 56 cm no ponto 05 (Lageado das Pedras).
Os valores de OD variaram de 8,4mg/l encontrado no ponto 09 (Arroio
Encantado) a 12,4mg/l no ponto 01 (jusante da UHE Passo São João).
No que se refere à temperatura da água, de modo geral, os pontos localizados
nos tributários apresentaram valores mais elevados que os do rio principal, o que
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também pode ser observado para a abundância de larvas em alguns pontos de
amostragem, como observado no ponto 12 (rio Uruquá).
A maior concentração de larvas nos tributários pode ser explicada, como
sugerida por Zamboni-Filho & Schulz (no prelo), que nessa região o rio Uruguai se
encontra num vale encaixado e sem áreas de inundação, sendo frequentes que chuvas
nas partes altas provoquem uma rápida elevação no nível do rio, represando a foz dos
afluentes. Essas áreas represadas, com baixa correnteza e elevado tempo de residência
na água, possibilitam a decantação do material de suspensão e a elevação da
transparência, favorecendo o desenvolvimento planctônico e criando condições
favoráveis ao desenvolvimento de formas jovens.
A relação de fatores ambientais com a distribuição de ovos e larvas de peixes
tem sido demonstrada em muitos trabalhos (CAVICCHIOLI, 2000; NAKATANI et al,
2001; BAUMGARTNER et al. 2004; SANCHES et al, 2006). A ocorrência das larvas
correlacionada com altas temperaturas na bacia do rio Paraná, tem sido documentada
por vários autores: Baumgartner et al., 1997; Cavicchioli et al., 1997 e Bialetzki et al.,
2002.
Baumgartner et al. (1997) também verificaram uma relação direta entre a
abundância de larvas e o pH, discutindo que embora o mecanismo de ação do pH no
processo reprodutivo seja desconhecido, de alguma maneira, esta variável deve atuar
induzido à desova. Outra variável importante que apresentou relação com a densidade
de larvas foi o oxigênio dissolvido, que pode ter um papel relevante na escolha de locais
de desova, pois os ovos necessitam de altas concentrações de oxigênio para um
desenvolvimento satisfatório (WERNER et al., 2002).
As variáveis ambientais podem afetar indiretamente a comunidade de peixes,
influenciando nas respostas fisiológicas e comportamentais dos organismos e,
diretamente, afetando os padrões de distribuição e abundância das espécies
(VAZZOLER et al., 1997; REYNALTE-TATAJE et al., 2007). Variáveis como o
fotoperíodo, a hidrodinâmica do rio e a temperatura da água são essenciais na
ocorrência, densidade e crescimento dos peixes nos primeiros estágios de vida
(VLAMING, 1972; HUMPHRIES et al., 1999).
6.3 Áreas de desova e criação de ovos e larvas
Na região do alto rio Uruguai tem sido realizado diversos estudos avaliando a
influência das grandes usinas hidrelétricas nos locais de desova de peixes (HERMESSILVA, 2003; REYNALTE-TATAJE et al., 2003; ZANIBONI-FILHO & SCHULZ,
2003).
Segundo Hahn (2000) o alto rio Uruguai é uma grande área de desova, na qual
os peixes que se encontram no trecho médio migram para esta região para desovar
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buscando aproveitar a grande presença de corredeiras. Os ovos, então, derivariam
passivamente pelo rio até alcançar as áreas de inundação presentes no médio Uruguai
utilizando estes locais como áreas de crescimento de larvas. Nesse sentido, o alto rio
Uruguai abrigaria apenas áreas de desova, com o desenvolvimento embrionário e larval
ocorrendo durante o transporte passivo até os locais de criação situados no médio
Uruguai.
As áreas de criação de peixes são ambientes que normalmente apresentam baixa
correnteza, de modo a facilitar a baixa capacidade natatória das larvas, além de serem
locais que apresentam oferta de alimento para favorecer o crescimento. Um dos
principais entraves para a sobrevivência inicial das larvas é a primeira alimentação
exógena, pois a falta de alimento adequado pode afetar o crescimento das larvas,
prolongando o período da maior vulnerabilidade destas à predação, ou ainda, em casos
extremos causar a morte por inanição. Desta forma, a presença de áreas que sirvam de
berçários para as larvas que estão derivando no canal do rio são de grande importância
para a sobrevivência das mesmas.
Na região do alto rio Uruguai ainda é desconhecido os locais onde se
desenvolvem os primeiros estágios das espécies de peixes. Estudos comprovam a
existência de áreas de desova na região (HERMES- SILVA, 2003; REYNALTETATAJE et al. 2003), contudo a ausência das áreas de inundação ou lagoas marginais
nesta parte da bacia sugere a possibilidade de que não existam áreas de criação no alto
rio Uruguai.
A determinação de locais de desova e crescimento é um dos principais desafios
quando se avalia a comunidade íctia de uma determinada bacia (KING, 1995;
NAKATANI et al, 2001; WERNER, 2002). Para determinação de tais locais se faz
necessário um gradiente maior de informações, contudo, até o momento, os resultados
parciais revelam que os trechos do rio Ijuí referente ao ponto 11 e ponto 1 indicam
tendência a área de desova, devido ao registro de 179 ovos no ponto 11 e 14 ovos no
ponto 01. Da mesma forma, os pontos 09 (Arroio Encantado) e ponto 12 (rio Uruquá)
apresentaram 179 e 131 larvas, respectivamente, podendo ser observada como área de
criação e crescimento.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGOSTINHO, A. A., GOMES, L. C & PELICICE, F. M. 2007. Ecologia e manejo de
recursos pesqueiros em reservatórios do Brasil. Maringá: EDUEM, 501 p.
BAIN, M. B., FINN, J. T. & BOOKE, H. E. 1988. Stream flow regulation and fish
community structure. Ecology, 69 (2): 382-392.
BAUMGARTNER G, NAKATANI K, CAVICCHIOLI M, et al (1997) Some aspects
of the ecology of fish larvae in the flood plain of the high Paraná river, Brazil. Revista
Brasileira de Zoologia 14(3): 551-563.
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8. ANEXOS
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Anexo Fotográfico de Ovos e Larvas
Figura 28. Gymnogeophagus sp. coletado no ponto 06 pela Armadilha Luminosa na margem esquerda
em 25/11/14.
Figura 29. Pimelodella sp. coletada no ponto 02 por Arrasto na margem direita em 23/11/14.
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Figura 30. Loricariichthys anus coletada no ponto 03 pela Armadilha Luminosa na margem esquerda em
23/11/14.
Figura 31. Hoplias gr. lacerdae coletada no ponto 09 por rede de arrasto na margem direita em 22/11/14
.
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Figura 32. Ovos semi-densos coletados no ponto 04 pela Armadilha luminosa na margem esquerda em
27/11/14.
Figura 33. Ovos densos e semi-densos coletados no ponto11 por rede de arrasto no meio em 21/11/14.
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Figura 34. Schizodon nasutus coletado no ponto12 por rede de arrasto na margem direita em 05/12/14.
1
Figura 35. Apareiodon affinis coletados no ponto 06 por rede de arrasto na margem direita em 20/01/15.
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Anexo 2 Relatório Parcial de Monitoramento Ictioplâncton