Evento promove leitura do texto “Os Crimes
do Preto Amaral”
Veículo: DPESP
Data: 15/12/2011
A Defensoria Pública de SP e sua Ouvidoria-Geral realizaram nesta quinta-feira
(15/12) a leitura dramática do texto de “Os Crimes do Preto Amaral", do
dramaturgo e diretor Paulo Faria. O evento, realizado no Auditório da sede da
Defensoria, destinou-se a Defensores e ao público interessado, com o objetivo de
discutir temas relacionados à discriminação, ao preconceito e à intolerância.
Participaram da leitura do texto o elenco do espetáculo Cine Camaleão – A Boca
do Lixo, também da companhia teatral Pessoal do Faroeste: Mel Lisboa, Beto
Magnani, Juliana Fagundes, Lorenna Mesquita, Roberto Leite, Thais Aguiar, Higor
Vasconcelos, além da participação especial de: Daniel Alvim, Neusa Borges, Bri
Fiocca e Rogério Brito – atores da montagem original.
Clique aqui para acessar o site da companhia Pessoal do Faroeste.
Tatiana Belons Vieira, coordenadora auxiliar do Núcleo de Combate à
Discriminação, Rascimo e Preconceito da Defensoria, disse se tratar de uma
ótima oportunidade para “discutir a peça que possui como conteúdo de fundo o
preconceito e a intolerância”.
O evento foi organizado pela Ouvidoria-Geral da Defensoria, com apoio da Escola
da Defensoria Pública (Edepe) e do Instituto de Defesa do Direito de Defesa
(IDDD).
Saiba mais sobre “Os crimes do Preto Amaral”
Fonte: http://www.pessoaldofaroeste.com.br/espetaculos_preto_amaral.html
SINOPSE
Inspirada na clássica história de Orfeu, a peça relata os crimes cometidos na
década de 20 por aquele que é considerado o primeiro serial killer brasileiro,
Preto Amaral.
Na São Paulo da década de 20, Eurídice é uma jovem advogada contrária à
doutrina da eugenia, defendida pelo clã de Dr. Apollo de Freitas, propagador da
idéia da eugenia no Brasil. Dr. Apollo é pai do médico Dr. Orfeu de Freitas, e
noivo de Eurídice. No dia do casamento do casal, a jovem advogada fica sabendo
do caso de Preto Amaral e, indignada com o fato do homem não ter tido uma
defesa e ser pré-julgado, assim que retorna da sua lua de mel, resolve assumir o
caso,
indo
contra
seu
marido.
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SOBRE
A
PEÇA
Inspirado no mito grego de Orfeu, a peça Os Crimes do Preto Amaral estreou no
dia 6 de outubro de 2006. A montagem também inaugurou a Sede Luz do
Faroeste, espaço da Cia Pessoal do Faroeste, que instala sua sede no bairro de
Campos Elíseos, próximo à Estação da Luz/Marechal Deodoro e o Centro, regiões
cada vez mais efervescentes culturalmente.
Projeto selecionado pelo edital de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo
/ 2006 da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, Os Crimes do
Preto Amaral teve apoio do Museu da Energia, Fundação da Energia e
Saneamento, FUNAP (Fundação de Amparo ao Preso) e o IDDD (Instituto de
Defesa ao Direito à Defesa).
O ponto de partida para a montagem de Os Crimes do Preto Amaral foi a tese
apresentada por Paulo Fernando de Souza Campos em seu doutoramento na
Universidade Estadual Paulista – UNESP. O estudo analisou crimes ocorridos na
passagem de 1926 para 1927, atribuídos a José Augusto do Amaral (que morreu
sem ser julgado) e conclui que o fato de o acusado ser negro contribuiu para sua
condenação. Na época, muitos acreditavam que os negros e os pobres eram
violentos e tinham herdado essa característica de seus antepassados.
Mentalidade desenvolvida a partir do darwinismo social que culminou no nazismo.
Curiosidade é que o caso envolvendo os crimes de Preto Amaral está no Museu
do Crime, da Usp.
Os únicos personagens históricos reais do espetáculo são Preto Amaral e as mães
das vítimas de seus crimes. O restante é inspirado em figuras que fazem parte da
história de Orfeu e personagens da história de São Paulo. Os crimes
supostamente cometidos, na vida real, por Preto Amaral são recriados a partir da
novela de suspense escrita pelo personagem Hemineu - um jornalista amigo do
casal. Notícias sobre os crimes também servem como base para a peça. As cenas
acontecem como flashback e vão se sobrepondo.
Durante a fase de produção da montagem, o grupo aproveitou o tema da peça
para desenvolver oficinas artísticas, no Museu da Energia, com ex-presidiários e
população carente da região. Dessas oficinas foram selecionados o estagiário de
produção do espetáculo, o eletricista e o segurança do espaço.
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FICHA TÉCNICA
Direção geral e dramaturgia
Paulo Faria.
Elenco
Adão Filho, Álvaro Franco, Bri Fiocca, Charles Braun, Daniel Morozetti Eduardo
Gomes, Ênio Gonçalves, Erika Altimeyer, Igor Kovalewski, Iratã Rocha, Isadora
Ferrite e Sílvia Borges.
Músico
Pedro Birenbaum.
Co-diretor
Iarlei Rangel.
Direção Musical e preparação vocal
Carlos Bauzys e Denise Venturini. Iluminação – Lúcia Chedieck.
Cenografia e figurino
David Schumaker.
Sonoplastia
Jorge Peña.
Supervisão Histórica
Dr Paulo Campos.
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