AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL E
ANTROPOMETRIA DE
ADULTOS II
IMC
CLASSIFICAÇÃO
Magreza grau III
Magreza grau II
Magreza grau I
Médio
Sobrepeso
Obesidade I
Obesidade II
Obesidade III
IMC (Kg/m2)
 16,0
16,0 – 16,9
17,0 – 18,4
18,5 – 24,9
25,0 – 29,9
30,0 – 34,9
35,0 – 39,9
 40,0
IMC PARA
IDOSOS
IMC (Kg/m2)
 22
22 - 27
 27
Lipschitz, D.A., 1994
CLASIFICAÇÃO
Magreza
Eutrofia
Excesso de peso
IMC
Apesar de no âmbito epidemiológico o
valor do IMC ser utilizado como
importante indicador de composição
corporal, sua interpretação no contexto
individual deve ser feita com cautela:
•Os valores de IMC são uma manipulação
matemática;
IMC
Apesar do acúmulo de gordura corporal
aumentar o peso total e por sua vez, os
valores de IMC, o peso excessivo pode
ser composto por massa livre de
gordura;
Nesses casos, torna-se necessária a
associação de outros parâmetros
antropométricos que permitam
estabelecer estimativas das frações de
gordura e de massa isenta de gordura ou
massa magra;
IMC
Em indivíduos grande quantidade de
gordura corporal, verifica-se que o maior
valor de IMC é altamente associado à
gordura corporal;
Portanto, na falta de informações sobre
a quantidade de gordura corporal, apesar
das suas limitações, o profissional de
saúde poderá utilizar o valor de IMC
como indicador da composição corporal;
IMC
Classificação de IMC e risco de comorbidades
CLASSIFICAÇÃO
IMC
Normal
Pré-obesidade
Obesidade grau I
Obesidade grau
II
Obesidade grau
III
18,5 - 24,9
25,0 - 29,9
30,0 - 34,9
35,0 - 39,9
RISCO DE
COMORBIDADE
Médio
Aumentado
Moderado
Severo
> 40,0
Muito severo
IMC
Classificação da obesidade pela
associação de medidas antropométricas
Classificação
% de
adequação
do Peso Atual
IMC
Sobrepeso
110 - 120%
25,0 28,0
Obesidade grau I 120 - 150%
28,0 35,0
Obesidade grau II 150 - 200%
35,0 -
% Gordura
Corporal Total
(GCT)
Homens >
25%
Mulheres >
30%
Homens >
30%
Mulheres >
40%
Homens >
CIRCUNFERÊNCIAS
As medidas das circunferências em regiões
específicas do corpo são indicadas quando:
•O avaliado apresentar quantidade de
gordura corporal excessivamente elevada, o
que faz as espessuras de dobras cutâneas
ultrapassarem o limite recomendável que
possa assegurar medidas de boa qualidade (
40mm);
•Quando o objetivo é reunir informações
direcionadas ao padrão de distribuição
regional da gordura corporal.
CIRCUNFERÊNCIAS
Vantagens:
• Simplicidade;
• Facilidade;
• Aceitabilidade.
Desvantagens:
• Demonstra fragilidade como variável
preditora da quantidade de gordura corporal
em razão de suas dimensões incluírem outros
tecidos e órgãos além do tecido adiposo.
CIRCUNFERÊNCIAS
Padrão da distribuição
regional da gordura
corporal
Disfunções
metabólicas e
cardiovasculares
Compli
cações
para a
saúde
Maior acúmulo de
gordura na região
central
CIRCUNFERÊNCIAS
Pontos a serem observados:
 Uso de fita métrica inextensível e não
elástica;
 Realização de medidas seriadas pelo
mesmo observador (triplicata);
 Cuidados para evitar compressão do
tecido adiposo subcutâneo no momento
da medição;
 Posicionamento correto da fita.
CIRCUNFERÊNCIAS
O maior acúmulo de Gordura na região
central do corpo – padrão centrípeto de
distribuição regional de gordura corporal –
é caracterizado pela maior quantidade de
gordura nas regiões do tronco,
principalmente no abdômem, e
relativamente menor quantidade de
gordura nas extremidades.
CIRCUNFERÊNCIAS
O padrão periférico da distribuição de
gordura corporal é definido pelo maior
depósito de gordura nas extremidades,
sobretudo nas regiões dos quadris, glútea
e da coxa superior em relação ao tronco.
CIRCUNFERÊNCIAS
A concentração de gordura visceral,
independente da gordura corporal total, é
um fator de risco para doenças
cardiovasculares e diabetes mellitus.
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
• Identifica a distribuição da gordura
•
como um indicador de risco. A proporção
da circunferência da cintura e do quadril
(RCQ) diferencia a obesidade andróide e
ginecóide.
Índice de relação entre circunferências
do abdômeM e quadril (RCQ) ou (WHR =
waist-hip ratio) para testar o risco de
desenvolver doenças relacionadas à
obesidade.
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
CONSIDERAÇÕES:
De acordo com estudos publicados, existe
uma relação entre a distribuição da gordura
corporal com a maioria dos problemas de
saúde nos seres humanos. Existem relatos de
que a obesidade seja responsável pelo
aparecimento de doenças crônicas e por 1520% das mortes anualmente. Exemplos:
doenças renais, de fígado, artrites, problemas
cardíacos, câncer de cólon e diabetes.
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
Tipo ANDRÓIDE (tipo maçã)
Classificação de obesidade caracterizada pelo
acúmulo de gordura na região abdominal,
localizada tanto entre os órgãos quanto na
região subcutânea. Obesidade de membros
superiores ou obesidade do "baixo-ventre".
Maior morbidade e mortalidade do que
aquela gordura distribuída abaixo da
cintura. Ocorre com maior freqüência nos
homens.
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
Tipo GINECÓIDE (tipo pera)
Tipo de obesidade caracterizada pelo
acúmulo de gordura na região glúteofemoral (quadril, nádegas e pernas).
Conhecida como obesidade de membros
inferiores. Ocorre com maior freqüência
nas mulheres.
DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL
Tipo ANDRÓIDE (tipo
maçã)
Tipo GINECÓIDE (tipo pera)
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
A circunferência da cintura é determinada
no plano horizontal, no ponto coincidente
com a distância média entre a última
costela e a crista ilíaca. A medida é obtida
ao final de uma expiração normal, sem
compressão da pele. Este é o ponto
adotado pela OMS.
Crista ilíaca
Último rebordo costal
Última costela
Ponto médio para
medir a cintura
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA
E DO ABDÔMEM
Medida da cintura
Medida do abdômem
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
A circunferência do quadril é determinada
no plano horizontal, no nível de maior
protuberância posterior dos glúteos. Para
a realização da medida, o avaliador deverá
postar-se lateralmente ao avaliado.
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
WHR ou RCQ =
CC
CQ
Onde:
WHR ou RCQ = relação cintura quadril
CC = circunferência da cintura
CQ = circunferência do quadril
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
Tabela para zona de risco associada à RCQ
ALTO RISCO
RISCO
MODERADO
BAIXO RISCO
Fonte: Bjorntorpo, 1986
Homens
> 0,95
0,90 A 0,95
Mulheres
> 0,85
0,80 A 0,85
< 0,90
< 0,80
RELAÇÃO
CINTURA/QUADRIL
Pontos de corte para risco cardiovascular
RISCO DCV
Homens
> 0,90
Mulheres
> 0,85
Consenso Latino Americano de Obesidade, 1998
CIRCUNFERÊNCIA
DA CINTURA
• A circunferência da cintura tem
demonstrado ser um marcador mais
preciso de gordura abdominal do que a
RCQ, principalmente quando se deseja
observar alterações ao longo do tempo;
• Em estudos populacionais devemos
incluir sempre a Circunferência da
Cintura (CC) aos dados de IMC para
estabelecer diagnósticos;
CIRCUNFERÊNCIA
DA CINTURA
• Para todos os tipos de morbidades
estudadas (hipertensão,
hipercolesterolemia, AVC, diabetes, etc.)
houve uma correlação positiva entre o
aparecimento dessas patologias e o
aumento da CC.
CIRCUNFERÊNCIA
DA CINTURA
Referência para risco e complicações
metabólicas da obesidade a partir da CC
SEXO
Masculino
Feminino
Fonte: OMS, 1998
CC
CC MUITO
AUMENTADA AUMENTADA
94cm
102cm
80cm
88cm
CIRCUNFERÊNCIA
DA CINTURA
• A circunferência da cintura (ou
•
abdominal) se correlaciona melhor com
o risco de doença cardiovascular do que
a relação cintura/quadril;
Estas medidas, entretanto, incluem
gordura subcutânea cujo papel na
etiopatogenia da síndrome metabólica
ainda é desconhecido.
EXEMPLO:
Homem; 46 anos de idade; 84,2 Kg; 176cm
de altura; 104,5cm de cintura; 106,7cm de
quadril.
RCQ = 104,5 = 0,98
106,7
* Pelo RCQ o indivíduo apresenta alto risco
para a saúde.
EXEMPLO:
* A circunferência da cintura (104,5cm)
mostra um aumento da incidência de
disfunções crônico-degenerativas ao se
comparar com o ponto de corte
previamente estabelecido (102cm).
CIRCUNFERÊNCIA
DO BRAÇO
A CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) é o
parâmetro nutricional antropométrico
recomendado pela OMS para a estimativa
da proteína muscular esquelética total.
Representa a somatória das áreas
constituídas pelos tecidos ósseo, muscular
e gorduroso do braço.
CIRCUNFERÊNCIA
DO BRAÇO
 Essa medida é complementar e
depende do objetivo da proposta – como
por exemplo, a área muscular do braço
utilizando-se a dobra cutânea do tríceps;
 Pode ser utilizada como indicador
isolado de magreza ou adiposidade
quando se utiliza os percentis.
CIRCUNFERÊNCIA
DO BRAÇO
Para a sua obtenção, o braço a ser
avaliado deve estar flexionado em direção
ao tórax, formando um ângulo de 90º.
Localizar e marcar o ponto médio entre o
acrômio e o olécrano. Solicitar ao
indivíduo que fique com o braço estendido
ao longo do corpo com a palma da mão
voltada para a coxa. Contornar o braço
com fita no ponto marcado de forma
ajustada mas evitando a compressão da
pele ou folga.
PONTO
MÉDIO DO
BRAÇO
AFERIÇÃO DA
CIRCUNFERÊNCIA
DO BRAÇO
CIRCUNFERÊNCIA
DO BRAÇO
O resultado obtido é comparado aos
valores de referência (Frisancho, 1981).
Adequação de CB (%) = CB (aferida) x 100
CB p50
CIRCUNFERÊNCIA
DO BRAÇO
Valores médios de Circunferência do Braço
(CB) e Circunferência do Músculo do Braço
(CMB) no p50
SEXO
Masculino
Feminino
CB (cm)
29,3
28,5
CMB (cm)
25,3
23,2
CIRCUNFERÊNCIA
DO BRAÇO
Classificação dos resultados
90% a 110% Eutrofia
80 a 90 % Desnutrição leve
70 a 80 % Desnutrição moderada
< 70 % Desnutrição grave
Fonte: Blackburn G.L.; Thornton P.A.,
1979
CIRCUNFERÊNCIA DO
MÚSCULO DO BRAÇO
Esta medida avalia a reserva de tecido
muscular (sem correção da área óssea). É
obtida a partir do valor da CB e do valor da
DCT.
CMB = CB (cm) – (¶ x DCT (mm)  10)
Onde:
CMB = circunferência muscular do braço (cm)
CB = circunferência do braço (cm)
DCT = dobra cutânea triciptal (mm)
¶ = 3,14
CIRCUNFERÊNCIA DO
MÚSCULO DO BRAÇO
Adequação de CMB (%) = CMB (aferida)
CMB p50
x 100
Classificação da adequação para CMB
90% a 100% Eutrofia
80 a 90 % - Depleção
discreta ou desnutrição
leve
70 a 80 % Depleção moderada ou
desnutrição moderada
< 70 % Depleção severa ou
desnutrição grave
Fonte: Blackburn GL, Thornton PA, 1979
ÁREA DO MÚSCULO DO BRAÇO
CORRIGIDA (AMBc)
Esta medida avalia a reserva de tecido
muscular corrigindo a área óssea. Reflete
mais adequadamente a verdadeira
magnitude das mudanças do tecido
muscular do que a CMB (a CMB pode
superestimar a CB do homem em relação
à da mulher, uma vez que o úmero é
maior nos homens do que nas mulheres).
ÁREA DO MÚSCULO DO BRAÇO
CORRIGIDA (AMBc)
Homens:
AMBc (cm)² = [CB (cm) - ¶ x DCT (mm)  10] ² - 10
4¶
Mulheres:
AMBc (cm)² = [CB (cm) - ¶ x DCT (mm)  10] ² - 6,5
4¶
Onde:
AMB = área do músculo do braço (cm)²
CB = circunferência do braço (cm)
DCT = dobra cutânea triciptal (mm)
¶ = 3,14
ÁREA DO MÚSCULO DO BRAÇO
CORRIGIDA (AMBc)
Assume o braço e o compartimento muscular
como circulares apresentando um anel
simétrico de gordura na sua extensão. Os
valores obtidos de CB, CMB, AMB podem ser
correlacionados em termos de percentis em
tabelas propostas por Frisancho (1981), e
classificados de acordo com a tabela a
seguir:
ÁREA DO MÚSCULO DO BRAÇO
CORRIGIDA (AMBc)
Estado nutricional segundo a AMBc
NORMAL
CMB ou
AMBc
Percentil >
15
DEPLEÇÃO LEVE
DE MASSA
MAGRA/
MODERADA
Percentil entre
5 e 15
DEPLEÇÃO
GRAVE DE
MASSA
MAGRA
Percentil < 5
ÁREA DE GORDURA
DO BRAÇO (AGB)
Esta medida estima a reserva de tecido
adiposo a partir dos dados de AGB e das
dobras cutâneas (separadamente, ou a partir
do somatório das dobras). É calculada por
meio de fórmula e comparada com o padrão
Frisancho, 1981.
Valores > p90 são classificados como
obesidade.
ÁREA DE GORDURA
DO BRAÇO (AGB)
AGB (cm²) =
CB (cm) x [DCT (mm)  10] - ¶ x [DCT (mm)  10]²
2
4
NORMAL
AGB
Percentil >
15
DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO
LEVE/MODERADA
GRAVE
Percentil
entre 5 e 15
Percentil < 5
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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ANTROPOMETRIA DE ADULTOS