JOALHERIA AFRICANA
História da Arte: Arte e cultura Africana
Professora Elane Albuquerque
1 - JÓIAS ASANTE
Países e regiões como Etiópia,
Sudão, Ghana e território
Bantu, parte por causa das
heranças árabe e núbio –
egípcia, parte por que eram o
centro de um florescente
comércio de ouro,
desenvolveram e
aprimoraram, com alta
qualidade, a confecção de
jóias em ouro, que eram na
sua grande maioria destinadas
à corte ou cerimônias
religiosas. Também eram
confeccionados tiaras, anéis,
colares e braceletes para uso
pessoal.
Em Ghana, podemos ainda encontrar
maravilhosos exemplares da arte dos
ourives africanos, notadamente do
grupo étnico asante.
1 - JÓIAS ASANTE
Nesta região africana, o metal
que não é exportado para
outros países é utilizado para a
confecção de jóias para os
chefes das tribos. São jóias
decoradas com complicados
designs. A característica
principal da decoração asante
é a marcante repetição destes
designs. Características
também são as semi-esferas
protuberantes e pontudas,
muitas vezes confeccionadas
com um ouro mais macio e
leve que decoram as jóias
asante.
Os artesãos asante trabalham o metal desde o
século XIII, e se especializaram em fundição,
utilizando o processo da cera-perdida.
Cada chefe de uma tribo pertencente ao grupo
asante tem um ourives particular na sua pequena
corte.durante os séculos XVIII e XIX, a mais magnífica
corte era a de asantehene, denominação para o rei
do grupo asante.
Um dos objetos mais significativos era o disco
"portador de almas", elaboradamente decorado com
motivos radiais e espirais que remetem à arte
clássica.
2 - Jóias e religiosidade
Os orixás, as mães de santo,
o misticismo das religiões de
origem africana convivem
em harmonia com o
sagrado. Movimentos,
gestos, formas, cores,
sabores, odores e
indumentária são
componentes fundamentais
nos diversos rituais. Não há
distanciamento entre o
divino e o humano como em
diversas outras religiões.
Colares - Vários são confeccionados em
metal. Com elos, tiras ou outros
formatos. Eles são chamados de
“guias” e mais usados entre os adeptos
da umbanda. Levam também um
símbolo que pode ser uma estrela, um
machado, santos populares entre
outros. Alguns deles são ainda
adornados de contas vermelhas, pretas
e brancas. São objetos de proteção
para o corpo.
2 - Jóias e religiosidade
Fios de Contas
Conta – estrela principal das peças de
adorno africanas. É a designação de
tudo o que passe por um fio com o
objetivo de envolver o corpo.
•Seu sentido é fundamentalmente
religioso. São contas enfiadas,
originalmente, em palha-da-costa.
Atualmente são usados os fios de
náilon, cordonê ou outros.
•Podem representar uma hierarquia;
um rito de passagem; identificar
deuses, atividade desenvolvida ou
mesmo nações. Podem ser
encontradas em diversos materiais,
mais e menos nobres, de acordo com
a situação financeira de quem o usa,
mas a mais famosa e conhecida é a
miçanga. Essa conta também é usada
em outros trabalhos como o tear, que
apresenta desenhos coloridos muito
atraentes e significativos.
• Formato:
Pode variar muito. As mais conhecidas são as redondas, as
miçangas, que variam em tamanho. Há também as cilíndricas e
elípticas além das irregulares.
• Material:
Os mais valorizados são os naturais, “verdadeiros”, no entanto
a situação econômica obriga o uso de materiais alternativos e
sintéticos. Podemos ver o uso de vidro, massas, búzios, metais,
marfim, chifre, madeira, cerâmica, coral entre outros. Mesmo
os materiais reciclados estão ganhando espaço no Candomblé.
•Materiais nobres, como as bolas de filigranas de origem lusomuçulmanas, são patrimônio das africanas destinado a seus
descendentes e amigos queridos. A impressão é de que não
apenas o valor financeiro é levado em conta, mas também a
crença numa “energia” que fica nas peças e que possa ser
“distribuída”.
•Bastante conhecidas são as contas com que são feitos os
laguidibás, de chifre ou casca de coco, sempre na cor preta.
3 - Joalheria Dior - Arte primitiva Sul
Africana
4 - Influência no Design Brasileiro: A
Experiência da África Universal
África Universal é uma empresa integrante da
Incubadora da Universidade Veiga de Almeida
-, criada pela designer Anna Assis.
•As peças ganham vida e calor com o colorido
vibrante do âmbar, da turquesa, das miçangas, da
prata e de materiais “não convencionais” que
estão em brincos, colares e pulseiras,
exuberantes como os adornos africanos que tanto
fascinam os povos de várias regiões do mundo.
•Através da busca por inspirações que dialoguem
entre, joalheria, moda e design, a grife surge com
uma proposta inovadora no mercado,
desenvolver coleções que resgatam a história e as
raízes culturais de um povo que tanto influenciou
a cultura brasileira e mundial, seja nas artes, na
música, na dança ou na religiosidade.
•A cada ano a designer apresenta novas coleções,
buscando sempre inspiração em suas raízes. Para
2009 a artista já está preparando a coleção “AfroBrasileiros”.
•Coleção “Mãe África – Berço da
Humanidade” inspirada nas tribos Massai e
Ashanti, povos que têm jóias e adornos
fortemente presentes nas suas culturas.
Referências
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http://www.joia-e-arte.com.br
http://www.infojoia.com.br
http://africauniversal.com.br
http://www.wikipedia.org/
http://www.historiadajoalheria.com.br
http://www.dadobox.net/jobs/annaassis/joia4.2.php
http://tudosetransformarj.blogspot.com/2009/06/joias
-de-cultura-africana.html
• http://www.joiabr.com.br/noticias/n030709b.html
• http://angola-africa.forum-ativo.com/a-moda-e-ostrajes-angolanos-f47/moda-africana-tecidos-e-panostradicionais-t116.htm
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