Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita
Ano XXI
nº 295
Setembro / 2014
Campanha Salarial 2014
Luta pelos 8% segue
firme nas fábricas
Com o acordo fechado com a Midea Carrier, cerca de 75% da categoria já tem assegurado o reajuste reivindicado
A luta pelos 8% de reajuste aos trabalhadores/as metalúrgicos/as de Canoas e Nova Santa Rita
não para. Nesses quase cinco meses de campanha salarial, nosso sindicato aumentou a pressão com
mobilizações que incluíram atrasos na pegada e paralisações de algumas horas ou em turno integral em
frente às fábricas da região, onde foram realizados cafés e almoços em acampamentos improvisados. A
pressão deu certo. O resultado é o aumento do número de acordo fechados e da porcentagem de
trabalhadores que já recebem o
reajuste. Hoje, cerca de 75% da categoria já conquistou os 8%, o que
representa o equivalente a mais de
oito mil trabalhadores/as beneficiados.
As mobilizações da nossa
entidade vão além do reajuste salarial.
Na porta das fábricas, buscamos mais
atenção à saúde dos trabalhadores, às assistências que todos têm direito, ao diálogo, às participações na
PLR das empresas, à valorização e a progressão de todos os trabalhadores. “Vamos continuar com o
compromisso de avançar nas conquistas, mesmo que seja necessário ir de porta em
porta para isso”, resumiu Paulo Chitolina, presidente do sindicato.
Trabalhadores/as da
Midea conquistam aumento
Depois de inúmeras mobilizações
na porta da empresa e reuniões com a
direção da Midea Carrier, foi selado no dia
17 de setembro um acordo no qual a empresa concorda em reajustar os salários da
grande maioria dos seus funcionários em
8%, retroativo a 1º de maio. Cerca de 700
trabalhadores/as serão beneficiados pelo
reajuste. Os demais - que ganham salários
acima do teto da Previdência Social (R$
4.390,24) - por imposição patronal, receberão apenas a inflação no período (5,82%).
Veja esclarecimento ao lado.
Para comunicar e referendar a
aprovação do reajuste, o sindicato realizou
na manhã do dia 18 uma assembleia em
frente à fábrica.
ESCLARECIMENTO:
Embora o sindicato nas campanhas salariais seja contrário a reajustes
diferenciados, enfim, lute para que o reajuste salarial seja igual para todos, na mesa de
negociações os patrões impõem o chamado
“teto”, sob o argumento de que todos que
ganham relativamente bem são “cargos de
confiança” das empresas e, portanto,
podem negociar melhores salários diretamente com elas, o que não acontece. Assim,
acabam deixando de fora do reajuste maior
um bom número de trabalhadores que nem
chefias são. É uma estratégia patronal para
dividir ainda mais a nossa classe. Esse
acordo salarial com a Midea Carrier é,
infelizmente, mais um exemplo.
Na Urano, trabalhadores/as
dizem SIM por um salário melhor
Na manhã do dia 17, nosso sindicato esteve em frente
à Urano, em Canoas, para distribuir boletins informativos e
pressionar a direção da empresa a conceder os 8% de reajuste.
A empresa é uma das poucas que insiste em seguir as
orientações da patronal referente ao reajuste. A fábrica pertence
a um ex-presidente do sindicato patronal e a uma candidata
“progressista” ao Senado Federal, que na propaganda política
diz sim a avanços para melhorar a vida dos gaúchos, mas na
empresa diz não ao reajuste e a outras reivindicações de seus
empregados.
Trabalhadores de cinco
pequenas empresas continuam
na luta pelo reajuste
Na manhã
da terça-feira, 23 de
setembro, cerca de
150 trabalhadores/as
de cinco pequenas
empresas situadas
na Av. Berto Círio, em
Canoas, cruzaram
simultaneamente os
braços em frente ao
condomínio onde
três delas estão
localizadas.
Um atraso na pegada foi o protesto promovido
para mostrar aos patrões da Bucher Hidráulica,
Refrex, Master Energia, e das vizinhas Raisman
e Siverst, o inconformismo com os baixos
salários e com o reajuste rebaixado imposto pelo
sindicato patronal. A exemplo de 75% da categoria, os funcionários das cinco empresas também
querem o reajuste de 8%, além de melhorias nos
benefícios e nas condições de trabalho.
Até o fechamento desta edição, outras empresas havia manifestado a intenção de sentar para
tratar de um reajuste maior para seus funcionários. Assim, mais trabalhadores/as engrossariam
o número total de beneficiados.
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Jornal A Vez e a Voz do Peão - Setembro de 2014
SUCESSÃO SINDICAL
Nova direção do Sindicato toma posse
Os 40 diretores eleitos em julho passado foram oficialmente empossados
para o mandato 2014/2017 por representantes da CUT e da CNM
Na noite do sábado, 13 de setembro, os metalúrgicos de Canoas e Nova
Santa Rita deram mais um decisivo passo no rumo de um sindicato cutista ainda
mais inserido no chão das fábricas e parceiro dos movimentos sociais. Na ocasião,
os 40 diretores eleitos em julho passado foram oficialmente empossados para um
mandato de três anos pelo secretário de Política Sindical da Confederação Nacional
dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Loricardo de Oliveira, e pelo secretário de Políticas
Sociais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Henrique Pereira.
Na posse, nova direção foi apresentada para o público
Ginásio de Esportes ficou lotado de convidados
A solenidade de posse foi realizada no Ginásio de Esportes do sindicato e
teve a participação de aproximadamente 1.000 pessoas, entre associados,
dependentes e alguns convidados, entre os quais os advogados das assessorias
jurídicas, os presidentes ou representantes de vários sindicatos metalúrgicos da
Região Metropolitana e do interior do Estado, que ajudaram na eleição da Chapa 1, e
representantes de poderes públicos, como os deputados Nelsinho Metalúrgico e
Marco Maia, o senador Paulo Paim e a secretária de Desenvolvimento Social de
Canoas, Maria Eunice Wolf, que já fizeram parte da direção do sindicato e defendem
os interesses da classe trabalhadora nos poderes Legislatico e Executivo.
Paulo Chitolina, novo presidente, agradeceu a participação de todos os
metalúrgicos e metalúrgicas que votaram nas duas chapas concorrentes e disse que
agora é a hora de solidificar a unidade que a Chapa 1, cutista, tanto lutou para
preservar durante a campanha eleitoral. Também fez questão de lembrar que a nova
direção foi renovada em um terço, manteve o número de mulheres e deu mais
espaço para que jovens lideranças pudessem representar a categoria.
A posse foi precedida de um baile de chopp animado pela banda Fama
Festa Show até a madrugada do domingo.
Posse teve baile animado pela banda Fama Festa Show
Ex-dirigentes homenageados
Antes da solenidade de posse, foi feita uma homenagem a seis companheiros que deixaram a direção CUTista (veja fotos ao lado), deixando suas
vagas para novas lideranças e contribuindo para o processo
de renovação da diretoria.
Além da menção honrosa, foi entregue a eles uma
placa com mensagem de agradecimento pelo empenho e
pelos serviços prestados à entidade e à categoria metal
como dirigentes sindicais. São eles:
Ivan da Silva Pereira, o Vermelho, da Maxiforja
Joel Cláudio Américo, da Cegelec
Joel Marin Silveira, da Micheletto
Joel Américo
José Orlando Hernandez Ruiz, o Chileno, da Madef
Jurandi Lackmann da Silva, o Perereca, da Alstom
Nelson Luiz da Silva, o Nelsinho Metalúrgico, da Midea Carrier
Ivan Pereira
Joel Silveira
José Ruiz e Nelson da Silva
Jurandi da Silva
[email protected]
Jornal A Vez e a Voz do Peão - Setembro de 2014
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EDITORIAL
Pense bem antes de votar
Para não dar os reajustes reivindicados pelas categorias, a classe empresarial brasileira faz coro aos argumentos
pessimistas da grande mídia e de economistas conservadores, para quem o Brasil
vive uma crise que reduz o nível de confiança das empresas, afeta a produção, gera
demissões e trava investimentos.
Nova direção foi prestigiada por ex-dirigentes sindicais
“A nova direção quer ampliar a organização por local de
trabalho, agregar os parceiros que estão nas cipas e nas comissões de
fábrica, para lutar por políticas salariais e PLRs justas, lutar contra
o banco de horas, contra demissões imotivadas e arbitrárias, contra
a terceirização que exclui e tenta criar trabalhadores de segunda
classe e contra as tentativas patronais de tirar direitos consagrados
nos acordos coletivos e na CLT.
Vamos caminhar junto com outras entidades de luta por uma
sociedade mais justa, humana e igualitária, voltar a privilegiar lutas
nacionais, como a redução da jornada e o fim do fator
previdenciário, e cobrar de nossos representantes em governos e
parlamentos posições firmes contra a terceirização sem limites e
contra qualquer tentativa de retrocesso nos direitos da classe
trabalhadora.
Vamos lutar a favor dos jovens que precisam de oportunidades
no mercado de trabalho, a favor dos direitos específicos das mulheres
e pelos desempregados e aposentados de nossa categoria.
Vamos continuar prestando contas financeiras e políticas, e
continuar investindo no patrimônio e na assistência aos associados e
dependentes.
Por fim, vamos lutar por leis que garantam a sustentação
financeira das entidades sindicais e a representação dos
trabalhadores nos locais de trabalho, sem onerar demais o bolso dos
trabalhadores e trabalhadoras de nossa base metalúrgica. Nosso
país está crescendo e precisamos avançar com ele.
Os trabalhadores e trabalhadoras precisam de empregos com
qualidade, saúde, segurança e educação, moradia e transporte
público decentes, mais qualificação profissional e oportunidades.
Enquanto direção, vamos lutar por tudo isso, vamos manter as
conquistas e avançar nos direitos”
Paulo Chitolina
Presidente do STIMMMEC
Há também o chamado “terrorismo econômico” promovido pela grande
imprensa e grandes corporações pertencentes ao sistema financeiro. A imprensa
insiste em afirmar que a inflação está sem
controle, embora os indicadores mostrem
que ela está, há anos, dentro das metas
pré-estabelecidas pelo governo. Recentemente, um grande banco privado enviou
aos seus clientes de alta renda texto
afirmando que o eventual sucesso eleitoral
da presidenta Dilma iria piorar a economia
do Brasil, com juros e dólar em alta e a
bolsa de valores em baixa.
Na verdade, o pessimismo e
terrorismo econômico tem um único objetivo: impedir que a presidenta se reeleja e,
em seu lugar, eleger um dos candidatos
que defendem a volta do passado. Embora
os governos de Lula e Dilma tenham sido
de coalizão com partidos conservadores, a
elite do país nunca se conformou com um
partido de esquerda ter rompido com mais
de 500 anos de dominação, tendo como
comandante um ex-operário e, agora, uma
mulher que outrora combateu a ditadura.
A elite não se conforma com o fim
de muitos privilégios antes exclusivos dela
e com os avanços sociais e trabalhistas dos
últimos 12 anos. Esperava que Dilma,
nestes últimos quatro anos, fosse diferente
de Lula, enfim, uma presidente mais tecnocrata, mas quebrou a cara. Dilma não só
manteve os índices de desemprego e
inflação baixos e controlados, e inúmeros
avanços sociais e trabalhistas, como
aperfeiçoou, ampliou e criou outros tantos,
como o Pronatec, o aviso prévio de 30 para
até 90 dias, a correção anual da tabela do
IR, a criação da certidão negativa de débito
trabalhista, a política de aumento real para
o mínimo até 2015, o sistema de inclusão
previdenciária para os trabalhadores de
baixa renda, o vale-cultura, o adicional de
periculosidade para os vigilantes, a isenção
do IR na PLR de até R$ 6 mil, a ampliação
de direitos para os empregados domésticos, a aposentadoria da pessoa com
deficiência e a expropriação de propriedades urbanas e rurais flagradas com trabalho escravo ou com o cultivo de drogas
como a maconha.
Aqui no Estado, não é muito
diferente. A elite, muito bem representada
pelos grandes meios de comunicação e por
entidades patronais do campo e da cidade,
não quer saber de governos que investem
em programas de inclusão social, valorizam o piso regional, investem pesado na
educação e na formação profissional,
dialogam com índios, pequenos agricultores e sem terra, dão microcrédito para
pequenos empreendedores, fecham
postos de pedágio e mantém uma relação
especial com o governo federal.
A elite também foi contra e não
repercutiu em seus veículos de comunicação o plebiscito que reivindica uma reforma
política em nosso país. Deu grande destaque ao plebiscito da separação da Escócia
do Reino Unido, que mobilizou pouco mais
de 3,6 milhões de pessoas, e praticamente
ignorou o plebiscito brasileiro, que teve a
participação de mais de 10 milhões de
pessoas. Por quê? Porque não interessa
mudar o que está bom para ela. Hoje,
segundo o Diap, mais de 70% dos parlamentares são vinculados a grandes empresas ou representantes do agronegócio. Dos
594 parlamentares (513 deputados e 81
senadores) eleitos em 2010, 273 são
empresários e apenas 91 parlamentares
são considerados representantes da classe
trabalhadora. Esses números são indicadores das causas do agravamento da crise de
representação política. Se os trabalhadores e as trabalhadoras são maioria da
população, por que não são nos parlamentos? E este é o motivo pelo qual inúmeros
projetos da classe trabalhadora – entre os
quais a redução da jornada, o fim do fator
previdenciário e a vinculação do aumento
do mínimo com o aumento dos aposentados – mofam nas gavetas do Congresso
Nacional.
Por tudo isso, sugerimos aos
trabalhadores e trabalhadoras de nossa
categoria que pensem bem antes de votar.
Vocês querem trocar o certo pelo duvidoso,
querem de volta ao poder partidos e políticos que lá atrás já tiveram a chance de
mudar o Brasil e não o fizeram? Querem de
volta a estagnação, o desemprego, os juros
altos? Querem que os Estados Unidos, o
FMI, os banqueiros, latifundiários e empresários dando as cartas em nosso país e em
nosso Estado? Você quer continuar tendo
um Congresso Nacional patronal, que não
atende aos interesses da maioria, com
políticos financiados por empresas e que,
por isso, votam contra os interesses da
classe trabalhadora?
Lembre-se: o seu voto é importan-
Cerca de mil pessoas prestigiaram a posse da direção
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Jornal A Vez e a Voz do Peão - Setembro de 2014
CONTRAPONTO
Derrotada, oposição mantém ataques,
mentiras e acusações sem provas
Infelizmente, tem gente que não sabe perder, não
se conforma com a derrota de goleada sofrida nas eleições
sindicais passadas. Em vez de fazer uma oposição responsável, continua adotando práticas e discursos da campanha eleitoral, mentindo para a categoria, acusando a
direção anterior e a atual de ser omissa quanto às demissões, de ser parceira dos patrões, de ter se beneficiado de
um suposto “aparelhamento da máquina do sindicato”, de
ter dirigentes favoráveis ao banco de horas, entre outras
barbaridades mais, que enganam somente quem se deixa
levar por mentiras e acusações sem provas e quem não
conhece as ações e práticas da nossa direção cutista.
A direção do nosso sindicato já está tomando
providências contra os autores dos ataques, mentiras,
acusações e outras manifestações caluniosas e difamatórias sem provas.
Chão de fábrica?
O próprio nome do boletim distribuído em
algumas fábricas é mentiroso. Como assim, “chão de
fábrica”? Durante a campanha salarial - que ainda se
mantém para que toda a categoria receba o reajuste de 8%
- os componentes da oposição que se dizem do chão da
fábrica não foram vistos nas mobilizações e nas assembléias nas portas das empresas, organizando os trabalhadores, participando dos acampamentos. Claro, a maioria está
fora das fábricas! Antes, dedicaram-se exclusivamente à
campanha eleitoral da chapa derrotada e agora estão se
dedicando às campanhas eleitorais de seus candidatos a
deputado, senador, governador e presidente da República,
inclusive da direita preferida dos patrões e que não respeita
a classe trabalhadora. E ainda, na maior cara de pau,
criticam as três correntes cutistas que formaram a chapa
vencedora, chamando-a de “saco de gatos”.
Demissões
Outra mentira publicada no boletim da CSPConlutas é dizer que o nosso sindicato está omisso diante
das demissões. A verdade é que, em todos os casos, o
nosso sindicato tentou mobilizar a categoria para impedir
ou conter as demissões em massa, inclusive na Justiça do
Trabalho. Quando isso não foi possível, tentou reduzir o
número de demissões, sugeriu a adoção de PDV nas
empresas onde trabalhadores/as estavam dispostos a sair,
tentou negociar férias coletivas, suspensão temporária dos
contratos de trabalho, enfim, tudo para frear, minimizar e
impedir as demissões. Quando as demissões não pude-
ram ser evitadas, o sindicato tentou negociar benefícios
rescisórios extras, como indenizações maiores e prorrogação dos planos de saúde para os demitidos e seus dependentes, entre outros.
Dois pesos, duas medidas
Lutar contra as demissões e por alternativas que
garantam os empregos é uma prática adotada pelos
sindicatos cutistas há muitos anos e que a a CSP-Conlutas
copiou. Um exemplo é São José dos Campos/SP, onde o
sindicato metalúrgico local é dirigido por esta central que se
diz dona da verdade. Lá, depois de muitas demissões, a
direção da entidade permitiu no mês passado a suspensão
dos contratos de trabalho de 930 trabalhadores da GM e
224 da Ford. A suspensão vale por cinco meses e quem vai
pagar parte dos salários dos trabalhadores envolvidos é o
governo que eles tanto criticam, dizendo que só dá benefícios e isenções para patrões.
Quer dizer, aqui criticam o nosso sindicato,
dizendo que ele não faz nada contra as demissões e a favor
da manutenção do emprego, e lá copiam a prática sindical
cutista, de tentar negociar a manutenção dos postos de
trabalho. Aqui, metem o pau no governo, dizendo que ele
só dá incentivos aos patrões, mas lá calam-se quando o
governo garante parte dos salários dos trabalhadores em
layoff. Aqui chamam os acordos de “política de parceria
com os patrões” e lá chamam de “negociação com os
patrões”. Isso se chama politicagem!
Eleições no sindicato
Enquanto a nova direção busca unificar a categoria, a oposição aposta na divisão, que é tudo o que os
patrões querem. Se vangloria de ter vencido por uma
pequena margem de votos (3%) em uma única fábrica e ter
perdido por outras pequenas margens de votos em outras
duas empresas, dividindo a categoria. É bem discurso de
perdedor.
A oposição continua apostando na divisão para
alcançar seus objetivos. E faz questão de esquecer que a
derrota foi por uma goleada de 3 a 1 (75% contra 25% dos
votos válidos) e que a votação da oposição foi pior em
relação à eleição de 2011, quando se saiu melhor, fazendo
1/3 dos votos válidos. Isso contando com o recente e forte
apoio de vira-casacas e traidores, que se escoraram na
estabilidade conquistada na federação metalúrgica CUTista, para, às vésperas, sair do armário e se bandear para o
lado da oposição.
Aparelhamento
Sem provas, a oposição acusa a Chapa 1 de ter
usado a “máquina” e o dinheiro da categoria para bancar a
estrutura da campanha eleitoral e se promover politicamente. A verdade é que a Chapa 1 contou com a solidariedade financeira de vários dirigentes sindicais cutistas do
Estado inteiro.
Quanto à promoção de confraternizações entre
trabalhadores de fábricas, elas aconteceram como acontecem em qualquer época do ano. Semanalmente, centenas
de companheiros e companheiras das fábricas se reúnem
para confraternizar e sempre as confraternizações são
bancadas pelos próprios interessados, que dividem as
despesas, bancam do próprio bolso a comida e a bebida
consumida.
Quanto aos bonés, camisetas, boletins informativos e outras peças publicitárias normais de uma campanha
eleitoral, foram bancadas também por cotizações e
doações dos próprios candidatos e apoiadores da chapa. A
Comissão Eleitoral – que, aliás, tinha representante da
oposição – fiscalizou e não encontrou nenhuma irregularidade que pudesse macular a eleição. A oposição distribuiu
(e continua distribuindo) seus caríssimos boletins produzidos em papel couché colorido, contratou um enorme
caminhão de som para falar mal da chapa 1 nas portas de
fábrica e teve outros gastos que certamente foram frutos de
cotização e doação de apoiadores. Se não conseguiu
competir com a Chapa 1 é porque não tinha muitos apoiadores ou foi incompetente para organizar isso.
Apoio político
Outro devaneio denunciado pela oposição em seu
boletim foram os apoios de políticos como o senador Paulo
Paim e os deputados estadual Nelsinho e federal Marco
Maia. Ora, estes companheiros são de Canoas, foram
dirigentes do nosso sindicato, presidiram a entidade,
fundaram a CUT, conhecem e confiam no trabalho das
direções CUTistas. Por que não poderiam apoiar a Chapa
1?
O que a oposição não explica até hoje é porque,
durante a campanha eleitoral, disse que a chapa não teria
vinculação política com ninguém, mas distribuía nas portas
de fábrica um jornaleco vinculado ao PSB. Também não
explica porque levava nas portas de fábrica candidatos do
PSTU e PV, e porque recebia apoio de outros partidos,
inclusive da direita (PP, DEM e PSDB) que vota contra os
interesses da classe trabalhadora lá no Congresso Nacio-
ESPORTE & LAZER
2ª Jornada Esportiva
tem inscrições prorrogadas
Interessados podem se inscrever até o dia 2 de outubro nas modalidades Futsal, Bocha e Boliche
O jornal A Vez e a Voz do Peão é uma publicação do
Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa
Rita - STIMMMEC
Endereço: Rua Caramuru, 330 - Centro - Canoas/RS - Fone DDG: 0800.6024955 Site: www.sindimetalcanoas.org.br - Email: [email protected] - Facebook:
/sindicato.metalurgicodecanoas - Colônia de Férias: (51) 3683.1819 - Presidente:
Paulo Chitolina - Vice-presidente: Silvio Roberto Lopes Bica - Secretário de
Imprensa: André Severo Soares (Índio) - Assessoria de Imprensa: Geraldo
Muzykant (Reg. Prof. n° 8658) e Rita Correa Garrido - OBS.: A reprodução total ou
parcial do conteúdo deste jornal é permitida desde que citada a fonte.
EXPEDIENTE
A 2ª jornada esportiva dos
metalúrgicos teve suas inscrições
prorrogadas. Interessados podem se
inscrever até as 19 horas do dia 2 de
outubro, data em que, em seguida,
também ocorre o sorteio das chaves e a
definição dos dias dos jogos.
As inscrições custam R$
20,00 por atleta e as fichas podem ser
encontradas no site do Sindicato ou
diretamente na secretaria da entidade.
O torneio, que tem previsão de
início para o dia 6 de outubro, irá contar
com as modalidades de Futsal
Masculino, Futsal Feminino, Bocha
Misto e Boliche Misto. Cada equipe
jogará uma partida por semana, a partir
das 18 horas. As premiações ocorrem
de 1ª ao 4ª lugar, goleador, goleiro
menos vazado, melhor técnico, equipe
disciplina, atleta destaque, bola de
ouro, prata e bronze, e para a seleção
do campeonato, com os melhores
jogadores entre todas as equipes. No
dia da final, em data a ser definida, será
feito um churrasco para todos os
participantes.
Mais informações pelo fone
9336.4664, com o Sr. Elton Scherer
(Faustão).
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