Entrevista
FÁBIO MEIRELLES quer política para que a
agropecuária possa enfrentar e superar desafios
Presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio de Salles Meirelles, defende, nesta entrevista, a criação pelo Governo de uma política agrícola definida para toda a cadeia
produtiva, adequada às características da atividade rural e planejada para médio e longo prazo. “Essa é a
única forma da agropecuária brasileira aumentar a produção, tanto em volume como em qualidade, cumprindo seu compromisso com o abastecimento e a segurança alimentar, além de continuar contribuindo
com a geração de emprego e renda para o país”, diz Meirelles, que preside também a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. Atuando há mais de 50 anos na representação da classe rural, Meirelles, que é
produtor de café e cana e criador de bovinos e eqüinos, focaliza, ainda, outros assuntos, com destaque para
o relativo à crise de rentabilidade que afeta os produtores.
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
RBR – Pode adiantar qual é, em linhas gerais,
o seu programa de trabalho à frente da CNA?
FÁBIO MEIRELLES - Diante da complexidade dos
desafios a serem enfrentados pelos diversos segmentos que compõem a atividade agropecuária
brasileira, a CNA propõe ao Executivo uma política
agrícola consistente de médio e longo prazo. Por
esse motivo trabalha com prioridades que possam
ser alcançadas respeitando os ciclos de expansão
e desenvolvimento inerentes à própria atividade.
Trabalhamos, nesse momento, com metas definidas para o período mínimo de quatro anos, entre
2007 e 2010. Entre essas prioridades, podemos
citar a redução das diferenças regionais, minimizando os desequilíbrios entre as diversas regiões
produtivas do País. Para atingir esta meta é de fundamental importância a união dos diversos níveis
do sistema de representação sindical do setor rural, os sindicatos rurais nos municípios e as federações da agricultura nos Estados. Fortalecidas,
essas entidades poderão atuar em conjunto com
associações, cooperativas e outras representações no efetivo acompanhamento do crescimento
da agricultura energética no Brasil.
Um controle mais rigoroso da sanidade animal
e vegetal está entre as prioridades, principalmente,
por ser um fator determinante para a competitividade do produto brasileiro e para o acesso a mercados.
Hoje, as exigências nas áreas de segurança alimentar
têm se tornado barreiras não-tarifárias à penetração
dos produtos do agronegócio do Brasil em mercados
importantes, como Estados Unidos e Japão.
Não podemos esquecer de questões ainda pendentes de solução definitiva, como o endividamento rural e a necessidade de um seguro rural eficiente, que
atenda efetivamente o produtor. A CNA está elaborando
um estudo para mapear a real capacidade de pagamento
dos produtores. Dessa forma, esperamos negociar um
reescalonamento das dívidas, que possa ser honrado
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Business Rural
pelos produtores. Outro gargalo que contribui decisivamente para a redução da rentabilidade do negócio rural
é a ineficiência da infra-estrutura e da logística de escoamento da produção agropecuária. Quanto mais precárias forem as estradas, quanto menos viáveis forem as
ferrovias e hidrovias, quanto mais inoperantes forem os
portos, maiores serão os custos da atividade e menor
será a competitividade do produto brasileiro.
RBR – Quais os principais problemas que os
produtores enfrentam atualmente?
FÁBIO MEIRELLES - O setor vem atravessando uma crise de rentabilidade nos últimos anos. Mesmo com boa
safra e produtividade, somadas à normalidade climática
Um controle mais
“
rigoroso da sanidade
animal e vegetal está
entre as prioridades
”
em praticamente todo o País, o produtor não conseguiu
ter boa rentabilidade. Este é o gargalo do processo produtivo. Se não houver o fortalecimento da cadeia produtiva do agronegócio, o produtor rural não poderá manter
a produção e muito menos aumentar a produtividade,
dificultando a sua permanência no campo.
Na verdade, vários processos impediram que a lucratividade ficasse com o produtor. Fornecedores de insumos, indústrias de equipamentos, máquinas, implementos e defensivos se anteciparam à eventual melhoria de faturamento na atividade agropecuária e ampliaram
os seus preços para ter mais lucratividade. É importante
ressaltar, no entanto, que faturamento é diferente de lucro. Houve uma transferência real de recursos do produtor para as indústrias de insumos, o que ajudou a corroer
um pedaço da lucratividade da atividade rural. Se o setor
não investisse em tecnologia para aumentar sua produtividade, estaria em situação ainda mais complicada.
O câmbio também tem impacto na produção
rural. Isso ocorre de duas formas: nos insumos e
nos preços do produto vendido. No caso dos insumos, com a apreciação do real, os preços dos fertilizantes e defensivos deveriam sofrer uma redução,
o que não vem acontecendo. Embora o câmbio não
contribua para diminuir o custo de produção, tem
prejudicado no preço de venda dos produtos brasileiros, classificados, em sua maioria, como commodities, cotadas em dólar, como soja, café, milho,
algodão e carne. O impacto cambial tem, de certa
forma, anulado o efeito positivo da valorização dos
preços internacionais das commodities, que estão
acima da média histórica. Esse aumento dos preços está ligado ao aumento da demanda da China e
da Índia por commodities, além da nova procura por
produtos agrícolas para uso na bioenergia.
O outro percalço enfrentado pelo produtor é a
questão da infra-estrutura. Quanto mais deficientes
e precários forem o transpor te e a logística, menos
o produtor recebe. O custo do escoamento da produção fica mais alto, diminui a qualidade do produto e somam-se as perdas que ficam pelo caminho.
A infra-estrutura afeta tanto na entrega de insumos
ao produtor, quanto no transpor te dos produtos das
fazendas aos centros consumidores ou por tos para
expor tação. Não se trata de transferência de renda, como acontece com os insumos. Neste caso,
ninguém ganha. Para que haja uma melhoria nesta
área, o Governo deve aplicar recursos ou criar regras claras e seguras para que o setor privado invista e tenha lucro suficiente para amor tizar esse
investimento.
Outro ponto impor tante é o oligopólio da indústria de insumos que existe no Brasil. O Governo deveria deliberar para permitir a impor tação de
insumos pelo produtor. Na Argentina, os preços
de defensivos agrícolas são cerca de 40% menores que no Brasil, o que tira a competitividade do
setor frente a outros países. Na China, os mesmos insumos são vendidos por um quinto do preço praticado no Brasil.
dígitos por ano. Outro fator importante é a redução da
oferta de soja e algodão por parte dos Estados Unidos,
em função da ampliação das áreas de milho para atender à nova demanda por etanol. Estes aspectos continuarão impactando positivamente os preços no ano
que vem. O grande problema é até quando e até quanto o câmbio no Brasil continuará apreciado, corroendo
parte do aumento dos preços internacionais dos produtos brasileiros.
RBR – Quais as principais reivindicações da
CNA junto ao Governo?
O setor agropecuário não pode depender da flutuação dos preços das commodities e da conjuntura econômica do País. É preciso trabalhar por uma nova dimensão de
agricultura sustentável. As perspectivas para a safra 2007/08
são positivas, desde que possamos sensibilizar os responsáveis
pela política econômica quanto
às necessárias prorrogações
das dívidas dos produtores, lembrando que, entre
outros fatores, a política
cambial, com a valorização do Real, tem promovido os desequilíbrios entre o
custo de produção e a renda do setor produtivo.
FÁBIO MEIRELLES – Como citei anteriormente, talvez o ponto mais importante seja a necessidade do
Governo criar uma política agrícola definida para
toda a cadeia produtiva, adequada às características
da atividade rural e planejada para médio e longo
prazo. Essa é a única forma da agropecuária brasileira aumentar a produção, tanto em volume como
em qualidade, cumprindo seu compromisso com
o abastecimento e a segurança alimentar, além de
continuar contribuindo com a geração de emprego e
renda para o País. Dessa forma, o produtor poderá
ter mais segurança, condições de produzir e manter-se no campo.
É preciso trabalhar por uma nova dimensão
de agricultura sustentável – baseada na produção de
bioenergia, grãos e crédito de carbono. A sustentabilidade da economia brasileira se baseia na geração
de empregos e novas atividades econômicas, no fortalecimento das técnicas no setor produtivo rural, na
abertura constante do mercado externo e na paz no
campo, para que perdurem e aumentem os investimentos na produção. Segundo uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o
Brasil deve torna-se, até 2015, o maior produtor agrícola do mundo. O Fapri (Instituto de Pesquisa de Políticas Alimentares e Agrícolas) prevê que as importações mundiais de grãos devem crescer em mais
36 milhões de toneladas até 2015 e as carnes mais
de quatro milhões de toneladas. O Brasil certamente
exercerá um papel importante no suprimento desse
crescimento da demanda mundial por alimentos.
RBR – As exportações do agronegócio vão bem.
O mesmo ocorre, no mercado interno, com os setores ligados a essas exportações?
RBR – O agronegócio sofreu nos últimos anos
uma crise muito séria devido à queda da produção. Essa situação perdura?
RBR – Como analisa o acordo sobre etanol assinado entre o Brasil e os Estados Unidos por
ocasião da visita do presidente daquele país
ao nosso país?
FÁBIO MEIRELLES - Tudo indica que os preços internacionais para o próximo ano continuarão firmes. O
mercado comprador se manterá impulsionado pelas
importações de soja em grão e de algodão pela China, cuja economia deve permanecer crescendo dois
FÁBIO MEIRELLES – É verdade que as exportações
vêm crescendo bem desde alguns anos atrás, mas a
agricultura brasileira passou uma profunda crise de renda nos últimos dois anos e só em 2007 começou a se
recuperar. É preciso notar que as exportações têm um
efeito indireto no setor, e mais indireto ainda para os produtores. Para os agricultores, o que define a rentabilidade de suas atividades são os preços dos insumos contra
O setor vem
“
atravessando uma
crise de rentabilidade
nos últimos anos
”
os preços do que produzem. O que nós observamos que
nesses dois anos os custos chegaram a níveis muito altos e o produtor não conseguia nem pagar as suas contas com o que recebia pela sua produção. Estamos vendo uma melhora nos preços agrícolas e isso tem ajudado o produtor rural. Mas é preciso lembrar que os custos
ainda estão em patamares elevados, de modo que essa
melhora é boa para os agricultores, mas não o suficiente para pagar todas as contas adquiridas durante a crise.
Esse prejuízo acumulado é traduzido também no pesado
endividamento que o setor tenta negociar hoje.
FÁBIO MEIRELLES – Quanto mais rápido o mercado
de biocombustíveis se consolidar, melhor para o Brasil.
Somos líderes em termos de competitividade e custo
na produção de etanol, também seremos na produção
de biodiesel, portanto, teremos condições de ter uma
participação considerável no mercado de biocombustíveis. O Brasil tem vocação para isso e está muito avançado em termos tecnológicos. A iniciativa do Governo
de buscar, junto com os EUA, a organização do mercado de etanol é sem dúvida importante e estratégica
para o futuro de nossas exportações. Mas para não podemos “perder o bonde”, precisamos buscar a abertura de novos mercados, maiores investimentos em P&D
(pesquisa e desenvolvimento) e infra-estrutura logística, sempre com parceiros com objetivos econômicos,
e não políticos e ideológicos.
Apesar de as matérias-primas utilizadas pelo
Brasil e pelos Estados Unidos serem diferentes, os
norte-americanos estão avançados nas pesquisas sobre utilização de celulose para produção de álcool. A
incorporação dessa tecnologia é importante par ao
Brasil por causa da utilização do bagaço de cana, que
pode representar um aumento de até 30% na produção
de álcool por hectare de cana.
RBR - Vários técnicos e autoridades, no Brasil
e no exterior, dizem que, por causa do etanol,
importantes regiões agrícolas do Brasil vão se
transformar em verdadeiros “tapetes-verde” devido ao avanço do cultivo da cana, causando sérios problemas, como desmatamento, êxodo rural e exploração de mão-de-obra escrava. Como
analista esse quadro?
FÁBIO MEIRELLES - A CNA e os produtores rurais são
os maiores defensores da natureza e do equilíbrio ambiental, pois, sem isto, não há produção agropecuária
sustentável. A fazenda, antes de qualquer coisa, é a
casa do produtor e de quem lá trabalha. Todavia, temos que ver as questões ambientais também pelo lado
prático e técnico. Temos assistido muitos excessos
e uma tentativa de responsabilizar os produtores rurais pelos problemas ambientais, mas esta rotulagem
é descabida.
No caso da cana-de-açúcar, a expansão dessa cultura tem se dado em áreas de pastagem. Para
produzir 21 bilhões de litro de álcool o Brasil ocupa uma área de 3,5 milhões hectares, uma extensão menor que os 220 milhões de hectares de pastagens disponíveis para o uso. Ou seja, temos área
para plantar cana sem derrubar uma árvore sequer.
Sobre as acusações de exploração do trabalhador
e êxodo rural, é importante ressaltar que o setor de
cana empresa mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. No meio rural, é a atividade que mais emprega e
também a que paga os melhores salários. As cidades do interior do País que possuem maior Índice de
Desenvolvimento Humano correspondem às regiões
onde o cultivo da cana é predominante. A cultura de
cana-de-açúcar trouxe grande evolução para diversos municípios, como no interior de São Paulo, Sertãozinho, Ribeirão Preto, Piracicaba. Casos isolados
não podem ser generalizados para um setor que tem
o maior índice de formalização do trabalho, atingindo quase 100%, e é monitorado por uma fiscalização rigorosa. Além disso, com o aquecimento do
mercado mundial de biocombustíveis, os produtores brasileiros têm uma preocupação sócioambiental, pois querem exportar.
Business Rural
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Mensagem
ao Leitor
C A R TA S
Rio Genética
O grande destaque desta edição é a entrevista do
presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio de Salles Meirelles, na qual
ele defende a criação pelo Governo Federal de uma política agrícola definida para toda a
cadeia produtiva, adequada às características da atividade rural e planejada para médio
e longo prazo. Atuando há mais de 50 anos na representação da classe rural, Meirelles
é produtor de café e cana e também criador de bovinos e eqüinos.
Além da entrevista do presidente da CNA, focalizamos os novos rumos do agronegócio e os resultados das exposições nacionais eqüinas (Mangalarga Marchador,
Mangalarga Paulista, Pampa, Campolina etc.). Não deixe de ler também os artigos dos
nossos colaboradores e as seções sobre raças eqüinas e bovinas e o mercado agropecuário. Por fim, registramos aqui a homenagem prestada pela Universidade Federal de
Viçosa (UFV) ao nosso repórter/redator Adeildo Lopes Cavalcante e à Revista Business
Rural “pelo exemplar desempenho ao promover a integração entre nossa instituição e
a Sociedade, disseminando o conhecimento e fomentando o debate das idéias”, nas
palavras do reitor Carlos Sigueyuki Sediyama.
Caros editores:
Leitor assíduo da Revista Business Rural, gostaria de, através dessa
prestigiosa publicação, parabenizar o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Agricultura pela criação e lançamento do Rio Genética, programa que tem por fim melhorar a qualidade e produtividade
dos rebanhos bovinos de corte e de leite do estado. A iniciativa atende
antiga reivindicação dos criadores, pois cria, entre outras coisas, condições financeiras que permitem aos produtores adquirir animais (matrizes
e reprodutores) e material genético (sêmen e embriões) que ficam bem
em conta para eles. No caso de tourinhos (de corte) melhoradores de
plantéis, o Rio Genética vem em boa hora, abrindo caminho para acelerar a produção desses animais, pois há uma grande carência deles no
estado.
Luiz Adilson Bon, e ex-presidente da Associação dos Criadores de Nelore
do Estado do Rio de Janeiro e titular da Fazenda Ventania
Agronegócio
Pedro Silva Montelli, de Mirassol, interior do Estado de São Paulo, nos escreve
para dizer que leu e gostou da matéria “Agronegócio reage e volta a crescer
depois de dois anos de crise”, publicada na edição 22. Diz que se interessou
pelo texto por estar levantando informações para escrever uma monografia sobre agronegócio e solicita indicações de outras fontes para se aprofundar no
assunto.
Nota da Redação: Caro Pedro, uma fonte para obtenção de informações completas sobre o assunto é a Associação Brasileira de Agribusiness. Seu endereço: Av.Paulista 1754 - 14º - Conj.147 e 148 - São Paulo – SP - CEP:01310920 - e-mail abag@abag. com.br - tel.:/fax.: (11) 3285-3100
Pesagro-Rio/sugestões
O Reitor da UFV Carlos Sigueyuki Sediyama, Clovis Q. Ferreira e Márcia Fernandes da
Revista Business Rural, Viviane Novaes da Rede Globo, José Paulo Martins do setor de
jornalismo da UFV e Adeildo Lopes Cavalcante redator da Revista Business Rural.
A homenagem, que se estendeu a outros meios de comunicação social, como o Programa Globo Rural, e ao jornalista José Paulo Martins (da equipe de divulgação da UFV),
foi realizada na Biblioteca Central da UFV logo após a cerimônia de inauguração das novas
instalações da Divisão de Rádio e Televisão e de lançamento da expansão do sinal da TV
Viçosa para os 20 municípios que integram a microrregião de Viçosa. A homenagem e a
cerimônia contaram com a participação do Ministro das Comunicações, Hélio Costa, e do
Reitor da UFV, além de diversas autoridades municipais, estaduais e federais, entre elas
o prefeito de Viçosa, Raimundo Nonato Cardoso, e o presidente da Câmara Municipal de
Viçosa, José Antônio Gouveia.
A UFV foi eleita a terceira melhor instituição de ensino superior do país no ranking
do novo Índice Geral dos Cursos (IGC) do Ministério da Educação que mede a qualidade
da graduação e pós-graduação universitária. Por tradição, a área de Ciências Agrárias é a
mais desenvolvida na UFV, sendo conhecida e respeitada no Brasil e no Exterior. Por isso,
a homenagem prestada pela instituição ao nosso jornalista e à nossa revista é uma grande
honra para nós e, também, um incentivo para que possamos continuar a nossa missão de
bem informar a Sociedade.
Olavo Fernandes Maia Filho
Clovis Queiroz Ferreira
PRODUÇÃO EDITORIAL E COMERCIAL
CNPJ 40.254.195/0001-10
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EDITORES
Olavo Fernandes Maia Filho
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JORNALISTA RESPONSÁVEL
Adeildo Lopes Cavalcante
(Reg. Jorn. Prof. Nº 12 488 - MTPS)
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(21) 2491-1496
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DIREÇÃO DE ARTE
Lincoln Simões
EDIÇÃO DE ARTE
Lincoln Simões
Marcelo Rezende
Prezados editores:
Tendo em vista a importância da Revista Business Rural para o agronegócio fluminense e brasileiro, a Coordenadoria de Difusão de Tecnologia da Empresa de
Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio) recomenda,
como sugestão de pauta, algumas tecnologias que por certo serão do interesse
dos leitores da revista. Dentre elas podemos recomendar (a) o credenciamento pelo Ministério da Agricultura para o Laboratório de Biologia Animal realizar o
exame de brucelose, como já acontece com a anemia infecciosa eqüina. Esse
procedimento é de grande importância para a saúde animal no estado; (b) recomendação das variedades Catuaí, Palma Dois, Acuauã e Catucaí como as mais
indicadas para a produção de café adensado na região Norte fluminense, que
possibilita alta produtividade em curto prazo e maior retorno econômico ao produtor; (c) produção de sementes olerícolas de cultivares tradicionais, adaptadas às diferentes regiões do estado, e com certificação orgânica; (d) criação de
galinhas caipiras por pequenos produtores do município de Magé, possibilitando
a colocação da produção de ovos e carne no mercado sem atravessadores; (e)
estudo de cultivares de oleaginosas, tais como gergelim, girassol, nabo forrageiro e pinhão manso, com vista à extração de óleo para produção de biodiesel;
e (f) realização de análises de leite provenientes de 24 usinas beneficiadoras do
estado com objetivo de proporcionar ao consumidor maior garantia do produto
que vai para o mercado.
Atenciosamente,
Alexandre Moretti - Jornalista
Nota da Redação: Agradecendo as sugestões, informamos ao caro jornalista que elas serão temas de futuras matérias em nossa revista.
COLABORADORES
Kate M. C. Barcelos / Marisa Iório Corrêa da Costa
Alessandra Crossara / Nancy Dy Hirsch
Pesagro-Rio / EMBRAPA Mandioca e Fruticultura Tropical
Universidade Federal de Viçosa
ABCCAN / ABCZ / ABCCC / ABCCMM / ABCMangalarga / ABQM / ABCPampa
Texto Assessoria de Comunicações
FOTOGRAFIA
Luciane Reis / Waldyr Ribeiro / Nilo Coimbra
Carlos Queiroz / Roberto Pinheiro / Hamilton Silvester
Januário martins / Flavio Duarte / Marcia Fernandes / Célio Péricles
Os artigos assinados, anúncios e as fotos neles inseridas são de inteira responsabilidade
de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da Revista Business Rural.
A Revista Business Rural é editada e comercializada pelos atuais editores através de
contrato de sessão de direitos da Business Empreendimentos
REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Av. Armando Lombardi, 165 - cob 2 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Telefax: (21) 2491-1496 - [email protected]
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BBuussi inneessss RRuurraal l
Business Rural
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Agronegócio
Novos rumos
do agronegócio
brasileiro
O Congresso foi aberto pelo presidente da SNA, Octavio Mello Alvarenga (o quarto da esq. para dir.)
Motor da economia brasileira desde
1990 e que tem nas exportações sua principal fonte de faturamento, o agronegócio
é a atividade econômica que mais cresce
no país atualmente. Entretanto, para continuar crescendo – pelo menos no nível
atual – medidas importantes terão que
ser adotadas. Entre elas destacam-se: (a)
abertura de novos mercados externos e
incorporação de novos produtos à pauta
das exportações; e (b) melhorias na infraestrutura e logística para que a produção
possa chegar aos locais de embarque de
forma mais rápida e com
preços mais competitivos
no mercado.
Essa foi uma das conclusões a que se chegou
ao final das palestras e
debates do 9° Congresso
de Agribusiness, promovido pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e
que teve por tema Oportunidades e Risco do Agronegócio. Patrocinado pelo
SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (seção
do Rio de Janeiro), o encontro, realizado no Rio
de Janeiro, no auditório
da Confederação Nacional do Comércio, reuniu
representantes de importantes órgãos do governo
08 B u s i n e s s R u r a l
federal, dirigentes de grandes empresas
e especialistas (pesquisadores e analistas) ligados ao agronegócio.
O congresso, no qual foram discutidos temas, como novos mercados e produtos, agroenergia, qualidade de produtos, câmbio, inovações tecnologias, negociações internacionais, custo de produção, gestão financeira e problemas
relacionados à logística e infra-estrutura, teve como ponto alto de sua programação a palestra do ex-ministro da Agricultura do atual governo, Roberto Rodri-
Verdadeiro gigante da economia
brasileira, o agronegócio precisa,
para continuar crescendo, abrir
novas frentes de negócios no exterior (mercados e produtos) e introduzir melhorias na infra-estrutura e logística do país para um
melhor escoamento da produção.
Essa foi uma das conclusões a
que se chegou ao final das palestras e debates do 9º Congresso
de Agribusiness, realizado no Rio
de Janeiro, na Confederação Nacional do Comércio, pela Sociedade Nacional da Agricultura
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
gues, que focalizou o tema Panorama Internacional do Agronegócio.
PANORAMA INTERNACIONAL
Munido de gráficos e tabelas Roberto Rodrigues, que concilia atualmente os
cargos de presidente do Conselho Superior de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e de Coordenador do Centro de Agronegócio da
Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, chamou a atenção, em sua palestra,
para a importância do agronegócio na
economia brasileira informando que ele responde por mais de 90%
do saldo da balança comercial do país. Hoje,
segundo palestrante, o
Brasil é um dos maiores
exportadores de produtos agropecuários do
mundo, sendo líder nas
exportações de carne
(bovina e de frango),
açúcar, café e suco de
laranja), e já começa a
se destacar, nas vendas externas, em outros produtos, como os
orgânicos e flores. “As
perspectivas para esses produtos são muito boas e, no caso dos
orgânicos, basta lembrar que há anos há 10
Nacional de Agroenergia. Hoje, temos
onze ministérios cuidando do assunto,
além de órgão como a Embrapa e Petrobrás, mas não conversam entre si. O
Proálcool foi um sucesso porque tinha
uma estratégia”.
EDUCAÇÃO
E INFRA-ESTRUTURA
O congresso foi aberto pelo presidente da SNA, Octávio Mello Alvarenga
e sua programação compreendeu, além
da palestra do ex-ministro Roberto Rodrigues, cinco painéis.
No primeiro painel, que teve como
tema “Agronegócio como Negócio de Risco”, o representante da Fundação Getúlio
Vargas, professor Antônio Freitas, destacou o papel da educação na formação de
mão-de-obra qualificada e sua importância na competividade do país não só no
setor agrícola. Afirmou que, enquanto no
exterior há uma “massificação da educação” no Brasil apenas cerca de 10% dos
jovens de 18 a 24 anos têm acesso a ela.
A seu ver, o setor educacional brasileiro é
“elitista”, por sua oferta limitada de instituições de ensino.
anos as vendas eram de U$ 20 milhões
e nos próximos anos deverão pular para
US$ 60 milhões”, disse ele.
“A agricultura tem duas enormes
responsabilidade, que são a produção
de alimentos e bionergia. Temos condições excepcionais para garantir um lugar
de destaque no cenário mundial nestas
duas frentes” disse, Rodrigues. A seu ver,
deficiências na infra-estrutura e recursos
insuficientes para a pesquisa estão entre
os obstáculos ao pleno desenvolvimento
da agropecuária brasileira. “O futuro chegou, as oportunidades estão aí, mais não
temos uma estratégia”, alertou.
Focalizando as tendências mundiais,
o palestrante disse que elas mostram que
existe uma preocupação crescente com
a saúde e meio ambiente. “Quem não
rastrear ou certificar produtos vai ficar
fora do mercado”, declarou. A mudança
do fluxo comercial também foi destacada por Rodrigues. “Hoje, China, Rússia
e Irã estão entre os cinco países com os
quais o Brasil mais faz negócios e há dez
anos eles não estavam no mercado. Precisamos estar atentos às oportunidades.
Novos parceiros serão países da África e
Ásia devido ao aumento da população”.
Finalizando sua palestra disse Rodrigues: “nós temos uma chance única,
não apenas de sermos celeiro do mundo, mas dínamo do mundo. No entanto,
qual é a estratégia que se tem? Alguém
sabe? Temos discurso, mas não temos
recurso. Por isso, no que tange à agroenergia, no final desse congresso, estou
sugerindo a criação de uma Secretaria
A diretora de trading da Agenco
do Brasil, Sandra Marchiori, analisando
o mercado o de soja, citou um exemplo
que mostra a necessidade urgente de investimentos em infra-estrutura (estradas,
ferrovias e portos): o custo para transportar uma tonelada de soja de Mato Grosso para o porto de Santos é de U$ 90,00,
idêntico ao do transporte da mesma tonelada do Brasil para a China. Segundo
ela, no Brasil, os custos com o transporte aumentam o preço da soja entre 25%
e 35% até que o produto alcance o porto.
O coordenado do painel foi o gerente de
produção da área agrícola do Grupo André Maggi, Pedro Valente.
COOPERATIVAS E ETANOL
O tema do segundo painel foi “Expansão do Agronegócio Brasileiro” e,
nele, foi ressaltada a importância das cooperativas. Evandro Ninaut, da Organização das Cooperativas do Brasil, informou
que os cooperados respondem por 35%
da produção nacional e mais de 81% tem
100 hectares. “As cooperativas multiplicam a capacidade de investimento e reduzem os custos para os pequenos agricultores”, afirmou.
Outros assuntos chamaram a atenção no painel, entre eles o sobre energia.
Carlos Ópice Leão, diretor de Novos NeB u s i n e s s R u r a l 09
Há necessidade urgente de investimentos em infra-estrutura (estradas, ferrovias e portos) para expansão dos negócios
gócios da Brenco – Companhia Brasileira
de Energia Renovável focalizou o trabalho de sua empresa, que opera na construção de pólos de produção de energia
renovável a partir da cana-de-açúcar. Segundo ele, “o etanol é a alternativa viável para uso comercial em grande escala,
com menor custo”. Mesmo assim, disse
que o setor precisa superar alguns obstáculos, como a falta de confiança no suprimento, cumprimento de contratos e barreiras tarifárias.
Falaram ainda no painel: o diretor da
área de Agribusiness do banco UBS Pactual, José Vitta e o representante da Federação da Agricultura de Mato Grosso,
Amado de Oliveira Filho.
10 B u s i n e s s R u r a l
CARNE BOVINA
O terceiro painel teve por tema “Novos Mercados e Novos Produtos”. Nesse
painel, o vice-presidente da Associação
de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José
Augusto de Castro, falou sobre a diversificação do mercado, citando como exemplo a carne bovina. “Em 2000 foram 56 os
países-destinos das exportações e, em
2007, esse número elevou-se para 108”.
Segundo ele, o cenário internacional continua favorável ao agronegócio brasileiro,
com a abertura de novas possibilidades
de mercado, inclusive com relação à Índia
e à China. Castro também chamou a atenção para a importância de se agregar valor
aos produtos, e informou que “a exporta-
O etanol foi um dos temas do Congresso
ção de produtos básicos voltou aos mesmos índices de 1986, em torno de 30%”.
Sobre carne falou também o presidente da Câmara Setorial da Carne Bovina do Estado de São Paulo, Constantino Ajismato Júnior. Disse que Brasil atu-
almente vende carne para 450 países,
e elogiou a organização dos frigoríficos, fazendo menção à gestão do exministro da Agricultura Pratini de Moraes à frente da ABIEC. Por outro lado,
criticou a falta de seriedade no tocante
à rastreabildade e certificação das propriedades produtoras no país. Segundo ele, é necessário ao Brasil “planejar, criar marcas, fazer marketing, cumprir as leis, promover alianças e realizar
acordos bilaterais”
Falaram ainda no quanto painel
Marcos Antônio Suplicy, da Suplicy Cafés Especiais, a diretora do Planeta Orgânico, Maria Beatriz Costa, e a representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Edna de Cássia Carmelio, consultora em biocombustíveis da
Secretaria de Agricultura Familiar.
AGROENERGIA
Participaram também desse painel: Arlindo Moura, diretor-presidente
da SLC Agrícola, e especialistas de comércio exterior relativo ao Japão, CoAs ferrovias desempenham papel-chave no
réia do Sul e Índia.
escoamento da produção
PESQUISA
E ALIMENTOS FUNCIONAIS
“Agregando Valor aos Produtos” foi o
tema do quarto painel, o qual teve como
destaque a participação do pesquisador
Eliseu de Andrade Alves, um dos fundadores e primeiro presidente da Empresa
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Segundo ele, “graças às pesquisas, o Brasil
não só superou os riscos de ser um grande importador de alimentos, como conseguiu desenvolver tecnologias de ponta
para vários setores. Entretanto, corre o risco de perder espaço para os Estados Unidos e países da Europa e até para nações
emergentes como a China e a Índia”.
“Só continuaremos na condição de
competidores se houver um investimento
maciço em tecnologia. Pensa-se erroneamente, que os referidos países não têm
terras para expandir a produção. Mas a
expansão da produção, daqui para frente, não vai ocorrer mais com base em recursos naturais. O incremento da produção, no mundo inteiro, terá por base a
produtividade da agricultura”, disse ele.
Em seguida, falou Eduardo Wongtschowski, diretor da América do Sul, da
Solae Company Brazil, que abordou a expansão do conceito de “alimentos funcionais”, explicando que “os mesmos incorporam substâncias antes não disponíveis
em suas composição”. O palestrante informou que a soja é um dos alimentos mais
pesquisados, já que possui um teor de proteína de 36%. “Contudo, por muitos anos,
os consumidores do Ocidente rejeitaram o
produto devido ao seu sabor amargo, mas
o desenvolvimento de novas tecnologias
vem contornando esta característica”, disse ele. O diretor também mostrou vários
exemplos de alimentos que contêm soja,
como bebidas e substitutos de carne.
O quinto painel versou sobre agroenergia e teve como um dos seus palestrantes o ex-ministro da Agricultura Luiz Carlos Guedes Pinto, vice-presidente de Agronegócio do Banco do
Brasil. Ele focalizou o que, ao seu ver,
são os pontos frágeis do país frente ao
mercado interno e externo. Em sua opinião, fatores como água, pobreza, energia, meio ambiente e alimentação, seus
problemas e soluções, são estratégicos
na posição do Brasil no mundo. “não temos projeto de futuro, nem privado nem
público”, afirmou. Observou que, embora
tenham sido apontadas ótimas perspectivas, não haveria estratégias para implementá-las. Lembrando as perdas de 35%
dos produtores de cana em 2007, comparadas ao do ano anterior, o palestrante ressaltou a importância de avanços nas
certificações ambientais, regulamentação fundiária, ferramentas de crédito e seguro rural e políticas agrícolas em geral.
Com descontração, conclamou os jovens
a passarem por um “curso de escutatória”
em vez de apenas oratória, sempre abertos a novas idéias.
Os usineiros paulistas, que respondem por cerca de 60% da produção nacional de álcool e açúcar, foram represen-
tados pelo diretor executivo da União das
Indústrias de Cana-de-Açúcar (Única),
Eduardo Leão de Sousa. Para se defender de críticas, ele disse que 100 das 150
usinas do estado tinham até 2013 para
acabar com os resíduos da cana, mas assumiram este compromisso agora. “A redução traz benefícios sociais e econômicos”, afirmou. Essa decisão aconteceu
depois de uma negociação com o governo paulista. O acordo prevê a adoção de
dez itens, como uso adequado de agrotóxicos, recuperação de áreas degradadas,
conservação do solo e controle da água.
Em seguida, falou o gerente de Desenvolvimento de Novos Projetos da Petrobrás, Gilberto Ribeiro de Carvalho. Ele
falou sobre as vantagens de utilização do
biodiesel, destacando o plano da empresa para a comercialização do etanol. Depois de informar que a empresa investe
no momento US$ 1,5 bilhão em biocombustíveis e que exporta atualmente 4,75
milhões de métricos cúbicos de etanol,
adiantou que a Petrobrás deverá concluir,
no segundo semestre de 2008, os estudos referentes à construção do alcoolduto ligando o interior de Goiás (Senador
Canedo) ao porto de São Sebastião, em
São Paulo. “Essa instalação, acrescentou,
permitirá o transporte de 800 milhões de
litros de álcool por ano. No entanto, a empresa já trabalha em outra variante, que
interligará o interior de São Paulo com o
litoral do Rio de Janeiro, passando pelo
interior de Minas Gerais. Com isso, a capacidade de exportação se elevará para 4
bilhões de litros por ano”, finalizou.
Sobre agroenergia falaram também
o presidente da Brasil Ecodiesel, Jório
Dauster, o presidente da Ethanol Trading,
Roberto Giannetti Fonseca, e o diretor de
Relações com os Investidores da Infinity
Bio-Ernergy, Rodrigo Aguiar.
12 B u s i n e s s R u r a l
A infro-estrutura deficiente do sistema rodoviário impede o bom escoamento da produão.
MEIO AMBIENTE
O ultimo painel do 9º Congresso
do Agribusiness versou sobre “O agronegócio e o meio ambiente” e contou
com a presença do secretário de Meio
Ambiente do Estado de São Paulo, Xico
Graziano, que defendeu a sustentabilidade no meio rural. “O grande desafio
agropecuária nacional será a produção
de modo sustentável, seguindo os moldes de uma agenda ambiental”, disse o
palestrante. Segundo ele, para se adaptar aos novos tempos, os agricultores
da atualidade deverão também ser ecologistas.
“Há uma conscientização crescente que a questão ambiental é a grande
barreira da comercialização. Lá fora,
não comprarão o nosso biodiesel se
não forem respeitadas as questões ambientais”, afirmou.
S O C I A I S
1. O ator Francisco Cuoco e seu filho Diogo,
ladeando o Deputado Federal Leonardo Picciani no Leilão da Fazenda Monte Verde no
Copacabana Palace - RJ
2. O criador Luiz Roberto de Menezes Soares, titular da Fazenda Santa Mônica, com a
família no leilão Ópera e Bilara no Copacabana Palace no Rio de Janeiro.
3. A apresentadora de televisão Liliana Rodrigues e amiga Regina Lemos Gonçalves em
evento agropecuário no Rio de Janeiro-RJ.
4. O jornalista Adeildo Lopes Cavalcante, redator da Revista Business Rural, recebendo placa de homenagem das mãos o Reitor
da Universidade de Viçosa-MG Roberto Sigueyuki Sediyama, com o Ministro das Comunicações Helio Costa.
5. José Eugênio Dutra Câmara Filho (Dudu)
com a família, e o amigo Marco Livrão prestigiando o Leilão 5 Estrelas em Itaipava - Petrópolis – RJ.
6. Paula e Inês Couto da Fazenda das Flores
com Raquel Maia do Haras Repol, na Exposição Nacional do Cavalo Campolina em
Belo Horizonte-MG.
7. O Casal Ricardo Ferreira Santos e Kátia
Brito foram ao Rodeio de Jaguariúna-SP e
foram muito bem recepcionados pelos anfitriões João Luiz e Carla Venâncio e pelo casal Luiz Garcez e Sandra Garcez.
8. O ex-Ministro Pratini de Moraes atual presidente da ABIEC e Clovis Ferreira, editor da
Revista Business Rural, quando do 9º Congresso do Agronegócio promovido pela SNA
no Rio de Janeiro-RJ.
9. O Sr. Olavo Maia (Dinho) editor da Revista
Business Rural com os amigos Silvino Cavalcante, João Carlos Costa e o Sr. Carlos
Aguiar do Haras Morada do Condor no Leilão 5 Estrelas em Itaipava- Petroplois-RJ.
10. O Sr. Selvi José Carboni titular da Churrascaria Pampa Gril com amigo no Leilão
Brahman in Concert no Copacabana Palace
no Rio de Janeiro-RJ.
11. O Sr. Nestor Rocha (ao centro) com Vinicius e amigos, prestigiou o 1º Leião da
Fazenda São Sebastião em Barra do Pirai RJ promovido pelo amigo Herman Jankovich.
12. O Casal Márcia e Clovis Queiroz Ferreira
da Revista Business Rural, ladeando o Ministro das Comunicações Helio Costa na cerimônia de lançamento da expansão de sinal da TV
Viçosa-MG.
13. Maria Eunice Monteiro de Mesquita do
Haras Hibipeba com a Campeã Potra Master Nacional 2008, Hinah da Hibibepa, em
Belo Horizonte-MG.
14. O Deputado Estadual Jorge Picciani, seu
filho Felipe (Faz. Monte Verde) e Paulo Horto (Programa Leilões) fazendo a abertura do
Leilão de Prenhezes, realizado no restaurante
Tizziano no Rio de Janeiro.
15. Alexandre Todeschini com o Sr. Herman Jankovich promotor do 1º Leilão da
Fazenda São Sebastião entregando aos felizes ganhadores a chave da moto sorteada
entre os compradores presentes no evento.
14 B u s i n e s s R u r a l
16 B u s i n e s s R u r a l
F l o r i c u l t u r a
Beleza que gera
bons negócios
“Enfeites da vida”, no dizer do poeta, as
flores são atualmente um bom negócio
para os produtores devido ao seu crescente uso na ornamentação de eventos,
como congressos e festas, e embelezamento de ambientes. Aquecidos, os negócios do setor exibem uma marca importante: a exportações de flores e plantas ornamentais em 2007 foram recordes, gerando uma receita para o país de
cerca de US$ 35 milhões de dólares
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
Gerando renda e emprego para um
grande número de pessoas em vários estados e dólares para o país através das
exportações, a floricultura é um dos negócios agrícolas que mais crescem no Brasil.
Exemplos: no Estado do Rio de Janeiro o
setor cresceu 30% nos últimos três anos
e nas exportações do país as vendas de
flores e plantas ornamentais foram recorde em 2007, gerando cerca de US$ 35 milhões (sobre a floricultura fluminense e as
exportações do país leia mais adiante).
A floricultura compreende o cultivo
de flores, folhagens e plantas ornamentais
(para corte, vasos, jardins, ornamentação
e paisagismo) e movimenta anualmente
cerca de R$ 2 bilhões, segundo levanta-
18 B u s i n e s s R u r a l
mento do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), entidade que congrega representantes dos diversos segmentos da floricultura, como produção, atacado, varejo, paisagismo, ensino e pesquisa.
REGIÕES PRODUTORAS
De acordo com o presidente do Ibraflor, Kees Shoenmaker, o cultivo de flores
e plantas ornamentais no país ocupa uma
área de aproximadamente 4,5 mil hectares.
A região Sudeste lidera a produção nacional, mas outras regiões que não tinham tradição na floricultura comercial, como o Nordeste, implantaram pólos destinados às exportações e obtêm bons resultados. A região Centro-Oeste investe para abastecer
seu próprio mercado consumidor, enquanto no Norte a flora tropical exótica começa
a ser explorada. O Sul se destaca por ser a
região que mais consome flores no país.
A área cultivada com flores e plantas
ornamentais está assim distribuída: 50,4%
para mudas; 28,8% para flores de corte;
l3,2% para flores envasadas; 3,1% para folhagens em vasos; 2,6% para folhagens
de corte; e l,9% para outros produtos da
floricultura.
O principal estado produtor é São
Paulo, que responde por aproximadamente 70% do cultivo. Cerca de 40% desse cultivo está concentrado no município
de Holambra, onde a maioria dos habitantes, estimada em 10 mil pessoas, exer-
ce alguma atividade relacionada ao setor
O município tornou-se o principal pólo florícola do Brasil e referência para produtores e profissionais do agronegócio da floricultura, tanto do Brasil como de outros
países da América Latina, interessados
em conhecer as tendências do mercado,
trocar experiências e realizar negócios.
EMPREGOS
Em todo o Brasil estima-se que cerca
de 5 mil produtores dedicam-se à floricultura, entre grandes, médios e pequenos.
A maior parte da atividade é desenvolvida
por pequenas propriedades, com área média de cultivo de um hectare e meio. Para
os produtores, o setor gera um faturamento
estimado em US$ 400 milhões de dólares
por ano. No varejo, o faturamento é estimado em US$ 1,3 bilhão de dólares por ano.
Acredita-se que floricultura gera atualmente cerca de 160 empregos, espalhados por toda cadeia produtiva, que envolve o setor agrícola, a distribuição, o comércio varejista e os segmentos de apoio.
COMERCIALIZAÇÃO
Até pouco tempo, as flores e plantas
ornamentais eram encontradas apenas
nas floriculturas Entre as medidas tomadas
para fomentar o consumo interno estão a
ampliação e a diversificação dos pontos de
EXPORTAÇÕES
BATEM RECORDE
A maior parte do cultivo é feita a céu
aberto (71% da produção). As estufas representam 26% e as plantações em tela
apenas 3%.
Rosas, a flor preferida dos consumidores
vendas. O consumo de flores e plantas ornamentais ainda é muito baixo no país, não
ultrapassando US$ 7,00 por habitante/ano,
valor dez vezes menor que a média dos países da Europa (US$ 70,00). Esses países
são os que mais importam flores e plantas
ornamentais de nosso país
Heliconea, sucesso na Guandu Flores
Crisâtemos: liderança nas vendas
Hoje, muitas espécies de flores podem ser adquiridas nos supermercados,
que são cada vez mais atuantes neste
segmento, e nos gardens centers, espécie de shopping centers de flores, estabelecimentos que passaram a operar com
sucesso em nosso país. Dentre “as flores
que enfeitam a vida”, no dizer do poeta, a
rosa, em suas várias tonalidades, é a flor
preferida do consumidor nacional.
O setor da floricultura que mais
se destaca é o das exportações. E
uma prova disso ocorreu em 2007,
quando as vendas de flores e plantas
ornamentais se elevaram a US$ 35,28
milhões, resultado 9,18% superior ao
de 2006, refletindo a crescente procura por esses produtos pelo mercado internacional. O grupo que mais
se destacou foi o de mudas de plantas ornamentais, respondendo por
41,99% das vendas (o país que mais
importou foi a Holanda). Nesse grupo, as mudas de crisântemos lideraram as vendas.
O segundo grupo (bulbos, tubérculos, rizomas e similares) foi o que
mais vendeu. Sua participação foi de
39,79%. Nesse grupo, a Holanda também se destacou como o principal
comprador. Já o último grupo (flores e
botões frescos de corte para buquês
e ornamentações), teve uma participação de 10,49%. Nesse grupo, as
flores mais exportadas foram as de
clima temperado, entre ela as rosas.
PRODUÇÃO CRESCE 30% NO ESTADO DO RIO
Um dos estados em que a floricultura mais se desenvolve, o Rio de
Janeiro registrou, nesse setor, nos últimos três anos, um crescimento de
30%, sendo que, no período, a área
plantada que era de 764 hectares em
2004 passou para 1000 hectares hoje.
A informação é da Secretaria estadual de Agricultura que, através do Programa Florescer, vem incentivando os
produtores a ampliar sua produção.
A coordenadora do Florescer, Nazaré Dias, chama atenção para o fato de
que o mercado de flores tropicais cresce a cada ano e informa que o maior
produtor desse tipo de flores está no
Rio de Janeiro. Incentivado pelo Florescer, José Luiz Vital Dias, proprietário da Guandu Flores Tropicais, possui
uma área de 20 hectares dedicada ao
cultivo de helicônias, antúrios, bastão
do imperador, entre outras espécies.
Antes de ser implantado o Programa Florescer existia apenas uma
associação de floricultores. O estado
conta hoje com dez associações, entre elas a Tropical-Rio, Aflorj, Floralta,
Aproflor e Itaflores, demonstrando o
crescimento do setor. São 55 municípios envolvidos com a floricultura, nos
quais atuam 686 produtores (33% em
Nova Friburgo, 22% no Rio, 18% em
Bom Jardim e 12% em Petrópolis).
B u s i n e s s R u r a l 19
Engenharia agrícola
Novo equipamento para
irrigação: barato, eficiente
e de fácil operação
Por Adeildo Lopes Cavalcante
Pesquisadores da Universidade Federal
de Viçosa- UFV, em Minas Gerais, liderados pelo
professor Rubens Alves de Oliveira, do Departamento de Engenharia Agrícola, desenvolveram
um equipamento que representa uma alternativa viável para superar as dificuldades enfrentadas por agricultores familiares e médios produtores na aquisição de equipamentos utilizados no
manejo da água de irrigação. Trata-se do Irrigâmetro,
cuja patente está depositada no Instituto Nacional da
Propriedade Industrial em nome da UFV.
O Irrigâmetro é um equipamento de fácil operação e seu custo é estimado em apenas R$1.590,00,
muito aquém dos aparelhos de irrigação disponíveis
no mercado. Permite computar a efetividade da chuva e fornecer prontamente ao produtor a informação
desejada, ou seja, o tempo de irrigação ou a velocidade de deslocamento do sistema de irrigação, sem
a necessidade de fazer cálculos.
Ao desenvolver o aparelho, os pesquisadores
levaram em conta o fato de, no Brasil, a agricultura
irrigada demandar cerca de 70% da água usada nas
diversas atividades humanas. Na maioria das áreas
irrigadas é comum observar ausência de manejo racional da água, geralmente resultando em aplicação
excessiva, com desperdício de água e energia, além
da ocorrência de problemas ambientais, ou em deficiência hídrica para as plantas, com baixa produtividade e prejuízos econômicos ao produtor. Práticas
adequadas de irrigação contribuem para aumentar a
produtividade e melhorar a qualidade dos produtos
agrícolas, para minimizar o uso de água e preservar
os recursos hídricos.
Segundo professor Rubens, o Irrigâmetro é
um aparelho que aglutina toda a ciência relacionada com o manejo da irrigação no que se refere às características da cultura, do solo, do clima
e do sistema de irrigação, visando otimizar o uso
da água na agricultura irrigada. “Essa otimização,
diz ele, é importante para a sociedade como um
todo, tanto do ponto de vista ambiental, economizando água e energia e evitando degradação do
meio ambiente, quanto do ponto de vista social, ao
possibilitar a incorporação principalmente do pequeno irrigante ao processo de manejo da água de
irrigação. Do ponto de vista econômico, o aparelho possibilita aumento da renda do produtor rural,
pela redução de custos e pelo aumento da produtividade das culturas, disponibilizando alimentos de
melhor qualidade”.
Quando e quanto – “O manejo da irrigação
consiste em determinar o momento de irrigar e o
tempo de funcionamento de um equipamento de
irrigação, ou a sua velocidade de deslocamento,
com a finalidade de aplicar volume de água necessária ao pleno desenvolvimento da cultura” , explica o professor Rubens.
“No caso do Irrigâmetro, prossegue, a tecnologia empregada é única no mundo, na medida
em que introduz grande simplicidade no manejo
da água, ao responder às duas questões básicas
20 B u s i n e s s R u r a l
Professor Rubens Alves de Oliveira, coordenador das pesquisas
do manejo da irrigação, disponibilizando prontamente ao produtor o momento de irrigar e a lâmina de água necessária à cultura, indicando o
tempo de irrigação ou, no caso de uso de pivô
central ou sistema linear, a velocidade de rotação
do equipamento.
Em condições de manejo da irrigação com
uso do Irrigâmetro, o produtor não precisa ter conhecimento técnico, nem preencher tabelas, adquirir computador e programa computacional. Não necessita, sequer de efetuar cálculos, pois são muito complexos para a quase totalidade dos irrigantes
brasileiros. No caso de ocorrência de chuva, a lâmina precipitada é medida e computada facilmente
pelo operador do Irrigâmetro, sabendo-se, em seguida, se ela foi suficiente ou não para suprir o déficit hídrico até então existente no solo, também sem
a necessidade de fazer cálculos”.
O pesquisador destaca a facilidade de operação do equipamento: consiste simplesmente
em aber tura e fechamento de válvulas nele existentes, obedecendo-se a uma seqüência predefinida. É um aparelho preciso e de alta versatilidade, podendo ser ajustado para fornecer diretamente a evaporação, a evapotranspiração de
referência ou a evapotranspiração da cultura,
em qualquer estádio de seu desenvolvimento.
Além disso, pode ser usado no ensino básico
e médio, possibilitando que os professores de
ciências mostrem aos estudantes a ocorrência
e a quantificação de fenômenos naturais, tais
como evaporação e transpiração vegetal. Pode
ser usado como instrumento facilitador da relação ensino-aprendizado nos níveis técnico e
superior nas áreas de Meteorologia, Hidrologia e
Ciência da Irrigação.
Abrigo para bezerras
reduz mortalidade
Trata-se de um alojamento individual
para bezerras em fase de aleitamento para
uso pelos produtores de leite. Aperfeiçoada pela Embrapa Pecuária Sudeste, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, o abrigo – batizado de “casinha tropical” – atende às condições básicas para o alojamento eficiente dos animais, levando em consideração as características do nosso clima tropical. Possui
estrutura em madeira, com suporte para
balde de água, comedouro e fenil em seu
interior, sem paredes laterais, favorecendo a ventilação e o controle da umidade,
fatores importantes para redução da incidência de pneumonias e diarréias, doenças comuns em bezerros criados em ambientes mal arejados e úmidos.
A instalação apresenta “pé direito”
alto (l,5 m) em relação aos abrigos tradicionais, o que contribui para a redução da
temperatura interna. Dispensa cama ou es-
trado, utilizado no bezerreiro coletivo, devido à facilidade com que pode ser transferida de um local para outro, evitando a umidade provocada pelo acúmulo de fezes e
usina. É importante que os abrigos sejam
colocados sobre terrenos bem drenados.
A bezerra é mantida presa por corrente e
coleira, facilitando o manejo.
Para contatos: (16) 3361-5611
O equipamento (derriçadora) foi
desenvolvido pela
Embrapa Instrumentação Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura,
em parceria com a
Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (com sede em Guaxupé,
SP), considerada a maior cooperativa privada de café do mundo. Portátil, a derriçadora pode colher café, pelo processo de vibração para derrubada dos frutos (em pano no chão), numa velocidade 5 vezes su-
riça e secagem) representa 60% dos
custos de produção. O equipamento pode ser utilizado em qualquer
sistema de lavouras. Outra vantagem é que poderá entrar em locais
onde as máquinas convencionais não
podem chegar.
Projetada para uso quando os frutos
estiverem em estágio avançado de maturação, com poucos frutos verdes, a derriçadora pesa 7 quilos e opera com motor
Máquina colhe
mais café e
reduz custos
perior à colheita manual e reduzir o custo
de produção em pelo menos 10%.
Com a derriçadora, os produtores
poderão obter café de melhor qualidade e, conseqüentemente, melhores preços. A colheita manual (arruação, der-
de 0,7 HP (a gasolina). Ela é dotada de 6
varetas plásticas, as quais se movimentam paralelamente, aproximando-se e
afastando-se, sem interrupção. Elas derrubam os frutos quando em contato com
os ramos dos cafeeiros.
Produção de álcool
combustível na
fazenda
Já é possível produzir álcool combustível
nas propriedades rurais
para atender as necessidades delas, das famílias e até mesmo colocar o excesso no mercado, sem provocar danos ao meio ambiente.
Para tanto, foi desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa,
localizada no município
do mesmo nome, na Zona da Mata de Minas Gerais, uma mini-destilaria de baixo custo e de fácil operação. Além de movimentar
motores e tornar possíveis outras serventias,
como iluminação, o álcool pode ser utilizado
como insumo na agroindústria.
A mini-destilaria, resultado de um projeto coordenado pelo pesquisador Juarez
Souza e Silva, é constituída de um evaporador e uma campânula. A mistura vai sendo
aquecida gradualmente por fornalha ou outro dispositivo anexo, e à medida que percorre o labirinto do evaporador, começa a
desprenderem-se vapores mais ricos em
álcool. Para o direcionamento desses vapores faz-se uso de uma campânula edificada na parte superior do evaporador. O vapor condensado na coluna retorna através
de um funil para o início da destilação, somando energia térmica para o aquecimento inicial do processo de destilação, que
enriquece os vapores da mistura, gerando
maior concentração alcoólica.
B u s i n e s s R u r a l 21
PECUÁRIA LEITEIRA
Panorama das Raças
Primeiro leilão do Programa
Rio Genética faz sucesso
Com o fim de melhorar a produtividade e qualidade
do rebanho de gado de corte e de leite do Estado do Rio
de Janeiro o governo fluminense, lançou, através da Secretaria de Agricultura, o Programa Rio Genética e, para
executá-lo, planejou diversas ações, entre elas a realização de leilões de genética
superior, sendo que o primeiro leilão envolvendo bovinos leiteiros aconteceu em
30/05/2008 em Conceição de Macabu,
no Norte fluminense. O evento (1° Leilão
Rio Genética) fez parte da programação
da XXIV Exposição Agropecuária e Industrial e do XXXI Concurso Leiteiro daquele
município e foram realizados no período
de 28 de maio a 01 de junho de 2008.
Realizado pela Business, o leilão
reuniu produtores de todo o estado e,
nele, foram comercializados 49 lotes,
formados por fêmeas Girolando e tourinhos Gir, Girolando, Holandês e Guzerá.
Do total dos lotes, 39 eram de criadores
selecionados pelo Programa Rio Genético para fornecimento de material genético e 10 da Pesagro-Rio, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria estadual de Agricultura.
Com o recinto do leilão lotado, os lances fo-
Leilão da Embrapa bate
recorde e mostra que setor
leiteiro vive boa fase
Refletindo a boa fase pela qual
passa o mercado de produtos lácteos do Brasil, o 19° Leilão da Embrapa Gado de Leite, uma das unidades
da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, foi considerado pelos
organizadores do evento um grande
sucesso. Foram comercializados no
remate – realizado no dia 24/05/2008
em Coronel Pacheco (MG) 57 lotes
no valor de R$ 423.507,00.
Do total dos lotes – oriundos do
rebanho daquela unidade de pesquisa
– 36 eram fêmeas (arrematadas por
R$ 271.327,00) e 25 machos (vendidos por R$ 152.180,00). O preço médio de cada tourinho ficou em torno de
26
Business Rural
R$ 6.000,00. Já as fêmeas foram arrematadas por cerca de R$ 8.500,00
cada. Em comparação com 2007, o
preço dos machos aumentou 103% e
os das fêmeas 69%.
“O faturamento total desse leilão
foi 86% maior do que o do ano passado”, diz o supervisor da área de orçamento e finanças da Embrapa Gado
de Leite. Segundo ele, estes números
fazem do 19° Leilão de Gado o maior já
realizado pela Embrapa Gado de Leite.
O bovino recordista de preço foi a vaca
“CNGPL Aerowood Xaja”, arrematada
por R$ 19.250,00. O tourinho de maior
valor foi o “CNGPL Carson Boston”,
comercializado por R$ 10.041,50.
ram muito disputados, obtendo-se a média de R$
2.900,00 mil por animal. O lote mais valorizado, a
fêmea Girolando Favorita, saiu por R$ 9.100,00 para
a Fazenda Nova Modelo Santa Edwiges (ela pertencia ao criador Luiz Manoel Linhares)
A média obtida no leilão, segundo o secretário
de Agricultura Christino Áureo, “representa a metade
do preço que o produtor pagaria no mercado por um
animal do mesmo padrão”. “Além disso, acrescenta,
quem adquiriu animal no leilão, o fez em condições
vantajosas, pois contou com financiamento do Banco do Brasil, para pagamento em oito anos e juros
de 0,5 a 6,75% ao ano”.
Segundo o secretário, “promover a aproximação de quem tem animais de qualidade para vender
daqueles que desejam adquirir esses produtos para
melhorar seus rebanhos é um dos objetivos do Rio
Genética. Nessa relação, os animais acabam sendo comercializados por um preço justo tanto para
quem vende como para quem compra”. Na opinião
de Christino, “adquirir animais de alto padrão genético para melhoria do rebanho e aumento da produtividade de leite não é mais privilégio de poucos”.
Vaca Guzerá bate
recorde mundial de
produção de leite
Trata-se da vaca Nação da Taboquinha, da Fazenda Taboquinha, em Itambacuru (MG) e o feito ocorreu na Exposição
Agropecuária Estadual de Minas Gerais
(Superagro), edição 2008. Com uma produção diária de 42,12 litros, ela obteve o
título de Grande Campeã do III Torneio Leiteiro Guzerá Superagro 2008, que fez parte da agenda de eventos daquela mostra,
promovida pela Secretaria de Agricultura
de Minas Gerais.
Com essa produção, segundo o veterinário Marcos Melo, da Fazenda Taboquinha,
Nação da Taboquinha bateu o recorde mundial da raça. “O Guzerá comprovou, assim,
a sua enorme aptidão leiteira”, diz Melo, explicando que “o Guzerá é uma raça zebuína
orginária da Índia, rústica, de grande porte e
de dupla aptidão (carne e leite)”.
LEILÃO – Outro destaque da Superagro
2008 foi o leilão de gado Guzerá e Guzolando (mistura de Guzerá com Holandês). No remate, foram vendidos 59 lotes (vacas, touros, bezerros e novilhas)
no valor de R$ 257 mil, com média de
R$ 4.350,00 por lote.
Espaço Girolando
Presidente:
Nova diretoria assume
Associação Nacional
em bom momento
para o leite
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
Em solenidade bastante prestigiada, que contou com a presença de mais
de 200 pessoas, entre autoridades, dirigentes de entidades rurais e criadores de várias partes do país, tomou
posse, em 21/01/2008, a nova diretoria
da Associação Brasileira dos Criadores
de Girolando para o triênio 2008-2010.
Tendo na presidência o criador de Girolando José Donato Dias Filho a diretoria (veja a composição ao lado) assume num momento em que a pecuária do setor atravessa uma boa fase,
com preços mais compensadores para
José Donato Dias Filho
1º Vice-presidente:
Fernando Antônio Brasileiro Miranda
2º Vice-presidente:
Maurício Silveira Coelho
3º Vice-presidente:
Nelson Ariza
4º Vice-presidente:
Jonadan Hsuan Mim Ma
José Donato Dias Filho
os produtores devido, principalmente,
ao incremento das exportações brasileiras de produtos lácteos.
José Donato, que antes de ser eleito para o cargo, exercia a função de vicepresidente da associação, destacou em
seu discurso a importância da raça Girolando por ser (ela) a base da pecuária leiteira do país e prometeu que vai se empenhar, durante seu mandato, para proporcionar o melhor aos associados em
termos de serviço e apoio técnico, especialmente no que diz respeito ao Teste de
Progênie e Controle Leiteiro.
Teste de progênie
da raça Girolando
Unir alta produtividade das raças de
gado europeu com a rusticidade das raças zebuínas é o objetivo de todo produtor brasileiro de gado. Por isso, em 1989,
através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi implantado
o Programa Girolando com o objetivo de
promover a consolidação da raça Girolando por meio de diretrizes de cruzamentos
e do melhoramento genético.
Na época, a Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando observou a
necessidade de criar um plano de trabalho com o objetivo principal de identificação e seleção dos melhores touros Girolando para serem utilizados como reprodutores, especialmente por meio de in-
28
Business Rural
DIRETORIA
seminação artificial. Daí a importância do
Teste de Progênie, que começou a ser implantado a partir de 1995, através de uma
parceria entre a Associação e a Embrapa
Gado de Leite (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) com o
fim de avaliar geneticamente touros Girolando com base no desempenho de suas
filhas, através do controle leiteiro.
A avaliação do primeiro grupo de
touros testados foi publicada no início de
2004. Desde então, a cada ano, oito touros são testados, aumentando a oferta de
material genético de qualidade no mercado brasileiro.Um conquista importante
do Programa Girolando é que ele permite
aos criadores, inclusive os pequenos, te-
1º Diretor Administrativo:
Milton de Almeida Magalhães Júnior
2º Diretor Administrativo:
Maria Inêz Cruvinel Rezende
1º Diretor Financeiro:
Marcelo Machado Borges
2º Diretor Financeiro:
Eugênio Deliberato Filho
Relações Institucionais e Comerciais:
Carlos Eduardo Ferreira
Conselho Fiscal:
Guilherme Marquez de Rezende
Maria Delcira de Queiroz Alves
Silvio de Castro Cunha Junior
Suplentes Conselho Fiscal:
Eduardo Jorge Milagre
Francisco Isidoro Dias Ferreira
Vitor Sérgio de Andrade Acêdo
Conselho Consultivo:
Valdir Henrique Silva
Antônio José Junqueira Villela
Joaquim Luiz Lima Filho
Mário Roberto Ewbank Seixas
Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho
Suplentes do Conselho Consultivo:
Gabriel Donato de Andrade
Inocêncio Gomes de Oliveira
José Olavo Borges Mendes
Leonardo Moura Vilela
Rodrigo Sant`Anna Alvim
rem acesso a sêmen dos melhores reprodutores, melhorando o desempenho dos
rebanhos e, conseqüentemente, a rentabilidade dos seus negócios.
Para saber mais, contatar a
Superintendência Técnica do Girolando
pelo telefone 34-3331-6000 ou pelo e-mail
[email protected].
Panorama das Raças
Feicorte 2008,
mais uma edição
de sucesso
PECUÁRIA DE CORTE
Expozebu 2008 fatura mais de
R$ 66 milhões nos leilões
Importante termômetro da pecuária de
corte brasileira, a Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), em sua
edição de 2008, foi sucesso total. Organizada
pelo Agrocentro, a feira – que teve uma agenda variada de assuntos ligados ao agronegócio do setor –, registrou um faturamento de R$
10 milhões em negócios (somente em leilões)
e contou com cerca de 20 mil visitas, entre pecuaristas, empresários, especialistas, estudantes do Brasil e do exterior.
Passaram pelas pistas da Feicorte cerca de 3.600 bovinos, das raças Nelore, Nelore
Mocho, Simental, Simbrasil, Brahman, Tabapuã, Santa Gertrudis, Caracu, Caracu Mocho,
Bonsmara, Senepol, Angus, Canchim, Limousin, Wagyu, Guzerá e a estreante Sindi, além
de 400 ovinos e caprinos (ovinas Dorper, White Dorper, Santa Inês, Texel e caprinas Boer e
Anglonubiana).
Ao todo, foram realizados 19 leilões, com
exemplares de elite das raças Nelore, Brahman,
Guzerá, Wagyu, Canchim, Angus, Santa Gertrudis, Simental, Simbrasil e Senepol (bovinas),
Santa Inês (ovina) e Quarto de Milha, Paint Horse
e Appaloosa (eqüinas).
Cientes do aquecimento do mercado de
corte e do qualificado público presente à feira, cinco instituições financeiras - Nossa Caixa, Banco do Brasil, Votorantim Financeira,
Banco do Nordeste e Bolsa de Mercadorias
& Futuros – marcaram presença no evento,
orientando os interessados sobre investimentos e apresentando diversas opções de
linhas de crédito.
32
Business Rural
Maior feira de gado zebu do mundo, a Expozebu, Exposição Internacional das Raças Zebuínas, apresentou,
na edição de 2008, resultados expressivos, destacando-se os relativos aos
leilões. Foram comercializados, em
47 pregões, 1.598 animais no valor de
R$ 66.491.000,00 (o de 2007 foi de R$
60.000.000,00), com média por cabeça
de R$ 42.860,00. O animal mais valorizado foi a vaca Poetisa ED Arrojo TE,
negociada no leilão 20ª Noite do Nelore
Nacional. Ela teve 80% de sua posse arrematada por R$1.820.000,00 pelo criador Valter Gama Terra (a matriz pertencia à Agropecuária Mine).
Duas fêmeas foram negociadas
nos leilões com valores acima de R$ milhão. A primeira foi Obela FIV AJJ (50%
de sua posse foi adquirida pelo consórcio formado por João Carlos Di Gênio,
Fazenda Mata Velha e Fazenda Quilombo). O animal, negociado no leilão Elo
da Raça, pertencia ao criador Antônio
José Junqueira Vilela.
O outro animal foi a fêmea Nama TE
K, que pertencia à Nelore Ouro Fino. Negociada no leilão 20ª Noite do Nelore Nacional, ela saiu por R$ 1.134.000,00 para
a Nelore Doma. Os dados sobre as vendas dos animais foram fornecidos pelas
leiloeiras encarregadas dos remates: Leinorte, Remate, Programa, Atual, Nova
Leilões e Novasat Leilões.
Espaço Brahman
Brahman será tema de congresso
brasileiro e latino-americano em
2009 no Rio de Janeiro
Uma das raças bovinas de corte que mais
crescem no país, o Brahman será tema, em 2009,
no Rio de Janeiro, de um importante encontro técnico e de negócios (Brahman Show Rio 2009), o
qual compreenderá três eventos: 1º Congresso
Brasileiro e Latino-Americano da Raça Brahman, Exposição Internacional da Raça Brahman e Feira de Produtos e
Serviços para a Pecuária.
Promovido pela Associação dos Criadores de Brahman do Brasil-ACBB e organizado pela Fagga Eventos, o
Brahman Show Rio 2009 acontecerá entre 4 e 8 de fevereiro no Riocentro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Para participar do Congresso, delegações de 15 países
da América Latina, além da Filipinas, Austrália e Namíbia,
já confirmaram presença no evento.
“Queremos aumentar a comercialização de genética entre os países latino-americanos”, diz o presidente da ACBB, José Amauri Dimarzio e informa: “para tanto,
vamos debater no congresso as
barreiras sanitárias e não-sanitárias que impedem o fluxo do comércio pecuário na América Latina, além dos novos rumos do
agronegócio mundial. Para isso,
o evento contará com rodadas de negócios a fim de estreitar
relações comerciais entre os países participantes”.
DIRETORIA/NBR
O Brahman Show também contará com palestras
que focalizarão os diferentes aspectos e elos da cadeia
produtiva da carne bovina, além do agronegócio de maneira geral. Além de exposição de genética e julgamentos, evento contará com a participação de empresas dos
mais variados setores da pecuária, com destaque para as
dos ramos de equipamentos, tecnologias, genética, insumos, nutrição e saúde animal.
Para maiores informações:
Touro de criador fluminense
é sagrado campeão em prova
de desempenho da CRV Lagoa
Considerada uma das maiores
centrais de genética bovina da América Latina, a CRV anunciou o resultado final do teste de performance
para formação de touros, realizado no Confinamento Savegnago, em
Sertãozinho (SP), entre os meses de
abril e outubro de 2008. A prova reuniu animais das raças Nelore, Nelore
Mocho, Brahman. Guzerá, Tabapuã,
Aberdeen Angus, Red Angus, Santa
Gertrudis e Senepol, sendo que, na
raça Brahman, saiu campeão o touro
MR PROS 259 POI, que obteve 14,06
pontos.O animal é de propriedade de
Leonardo Dutra Parente Martins, titular da Fazenda Prosperidade, localizada no estado do Rio de Janeiro.
A prova reuniu 470 animais de
140 criatórios da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do, Mato
Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Sul, São
Paulo, São Paulo, Tocantins
e Distrito Federal e, nela, foram avaliadas 12 características: peso, ganho médio
diário, perímetro escrotal,
conformação, precocidade,
musculosidade, umbigo, temperatura, área de olho de lombo (AOL),
espessura de gordura subcutânea
(EGS), marmoreio e tipo.
O gerente de produto Corte Zebu
da CRV Lagoa e responsável pelo Centro de Performance da empresa, Ricardo Abreu, se disse satisfeito com o
desempenho dos animais durante os
200 dias de confinamento. “Vale lembrar, explica ele, que a ponderação do
índice de cada raça foi feita pelo co-
34 B u s i n e s s R u r a l
mitê técnico da associação de cada
raça. Essa ponderação privilegiou os
animais equilibrados e harmônicos”.
TESTE DE PERFORMANCE – Tratase de um método de seleção em que
o animal é avaliado em seu desempenho (várias características), numa
prova de confinamento, com duração
de 180 dias. Podem participar touros
desmamados PO (puro de origem). O
teste tem por objetivos:
* Disponibilizar a pequenos, médios e grandes criadores a avaliação
de seus animais num teste;
* Identificar animais jovens superiores para posterior colocação no
mercado na forma de leilão no final
do teste; e
* Servir como fonte de touros jovens para teste de progênie no programa PAINT (melhoramento genético de
bovinos de corte), da CRV Lagoa.
Presidente - Aldo Valente (UberBrahman)
Vice-presidente
Cláudio Caiado Júnior (Brahman Transmontana)
Diretor administrativo
Roberto Sardinha Júnior (Brahman Rubi)
Diretor financeiro
André Vicente (Brahman Zapp)
Diretor de Marketing
Carlos Príncipe (Brahman do Príncipe)
Núcleo Brahman Rio (NBR)
tel.: (21) 2232-5640
[email protected]
Expobrahman 2008
faz sucesso e fatura
R$ 4 milhões
A ExpoBrahman,
em sua edição de
2008, foi sucesso
total. Principal evento da raça, a mostra
reuniu, entre os dias
13 e 19 de outubro, em Uberaba (MG),
cerca de 700 animais que representam
o que há de melhor em genética do Brahman no país. Nos cinco leilões realizados
dentro da programação da mostra obteve-se o expressivo faturamento de cerca de R$ 4 milhões com a venda de animais. Nas pistas de julgamento, o destaque foi o Grande Campeonato Machos,
vencido por Mister Texas TE 129, de propriedade de Demes Albertoni, titular da
Fazenda Ranch III, localizada em Goiás.
“Esta foi uma vitória da genética diferenciada da raça Brahman, pois o animal expressa todas as qualidades positivas em
termos de produtividade e eficiência reprodutiva”, destaca Demes. O Reservado Grande Campeão foi Mister Querença 3000, da Querença Empresa Rural.
“A V Expobrahman foi um sucesso, com
público duas vezes maior que a edição
do ano passado e genética de altíssima
qualidade. A pecuária nacional tem investido muito em animais capazes de
produzir carne de melhor qualidade e a exposição mostrou que
a raça tem potencial
para contribuir muito
com a cadeia produtiva”, destaca o presidente da Associação
dos Criadores de Brahman do Brasil-ACBB,
José Amauri Dimarzio. No encerramento
do evento, Dimarzio reforçou ainda o perfil produtivo a raça que, “além da oferta de
carne, destaca-se pela rusticidade e adaptabilidade às condições brasileiras, o que
favorece o seu crescimento em todo território nacional”.
O título de Melhor Criador e Melhor
Expositor da ExpoBrahman 2008 ficou com
a Querença, de Inhauma e Uberaba (MG).
“É muito gratificante esse resultado, em especial porque a disputa foi muito acirrada
e o nível dos animais bastante elevado. Ele
coroa o trabalho de toda uma equipe comprometida e sólidos investimentos para que
a raça se consolide ainda mais no país”,
ressalta Moisés Fernandes Campos, vicepresidente da ACBB e diretor da Querença. A V ExpoBrahman também encerrou o
Ranking Nacional Brahman 2007/2008. O
Melhor Expositor Nacional é a J4 Agropecuária e o Melhor Criador a Querença.
CRV Lagoa - Considerada uma das
maiores centrais de genética bovina da América Latina, a CRV Lagoa
(com sede em Sertãozinho-SP), oferece desde 1971 produtos e serviços de melhoramento genético animal. Conta com sêmen convencional e sexado de touros nacionais
e importados e de ovinos e caprinos em sua bateria, além de oferecer programas e serviços, como o
PAINT e o Centro de Performance
Lagoa, entre outros.
MISTER TEXAS TE 129, Grande Campeão da V Expobrahman
DIRETORIA DA ACNB
Triênio 2008/2011
Presidente:
Vilemondes Garcia de Andrade Filho
1º Vice Presidente:
Helder Henrique Galera
ACNB: 54 anos
de bons serviços
à raça Nelore
Como parte do seu programa de trabalho a
ANCB desenvolve ações visando preservar, fomentar
e divulgar a raça Nelore através da valorização de sua
carne e do melhoramento genético, auxiliar no desenvolvimento da pecuária nacional e contribuir para o fornecimento de produtos saudáveis na alimentação. Para
isso, promove e dá apoio a uma série de iniciativas que
visam evidenciar as qualidades da raça e estimular o
desenvolvimento da pecuária nacional.
PROJETOS
* Desde 1993, a entidade promove o Ranking Nacional da ACNB com o objetivo de estimular a divulgar
o progresso genético da raça. Com esse mesmo fim,
apóia a Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores na operacionalização do Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore – PMGRN Nelore Brasil.
* Em 1999, iniciou uma nova linha de trabalho, estendendo sua atuação aos criadores de gado comercial
e assumindo um novo desafio: desenvolver uma marca
para a carne do Nelore. Assim teve início a promoção
dos abates técnicos que subsidiaram o desenvolvimento
3º Vice Presidente:
Helder Henrique Galera
4º Vice Presidente:
Luiz Carlos Marino
5º Vice Presidente:
José Luiz Niemeyer dos Santos
Diretor Secretário Geral
Felipe Carneiro Monteiro Picciani
Diretor 1º Secretário
Roberto Alves Mendes
foto: ACNB
Fundada em 7 de abril de 1954 e com sede na
capital do Estado de São Paulo, a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil-ANCB é uma entidade que
tem por finalidade integrar criadores e pecuaristas em
torno de um objetivo comum: fortalecer e defender a
raça Nelore que representa cerca de 80% do rebanho
de corte nacional, estimado em 170 milhões de cabeças (a população bovina brasileira é de 205 milhões de
cabeças aproximadamente).
2º Vice Presidente:
Alice Maria Barreto Prado Ferreira
Reprodutor de genética superior
e deram origem ao Programa de Qualidade Nelore Natural – PQNN.
* Desde 2001, a marca (Nelore Natura, Boi de
Capim, Carne Saudável) leva a marca do pecuarista
até a mesa dos consumidores brasileiros. Após o início das operações do PQNN, os abates técnicos passaram a ter a função de mapear o desempenho frigorífico da raça Nelore no país e orientar os seus participantes quanto aos parâmetros de melhor liquidez
de mercado. Passaram então a ser organizados sob a
forma de um campeonato: Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças.
* A oficialização dos leilões Nelore, promovidos no
país, é outra iniciativa da ACNB. A chancela de Leilão Oficial tem por fim o fortalecimento e valorização da raça.
* O projeto mais recente da ACNB foi a instituição
da Universidade do Boi e da Carne, um órgão de difusão
de tecnologias destinadas ao aprimoramento, fortalecimento e expansão da raça Nelore.
Titular da Fazenda Boi Verde, em Avaré (SP), onde
possui um plantel de 420 animais Nelore PO, Vilemondes, foi um dos fundadores do Núcleo dos Criadores
de Nelore de Avaré e Região. Alice Ferreira – criadora
de Nelore nas suas fazendas Quilombo e Perdizes, em
38
Business Rural
Diretor 1º Tesoureiro
José Odemir Spaggiari
Diretor 2º Tesoureiro
José Carlos Romanelli
A festa de fim de ano e a
entrega dos prêmios do
Ranking Nelore-Rio 2008 e
do Ranking ACNB Regional
RJ 2007/2008 se realizará
no dia 09/12/08, no Clube Monte Líbano, com início às 19 horas. O show de encerramento será
com Escola de Samba Unidos do Viradouro.
Vencedores do Ranking Nelore-Rio 2008
Melhores Expositores
1° - Augusto José Ariston
2° - Fernando Fiúza Diz
3° - Pecuária Unit Santa Clara Ltda.
Melhores Criadores
1° - Pecuária Unit Santa Clara
2° - Fernando Fiúza Diz
3° - Faz. N.M. Santa Edwiges C.R.Ltda.
ACNB tem
novo presidente
Melhores Fêmeas
1° - Vala I TE FMT
2° - Membeca I do Seridó
3° - Espanholina WF Diz
Melhores Machos
foto: Fabio Fatori / ACNB
Aproximar ainda mais a entidade do
dia-a-dia do nelorista é um dos objetivos do
novo presidente da ACNB, Vilemondes Garcia de Andrade Filho, à frente do órgão. Ele
substitui no cargo Alice Maria Barreto Prado
Ferreira, primeira mulher a presidir o órgão.
Na pecuária desde 1987, Vilemondes foi indicado para o cargo pela ACNB devido, principalmente, ao seu vínculo administrativo
com órgão (na gestão anterior foi seu 2° Secretário). Sua posse e dos demais membros
da Diretoria ocorreu em 17/04/2008.
Diretor 2º Secretário
Luiz Antônio Felippe
Alice Maria Barreto Prado Ferreira
e Vilemondes Garcia de Andrade Filho
Indaiatuba (SP) e Campo Grande (MS) – deixa a presidência da ACNB, mas não se desligará da diretoria,
ocupando o cargo de 2° Vice-Presidente.
1° - Ferrari TE Casseribu
2° - Espanhol FIV WF Diz
3° - Ijanu FIV JWW
Melhores Matrizes
1° - Opinião FC.
2° - Damara da Edwiges.
3° - Bilara I JWW
Prêmio Expositor Revelação
Ricardo Campos Salgado
Prêmio Criador Revelação
Olavo Monteiro de Carvalho
OVINOS/CAPRINOS
Pecuária Por: Adeildo Lopes Cavalcante
OVINOCAPRINOCULTURA:
bons negócios na certa
Um dos setores
da pecuária que
oferecem boas
perspectivas para se ganhar dinheiro atualmente é a ovinocaprinocultura (criação de ovinos e caprinos). A razão é que há crescente procura pelos produtos
do setor, principalmente carne, e a oferta não atende essa procura, gerando a
necessidade de se investir no aumento da produção para atender à demanda
40
Business Rural
FALTA DE PRODUTOS
VANTAGENS
Em vista das oportunidades ofereciO fato de o Brasil apresentar produdas pelo mercado, muitos produtores reção insuficiente para atender à demanda e
solveram aumentar a produção, enquanto
baixo consumo de produtos ocorre apesar
um bom número de pessoas passou a inde o país possuir um dos maiores rebanhos
vestir no setor de criação. Uma das vantade ovinos e caprinos do mundo. Segundo
gens da criação de ovio último levantamento
nos e caprinos é que são
do Instituto Brasileiro de
animais com pouca exiGeografia e Estatística
gência de espaço físico
(IBGE), datado de 2006,
e pastagem: o local onde
o país dispõe atualmente
se colocaria um bovino
de cerca de 16 milhões
adulto pode receber, por
de ovinos e de 10,5 miexemplo, até nove ovilhões de caprinos. Por
nos. Além disso, o interser o rebanho nacional
valo entre partos é menor
insuficiente para suprir
do que nos bovinos (a fêa demanda de carne, o
mea passa nove meses
Brasil tem importado o
em gestação). No ovino e
produto de outros pano caprino, a gestação é
íses, como o Uruguai,
de cinco meses, ou seja,
para complementar as Ovino da Raça Dorper
a prolificidade é maior, o
necessidades internas.
que significa que, em curto espaço de temA falta de produtos não se restringe
po, o rebanho é multiplicado.
apenas à carne. A caprinocultura leiteira,
Foto: Marcia Gouthier / ASN
Setor que tem por atividade principal
a produção de carne, leite, pele e lã, a ovinocaprinocultura (criações de ovinos e caprinos) é um dos setores da pecuária que
oferecem atualmente perspectivas para realização de bons negócios em vários estados,
entre eles o Rio de Janeiro (sobre a atividade nesse estado leia mais adiante). Isto se
deve a dois fatores: crescente procura pelos
produtos do setor, principalmente carne, e
oferta insuficiente para atender essa procura, o que gera a necessidade de se investir
no aumento da produção para atender à
demanda. Prova desse desequilíbrio entre
a produção e a procura, no caso da carne,
carro-chefe do setor, está em dado levantado pela Associação Brasileira dos Criadores
de Ovinos (ARCO): hoje a produção nacional gira em torno de 172 mil toneladas por
ano, enquanto o consumo é de cerca 2004
mil toneladas/ano.
O número referente ao consumo, no entanto, não significa que ele seja alto no país.
Segundo estudos especializados, o Brasil
consome apenas 0,7 quilos de carne ovina
e caprina por pessoa/ano, metade do consumido pelo México (1,4 quilos) e Argentina (l,5
quilos). Comparado com o índice da Nova
Zelândia, 39,7 quilos, o maior do mundo,
nosso índice de consumo é insignificante.
por exemplo, apresenta um déficit de quatro
toneladas por ano na produção, que hoje é
de 22 mil toneladas. Ou seja: cerca 15% da
demanda de leite de cabra são importados
de outros países.
Outro ponto positivo é o custo reduzido em comparação com o de bovinos,
devido à prolificidade e à menor exigibilidade de espaço. Outra vantagem: o custo de matrizes e de reprodutores é inferior
ao dos bovinos. Por outro
lado, tanto no mercado interno quanto no externo,
há uma demanda insatisfeita por produto do setor,
o que gera a possibilidade
de incremento da ovinocaprinocultura para suprimento desses mercados.
Fontes: IBGE, Ministério da
Agricultura e o Agrocentro,
empresa promotora da Feira Internacional de Caprinos e Ovinos, evento realizado anualmente no país.
CNA REATIVA
COMISSÃO
DE OVINOS
E CAPRINOS
ACOCERJ E RIOCAPRI
APÓIAM O SETOR NO ESTADO DO RIO
Expositores: Diego Vasconcelos, Thiago Inojosa, Marambaia
Agropecuária Ltda., Pergentino de Vasconcelos e Toli Ovinos.
Contando com o apoio da Associação de Criadores de
Ovinos e Caprinos do Estado do Rio de Janeiro-ACOCERJ e
da Associação dos Caprinocultores do Estado do Rio de Janeiro - RIOCAPRI (ver detalhes sobre essas entidades abaixo), a ovinocaprinocultura, no Rio de Janeiro, evolui para se transformar em importante atividade da economia do
estado. Hoje o segmento reúne, em diferentes regiões do
território fluminense, um rebanho de aproximadamente de
75 mil animais, sendo 45 mil de ovinos e o restante de caprinos.
A ovinocultura está voltada principalmente para a produção de carne e entre as raças mais criadas estão a Santa
Inês deslanada (sem lã) e a Dorper. Quanto à caprinocultura, preodomina, no setor, a produção leiteira, sendo que as
raças mais exploradas são: Saanen, Alpina, Toggenburg e
Anglo-nubiana.
Uma das finalidades da Exposição consiste em, através de
avaliações de conformação e de produção, detectar animais de
alta qualidade, os quais servirão como referência no que diz respeito ao melhoramento genético do rebanho ovino.
ACOCERJ – Nos últimos quatro anos a ACOCERJ vem pro-
Criadores: Thiago Inojosa, Marambaia Agropecuária Ltda.,
Diego Vasconcelos, Toli Ovinos e Pergentino de Vasconcelos.
Leilão - Da agenda da Exposição fez parte um leilão de animais
das raças Santa Inês e Dorper, no qual foram comercializados
40 lotes no valor de R$ 178.000,00. Além do leilão, foram vendidos animais nas baias. Nos dois ambientes, leilão e baias, o
faturamento chegou a R$ 250.000,00 aproximadamente.
Durante a Exposição foi dada conhecer uma notícia importante para a ovinocultura de corte fluminense: o credenciamento do Frigorífico Municipal de Campos para abate de ovinos com inspeção estadual.
RIOCAPRI – Essa entidade, criada em 1999 e com sede no
município de Resende, tem por objetivo, segundo sua diretoria,
“promover o desenvolvimento harmonioso e sustentando da caprinocultura no Estado do Rio de Janeiro”.
movendo diversos eventos com o fim de difundir a atividade
no território fluminense, destacando-se a Exposição Especializada de Ovinos (a mais importante do estado), realizada anualmente em Campos, em parceira com o SEBRAE-RJ,
Fundação Rural de Campos e Secretaria Municipal de Agricultura de Campos.
Além de pesquisar e estudar assuntos de interesse dos caprinocultores associados e divulgar a caprinocultura, cabe à RIOCAPRI executar o Serviço de Registro Genealógico das Raças
Caprinas (SRGC) no estado, por subdelegação da Associação
Brasileira de Criadores de Caprinos (ABCC).
A edição 2008 (a quarta) reuniu 79 participantes (23 expositores e 56 criadores) dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe e contou com 580 animais das raças
Santa Inês, Dorper e Lacaune, dos quais 180 foram à pista de
julgamento (somente a raça Santa Inês foi a julgamento). Saíram vencedores dos julgamentos:
A caprinocultura fluminense começou a despontar como
atividade econômica a partir de 1980 e hoje exibe as algumas
conquistas importante, como a Queijaria Escola de Nova Friburgo, que vem atraindo novos investimentos para a atividade
e fortalecendo produtores já existentes, incentivados pela garantia de compra do leite produzido por eles.
Desativada há seis anos,
a Comissão voltou a funcionar no ano passado e, no início das atividades, elaborou
um plano para curto, médio
e longo prazo. É objetivo do
órgão fomentar iniciativas
de organizações de associações e cooperativas para
fortalecimento da cadeia
produtiva do setor. “Todos
os entraves da cadeia têm
que ser estudados”, diz o
presidente da Comissão,
Edilsom Maia, afirmando
que “o setor vive um bom
momento, pois há procura
de carne e pouca oferta do
produto” . E acrescenta:
“Precisamos unir os esforços para nos tornarmos
uma atividade econômica estável, pois nossa produção
ainda é muito doméstica e
há uma longa distância entre
os produtores e frigoríficos”.
Ele chama a atenção para o
fato de que há pouca informação sobre o mercado, o
que dificulta o desenvolvimento da atividade. “Todos
os anos muitos produtores
investem no setor e, por falta de informações, muitos
acabam desistindo, abandonando a criação de ovinos e
caprinos”, diz.
B u s i n e s s R u r a l 41
Nutrição Animal
Bovinos
Produtos químicos e biológicos
viabilizam uso da silagem
de cana na alimentação do gado
A fermentação alcoólica presente na silagem de cana-de-açúcar que inviabiliza o uso desta na
alimentação de bovinos já pode ser reduzida a um nível que permite o emprego do alimento, com sucesso, na dieta
dos animais. Basta, para isso, que se
aplique, nele, aditivos (produtos químicos e biológicos) para controle da fermentação. A conclusão resulta de pesquisas realizadas na Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da
Universidade de São Paulo, entre elas a
desenvolvida pelo pesquisador Patrick
Schmitd com animais de corte das raças Nelore e Canchim
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
Embora sejam a base da alimentação
do gado de corte e de leite, as pastagens
não produzem, principalmente nos períodos secos do ano, forragem suficiente e de
boa qualidade para atender às necessidades nutricionais dos animais. Nesses períodos, devido à estiagem, o alimento fica escasso e, em muitas fazendas, chega a faltar.
Em conseqüência disso, o gado emagrece,
perde peso e passa a produzir menos carne e leite, afetando a lucratividade dos produtores.
Diante dessa situação, os produtores,
para reforçar a dieta dos animais, fazem
uso de outros alimentos, como silagem (forragem conservada em depósitos próprios,
chamados silos). Nesse contexto, destacam-se pesquisas sobre silagem de canade-açúcar realizadas na Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz–Esalq (Campus Piracicaba), vinculada à Universidade
de São Paulo. Nos estudos, conduzidos no
Departamento de Zootecnia, ficou comprovado que esse alimento pode ser empregado com sucesso na dieta do gado de corte
e de leite desde que se aplique, nele, aditivos químicos e biológicos para controle da
fermentação alcoólica, provocada por leveduras que convertem os açúcares da forra-
42
Business Rural
Cana picada para posterior colocação no silo
gem em álcool. Essa providência minimiza
as perdas de silagem, preserva o valor nutritivo do alimento e faz com que ele seja mais
palatável e digestível.
GADO DE CORTE
Dentre os estudos recentes realizados
na Esalq sobre nutrição de bovinos destaca-se o desenvolvido pelo pesquisador Patrick Schmidt envolvendo o emprego de aditivos em silagem de cana para gado de corte. Para a realização do estudo, ele partiu da
constatação, conforme assegura em entrevista à Revista Business Rural, de que a pesquisa com silagem de cana no Brasil visa, em
primeiro lugar, obter aditivos que impeçam a
produção de álcool no silo. “Para isso, explica, os aditivos devem ser eficientes em impedir o crescimento e a atividade das leveduras
presentes na cana-de-açúcar”. E prossegue:
“Na minha pesquisa, com a qual obtive o título de Doutor em Nutrição Animal
em tese defendida junto ao Departamento
de Zootecnia da Esalq sob a orientação do
professor Luiz Gustavo Nussio, destacamse dois ensaio com animais Nelore e Canchim, nos quais foram testados os aditivos
benzo ato de sódio (químico) e Lactobacillus buchneri (bacteriano). Ambos se mos-
traram bastante favoráveis à preservação da
cana-de-açúcar no silo, não deixando o material perder qualidade em função do crescimento de leveduras. Num dos ensaios (confinamento), silagens aditivadas com a bactéria L. buchneri proporcionaram ganho de
peso de 200 gramas por dia a mais que silagens feitas sem aditivos”.
A silagem aditivada, segundo o pesquisador, tem um custo maior que a silagem
sem aditivos. Em média, os aditivos custam
entre R$ 6,00 e R$ 9,00 por tonelada de
cana. “Contudo, esclarece, se corretamente utilizados, eles promovem menores perdas no processo de ensilagem (13% contra os 30% na silagem sem aditivos) e maior
ganho de peso nos animais. Assim, os dados obtidos nos ensaios desenvolvidos na
Esalq mostram custo de produção de 12%
inferior para silagens aditivadas, em relação
à silagem de cana sem aditivos”.
GADO DE LEITE
Embora o foco de seus estudos tenha
sido silagem de cana aditivada para gado
de corte, o pesquisador Patrick Schmidt
aproveita a oportunidade para informar que
o Departamento de Zootecnia da Esalq obteve, em outros estudos, bons resultados
ADITIVOS: MAIS QUALIDADE E MENOS PERDAS
Bem preparada com aditivos indicados pela Esalq,
a silagem de cana pode fazer parte da lista de silagens
de boa qualidade e econômicas feitas com outros produtos, como o milho (a silagem
mais usada pelos produto-
res). A busca de fontes de alimentação mais econômicas é
muito importante, pois a alimentação responde por cerca
de 60% dos custos de produção dos animais.
O pesquisador Patrick
Schmidt chama a atenção, por
outro lado, que a silagem nunca terá a qualidade da forragem fresca que deu origem a
ela. Por isso, é importante melhorar a qualidade e minimizar
as perdas na ensilagem, utilizando-se aditivos no processo
de preparo do alimento.
SILAGEM O ANO TODO PARA O GADO
Cultivada em praticamente todas as regiões do
país, a cana é muito utilizada na alimentação do
gado, na forma fresca (picada no cocho), principalmente nos períodos secos
do ano, quando apresenta
elevada produção de forragem e quando há escassez de pastagens. O uso
da silagem dessa forrageira apresenta vantagens
com o uso desse alimento em ensaios com
vacas holandesas em lactação, envolvendo silagem de cana aditivada e rações contendo silagem de milho. “As produções de
leite apuradas nos ensaios apresentaram
diferenças insignificantes (24,4 quilos/dia
para silagem de cana aditivida e 25,5 quilos/dia para silagem de milho), mostrando
que, se bem feita, a silagem de cana aditivada pode ser utilizada, como volumoso,
para vacas de alta produção”, diz o pesquisador, que atualmente é professor da
Universidade Estadual Paulista–Unesp), na
unidade que a instituição mantém no município de Registro.
“Com base em minhas pesquisas e
em outros estudos realizados pela Esalq,
podemos dizer que a instituição já domina
a tecnologia de produção e uso da silagem
de cana aditivada, afirma o Schmidt, adiantando que essa tecnologia (disponível ao
produtor), vem sendo aplicada em muitas
fazendas de pecuária com resultados bastante satisfatórios”.
SILAGEM,
ENSILAGEM
E SILOS
A silagem resulta da ensilagem
(técnica de conservação, em silos, de
forragem em estado
verde). Obtém-se o
alimento pela fermentação controlada de plantas com
certo grau de umidade. Usada principalmente para bovi-
importantes: além de poder ser utilizada durante o
ano inteiro, não depende,
para seu preparo, do tempo, como acontece com a
fenação; torna as forragens
armazenadas mais palatáveis e digestíveis; possibilita o aproveitamento de toda
a planta e permite manter,
por hectare, um maior número de animais durante o ano todo.
nos, a silagem não
é indicada para cavalos e bezerros pequenos. Os silos
freqüentemente
utilizados são os
horizontais, do tipo trincheira ou de
superfície. Há também os silos cilíndricos verticais, do
tipo cisterna (os
menos usados porque são de lida mais
difícil).
Tese premiada – Devido à sua importância principalmente para o produtor, a tese
defendida por Schmidt na Esalq e que resultou dos seus estudos foi destaque na
Reunião Anual da Sociedade Brasileira de
Zootecnia (edição 2007), realizada em Jaboticabal (SP). No encontro o trabalho foi
premiado como a melhor Tese de Doutorado defendida no Brasil em 2006.
Maiores informações podem ser
conseguidas com o Grupo de Qualidade e Conservação de Forragens da Esalq/
USP, através do prof. Luiz Gustavo Nussio
([email protected]), ou diretamente com
o prof. Patrick Schmidt na Unesp/Campus
de Registro (telefone 13-3828-2900 ou pelo
e-mail [email protected]).
B u s i n e s s R u r a l 43
Reprodução Animal
Comercialização de clones:
novidade na pecuária de corte
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
Visando reduzir custos e aumentar
a rentabilidade das criações de bovinos
de corte busca-se cada vez mais, nas
áreas de alimentação, manejo e genética, meios para tornar isto possível, melhorando o nível técnico das fazendas .Na
área da genética, uma alternativa que disponta diz respeito à clonagem de bovinos
de corte a partir de um programa iniciado
pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Um dos grandes objetivos do programa é produzir clones comerciais de
alto padrão genético e de custos acessíveis para fornecimento a pecuaristas
que aderirem ao programa. Com o emprego dos clones em cruzamentos com
animais de seus rebanhos, os produtores poderão melhorar a produtividade
dos animais e, em conseqüência, a rentabilidade dos seus negócios. Um dos
meios que poderá ser usado, nos cruzamentos, é a inseminação artificial, técnica empregada, com sucesso, na pecuária em todo o Brasil.
44
Business Rural
Uma novidade está para surgir na pecuária: a produção de clones de bovinos de corte de genética superior para fornecimento
a produtores. O objetivo é melhorar a produtividade e a qualidade
das criações e, conseqüentemente, a renda dos produtores. É o
que prevê parceria formada entre a Embrapa Recursos Genéticos
e Biotecnologia – órgão de pesquisa do governo federal – e a empresa Brasif, através da Fazenda Mata Velha, em Uberaba (MG)
PARCERIA
“O programa tem por base uma parceria entre a Embrapa e a Brasif Participações e Administração, que mantém a Fazenda Mata Velha, em Uberaba (MG). Trata-se de uma das mais importantes propriedades que atuam no melhoramento
e difusão da genética da raça Nelore no
país”, explica, em entrevista à Revista Business Rural, o chefe geral do Cenargen,
José Manuel Cabral de Sousa Dias. Em
maio de 2006, a Brasif e a Embrapa assinaram contrato para melhoramento e validação das técnicas de clonagem e prestação de serviço de produção de clones
para os criadores interessados.
Segundo o titular do Cenargen, “a
pareceria é inédita no Brasil e foi for-
mada para que a demanda de clonagem de bovinos possa ser atendida
de forma efetiva pela Brasif, usando
os conhecimentos e tecnologias geradas pela Embrapa. A empresa pública
tem certas limitações que, às vezes, dificultam a prestação de serviços com a
presteza que convém às empresas particulares”.
“Os primeiros experimentos advindos
dessa parceria, prossegue José Manuel,
estão sendo realizados no Campo Experimental do Cenargen, em Brasília, no Distrito Federal. São experimentos que visam
melhorar as técnicas de clonagem, de
modo a aumentar a produção de clones e
número de prenhezes a partir de embriões
clonados implantados nas receptoras”.
“Na Fazenda Mata Velha, informa o
dirigente do Cenargen, está em construção um laboratório específico para a produção in vitro de embriões (técnica conhecida com PIVE) e de clones bovinos e, de
acordo com a programação estabelecida,
a parceria entre a Embrapa e a Brasif deve
ser consolidar até o final de 2008 com o
nascimento dos clones que usarão material genético doado por matrizes de alto
padrão genético doado por matrizes da
Fazenda Mata Velha”.
Inseminação artificial: uma das técnicas
modernas que poderá ser usada
“A partir daí, adianta o chefe geral do Cenargen, o laboratório passará a atender à demanda pela produção
de cópias de animais de alto valor ge-
CLONAGEM: CONQUISTAS DA EMBRAPA
Pioneira nas pesquisas de clonagem
bovina na América Latina, a Embrapa, através do Cenargen, começou a se destacar
nessa área a partir de 2001, quando obteve o primeiro clone do Brasil
– a bezerra da raça Simental
Vitória. Este clone, que está
prestes a completar seis
anos de vida sem apresentar nenhum sintoma de envelhecimento precoce, já foi mãe
da bezerra Glória, nascida em 2004 e do bezerro
Galante, nascido em 2006,
ambos gerados por inseminação artificial. “O nascimento dos
filhos de Vitória responde a importantes
questões sobre fecundidade e habilidade
materna do clone e abre ótimas perspectivas para a clonagem comercial”, diz José
Manuel Cabral de Sousa Dias.
O segundo clone produzido pela
equipe do Cenargen foi Lenda da Embrapa, gerada em 2003 a partir de células de
nético da própria Fazenda Mata Velha
e de outras propriedades interessadas
em multiplicar e difundir o seu material genético. A expectativa é que até
uma vaca holandesa que havia morrido
antes da coleta das células que originaram o clone. Lenda da Embrapa, por inseminação artificial, gerou Fábula, que nasceu em 2005 e que atualmente,
com mais de um ano de idade, tem desenvolvimento
normal, demonstrando o
potencial reprodutivo e a
habilidade materna da
fêmea clonada.
Outro experimento de clonagem foi realizado a partir de uma vaca
Junqueira, raça que foi muito
importante em passado recente, mas que atualmente está em risco de
extinção. Dois clones, as bezerras Porã e
Potira, nasceram em 2005, constituindo-se
em uma real possibilidade de multiplicar o
número de animais dessa raça no país. A
partir desse experimento, pode-se antever
que a clonagem poderá ser utilizada também, no futuro, para salvar bovinos e outros mamíferos em risco de extinção.
o final de 2008, a técnica de clonagem
esteja devidamente dominada e o laboratório se encontre em pleno funcionamento”.
B u s i n e s s R u r a l 45
E s p o r t e s
EM JAGUARIÚNA, SILVANO ALVES E
ANTONIO JUCELINO SÃO OS CAMPEÕES
DO CIRCUITO CRYSTAL DE RODEIO
Pedro Muylaert vence
GP do Internacional de
Saltos do Rio
O conjunto paulista Padro
Muylaert/Vidou venceu o Grande
Prêmio, de 1,50m, do Internacional
de Saltos do Rio de Janeiro, na Sociedade Hípica Brasileira. O conjunto
foi o mais rápido com 55s41, desbancando os favoritos. O carioca Stephan Barcha/Krissnee Du Defey foi o
vice- campeão com 57s05 e pista
limpa, seguido Poe Hércules Gadelha
e Ocana, 54s21 e quatro pontos.
Final do campeonato que tem a maior premiação do país no
esporte aconteceu, durante o Jaguariúna Rodeio Festival
Além dos competidores que ficaram em primeiro lugar, receberam
prêmios em dinheiro todos os 21 finalistas da noite e também os animais
e tropas que se destacaram ao longo do campeonato. O melhor touro foi
Praieiro de Neto Oger/ 3 B. Já Panther
da tropa de Luiz Preto foi o melhor cavalo. Os proprietários receberam R$
50 mil e R$ 30 mil respectivamente. A
boiada que mais se destacou ao longo do Circuito foi a de Neto Oger. Já o
prêmio de tropa campeã ficou com a
Cia. Vale da Piedade Crystal. Eles receberam R$ 30 mil cada. No geral, a
final do Circuito distribuiu R$ 600 mil
livres de impostos.
Felipe Amaral é o
Campeão do Troféu
Roberto Marinho 2008
Foto: Divulgação
Uma final emocionante que
reuniu as maiores estrelas do rodeio
nacional consagrou os competidores
Silvano Alves de Almeida, de Pilar do
Sul (SP) e Antonio Jucelino da Costa, de Tietê (SP) campeões do Circuito Crystal de Rodeio 2007/2008. Silvano foi o vencedor do campeonato
na modalidade touro encerrando o
Circuito com 920 pontos. O competidor levou para a casa o prêmio de R$
300 mil e uma fivela de ouro cravejada com rubis com valor estimado de
R$ 20 mil. Já na modalidade cavalo
cutiano Antonio Jucelino conquistou
o bi-campeonato com 580 pontos no
ranking geral da competição. Jucelino
recebeu pelo feito o prêmio de R$ 100
mil e a fivela de R$ 20 mil.
O Circuito Crystal-2007/2008
teve 14 etapas que foram realizadas
nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás .
em Cajamar, Fernandópolis, Barretos
(Festa dos Campeões), Araçoiaba da
Serra e Paranaíba, além de ter sido
vice-campeão em Rio Verde.
Os campeões do Circuito
Os dois competidores campeões fazem parte do Top Team Crystal,
time de grandes estrelas do rodeio,
considerado a seleção brasileira do
esporte.
Além do bi-campeonato do Circuito Crystal, Antonio Jucelino coleciona outros grandes títulos no rodeio
brasileiro. Entre os títulos que sustenta está o de bi-campeão de Barretos e
campeão em Jaguariúna e Americana.
Já ganhou 27 motos, 2 caminhonetes
e 12 carros em rodeios pelo Brasil.
Silvano Alves de Almeida, o
campeão na modalidade touro, é considerado uma das maiores revelações
do rodeio nos últimos tempos. Com
apenas 20 anos, ele já foi campeão
Vencedores da etapa
Com 341 pontos conquistados
em quatro dias de montarias Silvano
Alves Almeida foi o vencedor na modalidade touro da etapa do Circuito realizada em Jaguariúna. Já nas montarias em cavalo cutiano houve empate
entre Antonio Jucelino e Jair Honório
com 309 pontos.
Sobrou emoção no GP Troféu Perpétuo Roberto Marinho, que
encerrou as comemorações do 70o
Aniversário da Sociedade Hípica
Brasileira. Na pista com obstáculos
a 1m45, desenhada por Guilherme
Nogueira Jorge, apenas nove dos 38
conjuntos não cometeram falta e ficaram dentro do tempo
No segundo percurso, o jovem
Felipe Amaral, de 18 anos, montando Aliança do Brasil Rastaman GMS
desbancou os favoritos e foi o mais
rápido em 43s73, com uma pista
perfeita. O segundo posto foi para
José Roberto Reynoso Fernandes
Filho/Gina Jmen Sanol Dog Protecnina, em 44s55, seguido por Fábio
Leivas da Costa e Lancelot Domar,
em 46s46, ambos sem faltas
Responsável pela nota: Imprensa CBH
Foto: ABHIR
Hipismo Rural: criado e praticado por brasileiros
46
46 B u s i n e s s R u r a l
Descober to e praticado unicamente por brasileiros, o Hipismo Rural buscou
sua inspiração nas áreas rurais e fazendas como uma brincadeira, que logo desenvolveu-se com bases do adestramento
e criação de regras próprias, levando esse
espor te a um crescimento contínuo de cavaleiros e amazonas praticando, competindo, criando novos talentos e consagrando animais.
cluindo competições de Resistência, Steeple
chase, Cross e Picadeiro.
O Hipismo Rural compõe-se de um conjunto de provas realizadas em dois dias, in-
Mais informações pelo site da ABHIR
www.abhir.com.br
Alinne Moniz e White Boy - Hipica Vidotto
O Hipismo Rural é caracterizado por
mostrar o trabalho do cavalo em espaço fechado (como dentro de um curral), tendo o
animal que fazer as figuras de baliza, tambor, salto de obstáculos e recuos.
Hoje, as provas são disputadas em sete
categorias: Escola, Mini-Mirim, Nível I, Intermediária, Master, Performance e Força livre.
By Nancy Dy Hirsch
Querida Angélica,
A festa começa daqui a pouco. A
cidade é Ribeirão Preto, interior de São
Paulo e o local é o Parque de Exposições. O momento é o anticlímax da 27ª.
Exposição Nacional do Cavalo Árabe.
Os nove dias -de oito a dezesseis de
novembro - com certeza vão se estender, uma vez que nossos visitantes estrangeiros sempre programam visitas
aos haras e centros de treinamento. O
picadeiro coberto vai receber a serragem colorida, as bandeiras dos países
criadores da raça e dos estados brasileiros vão tremular no teto, o pavilhão
verde e amarelo vai reinar sobre elas.
Neste momento, ao invés dos relinchos
dos cavalos, os sons que predominam
são dos martelos e das furadeiras. Mas
isso muda em breve.
Estimamos a presença de mil animais entre os daqui e aqueles que vêm
da Europa e das Américas. O público vai
se distribuir pelas mesas e camarotes,
portando seus catálogos e suas expectativas: para cada modalidade de prova
há apenas um campeão, uma guirlanda
exuberante, um troféu na cor ouro.
É tempo de colheita em 2008. Tudo
aquilo que se plantou e cultivou nos dois
últimos anos vai ser mostrado na maior
exposição do Árabe. O investimento e
o incentivo às modalidades esportivas
trazem para as pistas não só as tradicionais competições de Western e English
Pleasure, como também as de enduro,
de maneabilidade, de salto e de apartação de gado. Foi com entusiasmo que
os amantes dessas provas viram suas
atividades receberem premiações importantes e o número de concorrentes
aumentar em muito ao longo desse ano.
A poeira vai subir nos dois dias em
que a pista de areia recebe os aguardados sessenta conjuntos para a prova de
maneabilidade e os duzentos intrépidos
apartadores de gado. Oitenta quilômetros de trilhas serão cobertos por aproximadamente cem cavalos e seus cavaleiros, desafiando as intempéries no
enduro. Tal participação só comprova
a capacidade atlética do Árabe, o
cavalo criado nas areias do deserto, cultivado com a sabedoria do
passado, aprimorado com a visão
no futuro e consagrado no presente.
do todo, que exporta em média duzentos
cavalos anualmente para destinos que
incluem criadores tradicionais da raça
como os Estados Unidos, a Europa e o
Oriente Médio. Escolha aqueles pelos
quais você vai torcer e boa sorte.
Nancy de Lustoza Barros e Hirsch
“Nancy é criadora desde 1991,
arquiteta, jornalista e autora do livro
Passo Trote Galope.
”http://passotrotegalope.blogspot.com
Encontro-me como o repórter que
precisa enviar a matéria para o jornal,
que já vai ser impresso, mas o jogo de
futebol que ele está cobrindo ainda não
terminou. Quando esta revista for para
o prelo ainda não terei os resultados da
Nacional, mas quem quiser acompanhar
as premiações pode ir ao site da Associação de criadores (www.abcca.com.
br) e verificar, entre outras coisas, o que
os juízes colocaram em suas planilhas
de avaliação sobre a conformação dos
animais nas provas de halter.
Aguardamos você para celebrar conosco este plantel respeitado pelo mun-
Para comprar este livro ligue:
Tel: (21) 2491-1496
B u s i n e s s R u r a l 47
TREINAMENTO - eqüinos
Trabalhos Especiais:
Combatendo as resistências
do cavalo ( parte 2 )
Como já tratamos na edição, anterior o cavalo pode apresentar dois tipos
de resistência ao trabalho, seriam elas as
resistências de peso, força e a conjuga
conjugação das duas. Na matéria anterior trata
tratamos da primeira, hoje falaremos sobre a
resistência de força e a conjugação da
resistência de peso e força.
Um cavalo, mesmo adestrado, pode
apresentar na prática, resistências voluntárias ou não na sua marcha para frente ou
nas mudanças de direção.
Figura: Reação do cavalo segundo direcionamento de forças ( direção da tensão
das rédeas).
A- Se a mão do cavaleiro estiver mais
baixa que a boca do cavalo, este reagirá “puxando” para cima e invertendo o pescoço;
B-Se a mão do cavaleiro estiver mais alta
que a boca do cavalo, este responderá a esta
ação reagindo para baixo alongando a borda
dorsal do pescoço e arredondando a base do
pescoço podendo também flexionar a nuca.
Cabe ao cavaleiro determinar o momento certo de ceder (após a descontração do maxilar)
para que a ação permaneça benéfica, o exagero da ação de mãos (principalmente se associada a outros tipos de enredeamentos especiais) sem o uso correto das pernas impulsionando o cavalo para frente, pode acarretar
no encapotamento do animal.
(Figura : adaptação de Licart, 1989)
48 B u s i n e s s R u r a l
Na resistência de força o cavalo, apesar de manter seu conjunto de frente (posição de cabeça e pescoço) altos, pode forçar
as mãos do cavaleiro se opondo as ações de
mãos deste, como uma força de inércia. Neste
momento, se o cavaleiro não se opuser a esta
reação o cavalo não atenderá satisfatoriamente aos comandos, podendo até disparar, por
ser mais pesado e mais forte.
Existe, contudo, um meio para dominá-lo
nestes casos. Trata-se do emprego da vibração, popularmente conhecida como dedilhar,
associada à alternância do direcionamento da
ação das rédeas. Isto consiste em variar a intensidade da tensão das rédeas, aumentando e diminuindo esta intensidade com a movimentação dos dedos (o que pode ocorrer de
duas formas: resistindo e variando o direcionamento das rédeas e/ou dedilhando a mesma, geralmente uma de cada vez ) sem perder
o contato (ajuste de rédeas feito pelo cavaleiro) e por meio de uma elevação e abaixamento das mãos.
O cavalo, por conseqüencia, não poderá
manter uma resistência constante sobre esta
ação móvel. Ele experimentará, ao fim de um
tempo, subtrair-se à ação de mãos “abrindo”
a boca, ou melhor, mastigando o bridão (embocadura), isto é: descontraindo seu maxilar.
Neste exato instante de submissão do cavalo
o cavaleiro deve ceder (aliviar a pressão das
rédeas, mas sem soltá-las por completo),
para recomeçar logo em seguida a vibração,
novamente, caso o cavalo volte apresentar a
resistência de força.
A descontração do maxilar (vibração, dedilhar) deve ser obtida com o direcionamento
da tensão das rédeas executado de baixo para
cima (CUIDADO! Estamos falando de movimento, ou seja, aplicar direcionamento de
uma ação de força através das mãos do cavaleiro e não deixar as mãos mais baixas que o
bocado), por dois motivos:
1- O cavalo reage segundo o direcionamento de forças. Tipo ação e reação, logo, se
sua mão estiver mais baixa que a boca do cavalo, este reagirá “puxando” para cima e invertendo o pescoço; Se sua mão estiver na
altura da boca do cavalo este reagirá horizontalmente alongando o pescoço para frente; e
se sua mão estiver mais alta o cavalo respon-
Dra. Kate M. C. Barcelos
CRMV/RJ - 7281
- Médica Veterinária-CRMV-RJ 7281
- Mestre em Medicina Veterinária
(Clínica e Reprodução-UFF)
- Instrutora ENA-ABCCMM e Técnica
ABCCMM (Associação Brasileira dos
Criadores do Cavalo Mangalarga
Marchador)
- Instrutora do SENAR-RJ (Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural)
-Juíza Nacional de Adestramento da
CBH (Confederação Brasileira de Hipismo)
- Instrutora de Adestramento Clássico e de Adestramento Específico para Cavalos Marchadores.
www.katebar.com
derá esta ação reagindo para baixo alongando
a borda dorsal do pescoço e arredondando a
base do pescoço podendo também flexionar a
nuca. Este último resultado é o mais desejável, haja vista que queremos destruir uma resistência de força de um cavalo que está “puxando” as rédeas para cima (invertido, ponteiro).
2- Quando a mão do cavaleiro atua de
baixo para cima, assim que o cavalo cede a
ação desejada, as rédeas se afrouxam ligeiramente permitindo uma recompensa a esta
ação de “obediência” do cavalo.
Por estes motivos um princípio a ser
seguido é que a mão do cavaleiro esteja
sempre ligeiramente mais alta que a horizontal da boca ( mais precisamente da comissura labial) do cavalo.
As reações conjugadas de peso e de força podem ocorrer, por exemplo: quando o cavalo força as rédeas para baixo obrigando a
mão do cavaleiro suportar o peso de sua cabeça e de seu pescoço (geralmente fugindo
da ação de mãos do cavaleiro se “debruçando” fortemente sobre o bocado), ocorre simultaneamente uma resistência de peso e força, sendo necessário combate-las em separado, uma após a outra, iniciando sempre pela
resistência de peso.
Logo, se um cavalo equilibrado pode
apresentar este tipo de reação, muito mais
forte será sentida esta reação num cavalo em
início de treinamento (sem equilíbrio). Assim
sendo, devemos combater a conjunção dessas resistências separadamente, primeiramente destruindo a resistência de peso através das meias paradas (edição anterior no.
22) e em seguida a resistência de força pela
vibração (descontração do maxilar).
Assim, o cavalo torna-se equilibrado
conseguindo manter a posição correta de seu
pescoço/cabeça e, torna-se obediente, já que
não mais força a mão do cavaleiro, dito assim
em atitude, ou seja, com a colocação do conjunto cabeça-pescoço na posição ideal para
cada modalidade esportiva, para cada fase de
treinamento e para cada tipo e amplitude de
andamento do cavalo.
MANGALARGA MARCHADOR
Panorama das Raças
Ranking Nacional Mangalarga Marchador 2008
Melhores Criadores - Marcha Batida
Melhores Reprodutores Marcha Batida
Melhores Criadores - Marcha Picada
1º
1º - Elo Kafé da Nova
2º - Seiko LJ
3º - Greco do Yuri
4º - Cabuçu da Selva Morena
5º - Kondor do Passo Fino
6º - Favacho Estanho
7º - Radar de Anchieta
8º - Original do Passo Fino
9º - Nobre de Três Corações
10- Larante D.M.O
1º
Sérgio Ricardo Della Crocci
Haras Serena SP
2 º Nelson Luiz Feital
Haras das Minas Gerais – MG
3 º Yuri Semansky Engler
Haras Yuri – MG
4 º Paulo Guilherme M.L. Ribeiro
Haras Conforto – SP
5 º Ronaldo Ribeiro Tavares
Haras Três Corações - MG
6º Haras Santa Esmeralda Ltda.
Haras Santa Esmeralda – MG
7 º Luiz Carlos Bueno Ferreira
Haras Passo Fino – SP
8 º João Carlos Hartz
Haras Porto Palmeira – RS
9 º Pedro Passos Júnior
Haras Lumiar – DF
10 º Eao Emp. Agrop. e Obras S/A
Haras EAO – BA
Melhores Expositores - Marcha Batida
1 º Nelson Luiz Feital
Haras das Minas Gerais - MG
2º Yuri Semansky Engler
Haras Yuri – MG
3º João Carlos Hartz
Haras Porto Palmeira – RS
4º Magdi Shaat
Haras El Far - MG
5º Eao Emp. Agrop. e Obras S/A
Haras EAO - BA
6º Luiz Carlos Bueno Ferreira
Haras Passo Fino – SP
7º Haras Santa Esmeralda Ltda.
Haras Santa Esmeralda - MG
8º Ronaldo Ribeiro Tavares
Haras Três Corações – MG
9º Renata Scafuto R. Mello Guerra
Haras Terra Vermelha – DF
10º Agropecuária FK Free Ltda
Haras FK Free – RJ
Melhores Reprodutrizes Marcha Batida
1º - Sparta do Berna
2º - Rosa de Ituverava
3º - B.H. Lua
4º - Helga da Mandassaia
5º - Cuca Café da Panorama
6º - Frida F.K
7º - Vaidosa da Selva Morena
8º - Dançarina da Gamboa
9º - Laglória Moema
10- P.G.P. Hortelã
Melhores Machos - Marcha Batida
1º - Laglória Titã
2º - Tupiniquim da Esperança
3º - Ximango Caxambuense
4º - Grecco do Yuri
5º - Demolidor Tandy
Melhores Fêmeas – Marcha Batida
1º - Lislie Estrela do Oriente
2º - Delta do Caito
3º - Brasa da Encruzilhada
4º - Lua Negra M.U.G
5º - Pérola do Corumbá
Melhores Castrados – Marcha Batida
1º - Dominante do Bosque da Embaúba
2º - Urgente Kafé
3º - Dólar da UDM
4º - Silverado da Ogar
5º - Zurique da Água Vermelha
Gabriel Donato de Andrade
Haras Calciolândia – MG
2º Pio Guerra Junior
Haras Cavalgada – PE
3º Severino Sérgio Estelita Guerra
Haras Pedra Verde – PE
4º Fazenda Monjolinho Ltda
Haras da Marcha – SP
5º José Alfredo do Reis II
Haras Porteira de Tábua - MG
6º Abelardo dos Reis Beltrão
Haras Lagoa da Serra - PE
7º Paulo Romeu Assunção Gontijo
Haras Diadorim - DF
8º Riocon Faz. Reunidas Rio de Contas
Fazendas Reunidas Rio de Contas - BA
9º José Felix C. de Oliveira Siqueira
Fazenda Santa Marina - PE
10º Délcio Eduardo Graciano Costa
Haras Planalto – BA
Melhores Expositores - Marcha Picada
1º
Rogério Bivar Simonetti
Haras Água Boa – RN
2º João Vita Fragoso de Medeiros
Haras Cascatinha – PE
3º José Felix C. de Oliveira Siqueira
Fazenda Santa Marina - PE
4º Cláudio da Rocha Pascoal Filho
Haras Caluli - PE
5º Paulo Augusto R. de Moura
Chácara Belmonte - PE
6º Paulo Romeu Assunção Gontijo
Haras Diadorim - DF
7º Pio Guerra Junior
Haras Cavalgada - PE
8º Marco Aurélio Duarte
Fazenda Harmonia - GO
9º Armando Pedrosa do Nascimento
Haras Pedrosa - PE
10º Erinaldo Rodrigues da Silva
Haras SERS - PE
Melhores Reprodutores
Marcha Picada
1º - Lampeão HO
2º - Haity Caxambuense
3º - Lágloria Imbú
4º - Zorro LJ
5º - Palhaço da Ituverava
Melhores Reprodutrizes
Marcha Picada
1º - S.P. Imbuia
2º - Samira do Porto Azul
3º - Hargus Monalisa
4º - Dinastia da Pedro Verde
5º - Terra Dura do Pau da Rola
Melhores Machos
Marcha Picada
1º - Graveto E.A.O
2º - Elfo do Porto Azul
3º - Horto da Pedra Verde
4º - Gomo E.A.O
5º - Catuni Tókio
Melhores Fêmeas
Marcha Picada
1º - Nordeste Aeromoça
2º - Usina da Preferência
3º - Bandeira Anri
4º - Textor Opa
5º - Zona da Marcha
Melhores Castrados
Marcha Picada
1º - Elegante da Terra do Sol
2º - Otimista F.D.A
3º - Soberbo Barbosa
Uno Versalles
4º - Caxias OS
5º - Ultrason da Lagoa da Serra
ACCMMERJ – Marchador Rio
Diretoria para o biênio 2008/2010
Presidente:
Felipe de Araújo Machado
(Haras Golden Horse)
Vice-Presidente:
Kleber Bernardes da Silva
(Haras Mandassaia)
Diretores:
Washington Barbosa de Araújo
(Haras Lucky)
Nelson dos Anjos Cabral Jr.
(Haras dos Anjos)
Philippe de Gruber Jourdan
(Haras Don Philippe)
Armando Marcos Alves Lavoura
(Haras Leque Azul)
Cláudio Sobral de Castro Caiado Jr
(Haras Guaratiba)
Associação dos Criadores do
Cavalo Mangalarga Marchador
do Estado do Rio de Janeiro
B u s i n e s s R u r a l 49
foto: Letícia Wieliwieck
Panorama das Raças
Retrospectiva e evolução das
Pelagens em 2008
Por: Marisa Iorio Corrêa da Costa
aqueles que deram continuidade ao trabalho realizado por
Sebastião de Almeida Prado, criador de um dos pilares da
raça, o pampa Capitel. Dentre muitos, podemos destacar
antigos criadores como Aracy Marques Araujo, Armando
de Moraes Barros, José Luiz Pires de Campos, José
Maria Fráguas e mais recentemente Jamir Alves de Oliveira, que nunca deixou de acreditar na pelagem Pampa
de Preto, quando uma vez, como ele sempre diz, teve
seu trabalho de seleção elogiado pelo finado “papa” da
raça José Osvaldo Junqueira.
Marisa Iório é criadora de cavalos da raça Mangalarga e Pampa há
mais de 20 anos (Haras Lagoinha-Jacareí/SP).
Tel: (12) 3956-6934 / 3956-1403 - e-mail: [email protected]
www.haraslagoinha.com.br
Que raça de cavalos possui uma diversidade de
pelagens aliada a um cômodo andamento, docilidade, rusticidade, resistência , cuja utilização versátil abrange o espor te, passeios e serviços em geral
(lida de gado)?
A partir do ano de 2002, por iniciativa do então presidente Reginaldo Bertholino, mas ainda sem uma representação de uma diretoria específica para esse campo
de atuação, foram iniciados os julgamentos de pelagens
(Baia, Tordilha, Alazã Sopa de Leite, Rosilha, Castanha,
Preta/ Zaina e Pampa), separadamente por campeonatos dentro da pelagem em questão.
Com certeza é o cavalo Mangalarga.
Para chegar a esse patamar desde o início de sua
seleção até por volta dos anos “80”, tivemos a contribuição objetiva de inúmeros exemplares, cujas escolhas sempre foram fundamentadas inicialmente nos
padrões funcionais, depois morfológicos e de andamento, jamais nos critérios que excluíssem as “Pelagens” desse contexto.
Somente viemos a solidificar esse segmento “pelagens” com a inserção da diretoria no ano de 2004.
Podemos observar que inúmeros formadores de
nossa raça, são na maioria das pelagens que hoje denominamos de “exóticas” por serem uma raridade.
Naquele ano, tivemos como representante o criador
Ivan Eduardo Zurita, que trabalhou intensamente pela
solidificação desse novo nicho de criação e mercado.
Se verificarmos apenas no pedigree do pilar da raça
Colorado, encontraremos sua mãe Prenda (Tordilha),
seu pai Fortuna V (Castanho) e ao longo de sua árvore
genealógica, Jóia da Chamusca (Pampa de Preto), Baião
da Chamusca (Amarilho), Telegrama Velho (Tordilho),
Baio Escuro (Preta) entre tantos outros.
Nessa época, Zurita conseguiu patrocínios de
grandes empresas e com prêmios significativos incentivou os criadores e expositores das diversas pelagens
a participarem de exposições a nível nacional. Podemos
dizer que efetivamente o trabalho de seleção das pelagens reinicia-se nessa época.
E porque então, estamos convivendo a mais de 25
anos com essa “discriminação” ?
Hoje, o trabalho da diretoria de pelagens, está
focado no melhoramento da raça, pois ainda necessitamos trabalhar arduamente para um maior crescimento
zootécnico dos espécimes existentes em cada uma das
diversas pelagens.
Realmente fica difícil de aceitar, pois não se consegue achar razões concretas, para se fundamentar uma
posição tão negativa com relação as pelagens exóticas.
Será somente o gosto pessoal ? Ou no passado, fomos
direcionados a ter esse entendimento ?
Se observarmos as estatísticas ano a ano desde a
implantação desse novo segmento (2002) até os dias
de hoje, verificamos um crescimento significativo tanto
com relação ao número de expositores (97%), como no
aumento de animais inscritos (94%).
Podemos citar, de forma prejudicial para raça, a
perda de uma grande fatia de mercado que, gostando
da pelagem pintada e por falta de opções nacionais, tiveram como alternativa, procurar fora do território nacional
uma outra raça que possuía a pelagem como diferencial e
desta maneira, a raça Paint Horse entrou no Brasil. Podese imaginar quantos associados devemos ter perdido.
Outra observação importante de crescimento, pode
ser verificada, na XXX Exposição Nacional da raça Mangalarga, agora em 2008.
Com 103 expositores participantes dessa mostra,
73 expositores participaram dos diversos campeonatos de pelagem. Desta forma, podemos chegar a uma
avaliação que 70,87 % dos expositores da nacional da
raça, tomaram parte em algum campeonato de pelagem
e apenas 29,13% participaram somente do julgamento
tradicional, predominantemente da pelagem alazã.
Mas isso não para por aí. Diversos criadores que
tinham como meta principal o andamento marchado,
uniram-se para a fundação da ABC Pampa no início da
década de 90. Essa iniciativa deu grande impulso para
a pelagem pampa. E lá, a marcha trotada também tem
seu espaço. É muito importante a soma de esforços
pela valorização das pelagens. Assim, seguramente,
teremos muitos criadores filiados as duas associações
o que agregará mais valor e ainda maior reconhecimento da grande comodidade de nosso andamento.
Foto: Marisa Iorio
Não devemos esquecer
nesse difícil momento,
Mais um dado interessante é com relação ao número
de animais inscritos. O total geral foi de 300 inscrições,
sendo desse montante 149 animais de pelagem diferenciada. Considerando-se que, diversos animais participaram dos dois campeonatos, podemos inferir que 49,66%
das inscrições da nacional da raça, foram de animais de
pelagem diversificadas. Mesmo levando-se em conta o
desconto dado para quem inscreveu animais nos dois julgamentos, a importância econômica das pelagens para
viabilização do evento é algo inquestionável.
A respeito do futuro, devemos realizar um bom trabalho de base agora, pois as ações de hoje, resultarão
em resultados positivos mais a longo prazo.
Taiwan do Pec
Grande Campeão Nacional Mangalarga e Andamento
- Pelagem Pampa 2008
Dentro desse pensamento, podemos destacar o
intenso trabalho realizado pela Diretoria de Pelagens
nesta gestão, citando as seguintes ações realizadas:
· I Encontro de Temas e Conceitos da Raça Mangalarga para novos sócios.
Podemos destacar nesse encontro as palestras de :
· Gerenciamento de Haras
· Conceitos de Morfologia
· Manejo e Alimentação
· Procedimentos Técnicos e Operacionais da
ABCCRM
· História da Raça Mangalarga
A preocupação dessa diretoria é grande com relação aos novos sócios, pois a grande maioria são também criadores de animais de pelagens.
· Implantação do sistema de Julgamento seqüencial.
Essa inovação de julgamento em seqüência da
categoria Geral e de Pelagem, teve como principal objetivo proporcionar uma maior integração entre os criadores e o público presente.
· Grande Campeonato Geral de Andamento Pelagens.
Foi também instituído nessa diretoria, mais um
Grande Campeonato de Andamento para machos e
fêmeas, pois entendemos que o andamento seja o primeiro e principal fator de união das diferentes pelagens
ao longo de sua seleção.
Esse campeonato também existe normalmente nas
exposições regionais da raça.
· Preservação da Categoria de 12 a 18 meses .
Apesar de uma medida contestada por muitos, essa
diretoria achou de suma importância a continuidade
dessa categoria, por entender que além de significar
um grande incentivo para o criador iniciante ávido em
logo apresentar seus primeiros produtos, também possibilita a realização de uma orientação técnica desde o
início da criação, na medida em que propicia um maior
período de tempo para a evolução de seus exemplares.
Precisamos recuperar o tempo perdido para que num
futuro não muito distante possamos disputar de igual
para igual qualquer campeonato da raça.
· Premiação diferenciada para o animal de Pelagem no final da Copa de Andamento .
Como no caso das Copas de Andamento, não possuímos julgamentos de campeonatos diferenciados por
classe de pelagens. Por esse motivo, instituímos a premiação para a melhor performance de animal de pelagem (macho e fêmea) de andamento, no encerramento
de todas as etapas.
Inúmeras iniciativas ainda estão por serem desenvolvidas nesse setor. É entendimento de muitos que as
prioridades estão centradas na realização cada vez mais
intensa de estudos específicos (técnicos e científicos),
para que nossos técnicos e juízes possam aperfeiçoar
ainda mais a orientação aos criadores, de forma a que
estes possam direcionar seus criatórios, objetivando
que se alie uma maior qualidade zootécnica à já exuberante beleza das pelagens diferenciadas.
Panorama
das
Panorama
das Raças
Raças
XV ENAPAMPA
EXPOSIÇÃO NACIONAL DO CAVALO PAMPA
LOCAL: BELO HORIZONTE
ESTADO: MG
PROMOTORA: TRÊS BARRAS PROMOÇÕES E EVENTOS
PERIODO: 09/08/2008 a 16/08/2008
ARBITRO DE MORFOLOGIA: ANDRÉ LUIZ FERREIRA SILVA
ARBITRO DE MARCHA: BENEDITO CARLOS DA SILVA
ARBITRO DE MORFOLOGIA: TEÓFILO SOARES DE ALMEIDA
ARBITRO DE MORFOLOGIA: HÉLIO BERNARDO PLAZZI LAZZERI
ARBITRO DE MARCHA: DIEGO RODRIGUES VITRAL
ARBITRO DE MARCHA: ALOÍSIO RIBEIRO DINIZ
RESULTADOS
FÊMEAS
CAMPEÃ DENTE DE LEITE M. BATIDA
ESTRELA DO SAARA
RES CAMP.: ELITE DO NILO
CAMPEÃ MIRIM M. BATIDA
ORA ORA JOCAMAN
RES CAMP.: DELICADA JP
CAMPEÃ POTRO(A) M. BATIDA
DEUSA JP
RES CAMP.:DINASTIA DO CABRAL
CAMPEÃ JUNIOR M. BATIDA
DIVISA DO NILO
RES. CAMP.: NEGAÇA JOCAMAN
CAMPEÃ JUNIOR MAIOR M. BATIDA
CELEBRIDADE DO NILO
RES CAMP.: JÓIA DOIS IRMÃOS
CAMPEÃ ÉGUA JOVEM M. BATIDA
NIGÉRIA DO VALE DA PRATA
RES CAMP.:FLAUTA GOLDEN HORSE
CAMPEÃ ÉGUA M. BATIDA
LABAREDA JOCAMAN
RES CAMP.: BABALOO DO NILO
CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR M. BATIDA
IRONIA JOCAMAN
RES CAMP.: JOGADORA JOCAMAN
CAMPEÃ ÉGUA MASTER M. BATIDA
ARPA DO CAFÉ
RES CAMP.: XURI JOCAMAN
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA JOVEM M. BATIDA
NIGÉRIA DO VALE DA PRATA
RES CAMP.:FLAUTA GOLDEN HORSE
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA M. BATIDA
LABAREDA JOCAMAN
RES CAMP.: BEBEL BOA ESPERANÇA
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR M.
BATIDA
JOGADORA JOCAMAN
RES CAMP.: IRONIA JOCAMAN
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA MASTER M.
BATIDA
ARPA DO CAFÉ
RES CAMP.: ALEGRIA DA MORRO ALTO
GRANDE CAMPEÃ JOVEM M. BATIDA
DEUSA JP
RES CAMP.: JÓIA DOIS IRMÃOS
GRANDE CAMPEÃ M. BATIDA
LABAREDA JOCAMAN
RES CAMP.: ARPA DO CAFÉ
CAMPEÃ DAS CAMPEÃES DE AND. M. BATIDA
ARPA DO CAFÉ
RES CAMP.: LABAREDA JOCAMAN
RESERVADO(A) CAMPEÃO(Ã) PROGÊNIE DE PAI
M. BATIDA
MÁQUINA JOCAMAN
CAMPEÃ DENTE DE LEITE M. PICADA
CALIFÓRNIA DO RAV
RES CAMP.:CAMPINA DO RAV
56 B u s i n e s s R u r a l
56
CAMPEÃ POTRA M. PICADA
IDOLATRADA DA GINGA
CAMPEÃ JUNIOR MAIOR M. PICADA
ÁGUIA DO RAV
CAMPEÃ ÉGUA JOVEM M. PICADA
HORTÊNCIA DA GINGA
CAMPEÃ ÉGUA M. PICADA
GATA NEGRA DA GINGA
RES CAMP.:ADMA DO BRAGA FILHO
CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR M. PICADA
CONQUISTA DO BELLARÔ
RES CAMP.:ESMERALDA DO LAVY
CAMPEÃ ÉGUA MASTER M. PICADA
FADIGA ASALEIXO
RES CAMP.: SETE COPAS CAHJI DA JS
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA JOVEM M.
PICADA
HORTÊNCIA DA GINGA
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA M. PICADA
Animal: GATA NEGRA DA GINGA
RES CAMP.: ADMA DO BRAGA FILHO
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR M.
PICADA
CONQUISTA DO BELLARÔ
RES CAMP.: ESMERALDA DO LAVY
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA MASTER
M.PICADA
FADIGA ASALEIXO
RES CAMP.: SETE COPAS CAHJI DA JS
GRANDE CAMPEÃ JOVEM M. PICADA
CALIFÓRNIA DO RAV
RES CAMP.: CAMPINA DO RAV
GRANDE CAMPEÃ M. PICADA
GATA NEGRA DA GINGA
RES CAMP.: FADIGA ASALEIXO
CAMPEÃ DAS CAMPEÃES DE AND. M. PICADA
GATA NEGRA DA GINGA
RES CAMP.: FADIGA ASALEIXO
CAMPEÃ DENTE DE LEITE M. DE CENTRO
CAIANA DO RAV
RES CAMP.: CHEROKEE DO RAV
CAMPEÃ MIRIM M. DE CENTRO
ALEGORIA GM VALE DO SOL
CAMPEÃ POTRO(A) M. DE CENTRO
BELLAMI DO RAV
RES CAMP.: BRIDA DO RAV
CAMPEÃ JUNIOR MAIOR M. DE CENTRO
MANUELI DE SÃO JOÃO
RES CAMP.: AZEITA DO RAV
CAMPEÃ ÉGUA JOVEM M. DE CENTRO
CAPRICHOSA DA LAGOA GRANDE
RES CAMP.: BIANCA JP
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA JOVEM M. DE
CENTRO
CAPRICHOSA DA LAGOA GRANDE
RES CAMP.: BIANCA JP
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA M. DE CENTRO
SONATA DO ZEL
RES CAMP.: XARAZADE DO RAV
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR M. DE
CENTRO
CINDERELA RM
RES CAMP.: MUTRETA DO CAFÉ
GRANDE CAMPEÃO(Ã) JOVEM M. CENTRO
BELLAMI DO RAV
RES CAMP.: ALEGORIA GM VALE DO SOL
GRANDE CAMPEÃO(Ã) M. CENTRO
ESTAMPA DO CARDEAL
RES CAMP.: CAPRICHOSA DA LAGOA GRANDE
CAMPEÃ DAS CAMPEÕES DE AND. M. DE CENTRO
CAPRICHOSA DA LAGOA GRANDE
RES CAMP.: SONATA DO ZEL
CAMPEÃ PROGÊNIE DE MÃE M. DE CENTRO
ESTAMPA DO CARDEAL
RES CAMP.: ONÇA PORTO PALMEIRA
CAMPEÃ DENTE DE LEITE M. TROTADA
JORNADA RM
RES CAMP.: ISABELE DA PIRATININGA
CAMPEÃ MIRIM M. TROTADA
XUYEN DO PEC
RES CAMP.: X CAN DO PEC
CAMPEÃ POTRO(A)M. TROTADA
XANADÚ DO PEC
RES CAMP.: XAVANTINA DO PEC
CAMPEÃ JUNIOR M. TROTADA
HISTÓRIA RM
RES CAMP.: VENICE DO PEC
CAMPEÃ JUNIOR MAIOR M. TROTADA
VERONA DO PEC
RES CAMP.: VALÊNCIA DO PEC
CAMPEÃ ÉGUA JOVEM M. TROTADA
GABI RM
RES CAMP.: EMBALADA F1
CAMPEÃ ÉGUA M. TROTADA
TANZÂNIA DO PEC
RES CAMP.: ESTIMADA RM
CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR M. TROTADA
CARIOCA RM
RES CAMP.: JERUSA MNS
CAMPEÃ ÉGUA MASTER M. TROTADA
VARSÓVIA M.A.F
RES CAMP.: OTTAWA DO PEC
CAMPEÃ ÉGUA M. DE CENTRO
SONATA DO ZEL
RES CAMP.: XARAZADE DO RAV
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA JOVEM M. TROTADA
GABI RM
RES CAMP.: GÁLIA RM
CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR M. DE CENTRO
ESTAMPA DO CARDEAL
RES CAMP.:CINDERELA RM
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA M. TROTADA
TANZÂNIA DO PEC
RES CAMP.: ESTIMADA RM
CAMPEÃ ÉGUA MASTER M. DE CENTRO
BOAZUDA DA GINGA
RES CAMP.: MUTRETA DO CAFÉ
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR M. TROTADA
CARIOCA RM
RES CAMP.: JERUSA MNS
DIRETORIA E CONSELHOS ELEITOS
PARA O TRIÊNIO 2008 / 2011
Completado o processo eleitoral para o triênio
2008 / 2011, a administração empossada da
ABCPAMPA terá a seguinte composição:
Diretor Presidente
Aroldo Rodrigues da Silva;
Diretor Vice Presidente
André Aparecido de Oliveira;
Diretor Financeiro
Álvaro Luiz de Queróz Santi;
Diretor Administrativo
Alessandra Schneider de C. C. Pires;
Diretor Social
Aderbal Jurema Júnior;
Diretor de Marketing
Waldemir Teixeira Veloso;
Diretor de Qualificação do Cavalo Pampa
– João Luiz Pereira Laviola;
Diretor Criador Jovem
Antônio Leandro dos Santos Filho.
Conselho Deliberativo: Gustavo Vasconcelos
Moreira, Carlos Henrique de Queiróz Gontijo,
Olaff da Costa Machado, José Carlos
Manetta, José Nadi Néri, João Luiz Pereira
Laviola, Mário de Figueiredo Campos Filho,
Luiz Carlos Moreira Jabour, Waldemir Teixeira
Veloso. Membros Natos:Aroldo Rodrigues da
Silva; Eduardo Aparecido de Oliveira, Ricardo
Antônio Vicintin.
Conselho Consultivo: Adeildson D’Aparecida
Duarte, João Carlos Couto Lóssio Filho,
Clovis Renato Soares de Almeida, Rúbia
Valéria Almeida de Rezende. Suplentes:
Edson Luiz Daldon, Bernardo de Vasconcelos
Moreira, Luiz Augusto Batista, Bruno Bello
Vicintin. Membros Natos:Aroldo Rodrigues
da Silva; Eduardo Aparecido de Oliveira,
Ricardo Antônio Vicintin.
Conselho Fiscal: Gustavo Varandas Ladeira,
Eduardo Henrique Souza de França,
Tiago Hilkner Venegas. Suplentes: Mário
Rafael Magalhães, Adriana Bello Vicintin
Vasconcellos, Severino Batista da Silva.
P
A
M
PAMPA
P
A
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA MASTER M. TROTADA
VARSÓVIA M.A.F
RES. CAMP.: OTTAWA DO PEC
CAMPEÃO JUNIOR MAIOR M. BATIDA
DESERTO DO SAARA
RES. CAMP.: JORNAL DOIS IRMÃOS
CAMPEÃO POTRO M. DE CENTRO
BOTO DO RAV
RES. CAMP.:BUG DO RAV
CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE AND. M. TROTADA
RADAR JL
RES. CAMP.:DANÚBIO BOA ESPERANÇA
GRANDE CAMPEÃ JOVEM M. TROTADA
XANADÚ DO PEC
RES. CAMP.:VERONA DO PEC
CAMPEÃO CAVALO JOVEM M. BATIDA
NARAYAN DO VALE DO PRATA
RES. CAMP.: MINUETO JOCAMAN
CAMPEÃO JUNIOR MAIOR M. DE CENTRO
ESTILO DA LUA FORTE
RES. CAMP.: ALADIM DO RAV
CAMPEÃO PROGÊNIE DE PAI M. TROTADA
MONTEBLANCO DO PEC
RES. CAMP.: MONTEBLANCO DO PEC
CAMPEÃO CAVALO JOVEM M. DE CENTRO
ECLIPSE J.P.H
CAMPEÃO DENTE DE LEITE TROTE
ZAZIR DO PEC
RES. CAMP.: ZARKI DO PEC
GRANDE CAMPEÃ M. TROTADA
VARSÓVIA M.A.F
RES CAMP.: TANZÂNIA DO PEC
CAMPEÃ DAS CAMPEÃS DE AND. M. TROTADA
VARSÓVIA M.A.F
RES. CAMP.: GABI RM
CAMPEÃ PROGÊNIE DE PAI M. TROTADA
XUYEN DO PEC
RES. CAMP.:VENICE DO PEC
CAMPEÃ PROGÊNIE DE MÃE M. TROTADA
BOA CHANCE DA GINGA
RES CAMP.: OTTAWA DO PEC
CAMPEÃ DENTE DE LEITE TROTE
ZARA DO PEC
RES CAMP.: IEMANJÁ DA GINGA
CAMPEÃ POTRA TROTE
XANTHI DO PEC
RES CAMP.: BELA DO RAV
CAMPEÃ JUNIOR TROTE
VITÓRIA DO PEC
CAMPEÃ JUNIOR MAIOR TROTE
JUTALYNA DO JAÓ
RES CAMP.: AFRA DO RAV
CAMPEÃ ÉGUA JOVEM TROTE
JACY DO JAÓ
CAMPEÃ ÉGUA TROTE
DESLUMBRANTE DA GINGA
CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR TROTE
RES CAMP.:SASHA DO FUNCHAL
CAMPEÃ ÉGUA MASTER TROTE
TALIENNA A.F
RES CAMP.: ÍNDIA DO RAV
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA TROTE
DESLUMBRANTE DA GINGA
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR TROTE
ANA BELLA DA ENSEADA
RES CAMP.: SASHA DO FUNCHAL
CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA MASTER TROTE
TALIENNA A.F
RES CAMP.: ÍNDIA DO RAV
GRANDE CAMPEÃ JOVEM TROTE
ZARA DO PEC
RES CAMP.: XANTHI DO PEC
GRANDE CAMPEÃ TROTE
ANA BELLA DA ENSEADA
RES CAMP.:TALIENNA A.F
CAMPEÃ DAS CAMPEÃS DE AND. TROTE
TALIENNA A.F
RES CAMP.: JACY DO JAÓ
CAMPEÃ PROGÊNIE DE MÃE TROTE
ROSITA A.F.
RES CAMP.: ARARA DO RAV
CAMPEÃ DE MANEABILIDADE E PRECISÃO
TANZÂNIA DO PEC
RES. CAMP.: TANZÂNIA DO PEC
RESERVADA CAMPEÃ ÉGUA COMPLETA
GABI RM
MELHOR CABEÇA FÊMEA JOVEM
HISTÓRIA RM
MELHOR CABEÇA FÊMEA
ESTRELINHA DA GINGA
MACHOS
CAMPEÃO DENTE DE LEITE M. BATIDA
PÉ QUENTE JOCAMAN
RES. CAMP.: MINISTRO DOIS IRMÃOS
CAMPEÃO MIRIM M. BATIDA
ESPECIAL DO NILO
RES. CAMP.: ORA-PRONOBIS JOCAMAN
CAMPEÃO POTRO(A) M. BATIDA
ORIXÁ JOCAMAN
RES. CAMP.: DUELO DO NILO
CAMPEÃO JUNIOR M. BATIDA
ECLIPSE DA MORRO ALTO
RES. CAMP.:ROMEIRO JJ.B TOODAY
CAMPEÃO CAVALO M. BATIDA
COBRE VN
RES. CAMP.: BONITO DA TRAITUBA
CAMPEÃO CAVALO SÊNIOR M. BATIDA
CARNAVAL SÃO LOURENÇO
RES. CAMP.: JURUNA JOCAMAN
CAMPEÃO CAVALO M. DE CENTRO
Animal: XODÓ DO RAV
RES. CAMP.: NOTÁVEL J.B.F.
CAMPEÃO CAVALO MASTER M. DE CENTRO
OPALA DA CASA NOVA
CAMPEÃO CAVALO MASTER M. BATIDA
ASTRO DA CASA NOVA
RES. CAMP.: CAXAMBU DE CAXAMBU
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM M. DE
CENTRO
ECLIPSE J.P.H
CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM M. BATIDA
MINUETO JOCAMAN
RES. CAMP.: NARAYAN DO VALE DO PRATA
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO M. DE CENTRO
NOTÁVEL J.B.F.
RES. CAMP.: XODÓ DO RAV
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO M. BATIDA
COBRE VN
RES. CAMP.: BONITO DA TRAITUBA
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO MASTER M.
DE CENTRO
OPALA DA CASA NOVA
CAMPEÃO DE AND. CAVALO SÊNIOR M. BATIDA
CARNAVAL SÃO LOURENÇO
RES. CAMP.: JURUNA JOCAMAN
CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO MASTER M. BATIDA
ASTRO DA CASA NOVA
RES. CAMP.:CAXAMBU DE CAXAMBU
GRANDE CAMPEÃO JOVEM M. BATIDA
ORIXÁ JOCAMAN
RES. CAMP.: PÉ QUENTE JOCAMAN
GRANDE CAMPEÃO M. BATIDA
COBRE VN
RES. CAMP.: CARNAVAL SÃO LOURENÇO
CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE AND. M. BATIDA
COBRE VN
RES. CAMP.: CARNAVAL SÃO LOURENÇO
CAMPEÃO PROGÊNIE DE PAI M. BATIDA
FANTOCHE DO RANCHO PAMPA
RES. CAMP.: XPTO JOCAMAN
CAMPEÃO DENTE DE LEITE M. PICADA
CAPRICHO DO RAV
RES. CAMP.: FESTIVAL DA LAGOA GRANDE
CAMPEÃO POTRO M. PICADA
BULGARI DO RAV
CAMPEÃO CAVALO JOVEM M. PICADA
CRAVO DO BOM JARDIM
CAMPEÃO CAVALO M. PICADA
GALEÃO BRUMAR
RES. CAMP.: VANADIO DO RAV
CAMPEÃO CAVALO SÊNIOR M. PICADA
UAÇAI AMERUJ
RES. CAMP.: ORFEU JB
CAMPEÃO CAVALO MASTER M. PICADA
OURO PRETO DO LAGO AZUL
CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM M. PICADA
CRAVO DO BOM JARDIM
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO M. PICADA
GALEÃO BRUMAR
RES. CAMP.:VANADIO DO RAV
CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO SÊNIOR M. PICADA
UAÇAI AMERUJ
RES. CAMP.: ORFEU JB
CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO MASTER M. PICADA
OURO PRETO DO LAGO AZUL
GRANDE CAMPEÃO(Ã) JOVEM M. PICADA
CAPRICHO DO RAV
RES. CAMP.:CRAVO DO BOM JARDIM
GRANDE CAMPEÃO(Ã) M. PICADA
GALEÃO BRUMAR
CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE AND. M. PICADA
GALEÃO BRUMAR
RES. CAMP.:CRAVO DO BOM JARDIM
CAMPEÃO DENTE DE LEITE M. DE CENTRO
CENTAURO DO RAV
GRANDE CAMPEÃO JOVEM M. CENTRO
BOTO DO RAV
RES. CAMP.: CENTAURO DO RAV
GRANDE CAMPEÃO M. CENTRO
XODÓ DO RAV
RES. CAMP.:OPALA DA CASA NOVA
CAMP. DOS CAMPEÕES DE AND. M. DE CENTRO
OPALA DA CASA NOVA
RES. CAMP.: NOTÁVEL J.B.F.
CAMPEÃO PROGÊNIE DE PAI M. DE CENTRO
ÍNDIO DE PASSA TEMPO
RES. CAMP.: ÍNDIO DE PASSA TEMPO
CAMPEÃO DENTE DE LEITE M. TROTADA
ZURICH DO PEC
RES. CAMP.: JAGUAR RM
CAMPEÃO MIRIM TROTE
XINOIBLANCO DO PEC
RES. CAMP.: JORLAN DO JAÓ
CAMPEÃO POTRO TROTE
XAXIM DO PEC
RES. CAMP.: CAPITÃO V. DO RAV
CAMPEÃO JUNIOR MAIOR TROTE
VIGO DO PEC
RES. CAMP.: ÍDOLO DA GINGA
CAMPEÃO CAVALO JOVEM TROTE
FISCAL A.F.
CAMPEÃO CAVALO TROTE
SAGRES DO PEC
RES. CAMP.: CACIQUE DA GINGA
CAMPEÃO CAVALO SÊNIOR TROTE
QUEBEC DO PEC
CAMPEÃO CAVALO MASTER TROTE
FEITIÇO ALP
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM TROTE
FISCAL A.F.
RES. CAMP.: CACIQUE DA GINGA
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO TROTE
SAGRES DO PEC
RES. CAMP.: CACIQUE DA GINGA
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO SÊNIOR TROTE
QUEBEC DO PEC
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO MASTER TROTE
FEITIÇO ALP
CAMPEÃO MIRIM M. TROTADA
XAPURI DA SADEK
RES. CAMP.: IMPACTO RM
GRANDE CAMPEÃO JOVEM TROTE
VIGO DO PEC
RES. CAMP.: XINOIBLANCO DO PEC
CAMPEÃO POTRO M. TROTADA
XINGU DO PEC
RES. CAMP.: ASTRO DA SADEK
GRANDE CAMPEÃO TROTE
QUEBEC DO PEC
RES. CAMP.: SAGRES DO PEC
CAMPEÃO JUNIOR M. TROTADA
MAGO DA SADEK
RES. CAMP.: MÁGICO DO EFI
CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE AND. TROTE
QUEBEC DO PEC
RES. CAMP.: SAGRES DO PEC
CAMPEÃO JUNIOR MAIOR M. TROTADA
VIETNAN DO PEC
RES. CAMP.: VILLAGE DO PEC
CAMPEÃO PROGÊNIE DE PAI TROTE
COMANCHE DU FLAVÃO
RES. CAMP.: ÍNDIO DE PASSA TEMPO
CAMPEÃO CAVALO JOVEM M. TROTADA
DANÚBIO BOA ESPERANÇA
RES. CAMP.: GUARDIÃO RM
RESERVADO CAMPEÃO -DE MANEABILIDADE E
PRECISÃO
GALEÃO BRUMAR
CAMPEÃO CAVALO M. TROTADA
SATURNO DO PEC
RES. CAMP.: FORRÓ RM
CAMPEÃO CAVALO COMPLETO
GALEÃO BRUMAR
RES. CAMP.: SAGRES DO PEC
CAMPEÃO CAVALO SÊNIOR M. TROTADA
QUANBLANCO DO PEC
RES. CAMP.: COBIÇADO DA SPEDICAR
MELHOR CABEÇA MACHO JOVEM
BLINDADO DO NILO
CAMPEÃO CAVALO MASTER M. TROTADA
JARAGUÁ DA SANTA FILOMENA
RES. CAMP.: JABURU CW DO PEC
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM M.
TROTADA
DANÚBIO BOA ESPERANÇA
RES. CAMP.: GUARDIÃO RM
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO M. TROTADA
RADAR JL
RES. CAMP.: FORRÓ RM
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO SÊNIOR M.
TROTADA
QUANBLANCO DO PEC
RES. CAMP.: COBIÇADO DA SPEDICAR
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO MASTER M.
TROTADA
JARAGUÁ DA SANTA FILOMENA
RES. CAMP.: JABURU CW DO PEC
GRANDE CAMPEÃO JOVEM M. TROTADA
VIETNAN DO PEC
RES. CAMP.: ZURICH DO PEC
GRANDE CAMPEÃO M. TROTADA
DANÚBIO BOA ESPERANÇA
RES. CAMP.: GUARDIÃO RM
MELHOR CABEÇA MACHO
GALEÃO BRUMAR
CASTRADOS
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO
M. BATIDA
BANDIDO DA SPEDICAR
RES. CAMP.: HORIZONTE JW
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO
M. PICADA
SUPREMO DE ANTARES
RES. CAMP.: URÂNIO DO RAV
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO M.
DE CENTRO
XODÓ HARAS DA MONTANHA
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO
M. TROTADA
CALAHARY DA GINGA
RES. CAMP.: SAVOY DO PEC
CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO
TROTE
ECAP DO PEC
RES. CAMP.: TEATRO V DO RAV
fonte: ABCPampa
57
B u s i n e s s R u r a l 57
Panorama das Raças
Competidor da Prova da Bandeja
MELHORES CRIADORES 2008
1º Agroban Emp. Agropastoris Ltda
2º Agropecuária Hibipeba Ltda
3º Irasa Industrias Reunidas Aliança S/A
4º Reinaldo Monteiro
5º Top Campolina Agropecuária Ltda
6º Agropecuária Porto Rico Ltda
7º Henrique Oswaldo G. Berardinelli
8º J.H.R. Agropecuária Ltda
9º Luiz Pacheco Drumond
10º Paulo Pereira Couto
11º Severino Pinheiro Vidal
12º Mima Agropecuária Ltda
13º Carolina Simões Tavares
14º Criatório Jad
15º Josué Rodrigues
Nelson Grassi Melo Franco
16º Reynaldo Zapalá Pimentel
17º Vic Agropecuária Ltda
18º Cláudio Roberto Gomes da Cunha
19º Marcos Amaral Teixeira
Pontos
1372,25
1044,407
608,78
563,87
538,92
444,11
254,49
224,55
219,56
194,61
189,62
183,133
169,66
159,68
154,69
154,69
139,72
134,73
124,75
119,76
MELHORES EXPOSITORES 2008
1º
Agroban Emp. Agropastoris Ltda
2º
Agropecuária Hibipeba Ltda
3º
Irasa Ind. Reunidas Aliança Ltda
4º
Reinaldo Monteiro
5º
Agropecuária Porto Rico Ltda
6º
Criatório JAD
7º
Severino Pinheiro Vidal
8º
Luiz Augusto do Amaral Filho
9º
Roberto da Rocha Mascarenhas
10º Vera Regina Ache Annechino
11º Henrique Oswaldo G. Berardinelli
12º Evandro Meirelles Santos
13º Top Campolina Agropecuaria Ltda
Cristiano Barbosa de Azevedo
14º Luiz Pachedo Drumond
15º Mima Agropecuária Ltda
16º Paulo Pereira Couto
17º Josué Rodrigues
18º Reynaldo Zapalá Pimentel
19º Rodrigo Batista Trindade
Pontos
1452,09
1009,47
593,81
558,88
424,15
424,15
364,27
319,36
289,42
259,48
254,49
244,51
229,54
229,54
219,56
208,083
194,61
189,62
164,67
159,68
Campeconato Potra Pré-Mirim
Campeã: Leopoldina Top
Reservada: BMW de Santa Anna
Campeonato da Raça Jovem
Campeã: Hinah da Hibipeba
Reservada: Safira do Chiribiribinha
Campeonato Cavalo Jovem
Campeão: Zeus da Mima
Reservado: Oratório do Pinval
Campeonato Marcha Cavalo Jovem
Campeão: Valente do Porto Rico
Reservado: Herói das Minas Gerais
Campeonato Potra Mirim
Campeã: Confiança Lua
Reservada: Nobreza de São Judas
Campeonato da Raça Adulta
Campeã: Vitória da Fronteira
Reservada: Opção do Oratório
Campeonato Cavalo Adulto
Campeão: Nairobe Mandala
Reservado: Panthon do Oratório
Campeonato Marcha Cavalo Adulto
Campeão: Astral do G.D.F.
Reservado: Apogeu da Raça
Campeonato Potra Jovem
Campeã: Tieta do Chiribiribinha
Reservada: Moderna de São Judas
Campeonato Marcha Égua Jovem
Campeão: Ventania do Porto Rico
Reservado: Sabará da Maranata
Campeonato Cavalo Sênior
Campeão: Geodo Top
Reservado: Tri Campeão
Campeonato Marcha Cavalo Sênior
Campeão: Honorato de São Judas
Reservado: Estoril da Hibipeba
Campeonato Cavalo Graduado
Campeão: Granfino do L.P.D.
Reservado: Soberano J.H.R.
Campeonato Marcha Cavalo Graduado
Campeão: Apolo do Berimbau
Res.: Umbú da Barra do Guaicuí
Campeonato Cavalo Master
Campeão: X.Q. de Santa Rita
Reservado: Oceano da Conceição
Campeonato Marcha Cavalo Master
Campeão: Pávulo do M.M.
Reservado: Cacique do R. Cunha
Campeonato Melhor Cabeça Jovem
Campeão: Sol do Oratório
Reservado: Juve da Hibipeba
Campeonato Cavalo Jovem de Marcha
Castrado
Campeão: Vic Navegante
Reservado: Recibo do M.M.
Campeonato Potra Maior
Campeã: Adana do Pégasus
Reservada: Cora da JAD
Campeonato Potra Júnior
Campeã: Tamis do Chiribiribinha
Reservada: Raiz do Oratório
Campeonato Potra Graduado
Campeão: Safira do Chiribiribinha
Reservado: Sagrada do Chiribiribinha
Campeonato Potra Master
Campeã: Hinah da Hibipeba
Reservada: Herança de Santa Rita
Campeonato Égua Jovem
Campeã: Pintura do Oratório
Reservada: Ita Top
Campeonato Égua Adulta
Campeã: Shakuri R4 de Potyretá
Reservada: Querida do Chiribiribinha
Campeonato Égua Sênior
Campeã: Vitória da Fronteira
Reservada: Opção do Oratório
Campeonato Égua Graduada
Campeão: Gazela do Planeta
Reservado: Eca da Hibipeba
Campeonato Égua Master
Campeã: Bela da Hibipeba
Reservada: Quimera J.H.R.
Campeonato Melhor Cabeça Jovem
Campeã:Cednna do Ouro Verde
Reservada: Pintura do Pinval
Campeonato Marcha Égua Adulto
Campeão: Ana Laura do Lancaster
Reservado: Aventura da Raça
Campeonato Marcha Égua Sênior
Campeão: Jóia de Halabara
Reservado: Buana do Aporã
Campeonato Marcha Égua Graduada
Campeão: Madona do Cerradão
Reservado: Karina da Serra da
Campina
Campeonato Marcha Égua Master
Campeão: Ipanema do Renardi
Reservado: Notícia do Campo
Campeonato Potro Pré-Mirim
Campeão: Quarupe de Atibainha
Reservado: Juve da Hibipeba
Campeonato Potro Mirim
Campeão: Jaabe da Hibipeba
Reservado: Jupter da Hibipeba
Campeonato Potro Jovem
Campeão: Moleque de São Judas
Reservado: Q.F. das Flores
Campeonato Melhor Cabeça Sênior
Campeão: Oásis das Flores
Reservado: Sabre J.H.R.
Camp. Melhor Conjunto de Progênie Pai
Campeão: Neruda do Chiribiribinha
Reservado: Design da Hibipeba
Campeonato da Raça Jovem
Campeão: Moleque de São Judas
Reservado: Q.F. das Flores
Campeonato da Raça Adulto
Campeão: Geodo Top
Reservado: Granfino do L.P.D.
Campeonato Cavalo Sênior de Marcha
Castrado
Campeão: Portento do Porto Rico
Reservado: Mogno do Oratório
Marcha Picada
Campeão (ã): Dakota do Barulho
Reservado (ã): Grafite do Guirol
Castrado Padrão
Campeão: Querubim da Dona Flor
Reservado: Radiante da Dona Flor
fonte: ABCCCampolina
Campeonato Potro Maior
Campeão: Topázio do Chiribiribinha
Res.: Jorgan do Monte Real
Campeonato Potro Júnior
Campeão: Venquiten da Conceição
Reservado: Friburgo II dos Verdes Campos
Campeonato Melhor Cabeça Sênior
Campeã: Fayola da Hibipeba
Reservada: Tentação do Dallas
Campeonato Potro Graduado
Campeão: Tamarim do Chiribiribinha
Reservado: Premier do Pinval
Camp. Melhor Conjunto de Progênie Mãe
Campeã: Loucura do Chiribiribinha
Reservada: Loucura do Chiribiribinha
Campeonato Potro Master
Campeão: Sertão do Chiribiribinha
Reservado: Átila de Pirassirica
Foto: Roberto Pinheiro
Foto: Márcia Fernandes
Resultado da Nacional Campolina 2008
CAMPOLINA
Ranking 2008
MELHORES EXPOSITORES
1º
Agroban Emp. Agropastoris Ltda
/ Haras Chiribiribinha
2º
Agropecuária Hibipeba Ltda
3º
Irasa Ind. Reunidas Aliança S/A
4º
Severino Pinheiro Vidal
5º
Top Campolina Agropecuária Ltda
6º
Reinaldo e Ronaldo Monteiro
7º
Vera Regina Ache Annechino
8º
Marcos Amaral Teixeira
9º
Agropecuária Porto Rico Ltda
10º Luiz Pacheco Drumond
11º Criatório Jad
12º Evandro Meirelles Santos
13º J.H.R. Agropecuária Ltda
14º Bartolomeu Medeiros de Souza Filho
15º Carolina Simões Tavares
16º Juarez Assis dos Santos
17º Eustáquio Soares Maia
18º Vic Agropecuária Ltda
19º Nelson Grassi Melo Franco
20º Josué Rodrigues
MELHORES CRIADORES
1º
Agroban Emp. Agropastoris Ltda
Haras Chiribiribinha
2º
Severino Pinheiro Vidal
3º
Irasa Ind. Reunidas Aliança S/A
4º
Agropecuária Hibipeba Ltda
5º
Reinaldo e Ronaldo Monteiro
6º
Top Campolina Agropecuária Ltda
7º
Vera Regina Ache Annechino
8º
Criatório JAD
9º
Evandro Meirelles Santos
10º Campanário Agropecuária Ltda
11º Paulo César de Queiroz Rocha
12º Marcos Amaral Teixeira
13º Roberto da Rocha Mascarenhas
/ Henrique Arruda
14º Luiz Augusto do Amaral Filho
15º Agropecuária Porto Rico Ltda
16º Ivan Alfredo Casali
17º Cristiano Barbosa de Azevedo
18º Condomínio Haras Rio Grande
19º Hugo Silva Fontes
20º Luiz Pacheco Drumond
FÊMEAS
1º
Safira do Chiribiribinha
2º
Sagrada do Chiribiribinha
3º
Opção do Oratório
4º
Hinah da Hibipeba
5º
Pintura do Oratório
6º
Jandira Top
7º
Gazela do Planeta
8º
Tamis do Chiribiribinha
9º
Hadija de São Judas
10º Bela da Hibipeba
11º Eca da Hibipeba
12º Vitória da Fronteira
13º Alteza de Halabara
14º Tieta do Chiribiribinha
15º Orquídea do Oratório
16º Tentação do Dallas
17º Lua do Oratório
18º Adana do Pégasus
19º Quiana Mandala
20º Shakuni R4 de Potyretá
Pontos
5356,35
3106,99
2710
2634,79
2527,53
2350,81
953,94
914,71
778,68
509,47
460,79
455,05
441,98
424,33
405,14
402,55
398,89
378,79
360,42
347,77
Pontos
5504,79
4205,09
2685,86
2551,86
2529,71
2248,95
1984,57
1576,72
1165,31
1008,42
942,28
836,51
773,92
724,46
713,23
634,90
552,91
484,02
481,82
435,64
Pontos
573,07
448,17
446,55
381,43
349,7
325,45
293,62
288,26
275,4
263,8
249,91
249,5
241,3
220,89
188,06
176,63
168,39
154,71
146,5
133,4
MATRIZES
1º
Loucura do Chiribiribinha
2º
Galla Top
3º
Estrela do Oratório
4º
Pintura de Santa Rita
5º
Herança do Pinval
6º
Santa Maria Paisagem
7º
Ocala da Conceição
8º
Milonga do Chiribiribinha
9º
Importância do Repol
10º Damborita da Hibipeba
11º Ferrari do Camparal
12º Cuíca Top
13º Senzala do Solar
14º Viação de Sans Souci
15º Chana da Hibipeba
Pontos
786,66
209,83
111
107,54
74
67,66
62,85
58,69
44,49
43,25
39,25
38,7
36,65
25,9
25,54
MARCHA PICADA
1º
Dakota do Barulho
2º
Grafite do Guirol
3º
Jangada do Nagladir
4º
França da Maranata
5º
Centauro do Barulho
6º
Queima Polaris
7º
Palácio da Barra do Guaicuí
8º
Santa Maria Rainha
9º
Natan do G.T.S.
10º Luneta do Renardi
11º Impacto do Bandarra
12º Garbo do Bandarra
13º Nevada de Oxossi
14º Inca Top
15º Aquarela do Barulho
Pontos
195,2
89,1
78,3
72,6
53,4
50,1
31,4
28,6
24,4
22,4
18,8
18,4
18
16,8
15,7
MARCHA FINAL
1º
Apolo do Berimbau
2º
Ana Laura do Lancaster
3º
Nairobe Mandala
4º
Ventania do Porto Rico
5º
Meteoro do Pinval
6º
Dengoso de Sete Lagoas
7º
Quindo do M.M.
8º
Jóia do Halabara
9º
Luna do Pinval
10º Valente do Porto Rico
11º Estoril da Hibipeba
12º Santa Maria Marquesa
13º Pávulo do M.M.
14º Opa do Pinval
15º Nero do Pinval
Pontos
717,95
517,85
259,25
254,1
215,05
214,68
187,36
186,8
181,79
178,4
173,4
162,58
159,34
159,13
148,82
MACHOS
1º
Moleque de São Judas
2º
Premier do Pinval
3º
Geodo Top
4º
Panthon do Oratório
5º
Topázio do Chiribiribinha
6º
Hiato Top
7º
Nairobe Mandala
8º
Sertão do Chiribiribinha
9º
Oratório do Pinval
10º Tri Campeão
11º Baal da Hibipeba
12º Eliab da Hibipeba
13º Granfino do L.P.D.
14º Mustang de São Judas
15º Ouro do Pinval
Pontos
632,70
446,74
427,00
410,60
373,80
331,25
316,80
290,05
276,65
232,90
222,20
212,37
210,28
207,10
203,50
CASTRADOS PADRÃO
1º
Querubim da Dona Flor
2º
Gorki do Camparal
3º
Ocidente da Conceição
4º
Radiante da Dona Flor
5º
Mogno do Oratório
Pontos
86,05
60,9
46,3
40,75
26,7
MARCHA PICADA
1º
Dakota do Barulho
2º
Grafite do Guirol
3º
Jangada do Nagladir
4º
França da Maranata
5º
Centauro do Barulho
6º
Queima Polaris
7º
Palácio da Barra do Guaicuí
8º
Santa Maria Rainha
9º
Natan do G.T.S.
10º Luneta do Renardi
Pontos
195,2
89,1
78,3
72,6
53,4
50,1
31,4
28,6
24,4
22,4
REPRODUTORES
1º
Neruda do Chiribiribinha
2º
É Top
3º
Geodo do Oratório
4º
Albatróz do Oratório
5º
Desacato da Maravilha
6º
Design da Hibipeba
7º
O.P. de Santa Rita
8º
Baal da Hibipeba
9º
Cale da Hibipeba
10º Xá da Serrazul
11º Iluminado do Oratório
12º Zapata de Santa Rita
13º Olodum da Mima
14º Geodo Top
15º Milenium do Repol
Pontos
710,82
215,84
189,97
180,25
152,35
124,75
112,9
39,5
35,97
35,75
35,2
24
19,96
13,35
12,89
MELHOR CABEÇA FÊMEA
1º
Pintura do Pinval
2º
Fayola da Hibipeba
3º
Delicada da Moenda
4º
Tentação do Dallas
5º
Cednna do Ouro Verde
6º
Mariah de São Judas
7º
W.G. de Santa Anna
8º
Obra do Pégasus
9º
Querida do Chiribiribinha
10º Candura da Jad
11º Tieta do Chiribiribinha
12º Alteza de Halabara
13º Santa do Oratório
14º Vaidosa da Fronteira
15º Terra II do Chiribiribinha
Pontos
100,55
68,5
52,8
50,05
49,9
46,3
36,75
33,7
27,55
25,8
20,45
19,75
18,2
17,9
17,6
MELHOR CABEÇA MACHO
1º
Moleque de São Judas
2º
Oásis das Flores
3º
Sol do Oratório
4º
X.Q. de Santa Rita
5º
Sarampo II do Camparal
6º
Forasteiro de São Judas
7º
Sol do Oratório
8º
Rubí do Oratório
9º
Zeus do Atalho
10º Juve da Hibipeba
11º Sabre J.H.R.
12º Panthon do Oratório
13º Topázio do Chiribiribinha
14º Halley da Barraca
15º Hamon da Hibipeba
Pontos
58,75
49,9
49,9
42,4
34,6
31,5
27,5
26,7
25,8
24,95
24,95
22,9
22,8
21,3
20,85
fonte: ABCCCampolina
Bi o te c n o l o g i a
Nova técnica permite
preservar material
genético de garanhões
Muitas vezes o inesperado
realizar a fertilização, mas também pode
acontece e garanhões importantes,
ser congelado, o que torna possível o seu
para os quais ainda não existe
armazenamento para uso futuro.
uma reserva genética, acaA partir dessa descoberbam sofrendo uma fatata, o congelamento de sêlidade. Nessas horas,
men oriundo do epidídimo
é comum que os protem sido realizado em diprietários e profissioferentes espécies: cães1,
nais que trabalham com
gatos2 e eqüinos3. Será
o animal se perguntem:
detalhada a seguir a téco que é possível fazer
nica que possibilita, por
para salvar material gemeio do congelamento,
nético de um garanhão
armazenar o restante de
que acaba de morrer ou
sêmen alojado no testículo
que tem sua capacidade
após a morte ou castração
reprodutiva comprometida
indesejada de um garapor um acidente?
Foto ilustrativa de um escroto nhão, possibilitando a sua
eqüino dissecado
A utilização de bioutilização futura.
tecnologias modernas, como o congelamento de sêmen e, mais recentemenCOLETA E TRANSPORTE
te, a clonagem de eqüinos, tem sido funDOS EPIDÍDIMOS
damental para a preservação do valioso
Na maioria das vezes, o momento
potencial genético de alguns garanhões.
e o local da castração ou morte do aniO presente artigo irá abordar a primeira
mal não são adequados à manipulação
dessas hipóteses, que permite o aproveie congelamento das amostras do epidíditamento do sêmen armazenado no testímo, o que torna necessária a retirada dos
culo de garanhões.
testículos, sua refrigeração e envio para
Já se sabia que sêmen de garacentros especializados.
nhões, antes de ser ejaculado, fica armazenado em uma aérea específica do testículo chamada epidídimo. Porém, o que
foi posteriormente comprovado é que
este sêmen, mesmo quando extraído artificialmente, não só se encontra apto a
104
Business Rural
Esse procedimento, sempre que
possível, deve ser realizado antes ou imediatamente após a morte do animal. Uma
vez retirados, os testículos devem ser lavados externamente com solução de Rin-
Alessandra Crosara,
médica veterinária especializada
em reprodução Eqüina.
Formada p/ Universidade Federal
de Uberlândia (UFU).
Tel. (22) 8818-7413
[email protected]
ger Lactato (soro utilizado na coleta de
embriões) e acondicionados em sacos
plásticos (ou até mesmo em luvas de palpação, que podem ser utilizadas em uma
emergência).
Vale ressaltar que os testículos deverão ser retirados juntamente com o
cordão espermático, que deverá ser ligado, por meio de pontos cirúrgicos,
para evitar o extravasamento de sangue
e de sêmen. Quanto ao transporte, devem ser feito em uma caixa de isopor
com gelo reciclável e jornal, evitando
assim o seu contato direto com as fontes de resfriamento.
Após a chegada no laboratório, os
testículos/epidídimos são lavados novamente e depois separados um do outro. A partir daí, inicia-se a extração dos
espermatozóides do epidídimo. Uma
amostra dos espermatozóides obtidos
é avaliada para verificar se estes estão
íntegros antes de encaminhá-los para o
congelamento.
Botucatu (SP), são extremamente importantes e animadores. Utilizando sêmen
de epidídimo congelado, os pesquisadores obtiveram 12 prenhezes de 18 éguas
inseminadas, atingindo um índice 66,6%.
Este sucesso no incremento dos índices de fertilidade parece estar diretamente relacionado com os recentes avanços
ocorridos nos meios usados para o congelamento de sêmen, que promovem a melhoria da sua fertilidade. O desenvolvimento dessa técnica com certeza irá permitir
que o material recolhido em situações críticas, como as descritas acima, possa ser
utilizado com melhores resultados.
CONCLUSÃO
Botijões de nitrogênio para armazenamento de sêmen
As amostras de sêmen oriundas de
sejam realizados por um profissional esepidídimos refrigerados a 5 graus Celpecializado.
sius durante 24 horas têm
FERTILIDADE
apresentado boa congelabilidade em diferentes esDO SÊMEN
pécies, inclusive em eqüiDO EPIDÍDIMO
nos. A partir desse momento, a técnica de conAlguns dos relatos disgelamento e descongelaponíveis na literatura sobre
mento dos espermatozóia fertilidade de sêmen condes extraídos dos epidídigelado oriundo dos epidídimos será a mesma adotamos são muito baixos: 17%
da para o congelamento
(Baker & Gardier, 1957); 18%
de sêmen oriundo de ejae 8% (Morris et.al., 2002).
culados.
Entretanto, resultados
Espermatozóide coletado
Por fim, deve-se dizer do epidídimo equino
obtidos atualmente pela
que os testículos também
equipe de pesquisadopodem ser processados no próprio hares coordenada pelo Professor Frederico
ras, desde que se possua a infra-estrutuOzanan Papa, na Faculdade de Medicira necessária e os procedimentos acima
na Veterinária e Zootecnia da UNESP, em
Como visto acima, existem duas últimas oportunidades para se salvar o material genético de um garanhão que acaba
de morrer. Uma é o envio de uma biopsia
de pele para um banco de células objetivando no futuro a clonagem deste individuo e a outra é o congelamento do sêmen
armazenado no epidídimo, que também
pode ser utilizada caso haja a necessidade de castração não desejada do animal.
Ambas as opções requerem que as
amostras sejam coletadas com a maior
rapidez possível após a morte (ou castração) e transportadas de acordo com os
procedimentos acima descritos para um
centro clínico adequado.
A adoção desses procedimentos
com certeza irá permitir a obtenção de
um material de boa qualidade e que poderá ser utilizado no futuro, minimizando
assim o trauma decorrente de uma das
piores coisas que pode acontecer em um
haras, que é a perda súbita e inesperada
de um garanhão importante.
1Martins et. al., 2006; Hewitt et al., 2001
2Tebet et. al., 2006; Axner et. al., 2004
3Barker and Gardier, 1957, Johnson et al., 1980
B u s i n e s s R u r a l 105
CAMPOLINA
Panorama das Raças
BALANÇO OFICIAL DA 28ª SEMANA NACIONAL DO CAMPOLINA
Fots: Roberto Pinheiro
A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina – ABCCCampolina, realizou de 03 a 13 de setembro a 28ª Semana Nacional do Cavalo
Campolina, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte O evento foi dividido
em duas etapas, sendo que a primeira aconteceu de 03 a 07, quando foi realizada a tradicional Cavalgada Histórica Campolina, cujo trajeto foi de Buarque
de Macedo/MG a Passa Tempo/MG, totalizando 105 km. Na segunda etapa
ocorreram os concursos, julgamentos, provas e leilões. No total o evento
que contou com a presença de 5500 visitantes, reuniu cerca de 900 animais
pertencentes a 125 expositores vindos de todo o país.
Em constante expansão, o mercado do cavalo Campolina acompanha
a evolução da própria raça. Com os anos, tornou-se altamente valorizada
e é comercializada em leilões ou diretamente nos haras e exposições que,
muitas vezes, funcionam como porta de entrada para novos criadores e
proprietários. Com isso, consegue aliar um mercado promissor com os
prazeres proporcionados pela criação de cavalos. No ano de 2007 os criadores da raça campolina realizaram 27 leilões. Neste ano, os leilões de elite
da raça têm atingido excelentes médias e demonstram a
liquidez dos criatórios que
trabalham com o melhor da
genética, morfologia e marcha.
Foto panorâmica da apresentação dos
animais na Nacional Campolina 2008
Durante a 28ª Semana
Nacional do Cavalo Campolina foram realizados 6
leilões distintos e uma feira
de animais que contaram
com a participação de compradores dos estados da Ba-
hia, Amazonas, Pernambuco, Goiás, Tocantins, São Paulo e Paraná, além
de Minas Gerais.
Os resultados dos remates foram:
LEILÃO RAÇA E COR – Realizado em 08/09, este leilão vendeu
33 lotes de animais de pelagens pampa e policromáticos pela média
de R$ 21.727,00 cada.
LEILÃO SHOW DE EMBRIÕES – Ocorrido em 09/09, o remate comercializou 34 lotes de embriões das melhores matrizes da raça ao preço
médio de R$ 17.135,00 por lote.
LEILÃO HERDEIROS DA RAÇA – Remate realizado no dia 10/09, e
vendeu 32 animais jovens com genética superior, ao preço médio de
R$ 23.456,00.
LEILÃO TROPA DE ELITE – Este leilão ocorreu no dia 11/09 e comercializou 41 lotes de reprodutores e matrizes de extrema qualidade, ao preço
médio de R$ R$ 30.321,00.
LEILÃO RAÇA NACIONAL 2008 – No dia 12/09, este remate vendeu 33
lotes, entre machos e fêmas, ao preço médio de R$ 37.000,00.
9º LEILÃO HIBIPEBA – O último leilão da 28ª Semana Nacional do
Cavalo Campolina, realizado no dia 13/09 vendeu 32 lotes pelo preço médio de R$ 35.900,00.
Durante o evento o público vibrou com as provas funcionas e maneabilidade e pôde assistir as atividades paralelas como as provas de Musicalidade e Velocidade da marcha e do Cavalo Conforto, que visam avaliar
o nível de adestramento e andamento dos animais. Estas provas buscam
reunir as mais condizentes características morfológicas, de andamento
marchado e cômodo da raça, como forma de colaborar para a evolução
dos Cavalos Campolina, obtendo assim um animal ideal para sela e lazer.
Fonte: Três Barras
Resultados Nacional Campolina Pampa - 2008
Melhores Expositores
1
2
3
4
5
6
7
8
9
CLAUDIO R. GOMES DA CUNHA
LUIZ PACHECO DRUMOND
IVAN ALFREDO CASALI
OSMAR DA SILVEIRA MORAES
HUGO SILVA FONTES
NELSON JOSE PAES FORTES FERES
TADEU DE ALMEIDA LIMA
LUIZ OTAVIO DE SOUZA OLIVEIRA
EUSTAQUIO SOARES MAIA
PAULO SEIXAS DE OLIVEIRA
NILTON DE PAULA AVELAR
10 SHANNA HARROUCHE GARCIA
HARAS DO PRETO E BRANCO
11 CRIATORIO JAD-HARAS LTDA
12 CAMPANARIO AGROPECUARIA LTDA
AILANA SILVA MENDES PENIDO
Melhores Criadores
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
112
CLAUDIO R. GOMES DA CUNHA
NELSON JOSE PAES FORTES FERES
OSMAR DA SILVEIRA MORAIS
TADEU DE ALMEIDA LIMA
EUSTAQUIO SOARES MAIA
PAULO SEIXAS DE OLIVEIRA
LUIZ OTAVIO DE SOUZA OLIVEIRA
NILTON DE PAULA AVELAR
EDDY CAETANO PACHECO PEREIRA
LUIZ PACHECO DRUMOND
CRIATORIO JAD-HARAS LTDA
GLACIOMAR E DIRCEU MACHADO
JUAREZ ASSIS DOS SANTOS
TOP CAMPOLINA AGROP. LTDA.
VIC AGROPECUARIA LTDA.
Business Rural
Campeonato da Raça Jovem Pampa
Campeã
Campeão
NOBRE DO ATALHO
RANCHO BOA VISTA – BARBACENA/MG
Res. Campeão VEZUVIO 5 ESTRELAS
HARAS 5 ESTRELAS – BARBACENA/MG
Campeã
POLACA DA ÁGUA SANTA
HARAS HF – RIO DE JANEIRO /RJ
Res. Campeã
GAYA DE NAHEY
HARAS NAHEY- CONGONHAS /MG
HARAS DO BARULHO – CACHOEIRAS DE MACACU/RJ
FAZ. BOA ESPERANCA - SÃO JOÃO DEL REI/MG
Campeã
HAMORRA DO PANTALEÃO
FAZ. AGUA SANTA - ANTONIO CARLOS/MG
Res.Campeã SHERAZADE DA LAGOA NEGRA
Campeonato da Raça Adulto Pampa
Campeonato Potra Jovem Pampa
HARAS DO PRETO E PAMPA - BOM JARDIM/PE
GANG DO BARULHO
Res.Campeã
HAMORRA DO PANTALEÃO
FAZ. ÁGUA SANTA - ANTONIO CARLOS/MG
Campeonato Potro Jovem Pampa
Campeão
IVANHOE DO BARULHO
HARAS DO BARULHO – CACHOEIRAS DE MACACU/RJ
Res.Campeão
FENÔMENO DO LIBERTAS
Campeão
UIRAPURU J DA 3F
HARAS LPD – RIO DE JANEIRO/RJ
Res.Campeão QUINDIM D’TAL
HARAS D’TAL – MIGUEL PEREIRA /RJ
Campeã
BARBERA DO TRIO
FAZ. SANTA ANNA – PASSOS/MG
Res.Campeã
HAMORRA DO PANTALEÃO
FAZ. ÁGUA SANTA – ANTONIO CARLOS/MG
Campea
TIMIDA DO REPOL
HARAS CAMPANARIO - CAPIM BRANCO/MG
Res.Campeã
THAYLA DO REPOL
Camp. Melhor Cabeça Jovem Pampa
Campeonato Égua Jovem Pampa
Campeão
FENÕMENO DO LIBERTAS
FAZ. BOA ESPERANÇA – SÃO JOÃO DEL REI/MG
Res. Campeão NOBRE DO ATALHO
RANCHO BOA VISTA – BARBACENA/MG
Campeã
CHALANA DA JAD
HARAS CRIATÓRIO JAD – ITUPEVA/SP
Res.Campeã
J-GRIFFE TOP
HARAS TOP – NOVA FRIBURGO/RJ
Camp. Melhor Cabeça Sênior Pampa
Campeão
UIRAPURU J DA 3F
HARAS LPD – RIO DE JANEIRO/RJ
Res.Campeão FREVO DO BARULHO
HARAS DO PRETO E BRANCO – BOM JARDIM/PE
HARAS DO REPOL - CONSELHEIRO LAFAIETE/MG
Campeonato Cavalo Jovem Pampa
Campeão
QUINDIM D’TAL
HARAS D’TAL - MIGUEL PEREIRA/RJ
Res.Campeão OTELO DO NAGLADIR
HARAS NAGLADIR - BICAS/MG
Campeã
BARBERA DO TRIO
FAZ. SANTA ANNA – PASSO/MG
Res.Campeã
MANCHETE DO PEGASUS
HARAS FAG - DIVINOPOLIS/MG
Campeonato Potro Junior Pampa
Campeão
NOBRE DO ATALHO
RANCHO BOA VISTA - BARBACENA/MG
Res.Campeão
VESUVIO 5 ESTRELAS
HARAS 5 ESTRELAS - BARBACENA/MG
Campeonato Potra Junior Pampa
Campeã
POLACA DA AGUA SANTA
HARAS H.F. - RIO DE JANEIRO/RJ
Res.Campeã
GAYA DE NAHEY
HARAS NANEY - CONGONGAS/MG
Campeonato Cavalo Sênior Pampa
Campeão
UIRAPURU J DA 3F
HARAS L.P.D. - RIO DE JANEIRO/RJ
Res.Campeão HEBREU DA AGUA SANTA
HARAS UNIAO - ESMERALDAS/MG
Campeonato Égua Sênior Pampa
Concurso de Marcha Cavalo Jovem
Pampa
Campeão
GAVIÃO DO BARULHO
HARAS DO BARULHO – CACHOEIRAS DE MACACU/RJ
Res.Campeão HEROI DAS MINAS GERAIS
CRIAT. MINAS GERAIS - TIRADENTES/MG
Marcha Cavalo Sênior Pampa
Campeão
QUINDO DO M.M.
HARAS MODELO - GUAPIMIRIM/RJ
Res.Campeão GIGOLO DAS AGUAS FERREAS
AGUAS FERREAS - BOM JARDIM/RJ
Marcha Égua Jovem Pampa
Campeã
FERRARI DO BARULHO
HARAS HA - ITAUNA/MG
Res.Campeã BELEZA J DA 3F
FAZ. CHAPARRAL - CACHOEIRAS DE MACACU/RJ
Marcha Égua Sênior Pampa
Campeã
BENFICA DO BARULHO
HARAS DO BARULHO – CACHOEIRAS DE MACACU/RJ
Res.Campeã SERENATA DO LIBERTAS
FAZ. BOA ESPERANCA - SÃO JOÃO DEL REI/MG
fonte: ABCCCampolina
112
Business Rural
Haras Destaque
Haras Hibipeba:
Hibipeba é 10 - 10 Anos do Criatório Hibipeba
Criatório padrão da Raça Campolina
Contando com campeões nas pistas de competição e na reprodução nos seus
trabalhos de cruzamentos, o Haras Hibipeba, importante criatório de Campolina
do Estado do Rio de Janeiro chegou ao que há de melhor nessa raça, o que lhe
confere a condição de referência em Campolina no Brasil.
144
Business Rural
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
Fotos: Flavio Duarte e cedidas pelo criatório
Situado no município de São Sebastião do Alto, na Região Serrana do
Estado do Rio de Janeiro, o Haras Hibipeba possui atualmente um plantel padrão de Campolina e, por isso, é referência na raça no Brasil.
Contando com animais melhoradores de plantéis de renome, o haras
vem obtendo, graças a um competente
trabalho de seleção genética, o que há
de melhor em animais de competição
e reprodução, muitos deles premiados
em importantes eventos da raça. Tanto é que, em reconhecimento à trajetória de sucesso do Hibipeba, a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina concedeu ao haras,
por oito vezes consecutivas (período
entre 1999-2000 e 2006-2007) o titulo
de Melhor Criador do Ranking Nacional , além de vários títulos conquistados como Melhor Expositor.
Além dessas conquistas, o criatório tem recebido outras premiações
em importantes eventos da agropecuária nacional, como a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (PR).
Na edição 2008 dessa mostra (48ª), o
Hibipeba foi distinguido, por oito vezes
consecutivas, com o prêmio The Best,
em reconhecimento ao seu trabalho em
favor do aprimoramento, fortalecimento
da raça Campolina no Brasil.
EQUIPE DO HARAS HIBIPEBA
O Haras Hibipeba também investiu alto
contratando profissionais do mais alto gabarito
e com isso formou, com certeza, uma das
mewlhores equipes da Raça Campolina para
disputar forte nas melhores pistas do país.
Acima: Alexandre, Jucélio,
Egilmar(21), Genésio e Marquinho.
Abaixo: Baiano, Mimi, Dinho
e Marco Antonio (Gaguinho)
Plantel e manejo
Criando animais que estão sempre no
patamar de excelência do padrão Campolina: beleza e andamento, o haras desenvolve suas atividades na localidade de Valão
do Barro, 2º distrito do município de São
Sebastião do Alto. Em uma área de 60 alqueires, dotada de 55 baias e 40 piquetes,
toca-se um plantel de mais de 100 animais,
entre reprodutores, matrizes, potras e cavalos de sela e de concurso de marcha.
O manejo dos animais (alimentar,
sanitário e reprodutivo) está a cargo de
uma equipe liderada pelo médico veterinário Fernando José R. Queiroz. No caso
de animais destinados a exposições e leilões, eles recebem ração balanceada comercial, feno de alfafa e têm acesso a piquetes de capim tifton. Já os animais de
reprodução, são mantidos em piquetes de
capim angola ou tifton. O manejo sanitário
compreende: vacinação anual de todo o
plantel contra a raiva e tétano, imunização
estratégica contra a gripe eqüina (todo
plantel); já as éguas em reprodução são
vacinadas anualmente contra aborto e doenças causadas por vírus. O manejo compreende ainda a vermifugação, aplicada, a
cada três meses, em todos os animais.
Por fim, as práticas reprodutivas. Além
da inseminação artificial em que se utiliza
sêmen a fresco e resfriado e do controle
das matrizes (através de exames de ultrassonografia), faz-se uso da técnica de transferência e congelamento de embriões.
Design da Hibipeba
Cale da Hibipeba
HISTÓRIA DE SUCESSO
A história de sucesso do Hibipeba
baseia-se principalmente num trabalho de
seleção animal, no qual são utilizados, nos
cruzamentos, campeões da raça nas pistas e na reprodução (garanhões e matrizes). Dentre os garanhões destacam-se:
* Cale da Hibipeba
* Geodo do Oratório
* Design da Hibipeba
As matrizes (doadoras de embriões)
são, entre outras:
* Bela
* Eva
* Ekika
* Egaer
* Capitu
* Eça
* Fábula
* Fayola
Geodo do Oratório
Eva da Hibipeba
146
Business Rural
Capitu da Hibipeba
Bela da Hibipeba
Eça da Hibipeba
Ekika da Hibipeba
Fábula da Hibipeba
Egaer da Hibipeba
Fayola da Hibipeba
Business Rural
147
Outros destaques são os machos que estão
começando na reprodução: Feron da Hibipeba,
Egaek da Hibipeba, Eliab da Hibipeba e Fayad
da Hibipeba.
Há que se destacar, ainda, a nova geração
do criatório: Haira, Hadarah, Hibipeba, Gaya e
Gayana, entre outras.
Feron da Hibipeba
Eliab da Hibipeba
Hadarah da Hibipeba
148
Business Rural
Fayad da Hibipeba
Haira da Hibipeba
Gayana da Hibipeba
Gaya da Hibipeba
PELAGENS
DIFERENCIADAS
Além de animais de pelagem monocromátricas, o Hibipeba possui em seu plantel excepcionais doadoras de embriões das pelagens Pampa (Artilheira do Momento e Fascinação
de Sans Souci) e Negra (Lolita da
Filó, Helena dos Gaúchos, Fada
do RF e Princesa da Czardas .
Esses animais fazem parte de
um novo investimento do haras.
Hibipeba da Hibipeba
Artilheira do Momento
LEILÕES E EXPOSIÇÕES
Como parte do seu programa de trabalho o Hibipeba participa das principais exposições e leilões da raça e não deixa de
apresentar seus produtos nesses eventos. Assim, o criatório participa de mostras realizadas nos estados do Rio de Janeiro (Itaipava, Cordeiro e Campos, entre outras); Minas Gerais (Barbacena,
Belo Horizonte, Pará de Minas, Itabira, São João Del Rey, Conselheiro Lafaiete, Governador Valadares etc.); São Paulo (Indaiatuba,
Jacareí etc.); Bahia (Salvador) e Alagoas (Maceió), entre outras.
do Nordeste.
O Hibipeba começou a participar de exposições em 1998, ou
seja, no mesmo ano de sua instalação e, a partir de então, vem se
destacando nesses eventos.
ntos
e
m
i
o
Dep
HARAS CHIRIBIRIBINHA - RJ
O Haras Hibipeba é, sem dúvida alguma, um dos mais
importantes criatórios de todos os tempos da raça Campolina. Nesses seus dez
anos de existência
conquistou feitos ímpares que foram marcos importantes. Deu
e continua a dar a sua
grande contribuição à raça, através de Geodo do Oratório, o garanhão 100%, que também contribuiu na
evolução do Chiribiribinha.
Charles Marx
HARAS MANDALA-RJ
Falar da Agropecuária Hibipeba é, ao mesmo
tempo, contar um pouco
da recente evolução da raça
Campolina e reviver o carinho de uma amizade. Pioneiros na seleção genética
de qualidade através de técnicas reprodutivas das mais modernas, e muita dedicação, rapidamente alcançaram o status de mais premiado criatório da década. Ao longo de toda essa trajetória, os
papos de cocheira, os debates de beira
de pista, as visitas mútuas e outros muitos momentos em que Norival e Rober-
FAZENDA INGLATERRA -RJ
Tudo começou na Fazenda
Oratório.
O acidente que curtiu a fibra dos irmãos, diferentes entre
si, mas igualmente inteligentes e
vibrantes, fê-los iniciar seu criatório de cavalos Campolina em
meio a uma convivência (de criadores, pensadores, conhecedores, comerciantes etc.) da qual
souberam aprender muito rapidamente, com sua vocação e experiência agropecuária.
Dessa linha, nasceu o Albatroz
do Oratório que, depois, mudou
conceitos e trouxe na sua prole,
para a raça Campolina, o que mais
lhe faltava naquela altura: raça com
estrutura e equilíbrio.
Depois, dividiram o criatório
do Oratório, marcando o início da
Hibipeba; e, em seguida, começou
uma seqüência nunca imaginada
de títulos, exposições, leilões, produtos – uma evolução galopante
(ou “marchante”...) que influiu de
forma marcante e definitiva na evolução da raça.
to exercitam como poucos
a arte de receber os amigos
nos proporcionam grandes
momentos e muito aprendizado. Nada expressa melhor essa alegria em receber
bem e a vontade de aprimorar a raça do que o Leilão
Hibipeba. Evento dos mais
esperados do ano, é sempre a oportunidade de viver uma excelente noite de
entretenimento e reforçar o plantel com
muita raça. Obrigada a toda família Hibipeba pelos ensinamentos e pela amizade.
Vera Regina Ache Annechino
CRIATÓRIO JAD - SP
Gosto de conhecer as histórias
dos que conseguiram chegar ao pódio,
mas confesso que a minha maior busca é pelas entrelinhas, a grande sacada,
ou seja, o que levou o negócio ao patamar atual, quanto se errou para chegar
ao sucesso e o preço que foi pago por
esses erros.
Só que a maioria das pessoas
prefere esconder essas informações.
Justamente, por isso, concordo com
aquela história do ‘’não esconda sua
idéia’‘; só assim ela se tornará visível
e de sucesso.
Então, no processo para formar o
Haras São Judas e Criatório JAD, tive
que sair de uma idéia zerada e buscar
um referencial. Onde procurar? A idéia
que me ocorreu foi: com quem está no
150
Business Rural
pódio, é claro. E dessa maneira bati às
portas da Agropecuária Hibipeba, lá em
Valão do Barro/RJ, tendo como meu fiel
escudeiro Pedro Silvio Assis. Para minha surpresa, eu encontrei uns “cariocas” que também acreditam que nada
se consegue sozinho; compartilharam
informações, experiências diversas
e puderam de todas as maneiras me
aconselhar.
dos dos amantes
mais recentes do
cavalo Campolina.
Quem não conhece o tipo dos animais
com origem neste criatório?
Apesar de ainda
não termos um animal
“true-type”, aqueles são
os que mais se assemelham com o que há
de vir.
Quem não viveu, com o Rober to e Norival Siqueira, momento admiráveis de glória sem
pompa?
Acredito que não houve, que
me lembre, um caso igual de sucesso permanente desde o início,
como o do criatório Hibipeba.
Isso não foi um golpe de sorte,
pois desde as primeiras compras de
exemplares para a formação do plantel tiveram coragem de arriscar e, depois do sucesso, a competência e tenacidade de continuar a investir e arriscar, com o objetivo de evoluir.
Não vou enumerar os exemplares Hibipeba que se destacaram, pois tornaria este texto longo
e enfadonho – todos são conheci-
HARAS ATIBAINHA-SP
Falar da Hibipeba é falar da dedicação, da vontade, do profissionalismo, da
capacidade, do conhecimento, em fim, do amor ao cavalo Campolina de dois irmãos
que se uniram com espírito de
grandes conhecedores para
dar continuidade à expansão
de uma raça maravilhosa que é
nosso Campolina.
É do conhecimento de todos nós
criadores e admiradores do cavalo, a
evolução do nosso cavalo após a era
Hibipeba, em que o sucesso comprova tudo isto.
Carlos Roberto e Norival Siqueira me mostraram
que é possível uma proximidade dos empreendedores de primeira viagem com
aqueles que já estão na estrada há tempos. Não tiveram orgulho, nem pudor em
falar abertamente de seu
aprendizado, muito bem
sucedido, por sinal, no mundo Campolina. Do jeito mais amigável possível,
mas sendo muito profissionais, eles relataram o quanto investiram e bateram
cabeça para conseguir a “Evolução Técnica” da raça, coroada por títulos, prêmios e reconhecimento.
Eu encontrei o que estava buscando, meu referencial de criador. E entrei
para esse seleto time dos que trocam
Eu posso testemunhar que convivi, convivo e admiro o trabalho
destes incansáveis
campolinistas, ora
um, ora outro à frente, por força
das exigências de seus negócios,
mas sempre levados com competência, vocação e garra.
A coragem deles de participar desde o início dos melhores
movimentos da raça encurtou o
caminho para o topo da qualidade, e com isso, da excelência dos
resultados. Foi o que fez e faz a
diferença: a coragem de “topar”,
antes de outros, com o risco de
resultado incerto, mas acertado.
E o mais importante: são
amigos leais, sinceros e queridos, e por eles, guardo com carinho no meu peito um lugar incondicional.
Francisco Inglês
Eu, particularmente criando e admirando o Campolina há 21 anos, já
vi muito amor pela raça, mas igual ao
do Roberto e do Norival, quem sabe
um dia.
Família Hibipeba,
obrigado pela opor tunidade que foi dada ao
Haras de Atibainha.
Obrigado por: Feiticeiro do Oratório, Geodo do Oratório, Hera do Oratório, Taça
de San Souci, Carola da Hibipeba, Cainara da Hibipeba. Fayola da Hibipeba,
Ferrara da Hibipeba.
Josué Rodrigues
100% de propriedade por cotas de participação e poder por sabedoria. Hoje tenho algumas representantes que formaram a base do criatório Hibipeba. Viação
de Sans Souci e Estrela do Oratório, integram nosso plantel de doadoras. E Geodo do Oratório é um dos reprodutores
usados no nosso processo de melhoramento. A marca Hibipeba fazendo parte
da minha história.
A frase que fica de Carlos Roberto e
Norival para mim é essa: avalie seu desprendimento do poder e sua capacidade
de percepção para identificar as novas
oportunidades; isso poderá fazer toda a
diferença. E os Hibipebas, como são carinhosamente chamados, sabem fazer
isso com maestria.
Nelson Jorge / Afonso Davo
HARAS PASTOREIO - RJ
É verdade que Cassiano Campolina criou a raça Campolina a partir
do Monarca, filho de um garanhão da
raça Andaluz com a égua
Medéia, entrando assim
para a história da eqüinocultura brasileira e nos
presenteando com esse
magnífico cavalo. O ano
era 1870 e da lá para cá
muitos criatórios participaram de forma significativa na evolução da raça, desenvolvendo um tipo morfológico de cavalo
de sela mais lapidado, mais refinado e
de linhas harmoniosas.
Não poderíamos deixar de mencionar a enorme contribuição que o Haras
Hibipeba, dos irmãos Roberto e Norival
Siqueira, deu à raça Campolina, como
conseqüência de um trabalho sério e
FAZENDA CHAPARRAL-RJ
O Hibipeba se perpetuou na criação do cavalo Campolina, a meu ver,
primeiro: pela paixão de
dois irmãos e a lealdade à
raça; segundo: ao preservar a raça como prioridade no seu criatório, não
deixando de aprimorar a
dedicado. Percebe-se o grande amor de
Roberto e Norival pelo Cavalo Campolina, o qual os levou, por oito vezes consecutivas, ao título “The Best”, o principal prêmio da agropecuária brasileira.
Não seria leviano afirmar
que nos principais criatórios do país existe um
representante do sangue
Hibipeba contribuindo de
forma decisiva na fixação
das características morfofuncionais, valorizadas
ainda pela beleza zootécnica dos animais Hibipeba.
Assim como Cassiano Campolina, os irmãos Siqueira estão escrevendo seus nomes na história da eqüinocultura brasileira. Que Deus os abençoe
e que continuem a fazer esse excelente
trabalho em prol da raça Campolina.
Wagner Fontes Aranha
marcha. Tanto é que levou para o seu
criatório um dos maiores
marchadores (Iluminado
de Alfenas) para dar prosseguimento ao trabalho e,
com certeza, obteve um
grande resultado, haja
vista os êxitos em pista
que vem apresentando.
Joel Garcia
HARAS ESTORIL-MG
Falar do Haras Hibipeba, por ocasião da comemoração dos seus dez
anos de existência, tendo à sua frente
os meus prezados amigos Roberto e
Norival Siqueira, é sempre um motivo
de alegria e satisfação para todos nós
que temos tido o privilégio de desfrutar do seu
convívio.
Homens competentes, dedicam-se às suas
atividades com afinco,
principalmente na criação do nosso cavalo
Campolina, ao qual emprestaram toda a sua inteligência, ampliando o seu Haras, dotando-o de todas as condições necessárias a um grande criatório. Com o seu
dinamismo, vêm participando, com sucesso, de todos os principais eventos,
quer como criadores, quer como expositores, promovendo leilões, divulgando
a raça em memoráveis acontecimentos
sociais, que a todos cativam, numa integração salutar.
Os resultados que aí são obtidos,
além de muito positivos, concorrem
para unir cada vez mais a comunidade
campolinista.
Assim, na comemoração do décimo aniversário de suas atividades,
não podíamos deixar de
prestar-lhes as nossas
homenagens e cumprimentá-los pelo belo trabalho que vêm realizando, desejando a continuidade desse sucesso, o que acreditamos seja também o
espírito de todos os criadores da raça
Campolina.
Parabéns, portanto, pois bem merecem todo o nosso apreço e consideração.
Arthur Biagioni
HARAS LAGARTIXA-MG
A história da raça Campolina é entrelaçada por nomes de criadores que indiscutivelmente marcaram de maneira forte e irreversível o desenvolvimento da raça. Nos tempos de hoje, sabendo do lugar que o nosso
cavalo ocupa, devemos a esses criadores reconhecimento e gratidão.
FAZENDA LAGOA NEGRA - MG
Com tantos títulos e premiações
em tão pouco tempo, trata-se de algo
raro em criações de cavalo os inúmeros
resultados positivos alcançados tanto
nas pistas quanto no mercado.
A partir de uma excelente base, a
qual os irmãos Roberto e Norival também foram co-responsáveis por ela,
souberam fazer a alquimia correta que
desdobrou em tanto sucesso.
Tendo como reprodutor principal Geado do Oratório, e usando grandes reprodutores como OP de Santa Rita
e Iluminado de Alfenas em éguas base,
na maioria filhas de Albatroz do Oratório,
conseguiram um criatório onde raça e
marcha se uniram na excelência.
As personalidades cativantes dos irmãos Roberto e Norival, também contribuíram muito para este sucesso. Empreendedores e audaciosos, souberam ler
corretamente o produto que tinham e têm
em mãos, e a através do uso de um ma-
RANCHO MATA NOVA-SP
Escrever sobre o Haras Hibipeba é
antes de tudo escrever sobre amigos.
O que dizer de um Haras que com
apenas 10 anos de vida e já a partir do
seu primeiro ano conquistou todos os
títulos, inicialmente como melhor expositor e posteriormente como melhor
criador. Seus leilões alcançam recordes
de preço e de venda.
Alguns dirão que seu sucesso vem
de terem iniciado com uma tropa já selecionada e formada. É verdade, mas este
não é o seu grande diferencial, muitos herdeiros de
grandes e antigos criadores
estão aí para desmentir.
A criação de cavalos
tem sido comparada à de
um artesão, especificamente um ourives.
Descobrir uma pedra bruta, reconhecer seu valor, sua pureza, saber lapidá-la e transformá-la numa jóia rara é
o que diferencia um artesão, um criador
de cavalo, dos demais.
O sucesso de um artesão não está
ligado apenas à sua arte, mas também à
sua capacidade de mostrá-la e vendê-la.
É este diferencial que transforma um bom
artesão em um empresário de sucesso.
O empreendedor é o que sabe o que
produzir, como produzir, para quem produzir e como comercializar e valorizar
seu produto.
E a história continua a ser escrita.
O Haras Hibipeba vem participando
ativamente dessa história Há dez anos o
trabalho que desenvolve se destaca e se
torna referência de produtos de altíssimo
nível, tendo em vista os parâmetros desejáveis da raça.
Nacionalmente, o Haras Hibipeba tor-
rketing honesto,
da presença maciça em todas as
pistas onde tem
campolina, e da
promoção de um
leilão anual que
se transformou no grande evento do calendário de leiloes da raça, conseguiram
ainda mais a sustentabilidade do criatório Hibipeba. Ambos os irmãos, sempre
cordiais e receptivos, encantam pela lealdade, generosidade e honestidade em
suas relações de amizades e comerciais,
e isto também é fundamental no sucesso
constante de um criatório de cavalos.
A Hibipeba pelo que representa hoje
no contexto da raça, se transformou em
algo mais do que um criatório, mas pelo que simboliza, se transformou numa
legitima grife da raça campolina. Meus
parabéns e meu abraço ä família Hibipeba. “E com muito carinho.”
José Eugenio Dutra Câmara Filho
(Dudu)
O Haras Hibipeba revoluciou nossa raça, principalmente por esta capacidade de empreender. Soube o que fazer
com a pedra bruta que recebeu e transformá-la numa jóia rara.
Sua primeira atitude foi a de buscar
um reprodutor como o Iluminado de Alfenas, promovendo não apenas um choque
de sangue em sua tropa, mas também
e principalmente buscando o andamento marchado hoje muito valorizado. Teve
a sorte e o mérito em acreditar e apostar em seu garanhão Geodo do Oratório
e no seu filho Design da Hibipeba Atitudes como esta
muitos tiveram alcançado
ou não o sucesso, mas o
que realmente revolucionou
e passou a ser modelo para
muitos criadores foi sua atitude profissional no manejo,
na reprodução e na comercialização de
seus animais.
Não tiveram preconceito em buscar
os melhores profissionais disponíveis na
reprodução, adestramento, equitação,
maquiagem e apresentação. Investiram
em treinamento de sua mão de obra, valorizaram o trabalho e foi exatamente na
união do trabalho com a genética que lograram o sucesso que são hoje.
HIBIPEBA, sinônimo de profissionalismo, empreendedorismo e
competência.
Luiz Augusto do Amaral Filho
nou-se sinônimo de empreendimento de
sucesso. Pessoalmente, admiro o Haras
Hibipeba e me sensibilizo com a seriedade e profissionalismo com que conduzem
o trabalho, o qual se reflete positivamente
na raça como um todo.
Francisco Azevedo
Business Rural
151
HARAS SÃO JUDAS TADEU - RJ
Quando ouvimos o nome do Haras Hibipeba pela primeira vez, nos soou meio estranho. Porém, nos despertou algo diferente: era um nome em que, nele, havia um
sentimento que iria marcar época.
Passado algum tempo, tivemos o prazer
de nos tornarmos amigos e parceiros dos ti-
HARAS VERDES CAMPOS - RJ
Amigos, raciocinem comigo e vejam se tenho ou
não razão. Fosse hoje o ano de 1978 ou de 1988, só haveria um único assunto nessa época do ano, em nosso
meio do cavalo: quais seriam os prováveis campeões
nacionais de nossa raça Campolina? Quantos viriam de
Minas, do Rio ou da Bahia? O grande da raça teria o sufixo Gas, Passatempo, Rancho 70 ou Santa Rita?
Naqueles tempos tambem os governos caíam,
havia relatos de crimes horrendos nos noticiários,
morriam presidentes e atores famosos. E mais: craques aos montes despontavam nos times de várzea
e astronautas iam e vinham do espaço num piscar de
olhos. Ainda assim nada desviava nossa atenção dos
cavalos, naqueles dias de frio. O assunto era um só:
a Macapê e a Nacional Campolina. Gastavam-se quilômetros de palavras em especulações infindáveis nos
fins-de-semana na fazenda Chaparral. E nada mais importava para o criador do cavalo Campolina.
tulares da Hibipeba. Desde então, o Haras São
Judas Tadeu passou a seguir a mesma linha de
raciocínio da Hibipeba. Nos especializamos no
modelo de trabalho criado por seus proprietários e adquirimos deles, na época, duas matrizes (Inédita e Estrela do Oratório). A partir daí,
começamos uma nova fase em nosso criatório, incorporando ao plantel outros animais,
como Baal da Hibipeba, Viação e Devassa da
cada um nutria o único e mesmo sonho, a criação de cavalos. E como hão de morrer, os
três, com o nome Campolina
gravado no coração, cada um
rendeu fidelidade ao mesmo
desejo dos demais.
Daí que, com a dissensão, um irmão foi para um
lado e dois se uniram e partiram para outro, em busca de novo sufixo para a tropa
que havia sido dividida. Uma nova potencialidade estava
se liberando no mundo dos cavalos marchadores. Assim foi que o ano de 1998 trouxe no ventre, entre muitos
nomes, este que jamais será esquecido: Hibipeba.
Logo, logo o criatório tornou-se uma força da natureza. Digo isso porque, em suas primeiras exposições, a Hibipeba foi capaz de fazer ventar, chover, trovejar e relampejar ao mesmo tempo.
Pois bem, passemos agora aos dias atuais deste
ano de 2008. Ninguém fala dos cavalos de marcha da
Vera e do Severino, das potras do Neruda, do sumiço
repentino das pistas do JHR e do Leonardo Campos,
da ascensão definitiva do criatório da dupla Rei-Ro.
Até os juízes, com seus erros e acertos controvertidos, conseguiram cair no total esquecimento. As pessoas nem mesmo se preocupam com os centavos que
levam no bolso, já que tudo tornou-se secundário.
De fato, a Hibipeba já nasceu adulta. De maneira
inédita, em seu primeiro ano de vida, trocou as fraldas
por faixas e mais faixas de campeã nacional. De cabo
a rabo, ganhou tudo também nos oito anos seguintes.
Apenas um assunto persiste em não se calar:
a dissensão que se abateu sobre o haras dos dois
irmãos Siqueira, Roberto e Norival. E isso não apenas em nosso meio. Nos botequins de todo o país,
nas pensões do interior de Minas, nas carrocinhas
de maçã do amor dos parques de exposições, nas
filas de cinema do Rio, nas ladeiras do Pelourinho,
enfim, por onde haja um simples mortal que se dedique à eqüinocultura, o assunto é um só: os irmãos Hibipeba.
Até que há poucos dias ouviu-se falar em discórdia também no criatório dos dois irmãos Siqueira. O
disse-que-disse surgiu de repente, vindo não se sabe
de onde. Começou, então, entre os criadores, um corre-corre jamais visto. Cada um de nós procurava saber do outro que gesto, palavra ou expressão de ódio
teria tido a força de deflagrar tamanha crise. Em vão,
tentamos imaginar que bate-boca, por mais homicida
que fosse, seria capaz de gerar tamanha dissidência
entre os irmãos. A ponto de colocar em risco um dos
criatórios mais importantes de toda a história do cavalo Campolina.
Antes de prosseguir, é bom que se diga que todo
criador de cavalos, vivo ou morto, seja ele amante do
Árabe, do Mangalarga, do Inglês de corrida, do Andaluz,
inclusive os donos dos pangarés da praça Xavier de Brito, na Tijuca, todos – repito, agora no plural – gostariam
de pelo menos por um instante, por um dia que seja, ser
proprietário do sufixo Hibipeba. Mesmo que esse sonho
se realizasse em dias de Carnaval, Natal ou Ano Novo...
não importa! E se alguém entre nós cair na bobagem de
dizer que não sente inveja da tropa dos dois irmãos Siqueira, sabe lá Deus que castigo lhe estará reservado,
no Juízo Final, por tamanha mentira.
A bem da verdade, a Hibipeba nem sempre foi Hibipeba: antes era Oratório. Até que um dia houve uma desavença por lá. Então veio a primeira separação. Cada um
dos três irmãos poderia ter seguido caminhos diferentes
na vida. Certamente freqüentariam o sucesso da mesma
maneira como ministros de Estado, cantores de ópera,
veterinários, relações públicas, vendedores de churros,
personal trainers, sei lá... Mas não: em seus travesseiros
152
Business Rural
Eu que o diga: durante toda esta última década,
ao terminar cada exposição, realizada de norte a sul do
país, eu telefonava às pressas para um amigo e perguntava: – “E aí, quem ganhou?”. E ele: – “A Hibipeba!”. Era
sempre a mesma resposta, sempre a Hibipeba.
De minha parte, deixei todas as especulações de
lado para concluir que apenas a paixão, esse sentimento exagerado de amor que ambos carregam no
peito e que, ao transbordar, acaba salpicando o coração do outro, seja ele parente ou não, explicaria tamanha divergência.
Se até entre os mais fervorosos namorados e
amantes existem atritos e discussões, que dizer entre irmãos que vivem, trabalham, competem, amam
e choram juntos... Eu, que convivo amiúde com ambos, asseguro-lhes que não vi entre eles qualquer
atrito de ódio fratricida, tão comum na literatura. Ao
contrário, insisto que, em verdade, apenas o amor
desmesurado seja o principal motivo. Nada disso teria acontecido, não fosse a paixão pelo cavalo, esse
objeto de desejo que, por gerações infindas, sempre
seduziu os homens, levando-os até o limite da discórdia, inclusive entre irmãos.
Hibipeba, entre outros. Como se vê, a
base do nosso plantel saiu da Hibipeba.
O Haras São Judas tem muito
orgulho de ter iniciado o marco de
sua criação com a família Hibipeba
de nossos amigos Norival, Roberto e
Breno Siqueira
Ronaldo e Reinaldo Monteiro
Amigos, vejam se tenho ou não razão: a paixão
que sentimos pelo Campolina não passa de mero fetiche, que se apodera de nossa alma simples de homens ligados à terra. Justo esse amor grandioso é
que desperta nossos sentimentos mais primitivos.
Daí vivermos, volta e meia, às turras uns com os outros. Não me queiram mal, mas é possível que o cavalo expresse apenas a pujança e a beleza que gostaríamos de possuir. São eles que nos tornam campeões e, como conseqüência, vaidosos ao extremo. No
fundo, representam os garanhões que gostaríamos
de ser. O resto... é resto!
Agora, peço aos senhores que pensem comigo
de maneira diferente. Assim como o Fluminense e o
Flamengo, também o Oratório e a Hibipeba foram gerados no ressentimento. Daí suas glórias. Ninguém
conseguirá apagar da memória o parentesco entre
ambos dissidentes. Também nós e as gerações futuras jamais esqueceremos o parentesco óbvio entre
a Hibipeba e o criatório que poderá nascer a partir de
agora. Potencialidades criativas inimagináveis estarão mais uma vez se liberando em busca do novo. E
isso será excelente para nossa raça. Portanto, ansiamos apenas por saber que novo nome o ano de 2009
trará em seu ventre.
Contudo, não podemos descartar a possibilidade
de que um dos irmãos, seja o Norival ou o Roberto, decida abrir mão da parte que lhe cabe, fazer as malas e
partir em busca tão somente do esquecimento. Por que
não? Seja quem for que realize tal gesto, em verdade,
estará preservando a si próprio e ao outro de qualquer
dolo, inevitável onde exista competição. – “Mesmo em
se tratando de jogadores do mesmo time e, sobretudo,
irmãos de sangue?” – perguntariam os senhores. E eu
responderia não sei quantas vezes: – “Sim!”...
Ainda há mais: aquele que se permitir dar esse
passo, possivelmente o fará com o intuito de colocarse acima de qualquer coisa que possa estar acima de
uma ética que não seja essencialmente fraternal. Não
é nenhum crime mostrar indiferença àquilo que possa
parecer importante aos olhos dos outros, em nome de
algum valor individual e nobre.
Eu bem sei que, aquele que se adiantar em nome
dessa ética, necessitará, além de ousadia, também de
uma vontade sobre-humana para abrir mão de um objeto tão grandioso e apaixonante como o cavalo. Não é
fácil tornar-se um homem comum, capaz de cultivar o
gosto pelas pequenas coisas em nome de abandonar
qualquer narcisismo para purificar o espírito.
Mas se isso realmente acontecer, de imediato,
eu também me adiantarei para estender a mão, seja
a um ou a outro, por sua coragem e honradez, oferecendo-lhe minha amizade desinteressada. Certamente teremos mil e uma coisas a conversar, o que
antes não conseguíamos fazer, devido à excessiva
paixão pelos cavalos, que afinal nos torna a todos
cegos e surdos
Evandro Meirelles Santos
Fotos: Januário Martins
Fotos: Nilo Coimbra
Fotos: Nilo Coimbra
INFORME PUBLICITÁRIO
Piso de Borracha Vedovati
ganha a preferência
dos criadores
Criador de Santa Catarina recomenda o estrado
Estrado de borracha traz maior conforto para os animais, previne doenças de
casco e alergias de pele e respiratórias, é fácil de limpar e ainda ajuda a diminuir o
estresse dos animais estabulados.
Tratar de cavalos que permanecem grande parte do tempo estabulados exige
muita atenção com a higiene e o conforto dos animais. As tradicionais camas de serragem, areia, maravalha, muito utilizadas no passado, estão cedendo lugar para os
estrados de borracha. Eles são superiores na praticidade, durabilidade, na economia
de tempo e mão-de-obra, e o que é melhor, na disponibilidade. Os estrados representam uma verdadeira evolução. Eles foram adotados inicialmente pelos criadores do
exterior, e agora, ganham a cada dia a confiança dos criadores brasileiros.
Os estrados de borracha Vedovati são utilizados hoje nos mais reconhecidos haras e centros de treinamento de animais do País. São fabricados com a mesma matériaprima de pneus. Foram desenvolvidos e projetados para suportarem o peso do animal
e proporcionarem conforto e higiene. Os estrados dispensam o uso de serragem, são
altamente resistentes e duráveis, possuem “pés” ou pinos na parte inferior que funcionam como um amortecedor, além de permitir a drenagem de líquidos sob o estrado.
No Sítio Vô Bráulio, de Gaspar, Santa Catarina, um centro de treinamento deixa os cavalos das raças quarto de milha e crioulo imbatíveis para disputarem provas de Rédea e Prova
de Laço. Lá, o proprietário Carlos Alberto Wanzuiti construiu duas pistas de treinamento e instalou o piso de borracha Vedovati em 18 baias.
Ele enumera as vantagens do investimento realizado há cinco anos: “Faz quase quarenta
anos que lido com cavalos e posso afirmar que
o piso de borracha representa uma verdadeira inovação para nós, criadores. Ele funciona José Divino Neves, o Rio Negro,
como um verdadeiro “sapato ortopédico” para da dupla sertaneja “Rio Negro e
o animal porque descansa, evita o estresse do Solimões” utiliza o Piso Vedovati
cavalo que fica isolado na baia e longe da natu- há 6 anos em sua fazenda
reza. É um verdadeiro relaxante devido ao conforto que proporciona, pois dá a sensação
para o animal de estar em cima de uma mola que amortece o atrito com o chão. Isso sem
falar na facilidade de limpeza, muito superior a qualquer outro sistema de cama”.
Criadores elogiam durabilidade
Maior facilidade
O médico Cláudio Machado Rocha, há dois anos, adquiriu os estrados de borracha Vedovati. O estrado é usado nas cocheiras,
no canil e no caminhão que transporta os animais quarto de milha da fazenda Haras Claro, de
Caucaia, no Ceará. Os animais quarto de milha,
linhagem de corrida, participam das principais
exposições agropecuárias e campeonatos do
País. Ele aderiu ao estrado de borracha por acreditar que o produto previne contra a umidade e o
mau cheiro: “O estrado funciona como um verdadeiro amortecedor, uma borracha ortopédica, que
ajuda na prevenção de ferimentos dos animais e
mantém a cocheira e o animal limpos; além disso, por ser macio, evita doenças de casco. Mas,
o piso de borracha previne também doenças de
pele e fungos.”
Outro que destaca as vantagens da utilização do estrado é o juiz aposentado Ataíde Assis Ataíde, dono do Haras D´Luca,
da cidade de Antonio Dias, em Minas Gerais. Ele cria pôneis e afirma que desde que
comprou os estrados de borracha, há cinco anos, aposentou de vez a serragem de
maravalha que utilizava como cama para as baias. “O piso de borracha traz maior
facilidade para limpeza das baias, higiene, e o fato de não ter que utilizar mão-de-obra
para adquirir e transportar a serragem é uma grande vantagem, isso sem falar no que
eu economizo com o frete.” Nestes cinco de anos de uso, ele disse que só tem elogios
para a durabilidade do produto: “Além de prático, a durabilidade é excelente. Neste tempo
todo, não apresentou desgaste algum, está em perfeitas condições de uso.”
Tanta dedicação com o conforto e bem-estar dos pôneis está rendendo a ele vários
prêmios, entre eles, o do atual Campeão da raça pônei, conquistado por Cravo LM do Recreio, que pertence ao plantel do Haras D´Luca.
O criador de cavalo árabe de Belo Horizonte, Silvio Barbosa Neto, também viu no
estrado de borracha a solução para resolver problemas de mau cheiro e moscas que
rondavam as instalações das seis cocheiras que
construiu ao lado da casa dele, em um condomínio fechado de Belo Horizonte. Há três anos,
ele instalou os estrados nas baias e disse que as
reclamações dos vizinhos terminaram: “Acabou
a história de coloca cama, tira cama. Construí
uma fossa asséptica, um piso de cimento com
ralo que recolhe a urina e as fezes. Por cima vai
o estrado. Agora, ninguém reclama mais”, disse
aliviado o criador. Ele destaca também a sanidade dos animais que deixaram de apresentar problemas de desgaste de casco ou alergias. Silvio
Barbosa Neto é proprietário do Rancho Arabco,
um centro de treinamento de cavalos árabes situado em Nova Lima, grande Belo Horizonte, e
entre os destaques do seu plantel está Keynn de Fuego, que já garantiu a conquista em
2002 do Campeonato Nacional Western Sênior.
Outra criadora de cavalo árabe, Vera Lafer Lerch Cury, de Sapucaí Mirim - MG,
avalia os aspectos positivos como a praticidade do estrado que ela considera muito
bom. Antes, o piso de borracha utilizado na Fazenda e Haras Boa Vista, propriedade
da família era importado, agora com a fabricação nacional a criadora afirma que tudo
ficou mais fácil e barato proporcionar esta comodidade ao haras.
Mais praticidade na Hospedaria
As sete baias da Hospedaria para Cavalos de Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, há um ano e meio ganharam o piso de borracha Vedovati. A mudança foi um investimento que trouxe um retorno muito bom, como declara o proprietário Marco Aurélio
Belezza Carvalhido: “Foi a melhor coisa que já inventaram para criadores de cavalo”,
afirma. Ele instalou o piso em sete baias e vê como uma das vantagens o fato do empregado não perder tempo para buscar areia ou palha para colocar na cocheira. Além
disso, destaca a agilidade na manutenção e limpeza com máquina de esguicho a jato.
“Nunca mais tive problemas com relação à alergia respiratória e no olho. Isso
sem falar que os animais não apresentam problemas no casco. Recomendo o estradopara todos os criadores que visitam a hospedaria”.
Mais sanidade
O médico veterinário Jonas Carbonari, de São Paulo, especializado em eqüinos afirma que o estrado de borracha é uma excelente alternativa para prevenir problemas de casco dos animais, porque facilita o manejo e destaca a facilidade de limpeza quando comparadas às camas tradicionais: “O estrado precisa de limpeza periódica. Locais onde ficam
armazenados animais estabulados devem ser limpos até duas vezes por dia. A grande vantagem de abolir todas as camas tradicionais é livrar o cavalo do pó e, com isso, prevenir
doenças respiratórias e de pele.” Declara ainda que as vantagens com a praticidade e
facilidade de higienização compensam investimento.
Instalação
Os estrados são fornecidos em placas e são instalados soltos sobre o piso de
cimento com desnível (caída), de aproximadamente 2%, para uma saída para drenagem
(ralo). Em caso de recortes, eles são facilmente realizados com estilete ou faca.
Outras informações: (18) 3917-4669 / (18) 8139-2052
www.novavedovati.com.br - Presidente Prudente - SP
Eqüinocultura
C
avalo atleta: bem hidratado,
sucesso nos esportes
(ÚLTIMA PARTE)
Tendo como tema reposição de água e eletrólitos (como sódio e potássio, por exemplo) em cavalos
desidratados, trazemos nessa edição a última parte da matéria “Cavalo atleta: bem hidratado, sucesso
nos esportes”, iniciada na edição nº 21. Elaborada pela veterinária Ana Paula Delgado da Costa e pelo veterinário Fernando Queiroz de Almeida, respectivamente, da Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a matéria destina-se a todos aqueles que
estão empenhados em preparar animais para que possam ter sucesso nas pistas de competição.
Foto: Tenente Eduardo Schlup
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
AVALIAÇÃO DO ANIMAL
A desidratação em cavalos é uma
ocorrência clínica comum, principalmente
em cavalos atletas mal condicionados ou
sem treinamento adequado. A desidratação
também é freqüente em cavalos com cólica
ou que apresentam falhas no consumo ou
eliminação excessiva de água e eletrólitos
pelo organismo. O reconhecimento e tratamento adequado da desidratação tornamse fundamental para o restabelecimento da
saúde dos eqüinos. A reposição de água e
eletrólitos (fluidoterapia) tem como objetivos restabelecer os volumes sangüíneos, a
hidratação dos tecidos estimulando o funcionamento de órgãos e a correção de desequilíbrios eletrolíticos e ácido-base (acidose ou alcalose).
O primeiro passo para uma correta
fluidoterapia é uma boa avaliação do cava-
192
Business Rural
lo pelo veterinário para estabelecer o estado clínico geral do mesmo. A avaliação clínica vai determinar o tipo e a gravidade da
desidratação, a quantidade de solução de
reposição hidroeletrolítica (soro) que o animal necessita, a velocidade de administração dessa solução e a via de administração.
As avaliações clínicas que se destacam são:
determinação de peso corporal, freqüência
cardíaca, freqüência respiratória, temperatura corporal, tugor cutâneo (grau de hidratação da pele), tempo de preenchimento capilar (tempo de refluxo sangüíneo na mucosa oral), motilidade intestinal (movimentação
das alças intestinais) e reflexo anal (reflexo
de contração da musculatura anal). A associação dos resultados dessa avaliação nos
permite determinar, dentre outros fatores, a
quantidade de soro necessária para a reposição. Por exemplo, um cavalo de 500 kg que
perde 50 kg durante uma competição perde
aproximadamente 45 litros de água corporal,
tendo em vista que 90% da perda de peso é
devido à perda de água.
Em um outro tipo de avaliação, estimase o grau de desidratação em porcentagem,
associando-se dados das avaliações clínicas
e laboratoriais (ver Quadro). Então, multiplica-se o grau de desidratação pelo peso vivo
do animal. Com isso, é possível estabelecer a quantidade de soro necessária. Como
exemplo, pode-se citar um cavalo de 500 kg
com 10% de desidratação. Esse animal precisará receber 50 litros de soro para restabelecer a hidratação. A esse cálculo deve ser
adicionada a taxa de manutenção da hidratação diária que é de aproximadamente 50
ml/kg/dia para um animal em repouso. Caso
haja perdas contínuas durante o tratamento
devido à diarréia (por exemplo) essa perda
deve ser estimada e o volume de líquido perdido adicionado ao cálculo de reposição.
HIDRATAÇÃO
ORAL OU
POR SONDA
Foto: Tenente Eduardo Schlup
Estabelecendo-se a quanDETERMINAÇÃO DO GRAU DE DESIDRATAÇÃO EM CAVALOS
tidade de soro necessária para
reposição do cavalo, o próxi- Desidratação Classificação TC1 TPC2 Hematócrito
PP3
mo passo é determinar a cons(%)
(s4)
(s)
(%)
(g/dl)
tituição da solução. Se possí5-7
Leve
2-3
1-2
40-50
6,5-7,5
vel, deve-se realizar a coleta de
A hidratação oral ou via sonda
8-10
Moderada 3-5
2-4
50-65
7,5-8,5
sangue para auxiliar na determinasogástrica
(inserida no estôma>10
Severa
>5
>4
>65
>8,5
nação da necessidade de repogo, via narina do animal) é o método
1-Turgor Cutâneo; 2-Tempo de Preenchimento Capilar; 3-Concentração de
sição de água e de alguns elemais seguro e barato de tratamento
total de Proteínas Plasmáticas; 4-Tempo em segundos
trólitos, como o sódio (Na+), o
da desidratação, mas seu uso só é
cloreto (Cl-), o potássio (K+) e o
indicado em cavalos com motilidacálcio (Ca++), favorecendo, com isso, a deeletrolíticas orais antes, durante ou após alde e capacidade de absorção intestinal norterminação da necessidade de correção de
gumas competições, respeitando-se o regumais, sendo imprescindível uma boa avaliadesequilíbrios ácido-base (acidose ou alcalolamento da competição. É importante desção clínica por parte do veterinário. Quando
se) e a definição da constituição da solução.
tacar que o uso de solução intravenosa gea necessidade de reposição é imediata ou a
Cavalos de enduro, por exemplo, tendem a
ralmente não é permitido durante algumas
função intestinal está alterada a utilização da
apresentar alcalose no final da prova devicompetições, podendo a mesma ser utilizada
via intravenosa é a mais recomendada. A utido à perda excessiva de eletrólitos pelo suor.
após as provas ou em animais eliminados da
lização da via intravenosa requer cuidados
Já os cavalos de corrida tendem a apresencompetição.
como a higiene local e a escolha de cateter
tar acidose pela produção excessiva de ácido lático durante
o exercício. Logo, para cavalos
de enduro ou que realizam atividade física de intensidade baixa
a moderada e de longa duração
são recomendadas soluções
NaCI a 0,9% enriquecidas com
cloreto de potássio ou as soluções de Ringer Simples. Os cavalos de corrida ou em atividade
física intensa e de curta duração,
por sua vez, devem receber solução de Ringer Lactado. O uso
de bicarbonato de sódio deve
ser realizado com cautela, sendo o mesmo recomendado apenas nos casos de acidose metabólica grave.
Os eletrólitos de maior importância para a reposição são
o Na+, o Cl-, o K+ e o Ca++.
A reposição desses eletrólitos
pode ser feita utilizando-se pastas eletrolíticas, adicionando-os
à alimentação ou em soluções Avaliação clínica de um cavalo em competição
Business Rural
193
A associação de fluidoterapia oral
e intravenosa é uma boa opção principalmente quando grande quantidade
de solução de reposição é necessária
ou se o tempo de tratamento é longo. O
cavalo deve ser reavaliado pelo veterinário
vário vezes durante o tratamento para estabelecer se há necessidade de mudanças
no protocolo de tratamento. Para garantir a
saúde e o sucesso na fluidoterapia do cavalo, a avaliação e o acompanhamento de um
médico veterinário experiente torna-se fundamental.
SUPERBURRO:
novidade no mundo
dos eqüinos
Fotos: UFRJ
Eqüinocultura
adequado para reduzir o risco de infecção local e inflamação da veia jugular
(veia grossa do pescoço). A velocidade
de administração da solução pode variar de 10 a 20 ml/kg/hora. No caso da
solução oral, esta pode ser dada a cada 45 a 60 minutos em um volume total
de 8 a 10 litros por administração até o
restabelecimento do estado de hidratação, respeitando-se ainda a velocidade
de esvaziamento gástrico e a capacidade de absorção intestinal.
A Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade
Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais – vêm obtendo, dentro de um projeto inédito no âmbito de universidades
públicas do país, o chamado superburro, resultado do cruzamento entre o jumento Pêga e éguas da raça Bretã. Os
superburros são muares mais pesados,
com mais força para tração de carroças
com cargas mais pesadas.
Superburro, UFRRJ (Seropédia-RJ)
* Ana Paula Delgado da Costa
Médica Veterinária, Doutora em Produção Animal.
Setor de Clínica e Cirurgia dos Animais Domésticos/
Hospital Veterinário - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)
Av. Alberto Lamego, 2000 - Parque Califórnia
Campos dos Goytacazes - RJ - CEP 28013-600
E-mail: [email protected]
* Fernando Queiroz de Almeida
Médico Veterinário, Doutor em Nutrição Animal.
Professor Adjunto da UFRRJ
Instituto de Veterinária – Univers. Fed. Rural do Rio de
Janeiro (UFRRJ), BR 465, km 7 - Seropédica - RJ
E-mail: [email protected]
194 B u s i n e s s R u r a l
Jumento Pêga e égua Bretã, UFRRJ
Os superburros, segundo os pesquisadores, são capazes de tracionar uma
carga igual a 15% de seu peso vivo, durante a jornada diária de cinco horas de
trabalho. Comparados com os eqüinos,
os muares têm tendência a uma maior recuperação de peso e um menor consumo
de água após uma jornada de trabalho de
4 horas por dia.
Os muares são animais de tração,
rústicos e resistentes a terrenos acidentados e temperaturas altas. Resultam do cruzamento de jumentos e jumentas com cavalo e éguas de diversas raças, gerando
burros e mulas. Entre essas raças está a
Bretã, originária da França, que apresenta machos de grande porte, com aptidão
para trabalhos pesados.
Business Rural
195
Fique por dentro
Dez estados e o
Distrito Federal voltam
à condição de livres de
aftosa com vacinação
Além do Distrito Federal, dez estados, entre
eles o Rio de Janeiro, voltaram, a partir de 27 de
maio último, à condição de livres de febre aftosa
com vacinação por decisão da Organização Mundial
de Saúde Animal (OIE). A medida, tomada durante
a 76ª Sessão Geral Plenária da entidade, em Paris,
abre caminho para que o Brasil possa exportar mais
carne bovina (hoje o país é o maior fornecedor mundial desse produto).
A decisão da OIE beneficia,
além do Rio de Janeiro, os estados
da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato
Grosso, Minas Gerais, Paraná, São
Paulo, Sergipe e .Tocantins. Esses
estados perderam a condição de livres de aftosa com vacinação em
2005 devido à ocorrência, naquele ano, de focos da doença no Mato
Grosso do Sul e no sul do Paraná.
Além desses estados, mais
três possuem o status de livres de
aftosa com vacinação da OIE: Rio
Grande do Sul, Rondônia e Acre.
Santa Cantarina é o único estado
que detém a condição de livre de aftosa sem vacinação.
Censo do IBGE mostra a realidade
atual do setor agropecuário
(73,2%) e redução de 8,5%
do pessoal ocupado.
Elaborado com informações coletadas em 5,2
milhões de estabelecimentos espalhados por todo o
país, o Censo cobre o período entre 1996 e 2006. Os
dados apurados em 2006,
comparados aos de 1996,
revelam que a área de lavouras no Brasil cresceu 83,5%,
a de pasto diminui 3% e o
número de propriedades rurais aumentou 7,1%.
Na área de lavouras, o
maior aumento foi verificado na região Norte (275,6%).
Nas demais regiões – Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul – os aumentos
foram de, respectivamente,
114,7%; 95,6%; 50% e 48,8%.
O Censo aponta, também,
substituição das áreas de pastagens por lavouras, especialmente em razão do progressivo avanço do Brasil no mer-
196 B u s i n e s s R u r a l
PECUÁRIA – Entre
1996 e 2006, a pecuária
cresceu em direção à região Norte, chegando ao
leste do Pará, em Rondônia
e no noroeste do Maranhão,
bem como em trechos ao
longo do Rio Amazonas e
de alguns afluentes, desde
o norte do Pará, seguindo
em direção do Acre
cado mundial de produção de
grãos e da elevação do nível
técnico da pecuária.
As estatísticas do Censo mostram aumento nos
principais rebanhos: bovinos
(11%), suínos (14,9%) e aves
Já nas áreas onde a
pecuária já era desenvolvida, sobretudo, nos estados
de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do
Sul, do Mato Grosso do Sul,
Goiás e Mato Grosso, o Censo constatou aumento do nível
técnico da atividade.
No item ocupação de pessoas, o levantamento apurou
redução de 8,5%
Organnact lança novos
produtos para melhorar
desempenho
de equinos
Empresa que atua na fabricação de
suplementos probióticos, vitamínicos minerais e aminoácidos para equinos, bovinos, suínos, cães e gatos, a Organnact,
com sede em Curitiba (PR), lançou no
mercado seis novos suplementos nutricionais para eqüinos: ATP Gel, Beta M,
Creocin, Bloodmax, Seroveg Pré-Race e
Seroveg All Day
Os produtos destinam-se a animais
anêmicos e nervosos, para melhoria no
desempenho atlético, no manejo diário e
nos transportes. O ATP Gel, desenvolvido especialmente para cavalos atletas, é,
segundo a empresa, o único produto nacional que contém trifosfato de adenosina
puro. Apresentado em dose única, o produto deve ser administrado oralmente.
BALAIO DE NOTÍCIAS
•
Governador inaugura
laticínio no município
de Itabapoana - RJ
Fundada em 1948, a Cooperativa
Agropecuária Vale do Itabapoana (Cavil),
em Bom Jesus do Itabapoana, Nororoeste
Fluminense, passou a contar, em sua estrutura, com uma unidade para fabricação
de produtos lácteos (iogurte, queijo, manteiga e requeijão em barra). O laticínio foi
inaugurado pelo governo Sérgio Cabral
em ato no qual que se fez acompanhar do
secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, entre outras autoridades
No laticínio foram investidos R$ 3 milhões e metade do leite produzido pela Cavil (30 mil litros) será destinada à fabrica-
A Tortuga, empresa que atua no setor de nutrição e saúde
animal, iniciou a divulgação da campanha “Na Seca, se não for
Tortuga é conversa pra boi dormir” visando conscientizar sobre
a importância dos cuidados com a nutrição de bovinos durante
o período da seca, quando há redução da quantidade e qualidade
das pastagens e o animal corre o risco de perder peso caso não
seja assistido por um programa nutricional adequado.
• A Merial Saúde Animal contratou novos profissionais para sua
ção dos lácteos, ficando o restante para
ser negociado com a CCPL e a Parmalat,
entre outros compradores. Contando com
950 produtores associados, sendo 75% deles no Estado do Rio e o restante no Espírito Santo, a Cavil capta leite nos municípios
fluminenses de Bom Jesus de Itabapoana,
Campos Itaperuna e, em território capixaba, nos municípios de Mimoso do Sul, São
José dos Calçados e Guaçuí, entre outros.
Silo-tubo: nova forma
de armazenar
silagem
A Sinueto Genética
e Tecnologia, localizada
em Curitiba (PR), lançou uma linha completa de máquinas silo-tubo
para armazenagem de
silagem. O sistema silotubo é composto por uma máquina que
embute a silagem dentro de um tubo de
plástico flexível com diâmetro de de 2m
a 3m X 60m a 75m de comprimento.
Um dos destaques da nova tecnologia é um modelo com tubo de 2 metros de diâmetro e 60 de comprimento.
Ele tem capacidade de ensilar duas vezes mais que os equipamentos conhecidos e elimina perdas de 15 a 25% (níveis
que ocorrem nos processos convencionais de ensilagem).
divisão de serviços genéticos (IGENITY®). O objetivo da empresa é avançar no promissor mercado de marcadores moleculares,
os quais revelam o potencial genético dos animais para determinadas características produtivas. A Merial já tem, disponível,
marcadores para gado de corte e leite. Para contatos: 0800 8888484 ou no site www.igenity.com.br.
• As vendas de sêmen de reprodutores da raça Brahman aumentaram de 149.219 doses, em 2003, para 183.975 doses, em 2007,
crescendo 23%, informa levantamento oficial da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), acrescentando que esse foi
maior crescimento obtido por uma raça de corte no período.
• A Fort Dodge Saúde Animal está colocando à disposição dos
pecuaristas 2 sites de dois dos seus principais produtos destinados ao controle de parasitos que atacam os animais: Onyx (www.
onyx.ind.br) e Cydectin (www.cydectin.com.br). Os sites mostram
como fazer o controle eficiente de parasitos internos e externos.
Outra decisão da empresa: lançou um manual que traz aspectos importantes do controle da bactéria Salmonella Enteritidis
que ataca matrizes e frangos de corte, causando grandes prejuízos aos produtores.
• Atuando no setor de micronutrientes para nutrição vegetal,
O modelo compreende três versões: com esteira, com moinho laminador
de grãos, e com esteira com e laminador.
“Nas três alternativas, explica o proprietário
da Sinueto, Julio César, além de silagens,
a máquina pode armazenas materiais alternativos (como glúten de milho, borra de
malte, fécula de mandioca, resíduos cítricos), bem como grãos secos (como milho,
sorgo, girassol, arroz e trigo)”.
Para contatos: (41) 3339-3310 ou pelo e-mail
[email protected].
o Grupo Produquímica marcou presença na edição 2008 da
Hortitec, referência dos setores de horticultura e fruticultura na
América Latina. Na ocasião, apresentou sua ampla gama de soluções tecnológicas quanto a solo, sais solúveis para fertirrigação, fertilização foliar e fertilização de liberação controlada. Na
edição de 2007, a Hortitec contabilizou a participação de 21 mil
pessoas e de 330 empresas expositoras, gerando um volume
de negócios de R$ 60 milhões.
• A Syngenta e a Inve fecharam parceria para distribuição do produto Quantum Fitase, enzima bacteriana produzida com tecnologia
da Syngenta para utilização em rações para aves e suínos. O produto libera fósforo existente nos grãos, reduzindo o custo das rações (o fósforo é um dos nutrientes que mais encarem a ração).
• A Ouro Fino Saúde Animal lançou o brinco Na Mosca com ação
repelente contra a mosca-dos-chifres, praga causadora de sérios
prejuízos à pecuária bovina. O produto (para gado de leite e de corte), tem nova formulação, além de um dispositivo de segurança
para garantir a fixação do brinco na orelha do animal durante o cinco meses recomendados para a utilização do produto. Outra novidade é o alicate aplicador (Fockink) que acompanha o produto.
Lesgilação agrária
Governo cria contrato de
trabalho rural por pequeno prazo
Por: Adeildo Lopes Cavalcante
Atendendo reivindicação da Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA), o governo criou, através da Medida Provisória (MP) nº 410,
de 28 de dezembro de 2007, o contrato de trabalho rural de pequeno prazo. Segundo as novas regras, as contratações de natureza temporária – com
duração de até dois meses – poderão ser
feita por meio de um contrato escrito, sem
necessidade de anotação na Carteira Profissional de Trabalho e Previdência Social
ou em Livro de Registro de Empregado. A
remuneração e os direitos devem ser calculados dia a dia e pagos diretamente ao
trabalhador mediante recibo.
Segundo o presidente da Comissão
Nacional de Relações de Trabalho e Previdência Social da CNA, Rodolfo Tavares,
a decisão do governo atende a um antigo pleito dos produtores rurais e contribui para reduzir a informalidade no campo. “A medida possibilita a prestação de
serviço sem burocracia, garantindo os direitos trabalhistas e previdenciários”, explica Tavares. Caso o período de prestação se estenda além de dois meses, a relação temporária se converte em contrato de trabalho por prazo indeterminado.
A CNA recomenda que produtores e trabalhadores formalizem o contrato escrito,
pois este documento facilitará a comprovação junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) no momento da solicitação de benefício ou aposentadoria. O
198
Business Rural
contrato deve mencionar que é celebrado com base na MP nº 410 e, por cautela, deve ter a assinatura de duas testemunhas e reconhecimento de firma.
A MP equipara o acesso aos benefícios da aposentadoria e pensões rurais
do segurado individual (trabalhador sem
vínculo empregatício) e do segurado obrigatório (trabalhador com vínculo empregatício) ao do segurado especial.
JUSTIFICATIVA
A MP nasceu da necessidade de inclusão previdenciária de uma categoria
de trabalhadores que exercem atividades de natureza temporária. Esses trabalhadores sofrem com impossibilidade
de comprovação de vínculos trabalhista
e da contribuição previdenciária, que requer comprovação do exercício da atividade rural, desde 1991, para que se possa usufruir do beneficio da aposentadoria
por idade, sendo para o setor rural, aos
60 anos para o homem e 55 anos para
a mulher.
Até junho de 1991 os trabalhadores rurais eram amparados pelo Programa de Assistência ao Trabalhador Rural
(PRO-RURAL), bastando comprovar o
exercício da atividade rural para ter acesso. A partir de julho daquele ano os trabalhadores foram incorporados ao Regime
Geral da Previdência Social (RGPS), sendo assegurado a eles os mesmos direitos
dos trabalhadores urbanos. Nesse período, porém, não houve a formalização das
relações de trabalho. Assim, esses traba-
lhadores que eram contatados para prestarem serviços de natureza temporária,
sem registro formal, acabaram ficando
sem amparo previdenciário.
Levando em conta essa realidade, a
MP criou a modalidade de contrato de trabalhador rural por pequeno prazo, permitindo que o produtor rural, pessoa física, contrate mão-de-obra por prazo não superior a
dois meses dentro do período de um ano.
Maiores informações podem ser obtidas com o Sr. Rodolfo Tavares, na Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (da qual
é presidente):
Av. Rio Branco, 135 - sala 910 - Rio de Janeiro
CEP 20.040.006 - fone (21) 3380-9500
e-mail [email protected]
A C I D E N T E S : FA LTA P R E V E N Ç Ã O
“É grande o número de estabelecimentos rurais que não
cumprem as regras básicas de
prevenção à saúde e à segurança do trabalhador rural”, informa o chefe do Departamento de Saúde e Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Rinaldo Marinho. Segundo
ele, “o setor sucroalcooleiro é
o que apresenta o maior número de multas. O cultivo de cana-de-açúcar, café, laranja e a
criação de gado de corte são
os setores que mais foram autuados pela fiscalização do ministério”.
“O ministério fiscalizou em
2007 (até setembro) 7,81 mil
propriedades. O resultado é
surpreendente: agentes registraram 4,56 mil irregularidades. O número de infrações da
NR31 (Norma Regulamentadora número 31) ainda é bastante alto e o que se espera é que
à medida que a norma for se
tornando mais conhecida o nú-
mero de infrações caia bastante”, explica Marinho.
As irregularidades mais
freqüentes são as de simples
solução, que pesam pouco
no bolso do empregador. De
acordo com o ministério, é
comum encontrar nos estabelecimentos rurais trabalhadores sem equipamentos de
proteção individual, como calçados e bonés, e também locais adequados para alimentação e higiene.
Haras Bandeirantes
Criatório investe
em mais uma raça:
CLYDESDALE
Localizado no Estado do Rio de Janeiro, o
Haras Bandeirantes faz sucesso na sua criação de animais de tração das raças Bretão e
Percheron e resolve investir em outra raça de
tração – Clydesdale – e já começou a formar o plantel, importando os primeiros animais dos Estados Unidos
Por: Adeildo Lopes Cavalcante - Fotos: Flavio Duarte
Bem-sucedido na sua criação de eqüinos de tração das raças Bretão e Percheron, o Haras Bandeirantes resolveu ampliar
as atividades nesse importante setor da
eqüinocultura e passou a investir em outra raça: Clydesdale, originária da Escócia.
Para tanto, já começou a formar o plantel,
importando os primeiros animais dos Estados Unidos para fins de criação, reprodução e fixação da raça no Brasil. Especializado em adestramento, o criatório, loca200 B u s i n e s s R u r a l
lizado em Vargem Grande,
na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, dedica-se ao aprimoramento
de animais de tração para
diversos fins – como condução de charretes – e
também de montaria, pois
esta característica é muito
importante em animais das
raças Bretão e Percheron.
Tasha
CHEGADA DOS ANIMAIS
Os animais chegaram dos Estados Unidos no dia 06 de junho de 2008. São sete animais: dois garanhões campeões em
pista: Toll Gate Trademark (castanho) e Tartan Atticus (negro);
e cinco fêmeas, sendo três castanhas e duas negras. Transportados de avião, os animais desembarcaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior do Estado de São
Paulo, onde chegaram em perfeitas condições de saúde. No dia
seguinte foram levados, de caminhão, para a sede do Haras, em
Vargem Grande, no Rio de Janeiro.
Toll Gate Trademark
Tartan Atticus
PERFIL DA RAÇA
Uma das maneiras de se distinguir o cavalo Clydesdale dos
demais está na pelagem. Ele é dotado de manchas brancas pelo
corpo, sobretudo na sua frente e nos membros inferiores. Em movimento, sua ação é larga e compassada; quem observar por trás
verá a ranilha das patas bem elevadas em ação.
As pelagens mais comuns na raça são: zaina, castanha, negra
e, raramente, alazã e tordilha. O branco é visto nas faces e pernas e,
frequentemente, no corpo. O julgamento não discrimina a pelagem
com traços de ruana ou rosilha, sendo considerados
dentro do padrão também.
Quicken
Mabel
As características gerais do Clydesdale são comuns aos
animais de tração: pescoço forte e arqueado, cernelha alta,
conjunto dorso/anca curto, espádua quase vertical e membros anteriores diretamente sob os ombros. Os ossos são
largos e poderosos, a musculatura compacta e potente.
Possui pêlos grandes e sedosos, que vão dos
joelhos e jarretes até a coroa dos cascos, chamando a atenção para a elegante elevação das
patas (trote). O Clydesdale mede 1,75 m de altura e seu peso varia entre 850 e 1000 quilos.
Garanhões castrados podem superar os 1000
quilos de peso.
B u s i n e s s R u r a l 201
Basicamente, o Clydesdale é resultado do
sangue da raça Berbere de linhagens distantes e
separadas entre si por séculos. Os escoceses cruzaram seus cavalos (originários da Escócia), descendentes dos Berberes pré-históricos, com animais nórdicos, sobretudo com garanhões importados da região continental de Flandes.
Com a abertura de estradas que permitiam a circulação de veículos de tração, os escoceses da localidade de Lanarkshire, que
é banhado pelo rio Clydesdale, resolveram
desenvolver uma raça de tração para escoar
a produção de carvão de suas minas ali loca-
Foto: budweiser.com
ORIGEM E FINALIDADES
dweiser,
aparece
em vários comerciais da marca e animais Clydesdale desfilam
em vários parques de Orlando, nos
Estados Unidos. Por lá são chamados de
Budweiser Clydesdales.
Diamond Dollywodd
Tasha
PERSPECTIVAS
lizadas. Logo, os agricultores também aderiram à nova raça,
que recebeu o nome do rio.
Com o passar do tempo, o cavalo transpôs as fronteiras da
Escócia, sendo introduzido no Reino Unido a partir do século
18. Dali ele começou a ganhar espaço em outros países, . como
Estados Unidos e Brasil (a raça Campolina tem sangue do Clydesdale).
Parecido com o Shire (raça
nativa do Reino Unido), porém
com pernas mais longas, o Clydesdale foi selecionado especialmente para transportar
todo e qualquer tipo de carga
pesada no Sudeste da Escócia, na metade do século XVIII. É um animal
ativo e forte, de temperamento disposto e equilibrado.
O Clydesdale é um animal muito ativo, inteligente e de estilo; serve para executar serviços pesados, como também para realizar apresentações, ou simplesmente para
montaria Devido à solidez dos seus cascos,
é utilizado até em tração pesada urbana.
A raça é o símbolo da Cervejaria Bu-
A principal característica do Haras Bandeirantes é o adestramento e seu plano de trabalho tem por fim principalmente a criação e seleção de animais de sangue frio (linfáticos), como são os
casos dos das raças Bretão, Percheron e Clydesdale. Esses animais aprendem com mais facilidades que os de sangue quente,
pois são mais atenciosos. Vale ressaltar que o criatório é referência
em cursos especializados na formação de profissionais em doma
racional e adestramento no Brasil, sendo que, muito destes profissionais com cursos concluídos estão atuando em diversos outros
criatórios no Rio de Janeiro e em outros estados.
Uma vez formado o plantel de Clydesdale do Haras Bandeirantes, parte dos animais, a exemplo do que ocorre com animais Bretão
e Percheron, será usado nas exposições agropecuárias das quais o
criatório participa e nas apresentações que realiza em sua sede...
Está nos planos do Haras disponibilizar animais dessa raça
para outros criadores que se interessarem
pela compra. Além disso, o criatório pretende importar outras
raças de tração que não existem no Brasil. Com a introdução de sangue novo de animais de
alta qualidade nos rebanhos de eqüinos de tração de nosso país, será
possível abrir um novo horizonte
para esse importante segmento
da eqüinocultura nacional em termos de negócios (comercialização de animais e material genético) e de melhoramento animal.
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Panorama das Raças