Reunião de Jovens da Ig. Cristã Maranata
Autor: Rafael Gonçalves da Penha
A Ig. Maranata, no dia 15 de novembro, fez grandes reuniões com os jovens. Esta aqui foi a reunião de
Vitória/ES, realizada no Ginásio Dom Bosco. Aqui estão algumas fotos deste evento.
Esta daqui foi a primeira reunião, à tarde, com a presença apenas de jovens membros. Na reunião da
noite, que lotou o ginásio inteiro, os jovens deveriam trazer convidados, e isso fizeram muito bem, havia
quase 5.000 pessoas à noite.
Uma grande dificuldade era a exigência de um coral com aproximadamente 200 vozes, além de
orquestra.
A solução para caber todo mundo foi colocar os cantores no palco e os músicos embaixo. Acima, a foto
do coral na hora do ensaio. Abaixo, a foto da orquestra, também no ensaio. À esquerda, a mesa de palco.
Para microfonar os instrumentos, foram usados Shure SM-58. A bateria foi microfonada com um kit AKG,
mas com um Shure SM-57 na caixa e AKG C-1000 para overhall. Já para microfonar os cantores, foram
usados 8 microfones apenas (mics de coral), sendo 6 Samson C02 e dois Behringer C2. Foram montados
como mostrado na foto abaixo.
Abaixo, uma foto que mostra com melhor clareza a distribuição dos músicos, cantores e equipamentos:
O equipamento do PA/monitor foi alugado da empresa Mundial Som. Para o Monitor, havia o seguinte:
1 mesa analógica Yamaha M3000, com 40 canais:
Mesa com oito submasters e um recurso bem legal, há uma luz indicativa de qual sub que está
endereçado cada canal. Para enviar o som diretamente para o L/R, existe uma chave ao lado do controle
de PAN.
A mesa tem incríveis 16 mandadas de auxiliar. Uma coisa bem diferente é que não basta abrir o volume
da mandada, tem que selecionar através de um botão se ela vai funcionar ou não(um tipo de mute). As
mandadas 13/14 e 15/16 podem ser chaveados para trabalharem em estéreos ou mono.
A equalização é semi-paramétrica nas vias de graves e agudos, mas paramétrica mesmo nos médios
graves e médios agudos, onde existe uma chave para escolher a atuação do filtro, se mais seletivo ou
mais abrangente. Muito legal. Ainda há um filtro HPF (corte de graves) selecionável até 400Hz, chave de
ganho, inversão de fase, etc.
A seção Master da mesa. Embaixo estão os 8 controles de subgrupos e a saída L/R (Stereo A, mas
estranhamente existe a referência à Stereo B mas não existe o controle). Mais acima, os controles dos 16
auxiliares (só aparecem 14 porque os dois últimos são estéreos).
Essa mesa tem 16 mandadas Matrix, e é possível endereçar qualquer Auxiliar ou o L/R para essas
mandadas. Vejam só:
Uma coisa muito legal da empresa é que eles mantém tudo o mais organizado possível. Segundo o
técnico deles(Vanderley Gaigher), é para ganhar tempo na montagem e na desmontagem. Abaixo, foto da
parte traseira da mesa, com todos os cabos. Tudo identificado por anilhas e por cores diferentes.
Aliás, eles praticamente não tiram nada dos cases. Nem a medusa principal saiu do case:
Onde eles podem economizar tempo, eles fazem. O rack de amplificadores vira o suporte para a mesa de
som:
Esses aí eram os amplificadores principais, todos da Times-One, marca excelente, praticamente não dão
defeito. Os amps ficaram apoiando a mesa de monitor porque as caixas principais do PA estavam
próximas.
Em cada rack cada equipamento fica praticamente pré-montado. Todos os cabos de energia já ficam em
um tomadeiro (assim sai um único cabo de AC, não um monte deles). As conexões também ficam todas
já feitas, em um painel na parte traseira. Ninguém fica tirando e colocando conector nenhum diretamente
nos equipamentos.
Segundo o técnico, além de ganhar tempo, isso preserva os equipamentos, não deixa os conectores dos
equipamento ficarem relaxados com o tempo. É mais fácil trocar os conectores do painel, caso haja
problemas.
No rack de periféricos do monitor, havia disponível, pela ordem:
- 2 compressores Behringer MDX 4600, de 4 canais cada,
- um condicionador de energia RackRider, da Furman
- um amplificador de fones Powerplay, da Behringer
- dois compressores dbx 166A
- um quad-gate dbx 274
Continuando, havia:
- um módulo de efeitos SPX 990 Yamaha
- outro módulo de efeitos SPX 900 também da Yamaha
- um equalizador 31 faixas/canal da Yamaha Q2031
- um compressor dbx 166
- outro eq Yamaha Q2031
- um crossover BSS
- outros eq Yamaha Q2031
E depois mais um monte de eqs da Yamaha e BSS. Haja equalizadores! Tudo isso para ser insertado em
canais, caso necessário.
De cada lado do palco, foram colocadas caixas do PA. Embaixo ficavam os subs, e montados em uma
estrutura de andaimes as caixas.
Na foto abaixo, as caixas de torre de delay que ficaram no meio da quadra, há aproximadamente 20
metros de distância das caixas principais. Note que os amplificadores ficavam ao lado das caixas, para
reduzir perdas com cabos.
Aliás, a marca dos amplificadores usados nas torres de delay foram novidades. Technovox. Segundo o
técnico do PA, é um fabricante local. Segundo ele, “o amplificador é bom e muito potente, mas a maior
vantagem é que, quando dá defeito, é só levar na oficina que o rapaz conserta em pouca horas, no
máximo de um dia para outro”.
Quanto à mesa de PA, ela foi instalada praticamente no meio da quadra, como mostra a foto abaixo:
A mesa era uma Soundcraft K2, de 48 canais:
Mesa com 8 subsgrupos
Mesa com 8 Auxiliares:
A equalização é mais simples que a da Yamaha M3000. São 4 faixas, mas paramétrico (inclusive uma
chave para mudar a largura de banda do filtro) apenas para médios-graves e médios agudos.
E o HPF selecionável até 400Hz, controle de fase, ganho, chave individual de Phantom Power por canal.
E a mesa tem VU´s analógicos para as saídas.
Na seção de master da mesa, temos:
Os 4 botões azuis são canais estéreos, em vermelho os subs, em amarelo os masters.
Do lado esquerdo, os ajustes dos canais estéreos. Do lado direito, os controles de Auxiliares (8, em azul).
Os 4 faders são retornos de auxiliares de efeito, ao lado em vermelho temos 4 saídas Matrix.
Esses botões M1 a M8 são grupos de mute. É um recurso incrível, mas tem que ler o manual para
configurar corretamente, pois não há chave de seleção como em outras mesas, a mesa tem memória e é
necessário programar os canais (para isso que serve aquele pequeno painel LCD mais acima).
Nesta foto, vemos a mesa e o rack de periféricos, tendo a fonte da mesa em cima. A caixa Thor é usada
para comunicação PA/Monitor. Um mic em cada mesa, endereçada para a caixa do outro via multicabo.
Segundo o técnico, é muito útil em shows “barulhentos”, pois é a única forma de um escutar o outro. No
evento, não foi utilizado (foi usado rádios de comunicação).
No rack de periféricos, temos:
- 3 efeitos SPX Yamaha, sendo um deles dedicado ao ajuste do delay das torrres.
- um equalizador Yamaha Q2031
- um compressor dbx 266
- um crossover BSS
- 3 compressores Klark Technic
- um equalizador BSS
- um compressor dbx 166
- outro crossover BSS
O som foi operado por técnicos da própria igreja, mas o pessoal da Mundial estava lá presente, para
dirimir quaisquer dúvidas. Uma coisa interessante é que tudo foi montado sem energia elétrica, que só foi
acionada (havia gerador) depois de tudo conferido. Apesar de ser uma aparente “perda de tempo” (assim
considerado pelos pelos técnicos da igreja), segundo o Vanderley traz mais segurança aos sistema,
evitando choques e mesmo problemas de “tiros”, estalos, etc. Isso ajuda a preservar os equipamentos.
O culto da tarde foi uma verdadeira “prévia”, e alguns problemas que surgiram foram resolvidos. Por
exemplo, a torre de delay não estava configurada , e como a quantidade de homens no coral era pouca,
foi necessário dar mais um incremento neles, usando os AKG C-1000 (que estavam como over de
bateria). No lugar deles, na bateria, foram parar 2 SM-58.
Para os pregadores, foi usado um Audio Technica earset. No primeiro pregador, que falava mais baixo, o
som ficou bom, mas nas partes mais fortes, o microfone distorcia um pouco. Já o segundo pregador, que
falava bem forte, realmente trouxe um grande aperto para a equipe, pois o microfone “rachava” muito.
Findada a reunião, foi só acertar o ganho do transmissor e o mic funcionou maravilhosamente bem.
A reunião da noite, já com os problemas resolvidos, foi absolutamente perfeita. Todos saíram elogiando o
coral. 200 vozes cantando em uníssono (como se fossem uma só voz) ficou realmente bonito. Foi uma
reunião muito gratificante para todos.
Uma coisa muito interessante a aprender com os profissionais é o nível de organização e planejamento
deles. Havia alguns quilômetros de cabos envolvidos, todos devidamente identificados e pré-testados (na
verdade, houve um único que deu problema em dezenas deles). Guardar também foi rápido, em
aproximadamente duas horas e meia estava tudo já no caminhão.
Quanto a acústica, não tivemos o que reclamar, o lugar foi projetado para shows por isso haviam placas
acústicas para diminuição do tempo de reverberação.
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Equipamentos de uma Igreja 1