0
UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
Carlos Alberto Gomes Junior
Francisco Rafael Procópio Junior
Natalino dos Santos Junior
INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE BCAA
SOBRE A FADIGA NEUROMUSCULAR
LINS – SP
2009
1
CARLOS ALBERTO GOMES JUNIOR
FRANCISCO RAFAEL PROCÓPIO JUNIOR
NATALINO DOS SANTOS JUNIOR
INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE BCAA SOBRE A CARGA
NEUROMUSCULAR
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium, curso de Educação Física, sob a
orientação do Profº Msc. Wonder Passoni
Higino e orientação técnica da Profª Esp.
Ana Beatriz de Lima.
LINS – SP
2009
2
Gomes Junior, Carlos Alberto; Procópio Junior; Francisco Rafael;
Santos Junior; Natalino dos.
G614i
Influência da suplementação de BCAA sobre a carga
neuromuscular / Carlos Alberto Gomes Júnior; Francisco Rafael
Procópio Júnior; Natalino dos Santos Júnior. – – Lins, 2009.
50p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em
Educação Física, 2009.
Orientadores: Wonder Passoni Higino; Ana Beatriz;
1. Fadiga Neuromuscular. 2.Suplementação de BCAA 3.Salto
Vertical.
CDU 796
2
CARLOS ALBERTO GOMES JÚNIOR
FRANCISCO RAFAEL PROCÓPIO JÚNIOR
NATALINO DOS SANTOS JÚNIOR
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Licenciatura Plena em Educação Física.
Aprovada em: _____/_____/_____
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Wonder Passoni Higino
Titulação: Mestre em Motricidade Humana pela UNESP de Rio Claro.
Assinatura:___________________________________
1º Prof(a): _______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ___________________________________
2º Prof(a): _______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ___________________________________
3
Dedico primeiramente a DEUS, meu bem maior que sem ele e minha fé
não seria nada e ninguém e não chegaria a ponto nenhum, aos meus PAIS de
coração meus amados minha vida meu tudo meu céu meu chão AMO-OS. A
minha FAMÍLIA que foi a minha estrutura o meu alicerce, uma força digna de
respeito. Aos meus amigos de curso em especial ao JUNINHO E NATALINO,
que me ajudou em todos os momentos em que os solicitei, ao professor
WONDER, que com sua capacitação nos mostrou o caminho verdadeiro e
necessário de sua especialidade. A todos os professores do curso de
EDUCAÇÃO FÍSICA, que me proporcionaram um ensino de qualidade com
bravura de quem entende do assunto e finalizando aos meus AVÔS que
sempre me apoio e torceram por mim.
Carlos
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada disso
seria capaz, nos momentos mais difíceis ele sempre esteve ao meu lado, me
iluminando, me guiando e nunca deixando que eu desistisse. Sem ele nós não
somos nada!!!
Gostaria de dedicar esse trabalho também para as pessoas mais
importantes da minha vida, que são meus pais: Seu Francis e Dona Cida, é
para vocês!!! Pessoas que nunca me abandonaram, sempre estiveram firme
ali do meu lado, nos momentos de mais dificuldades, e nada mais justo do que
essa simples homenagem a vocês. EU AMO VOCÊS, não sei o que seria da
minha vida se não tivesse vocês ao meu lado, agradeço a Deus todos os dias
por ter me dado essa família maravilhosa, MUITO OBRIGADO POR TUDO,
PRINCIPALMENTE POR VOCÊS EXISTIREM!!!
Juninho
Dedico aos meus pais, Natalino e Sebastiana que me apoiaram em
todos os momentos de alegrias e dificuldades, sem eles eu não estaria aqui
hoje. Não imagino minha vida sem eles, amo muito vocês obrigado por tudo
não tenho palavras para descrever o que sinto por você só sei dizer que os
amos!!!
Natalino
4
AGRADECIMENTOS
AOS MEUS PAIS CARLOS E SILVANA
Agradeço pelo carinho, pelo incentivo, por tudo que me proporcionaram sem
vocês não conseguiria nada, sem vocês não estaria aqui neste momento, obrigado Pai
e Mãe pela vida que me ofereceram e por fazer com que eu vivesse essa vida com
dignidade, honestidade, simpatia de ser filho de vocês desde já agradeço por vocês
existirem e por saber e orgulhar-me que tenho pais honrosos e batalhadores de força
suprema, por deixar de lado os seus sonhos para ajudar em cima do meu. Devo tudo a
vocês, minha vida, minha educação, meus ideais e meu estudo.
Amo Mais Que Tudo em Minha Vida!!!
Carlos
A DEUS
Meu Deus, obrigado pela força que o senhor me forneceu durante este estudo,
agradeço e sou eternamente grato pela sabedoria que me passou, pelos momentos de
alegria que compartilhei nesta obra e pelos meus pensamentos que foram iluminados
por Vós.
Carlos
A MINHA IRMÃ
Hoje você não é só minha irmã e sim uma amiga, uma cúmplice, quero que
saibas que você é uma das pessoas mais importantes de minha existência, seu sentir
e meu sentir, as palavras me fogem, sabe que sou assim mesmo. Decifro assim TE
AMO BRUNA.
Carlos
AO MEU SOBRINHO DUDU
Agradeço por você ter chegado a essa vida, e por fazer parte de minha vida,
você me motiva e me alegra a cada dia mais e por isso conto contigo no que precisar.
Pra sempre Vou Te Amar....
Carlos
FAMILIARES
Agradeço pelo incentivo, pelo apoio, pela confiança que demonstraram em mim e
por isso quero compartilhar da alegria de podermos realizar os nossos sonhos. Sonho
esse de nos unirmos e nos fortalecermos cada dia mais e mais um pouco.
Carlos
AO MEU PRIMO KLEBER
Meu Anjo. Papai do Céu achou que você estava pronto, que cumpriu sua
missão aqui ao nosso lado, espalhou o amor, alegria, sua serenidade e sempre fez o
bem ao próximo. Deu-nos muita alegria. Meu primo, irmão, AMIGO confidente,
sofremos muito com sua partida, mas vai com papai do céu que sua missão ao nosso
lado esta completa, quem sabe um dia nos encontraremos. Ajude-me como meu anjo
a suportar sua ausência e seguir em frente. ABRAÇO TE AMA PARA TODO O
SEMPRE!
Carlos
5
AOS MEUS AMIGOS
Grandes amigos que em todos os momentos que precisei CELO, DIEGO, ODILIO e
BRANCO, valeu galera pela força tanto nos dias difíceis como nos dias mais
tranqüilos, sempre serão lembrados.
Carlos
AOS MEUS GRANDES PARCEIROS DE MONOGRAFIA
Juninho e Natalino, obrigado por compreender e entender os meus erros e
acertos perante este estudo, quero de coração lhes dizer que sempre serão lembrados
e que nossa amizade se fortaleça ainda mais. Difícil foi, mas nossa equipe foi forte e
soube encarar todos os obstáculos que nos prejudicavam. Desde já sou eternamente
grato e honroso de fazer parte de nosso estudo e amizade, valeu.
Carlos
A Deus
Senhor Muito obrigado por mais essa vitória, mais uma conquista diante de
muitos obstáculos no caminho, porém todos vencidos, sempre com a tua ajuda meu
pai. Obrigado senhor, por estar sempre ao meu lado me iluminando e me
abençoando!!!
Juninho
Aos meus pais
Seu Francis e Dona Cida, gostaria de agradecer há vocês, que sempre me
apoiaram e se eu consegui chegar aqui hoje, devo tudo isso a vocês!!!
Eu não imagino minha vida sem vocês, e gostaria que vocês soubessem que sou
muito grato por tudo que já fizeram e ainda fazem por mim, mais uma vez MUITO
OBRIGADO!!! EU AMO MUITO VOCÊS!!!
Juninho
Aos meus parceiros de monografia
CONSEGUIMOS, foi difícil, complicado, corrido, e teve momento até de dúvida,
se iria dar certo ou não. Mas graças a Deus conseguimos, e ta ai o resultado, de muito
trabalho, muito esforço, porém é mais uma vitória. Gostaria de agradecer a vocês por
toda a ajuda, e dizer que juntos conseguimos mais essa conquista. MUITO
OBRIGADO!!!
Juninho
Ao nosso orientador (Wonder)
Muito obrigado Profº, por ter nos guiado nesse caminho novo e desconhecido que
percorremos, foi difícil, mas conseguimos, graças a Deus e a ajuda do senhor.
Gostaria de agradecer a atenção, a paciência e tudo que o senhor fez por nós, pedir
que Deus lhe abençoe e lhe de tudo em dobro. MUITO OBRIGADO PROFº!!!
Juninho
6
Aos participantes deste trabalho
Gostaria de agradecer a todos que nos ajudaram nesse trabalho, muitos se
sacrificaram saindo do serviço e já indo direto para o laboratório, outros trabalhavam a
noite e mesmo assim deixavam de descansar para nos ajudar, cada um fez o seu
esforço só para nos ajudar, e isso eu nunca esquecerei, que Deus abençoe muito, que
ele multiplique mil vezes mais o que vocês fizeram por nós, e saibam que sempre que
precisar, EU ESTAREI AQUI!!!
MUITO OBRIGADO!!!
Juninho
Aos professores do curso
Gostaria de agradecer a todos os professores do Curso de Educação Física do
Unisalesiano, se não fosse vocês nós não estaríamos aqui hoje, temos muito que
agradecer a todos os professores que passam por nossas vidas, pois sem vocês
professores não existiriam nós alunos. MUITO OBRIGADO!!!
Juninho
A todos que me ajudaram nesses 4 anos de luta
Gostaria de agradecer a todo o pessoal da Secretaria da Saúde, que é o local
onde trabalhei durante esses anos, e foi graças a esse serviço que eu tive condições
financeiras para concluir minha faculdade, sou muito grato a todos. Gostaria de
agradecer também a Professora Gisele e o professor Leandro com quem trabalhei na
Clínica de Educação Física e foi o meu primeiro estágio na área, e com paciência e
muito compreensão fizeram parte da minha historia, também só tenho que agradecer,
a Professora Kátia que foi minha supervisora no projeto medicina preventiva, sempre
me ajudando e todas as vezes que recorri a ela esteve sempre pronta, de bom
coração, disposta a me ajudar e sempre tentando me entender, a Nanci, minha
supervisora no projeto jovens acolhedores, que foi uma pessoa espetacular para mim,
eu nunca esquecerei tudo que ela fez, a ajuda que ela me deu naquele momento. E a
todos que não foram citados aqui, mas tenham certeza que tem um lugar especial no
meu coração. MUITO OBRIGADO A TODOS, EU NUNCA ESQUECEREI O QUE
VOCÊS FIZERAM POR MIM. QUE DEUS ESTEJA SEMPRE AO LADO DE VOCÊS,
SEMPRE!!!
Juninho
Agradeço aos meus pais
Que custearam todo o meu estudo e acreditaram na minha capacidade e por
isso que estou aqui nesse momento tão importante e muito feliz.
Natalino
Agradeço a Deus
Que me deu inteligência, saúde e paciência para ajudar nos momentos de
dificuldades, em que pensei em desistir de tudo, devo toda a minha vida a ele que
colocou tantas pessoas maravilhosas na minha vida !!!
Natalino
Agradeço aos meus sobrinhos Carlinhos e Laurinha
Agradeço a Deus por ter posto em nossa família duas crianças tão lindas e que
sempre sejam iluminadas, amo vocês de mais, não tenho palavras para dizer. Amo
vocês abraço do tio Ju !!!
Natalino
7
Agradeço aos meus companheiros Carlos e Juninho
Que nos momentos de dificuldade me apoiaram e não deixaram que eu
desistisse em momento algum sempre apoiando, tenho vocês como meus irmãos e
que Deus abençoe sempre vocês nessa nova jornada da vida que se inicia, torço para
que todos tenham uma carreira de muito sucesso !!!
Natalino
Aos meus amigos Thiago, Luis, Fagner e Eleni
Saiba que vocês foram importantes em minha vida e que nossa amizade
evolua cada dia mais obrigado por me ajudarem nos momentos de dificuldades.
Natalino
Agradeço a minha irmã Alessandra
Que também e graduada em educação física e me apoio sempre que precisei.
Amo muito ela, agradeço todos os dias por você existir. Tatá obrigado por tudo!!!
Natalino
Agradeço aos familiares
Que nos apoiaram nos momentos difíceis agradeço muito por ter uma família
tão unida. Obrigado por acreditarem em minha capacidade, aproveito para pedir
desculpas a todos que estiveram do meu lado e por algum motivo ficaram triste
comigo.
Natalino
8
RESUMO
Nas últimas décadas o uso dos suplementos alimentares vem sendo
largamente utilizado por atletas e praticantes de atividades físicas. Com isso a
suplementação torna-se cada vez mais comum no meio esportivo, visando na
maioria das vezes melhorar o rendimento e/ou para fins estéticos. Desta forma
o presente estudo tem como objetivo verificar a influência da suplementação de
aminoácido de cadeia ramificada (BCAA) sobre a fadiga neuromuscular. Para
isso participaram deste estudo 21 indivíduos, do sexo masculino, saudáveis e
fisicamente ativos há no mínimo 6 meses. Estes foram divididos em três
grupos: CONTROLE (23,00±1,82 anos; 70,28±3,14 Kg; 1,78±0,04 cm;
8,58±3,49 %G; 59,95±5,91 VO2max), PLACEBO (23,14±3,62 anos; 72,85±10,60
Kg; 1,77±0,05 cm; 15,29±9,98 %G; 44,63±5,73 VO2max), SUPLEMENTADO
(21,57±2,63 anos; 65,00±11,29 Kg; 1,69±0,06 cm; 15,34±4,46 %G; 49,31±7,25
VO2max), foram convidados a comparecer no Laboratório de Avaliação de
Esforço Físico (LAEF) em 4 momentos distintos. No primeiro momento foram
avaliados, perante a composição corporal e aptidão aeróbia, através do
consumo máximo de oxigênio (VO2max). Na segunda visita, realizaram um salto
vertical pré-exercício, uma atividade aeróbia aguda a 70% da velocidade
relacionada ao VO2max (v VO2max) até a exaustão voluntária, seguida de mais
um salto vertical (pós-exercício). Anterior ao exercício aeróbio cada grupo teve
sua manipulação designando nos três grupos. Na terceira e quarta visitas os
indivíduos realizaram o salto vertical. Para verificar as possíveis diferenças
entre os grupos, utilizou-se uma análise de variância um fator (ANOVA One
Way), com posterior análise do teste de Tukey, com nível de significância
p≤0,05. Diante dos resultados, observou-se que não houve nenhum efeito com
relação aos fatores grupo e momento. Com isso, concluí-se que diante da falta
de detecção de fadiga neuromuscular principalmente pelo reduzido numero de
sujeitos e pelas características da variável dependente e também pelo
exercício indutor da fadiga, fica impossível para o presente estudo, verificar os
efeitos protetores do BCAA sobre a fadiga neuromuscular. No entanto, quando
os resultados são analisados de forma individualizada, pode-se observar que
os voluntários do grupo suplementado aparentam apresentar maiores efeitos
protetores com relação ao exercício realizado anteriormente. Diante disso,
sugerem-se novos estudos, onde as limitações metodológicas apontadas no
presente estudo sejam sanadas.
Palavras-chave: Fadiga Neuromuscular. Suplementação de BCAA Salto
Vertical.
9
ABSTRACT
In recent decades the use of dietary supplements has been widely used
by athletes and physical activities. With this supplementation is becoming
increasingly common in sports, aimed mostly at improving income and / or for
aesthetic purposes. Thus this study aims to determine the influence of
branched-chain amino acids (BCAA) supplementation on neuromuscular
fatigue. For that participated in this study 21 subjects, male, healthy and
physically active for at least 6 months. These were divided into three groups:
CONTROL (23.00 ± 1.82 years, 70.28 ± 3.14 kg, 1.78 ± 0.04 cm, 8.58 ± 3.49%
BF; 59,95±5,91 VO2max), PLACEBO (23 , 14 ± 3.62 years, 72.85 ± 10.60 kg,
1.77 ± 0.05 cm, 15.29 ± 9.98% BF; 44,63±5,73 VO2max), Supplements
(21,57±2,63 years; 65,00±11,29 Kg; 1,69±0,06 cm; 15,34±4,46 % BF;
49,31±7,25 VO2max), were invited to attend the laboratory evaluation Exertion
(LAEF) in 4 different times. The first time were evaluated before the body
composition and aerobic fitness by maximal oxygen uptake (VO2max). On the
second visit, they performed a vertical jump pre exercise, an acute aerobic
activity to 70% of speed related to VO2max (vVO2max) until volitional exhaustion,
followed by another vertical jump (post office). Prior to aerobic exercise each
group had its manipulation by designating the three groups. In the third and
fourth visits, subjects performed the vertical jump. To check the possible
differences between the groups, we used an analysis of variance one way (one
way ANOVA), with subsequent analysis by Tukey test, with significance level p
≤ 0.05. From the results, it was observed that there was no effect with respect
to the factors group and time. Thus, it is concluded that given the lack of
detection of neuromuscular fatigue mainly by the low number of subjects and
characteristics of the dependent variable and also by inducing exercise fatigue,
it is impossible for the present study to verify the protective effects of BCAA on
neuromuscular fatigue. However, when the results are analyzed individually,
can be observed that the volunteers supplemented group appear to have
greater protective effects in the exercise carried out earlier. Given this, we
suggest new studies, where the stabbing methodological limitations in this study
are resolved.
Keyword: Neuromuscular Fatigue. Supplemenation BCAA Vertical Jump
10
LISTA TABELA
Tabela 1: Valores em média e desvio padrão das características
biométricas dos voluntários (n=12) .............................................................. 30
Tabela 2: Valores em média e desvio padrão do salto vertical (n=21)......... 31
Tabela 3: Valores individuais de salto vertical ............................................. 31
Tabela 4: Características do tempo limite a 70% do vVO2max ...................... 32
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
%G – Percentual de gordura
AE – Ação Excêntrica
ATP – Adenosina Tri-Fosfato
BCAA – Aminoácido de Cadeia Ramificada
CEP – Comitê de Ética e Pesquisa
CO2 – Dióxido de Carbono
DMIT – Dor Muscular de Início Tardio
FCmax – Freqüência Cardíaca Máxima
IDR – Ingestão Diária Recomendada
IL6 – Interleucina
JT – Jump Test
LAEF – Laboratório de Avaliação do Esforço Físico
O2 - Oxigênio
PSE – Sensação Subjetiva de Esforço
RS – Retículo Sarcoplasmático
SNC – Sistema Nervoso Central
SV – Salto Vertical
VO2 – Consumo de oxigênio
VO2max – Consumo máximo de oxigênio
vVO2max – Velocidade Final do Consumo máximo de oxigênio
11
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................. 13
1
CONCEITOS PRELIMINARES ...................................................... 15
1.1
Fadiga neuromuscular.................................................................... 15
1.2
Fadiga central................................................................................. 16
1.3
Fadiga periférica............................................................................. 17
1.4
Dor muscular tardia ........................................................................ 19
1.5
Contração excêntrica...................................................................... 20
1.6
Recursos ergogênicos.................................................................... 21
1.7
Suplementação de BCAA............................................................... 23
2
O EXPERIMENTO.......................................................................... 24
2.1
Casuística e métodos ..................................................................... 24
2.1.1
Condições ambientais .................................................................... 25
2.1.2
Sujeitos........................................................................................... 25
2.1.3
Material........................................................................................... 25
2.1.4
Protocolo ........................................................................................ 26
2.1.4.1 Teste de salto vertical..................................................................... 26
2.1.4.2 Antropometria. ................................................................................ 27
2.1.4.3 Consumo Máximo de Oxigênio....................................................... 28
2.1.4.4 Tempo Limite 70 % vVO2max ............................................................................................ 28
2.1.4.5 Suplementação............................................................................... 29
2.1.5
Procedimento ................................................................................. 29
2.1.6
Análise estatística........................................................................... 30
2.2
Resultados...................................................................................... 30
2.3
Discussão....................................................................................... 32
2.4
Conclusão....................................................................................... 34
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 36
12
APÊNDICES ................................................................................................ 42
ANEXO ........................................................................................................ 46
13
INTRODUÇÃO
Muitos atletas e praticantes de atividade física consomem os mais
diversos suplementos, a fim de obterem melhor forma física e desempenho em
competições. Com isso estudos são feitos para determinar se estes
suplementos realmente promovem efeitos ergogênicos. (GOMES; TIRAPEGUI,
2000)
De acordo com os autores citados a cima, a suplementação vem se
tornando cada vez mais comum no meio esportivo, isto porque os atletas ou
mesmo as pessoas que praticam atividade física visam um melhor rendimento
e/ou ganho de saúde e forma física.
No tocante ao metabolismo dos Aminoácidos de Cadeia Ramificada
(BCAAs), inicialmente cabe ressaltar as vias bioquímicas envolvidas no
catabolismo desses aminoácidos. Diferentemente de outros aminoácidos, que
são oxidados primariamente no tecido hepático, o sistema enzimático mais
ativo para a oxidação dos BCAAs está localizado no músculo esquelético.
Apesar do fígado não poder diretamente catabolizar os BCAAs, o mesmo
apresenta um sistema muito ativo para a degradação dos cetoácidos de cadeia
ramificada oriundos dos correspondentes BCAAs. (ROGERO; TIRAPEGUI,
2008)
Quando
BCAA
é
ingerido
repetidamente
durante
o
exercício,
quantidades pequenas deste produzem um aumento na concentração
plasmática suficiente para igualar o aumento da concentração de triptofano
livre durante e depois do exercício, e que não há razão para acreditar que isto
irá causar fadiga precoce devido aos elevados níveis de amônia no sangue.
(DUARTE; DIAS; MELO, 2007).
De acordo com Calders et al. (1999) alguns estudos associam a
suplementação de BCAA com carboidratos no intuito de potencializar o efeito
ergogênico dos aminoácidos e poupar glicogênio durante o exercício de
endurance, contudo os resultados encontrados não favorecem esta conduta.
Quando a glicose (100 mg) foi administrada antes do exercício o
suplemento de BCAA (30 mg) não demonstrou efeito adicional no
desempenho, enquanto o suplemento de BCAA (30 mg) isolado aumentou o
14
tempo à exaustão em ratos.
Muitos estudos falharam em demonstrar um aumento do tempo de
exercício até a fadiga com a suplementação de BCAA e concordaram em
descrever um aumento significativo da amônia circulante. Os níveis
plasmáticos desses aminoácidos aumentam com a suplementação, mas isto
não reflete necessariamente um aumento da captação destes pela célula
muscular e menor degradação protéica. Não há evidências científicas
suficientes para afirmar o ganho de massa magra através do aumento da
ingestão de BCAA, mais estudos ainda precisam ser feitos neste sentido.
(GOMES; TIRAPEGUI, 2000)
Para os autores citados acima os aminoácidos de cadeia ramificada
estão relacionados principalmente a hipótese da fadiga central.
No entanto, segundo Uchida et al. (2008) não foi observada diferença no
tempo até a exaustão, na distância percorrida e na PSE entre as condições
experimentais (placebo x BCAA), apresentando comportamentos semelhantes.
Da mesma forma Silva; Alves (2005) demonstram não haver justificativa
para introduzir a ingestão de BCAA, antes e durante o exercício, como
estratégia para melhorar o desempenho.
Quando a glicemia diminui em exercício prolongado, a glicogenólise
hepática é ativada, a glicose é liberada para o sangue e é transportada aos
músculos ativos. Os substratos mais importantes durante o exercício são os
carboidratos e as gorduras. As proteínas são utilizadas em exercícios
extremamente prolongados, pois representam menos de 2% da fonte
energética em exercícios com duração inferior à uma hora. A predominância
dos substratos durante o exercício é determinada pelos seguintes fatores:
dieta, intensidade e duração do exercício. (BATISTA; COSTA, 2006)
Segundo Rossi; Tirapegui (1999) a fadiga pode ser inicialmente definida
como o conjunto de manifestações por trabalho, ou exercício prolongado, tendo
como conseqüência a incapacidade funcional de manter, ou continuar o
rendimento esperado.
De acordo com Westerblad; Allen, (2002), a ativação repetida das
células leva a um decréscimo de força, e torna lenta a contração, levando ao
desenvolvimento da fadiga.
No entanto, sabe-se atualmente que existem várias causas bioquímicas
15
e um caráter multifatorial na fadiga, incluindo uma divisão funcional da mesma
em fadiga central e fadiga periférica, que leva em consideração fatores
bioquímicos que ocorrem nos músculos (fadiga periférica) e no sistema
nervoso central (fadiga central). Dentro da fadiga periférica, diversos trabalhos
têm apontado as ATPases como participantes ativas, uma vez que diversos
indícios apontam para alterações na atividade dessas enzimas durante o
exercício intenso e fadiga. (LEPPIK et al., 2004)
Com isto este estudo tem como objetivo geral, verificar a influência da
suplementação de BCAA sobre a fadiga neuromuscular. A partir do seguinte
questionamento: qual a influência do BCAA sobre a fadiga neuromuscular?
1
CONCEITOS PRELIMINARES
1.1
Fadiga neuromuscular
De acordo com Diefenthaeler; Vaz (2008) a fadiga neuromuscular pode
ser definida como um conjunto de alterações decorrentes do trabalho ou
exercício prolongado, gerando incapacidade funcional na manutenção de um
nível esperado de força. Dessa forma, a fadiga neuromuscular está associada
a mecanismos e fatores metabólicos, que podem afetar os músculos (fadiga
periférica) e o Sistema Nervoso Central (SNC) - fadiga central, durante a
realização de exercício intenso em atletas.
A fadiga tem etiologia multifatorial, porém é um fator limitante do
desempenho físico e sua origem depende do tipo, intensidade e duração do
exercício; tipo de fibra recrutada; grau de aptidão individual e pode ser dividida
em central e periférica. Os principais locais de manifestação analisados foram o
Sistema Nervoso Central, unidade motora, sarcolema, túbulos T, retículo
sarcoplasmático e as pontes cruzadas. (MOREIRA; TEODORO; MAGALHÃES
NETO, 2008)
Para Silva et al. (2006), ela é considerada um dos fatores causadores de
lesões músculo-esqueléticas. Portanto a fadiga pode ser considerada como um
16
mecanismo de defesa ou de aviso contra possíveis efeitos deletérios que
possam afetar a integridade das fibras musculares. (ASCENÇÃO et al., 2003)
O tipo de fibra muscular também apresenta influência na distribuição da
fadiga. As fibras de contração rápida se fadigam mais facilmente que as fibras
de contração lenta, além do que as fibras tipo I apresentam a ressíntese de
glicogênio mais rápida durante a recuperação após um exercício intenso.
(FOSS; KETEYAN, 2000)
Os mecanismos etiológicos responsáveis pela fadiga muscular têm
recebido uma importante atenção dos fisiologistas e bioquímicos por mais de
um século. A principal dificuldade ao investigar a fadiga deve-se à natureza
multifatorial e à complexidade desta. A origem e extensão da fadiga muscular
dependem da especificidade do exercício, tipo de fibra muscular e o nível de
aptidão física individual. É importante estudar a fadiga como um mecanismo de
defesa que é ativado antes que ocorra alguma deterioração de determinadas
funções orgânicas e celulares, prevenindo lesões celulares irreversíveis e
numerosas lesões esportivas. (FITTS, 1994)
Para Gandevia (1998) o início da atividade muscular voluntária envolve
muitos processos que começam com o controle cortical no cérebro e terminam
com a formação das pontes cruzadas dentro da fibra muscular. A fadiga
muscular pode, portanto, ocorrer como resultado da falha de qualquer um dos
processos envolvidos na contração muscular.
Os fatores potenciais envolvidos no desenvolvimento da fadiga dividemse em duas categorias: fatores centrais, os quais devem causar a fadiga pelo
distúrbio na transmissão neuromuscular entre o SNC e a membrana muscular,
e fatores periféricos, que levariam a uma alteração dentro do músculo. (SILVA,
et al. 2006)
1.2
Fadiga central
De acordo com Rossi; Tirapegui (2004) a chamada hipótese da fadiga
central durante atividades de longa duração, tem o triptofano como precursor
da serotonina, este processo tem recebido especial atenção por pesquisadores
17
da área. Segundo esta hipótese, o aumento na atividade serotoninérgica
cerebral teria conseqüência no desenvolvimento de fadiga precoce durante a
realização do exercício de longa duração em atletas.
A fadiga central é provavelmente a que apresenta mais controvérsia
entre os estudiosos. (GANDEVIA, 1998). O mecanismo de fadiga central
relaciona-se aos processos de formulação de padrões motores, transmitindo
estes ao longo do córtex cerebral, cerebelo e junções sinápticas a específicos
nervos eferentes dentro da corda espinhal. (ROBERGS; ROBERTS, 1997)
Segundo Chaudhuri; Benhan (2004) a fadiga central pode ser definida
como uma dificuldade na iniciação, ou na manutenção das atividades
voluntárias. Ela ocorre quando o impulso gerado pelo SNC para o músculo
diminui, contribuindo assim, para o declínio de força. (SILVA et al., 2006)
A fadiga central pode ser descrita como redução progressiva do
direcionamento voluntário para os neurônios motores durante o exercício.
(ROSSI; TIRAPEGUI, 2004)
Segundo Davis (2000) a hipótese da fadiga central baseia-se no fato de
que, durante atividades físicas intensas e prolongadas, haveria um aumento da
captação de triptofano pelo hipotálamo, o que resultaria em maior síntese de
serotonina, e esta elevação da concentração hipotalâmica de serotonina seria
um fator capaz de desencadear a fadiga. A fadiga desencadeada pelo acúmulo
de serotonina é caracterizada, principalmente, pela sensação de desmotivação,
e tem sido denominada fadiga central.
De acordo com Powers; Howley (2000) o SNC está relacionado à fadiga
se houver redução da quantidade de unidades motoras envolvidas, ou
diminuição da freqüência de disparos dos motoneurônios.
Para Santos; Dezan; Sarraf (2003), a fadiga central afeta negativamente
o desempenho do sujeito, e vem de uma ou mais falhas nas estruturas
nervosas que afetam a atividade física, ou seja, reproduzem o comando motor
para o músculo. Também pode ocorrer prejuízo na função do SNC quando
houver aumento de serotonina, desenvolvendo a fadiga e diminuindo o
desempenho.
1.3
Fadiga periférica
18
A maioria das evidências demonstra a importância das falhas na
periferia do sistema neuromuscular como causadores da fadiga, onde eventos
neurais, mecânicos ou energéticos comprometeriam a transmissão nervosa
periférica ou o processo de contração muscular. (ROSSI; TIRAPEGUI,1999)
Segundo Chaudhuri; Benhan (2000) a fadiga periférica é uma falha para
completar tarefas físicas mentais que requerem automotivação ou sugestão, na
ausência de cognição da fadiga normal (fisiológica) induzidas por uma
interrupção ou fraqueza motora.
A fadiga decorrente de fatores neurais pode estar associada à falhas na
junção neuromuscular, no sarcolema, nos túbulos transversos e no Retículo
Sarcoplasmatico (RS) que está envolvido no armazenamento, liberação e
recaptação de cálcio. (POWERS; HOWLEY, 2006)
A fadiga neuromuscular geralmente envolve uma inabilidade de gerar
energia numa proporção suficiente para manter uma atividade física. O
caminho energético específico responsável pela fadiga muscular depende da
duração e intensidade do evento. É possível que o metabolismo energético,
secundário a mudanças endócrinas, seja alterado na síndrome do excesso de
treinamento e, por conseguinte, afete também a fadiga. (ROLFS et al., 2005)
A fadiga provinda de eventos energéticos pode ser vista como resultado
de um simples desequilíbrio entre as demandas de Adenosina Tri-Fosfato
(ATP) de um músculo, e a capacidade do mesmo em gerar o ATP. (POWERS;
HOWLEY, 2000)
A fadiga muscular pode ser definida como um conjunto de alterações
decorrentes do trabalho ou exercício prolongado, gerando incapacidade
funcional na manutenção de um nível esperado de força (ROSSI; TIRAPEGUI
2000). Dessa forma, a fadiga muscular está associada a mecanismos e fatores
metabólicos, que podem afetar os músculos (fadiga periférica) e o sistema
nervoso central-SNC (fadiga central) durante a realização de exercício intenso
em atletas. (LEES et al., 2001)
De acordo McArdle; Katch; Katch, (2003) relatam que a formação de
ATP acontece principalmente em processos aeróbios, mas também ocorre
durante exercícios de alta intensidade, onde há conseqüente formação de
lactato e quebra de fosfocreatina. Portanto a diferença das sensações é grande
quando um indivíduo realiza um exercício de duração mínima até a exaustão e
19
quando ele se esforça prolongadamente, não só por falta de energia
dispensável, mas também por estresse ambiental.
1.4
Dor muscular tardia
Todos os praticantes de atividade física e esporte e, até mesmo,
indivíduos sedentários, já experimentaram alguma vez na vida um episódio de
dor muscular tardia, principalmente após a execução de um padrão de
movimento diferente daquele ao qual estão acostumados. A dor muscular
tardia é caracterizada pela sensação de desconforto e/ou dor na musculatura
esquelética que ocorre algumas horas após a prática da atividade física. A dor
não se manifesta até, aproximadamente, oito horas após o exercício,
aumentando progressivamente de intensidade nas primeiras 24 horas e
alcançando o máximo de intensidade entre 24 e 72 horas. É muito interessante
também, observar que a dor muscular praticamente desaparece após alguns
minutos de atividade física; contudo, ela retorna quando a atividade cessa.
(TRICOLI, 2001)
Segundo Berne et al. (2004) no corpo humano existem terminações
nervosas suscetíveis a estímulos mecânicos, térmicos e químicos, que indicam
as sensações provocadas pelo exercício e geram incômodo de acordo com a
intensidade e duração da atividade realizada.
Sabe-se, também, que durante as contrações excêntricas um número
reduzido de unidades motoras é recrutado, quando comparado às contrações
concêntricas, o que implica um estresse mecânico elevado na fibra muscular,
uma vez que a tensão por área de secção transversa ativa é maior. (TRICOLI
2001)
De acordo com Antunes Neto et al. (2007), o organismo busca manter,
através da regulação da homeostasia, suas condições de funcionamento
sistêmico adequadas, pois durante exercícios intensos, os grupos exercitados
foram rígidos e sensíveis ao toque, com menor capacidade de gerar força e
menor amplitude de movimento.
Para Foschi; Prestes; Charro (2007), os exercícios que se utilizam
20
basicamente de contrações musculares excêntricas tendem a desencadear um
maior número de respostas lesivas no meio celular, em que a causa metabólica
dessas micro-lesões podem estar envolvidas com uma produção inadequada
de ATP em relação à sua demanda, resultando num processo que degrada
estruturas protéicas, ocasionando um prejuízo cito esquelético.
Portanto, os exercícios que ocasionam a Dor Muscular de Início Tardio
(DMIT) poderão resultar em dor, inflexibilidade e desconforto, aparecendo mais
pronunciadamente após contrações excêntricas e menos intensa após
contrações isotônicas, devido ao numero de fibras musculares envolvidas
durante o movimento, e conseqüentemente o grau de força distribuído durante
a ação. (FLECK; KRAEMER, 1999)
1.5
Contração excêntrica
Os músculos esqueléticos têm como função a produção de momentos
que produzem deslocamentos dos segmentos corporais, a estabilização das
articulações e a absorção de forças externas. Um bom exemplo desta última
função é a aterrissagem após um salto vertical na quais as articulações do
tornozelo, joelho e quadril estão sendo flexionadas, e os músculos extensores
dessas articulações estão produzindo trabalho negativo. Ou seja, o sentido do
movimento é contrário ao da força produzida. (BARROSO; TRICOLLI;
UGRINOWITSCH, 2005)
A ação muscular excêntrica tem sido relatada pela literatura como mais
eficiente e com maiores possibilidades de geração de força que as ações
musculares concêntricas e isométricas. (BARBANTI; UGRINOWITSCH, 1998)
Segundo Ellwanger; Arias; Kruel (2007), contrações excêntricas
requerem o alongamento do músculo esquelético durante a produção de força.
É bem estabelecido que exercícios excêntricos promovam altos níveis de lesão
muscular. Entretanto, não existe consenso sobre a influência da velocidade de
contração na magnitude e recuperação da lesão muscular decorrente desse
exercício.
De acordo com Barroso; Tricolli; Ugrinowitsch (2005), quando um
21
músculo é alongado com concomitante geração de tensão, ou seja, durante
uma Ação Excêntrica (AE), a mecânica da ação muscular e os mecanismos de
controle de produção de força são diferentes dos utilizados em ações
musculares concêntricas e isométricas. Uma característica importante das AEs
é que o músculo é capaz de gerar maior tensão quando submetido a este tipo
de ação.
Apesar das diferenças de conceitos encontrados entre a força dinâmica
e a força estática, na prática, a preparação esportiva do atleta não é realizada
com programas de exercícios puramente dinâmicos nem estáticos. (PAULO;
FORJAZ, 2001). Em relação à força dinâmica, ela é dividida em concêntrica e
excêntrica. A força dinâmica concêntrica é observada quando a geração de
forças internas no músculo é maior que a força externa de modo que a
resistência é vencida, o que provoca um encurtamento da musculatura
agonista. Já a força dinâmica excêntrica é observada quando a geração de
forças internas no músculo é menor que a resistência externa, havendo um
alongamento na musculatura agonista, que cede à resistência externa.
(BARBANTI; UGRINOWITSCH, 1998)
Durante ações musculares excêntricas o grau de sobreposição dos
miofilamentos tende a diminuir conforme o músculo é alongado, o que diminui a
possibilidade de formação das pontes cruzadas e provoca a diminuição da
produção força (força ativa) durante a realização de uma AE. (BARROSO,
TRICOLLI, UGRINOWITSCH, 2005)
No entanto, elementos elásticos, que são encontrados tanto nas
cabeças de miosina quanto nas proteínas que ancoram e estabilizam os
miofilamentos no sarcômero como a titina e a desmina, também oferecem
resistência ao alongamento dos sarcômeros (HERZOG, 1998). Enquanto o
músculo é alongado, a tensão passiva, que é a resistência oferecida pelos
elementos elásticos ao alongamento, aumenta. Essa força passiva também
contribui com a força gerada durante a AE. (BARROSO; TRICOLLI;
UGRINOWITSCH, 2005)
1.6
Recursos ergogênicos
22
Durante toda a história da humanidade o homem tem buscado recursos
que possam melhorar o desempenho em suas atividades físicas. Nos tempos
modernos, a suplementação tem sido apontada como possível recurso para se
atingir esse objetivo sem os efeitos colaterais das drogas e até mesmo como
contribuinte para uma melhor saúde, além do desempenho. (ALVES, 2002)
Willams;
Branch,
(1998)
definiram a
palavra
ergogênico
como
substâncias ou artifícios utilizados visando a melhora da performance, sendo
derivada de duas palavras gregas: ergon, que significa trabalho, e gennan, que
significa produção.
De acordo com Alves (2002) propósito da maioria dos ergogênicos é
aumentar o desempenho através da intensificação da potência física (produção
de energia), da força mental (controle da energia) ou do limite mecânico
(eficiência energética) e, dessa forma, prevenir ou retardar o início da fadiga.
Todavia a suplementação alimentar é motivo de grande controvérsia
científica.
Os ergogênicos podem ser classificados em cinco categorias de ajuda:
a) nutricional;
b) farmacológica;
c) fisiológica;
d) psicológica;
e) biomecânica e mecânica.
Segundo o Ministério da Saúde, em Portaria de nº 32, publicada no
Diário Oficial em 1998, suplementos são somente vitaminas e/ou minerais
isolados ou combinados entre si, desde que não ultrapassem 100% da
Ingestão
Diária
Recomendada
(IDR).
Acima
dessas
dosagens
são
considerados como medicamentos, podendo ser de venda livre quando não
ultrapassam em até 100% a IDR e vendidos somente com prescrição médica
quando apresentam valores acima desses limites.
Os suplementos vitamínicos e/ou de minerais são definidos como
alimentos que servem para complementar com esses nutrientes a dieta diária
de uma pessoa saudável, nos casos em que a sua ingestão, a partir da
alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requer suplementação.
(ALVES, 2002)
23
Já produtos como albumina, aminoácidos, hipercalóricos, bebidas
isotônicas e produtos à base de carboidratos são considerados, de acordo com
a Portaria de nº 222, publicada pelo Ministério da Saúde em 1998, Alimentos
para Praticantes de Atividade Física, uma categoria de produtos com finalidade
e público específicos - um subgrupo dos chamados Alimentos para Fins
Especiais.
1.7
Suplementação de BCAA
Aminoácidos são as unidades básicas da composição de uma proteína.
Em humanos saudáveis, nove aminoácidos são considerados essenciais, uma
vez que não podem ser sintetizados endogenamente e, portanto, devem ser
ingeridos por meio da dieta. Dentre os aminoácidos essenciais, se incluem os
três aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), ou seja, leucina, isoleucina e
valina, que apresentam, respectivamente, concentração plasmática média de
120, 220 e 63 µmol/L; concentração intramuscular na forma livre média de 133,
253 e 68 µmol/L de água intracelular; e concentração na proteína muscular
humana de 59,5, 43,5 e 41,9 mmol/100 g de proteína. (ROGERO; TIRAPEGUI,
2008)
De acordo com Alves (2002), após a ingestão os BCAAs são absorvidos
no intestino através do transporte ativo sódio-dependente e transportados até o
fígado via circulação porta. No fígado, os BCAAs podem ser utilizados como
substrato para síntese protéica. Os BCAAs são distribuídos no organismo via
circulação
sistêmica
e
se
depositam,
preferencialmente,
no
músculo
esquelético.
Segundo Uchida et al. (2008), a fim de provocar redução do estoque de
glicogênio muscular e, por conseguinte, maximizar a utilização dos BCAA, os
sujeitos foram submetidos a uma sessão prévia de exercício com 2 grupos, um
suplementado com placebo e outro com BCAA. Ambos os experimentos, BCAA
e placebo, foram separados por uma semana. Com relação ao tempo até a
exaustão e a distância percorrida, nenhuma diferença foi detectada entre as
condições experimentais. Além disto, também não foi evidenciada diferença na
24
concentração plasmática de glicose, de lactato e de amônia, entre ambas as
condições experimentais. Em conclusão, a suplementação de BCAA não afetou
o desempenho de endurance em um teste de corrida até a exaustão.
Por conseguinte, o maior aporte de triptofano estimularia a síntese de
serotonina. Este neurotransmissor seria o mediador do quadro de fadiga
induzida pelo exercício extenuante. Apesar de muito estudada, esta hipótese
ainda não está totalmente comprovada, devido a limitações metodológicas.
(NEWSHOLME; BLOMSTRAND, 2006)
Uma outra linha de raciocínio que justificaria o consumo de BCAA é
baseada na possível modulação exercida por estes aminoácidos sobre a
atividade do sistema imunológico. Segundo esta hipótese, o consumo de BCAA
promoveria a manutenção da concentração de glutamina pós-exercício que,
por sua vez, estaria envolvida na atenuação da imunossupressão observada
após o término do exercício. (CALDER, 2006). Vale ressaltar que a correlação
entre a redução da glutamina plasmática e a imunossupressão não está
totalmente comprovada. (KARGOTICH, 2005). Apesar do grande interesse
nesse efeito dos BCAA sobre o sistema imunológico, os estudos ainda são
insuficientes para
permitir
o
entendimento
da interação
entre
estes
aminoácidos e o sistema imunológico. (CALDER, 2006)
Existe ainda uma terceira hipótese. Esta alega que durante o exercício
de endurance, os BCAA poderiam fornecer intermediários do Ciclo de Krebs
por meio de reações anapleróticas. Com relação a esta última hipótese, é
sabido que durante este tipo de exercício, a oxidação de aminoácidos pode
contribuir com até 15% do fornecimento de energia. (WAGENMAKERS, 2000)
Segundo Alves (2002) não existem evidências de que a suplementação
com BCAAs exerça efeito significativo sobre o desempenho, uma vez que os
resultados das pesquisas foram conflitantes.
2
O EXPERIMENTO
2.1
Casuística e métodos
25
2.1.1 Condições ambientais
Os testes foram iniciados após apresentação e assinatura do termo de
consentimento livre e esclarecido, no Laboratório de Avaliação de Esforço
Físico
(LAEF)
do
Centro
Universitário
Católico
Salesiano
Auxilium
(UNISALESIANO – Lins).
Durante os meses de junho a outubro de 2009, nos períodos da manhã,
tarde e noite, foi realizada o experimento, onde a temperatura a umidade
relativa do ar foram monitoradas (20 – 30ºC e 30 – 45%) no intuito de se
estabelecer um critério de execução dos experimentos.
2.1.2 Sujeitos
A amostra experimental foi composta por vinte e um sujeitos, do sexo
masculino, aparentemente saudáveis, com idade entre 18 e 30 anos e
fisicamente ativos, com no mínimo 6 meses de treino.
Foram divididos
aleatoriamente em três grupos, sendo um grupo controle (CONTROLE-n=7),
que não receberam nenhum tipo de suplementação, o grupo placebo
(PLACEBO-N=7), que receberam uma substância placebo (Farinha de Trigo)
nos mesmos momentos que o grupo suplementado (SUPLEMENTADO-n=7)
que foi suplementado com aminoácido de cadeia ramificada (BCAA).
Estes após receberem todas as informações necessárias de forma
verbal e por escrito de todos os procedimentos que norteiam o estudo
consentiram à participação e divulgação dos dados coletados.
2.1.3 Material
Para a realização de todos os experimentos do presente estudo, foram
utilizados os seguintes materiais:
26
a) esteira rolante – IMBRAMED, ATL 10200;
b) frequencímetro cardíaco – POLAR;
c) álcool – (70%);
d) compasso de dobras cutâneas – CESCORF;
e) estadiômetro – SUNNY;
f) balança de bioimpedância – TANITA, TBF 305;
g) cronômetro – HERWEG;
h) analisador de gás – METALYEZER 3B;
i) fichas de coletas de dados;
j) computador;
l) jump test;
m) esfiguinomamometro.
2.1.4 Protocolo
O presente estudo foi norteado pelas seguintes avaliações:
2.1.4.1 Teste de salto vertical
O teste de salto vertical foi realizado através do jump test, onde fora
utilizado o salto vertical com movimento de preparação contra movimento.
Neste é permitido ao executante realizar uma fase excêntrica para em
seguida executar a fase concêntrica do movimento. O indivíduo parte da
posição em pé, com as mãos fixas na cintura e os pés paralelos e separados
aproximadamente na linha dos ombros (mudança de posição anatômica), onde
da fase excêntrica (descendente) para a fase concêntrica (ascendente),
acontece em um movimento contínuo e nas quais as articulações são fletidas.
Os avaliados executaram cinco saltos verticais máximos, com pausas de 30
segundos entre os saltos. A medida utilizada para o presente estudo foi a maior
altura alcançada pelos participantes.
27
2.1.4.2 Antropometria
A antropometria é um das ciências biológicas que tem como objetivo o
estudo dos caracteres mensuráveis da morfologia humana. (SANTOS; FUJÃO,
2003). Diante disso, para o presente estudo foram verificadas as variáveis:
peso, altura e porcentagem de gordura.
Para a determinação do peso corporal, o avaliado deveria estar descalço
e com o mínimo de roupa possível. Para esta medida, utilizou-se uma balança
digital (TANITA, TBF 305), onde o avaliado deveria ficar no centro da balança
em posição anatômica, distribuindo a massa corporal igualmente entre os pés,
sendo assim, confirmada sua medida.
Com relação à estatura, o avaliado, da mesma forma que a medida de
peso corporal, deveria estar descalço em posição anatômica, distribuindo a
massa corporal em ambos os pés que por sua vez permanecem unidos durante
o teste. Anteriormente à medida, com o cursor do aparelho (SUNNY) que será
colocado no ponto mais alto da cabeça, o avaliado deverá executar uma
inspiração para a realização da medida. (GUEDES; GUEDES, 2006)
Com relação à composição corporal, está foi avaliada através de um
método duplamente indireto de dobras cutâneas, dividindo a massa total da
massa isenta de gordura e massa gorda.
Para determinação da composição corporal foram utilizadas as
seguintes dobras cutâneas:
Triciptal: é medida na parte posterior do braço, paralelamente ao eixo
longitudinal, no ponto medial que compreende a metade da distância entre a
borda súpero-lateral do acrômio e do olecrano.
Supra-iliaca: é obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na
metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha
axilar média.
Abdominal: é medida aproximadamente a dois centímetros á direita da
cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal.
Para a determinação do percentual de gordura, as medidas de dobras
cutâneas foram realizadas três vezes. Estas três medidas para cada dobra
fornecem um valor médio para cada uma delas. A somatória destas três
28
médias forneceu um valor que, através de uma tabela de referência permitiu
determinar o percentual de gordura. (GUEDES; GUEDES, 2006)
2.1.4.3 Consumo máximo de oxigênio
A avaliação de Consumo Máximo de Oxigênio (VO2max) foi realizada em
uma esteira rolante (IMBRAMED – ATL 10200), onde foi adotado um protocolo
incremental e continuo até a exaustão voluntária.
Após um aquecimento prévio a 60% da Freqüência Cardíaca Máxima
(FCmax) de 5 minutos sobre
a esteira os avaliados serão encaminhados à
esteira, onde iniciaram uma corrida na intensidade de 9 km/h. A mesma foi
aumentada a cada dois minutos em 1 km/h até a exaustão voluntária dos
avaliados ou até o momento em que alguns dos seguintes parâmetros forem
alcançados:
a) freqüência cardíaca igual ou superior à máxima prevista pela idade;
b) aumento da intensidade com estabilização do consumo de oxigênio;
c) coeficiente respiratório igual ou superior a 1.1.
A determinação do VO2max foi alcançada através da análise respiração
das trocas gasosas de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) utilizando um
analisador de gases (CORTEX – METALYSER 3B).
Esse valor será determinado através da média do maior valor de
consumo encontrado durante os últimos 30 segundos de cada estágio, sendo o
maior valor destas médias considerando o VO2max. A v VO2max, geralmente
relacionado ao último estágio do protocolo incremental e continuo, foi aquela
em que o voluntário permaneceu pelo menos 1 minuto no estágio. Caso isso
não aconteça, considera-se como VO2max a velocidade do estágio anterior.
2.1.4.4
Tempo Limite 70% vVO2max
Após um aquecimento prévio (50% da vVO2max) de 5 minutos sobre a
29
esteira, seguida por um alongamento da musculatura envolvida, a performance
aeróbia foi realizada em esteira rolante na intensidade correspondente a 70%
da vVO2max, até a exaustão voluntária dos participantes. Neste experimento a
freqüência cardíaca foi monitorada constantemente até o final do mesmo.
2.1.4.5 Suplementação
Os indivíduos foram suplementados antes e depois a atividade física,
isso com 38,5 mg/Kg de BCAA (41,2% leucina; 27,4% isoleucina, 31,4%
valina), 20 minutos antes e 45 minutos depois do exercício. (UCHIDA et al.,
2008). Para o placebo será utilizada farinha de trigo, este na mesma proporção
do BCAA. Tanto o BCAA quanto o Placebo foram manipulados e alocados em
saches que posteriormente foram diluídos em 200ml de água e administrados
através de via oral.
2.1.5 Procedimento
No primeiro dia, os indivíduos que compareceram ao laboratório,
realizaram uma avaliação antropométrica e cardiorrespiratória, de as medidas
de peso corporal, altura, porcentagem de gordura e VO2max foram verificadas.
Na segunda visita realizaram um salto vertical (Jump Test), seguido do
tempo limite a 70% da vVO2max até a exaustão voluntária, onde cada grupo
realizou este teste com o tratamento que foi designado (CONTROLE,
PLACEBO e SUPLEMENTADO). Cinco minutos após o termino do tempo limite
a 70%, outro teste de salto vertical foi realizado.
No terceiro e quarto dia, 24 e 48 horas após a segunda visita, os
indivíduos retornaram aos laboratórios para realizar o salto vertical (Jump
Test).
Aos voluntários foi recomendado que mantivessem suas atividades
diárias normais, não ingerissem bebida alcoólica, tivessem uma noite de
30
descanso adequada e que tivessem realizado a última refeição pelo menos
duas horas anteriormente aos testes.
2.1.6 Análise estatística
Os dados foram expressos em média e desvio padrão. Anterior a
qualquer análise, os dados serão testados com relação a sua normalidade de
distribuição através do teste de shapiro wilk.
A normalidade dos dados foi um critério adotado para a utilização de
análises estatísticas paramétricas. Com isso, para determinação das
características iniciais dos voluntários e os valores de salto vertical nos
momentos pré, pós, 24 e 48 horas após o TLim a 70% do VO2max, foi utilizada
uma análise de variância de um critério (ANOVA One Way) com teste de Post
Hoc de Tukey. Para todas as análises foram adotados um nível de significância
de p≤0,05.
2.2
Resultados
Para melhor visualização dos resultados, os mesmos foram dispostos
em forma de tabelas.
Tabela 1 – Valores em média e desvio padrão das características biométricas
dos voluntários (n=12)
Controle
Idade (anos)
23,0±1,82
Peso (Kg)
70,28±3,14
Altura (cm)
1,78±0,04
%G
8,58±3,49
VO2max
51,95±5,91
Fonte: Elaborada pelos autores (2009)
Placebo
23,14±3,62
72,85±10,60
1,77±0,05
15,29±9,98
44,63±5,73
Suplementados
21,57±2,63
65,0±11,29
1,69±0,06a
15,34±4,46
49,31±7,25
p≤0,05
a= Diferença Significante com relação ao grupo placebo.
Na Tabela 1 estão expressos os dados em média e desvio padrão das
31
características iniciais dos indivíduos pertencentes aos três grupos. Através
desta, foi possível observar que a amostra experimental aparentemente foi
homogênea no que se refere idade, peso, %G e VO2max. O único item que não
foi constatado homogeneidade foi à altura, porém para o presente estudo essa
variável a princípio não afeta a confiabilidade dos resultados de salto vertical e
conseqüentemente os resultados do presente estudo.
Tabela 2 – Valores em média e desvio padrão do salto vertical (n=21)
SV PRÉ
SV PÓS
SV 24hrs
Controle
40,01±3,95
40,94±6,33
40,03±3,85
Placebo
33,97±5,20
33,41±5,40
33,81±4,34
Suplementado
34,94±6,41
37,57±6,89
35,38±4,72
Fonte: Elaborada pelos autores (2009)
SV 48hrs
40,41±3,20
33,92±4,88
36,22±6,50
p≤0,05.
Na Tabela 2 estão expressos os dados em média e desvio padrão dos
saltos verticais. Observando que não houve diferenças estatisticamente
significantes com relação ao fator grupo e ao fator momento.
Tabela 3 – Valores individuais de salto vertical
GRUPO CONTROLE
SV PÓS
SV 24hrs
52,8
48,2
34,6
37,5
37,5
37,0
43,3
39,7
34,8
38,3
40,5
39,4
43,1
42,0
GRUPO PLACEBO
SUJEITOS
SV PRÉ
SV PÓS
SV 24hrs
1
39,8
39,1
38,7
2
33,4
31,5
33,8
3
27,0
27,0
27,7
4
36,0
38,3
34,8
5
27,4
28,6
31,6
6
39,6
39,6
39,7
7
34,6
29,8
30,4
GRUPO SUPLEMENTADO
SUJEITOS
SV PRÉ
SV PÓS
SV 24hrs
1
26,4
27,3
30,2
2
34,4
45,4
37,0
3
44,3
42,1
42,1
4
31,8
31,4
30,7
5
33,5
34,4
35,2
6
31,4
37,8
32,0
7
42,8
44,6
40,5
Fonte: Elaborado pelos autores (2009)
SUJEITOS
1
2
3
4
5
6
7
SV PRÉ
46,8
34,6
37,5
40,7
37,4
41,4
41,7
SV 48hrs
46,4
39,7
40,1
38,2
36,1
40,7
41,7
SV 48hrs
39,6
34,2
28,2
35,0
28,5
40,4
31,6
SV 48hrs
30,8
34,0
45,3
29,1
35,0
34,2
45,2
32
Na tabela 3 estão descritos os valores individualizados dos saltos
verticais para os três grupos diante dos quatro momentos (pré, pós, 24 e 48
horas). Estes dados demonstram que, embora estatisticamente não foram
observadas diferenças com relação aos grupos e aos momentos, o grupo
suplementado, biologicamente foi aquele que aparentemente apresentou
maiores proteções com relação ao exercício excêntrico anterior. Pois, dos sete
sujeitos destes grupos, cinco apresentaram valores superiores a situação pré.
Tabela 4 – Características do tempo limite a 70% do vVO2max
CONTROLE
FC(bpm)
174,71±7,54
Tempo (min)
53,85±11,89
Fonte: Elaborado pelos autores (2009)
PLACEBO
177,85±10,22
46,42±12,14
SUPLEMENTA
174,14±13,27
45,71±15,11
p≤0,05.
Na Tabela 4 estão descritos os dados da FCmax e o Tempo (min.), estes
dados mostram também que não ouve diferença entre os grupos, denotando o
mesmo estresse fisiológica entre eles.
2.3
Discussão
Os suplementos alimentares são largamente utilizados com o intuito de
aumentar a performance e o tempo de permanência em exercício. Com isso,
muitos estudos são realizados no intuito de verificar a eficácia destes na
execução das mais diversas tarefas físicas. Portanto, o objetivo do presente
estudo foi verificar a influência da suplementação aguda dos BCAA sobre a
fadiga neuromuscular.
Para isso, fizeram parte deste estudo vinte e um voluntários fisicamente
ativos que, para minimizar qualquer problema relacionado à heterogeneidade
das amostras, foram selecionados de acordo com alguns critérios, como nível
de aptidão física, tipo de atividade praticada e principalmente fatores que
poderiam influenciar na avaliação de salto vertical, como peso e porcentagem
de gordura.
33
Diante dos resultados pôde-se observar a homogeneidade das
características iniciais dos três grupos amostrais, fator muito importante, pois
nos mostra que todos estão no mesmo nível de condicionamento, peso e %G,
o único fator que não foi homogêneo no presente estudo foi à altura, porém
este fator não tem influência sobre os quesitos que foram avaliados.
A transparência e a clareza dos relatórios de pesquisa, destacando a
etapa de coleta de dados, são consideradas parâmetros importantes de
avaliação do rigor científico dos estudos qualitativos. (FONTANELLA; RICAS;
TURATO, 2008)
Essa homogeneidade é de fundamental importância para a validade dos
dados obtidos, isso por que quanto mais parecida, mais homogênea for à
amostra, mais confiáveis serão os resultados.
No entanto, o objetivo do presente estudo foi verificar a influência do
BCAA associado a um exercício até a exaustão sobre a fadiga neuromuscular.
Para isso, a ferramenta utilizada para detectar variações neuromusculares foi à
altura de salto vertical. Esta é utilizada em muitos estudos relacionados à
fadiga neuromuscular, sendo observadas diminuições desta após exercícios de
alta intensidade e curta duração (DOUSSET et al., 2006), e exercícios aeróbios
prolongados até a exaustão. (LEPERS et al., 2000)
No presente estudo, o modelo utilizado para induzir a fadiga, foi um
exercício aeróbio de moderada intensidade (70% da vVO2max). Esta intensidade
se encontra próximo à intensidade de limiar aeróbio que por sua vez é
expressa como intensidade ótima para remoção de lactato sanguíneo ou ponto
a partir do qual as adaptações aeróbias ocorrem. (DENADAI, 1999). Além
disso, esta intensidade esta próxima daquela desenvolvida durante uma prova
de maratona para atletas e garante tempos de permanência por volta de 1 hora
podendo chegar até a 3 horas. (DENADAI, 1999). Tempos de permanência
superiores aqueles observados para os voluntários do presente estudo (Tabela
4), podendo denotar um nível de condicionamento aeróbio inferior às
referências de Denadai (1999).
De acordo com Dousset et al. (2006), a fadiga neuromuscular decorrente
de um exercício prévio, segue um padrão de recuperação bimodal, que é
caracterizado por um declínio, logo após o exercício, seguido de uma
recuperação duas horas após, e um novo declínio dois dias após.
34
Este declínio inicial é caracterizado e relacionado ao aumento das
concentrações de lactato sanguíneo e de Interleucina 6 (IL-6). Diante dos
resultados expressos aqui, observa-se que não foi possível verificar a indução
da fadiga neuromuscular. Por mais que não tenham sido observadas as
concentrações de lactato e IL-6 após o exercício realizado pelos voluntários do
presente estudo, a intensidade utilizada aqui parece não ser suficiente para
gerar a fadiga e a conseqüente diminuição do desempenho de força
observado,
devido
provavelmente
a
pouca
produção
de lactato
em
intensidades próximas a esta como relatada anteriormente.
Além disso, a suplementação de BCAA induz a menor glicogenólise e
produção de lactato podendo aumentar o tempo de permanência no exercício,
haja vista que a leucina pode ser utilizada como fonte de energia pela
musculatura. (MATSUMOTO et al., 2009). Essas informações poderiam
explicar o aumento da altura de salto vertical em cinco dos sete sujeitos do
grupo que recebeu a suplementação de BCAA (Tabela 3) levando a crer que
por mais que a intensidade do esforço não tenha sido suficiente para induzir
fadiga neuromuscular o BCAA pode exercer um efeito protetor deste sistema e
poupador do glicogênio muscular.
Outro fator que deve ser levado em consideração sobre os resultados
expressos aqui é o pequeno tamanho da amostra acompanhado da grande
variabilidade da variável dependente utilizada (altura de salto vertical). Sabe-se
que, quanto maior a variabilidade de uma medida, maior o tamanho da amostra
para que possíveis resultados sobre essa medida possam ser observados.
Esta variabilidade relacionada à altura do salto vertical é encontrada em outros
estudos que utilizam essa ferramenta. (MOREIRA et al., 2008)
2.4
Conclusão
Diante dos resultados, pode-se concluir que o exercício aeróbio a 70%
da vVO2max não foi capaz de induzir fadiga neuromuscular estatisticamente
significante para todos os grupos analisados. Com isso, estatisticamente fica
impossível afirmar que a suplementação de BCAA é um atenuador da fadiga
35
neuromuscular.
Estes resultados se devem a característica da variável dependente
utilizada para o presente estudo associada ao pequeno número de elementos
em cada
grupo
amostral.
No
entanto, quando
analisado
de
forma
individualizada, observa-se que o grupo suplementado aparenta ter maior
proteção frente ao exercício realizado anteriormente.
Com isso, acredita-se que futuros estudos, que busquem principalmente
sanar as limitações encontradas neste trabalho, possam verificar resultados
diferentes dos encontrados, principalmente relacionados ao efeito protetor da
administração de BCAA sobre a fadiga neuromuscular.
36
REFERÊNCIAS
ALVES, L. A. Revista Educação Física. Viçosa. V. 10, n.1, p. 23-50, 2002.
ANTUNES NETO et al. Manutenção de microlesões celulares e respostas
adaptaticasa longo prazo no treinamento de força. Brazilian Journal of
Biomotricity, [s.l.], 2007.
ASCENÇÃO, A. et al. Fisiologia da fadiga muscular: delimitação conceptual,
modelos de estudo e mecanismos da fadiga de origem central e periférica.
Revista de Ciências do Desporto. Portugal, v.3, n.1, p.108-123, 2003.
BATISTA, E. F. B. P.; COSTA, A. D. Influência da corrida como exercício
aeróbio na melhora do condicionamento cardiorespiratório. Estudos, Goiânia,
Jul/Ago, 2006. Disponível em:<http//www.googleacademico.com.br>.
Acesso em 13 jan. 2009.
BARBANTI, V. J.; UGRINOWITSCH, C. Ociclo de alongamento e encurtamento
e a performance no salto vertical. Revista Paulista de Educação Física. São
Paulo. p. 85-94, 1998.
BARROSO, R.; TRICOLI, V.; UGRINOWITSCH, C. Adaptações neurais e
morfológicas ao treinamento de força com ações excêntricas. Revista
Brasileira de Ciência e Movimento. p.111-122. 2005.
BERNE et al. Fisiologia. 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CALDERS, P. et al. Effect of branched-chain amino acids (BCAA), glucose, and
glucose plus BCAA on endurance performance in rats. Medicine and Science
Sports and Exercise. 1999.
CALDER, P.C. Branched-chain amino acids and immunity. J Nutr. p. 288-293,
2006.
CHAUDHURI, A.; BEHAN, P. O. Fatigue and basal ganglia. J Neurol Sci.
v.179, p. 34-42, 2000.
______. Fatigue in neurological disodens. Lancet. v.363, p. 978-988, 2004.
37
DAVIS, J. M. Serotonin and central nervous system fatigue: nutricional
considerations. Am J Clin Nutr. p.573-578, 2000.
DENADAI, B. S. Índices fisiológicos de avaliação aeróbia: conceitos e
aplicações. Ribeirão Preto: B.S.D. 1999.
DIEFENTHAELER, F.; VAZ, M. A. Aspectos relacionados a fadiga durante o
ciclismo: uma abordagem biomecânica. Revista Brasileira de Medicina do
Esporte. v.14. n.5. p.472-477, 2008.
DOUSSET et al. Biomodal recovery pattern in human skeletal muscle induced
by ex haustive stretch-shortening cycle exercise. Official Journal of the
American College of Sports Medicine. 2006.
DUARTE, V. L.; DIAS, D. S.; MELO, H. C. S. Mecanismos moleculares da
fadiga. Brazilian journal of Biomotricity. Uberlândia, 2007. Disponível em
<htpp: www.Brjb.com.br>. Acesso em 08 jan. 2009.
ELLWANGER, R. B.; ARIAS, M.; KRUEL, L. F. M. Efeito da utilização de
diferentes velocidades do treino de força em marcadores indiretos de lesão
muscular. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. p.259-270.
2007.
FITTS, R. H. Mecanismos de fadiga muscular. In: Prova de esforço e
prescrição de exercício. American College of Sports Medicine. São Paulo:
Revinter, p. 73-79, 1994.
FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força
muscular. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FONTANELLA, B. J. B.; RICAS, J.; TURATO, E. R. Amostragem por saturação
qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Caderno de Saúde Publica.
v.24. n.1. 2008.
FOSCHI, D.; PRESTES, J.; CHARRO, M. A. Relação entre exercício físico,
dano muscular e dor muscular de inicio tardio. Revista Brasileira de
Cineantropometria e Desempenho Humano. v. 9, n.1. p. 101-106, 2007.
FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J. Bases fisiológicas do exercício e do esporte.
6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
38
GANDEVIA, S. C. Neural control in human muscle fatigue: changes in muscle
afferents, motoneurones and motor cortical drive. Acta Physiol Scand.1998.
GOMES, M. R.; TIRAPEGUI, J. Relação de alguns suplementos nutricionais e
o desempenho físico. ALLAN, Caracas, 2000. Disponível em <htpp:
www.scielo.br>. Acesso em 09 jan. 2009.
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para avaliação em
educação física. Barueri: Manople, 2006.
HERZOG, W. History dependence of force production in skeletal muscle: a
proposal for mechanisms. J Electromyogr Kinesiol. p. 111-117, 1998.
KARGOTICH, S. et al. Plasma glutamine responses to high- intensity exercice
before and after endurance training. Res Sports Med. p.287-300, 2005.
LEES, S. J. et al. Glycogen and glycogen phosphoryase associated with
sarcoplasmis reticulum: effects of fatiguing activity. J Appl Physiol. p. 16381644, 2001.
LEPERS et al. The effects of a prolonged running exercise on strength
characteristics. Int J Sports Med. p.275-280. 2000.
LEPPIK, J. et al. Prolonged exercise to fadigue in humans impairs skeletal
muscle Na+ K+ ATPase activity, sarcoplasmic reticulum Ca2+ release, and
Ca2+ uptake. Journal of Applied Physiology. v.97, p.1414-1423, 2004.
MCARDLE, W. D; KATCH, F. I; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercicio:
Energia, nutrição e desempenho humano. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2003.
MATSUMOTO et al. Branched-chain amino acid supplementation increases the
lactate thre shald dering na incremental exercise test in trained individuos. J.
Nutri. Sci. v.55. n.1. p.52-58. 2009.
MINISTERIO DA SAUDE – Secretaria de Vigilancia Sanitaria – Diario Oficial
da União. Portaria Nº33, Janeiro/1998.
MINISTERIO DA SAUDE – Secretaria de Vigilância Sanitária – Diário Oficial
39
da União. Regulamento Técnico para a Fixação de Identidade e Qualidade.
Alimentos para praticantes de atividades físicas. Portaria Nº 222, Março/1998.
MOREIRA et al. Reprodutibilidade e concordância do teste de salto vertical
com contramovimento em futebolistas de elite da categoria sub-21. Revista da
Educação Fisica/UEM. Maringá. Vol. 19, p.413-421. 2008.
______. Reprodutibilidade dos testes de salto vertical e salto horizontal triplo
consecutivo em diferentes etapas da preparação de basquetebolistas de alto
rendimento. Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano.
2006.
MOREIRA, P. V. S.; TEODORO, B. G.; MAGALHÃES NETO, A. M. Bases
neurais da fadiga durante o exercício. Bioscience Journal. v.24, n.1, 2008.
NEWSHOLME, E. A.; BLOMSTRAND, E. Starting techiniques of elite
swimmers. Journal of Sports Science. 2006.
PAULO, A. C.; FORJAZ, C. L. M. Treinamento físico de endurence e de força
máxima: adaptações cardiovasculares e relações com a performance esportiva.
Revista Brasileira de Ciências e Esporte. v. 22, n.2. p. 99-11, 2001.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercicio: Teoria e aplicação
ao condicionamento e ao desenvolvimento. Barueri: Manople, 2000.
_______. Fisiologia do Exercício. 5.ed. Barueri: Manople, 2006.
ROLFS, I. C. P. M. et al. Relação da síndrome do excesso de treinamento com
estresse, fadiga e serotonina. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.
11, n.6, Niterói. 2005.
ROSSI, L.; TIRAPEGUI, J. Aspectos atuais sobre o exercício físico, fadiga e
nutrição. Revista Paulista de Educação Física, Vol.13, p.67-82, São Paulo,
1999. Disponível em <htpp://www.revistapaulistadeeducaçãofisica.com.br>
Acesso em 07 de janeiro de 2009.
______. Aminoácidos: bases atuais para sua suplementação na atividade
física. Revista Brasileira de Ciência Farmacêutica. p. 37-51, 2000.
40
______. Implicação do sistema serotoninergico no exercício físico. Arq Bras
Endocrinol Metab. v. 48, n.2, Abril 2004.
ROBERGS, R. A.; ROBERTS, S. O. Exercise, performance, and clinical
applications. In: Robergs R. A; Roberts, S.O. Exercise Physiology. Londom:
WBC/Mc Graww-Hill, p. 546-563, 1997.
ROGERO, M. M.; TIRAPEGUI, J. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia
ramifica e exercício físico. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v.
44, n.4, p. 563-575, Out/Dez, 2008.
SANTOS, M. G.; DEZAN, V. H.; SARRAF, T. A. Bases metabólicas da fadiga
neuromuscular. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. Brasília. v. 11,
n.1, p.07-12. Janeiro, 2003.
SANTOS, R.; FUJÃO, C. Antropometria. 2003. Monografia (Pós-graduação
em Técnico Superior em HST) – Universidade de Évora.
SILVA, B. A. S. et al. Efeitos da fadiga muscular induzida por exercícios no
tempo de reação muscular dos fibulares em indivíduos sadios. Revista
Brasileira de Medicina do Esporte. v. 12, n. 2, p.85-89.abril 2006.
SILVA, P. A.; ALVES, F. Efeito da ingestão de aminoácidos de cadeia
ramificada na fadiga central. Revista Portuguesa do Desporto. v. 5, n.1,
2005.
TRICOLI, V. Mecanismo envolvido na etiologia da dor muscular tardia. Revista
Brasileira de Ciências e Movimento. v.9. n.2, 2001.
UCHIDA et al. Consumo de aminoácidos de cadeia ramificada não afeta o
desempenho de endurance. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.14,
n.1, Jan/Fev, 2008.
WAGENMAKERS, A. J. M. Amino acids metabolism in exercise. In: Maughan
RJ (editor). Nutrition in Sport. Blackwell Sciences. Oxford, 2000.
WESTERBLAD, H.; ALLEN, D. G. Recent Advances in the Understanding of
Skeletal Muscle Fatigue. Curr Opin Rhematol. v.14, p.648-652, 2002.
41
WILLIAMS, J. et al. Functional aspects of skeletal muscle contractile apparatus
and sarcoplasmatic reticulumafter fatigue. The American Physiological
Society. v.85, p. 619-626, 1998.
WILLIAMS, M. H.; BRANCH, D. Creatine supplementation and exercise
performance: an update. Journal American College of Nutrition. v. 17. n.3,
p.216-234, 1998.
WOLEDGE, R. C. Possble effects of farigue on muscle efficiency. Acta physiol
Scand, 1998.
42
APÊNDICES
43
APÊNDICE A – Avaliação Física
Anamnese
Nome:
Data de Nascimento:
Peso:
Telefone:
E-mail:
Idade:
Altura:
Antropometria
Percentual de Gordura (%G)
Triciptal: _____/_____/_____
Media: ________
Supra-iliaca: ______/_____/_____
Media: ________
Abdominal: _____/_____/_____
Media: ________
Total:____________
%G= ___________
Freqüência Cardiaca (FC)Repouso:______
Pressão Arterial(PA)Repouso:______
VO2max
Estágios
9 Km/h
10 Km/h
11 Km/h
12 Km/h
13 Km/h
14 Km/h
15 Km/h
16 Km/h
17 Km/h
18 Km/h
Tempo Limite
FC
44
Salto Vertical
Salto antes do exercício aeróbio: ________
Salto após o exercício aeróbio: ________
Salto 24 horas após o exercício aeróbio: ________
Salto 48 horas após o exercício aeróbio: ________
Observações:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
45
APÊNDICE B – Figuras
Fonte: Laboratório de Avaliação do Esforço Físico
Figura 1: Teste de Exaustão voluntária
Fonte: Laboratório de Avaliação do Esforço Físico
Figura 2: Salto vertical
Fonte: Laboratório de Avaliação do Esforço Físico
Figura 3: Teste de VO2max
46
ANEXO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Araçatuba SP
ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UniSALESIANO
(Resolução nº 01 de 13/06/98 – CNS)
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL
1. Nome do Paciente:
Documento de Identidade nº
Sexo:
Data de Nascimento:
Endereço:
Cidade:
Telefone:
U.F.
CEP:
1. Responsável Legal:
Documento de Identidade nº
Sexo:
Data de Nascimento:
Endereço:
Cidade:
U.F.
Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.):
II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
1.
Título do protocolo de pesquisa:
2.
Pesquisador responsável:
Cargo/função:
Inscr.Cons.Regional:
Unidade ou Departamento do Solicitante:
3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como conseqüência
imediata ou tardia do estudo).
SEM RISCO
RISCO MÍNIMO
RISCO MÉDIO
RISCO MAIOR
4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar):
Rod. Teotônio Vilela, km 8,5 – Jardim Alvorada – Cx. P 1007 – 16016-500 Araçatuba – SP www.unisalesiano.edu.br E-mail: [email protected] - fone: (18) 3636-5252
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Araçatuba SP
5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos
procedimentos que são experimentais: (explicitar)
6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar)
7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar)
8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: (explicitar)
9.
Duração da pesquisa:
10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de projetos de pesquisa em
/
/
III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU
REPRESENTANTE LEGAL
1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a qualquer dúvida
acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o
tratamento do indivíduo.
2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de
participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu tratamento.
3. Recebi esclarecimento sobre o compromisso de que minha identificação se manterá
confidencial tanto quanto a informação relacionada com a minha privacidade.
4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber informações obtidas durante o
estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando da pesquisa.
5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de complicações e danos decorrentes
da pesquisa.
Observações complementares.
Rod. Teotônio Vilela, km 8,5 – Jardim Alvorada – Cx. P 1007 – 16016-500 Araçatuba – SP www.unisalesiano.edu.br E-mail: [email protected] - fone: (18) 3636-5252
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Araçatuba SP
IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido(a) pelo pesquisador,
conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto em participar, na qualidade
de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II.
________________________________
Assinatura
Local,
/
/
.
____________________________________
Testemunha
Nome .....:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. .......:
____________________________________
Testemunha
Nome .....:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. .......:
Rod. Teotônio Vilela, km 8,5 – Jardim Alvorada – Cx. P 1007 – 16016-500 Araçatuba – SP www.unisalesiano.edu.br E-mail: [email protected] - fone: (18) 3636-5252
Download

influência da suplementação de bcaa sobre a fadiga