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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
UNILESTEMG
ENGENHARIA ELÉTRICA
AV. TANCREDO DE ALMEIDA NEVES, 3500, UNIVERSITÁRIOS
CORONEL FABRICIANO - MG
CEP: 35170-056
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RELATÓRIO TÉCNICO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Estagiário: Emerson Dias de Freitas
Empresa: Integral Engenharia Ltda - Usiminas
Orientador técnico: Joaquim Fernandes Lima
Período: 28 / 08 / 2006 a 28 / 11 / 2006
Carga horária: 603 horas
CORONEL FABRICIANO / 2006
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SUMÁRIO
1. RESUMO ..............................................................................................................................4
2. INTRODUÇÃO......................................................................................................................5
3. OBJETIVOS..........................................................................................................................8
3.1 Gerais..............................................................................................................................8
3.2 Específicos......................................................................................................................8
4. ATIVIDADES / RESULTADOS .............................................................................................9
4.1 Participação em reuniões de segurança .......................................................................10
4.2 Sistema de água e esgoto – Laminação a Frio .............................................................11
4.3 Sistema de jateamento e pintura – Galpão 31 ..............................................................14
4.3.1 Finalidade do jateamento .......................................................................................15
4.3.2 Superfície a ser jateada..........................................................................................16
4.3.3 Esquema de pintura a ser aplicado ........................................................................16
4.3.4 Grau de acabamento desejado ..............................................................................16
4.3.5 Máquina de jato ......................................................................................................17
4.3.6 Equipamentos de proteção individual de operadores da cabine de jato.................18
4.3.7 Abrasivos ................................................................................................................18
4.3. 8 Bicos......................................................................................................................20
4.3.9 Disponibilidade de ar comprimido...........................................................................20
4.3.10 Velocidade de jateamento ....................................................................................21
4.3.11 Distância de jateamento .......................................................................................21
4.3.12 Ventilação .............................................................................................................21
4.3.13 Iluminação ............................................................................................................23
4.3.14 Elevador de canecas ............................................................................................23
4.3.15 Separador de Abrasivos .......................................................................................24
4.3.16 Coletor de pó tipo cartucho CCF ..........................................................................24
4.3.17 Segurança e Precauções .....................................................................................25
4.4 Participação no 57º Simpósio Interno Semestral da Usiminas......................................26
4.5 Participação do treinamento do software Primavera Project Planner............................27
4.6 Visita na área da Laminação a Quente – Usiminas ......................................................27
5. CONCLUSÃO .....................................................................................................................30
6. RECOMENDAÇÕES ..........................................................................................................31
7. ANEXOS.............................................................................................................................32
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................35
9. AGRADECIMENTOS..........................................................................................................36
10. DATA E ASSINATURA .....................................................................................................37
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Sistema Usiminas ......................................................................................................6
Figura 2: Planejamento para as atividades realizadas no estágio ............................................9
Figura 3: Planejamento do sistema de água e esgoto – Laminação a Frio ............................12
Figura 4: Orçamento da construção do sistema de água e esgoto.........................................13
Figura 5: Relatório de atualização semanal............................................................................14
Figura 6: Linha de tiras a quente ............................................................................................27
Figura 7: Cabine de Jateamento e Pintura – Galpão 31 .........................................................32
Figura 8: Montagem do Sistema de Jateamento e Pintura .....................................................33
Figura 9: Luminárias no teto da cabine de Jateamento e Pintura...........................................33
Figura 10: Painéis de alimentação da cabine de jateamento..................................................34
Figura 11: Painel de alimentação dos motores da cabine de jateamento...............................34
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1. RESUMO
Este trabalho tem como finalidade apresentar as atividades desenvolvidas pelo
estagiário durante seu período de estágio. As atividades desenvolvidas, tiveram como
propósito consolidar os conceitos obtidos no período de graduação às atividades práticas da
empresa relacionadas à futura profissão do estagiário. O estágio foi realizado nas
laminações de Tiras a frio na área interna da Usiminas e no galpão 31, pela empresa Integral
Engenharia Ltda que é contratada pela Usiminas e compreendeu em treinamentos,
participação no simpósio interno da empresa e execução de atividades práticas. As
atividades práticas desenvolvidas pelo estagiário foram relacionadas diretamente a
construção de obras civis, instalações elétricas e planejamento das obras, agregando pontos
fundamentais no crescimento técnico e também social.
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2. INTRODUÇÃO
Em atendimento ao decreto nº. 87.497/82, o estagiário Emerson Dias de
Freitas em complemento ao curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário do
Leste de Minas Gerais, UnilesteMG, realizou o estágio curricular supervisionado no
período de 28/08/2006 a 28/11/2006, na empresa Integral Engenharia Ltda.
O estagiário participou de todo o planejamento das obras do Sistema de água
e esgoto – Craarp 1(Laminação a frio, na área interna da Usiminas), Resfriamento
Laminar , e Sistema de jateamento e pintura do galpão 31, e buscou compreender o
funcionamento de todos estes processos. A empresa Integral Engenharia Ltda,
manutenções em obras civis e instalações elétricas ficou responsável pelo
Planejamento e acompanhamento das obras. O projeto foi aprovado pela Usiminas
em 18 / 08 / 2006, onde o estagiário participou de toda a entrega do projeto.
As análises de riscos das respectivas áreas foram feitas dia 21 / 08 / 2006,
para darem início às atividades no dia 28 / 08 / 2006.
O Sistema de água e esgoto da Laminação a frio da Usiminas e resfriamento
laminar é composto de uma cabine de filtros, onde parte da água que é jogada em
cima das chapas para fazer a laminação é devolvida através de um tubo de
diâmetro 1,5 metros, para um poço de carepa (sujeira das chapas e químicos em
geral, como o zinco, e acetileno). Toda essa água é filtrada, e tratada e devolvida
para o poço de armazenamento de água filtrada.
O Sistema de jateamento e pintura do galpão 31, uma cabine de 10 metros de
altura e 30 metros de comprimento, onde as peças mecânicas e equipamentos
elétricos são pintados através do sistema de impulsão de tinta. O estagiário está
participando
de
reuniões
de
segurança
que
consistem
em
discutir
temas
relacionados às normas de segurança aplicadas na empresa. Consiste também em
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verificar as condições psicológicas de cada funcionário observando se o mesmo
tem ou não condição de iniciar sua jornada de trabalho.
Participou também do treinamento do software Primavera Project Planner, no
qual
foi
uma
grande
ferramenta
para
a
elaboração
do
planejamento
e
acompanhamento das obras realizadas pela Integral Engenharia Ltda. O estagiário
está realizando reuniões semanais de atualização de obras, e controle de materiais
com a fiscalização da Usiminas.
Hoje, a Usiminas deixou de ser apenas uma siderúrgica, é sinônimo de um
sistema que atua em siderurgia e em negócios onde o aço está presente, dentro e
fora do Brasil.
O Sistema Usiminas tem suas principais forças produtivas nas
siderúrgicas Usiminas e Cosipa, mas mantém participação (tanto em empresas
controladas como coligadas) em setores estratégicos como visto na Figura 1.
Figura 1: Sistema Usiminas
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A INTEGRAL ENGENHARIA LTDA, empresa de construção civil, e instalações elétricas
com sede em Belo Horizonte/MG, fundada em julho de 1974. Sua atuação atual concentra-se
principalmente na execução de obras civis industriais e elétricas, obras prediais comerciais e
residenciais e obras especiais. Seu currículo mostra freqüência mais de uma obra executada
para um mesmo cliente, o que sugere um bom desempenho no atendimento aos mesmos.
A formação técnica do seu quadro de engenheiros é o seu modelo organizacional com
uma retaguarda forte e onde cada obra tem sua gerência com grande autonomia, permite
uma solução rápida e segura dos problemas de campo objetivando o atendimento ao
trinômio PRAZO X QUALIDADE X CUSTO.
Hoje, a Integral é uma das mais competitivas e dinâmicas empresas de construção do
Brasil, permanentemente inquieta no seu objetivo de servir melhor ao cliente, foi criada uma
logística que permite à Integral a atuar em todo o país e nos mais variados tipos de obras
com a mesma eficiência e qualidade.
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3. OBJETIVOS
3.1 Gerais
•
Identificar o papel do Engenheiro na área de planejamento e controle de obras civis e
instalações elétricas.
•
Observar o relacionamento pessoal do engenheiro no Ambiente de trabalho.
•
Identificar os tipos de reuniões e acompanhamento de materiais.
•
Identificar o nível de autoridade profissional e responsabilidades que são dadas ao
engenheiro eletricista.
3.2 Específicos
•
Elaborar planejamento de obras civis e instalações elétricas, através de projetos
fornecidos pela Usiminas.
•
Acompanhar o andamento das obras, participando de reuniões semanais.
•
Controlar os materiais fornecidos por empresas conveniadas a Integral Engenharia
Ltda.
•
Administrar reuniões semanais de atualização de obras.
•
Controlar efetivo e fazer orçamento de obras
•
Supervisionar painéis elétricos ligados no canteiro da Integral Engenharia Ltda.
9
4. ATIVIDADES / RESULTADOS
Antes de iniciar as atividades do estágio supervisionado foi feito um planejamento de
todas as atividades que seriam realizadas, durante o período de 28/08/2006 à 28/11/2006.
Sendo que este planejamento foi feito pelo estagiário e seu orientador técnico.
Neste, planejamento estava incluso as seguintes atividades: Análise de risco dos projetos
civis e elétricos, treinamento do software Primavera Project Planner, elaboração de
cronogramas de atividades dos projetos, elaboração de orçamentos para obras civis e
instalações elétricas, administrar reuniões semanais de atualização de cronograma, controlar
materiais elétricos e civis, controle financeiro de medição mensal, participação de palestras
de segurança. Veja o planejamento na figura 2.
Figura 2: Planejamento para as atividades realizadas no estágio
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4.1 Participação em reuniões de segurança
As reuniões de segurança consistem em discutir temas relacionados às normas de
segurança aplicadas na empresa. Consiste também em verificar as condições psicológicas
de cada funcionário observando se o mesmo tem ou não condição de iniciar sua jornada de
trabalho. As reuniões são realizadas todos os dias nos primeiros dez minutos da jornada de
trabalho. Um membro ou o responsável pela equipe expõe na reunião um assunto
relacionado às normas de segurança da empresa. O assunto que por sua vez é exposto no
momento da reunião é discutido na equipe reforçando então a atenção nos atos a serem
realizados em trabalho.
A equipe de segurança alertou da importância de usar Equipamento de Proteção
Individual, EPI, que é todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou
estrangeira, destinada a proteger saúde e integridade física do trabalhador. O EPI deve ser
sempre considerado como última alternativa de proteção a ser cogitada. Isto porque, um
defeito de fabricação, o uso incorreto ou a não utilização do EPI expõe o trabalhador a um
determinado risco grave e eminente. Existem alguns fatores que determinam o uso de EPI,
são os seguintes:
•
Como medida de proteção, quando as medidas de proteção instaladas não forem
aplicáveis;
•
Como medida de proteção para o trabalho em condições eventuais, em que o tempo
de exposição ao agente for limitado, ou situações de um curto período, para
instalação, reparos ou substituição de meios, ou emergências;
•
Quando as medidas de proteção coletivas estiverem sendo implantadas;
•
Quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e ou doenças
profissionais;
Quanto às características do EPI, este satisfaz às seguintes exigências:
•
Oferece a máxima e mais completa proteção possível, à região do corpo ameaçada,
contra os riscos a que o trabalhador está exposto.
•
Oferece o máximo conforto e mínimo peso possível.
•
Propicia facilidade para os movimentos exigidos pelo trabalhador.
•
Ter sido fabricado de acordo com as normas existentes.
•
Ser de fácil manutenção.
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Compete a empresa, quanto ao uso de EPI:
•
Adquirir o tipo adequado à atividade do trabalhador.
•
Fornecer gratuitamente somente quando houver certificado de aprovação.
•
Treinar o trabalhador quanto ao uso adequado.
•
Tornar obrigatório o seu uso.
•
Substituir, imediatamente, quando extraviado ou danificado.
•
Responsabilizar – se, pela manutenção e esterilização, no que couber.
Compete aos empregados, quanto ao uso do EPI:
•
Usar, obrigatoriamente, o EPI indicado;
•
Responsabilizar – se pela guarda e conservação do EPI que lhe foi confiado;
•
Comunicar qualquer alteração que o torne parcial ou totalmente danificado;
•
Responsabilizar – se pelo seu uso inadequado ou fora das atividades a que se
destinar;
•
Responsabilizar - se pelo seu extravio doloso;
•
Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destinar;
•
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.
4.2 Sistema de água e esgoto – Laminação a Frio
A Integral Engenharia Ltda, que presta serviços para Usiminas, recebeu os projetos de
uma obra que deveria ser executada urgente, para filtrar a água que é jogada em cima das
chapas na Laminação a frio.
O Sistema de água e esgoto da laminação é composto de uma cabine de filtros, onde
parte da água que é jogada em cima das chapas para fazer a laminação é devolvida através
de um tubo de diâmetro 1,5 metros, para um poço de carepa (sujeira das chapas e químicos
em geral, como zinco, e acetileno). Toda esta água é filtrada, e tratada e devolvida para o
poço de armazenamento de água filtrada.
A equipe de planejamento de obras da integral, planejou a obra e calculou os quantitativos,
fez o orçamento e mandou para a fiscalização da Usiminas para a aprovação. Veja na figura
3, o planejamento feito pela Integral Engenharia Ltda.
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Figura 3: Planejamento do sistema de água e esgoto – Laminação a Frio
Após o planejamento, foi feito o orçamento da obra calculando a quantidade de homem x
hora, os equipamentos que seriam supostamente gastos, e o custo final da obra. Veja na
figura 4 o orçamento da obra.
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Figura 4: Orçamento da construção do sistema de água e esgoto
Durante a execução da obra o estagiário fez relatórios semanais de atualização de
obras, onde foram discutidos as atividades que estavam planejadas na programação da
Integral. A usiminas informou para a integral que haveria a necessidade de fazer serviços
fora do escopo da programação.
A Integral, verificou os projetos que lhe foram enviados, dos serviços fora de escopo e
sugeriu para a usiminas aumentar o efetivo (quantidades de pessoas trabalhando na obra).
Veja na figura 5, o relatório de atualização semanal.
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Figura 5: Relatório de atualização semanal
Durante o período de acompanhamento da obra, o estagiário participou de
surpevisões em painéis elétricos instalados na área do sistema de água e esgoto da tiras a
frio. Alguns painéis precisaram de reparos, nos cabos e nas tomadas.
A previsão de conclusão da obra está prevista para 28/11/2006, mas no momento a obra
está com um atraso de 13 dias úteis, devido às interferências no local.
A Integral informou à usiminas que, devido a essas interferências, não previstas no local,
ocorrerá um acréscimo no tempo da obra e no custo.
4.3 Sistema de jateamento e pintura – Galpão 31
O Sistema de jateamento e pintura do galpão 31, é uma cabine de 10 metros de altura
e 30 metros de comprimento, onde as peças mecânicas e equipamentos elétricos são
pintados através do sistema de impulsão de tinta. O estagiário participou de todo o processo
de licitação da obra.
A usiminas contratou a Integral, que sub-contratou a Febratec, cujo ramo é de
equipamentos para jateamento de tinta.
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O estagiário participou de todos os processo, de iniciação, planejamento, controle,
execução e encerramento da obra.
Para se obter o máximo de eficiência numa operação de jateamento por ar comprimido,
os seguintes itens devem ser observados:
•
•
Finalidade do jateamento
Superfície a ser jateada
•
Esquema de pintura a ser aplicado
•
Grau de acabamento desejado
•
Máquina de jato
•
Equipamentos de proteção individual
•
Abrasivos
•
Bicos
•
Disponibilidade de ar comprimido
•
Velocidade de jateamento
•
Ventilação
•
Iluminação
•
Elevador de canecas
•
Separador de abrasivos
•
Coletor de pó tipo cartucho CCF
•
Segurança e precauções
4.3.1 Finalidade do jateamento
É fundamental que nós conheçamos a finalidade do jateamento antes de se iniciar a
operação, ou seja, trata-se de:
•
Preparação de superfície antes da pintura
•
Limpeza de peças
•
Aplicação de revestimento, tais como: silicone, borracha, alcatrão.
•
Decoração
Este conhecimento permitirá selecionar o abrasivo mais indicado, granulometria adequada,
compressor de ar, tipo e diâmetro do bico, pressão de trabalho do ar comprimido, distância e
velocidade de jateamento, grau de Limpeza, rugosidade necessária.
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4.3.2 Superfície a ser jateada
É necessário conhecer o estado geral da superfície a ser jateada. Água, graxa e óleo
não são compatíveis com o jateamento. Devemos eliminá-Ios antes do início da operação de
jateameto. Deve ser observado se iremos remover, carepa de laminação, tratamento térmico,
oxidações, corrosões, esquema de pintura anterior (base deste esquema), revestimento.
4.3.3 Esquema de pintura a ser aplicado
Devemos conhecer as características principais do esquema de pintura a ser aplicado, isto é,
tipo de tinta de fundo e de acabamento, número de demãos e espessura final desejada. Com
este conhecimento poderemos escolher melhor a granulometria do abrasivo a ser usada,
para que atinjamos o grau de limpeza e a rugosidade superficial especificada no menor
tempo possível.
4.3.4 Grau de acabamento desejado
A fim de que utilizemos adequadamente os recursos a nossa disposição, é importante
que conheçamos o grau de acabamento especificado para a superfície a ser jateada. Estes
graus de acabamento podem ser especificados das seguintes formas:
•
Sa 1 - Jato Leve
Como o próprio nome diz, trata-se de um jateamento bem leve, onde somente a carepa
de laminação solta, algumas oxidações e alguns materiais estranhos serão removidos.
•
Sa 2 - Jato Comercial
Trata-se de um jateamento mais amplo, onde a quase totalidade da carepa de
laminação, oxidações e materiais estranhos serão removidos.
•
Sa 2.1/2 - Jato Quase Branco
Trata-se de um jateamento bastante amplo onde a carepa de laminação, oxidações e
materiais estranhos serão removidos até a extensão de que apenas traços e/ou manchas no
fundo dos poros existirão.
•
Sa 3 - Jato Branco
Trata-se de um jateamento até metal puro, onde a totalidade (100%) da carga de
laminação, oxidações e materiais estranhos serão removidos.
Finalmente a superfície toda deverá ser soprada com ar e ter uma coloração metálica
uniforme.
17
4.3.5 Máquina de jato
•
Operação
Feche a válvula dosadora de abrasivo e a válvula de passagem de ar. Alimente a
máquina de jato com abrasivo, através da válvula pop. O abrasivo deve estar seco e limpo.
Use Tecball. É prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Ligue o compressor, deixe-o aquecer
e encher o reservatório de ar. Regule o compressor para se obter uma pressão máxima de
75lbs / pol ² na entrada da máquina.
Posicione o jatista já com todo o conjunto de proteção individual próprio para ele
(máscara, luva, avental, perneira, condicionador). Abra a válvula de entrada de ar, nesse
momento terá início o escape de ar através da alavanca da válvula de ação negativa.
Certifique-se que a válvula pop está bem vedada e não há vazamento na boca de inspeção.
Para iniciar o jateamento deve-se pressionar a alavanca da válvula de ação negativa, e abrir
lentamente a válvula dosadora de abrasivo até que se crie o fluxo de abrasivo. Para parar o
jateamento basta que a alavanca da válvula de ação negativa seja solta. Durante
aproximadamente 5 (cinco) segundos continuará saindo pelo bico de jato, porém perdendo
força gradativamente, abrasivo e ar comprimido até que todo ar seja expelido da máquina e
mangueira de jato.
Haverá também descarga de ar através da válvula de despressurização. Retire todo o
abrasivo da máquina quando esta for ficar parada por mais de um dia. Este procedimento
evitará qualquer entupimento ou umedecimento e empedramento do abrasivo. O
umedecimento e empedramento que entopem a máquina de jato, só é válido quando o
abrasivo em uso for granalha de aço.
•
Manutenção
A substituição da válvula pop é feita através da tampa da boca de inspeção. Quando
desta substituição, trocar também o eixo guia e a guarnição da tampa da boca de inspeção.
O anel de vedação é substituído através da boca de alimentação de abrasivo, auxiliado por
uma chave de fenda, jamais solde nada a máquina, isto invalida a garantia da máquina.
Todas as peças a serem substituídas constam da lista de reposição.
Caso não esteja saindo, nem abrasivo, nem ar pelo bico de jato, desligue a máquina. A
seguir verifique se o bico de jato não está entupido.
Caso não esteja, abra a boca de inspeção e verifique se não está entupido (papel,
ponta de cigarro, etc..) no funil que alimenta a válvula dosadora. As válvulas de
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pressurização e despressurização contêm lubrificação interna por este motivo devem sofrer
inspeção sempre que se notar algum tipo de mau funcionamento. Deve-se também evitar o
contato com o pó de abrasivos de jateamento.
•
Controle remoto
É chamado de controle remoto porque permite que as máquinas de jateamento sejam
controladas pelo operador a partir do bico. O operador inicia e para o fluxo de ar e abrasivo
que sai da máquina de jateamento através da válvula de ação negativa que está localizada
na extremidade da mangueira onde está instalado o bico.
Consiste em um conjunto de válvulas de ação pneumática que aciona a operação de
jateamento sem a necessidade de ajudante. Promove também a segurança pessoal do
jatista já que este normalmente trabalha em local fechado, sozinho e com nível de ruído alto.
4.3.6 Equipamentos de proteção individual de operadores da cabine de jato
Neste tópico queremos chamar, em especial, a atenção dos jatistas, pois os mesmos
nem sempre utilizam adequadamente os equipamentos de proteção individual, colocados à
disposição pelas empresas.
Um conjunto básico de proteção individual é composto de:
•
Luva
•
Blusão
•
Avental
•
Suprimento de ar para o capacete
•
Filtro de ar para jatista
•
Perneira
•
Capacete
•
Proteção Auricular
•
Condicionador de ar
•
Luva
•
Blusão
4.3.7 Abrasivos
Os abrasivos mais conhecidos para jateamento até o momento são, areia, quartzo,
óxido de alumínio, micro esfera de vidro, granalha de ferro, granalha de aço.
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Recentemente foi desenvolvido um abrasivo novo denominado TECBALL ou
TECBLAST, que de todos os abrasivos existentes no Brasil, é o que reúne as melhores
características para jateamento por ar comprimido.
Os abrasivos TECBALL/TECBLAST reúne as seguintes características principais:
Maior rapidez de jateamento, menor custo por m² jateado, não absorve umidade, maior
facilidade de manuseio e limpeza, não contém sílica livre, não contém ferro livre, limpeza do
abrasivo, menor consumo de ar comprimido.
Para que a "ação cortante" de um abrasivo seja mantida é necessário que limpemos o
mesmo constantemente, operação que permitirá também manter controlado o volume de pó
em suspensão, contribuindo desta forma para melhor visibilidade durante a operação de
jateamento.
O tempo gasto na limpeza adequada do abrasivo é amplamente compensado pelo
ganho de eficiência na operação de jateamento, ou seja com abrasivo limpo produziremos
sempre maior metragem quadrada por hora de jateamento.
O abrasivo TECBALL/TECBLAST é o abrasivo mais fácil de todos, no tocante a
manutenção do mesmo limpo e eficiente.
Abrasivos
cujo
baixo
volume
em
giro
é
de
baixa
densidade
como
o
TECBALL/TECBLAST , podem ser processados da seguinte forma:
•
Passar o abrasivo em uso numa peneira malha 10 (peneira de pedreiro), a qual já é
normalmente usada, para remoção de contaminantes de grande porte. Ex.: toco de
cigarro, porcas, flocos de tinta removida, etc.
•
Introduzir o uso sistemático de duas peneiras, sendo uma malha 60 e outra malha 80
para a eliminação dos finos inservíveis, oriundos da oxidação e partículas
contaminantes removidas da superfície, e do desgaste natural do abrasivo.
O material retido na peneira malha 60 retorna para uso, sendo que o material que passou por
esta peneira deve ser processado (peneirado) na peneira malha 80. O material retido na
peneira malha 80 retorna para uso, e aquele que passou por esta última deve ser então
descartado como inservível para a operação de jateamento.
Esta operação manterá o controle sobre o volume de pó existente na mistura de
operação e também o controle sobre a distribuição granulométrica do abrasivo em uso.
20
4.3. 8 Bicos
A principal regra a ser observada é a coerência entre o diâmetro do bico e a
disponibilidade efetiva de ar comprimido, dedicada à operação de jateamento.
Cada bico, em função de seu diâmetro, consome um volume de ar comprimido a uma
dada pressão.
Ex.: Bico 5/16" ou 8,0 mm, consome 133 pcm 80 Ib/pol²
Em função disto é necessário que ao escolhermos o diâmetro do bico para um dado
trabalho levemos em conta os seguintes dados:
•
Tamanho individual da superfície a ser jateada
•
Disponibilidade de ar comprimido 80 Ib/pol²
•
Grau de dificuldade de limpeza da superfície a ser jateada
•
Produção horária desejada
•
Grau de acabamento desejado
Jateamento com bico cuja solicitação de volume de ar comprimido 80 Ib/pol2 seja maior que
o volume efetivamente disponível pelo compressor, propiciará ineficiência na operação de
jateamento. Há um dito popular entre os jatistas de que quanto maior o diâmetro do bico,
mais rápido será o jateamento. Isto é totalmente errado, a menos que o compressor de ar em
questão, tenha capacidade de continuar suprindo ar comprimido 80 Ib/pol², a cada novo
diâmetro do bico, considerando seu desgaste natural.
Jateamentos considerados pesados são extremamente ineficientes quando a pressão
na linha de ar comprimido for inferior a 60 Ib/pol². No entanto existem jateamentos que só
são eficientes a pressões de ar comprimido inferiores a 60 Ib/pol2.
•
Exemplos
•
Jateamento com micro esfera de vidro
•
Decoração em vidro
•
Jateamento de chapas cuja espessura seja inferior a 1,5 mm.
4.3.9 Disponibilidade de ar comprimido
É de fundamental importância, conhecer o volume de ar comprimido efetivamente
dedicado à operação de jateamento.
Quando este parâmetro não é conhecido quase certamente uma ou todas as seguintes
contribuições para ineficiência da operação de jateamento existirão, como, jateamento lento,
21
consumo maior de energia, gasto maior com manutenção do compressor, maior cansaço do
jatista, baixa produtividade, maior custo por m² jateado, menor lucratividade, menor
competitividade.
Para se conhecer por inteiro a disponibilidade de ar comprimido é imprescindível que
conheçamos um volume de ar comprimido (pcm) a uma dada pressão.
4.3.10 Velocidade de jateamento
Cada abrasivo tem uma velocidade própria de jateamento a uma dada pressão de ar
comprimido, o que é popularmente conhecido como "ação cortante". Assim se um abrasivo
"corta" mais rápido que outro é extremamente importante que o operador de jato, encontre a
velocidade ideal do abrasivo com o qual ele está trabalhando. O conhecimento, na prática,
desta velocidade é de fundamental importância para tornarmos nossa operação de
jateamento eficiente.
Jateamento é executado para se remover carepas, oxidações, resíduos, gerar
rugosidade e não para dar brilho ou polimento na peça. Assim a velocidade de jateamento
deve ser máxima, desde que carepas, oxidações e resíduos, estejam sendo removidos a
grau de jateamento ou rugosidade obtida ao nível desejado.
4.3.11 Distância de jateamento
Cada abrasivo exige uma distância mínima entre o bico e a superfície sendo jateada. O
operador de jateamento deverá se preocupar em encontrar, na prática, a distância ideal para
o abrasivo com o qual ele está trabalhando.
Abrasivos que fragmentam muito facilmente ou que tenham densidade mais alta
exigirão distâncias menores que abrasivos que sejam leves e de baixa taxa de fragmentação.
4.3.12 Ventilação
A finalidade de uma operação de jateamento é remover carepas, oxidações, resíduos
de várias naturezas, e também de gerar rugosidade compatível com o esquema de pintura
ou revestimento que se pretenda implantar.
A ação de remover carepas, oxidações, resíduos, geram uma considerável quantidade
de pó (material particulado), o qual somado ao pó decorrente do desgaste natural dos
abrasivos, torna a visibilidade do jatista principalmente em ambientes confinados, bastante
comprometida.
22
Principalmente por razões de visibilidade é que se faz ventilação em uma cabine de
jateamento, e não para o jatista sentir a ventilação.
O jatista está sob proteção de roupa apropriada para esta função, a qual é ventilada por
insuflamento de ar, já que os materiais empregados nestas roupas e os equipamentos de
proteção, não devem permitir a passagem de pó pelas mesmas, o que torna impossível a
passagem de ar através delas.
Assim uma boa ventilação, calculada e direcionada tecnicamente contribuirá para a
contínua remoção do pó (material particulado) do ambiente de jateamento, contribuindo
ainda para melhorar bastante e visibilidade, e por conseqüência para aumentar em muito a
eficiência da operação de jateamento.
Os equipamentos e técnicas de ventilação devem atender a legislação de meio
ambiente da comunidade onde é executado o jateamento, o que os torna sempre
consideravelmente caros, porém não devemos nos esquecer dos mesmos como um dos
componentes quando se pretende melhorar a eficiência do jateamento.
Existem pelo menos quatro níveis de solução para se ventilar uma operação de
jateamento, quais sejam:
•
Sistema de Ventilação Precário
Utiliza somente exaustores axiais e entradas de ar na extremidade oposta da cabine de
jateamento. Custo inicial bastante baixo.
•
Sistema de Ventilação Moderado
Utilizam exaustores axiais, dutos e chuveiro para umedecer o pó, o qual é decantado num
recipiente contendo água. Custo ainda baixo inicial, porém a lama formada gera eventuais
problemas de poluição do lençol freático.
•
Sistema de Ventilação Via Úmida:
Utiliza ventiladores centrífugos e filtros via úmida. Custo inicial mais baixo que filtros via seca,
porém o custo de manutenção é elevado ao longo de toda a vida útil do equipamento. Ainda
persiste eventuais problemas de poluição do lençol freático.
•
Sistema de Ventilação Via Seca:
Utiliza ventiladores centrífugos e filtros via seca, o qual é normalmente de tecido apropriado
ou de cartuchos. Custo inicial bastante alto, baixo custo de manutenção e a disposição do pó
pode ser feita em lixões urbanos, dependendo da inexistência de substâncias tóxicas no pó
captado.
23
4.3.13 Iluminação
Também aqui o investimento em iluminação adequada é altamente compensado pelo
aumento de produtividade, uma vez que boa visibilidade em ambiente confinado estará
garantida. A boa técnica recomenda que a iluminação seja de no mínimo 800 lumens a 1.000
mm de altura do piso, e que seja distribuída de forma uniforme ao longo de toda a cabine de
jateamento.
As lâmpadas mais comumente usadas são de vapor de iodo, vapor de sódio e
fluorescente, sendo que recomendamos esta última, pois há melhor distribuição da
iluminação, trata-se de luz fria, a energia consumida é menor e diminui-se consideravelmente
a formação de sombras.
Iluminação deficiente ou focalizada gerando sombras intensas, geram insegurança por
parte do jatista no tocante a visibilidade do serviço em execução, o que por sua vez faz com
que ele seja mais cauteloso na execução do jateamento e por conseguinte a produtividade
será menor.
4.3.14 Elevador de canecas
•
Manutenção
Devem ser inspecionados o acionamento superior, as partes móveis superior e inferior
e as canecas, a fim de detectar eventuais reparos ou substituições necessárias. A correia do
elevador deve ser sempre verificada se está adequadamente tensionada.
•
Correia do Elevador
As canecas são parafusadas e facilmente substituídas. Elas devem ser trocadas
sempre que a face dianteira das canecas apresentar desgaste. Após algum tempo de uso, a
correia do elevador irá lacear, exigindo que seu comprimento seja reduzido. Remova o painel
localizado na seção inferior do elevador. Posicione a emenda da correia. Colocar a polia
superior do elevador em sua posição inferior. Remova a emenda da correia e corte até se
chegar a um novo comprimento. Mantenha a correia esticada enquanto refaz a emenda, isto
irá garantir que a correia fique bem tensionada e permitira reacertos futuros. O
tensionamento correto da correia pode ser constatado através da seguintes considerações:
a) A polia inferior deve rodar de forma constante, sem escorregamento ou hesitação.
b) A correia sem carga deve se movimentar no centro da carcaça do elevador, sem deslizar
para as extremidades. As canecas não devem bater nas laterais.
c) A tensão na correia não deve ser alta o bastante para comprometer a emenda.
24
•
Tensão da correia
Pode ser ajustado pelo parafuso esticador superior da cabeceira do elevador. O
alinhamento da correia é muito importante. Se a correia não estiver convenientemente
Posicionada, a ação do abrasivo irá comprometer a integridade da carcaça do elevador
e outras partes. Remover a tampa superior do elevador e observar com cuidado o movimento
da correia pelas polias.
•
Rotação do motor
Os motores do equipamento e do coletor de pó quanto a sua rotação. Se qualquer dos
motores não estiver girando no sentido correto, a mudança da interligação dos mesmos deve
ser feita por eletricista experiente.
4.3.15 Separador de Abrasivos
Deste sistema de circulação e recuperação de abrasivo, indiscutivelmente a peça mais
importante é o separador de abrasivo.
O separador de abrasivo tem duas variáveis responsáveis pela sua perfeita regulagem
são as cortinas de abrasivo e ventilação.
A cortina de abrasivo que vem da parte superior do separador deve ocupar a largura
toda deste e formar uma camada fina e extratificada por igual. Isto é conseguindo regular
precisamente a placa basculante do separador de abrasivo, através do contra peso preso à
mesma.
Maior momento corresponde a maior bloqueio do fluxo de abrasivo e vice versa, uma
vez formada a cortina fina e estratificada por toda a largura do separador de abrasivo através
da válvula gaveta existente no ramal da tubulação, de ventilação. Esta válvula deve estar
especialmente na posição totalmente fechada, abrindo-se gradualmente até que partículas
de abrasivo com dimensões de descarte comecem aparecer no tambor colocado abaixo do
tubo de saída de refugo.
A ventilação deve extrair tão somente impurezas e abrasivo fino e inservível.
A função do separador de abrasivo é limpar e selecionar a granulométrica, de tal forma que
somente o abrasivo limpo e na faixa granulométrica adequada volte ao silo de estocagem.
4.3.16 Coletor de pó tipo cartucho CCF
•
Operação
25
O coletor de pó jato pulsante de cartucho é um coletor de pó continuamente automático,
a sucção ou pressão, capaz de filtrar ar carregado de pó através de um meio poderoso de
filtragem.
O gás sujo ou contaminado é introduzido no coletor de pó através de uma entrada
localizada na parte inferior do módulo, onde o gás é então distribuído uniformemente através
da carcaça, derrubando as partículas mais pesadas no silo. O ar, carregado de partículas
mais leves que não se descartam no silo, passa através de um determinado número de filtros
cartuchos, os quais retêm as partículas de pó na superfície externa, enquanto permitem que
o gás limpo passe através da saída do módulo. Conforme o coletor opera, o pó coletado
começa a formar uma camada que, eventualmente, diminui a porosidade do filtro. Esta
redução de porosidade é medida por um manômetro em tubo U e é definida como pressão
diferencial. Conforme a pressão diferencial aumenta, a perda estática do sistema aumentará,
diminuindo o volume de ventilação.
Para manter uma queda de pressão correta, o ciclo de limpeza é empregado para
fornecer uma limpeza contínua dos cartuchos. O sistema de limpeza consiste em um
seqüenciador programável que aciona solenóides elétricas, acionando as válvulas
diafragmas que mandam pulsações momentâneas de ar comprimido através do tubo
manifold para dentro dos venturis. Os venturis, bombas de jato naturais, induzem ar
secundário com volume várias vezes maior que o volume original criando assim um fluxo de
ar reverso através dos filtros, proporcionando limpeza eficiente. Este procedimento de
limpeza ocorre em uma seqüência de fileira por fileira, e sendo assim, somente uma fração
do ar total do filtro é interrompido para limpeza, permitindo então uma ventilação contínua.
4.3.17 Segurança e Precauções
Para a mecânica os seguintes passos dever ser observados minuciosamente:
•
Desligar a chave geral antes de começar a manutenção no equipamento.
•
Manter todas as proteções em posição adequada, exceto durante a manutenção e
reparo. Recolocar todas as proteções após completar o serviço de manutenção e
reparo.
•
Óculos de segurança e luvas devem ser usados no trabalho próximo ao equipamento
de jateamento.
•
Assegurar-se da não utilização de objetos que possam ser perdidos durante o trabalho
próximo das correias, correntes, eixos, rodas dentadas.
26
•
A máquina e as áreas próximas devem ser mantidas limpas. Pisar em áreas com
abrasivo pode ser perigoso
•
Reparar imediatamente qualquer vazamento na cabine e no sistema de recirculação.
•
Corrigir imediatamente qualquer condição que possa resultar em danos à máquina
e/ou ao pessoal.
•
Se ocorrer emperramento do elevador, a primeira providência é acionar o botão de
emergência e desligar a chave geral. A seguir, limpar a seção inferior do elevador.
Não use as mãos para remover o excesso de abrasivo da seção inferior do elevador,
utilize pá ou um raspador.
Para a elétrica, os seguintes passos devem ser observados:
•
Painel de Controle
Nunca utilize fusíveis super dimensionados. Recorra ao diagrama elétrico para verificar
o valor correto do fusível.
Assegure-se que os disjuntores dos motores são os indicados para as correntes
indicadas nas placas de identificação dos motores.
•
Motores elétricos
Desligar a chave geral antes na manutenção ou reparo. Antes de partir os motores,
verificar a placa de identificação para assegurar-se que a energia disponível (voltagem,
freqüência e fase) está de acordo com o diagrama mostrado.
Uma observação importante é que a instalação, operação e manutenção dos motores
devem ser feitos por pessoal qualificado.
4.4 Participação no 57º Simpósio Interno Semestral da Usiminas
O simpósio interno da Usiminas, realizado nos dias 10, 11, 12 e 13 de outubro consistiu
em apresentar trabalhos realizados pelos funcionários da empresa. Os temas apresentados
foram relacionados às tecnologias, processo, administração, segurança/meio ambiente.
Durante o período de realização do simpósio na empresa, o estagiário participou dos
eventos realizados nos dias 12 e 13. Sua participação no dia 12 de outubro, compreendeu
em assistir as palestras de Otimização da produtividade da Laminação de Tiras a Quente da
usiminas e código de materiais UNSPSC – Rompendo fronteiras para a evolução da
processo de sinergia em compras de materiais de manutenção e reparo e operação.
27
No dia 13 de outubro o estagiário assistiu à palestra sobre projetos consultorias
participações S/A de Wladimir Pomar diretor/Presidente da BWP. Após a realização da
palestra, procedeu-se a entrega dos prêmios aos vencedores do 57º Simpósio usiminas.
Este evento realizado pela empresa semestralmente possibilita a seus funcionários e
demais participantes estarem absolvendo um grande valor agregado em termos de
tecnologia da empresa além do incentivos decorrente das premiações aos vencedores do
simpósio.
4.5 Participação do treinamento do software Primavera Project Planner
O treinamento do programa Primavera Project Planner, foi realizado pela Integral
engenharia Ltda, no dia 07 e 08 de novembro, pelo Eng. Wagner Soares de Freitas, no qual
todo o efetivo do departamento de planejamento da Integral participou. O primavera é um
programa de planejamento de obras, cujo tem a função de auxiliar os técnicos e engenheiros
no acompanhamento de obras, seja ela de construção civil, instalações elétricas, ou
mecânicas.
4.6 Visita na área da Laminação a Quente – Usiminas
A laminação a quente é responsável por laminar as placas provenientes da Aciaria e para
isso possui duas linhas de produção: Tiras a Quente e Chapas Grossas. Veja, figura 6.
Figura 6: Linha de tiras a quente
28
A Laminação de Tiras a Quente foi inaugurada em maio de 1965, com capacidade de 1,2
milhão t/a, atualmente, com 3,65 milhões t/a. Destina-se à transformação de placas em
bobinas, atendendo a todos os requisitos de qualidade: dimensional, planicidade, aspecto
superficial e temperaturas. As bobinas são destinadas aos mercados interno e externo,
atendendo às diversas aplicações, tais como:
•
Laminados a Quente (40%): tubos, rodas, longarinas, estrutura soldável, estampagem,
implementos agrícolas.
•
Laminados a Frio (60%): indústria automobilística e linha branca , revestidos e não
revestidos.
A Laminação de Chapas Grossas entrou em operação em outubro de 1976, com
capacidade de produção de 1.000.000 t/a.Foi projetada para produzir chapas com
espessuras entre 6,0 e 150,0mm, larguras entre 1000 e 4000mm. Os produtos chapas
grossas são destinados aos mercados interno e externo, atendendo às diversas aplicações,
tais como:
•
Tubos, naval, estruturas soldáveis, vasos de pressão, longarinas e rodas.
•
Máquinas e implementos agrícolas, uso gerais, tratados e não tratados termicamente.
A seqüência do fluxo do material na linha de tesouras é detalhada como:
•
Tesoura de ponta “CROP SHEAR” - CS (mede comprimento, corte do topo e divide o
pedaço laminado em 05 pedaços) , localizada entre os dois leitos de Resfriamento.
Marcação e Estampagem Automática - AMD3 (realiza a pintura e a estampagem
identificando o material, cliente, dimensões, qualidade, etc.) todas as informações para
posicionamento (coordenadas X e Y) são recebidas do IBM. Neste sistema existe um banco
de dados Sybase onde ficam armazenadas as informações de cada chapa a ser processada
na AMD3, e numa eventual falha do link de comunicação com IBM, o operador pode solicitar
esses dados manualmente, permitindo o fluxo operacional.
Segunda Tesoura (DSS/RSS) - Responsável pelo corte das bordas e centro do material, de
acordo com o pedido do cliente. Nesta tesoura em conjunto com o equipamento do medidor
de espessura são retornados para o IBM os dados reais de largura e espessura do material
processado.
Terceira Tesoura (DS) - Responsável pelo corte das chapas no comprimento pedido pelo
cliente. Retornando para IBM a medida real do comprimento da chapa.
29
Balança de Chapas - Responsável pela aquisição do peso do material, retornando para IBM
o peso real da chapa.
Nos processos citados acima o tracking do material ao longo da linha é feito pelo Sistema
NOCS (IBM). Os Sistemas de Automação recebem os dados de PDI do Sistema NOCS e
fazem as consistências do posicionamento dos equipamentos em função dos dados de setup
recebidos. Entretanto a verificação do material a ser processado é de responsabilidade do
operador.
Há ainda um pequeno sistema localizado na cabine da Balança de Chapas que é a
Picotadeira, onde uma aplicação em visual basic busca no banco de dados da marcação, os
dados a serem enviados para a picotadeira de cartolina. Uma vez perfurada a cartolina, esta
é colocada sobre a chapa e feito a pintura manual da mesma, isso é feito após os materiais
passarem pelos fornos de tratamento térmico.
30
5. CONCLUSÃO
Em virtude do que foi mencionado nesse relatório, conclui-se que as atividades
desenvolvidas no estágio supervisionado no período de 28 de Agosto de 2006 a 28 de
novembro de 2006 foram de grande proveito para o estagiário, sendo possível consolidar
parte dos conhecimentos adquiridos ao longo da graduação às atividades práticas da
empresa relacionadas à sua futura profissão.
Foram essenciais as participações em reuniões de administrativas, que serviram para
situar o estagiário em um contexto que abrangia muito mais do que suas expectativas de
conhecimento técnico. A participação no 57º simpósio serviu para conhecer novas
tecnologias que são adotadas em toda a Usiminas e na Integral Engenharia Ltda, e pode-se
observar a preocupação de seus funcionários por uma melhoria continua, acompanhando as
necessidades de uma empresa de ponta no mercado atual.
As visita técnica na Laminação a Quente foi de muita valia pois, já que com o
dinamismo da empresa, nunca se sabe onde esperar que um profissional preparado possa
atuar.
A participação da obra do Sistema de jateamento e pintura, foi muito importante, pois
vivenciou algumas situações de trabalho que foram importantes para sua formação.
O treinamento do Primavera Project Planner, foi de muita importância, pois o estagiário
pode aperfeiçoar os seus conhecimentos no programa, proporcionando um melhor
desempenho. O estagiário pode acompanhar as dificuldades que são enfrentadas por um
profissional que alem de suas funções, deve entender em uma forma geral de todos os
processos em que atua.
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6. RECOMENDAÇÕES
À empresa Integral Engenharia e Usiminas que continue concebendo oportunidades
aos futuros candidatos à realização do estágio objetivando obter os conhecimentos técnicos
necessários à sua futura profissão.
Aos futuros estagiários que busquem absorver o máximo possível de informações
fornecidas durante a realização de seu estágio, sendo estas informações de extrema
necessidade a sua futura profissão.
Ao Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG, que continue
proporcionando a seus alunos uma formação sólida e objetiva.
Aos alunos do UnilesteMG, que busquem aprender o máximo possível os conteúdos
repassados durante o seu período de graduação sendo estes de extrema importância em
sua profissão e realização de estágio.
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7. ANEXOS
Os anexos apresentados abaixo se referem ao Sistema de Jateamento e Pintura do Galpão
31 da Usiminas.
O estagiário participou de todo o processo de planejamento e acompanhamento das obras
civis e instalações elétricas, juntamente com a empresa Febratec – Equipamentos para
Jateamento e Pintura. A figura 7 apresenta a Cabine de Jateamento e Pintura.
Figura 7: Cabine de Jateamento e Pintura – Galpão 31
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Figura 8: Montagem do Sistema de Jateamento e Pintura
Figura 9: Luminárias no teto da cabine de Jateamento e Pintura
34
Figura 10: Painéis de alimentação da cabine de jateamento
Figura 11: Painel de alimentação dos motores da cabine de jateamento
35
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Usiminas. Sobre a Usiminas, 2006. Disponível em:
http://www.usiminas.com.br, Acessado em: 08 de Outubro de 2006.
Usiminas. Manual de funcionamento da Cabine de jateamento – FEBRATEC - Ipatinga
Usiminas, 2006. Manual Interno da Empresa.
Integral. Manual de Planejamento de Obras - Ipatinga
Integral, 2003. Manual Interno da Empresa.
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9. AGRADECIMENTOS
A Deus por estar sempre presente em minha vida trazendo-me a calma nos momentos
mais difíceis.
À empresa Integral Engenharia Ltda, pela oportunidade concebida de realização do
estágio.
A todas as pessoas da equipe de planejamento da Integral, com os quais tive contato
ao longo do estágio, que de uma forma ou outra contribuíram para meu crescimento
profissional.
A minha família, por estarem sempre presentes em minha vida me incentivando em
meus afazeres do dia a dia.
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10. DATA E ASSINATURA
Emerson Dias de Freitas
(Estagiário)
Joaquim Fernandes Lima
(Orientador Técnico de Estágio)
Ramon da Cunha Lopes
(Coordenador do Estágio)
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