TalentosHumanos Humanos O está no José Dias e Izabel Cristina “Se ser ridículo é, após 17 anos juntos, continuar apaixonado pela minha mulher, quero mesmo é ser ridículo”. Quem não gostaria de receber uma declaração de amor como esta, principalmente se for considerado que as pessoas se conheceram em FURNAS, e que depois de uma jornada, muitas vezes árdua de trabalho e anos de casamento, ainda encontram fôlego para não deixar a “velha chama” se apagar? São pessoas como Gerson Jorge Nogueira, professor de redação no Prisma e autor da frase acima, que atestam que o amor é invencível e capaz de coisas inimagináveis. G erson revela que conheceu Maria Cristina Papadopoulos de Souza, administradora de banco de dados do Departamento de Apoio ao Usuário (DUS.G) e somente após seis meses de almoços diários, começaram a namorar. “Eu admirava o Gerson porque ele é muito empolgado pela vida, é uma pessoa elétrica e eu também sou assim”, confessa Maria Cristina. Para conquistá-la, Gerson não media esforços e nunca temeu o ridículo. “Certa vez cheguei às seis horas da manhã no Escritório Central e coloquei no jardim, em frente à mesa dela, uma rosa. Ela ficou deslumbrada quando a avistou através da parede de vidro que separava o jardim da sala”, relembra. Pelo visto, o almoço foi o grande aliado de outros casais. Foi em uma dessas confraternizações de final de ano que José Dias Lins, analista de sistemas do Departamento de Desenvolvimento de Sistemas (DDS.G), “no- 22 • maio/junho 2002 • Linha Direta nº 289 tou” Izabel Cristina de Oliveira Lins, técnica de processamento de dados do mesmo departamento. “Eu reparei nela, porque ela chegou atrasada”. Izabel emenda: “... atrasadíssima! Cheguei no final, na hora do cafezinho”. José conta que se aproximou de sua “musa”, quando ela ainda era estagiária e ele responsável pelo treinamento Gerson e desse pessoal. “Ele sempre me elogiava, mas eu Maria Cristina encarava tudo naturalmente porque ele era muito ‘gente boa’. O tempo passava e nada acontecia. Até que um dia ele soube que Izabel iria trabalhar em outra empresa. “Fiquei desesperado e pensei: tem que ser agora”. Surgiu o primeiro convite, com a desculpa de comemorar o novo emprego. Um programa longo para quem sai pela primeira vez. “Fomos ao cinema, jantamos e depois assistimos o show da banda 14 Bis no Parque Laje, no Jardim Botânico (RJ). Foi um programão”, relata Izabel. Mas José conta que não foi dessa vez que engrenaram o namoro: “lá, nós ‘ficamos’. Só começamos a namorar dois meses depois. Ela fez muito doce. Mas após seis meses, estávamos casados”. O almoço foi também importante para o casal Adilson de Jesus Salgado, contador da Assessoria de Relações Sindicais (ARS.G) e S AI SO ES SP VO UI RQ SA TO FO Orley Macedo e Edina Souza sopa na gravata e fiquei sem saber o que fazer. Ela, enAdilson e tão, me fez um sinal para Maria Alice que fôssemos à antiga lanchonete do oitavo andar para, José Antonio e com água quente, limpar a graMaria Cristina vata”. Maria Alice diz que o achava “muito bonitinho, mas muito esnobe”. E que começou a olhar para ele por brincadeira. “Foi um desafio conquistálo”. O primeiro encontro fora de FURNAS só aconteceu após seis meses e o casamento um ano e meio depois. Maria Alice não poupa elogios: “é agradável viver com o Adilson. Ele é muito positivo. Em 20 anos de casamento, foram raras as vezes em que o vi deprimido”. Para Adilson, “o nosso casamento estava escrito nas estrelas”. Se alguém pensa que é preciso tempo para se decidir casar, é porque não conhece José Antonio Paula Motta, Maria Alice Von Seehausen da Paixão chefe do Departamento de EquipamenSalgado, assessora técnica do Departos Eletroeletrônicos (DQE.O) e Maria tamento de Desenvolvimento ProfissioCristina Martins Canedo, secretária da nal (DDP.G). “Ficávamos nos olhando Superintendência de Produção Sul durante o almoço, até que um dia sen(PS.O). “Começamos a namorar em tamos a mesma mesa. Mas o que nos agosto de 99 e casamos em novembro aproximou foi um acidente: derramei daquele ano”, relembra José Antonio. Antes disso, sempre foram grandes amigos e encontraram na música um forte elo. “Participávamos do coral da Empresa e depois formamos uma banda, A Quarto Crescente, com colegas de trabalho”, explicam. Indagados sobre o que viram um no outro, Maria Cristina declara sem hesitar: “o que mais me despertou, foi o grande companheirismo dele. Eu reconheço que isso foi muito importante na minha vida”. Já José Antonio confessa que “sempre gostei muito dela e a queria sempre perto de mim”. Um lugar constantemente reservado no ônibus que levava os funcionários até a Subestação de Adrianópolis. Esse foi o álibi usado por Orley Macedo de Castro, assistente de administração do Departamento de Desenvolvimento de Sistemas (DDS.G), para se aproximar de Edina Souza de Castro, assistente de administração da Superintendência de Engenharia de Manutenção (EM.O). “Eu enchia a poltrona de sacolas e, não satisfeito, comecei a mandar bilhetinhos que ela guarda até hoje”. Como “a pretendida” tinha uma educação muito rígida, o primeiro encontro só aconteceu oito meses depois de iniciada a “paquera”. “Eu a convidei para o aniversário da minha irmã. E como queria impressioná-la, fomos de táxi. Foi aí que tudo começou”. Edina fala que o “Orley era todo ‘mauricinho’. Pegava três ônibus até a minha casa e chegava lá como se tivesse saído do banho, todo arrumadinho, todo cheirosinho”. “Ir para casa da Edina, não era um passeio, era uma tortura”, completa ele. Isso é apenas uma pequena amostra de como o amor está presente na Empresa. E que as pessoas aqui retratadas têm talento suficiente para sentir, independente do tempo, a emoção do primeiro contato, aquela que despertou a paixão que os une até hoje. Linha Direta nº 289 • maio/j unho 2002 • 23