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TROFÉU BENCHMARK 2014 >>> A eleição
José Alberto Diniz
Melhor Estrategista de ativos imobiliários
O
gestor José Diniz, da Rio Bravo,
não tem encontrado facilidade para
navegar no mercado de fundos imobiliários nos últimos meses. Após o tombo de
12,6% do IFIX em 2013, o início de 2014
também não foi fácil para os Fundos de
Investimento Imobiliário (FIIs), que até
meados de fevereiro já acumulavam uma
queda próxima aos 10% no ano. Nesse
momento, o valor das cotas no mercado
secundário, em relação ao valor do laudo
de avaliação, resultava em um deságio
de aproximadamente 30%. “Quando
isso ocorreu, os investidores perceberam
que o movimento foi exagerado, que foi
uma reação excessivamente emocional, e
houve uma reversão da expectativa”, diz
José Diniz, que é diretor da área de fundos
imobiliários da Rio Bravo e foi premiado
com o Trofeu Benchmark como melhor
estrategista da área.
A partir daí, o IFIX entrou em uma rota
ascendente, o que o fez encerrar setembro
com uma alta no ano de 3,5%. Quando
isso ocorreu, a defasagem do preço da
cota no mercado secundário ante o preço
do laudo de avaliação ainda era de 20%.
Entretanto, com a retomada do ciclo de
aperto monetário, o IFIX também voltou
a sofrer, caiu em novembro, e opera no
ano com uma queda entre 1% e 2%. Com
isso, o deságio entre valor de mercado/
laudo de avaliação está ao redor dos 25%.
Essa nova queda do IFIX, entende
Diniz, não foi ocasionada por uma piora
nos fundamentos desse mercado, mas sim
por conta da alta da Selic, e das incertezas
quanto ao rumo da economia em 2015.
Entre os fundos de lajes de corporativas,
a vacância média do mercado está na
casa dos 11%, enquanto entre os fundos
da Rio Bravo fica perto de 1%, uma das
razões pela qual o diretor acredita ter sido
o mais lembrado na votação do Troféu
Benchmark. Antes de entrar na Rio Bravo,
Diniz foi presidente de uma das divisões do
Grupo Camargo Corrêa, e vice-presidente
financeiro da Andrade Gutierrez.
Para 2015, a nomeação da nova equipe
econômica, fala o diretor, pode levar a um
combate mais duro da inflação, e a uma
queda na curva de juros futuros.
negativo do PIB em 0,5%”, aponta Yuki,
contra uma média de 1% positivo do
mercado. Apesar do pessimismo, nada de
catastrófico ou sombrio para o futuro da
economia brasileira. “Estamos passando
por um ciclo de ajustes que é normal
para a maioria das economias mundiais.
Vivemos um ciclo de forte expansão do
crédito, com aumento do consumo. Agora
chegou o momento da desalavancagem”,
explica o economista-chefe. Ele explica
que apesar da projeção negativa, o cenário
não aponta para uma recessão prolongada
para o Brasil como verificado na Europa.
Para 2015, a equipe de economistas
da asset projeta uma inflação de 6,1%,
ainda acima do centro da meta, devido
ao ajuste dos preços administrados, que
foram represados entre 2013 e 2014.
Apenas para 2016, que se pode projetar
uma inflação mais baixa, puxada pela falta
de crescimento econômico. “Somente em
2016 devemos ver uma convergência da
inflação em direção ao centro da meta,
com um Ipca na casa dos 5,3%. Yuki é
economista formado pela Unicamp e
começou sua carreira no Unibanco. Teve
passagens também pelo ABN Amro e
Advis Investimentos.
Raquel Diniz
Eduardo Yuki
Melhor Economista
de asset management
U
m dos pilares do trabalho de Eduardo
Yuki como economista-chefe da BNP
Paribas Asset Management é a independência na análise de cenários. “Privilegiamos a liberdade em nossas análises,
pensar fora da caixinha é algo valorizado
em nosso trabalho”, diz Yuki, que levou
o Troféu Benchmark pelo segundo ano
consecutivo como melhor economista
de asset. Essa linha de trabalho é o que
tem levado o economista e sua equipe,
formada também por Leonardo Mello e
Víctor Alves, a projetar cenários que estão
fora do consenso da média do mercado.
No final de 2013, Yuki já projetava um
cenário mais pessimista que a média do
mercado. E o pessimismo continua acentuado. “Para 2015 continuamos bastante
pessimistas, projetamos um crescimento
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- INVESTIDOR INSTITUCIONAL -
Dez/Jan de 2015
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José Alberto Diniz Eduardo Yuki