Todo aquele que considera os graus sublimes de dignidade e de glória, à qual Deus elevou a augustíssima Virgem Maria, facilmente pode entender qual vantagem traga para a vida pública e privada o desenvolvimento contínuo e a difusão sempre mais ardente do seu culto. Deus escolheu-a desde toda eternidade para se tornar Mãe do Verbo, que se teria encarnado; e por este motivo, entre todas as criaturas mais belas na ordem da natureza, da graça e da glória, ele a distinguiu com tais privilégios que a Igreja, com razão, aplica a ela aquelas palavras: “Eu saí da boca do Altíssimo primogênita entre todas as criaturas” (Eclo 24, 3). O Filho de Deus, por sua vez, tornou a sua santíssima Mãe objeto de evidentes demonstrações de honra. Ele a escolheu como sua cooperadora nos dois primeiros milagres de graça. O primeiro se deu quando na saudação de Maria, a criança exultou no seio de Isabel; o segundo, um milagre na ordem da natureza, se deu quando, nas núpcias de Caná, Cristo transformou a água em vinho. Então , ao aproximar-se o mês de outubro, recomendamos a todos os católicos, com ardor de que somos capazes, de querer alcançar para si e para a Igreja, tão atormentada, a proteção da Virgem, a reza do rosário. Prática esta que , por disposição divina, se afirmou admiravelmente, para dar força à fraqueza dos fiéis; como claramente atestam os templos insignes e santuários célebres dedicados a Mãe de Deus. “As minhas flores se tornam frutos de glória e de riqueza” (Eclo 24, 23 ). Experimentem a eficácia, o poder e a força desta oração, contemplando os mistérios da vida de Cristo, nosso Redentor.