Boletim da A rtilharia ntiaérea × Órgão de informação e divulgação do Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1× A ARTILHARIA ANTIAÉREA nos países da NATO × N.º 6 × II Série × Julho 2006 × Sumário Boletim da Artilharia Antiaérea N.º 6 – II Série – Julho 2006 Propriedade Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1 Director Comandante do RAAA1 Coronel de Artilharia António José Pacheco Dias Coimbra Coordenador Director de Instrução do RAAA1 Tenente-Coronel de Artilharia José Carlos Levy Varela Benrós Redacção e Administração Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1 Largo do Palácio 2745-191 QUELUZ Tel.: 214 343 480 • Fax: 214 343 483 E-mail: [email protected] Homepages: www.exercito.pt • www.raaa1.pt Grafismo e Paginação Good Dog Design – Comunicação e Publicidade E-mail: [email protected] Impressão Security Print Horta de Bacelos, Lt B – Cave 2690-390 SANTA IRIA DE AZÓIA Depósito Legal 169236/01 ISSN 1646-0235 Tiragem 500 exemplares Periodicidade Anual Os artigos da presente publicação exprimem a opinião dos seus autores e não necessariamente o ponto de vista oficial do Regimento de Artilharia Antiaérea e do Estado-Maior do Exército. Editorial Perspectiva Sistemas de Armas SHORAD ADATS AVENGER CHAPARRAL CROTALE NG GEPARD JAVELIN LB-PHALANX LEFLASYS LINEBACKER MISTRAL PZA LOARA RAPIER RBS-70 ROLAND NDV SA-7 GRAIL SA-8 GECKO SA-9 GASKIN SA-13 GOPHER SA-14 GREMLIN SA-15 GAUNTLET SKYGUARD STARSTREAK STINGER ZU-23-2 ZSU-23-4 Tabelas comparativas Sistemas HIMAD ARROW 2 HAWK MEADS NASAMS PATRIOT THAAD Tabela Comparativa Radares SHORAD AN/MPQ-64 SENTINEL CROTALE ERICSSON GIRAFFE AMB GERFAUT HARD 3D PSTAR TRMS 3-D LUR Tabela Comparativa A Artilharia Antiaérea na NATO ALEMANHA BÉLGICA CANADÁ ESPANHA ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA FRANÇA HOLANDA HUNGRIA ITÁLIA POLÓNIA PORTUGAL REINO UNIDO REPÚBLICA CHECA ROMÉNIA Outros Países A Artilharia Antiaérea em Portugal - Perspectivas Notícias da Antiaérea 3 5 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 35 38 40 42 44 46 48 50 51 53 54 55 56 57 58 59 60 61 63 64 64 65 68 70 72 73 76 78 81 85 87 87 89 92 97 Editorial Editorial N este mundo cada vez mais global, as ameaças, embora intermitentes, menos claras e imprevisíveis são mais assustadoras e perigosas, implicando respostas coordenadas, interligadas e preparadas por alargado número de actores internacionais. O RAAA1, neste ano que passou, na continuação do que vinha fazendo do antecedente, contribuiu para a participação nacional no esforço de segurança colectiva mundial, enviando um efectivo de Pelotão para a missão da KFOR no Kosovo, ganhando experiência e prontidão para futuras missões. A escolha do tema central deste Boletim “A Artilharia Antiaérea nos Países da NATO” vem na sequência da preparação, realizada nos últimos tempos, da Artilharia Antiaérea portuguesa para cumprir as suas missões de Defesa do País. A informação nele incluído resulta de um esforço de pesquisa, análise e discussão que foi feito, neste último ano, pelo Regimento, para apoiar a decisão sobre a estruturação da Artilharia Antiaérea e na selecção dos sistemas que a irão equipar, adquiridos através da LPM, considerando que as opções têm que ser enquadradas com o que fazem os nossos aliados, não só porque as soluções devem ser compatíveis e integradas mas também porque o “Benchmarking” é uma atitude inteligente e obrigatória para quem tem escassos recursos. Se no Boletim anterior concentrámos a nossa atenção na definição da ameaça e da missão, neste procuramos perspectivar os meios necessários. O efeito do terrorismo usando aviões comerciais, associado ao emprego de outros vectores aéreos, de que se destacam os mísseis e os UAV’s, por forças desestabilizadoras é uma realidade nos nossos dias que tenderá a agravar-se e que obriga a ter um dissuasor mínimo credível na Defesa do País. O mundo Ocidental, e mais especificamente a Europa, está a tomar medidas para fazer face a estas agressões, ressaltando na Defesa Aérea e particularmente na Antiaérea, o investimento na aquisição de sistemas antimíssil, sistemas de vigilância e de comando e controlo, e na sua aplicação no terreno, quando se justifica a protecção a áreas e pontos sensíveis, criando segurança e não permitindo o potencial ataque por meios aéreos. No âmbito do processo de transformação do Exército o RAAA1 incluiu nas suas propostas a necessidade de ser levantado um pelotão HIMAD (High to Medium Air Defence), na Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral, a adquirir através de um programa conjunto na LPM, como forma de garantir capacidade mínima de resposta, o conhecimento e o comando e controlo nacional, evitando perdas de soberania no caso da necessidade de reforço destes meios por países estrangeiros. Integrado neste processo, o Regimento levantou no ano transacto os respectivos Encargos Operacionais, a Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral, a Bateria de Artilharia Antiaérea da Brigada de Intervenção e o Pelotão de Artilharia Antiaérea da Brigada de Reacção Rápida, definiu as NTEP (Normas Tácticas de Execução Permanente), elaborou os Planos Operacionais, iniciou uma adequada instrução colectiva integrada no planeamento das Brigadas e participou nos seus exercícios, incluindo os da Brigada Mecanizada, estando previstas em LPM as aquisições do novo material para estes encargos em 2010 e 2011. A criação do campo de treinos com o respectivo acesso, nos terrenos adjacentes ao aquartelamento, com uma pista para o sistema míssil ligeiro CHAPARRAL, permitiu realizar exercícios semanais a nível de Pelotão e Bateria, a construção da rampa para este sistema e para viaturas pesadas, facilitou a melhor manutenção dos materiais, a elaboração dos referenciais de curso, permitiu a materialização do conceito de formação em função para Praças no âmbito da Artilharia Antiaérea, a revitalização da instrução de quadros e a implementação de um sistema de instrução colectiva com um plano semestral e horários semanais, garantiram as condições para atingir o nível de prontidão exigido para os Encargos Operacionais. Julho 2006 3 A remodelação das casernas, aumentando as suas condições de arrumação nas arrecadações, permitindo uma maior funcionalidade para equipar o Encargo no caso de alerta, e beneficiando a habitabilidade também não foram esquecidas sempre tendo em mente obter melhores condições para atingir mais operacionalidade. A elaboração de múltiplos estudos e pareceres, de natureza técnica, de propostas no quadro da modernização da Artilharia Antiaérea, em apoio ao Estado-Maior Coordenador, a reflexão sobre questões doutrinárias, a elaboração dos manuais do radar PSTAR, do míssil portátil STINGER e do sistema míssil ligeiro CHAPARRAL foram outras actividades que desenvolvemos neste último ano e que, no futuro, podem estar comprometidas pela perca da valência da estrutura de apoio aos estudos e à instrução, com a definição do novo quadro orgânico do Regimento. Nestes dois últimos anos vencemos vários desafios, através de labor intenso, em que nos superámos e concretizámos os desígnios propostos. O processo de transformação do Exército foi encarado pelo Regimento como uma oportunidade para melhorar os processos, reduzindo o empenhamento de recursos nos serviços de apoio, e centrando toda a actividade do Regimento na componente operacional. Para fazer face à redução de efectivos provocada pela extinção do SEN, remodelámos o sistema de messes, concentrámos as arrecadações de material de guerra e angariámos voluntários através de acções de intervenção em locais de alto potencial de recrutamento, contribuindo com a respectiva Direcção no sentido de completar os efectivos do Encargo Operacional. Na melhoria das condições de vida da Unidade, recuperámos as instalações, nomeadamente os alojamentos das praças e o ginásio, requalificámos os espaços verdes, fizemos a separação e tratamento dos resíduos, montámos a Sala de Troféus e reorganizámos o Museu de Artilharia Antiaérea do Regimento. No âmbito da informatização do RAAA1, implementámos o SIG e concluímos a informatização do RHW, das cargas, dos depósitos e do tratamento da correspondência, simplificando processos. Finalizo exortando todos os militares e civis que comando a que continuem a enfrentar os desafios futuros com generosidade e espirito vencedor, e a dedicar todo o seu esforço e aptidões nas tarefas que permitem atingir os objectivos superiormente definidos, para que continuemos a cumprir a Missão do Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1. 14 de Julho de 2006 O COMANDANTE ANTÓNIO JOSÉ PACHECO DIAS COIMBRA CORONEL DE ARTILHARIA Boletim da Artilharia Antiaérea Perspectiva Perspectiva A o aproximar-se o final de mais um ciclo da minha já longa carreira, cumpre-me efectuar agora uma retrospectiva do que foram estes dois últimos anos no desempenho da função de Adjunto do Comandante do RAAA1. Antes, não quero deixar passar a oportunidade sem aqui deixar expresso o orgulho que sinto por ter sido designado para tão dignificante função e por poder tê-la desempenhado onde praticamente me iniciei na carreira militar – A Artilharia Antiaérea. Não foram fáceis os primeiros tempos desta minha missão. Vindo de um Órgão do Exército, com outro tipo de vivência militar, encontrei aqui um Regimento tipo, estruturado como uma grande Unidade e a funcionar como tal. Passei por um período de adaptação ao serviço e ao pessoal, e foi graças à colaboração deste que, aquilo que ao início se me afigurava espinhoso, se foi tornando fácil. Colocado nesta Unidade num período que coincidiu com uma das mais significativas reestruturações do Exército, senão a mais importante, que foi a extinção do SEN, assisti a uma reorganização interna de serviços protagonizada pelo Comando do Regimento e motivada pelo esvaziamento de pessoal e pela necessidade de rentabilizar os meios humanos e materiais disponíveis, estas medidas levaram a que o bem-estar geral da unidade tivesse sido de alguma forma afectado. Foi aqui, que mais uma vez, numa demonstração de grande profissionalismo os Sargentos do RAAA1, souberam compreender as transformações em curso e, com as suas propostas e voluntarismo, contribuíram para que se encontrassem as melhores soluções para a resolução dos problemas então equacionados. Seguiu-se a Transformação do Exército com vista ao redimensionamento das suas forças, operacionalidade e rapidez de intervenção e com ela novas adaptações internas que levaram à criação de novas Baterias – BAAA/BI e BAAA (A/G) e à extinção da 1ª BAAA. Houve que proceder ao levantamento das novas subunidades dotando-as de quadros e meios materiais capazes de num curto espaço de tempo se adaptarem às novas realidades para a prossecução dos objectivos superiormente determinados. Uma tarefa de que os Sargentos se devem sentir orgulhos do contributo que deram para que tal missão obtivesse sucesso. Em suma, temos sido uma Categoria dinâmica e interventiva, que soube acompanhar os tempos de mudança. Como Adjunto do Comandante do RAAA1 é meu dever afirmar que pode o Regimento contar, sempre, com uma classe de Sargentos activa, disciplinada e motivada na procura de fazer sempre mais e melhor. Muito já foi feito, mas muito há ainda para fazer. 5 A título de despedida exortar-vos para que continuem com uma postura exigente e profissional pois, só assim, darão credibilidade à categoria a que pertencemos – SARGENTOS. 14 de Julho de 2006 ANTÓNIO MANUEL AMARAL DA CRUZ SARGENTO-MOR DE ARTILHARIA Julho 2006 SISTEMAS DE ARMAS SHORAD Os sistemas SHORAD (sistemas de curto alcance e de baixa e muito baixa altitude), são normalmente empregues na protecção antiaérea das unidades de manobra e dos seus órgãos críticos. Com a evolução da ameaça, os sistemas de armas SHORAD devem ter capacidade de detecção e empenhamento contra UAV (emprego de armas fora do alcance da Antiaérea), CM (mísseis cruzeiro), RAM (granadas de Artilharia e de morteiros e foguetes) e vectores aéreos que utilizem tecnologia stealth (furtivo), capacidade de empenhamento fora do alcance visual e capacidade para destruir aeronaves que empreguem técnicas de ataque Standoff. Estes sistemas dividem-se em sistemas canhão, sistemas míssil portátil (MANPAD) e sistemas míssil ligeiro, podendo também existir sistemas que combinem canhão com míssil na mesma plataforma, bem como outras capaciaddes, nomeadamente vigilância e detecção. PESQUISA E TEXTOS Capitão de Artilharia Salvador ADATS DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Air Defence Anti-tank System (ADATS) Suíça/Canadá Oerlikon Aerospace 1992 ARMAMENTO 8 Este sistema, desenvolvido por uma sucursal da empresa suíça Oerlikon estabelecida no Canadá, encontra-se montado sobre uma plataforma M113, que lhe garante a protecção da guarnição e uma grande mobilidade. É capaz de operar sob quaisquer condições de visibilidade e climatéricas. Possui grande capacidade de protecção uma vez que é possível a utilização do sistema tanto para alvos aéreos como terrestres, o que a torna uma arma bastante versátil. Os mísseis ADATS conseguem adquirir qualquer tipo de aeronave, incluindo helicópteros com elevados alcances stand-off a altitudes muito baixas. O guiamento através de um feixe codificado confere-lhe alto grau de resistência a contra medidas electrónicas e a flares. O míssil é capaz de atingir velocidades superiores a 3 mach e tem uma manobrabilidade de 60g. Está equipado com uma espoleta que permite seleccionar entre o modo de detonação por impacto ou por aproximação, e a sua carga explosiva é capaz de perfurar mais de 900 mm de blindagem homogénea. Desde a detecção até ao lançamento do míssil, são necessários apenas 5 segundos, sendo que o seguimento inicia-se logo que o alvo é detectado, usando o radar, o sistema de TV e FLIR para alvos aéreos, e apenas o sistema de TV e FLIR para os alvos terrestres. Usando o sistema de TV e FLIR para guiamento do míssil, é emitido um feixe LASER que segue e ilumina o alvo. Foi anunciado em 2005, um sucessor denominado Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso ADATS Mach 3+ 10 km nd (não determinado) Autoguiamento indirecto por feixe (beam riding) 12,5 Kg carga HE de fragmentação/perfurante Impacto e Aproximação 2,08 m 152 mm 51 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia M-113A2 3 15 800 kg 58 km/h 400 km EQUIPAMENTO Radar de Detecção Incorporado 25 km Alcance Aparelho de Pontaria Optrónico, IV, Feixe LASER PAÍSES NATO QUE EQUIPA Canadá de Multi-Mission Effects Vehicles (MMEV), que integra armas anti-carro na plataforma e combina a possibilidade de adquirir veículos, bem como aeronaves de asa fixa, helicópteros, UAVs e mísseis cruzeiro. Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD AVENGER DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Avenger EUA Boeing Aerospace 1987 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento O sistema míssil ligeiro Avenger é um sistema terrestre de defesa aérea de baixa altitude, todo-otempo, composto por uma torre de defesa aérea, montada num veículo HMMWV (High-Mobility, Multipurpose Wheeled Vehicle). O Avenger integra 8 mísseis Stinger em duas rampas numa torre gyro-estabilizada que possibilita o tiro em movimento, FLIR (Forward Looking Infrared Receiver) que permite adquirir alvos aéreos com linha de sítio, fora do alcance visual do apontador, telémetro LASER (LASER Range Finder), para determinar o alcance ideal para empenhamento e elementos de tiro para a metralhadora pesada, IFF (Identification Friend or Foe) e uma metralhadora 12,7mm montada na torre e operada pelo apontador, para tiro terrestre e antiaéreo VSHORAD (Very Short Range Air Defense). A torre pode ser operada por controlo remoto a uma distância até 50 metros e tem capacidade “slueto-cue” ligado ao Radar Sentinel. Esta potencialidade consiste na capacidade da torre rodar automaticamente para um alvo detectado pelo radar, sem intervenção do apontador, melhorando e aumentando desta forma, e com as possibilidades do FLIR, a precisão, alcance e probabilidade de impacto contra a ameaça aérea. O Avenger, empregando mísseis Stinger do tipo Block I, tem capacidade de empenhamento contra UAVs (Unmanned Aerial Vehicle) e CM (Cruise Missiles) para além da ameaça aérea convencional (aeronaves de asa fixa e helicópteros). O Sistema Avenger é operado no mínimo por uma guarnição de 2 elementos (1 Condutor e 1 Apontador). O Avenger tem capacidade de ser aerotransportado em C-130 e helitransportado por helicóteros do tipo UH60 e CH47 ou similar. Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 8 mísseis Stinger RMP FIM92D ou Block I FIM-92E Mach 2,2 8 Km 3,8 Km Autoguiamento directo passivo (por IV) 3 Kg de carga HE Impacto 4,88 m 0,07 m 3,76 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia 4X4 HMMWV 2 nd 80 Km/h nd EQUIPAMENTO Não Incorporado (Radar SENTINEL) 75 Km Alcance Aparelho de Pontaria Optrónico, IV Radar de Detecção PAÍSES NATO QUE EQUIPA EUA Julho 2006 COMPONENTES DO AVENGER 1. Antena de rádio 2. Rampa de mísseis 3. Cobertura 4. Telémetro laser 5. FLIR 6. Antena do IFF 7. Viatura HMMWV 8. Alojamento da bateria 9. Contentor de munições 10. Alimentador 11. Metralhadora pesada 12. Ar condicionado 13. Motor da torre 9 CHAPARRAL DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano MIM 72-E/M48 Chaparral EUA Lockheed Martin 1963 ARMAMENTO Míssil O Sistema Míssil Ligeiro Chaparral M48A2E1 confere protecção a pontos ou áreas sensíveis (PCs, pontes e áreas de apoio de serviços), contra aeronaves voando nas faixas de baixa e muito baixa altitude. O sistema míssil ligeiro Chaparral M48A2E1, é um sistema de curto alcance, SHORAD, autopropulsado, tem a possibilidade de actuar em ambientes NBQ, de operar em missões anfíbias e ser helitransportado. O Sistema Chaparral M48A2E1 é o resultado de um processo evolutivo desde o inicial M48, com introdução de novos componentes, permitindo assim um aumento de eficácia do sistema. Do inicial M48 surgiram: M48A1 – lntrodução do sistema IFF; M48A2 – introdução do sistema FLIR para visão nocturna, que permite a aquisição de objectivos e o seguimento automático de alvos; M48A2E1 – Introdução do sistema de protecção NBQ (Nuclear Biológico e Químico). Está particularmente adaptado para o apoio de unidades mecanizadas. As capacidades técnicas do Rampas de Lançamento 10 FLIR Torre Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso Mísseis MIM 72-E (4 por lançador) Mach 2,5 5 Km 160 m Autoguiamento directo passivo (por IV) 12,7 kg M250 HE Aproximação 2,9 m 0,12 m 86,2 Kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia Viatura de lagartas M730 A1 4 6 664 Kg 61,16 Km/h 480 Km a 40 Km/h EQUIPAMENTO Aparelho de Pontaria Óptico, IV PAÍSES NATO QUE EQUIPA Portugal sistema conferem-lhe um conjunto de possibilidades tácticas que lhe permitem cumprir a sua missão com um elevado grau de eficácia. Compreende ainda as seguintes possibilidades: empenhamento sobre alvos lentos ou rápidos com elevada eficácia devido a utilização do sistema FLIR; empenhamento sobre mais do que um alvo aéreo simultaneamente em quaisquer condições de visibilidade e de tempo, dentro das possibilidades de aquisição do sistema, devido à utilização do sistema FLIR e de mísseis do tipo “fire and forget” (dispara e esquece); deslocamentos e ocupação rápida de novas posições tácticas num reduzido espaço de tempo, sendo um minuto (teoricamente) o tempo que medeia entre a passagem de deslocamento para empenhamento e actuação em áreas contaminadas devido à protecção NBQ. Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD CROTALE NG DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Outras Versões Crotale New Generation França Thomson CFS – Matra BAe 1990 CROTALE ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta O sistema míssil CROTALE NG, teve a sua génese em 1950, quando em França foi desenvolvido um sistema antiaéreo para a África do Sul sob o nome de “Cactus”, que mais tarde viria a ficar conhecido por CROTALE no seu país de origem. Destina-se a conferir protecção AA a unidades de manobra, pontos fixos e defesa de áreas contra aeronaves de asa fixa e helicópteros, mísseis de cruzeiro e tácticos e ataques de saturação com armas standoff lançadas por plataformas aéreas. A plataforma de lançamento tem capacidade para 8 mísseis e os sistemas associados providenciam informações sobre a situação aérea e sobre os vários tipos de ameaça; possui um sistema IFF e executa a detecção simultânea e automática de alvos. Está equipado com sensores electro-ópticos passivos, radar, ECCM e protecção NBQ. A sua câmara térmica garante o visionamento dos alvos até 19Km de distância e o sistema TV até aos 15Km. Pode ser montado em viaturas blindadas de rodas, de lagartas, ou em shelters, para posições fixas, aerotransportados em aeronaves do tipo C-130. O sistema de guiamento apoia-se no radar e em sensores electro-ópticos, o que permite o seu empenhamento em ambiente de Guerra Electrónica. O míssil está armado com uma secção explosiva de fragmentação, que é activada por aproximação provocando danos letais num raio de 8 metros. O tempo médio de intercepção desde que o míssil é disparado até à destruição do alvo a uma distância de 8km é de 10,3 segundos. O sistema CROTALE NG dispõe de 2 radares; um de vigilância e outro de seguimento. O primeiro tem um alcance máximo de 20Km e altitude de 5Km, com Comprimento Diâmetro Peso VT1 3,5 Mach 11 Km 500 m Autoguiamento indirecto por feixe (radar) 13 Kg de HE de fragmentação Aproximação activada por rádio frequência e Impacto 2,89 m 0,15 m 84 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia XA-180 2 13 500 Kg 100 Km/h – Estrada 10 Km/h – Anfíbio 900 km EQUIPAMENTO Thomson-CSF J-band monopulse radar Vigilância – 20 Km Alcance Seguimento – 30 Km Aparelho de Pontaria Optrónico, IV, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro Radar de Detecção PAÍSES NATO QUE EQUIPA França antena IFF incorporada. O segundo segue alvos até uma distância de 30Km. O CROTALE NG está dotado dos meios necessários à sua integração no esquema global de defesa AA. Operado em modo de coordenação, permite a troca de dados automática entre computadores activos no mesmo sistema e de acordo com a avaliação da ameaça e a posição relativa das armas AA permite a atribuição do alvo à unidade de tiro melhor posicionada. Julho 2006 11 GEPARD DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Flugabwehrkanonenpanzer Gepard Alemanha Krauss-Maffei Wegmann 1988 ARMAMENTO Canhão Alcance Eficaz Cadência de Tiro 2 Oerlikon KDA de 35 mm 3,5 km 550 tpm por tubo VIATURA 12 É um sistema canhão Antiaéreo Auto-propulsado, de fabrico alemão, montado na plataforma blindada do Leopard 1, capaz de operar nos 360º. É usado na NATO para proteger pontos sensíveis, unidades de combate e de manobra. A sua plataforma permite-lhe acompanhar as forças mecanizadas ao mesmo tempo que a sua blindagem lhe garante protecção contra ataques terrestres A unidade de tiro está ligado a um sistema de controlo de tiro, capaz de operar sob quaisquer condições atmosféricas. O Gepard foi recentemente melhorado para operar integrado com os sistemas C3I, aumentando a sua capacidade de detecção e aquisição o que lhe permite efectuar um empenhamento mais cedo sobre o alvo. A viatura consegue transportar para cada tubo 320 munições para defesa aérea e 20 para tiro terrestre e tem uma autonomia de 550 km. Usa normalmente munições explosivas ou perfurantes. Tem uma cadência máxima de 550 tiros por minuto, mas opera em condições normais com rajadas de 20 a 2 Canhões de 35 mm 40 munições. Está a ser desenvolvido um sistema míssil para o Gepard que compreende rampas de lançamento Stinger, montados ao lado dos dois tubos. Está equipado ainda com dois radares, um de aquisição e outro de seguimento, ambos com alcances de 15 km. Possui um sistema auxiliar de energia equipado com um gerador Daimler Benz OM 314 de 88 CV a diesel, capaz de produzir 3x200/115V a 380 Hz. Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia Leopard 1 3 47 300 kg 65 km/h 550 km EQUIPAMENTO Radar de Detecção DISI - SBand 15 km Alcance Aparelho de Pontaria Telémetro LASER, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro (10 Kg) PAÍSES NATO QUE EQUIPA Alemanha, Holanda, Roménia Boletim da Artilharia Antiaérea Radar DISI Leopard 1 SISTEMAS DE ARMAS SHORAD JAVELIN DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Javelin Reino Unido Thales Air Defence 1989 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento É um sistema míssil portátil (MANPAD), utilizado na protecção antiaérea, contra ameaças de aeronaves voando a baixa e muito baixa altitude. Foi usado no Golfo Pérsico em 1990, em navios da Marinha Canadiana, para complementar o sistema canhão Phalanx/CIWS. Este sistema pode também ser montado numa plataforma de lançamento denominada Lightweight Multiple Launcher – LML, que suporta três canisters, e pode ser montada no terreno ou em viatura. Este suporte, facilita a aquisição e o seguimento das aeronaves, pois liberta o operador do peso exercido sobre o seu ombro da versão MANPAD. Mesmo sendo portátil, o suporte LML devido ao seu peso, dificulta a mobilidade da secção e tornase pouco viável o seu transporte para grandes distâncias. O Javelin, surge da evolução do sistema Blowpipe, que com uma aparência ainda muito semelhante, apresenta-se agora mais compacto e sofreu melhoramentos ao nível da aquisição e do alcance. O operador dispõe de uma mira óptica com uma ampliação de 6x, e de uma câmara de TV de longo alcance para localizar o alvo. Apesar do sistema depender das condições atmosféricas para obter o seu máximo rendimento, o sistema de teleguiamento directo semi-automático, torna-o teoricamente invulnerável aos flares das aeronaves. Pode ser montado em viaturas do tipo M113 ou 6x6 Grizzly, ou ser montado no suporte LML. Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso Mach 1,7 4,5 km 1 km Teleguiamento directo semi-automático 3 kg HE Aproximação e Impacto 1,40 m 0,76 m 11,1 kg EQUIPAMENTO Aparelho de Pontaria Optrónico PAÍSES NATO QUE EQUIPA Canadá , Reino Unido Julho 2006 13 LAND BASED PHALANX WEAPON SYSTEM DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Land Based Phalanx Weapon System EUA General Dynamics 2005 ARMAMENTO Canhão Alcance Eficaz Cadência de Tiro M-61A1 Gatling 20mm 1,6 km 3000 tpm Último modelo 4.500 t.p.m. EQUIPAMENTO Radar de Detecção Phalanx Aparelhos de Pontaria Radar de Perseguição e Conduta de Tiro PAÍSES NATO QUE EQUIPA EUA 14 Em Julho de 2005 foi apresentado ao exército do EUA, o Land Based Phalanx Weapon System. Este sistema tem como principal missão a defesa contra ataques de Rockets, Granadas de Artilharia e Morteiros (RAM). Tem por base o canhão MK-15 PHALANX, utilizado na protecção antiaérea de diversos navios de guerra. O MK-15 Phalanx é um sistema de reacção rápida, com uma arma de tiro rápido de 20mm, para defesa de curto alcance contra aviões ou mísseis. A arma é capaz de disparar mais de 3000 munições por minuto. Estas munições são feitas de urânio, empobrecido, com elevada dureza. Inicialmente o radar era designado por MK-90, mas com o tempo foi evoluindo, sendo actualmente apenas designado por radar Phalanx e consiste em 2 ecrãs que traçam a trajectória do míssil e também dos próprios projecteis. Cada arma consiste em 3 partes principais: o radar de seguimento (o qual se encontra debaixo da cobertura branca vista na imagem), a arma e o carregador (que se encontra posicionado por baixo da arma). A arma possui 6 canos montados em circulo, para poderem executar um movimento rotativo ao efectuar o tiro, facilitando o arrefecimento e permitindo atingir elevadas cadências de tiro (4500 tpm). A versão mais básica do radar MK-15 apresentava alguns problemas de corrosão que foram resolvidos, dando origem à versão MK-15 Mod.1, equipada com abrigos estanques. A versão actual Block 1 aumentou a capacidade do carregador e melhorou o equipamento radar. Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD LEFLASYS DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano LeFlaSys Alemanha Rheinmetall Defence Electronics 2001 ARMAMENTO O LeFlaSys é um sistema ligeiro e mecanizado desenvolvido na Alemanha por uma empresa denominada Rheinmetall Defence Electronics. A versão que é exportada deste sistema entitula-se por ASRAD (Atlas Short Range Air Defence System) e assenta numa plataforma terrestre que o transporta do tipo Wiesel 2. Um pelotão deve estar equipado com um posto de comando do sistema LeFlaSys (que incorpora um radar do tipo Ericsson HARD 3-D) e por 5 a 8 plataformas Ozelot (Unidades de tiro). É esperado que este sistema responda às necessidades do exército alemão no que concerne à sua defesa a baixa e muito baixa altitude. Uma produção de 50 plataformas equipadas e 10 viaturas de postos de comando iniciou-se no ano de 2000. Os alemães receberam assim o seu primeiro pelotão LeFlaSys em Junho de 2001, tendo sido este processo completado no final de 2004. O exército grego encomendou 54 sistemas ASRAD armados com mísseis Stinger em Outubro de 2000. Contudo, a primeira unidade foi entregue em Outubro de 2004 e prevê-se que as entregas sejam efectuadas até ao final do corrente ano. Este sistema está a ser aplicado em viaturas do tipo HMMWV modificadas na Grécia. A plataforma Ozelot é aplicada em viaturas blindadas de lagartas Wiesel 2, compreende 4 mísseis Stinger TerraAr mas também pode ser armada com mísseis do tipo Igla, Mistral ou RBS 70. Esta plataforma pode ser helitransportada por helicópteros do tipo CH-53. O radar HARD 3D tem um alcance de 20 km e permite o processamento de dados em tempo real, estando ligado às plataformas Ozelot. No que concerne ao seguimento dos alvos, estas plataformas estão equipadas com o sistema FLIR. O posto de comando de pelotão integra toda a informação proveniente das 5 a 8 plataformas num raio de 20 km. Os dados referentes ao alvo são assim enviados por este via ligação rádio com as Unidades de Tiro. A análise da ameaça bem como a identificação IFF é da responsabilidade do posto de comando. O posto de comando também assenta numa viatura do tipo Wiesel 2 modificada. Esta compreende monitores para controlo do radar e rádios para transmissão de dados e voz. Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso Stinger Block I FIM-92E Mach 2,2 8 km 80 m Autoguiamento directo passivo (por IV) 3Kg HE Impacto 4,88 m 0,07 m 3,76 Kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia Wiesel 2, Ozelot, Panhard, M113, Unimog 5000, HMMWV 2 4000 kg 80 Km/h 730 Km EQUIPAMENTO Não Incorporado (HARD 3-D) 20 km Alcance Aparelho de Pontaria Optrónico, IV Radar PAÍSES NATO QUE EQUIPA Alemanha, Grécia Julho 2006 15 LINEBACKER DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Linebacker EUA Boeing Aerospace 1997 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento 16 O sistema de defesa AA LINEBACKER resultou de um contrato entre o Governo dos EUA e a BOEING no sentido de dotar a viatura de lagartas BRADLEY com o sistema de lançamento de mísseis STINGER de forma a proporcionar defesa AA de curto alcance (SHORAD). Ao contrário do Bradley padrão, o LINEBACKER substitui o sistema externo de lançamento do míssil anticarro TOW, por um lançador com capacidade para 4 mísseis Stinger prontos para serem disparados. Tem a capacidade de se empenhar sobre aeronaves de asa fixa, helicópteros, UAVs e CM. Tem a possibilidade de executar tiro em movimento, terrestre e AA. O sistema de sensores do Linebacker inclui uma câmara óptica de TV e um sistema de infra vermelhos. O veículo integra-se no sistema FAADC2I através da rede de combate por dados. A transmissão de dados é providenciada autonomamente através do sistema de EPLRS (Enhanced Position Location Reporting System). A torre Linebacker transporta no seu lançador 4 mísseis Raytheon STINGER da versão RMP FIM-92D ou Block I FIM-92E mais seis no compartimento de carga. O radar que transmite informação de alvos ao sistema LINEBACKER é o AN/MPQ-64 SENTINEL produzido pela Hughes Aircraft. Detecta alvos num raio de 360º até um alcance máximo de 75km e altitude de 4km transmitindo os dados necessários aos lançadores e sistema de C2 via data link. Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso Stinger Block I FIM-92E Mach 2,2 8 km 80 m Autoguiamento directo passivo (por IV) 3Kg HE Impacto 4,88 m 0,07 m 3,76 Kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia Viatura de lagartas M2A2 Bradley 5 29 900 Kg 60 Km/h – Estrada 6,5 Km/h – Água 400 Km EQUIPAMENTO Não Incorporado (Radar SENTINEL) 75 Km Alcance Aparelho de Pontaria Optrónico, IV Radar Vigilância PAÍSES NATO QUE EQUIPA EUA Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD MISTRAL DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Mistral França MBDA (Matra) 1990 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento O mistral é um míssil SHORAD, operando num pedestal do tipo “fire-and-forget” que começou a ser produzido em 1989, pela Matra em França (hoje parte da MBDA), e é actualmente usado por diversos países. O Mistral usa como sistema de guiamento um sensor de infravermelho, com capacidade all-aspect (pode adquirir alvos vindos de qualquer quadrante), está equipado com dois motores de combustível só- Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso Mistral Mach 2,5 5 km 600 m Autoguiamento directo passivo (por IV) 3 Kg carga HE Aproximação 1.98 m 90 mm 19 kg PAÍSES NATO QUE EQUIPA Bélgica, Espanha, França, Hungria lido e tem uma secção explosiva com 3 kg de HE carregado com esferas de tungsténio, conseguindo obter uma taxa de sucesso de 92% usado sob condições favoráveis. O Mistral existe actualmente em múltiplas formas, que incluem lançadores montados em viaturas terrestres (tipo Panhard, HMMWV e Wiesel 2), helicópteros e lançadores navais múltiplos (até seis mísseis). O sistema é transportado por duas pessoas, em que uma transporta o míssil e a outra o pedestal e a unidade de pontaria. O tempo de entrada em posição é de 60 segundos. O míssil é disparado quando o apontador vê uma luz de confirmação acesa que confirma que o sensor de infravermelhos está fixo no alvo. O míssil atinge uma velocidade de 2,5 Mach e tem um alcance máximo de 5km, que atinge em 9 segundos. Julho 2006 17 PZA LOARA DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano PZA LOARA (Przeciwlotniczy Zestaw Artyleryjski) Polónia Indústria de armamento da Polónia 1990 ARMAMENTO Canhão Alcance Eficaz Cadência de Tiro O PZA LOARA é um sistema canhão auto-propulsado, de fabrico polaco, montado na plataforma blindada do PT-91 “Twardy”, capaz de operar nos 360º. Tem acoplada uma torre com dois canhões Oerlikon KDA 35 mm ligados a um sistema de controlo de tiro. Este sistema tem a possibilidade de se empenhar contra alvos aéreos e terrestres, é uma unidade de tiro autónoma que pode actuar de forma independente ou integrar-se de forma perfeita num sistema de defesa aérea. O sistema integra um radar de perseguição e conduta de tiro e um radar de vigilância 3D. O radar de vigilância tem um alcance de 26Km e é capaz de acompanhar 64 alvos ao mesmo tempo. Este radar pode ser operado mesmo com a viatura em movimento, sendo a sua actualização de informação de 1seg. O Sistema incorpora ainda um telémetro LASER, uma câmara TV e um FLIR, o que lhe confere a capacidade de operação em “todo-o-tempo” de dia ou de noite, bem como, a possibilidade de continuar a operar num ambiente de GE intensa. O sistema tem 2 Oerlikon KDA de 35 mm 3,5 km 550 tpm por tubo VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia PT-91 “Twardy” 4 nd nd nd EQUIPAMENTO Radar de Detecção 3D 26 km Alcance Aparelho de Pontaria FLIR, TV, PRF, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro PAÍSES NATO QUE EQUIPA Polónia um tempo de reacção de cerca de 10 segundos. O PZA LOARA, pode empenhar-se contra aeronaves de asa fixa e helicópteros, voando desde as baixas altitudes até aos 3000 metros de altitude, com uma velocidade até aos 500 m/s. 18 Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD RAPIER FSC DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano RAPIER FSC Reino Unido MBDA 1996 ARMAMENTO O RAPIER é um sistema Britânico que apareceu em meados dos anos 80, desenvolvido durante a guerra das Falklands, onde demonstrou uma precisão surpreendente. Em 1992, pela MBDA, começou a ser desenvolvido o sistema RAPIER FSC, que entrou ao serviço das FA do Reino Unido em 1996. Este sistema, tem uma versão de exportação denominada JERNAS que equipa as FA de Oman, Singapura, Suiça, Turquia, Austrália e Malásia. É um sistema móvel, para baixas altitudes, contra UAVs, mísseis cruzeiro, aeronaves de asa fixa e helicópteros, com capacidade para actuar todo-o-tempo mesmo nas condições mais adversas. O sistema é transportado por uma viatura 4x4, num atrelado com uma torre dotada de 8 mísseis prontos a serem empenhados. O míssil utiliza dois motores de combustível sólido, que permitem atingir velocidades na ordem dos Mach 3,5. Inicialmente o míssil era guiado por meios ópticos, mas recentes alterações, eliminaram esta limitação, permitindo o empenhamento em quaisquer condições atmosféricas, através do radar de guiamento “Blindfire”, combinado pelo radar de vigilância Dagger. Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso RAPIER MK II Mach 3,5+ 10 km 1,5 km Teleguiamento indirecto por feixe (Radar) HE – 0,5kg Aproximação (por LASER) e Impacto 2,24 m 133 mm 42 kg EQUIPAMENTO Radar de Detecção Dagger 15 km Alcance Aparelho de Pontaria Optico, Radar Perseguição e Conduta de Tiro PAÍSES NATO QUE EQUIPA Reino Unido, Turquia Com este último radar, o operador pode detectar de forma mais eficaz a ameaça aérea e proceder ao lançamento do míssil para se empenhar sobre a mesma, de forma manual ou totalmente automática. O míssil possui uma secção explosiva ligada a uma espoleta de aproximação, de funcionamento por LASER. 19 Julho 2006 RBS-70 DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Robot System 70 Suécia SAAB Bofors Dinamics 1977 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Este é um dos sistemas de defesa aérea mais conhecidos da Bofors e está ao serviço em 13 países. É utilizado na protecção das forças terrestres, das bases aéreas e dos navios de guerra. O RBS-70 é um sistema de curto alcance, portátil, guiado por LASER. Espoleta Comprimento Diâmetro Peso MK 1 Mach 1,6 7 km 1 km Autoguiamento indirecto por feixe (beam riding) HE de fragmentação/ perfurante Impacto e Aproximação 1,34 m 0,11 m 26,5 kg EQUIPAMENTO Radar de Detecção Ericsson PS-70R PAÍSES NATO QUE EQUIPA Noruega, Suécia 20 O RBS-70 tem sido permanentemente desenvolvido de forma a dar resposta às ameaças que têm vindo a surgir, recorrendo à última tecnologia disponível. O RBS-70 na sua configuração básica é constituído por um tripé, aparelho de pontaria e míssil. Na sua vertente mais completa pode também estar ligado a um radar. O RBS-70 foi inicialmente desenvolvido para as Forças Armadas Suecas que tinham como requisitos: • Longo alcance de intercepção • Grande precisão • Imune à guerra electrónica Para aumentar a letalidade o míssil está equipado com uma espoleta de aproximação por LASER com raio de acção de 3,3 metros. Esta espoleta pode ser desactivada antes do lançamento, se for necessário, para se empenhar contra helicópteros que estejam a coberto do terreno ou vegetação. Este sistema foi desenvolvido de forma a poder ser instalado em viaturas de rodas ou lagartas para aumentar a sua eficiência. Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD ROLAND NDV DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Versões anteriores Ano Roland NDV França MBDA Roland I , Roland II, Roland III 1977 ARMAMENTO O sistema míssil ROLAND é produzido pela MBDA e resultou de uma parceria franco-germânica entre as empresas Matra e Daimler-Chrysler. A versão Roland I entrou ao serviço do exército francês em 1977. Mais tarde veio a sofrer melhoramentos, primeiro em 1981 (Roland II) depois em 1988 (Roland III). Em 2005 entrou em produção a mais recente versão, o Roland NDV. Este sistema equipa os exércitos da França, Alemanha, Argentina, Brasil, Nigéria, Qatar, Espanha e Venezuela. Até à data foram produzidos 650 sistemas e mais de 25000 mísseis. A plataforma de lançamento possui uma torre com capacidade para 2 mísseis mais 8 prontos no sistema de carregamento. Este carregamento é efectuado em 6 segundos. O sistema pode ser montado em duas configurações: assente em viatura (AMX-30), ou instalado num shelter (aerotransportável em C-130) para ser empregue em posições permanentes. Este sistema utiliza os mísseis Roland II, Roland III e o mais recente VT1 de hipervelocidade. A versão 2 permite um alcance de 6,3Km enquanto que a versão 3 alcança os 8Km. Ambos utilizam a espoleta de aproximação ou impacto. A versão VT1 garante 11Km de alcance e 6Km de altitude com uma velocidade de 1250m/s e utiliza uma espoleta de aproximação activada por rádio frequência. Este sistema integra um radar 3D com alcance máximo de 25Km e altitude máxima de 9km. A última versão do sistema ROLAND está equipada com um sistema de comando e controlo constituído por três unidades multi-função, um computador de guiamento e um computador dedicado à coordenação. Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso VT1 Mach 3,7 11 km 500m Teleguiamento directo semiautomático ou automático 13 kg HE / Fragmentação Aproximação e Impacto 2,4 m 160 mm 75 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia AMX-30 2 8300 Kg 80Km/h nd EQUIPAMENTO Radar de Detecção 3D X-Band 25 km Alcance Aparelho de Pontaria Óptrónico, IV, LASER, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro PAÍSES NATO QUE EQUIPA Alemanha, Espanha, EUA e França Julho 2006 21 SA-7 GRAIL DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor O SA-7 GRAIL é um sistema míssil portátil SHORAD, disparado ao ombro, de origem Russa. É provavelmente o sistema de armas de defesa antiaérea mais difundido em todo o mundo, tendo já sido, por diversas vezes, utilizado por terroristas. Estima-se que foram fabricadas cerca de 50000 armas. Entrando no activo em 1968, é provavelmente uma cópia do sistema Americano Redeye, embora com consideráveis melhoramentos, ZUR 9M32 SA-7a Grail Mod 0 PZRK Strela 2 Ano SA-7 Grail (9K32 “Strela-2”) Rússia Indústria de Armamento da Ex-URSS 1968 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 9K32 “Strela-2” Mach 1,7 5,5 km 500 m Autoguiamento directo passivo (por IV) 1,15 Kg carga HE Impacto 1,47 m 70 mm 4,71 kg PAÍSES NATO QUE EQUIPA SA-7b Grail Mod 1 22 PZRK Strela 2M Bulgária, Eslováquia, Letónia, Polónia, República Checa e Roménia nomeadamente no manuseamento. O apontador, ao avistar o alvo, apenas tem de colocar a arma ao ombro e disparar accionando o gatilho. Possui dois motores: um de lançamento (actuando durante os primeiros 0,5 seg) e um motor cruzeiro (que actua por mais 2 seg). Após os disparo, a arma pode ser carregada até 5 vezes. Possui uma cabeça de guerra HE e um sistema passivo de guiamento por IV. O SA-7 foi o primeiro da geração de mísseis portáteis antiaéreos Soviéticos. Do tipo “fire and forget”, o SA-7 possui um filtro que reduz a eficácia do uso de “flares” por parte das aeronaves. Nos 15 seg. após o lançamento, o míssil autodestrói-se. O sistema é composto por um míssil, uma bateria térmica e por um sistema IFF. Embora sendo muito eficaz, apresenta como limitações o seu limitado alcance e velocidade. O SA-7 continua a ter um bom desempenho, quando empenhado sobre alvos que se desloquem com velocidades até aos 400m/s e a altitudes compreendidas entre os 10 e 3500 metros. Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD SA-8 GECKO DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano SA-8 Gecko (9K33 “Osa”) Rússia Indústria de Armamento da Ex-URSS 1980 ARMAMENTO De origem Soviética, o SA-8 GECKO é um sistema míssil antiaéreo a combustível sólido, todo-o-tempo, assente numa viatura (6x6 BAZ-5937) do tipo TELAR (all-in-one), equipada com um radar de aquisição e outro de vigilância. Dispõe de 6 mísseis prontos a serem lançados, três de cada lado. O carregamento dos mísseis é feito de forma automática, através de uma viatura de transporte e carregamento própria, que coloca nas rampas de lançamento paletes de três mísseis. O carregamento demora cerca de cinco minutos. Existem duas versões do míssil, a 9M33M2 e a 9M33M3. A primeira tem um alcance eficaz de 10km, uma secção explosiva de 19kg HE, e pesa 126kg, a segunda tem um alcance de 15km, uma secção explosiva de 40kg HE e peso de 170 kg. O sistema permite o lançamento de dois mísseis em simultâneo. O tempo de reacção (desde a detecção até ao abate) é de cerca de 26 segundos. A probabilidade de abate, situa-se entre os 55 e os 85%, dependendo do tipo de alvo. Este sistema tem elevada eficácia quando empenhado contra helicópteros. O radar de vigilância associado ao sistema possui uma unidade acoplada de IFF. A viatura anfíbia tem protecção NBQ e está equipada com um sistema de Visão Nocturna para o condutor e chefe de viatura. O sistema pode ser aerotransportado. Radar de Perseguição Rampas de Lançamento e Conduta de Tiro Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 9M33M2, 9M33M3 Mach 3 10 km, 15km 2 km Autoguiado indirecto por feixe (beam riding) 19 Kg, 340 kg carga HE Aproximação e Impacto 3,158 m 209,6 mm 126kg, 170 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia BAZ-5937 3 9 000 kg 80 km/h 500 km EQUIPAMENTO Radar de Detecção Incorporado 25 km Alcance Aparelho de Pontaria Óptico, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro PAÍSES NATO QUE EQUIPA Grécia, Polónia, Roménia Radar de Detecção Julho 2006 23 SA-9 GASKIN DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano SA-9 Gaskin (9K31) Rússia Indústria de Armamento da Ex-URSS 1980 ARMAMENTO 24 O SA-9 GASKIN é um sistema míssil ligeiro de origem soviética, montado sobre uma viatura do tipo BRDM-2. Transporta quatro rampas de lançamento. Os mísseis são disparados aos pares para cada alvo, com um intervalo entre disparos de 5seg, aumentando a probabilidade de abate. O carregamento é feito manualmente e demora cerca de 5 minutos. Em cada bateria (uma bateria é constituída por 4 unidades SA-9) existe um radar passivo de detecção, FLAT BOX, que executa vigilância a 360°. O sistema possui melhoramentos em relação às versões antecedentes, nomeadamente na aquisição e seguimento, conferindo uma maior sensibilidade às fontes de calor. O míssil de 30 kg, possui um secção explosiva HE, com um raio letal de 5 metros. Quando empregue de frente para o alvo, vê o seu alcance consideravelmente reduzido. Quando empenhado com o alvo em afastamento o seu alcance aumenta consideravelmente, podendo chegar aos 11000 metros. A altitude máxima do míssil é de 3,500 km e pode abater aeronaves a uma altitude mínima de 30m. O sistema possui uma probabilidade de abate entre os 50 e os 85%. Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 9M31,9M31M Mach 1,8+ 4,2 km, 8 km 800 m, 560 m Autoguiamento directo passivo (por IV) 16 Kg carga HE Aproximação e Impacto 1,803 m 120 mm 32 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia BRDM-2 3 7 000 kg 100 km/h 750 km EQUIPAMENTO Radar de Detecção FLAT BOX Aparelho de Pontaria Óptico PAÍSES NATO QUE EQUIPA Polónia BAZ-5937 Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD SA-13 GOPHER DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano SA-13 GOPHER (ZRK-BD 9K35 “Strela-10”) Rússia Indústria de Armamento da Ex-URSS 1970 ARMAMENTO O SA-13 GOPHER é um sistema antiaéreo de origem Soviética. O SA-13 foi projectado de forma a defender as forças em 1º escalão, contra aeronaves de asa fixa, helicópteros, mísseis cruzeiro de precisão e UAVs, que se desloquem em altitudes compreendidas entre os 800 e os 5000 metros. O guiamento do SA-13 é feito por detector de IV, arrefecido por criogéneo, ou por meios ópticos, através de um contraste de imagens de TV. O modo óptico permite um alcance entre os 2000 e os 8000 metros, enquanto que no modo de IV o alcance varia entre os 2300 e os 5300 metros. O míssil pode atingir uma altitude máxima de 3500 m, podendo abater aeronaves a uma altitude mínima de 600 m. A sua espoleta pode funcionar por impacto ou por aproximação. A sua secção explosiva, tem um raio eficaz de 4 metros. O sistema SA-13 tem duas versões: TELAR-1 e TELAR-2. A TELAR-1 dispõe de 4 mísseis prontos a serem empenhados e transporta mais 8 mísseis. Possui ainda um radar de detecção FLAT BOX B (diversos painéis em redor da viatura). A TELAR-2 difere da TELAR-1 no radar que a equipa que neste caso é o radar HAT BOX (uma antena Oval). O peso total do sistema é de 12 toneladas. Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 9M35 Mach 2+ 5 km 600 m Autoguiado indirecto por feixe (radar) 5 Kg carga HE Aproximação e Impacto 2,2 m 120 mm 42 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia MT-LB 3 12000 kg 60 km/h 500 km EQUIPAMENTO FLAT BOX B / HAT BOX (passivo) Aparelho de Pontaria Optronicos, IV, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro Radar de Detecção PAÍSES NATO QUE EQUIPA Eslováquia Julho 2006 25 SA-14 GREMLIN DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano SA-14 Gremlin (9K36) Rússia Indústria de Armamento da Ex-URSS 1978 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento O SA-14 GREMLIN, originário da Rússia, é um sistema míssil portátil, sucessor do SA-7. O SA-14 apresenta inúmeras semelhanças ao SA-7. Produzido desde 1978, as diferenças mais significativas, residem num novo sistema de aquisição e num novo sistema de arrefecimento térmico da cabeça do míssil para melhor captar as fontes de calor. Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 9M36-1 Mach 1,8 6 km 600 m Autoguiamento directo passivo (por IV) 1 Kg carga HE Impacto 1,40 m 75 mm 10,3 kg PAÍSES NATO QUE EQUIPA Hungria O novo SA-14 permite o empenhamento com eficácia contra alvos que mudem subitamente de trajectória e é muito resistente a contra medidas como a utilização de “flares”. O peso dos seus sistemas electrónicos foi significativamente reduzido, permitindo o aumento da massa da secção explosiva e o emprego de um novo combustível sólido. Estas alterações melhoraram o seu desempenho aerodinâmico, aumentando o alcance. O míssil pode abater aeronaves a uma altitude máxima de 6000 metros, e a uma altitude mínima de 50 metros. Possui dois motores (o primeiro de lançamento e o segundo de cruzeiro), utilizando combustível sólido. Possui também um sistema IFF acoplado. Junta de Freguesia de Massamá SISTEMAS DE ARMAS SHORAD SA-15 GAUNTLET DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano SA-15 Gauntlet (3K95 “Tor”) Rússia Indústria de Armamento da Ex-URSS 1990 ARMAMENTO O SA-15 GAUNTLET é um sistema antiaéreo capaz não só de se empenhar sobre aeronaves e helicópteros, mas também sobre UAVs, CM e munições inteligentes. Com um único veículo consegue-se um sistema com capacidades de vigilância, comando e controlo e direcção do tiro. A viatura do sistema, TLAR, transporta oito mísseis prontos a serem empenhados. O sistema tem a capacidade de se empenhar e seguir dois alvos automaticamente, a uma velocidade na ordem dos 700 km/h, e destruí-los em simultâneo, em quaisquer condições atmosféricas ou de visibilidade. O radar 3D de vigilância, fornece distância, azimute e altitude, de mais de 48 alvos para o processamento automático do computador de tiro. Tem um alcance de 20000 metros. Os alvos são priorizados para facilitar a decisão. O operador apenas confirma o grau de prioridade do alvo para o empenhamento. O sistema possui também ECCM. Todo o sistema possui protecção NBQ e pode ser aerotransportado. Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 3K330, 3K331 Mach 2,5 12 km 2 km, 1,5 km Teleguiamento directo automático 15 Kg carga HE Aproximação e Impacto 2,9 m 235 mm 167 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia GM-355 3 5100 kg 65 km/h 500 km EQUIPAMENTO Radar de Detecção Dog Ear 25 km Alcance Aparelho de Pontaria Radar de Perseguição e Conduta de Tiro “Scrum Half” PAÍSES NATO QUE EQUIPA Grécia Radar Scrum Half 27 Radar Dog Ear Julho 2006 SKYGUARD/ASPIDE DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano SKYGUARD/ASPIDE Itália OERLIKON Contraves 1980 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento 28 O míssil Aspide foi desenvolvido em Itália e destina-se ao combate Ar – Ar e Terra – Ar. Este míssil, é assim disparado a partir de plataformas navais, terrestres e aéreas. Inicialmente, o Aspide era usado a partir de plataformas aéreas. Foi a partir deste míssil que a China desenvolveu o seu PL-11. Mais tarde e com a ajuda dos EUA este míssil foi desenvolvido para actuar a partir de plataformas terrestres ou navais. No caso da plataforma terrestre, esta intitula-se Skyguard. Desde os anos 80, o míssil ASPIDE tem registado uma série de sucessos ao longo de vários testes. A maioria dos testes têm sido realizados em diferentes condições pelos clientes/utilizadores durante os lançamentos de treino. Têm sido utilizados vários tipos de alvos, muito versáteis que empregam manobras evasivas e voo a baixa altitude (sea-skimming). O ASPIDE 2000 (o mais actual) é a versão aperfeiçoada do míssil ASPIDE. Este míssil tem um índice de sucesso superior a 92%, obtidos em mais de 40 lançamentos ressaltadas. Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso ASPIDE, ASPIDE 2000 Mach 2 10 km 750 m Autoguiamento directo semi-activo 35 kg HE / Fragmentação Aproximação e Impacto 3,69 m 0,20 m 241 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia M-113A2 3 15 800 kg 58 km/h 400 km EQUIPAMENTO Aparelho de Pontaria Radar de Perseguição e Conduta de Tiro PAÍSES NATO QUE EQUIPA Espanha, Itália Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD STARSTREAK DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano Starstreak High Velocity Missile (HVM) Reino Unido Thales Air Defence 1997 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento O Starstreak High Velocity Missile, surge como uma evolução dos mísseis Blowpipe e Javelin. Pode ser montado num pedestal para ser operado no terreno ou em viaturas ligeiras ou de lagartas. Podemos encontrar três versões deste sistema: autopropulsado, lightweight e com pedestal terrestre. Na primeira versão, o equipamento consta de oito mísseis prontos a disparar e de doze na posição de transporte, sendo que a segunda, lightweight, permite ser montada em veículos ligeiros e tem um sistema com apenas três canisters de mísseis acoplados com a possibilidade de empenhamento sobre três alvos com rapidez, sem necessidade de recarregamento. Na versão para pedestal terrestre, usa um contentor de cada vez, e permite entrar em posição em poucos segundos, onde é necessário apenas acoplar um equipamento para o nivelamento da arma e da mira óptica, na base de lançamento. Possui uma mira óptica panorâmica e uma mira térmica. O sistema possui um dispositivo passivo de aquisição, que faz a pesquisa e seguimento de infravermelhos na largura de banda entre 8 e 14 micron, capaz de se empenhar contra aeronaves lentas ou rápidas e helicópteros de ultima geração. Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 8 mísseis Starstreak Mach 3,5 7 km nd 1ª Fase – Autoguiamento indirecto por feixe (beam riding) 2ª Fase – Autoguiamento directo activo (LASER) 3 submunições HE Impacto 1,40 m 130 mm 20 kg VIATURA Chassis Guarnição Peso Velocidade Máx Autonomia FV432 2 15 300 Kg 52 Km/h 580 Km EQUIPAMENTO Radar de Detecção Não Incorporado 25 km Alcance Aparelho de Pontaria Óptico, câmara de IV, feixe LASER PAÍSES NATO QUE EQUIPA Reino Unido O míssil, possui 2 motores de propulsão de combustível sólido e está equipado com 3 submunições de secção explosiva, que lhe aumenta a probabilidade de acertar no alvo. O sistema de lançamento ilumina o alvo com um feixe LASER que é seguido pelo míssil até extinguir o segundo foguete, altura em que são ejectadas as três submunições, cada uma delas com controlo e guiamento incorporado, uma bateria térmica e uma cabeça de guerra perfurante de alta densidade com uma espoleta de impacto directo. Cada submunição é guiada independentemente por dois feixes LASER, o feixe do sistema e o feixe que a própria munição emite. Julho 2006 29 STINGER DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano FIM-92 Stinger EUA General Dynamics/ Raytheon 1987 ARMAMENTO Míssil Velocidade Alcance Eficaz Alcance Min Guiamento O Míssil STINGER é um sistema de defesa antiaérea portátil (MANPADS – Man Portable Air Defense System), compacto, disparado ao ombro, para defesa aérea próxima. O STINGER tem como missão a protecção contra ataques aéreos hostis, efectuados a baixa e muito baixa altitude sobre Unidades de manobra e de apoio de combate. É uma arma de guiamento passivo por pesquisa de infravermelhos ou ultravioletas negativos, arma do tipo “fire and forget”, possibilitando assim ao operador empenhar-se sobre outro alvo ou tomar acções evasivas logo após o disparo. O sistema é compacto porque inclui a sua própria fonte de energia eléctrica, arrefecimento e subsistema IFF. O Stinger “Basic” tem limitadas capacidades de contramedidas, o Stinger versão “Post” tem capacidades de contramedidas melhoradas e o Stinger versão 30 Secção Explosiva Espoleta Comprimento Diâmetro Peso 1 Míssil Stinger Mach 2,2 4 km 80 m Autoguiamento directo passivo (por IV) 3 Kg - HE Impacto 1,52 m 0,07 m 5,68 Kg EQUIPAMENTO Aparelho de Pontaria Óptico PAÍSES NATO QUE EQUIPA Alemanha, Dinamarca, EUA, Grécia, Holanda, Itália, Portugal, Turquia “RMP” (Reprogramable Micro Processor) tem características e capacidades de contramedidas bastante avançadas. O STINGER versão “RMP” pode ser actualizado para fazer face às evoluções da ameaça aérea, através da sua capacidade de reprogramação, sem se recorrer a qualquer alteração ou substituição do equipamento estrutural. A sua última versão é o Block I, que para além das características do RMP, possuí ainda a capacidade de se empenhar contra mísseis cruzeiros. Tem como possibilidades uma extrema mobilidade, alta eficiência, capacidade IFF, reacção rápida, baixa vulnerabilidade e alta prontidão. A viatura que permite o armazenamento e o fácil acesso aos mísseis STINGER utilizada pelo Exército americano é o M998 HMMWV equipado com uma estrutura metálica MANPAD que contem dois mísseis STINGER numa posição pronta para empenhamento; estes mísseis estão montados nas faces laterais da estrutura e são rapidamente retirados, bastando para isso levantar as duas alavancas de abertura rápida das correias que abraçam os contentores de transporte e armazenamento. Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD ZSU-23-4 DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano ZSU-23-4 Shilka Russia Indústria de Armamento da Ex-URSS 1965 ARMAMENTO Canhão Alcance Eficaz Cadência de tiro 4 AZP85 23mm 3 km 800-1000 tpm por tubo VIATURA O ZSU-23-4 (Zenitnaya Samokhodnaya Ustanovka que quer dizer Sistema Antiaéreo Autopropulsado) é um sistema canhão autopropulsado, que incorpora um sistema de armas guiado por radar. Este sistema tem como cognome “Shilka” que advém de um rio com o mesmo nome existente na Rússia. Este sistema está montado numa viatura PT-76 e tem a capacidade de localizar, efectuar o seguimento e empenhar-se sobre aeronaves voando a baixa e muito baixa altitude. O seu armamento consiste em 4 canhões de 23 mm com um alcance eficaz de 3.000 metros. A tripulação é composta por 4 elementos: o comandante de Secção, o atirador, o operador de radar e o condutor. Este sistema não tem capacidade anfíbia, podendo apenas atravessar vaus com 1 metro de profundidade. Uma das suas grandes potencialidades é poder disparar em movimento devido ao seu sistema radar, RPK2 “Gun Dish”, e ao sistema de estabilização da torre. O radar emite um sinal muito forte o que possibilita uma excelente detecção das aeronaves, contudo tem um alcance limitado, o que é compensado ligando este radar com outros de maior alcance. O sistema 4 canhões de 23 mm Radar RPK-2 “Gun Dish” Chassis Peso Velocidade Máx Autonomia PT-76/ASU-85 20 500 kg 50 km/h 450 km EQUIPAMENTO Radar de Detecção RPK-2 “Gun Dish” 20 km Alcance Aparelho de Pontaria Óptico, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro RPK-2 PAÍSES NATO QUE EQUIPA Bulgária, Estónia, Grécia, Polónia ZSU-23-4 pode também ser utilizado contra veículos terrestres de blindagem ligeira. As quatro armas são arrefecidas por um sistema de água e tem uma cadência de tiro na ordem dos 800 a 1000 tiros por minuto, contudo, as armas normalmente disparam rajadas de 2 ou 3 tiros de forma a evitar o desperdício de munições e sobreaquecimento dos tubos. Cada ZSU-23-4 transporta 2000 munições a bordo e possui uma viatura de reabastecimento que garante mais 3000 munições. A aquisição do alvo é efectuada automaticamente e o computador determina a elevação e direcção das armas, embora o sistema possua sistemas ópticos de pontaria. O radar RPK-2 “Gun Dish”, está acoplado na parte de trás da torre, e pode ser descido para se efectuarem os deslocamentos. O ZSU-23-4 pode ser aerotransportado pelo AN-22 ou II-76. A sua tripulação está protegida pela blindagem da viatura. A viatura possui um sistema de detecção de contaminação radiológica e um sistema de pressão para filtrar o ar. Julho 2006 31 ZU-23-2 DADOS TÉCNICOS Designação País de Origem Construtor Ano ZU-23-2 Russia Indústria de Armamento da Ex-URSS 1960 ARMAMENTO Canhão Alcance Eficaz Cadência de tiro 2 Canhões 2A14 Afanasyev-Yakushev de 23mm 2,5 km 400 tpm por tubo EQUIPAMENTO O ZU-23-2 (Zenitnaya Ustanovka que quer dizer Sistema Antiaéreo) é um sistema canhão montado num atrelado com dois tubos 2A14 de 23mm, que entrou ao serviço em 1960. Este sistema leva cerca de 30 seg para entrar em posição pronto para disparar. É apontado e disparado manualmente, com o apoio de um mecanismo óptico de pontaria (ZAP-23), que utiliza um valor estimado, pré-introduzido acerca da velocidade da ameaça para o calculo da posição futura do alvo. Tem também um telescópio para apontar a alvos terrestres. Este sistema serviu de base à construção do Sistema Canhão ZSU-23-4, para além disso, o ZU-23-2 Aparelho de Pontaria Óptico PAÍSES NATO QUE EQUIPA Polónia aparece frequentemente montado em BTR-D. Sendo um sistema simples, barato e razoavelmente eficaz, o sistema canhão ZU-23-2 é usado no Exército da Rússia e por mais de 20 países, entre os quais a Polónia. A Polónia desenvolveu a partir deste sistema um outro ao qual deu o nome de ZUR-23-2S JOD, com melhoramentos ao nível do aparelho de pontaria, e com a instalação do sistema míssil portátil SA-7 Grail. 32 Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS DE ARMAS SHORAD Quadro resumo das características dos Sistemas Míssil Sistema Míssil Mísseis prontos a disparar Velocidade do míssil Alcances Min-Eficaz Sistema de Guiamento Fabricante Ano fabrico ADATS 8 mísseis Mach 3+ 10 km Autoguiamento indirecto por feixe (beam riding) Oerlikon Aerospace 1986 AVENGER 8 mísseis Mach 2,2 3,8 – 8 km Autoguiamaneto directo Boeing Aerospace (EUA) passivo (por IV) 1987 CHAPARRAL 4 mísseis Mach 2,5 0,16 – 5km Autoguiamaneto directo passivo (por IV) 1963 CROTALE NG 8 mísseis Mach 3,5 0,5 – 11km Autoguiado indirecto por Thomson CFS-Matra BAe 1990 feixe (radar) JAVELIN 1 míssil Mach 1,7 1 – 4,5 km Teleguiamento directo semi-automático Thales AD nd LEFLASYS 4 mísseis Mach 2,2 8 km Autoguiamaneto directo passivo (por IV) Rheinmetall 2001 LINEBACKER 4 mísseis Mach 2,2 8 km Autoguiamaneto directo passivo (por IV) Boeing Aerospace 1997 MISTRAL 1 míssil Mach 2,5 600m – 5 km Autoguiamaneto directo passivo (por IV) MBDA(Matra) 1990 RAPIER FSC 8 mísseis Mach 2,5+ 1– 7,25 km Autoguiado indirecto por feixe (radar) MBDA 1992 RBS-70 1 míssil Mach 1,6 1 – 7 km Autoguiamento indirecto por feixe (beam riding) Saab Bofors Dinamics 1977 ROLAND NDV 2+8 mísseis Mach 3,7 0,5 – 11 km Teleguiamento directo automático MBDA 1977 SA-7 1 míssil Mach 1,7 0,5 – 5,5 km Autoguiamaneto directo passivo (por IV) Indústria de Armamento da Ex-URSS 1972 SA-8 6 mísseis Mach 3 0,2 – 15 km Autoguiamento directo semi-automático Indústria de Armamento da Ex-URSS 1980 SA-9 4 mísseis Mach 1,8+ 0,8 – 4,2 km Autoguiamaneto directo passivo (por IV) Indústria de Armamento da Ex-URSS 1980 US Army MCOM 33 Autoguiado indirecto por Indústria de Armamento feixe (radar) da Ex-URSS SA-13 4 mísseis Mach 2+ 0,6 – 5 km SA-14 1 míssil Mach 1,8 0,6 – 6 km Autoguiamento directo passivo (por IV) Indústria de Armamento da Ex-URSS 1978 SA-15 8 mísseis Mach 2,5 0,1 – 12 km Teleguiamento directo automático Indústria de Armamento da Ex-URSS 1990 SKYGUARD / ASPIDE 12 mísseis Mach 2 0,75 – 10 km Autoguiamento directo semi-activo Oerlikon Contraves 1987 STARSTREAK 8 mísseis Mach 4+ 7 km Autoguiamento indirecto por feixe (beam riding) Thales AD 1997 STINGER 1 míssil Mach 2,2 80m – 4 km Autoguiamaneto directo passivo (por IV) General Dynamics 1987 Julho 2006 1970 Quadro resumo das características dos Sistemas Canhão Sistema Canhão Nº de tubos Calibre Alcance Eficaz Cadência de tiro Sistema de Pontaria Fabricante Fabrico Krauss-maffei Wegmann 1988 General Dynamics 2005 GEPARD 2 35 mm 3,5 km 550 tpm Telémetro LASER, Radar de Perseguição e Conduta de Tiro (10 Kg) Land Based Phalanx Weapon System 6 20 mm 1,6 km 3000 tpm Radar de Perseguição e Conduta de Tiro PZA LOARA 2 35 mm 3,5 Km 550 tpm FLIR, TV, PRF, Radar de Indústria de Perseguição e Conduta armamento da de Tiro Polónia 1990 ZSU-23-4 4 23 mm 3 km Óptico, Radar de Indústria de 800-1000 tpm Perseguição e Conduta Armamento da de Tiro RPK-2 Ex-URSS 1965 ZU-23-2 2 23 mm 2,5 km Indústria de Armamento da Ex-URSS 1965 400 tpm Óptico Glossário ACRÓNIMO FLIR IFF HMMWV ECCM CM FAAD C2I ARM IV nd DESIGNAÇÃO Forward Looking Infrared Receiver Identification Friend or Foe Hight Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle Electronics Counter Counter Measures Cruise Missile Forward Area Air Defense Command Control Intelligence Anti Radiation Missile Infra-Vermelhos Não Disponível 34 Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS HIMAD Fruto das acções terroristas realizadas pelo grupo extremista Al Qaeda, em 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos da América, a comunidade internacional passou a utilizar com maior frequência no seu vocabulário o conceito de “Conflito Assimétrico”, onde os Estados, por mais poderosos que sejam, são vulneráveis a acções violentas organizadas por entidades não estatais, difíceis de identificar e localizar. Uma das formas de manifestação violenta dessa ameaça assimétrica é, sem dúvida, através do vector aéreo. A tradicional ameaça aérea, baseada nas aeronaves de asa fixa e helicópteros, continua a ser altamente eficaz, com sistemas de armas extremamente versáteis e precisos, tendo, contudo, como grande inconveniente o elevado custo da tecnologia que lhe está inerente, bem como do treino, manutenção e sustentação das tripulações. Estes factores ocasionaram uma tendência de proliferação das ameaças aéreas não tripuladas: míssil balístico táctico (Tactical Ballistic Missile, TBM), míssil cruzeiro (Cruise Missile, CM), míssil ar-terra (Air-to-Surface Missile, ASM), veículo aéreo não tripulado (Unmanned Aerial Vehicle, UAV), foguetes de grande calibre (Large-Caliber Rocket, LCR) e foguetes de lançamento múltiplo (Multiple Launch Rockets, MLR). Os UAV são uma alternativa custo-efeito às aeronaves, já que um significativo número de veículos aéreos não tripulados de reconhecimento ou combate, tácticos ou estratégicos, poderão ser adquiridos pelo preço de uma ou duas aeronaves sofisticadas sem os custos de manutenção, formação das tripulações e disponibilização de infra-estruturas. Outra vantagem dos sistemas não tripulados, para além do seu baixo custo económico, é o poder letal inerente, nomeadamente os TBM e os mísseis cruzeiro que podem ser usados como armas de destruição maciça contra forças, infra-estruturas logísticas, recursos ou centros populacionais. Assim, o TBM, o UAV e o míssil cruzeiro serão provavelmente os sistemas de armas com maior proliferação dada a sua capacidade de sobrevivência, alcance, poder de penetração e, no caso dos mísseis, ogivas multifacetadas. Para fazer face a esta panóplia de ameaças cada vez mais sofisticadas, com maior alcance, precisão, velocidade e letalidade, surge a necessidade imperiosa de se desenvolverem sistemas que consigam o empenhamento a altitudes e alcances cada vez maiores de forma a que os efeitos, mesmo após a destruição da ameaça, não se façam sentir sobre forças militares ou população civil, como seria o caso de um míssil que transportasse uma ogiva nuclear. A resposta passa pelos sistemas HIMAD. São sistemas tecnologicamente bastante avançados, constituídos por órgãos de detecção com alcances que podem chegar aos 1000 Km, e mísseis interceptores com capacidade para se empenharem a altitudes que poderão ir aos 150 Km e alcances na ordem dos 200 Km. Os programas de desenvolvimento mais recentes estabelecem como requisitos a capacidade de empenhamento sobre todo o espectro de ameaças da actual e próximas gerações, integração com sistemas de C2I externos, recorrendo a sensores externos (satélites militares), com capacidade para iniciar o seguimento da ameaça ainda na fase inicial da sua trajectória, permitindo que a ordem de empenhamento seja dada no momento em que a sua destruição ocorra num local que não provoque danos colaterais a tropas ou populações. PESQUISA E TEXTOS Capitão de Artilharia Salvado ARROW 2 38 O Sistema de Defesa Míssil Balístico ARROW foi desenvolvido pelas Indústrias Aeronáuticas de Israel (IAI) estando, actualmente, ao serviço das Forças Armadas Israelitas, que dispõem de duas Baterias, uma perto de Telavive, operacional desde 2000, e outra a sul de Haifa, desde 2002. O Sistema foi desenvolvido para fazer face a vários tipos de ameaças: mísseis tácticos balísticos (TBM), mísseis de cruzeiro e aeronaves. O desenvolvimento deste sistema resulta de uma cooperação entre os Estados Unidos da América e Israel, iniciada em 1988. Actualmente, a produção de componentes para o míssil ARROW 2, é feita pela empresa americana Boeing (responsável pelo fabrico de, aproximadamente, 50% dos componentes), cabendo às IAI a integração de todos os componentes e acondicionamento final do míssil. O programa de desenvolvimento deste sistema, passou por três fases fundamentais: uma primeira fase em que foi desenvolvido o protótipo do míssil interceptor ARROW, com o objectivo de conceber o míssil e aperfeiçoar as suas capacidades de empenhamento; a segunda fase teve como objectivo o desenvolvimento da espoleta do míssil ARROW 1, de forma a aumentar a sua letalidade; e a terceira fase, com início em 1996, passou pela integração de todo o ARROW Weapon System. A fase de testes deste sistema teve início em 1988, quando o Departamento de Defesa dos EUA assinou um contrato com as IAI para construir e testar o sistema antimíssil ARROW 1 contra mísseis balísticos tácticos. Após terminar com sucesso esta fase, o próximo passo foi o desenvolvimento e a produção das primeiras unidades. Em 1995, foi feito o primeiro lançamento experimental com o novo míssil Arrow 2, com um peso de 1300 Kg (a 1ª versão tinha um peso de 2000 Kg). O míssil completou com sucesso 14 testes de intercepção, tendo sido nove deles realizados com todo o sistema. Em Julho de 2004, realizou-se o primeiro teste contra um míssil balístico táctico (míssil balístico de curto alcance SCUD B), na Califórnia. O SCUD B foi interceptado com sucesso e destruído a uma altitude de 40 Km. O sistema Arrow tem a seguinte composição: Míssil Interceptor, Pelotão Lançador, Radar Green Pine e Centro de Controlo de Tiro. MÍSSIL INTERCEPTOR ARROW 2 O míssil está equipado com um motor de combustível sólido e rockets para sustentação em vôo. Dispõe de um primeiro motor, que na fase inicial do lançamento faz com que o míssil apenas saia na vertical do canister e, um segundo motor para o sustentar na sua trajectória até ao alvo. Durante a ignição do motor de sustentação, na segunda fase do lançamento, todo o mecanismo de ignição da primeira fase se separa. O míssil ARROW 2 é lançado antes da trajectória do alvo, estando o ponto de intercepção previamente calculado. Quanto mais informação acerca da trajectória do alvo está disponível, mais preciso é o ponto óptimo de intercepção, para o qual o míssil é orientado através do radar de guiamento. O míssil tem um seeker dual mode, isto é, um seeker por infra-vermelhos passivo que detecta e segue TBM, e um radar activo utilizado para seguir outro tipo de ameaças a baixa altitude, como sejam aeronaves ou UAV. A ogiva tem um explosivo de efeito dirigido com a capacidade de destruir o alvo num raio de 50m. Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS PELOTÃO LANÇADOR HIMAD CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Uma Bateria ARROW está equipada com 4 a 8 atrelados lançadores, cada um deles com 6 canisters de lançamento carregados com mísseis ARROW 2. Todo o Pelotão é autopropulsionado e, após disparar os mísseis interceptores, os lançadores podem ser recarregados numa hora. Dispõe de comunicações rádio (fonia e dados) para o Centro de Controlo de Tiro, podendo estar posicionado até 300 Km da posição Radar, de forma a aumentar a sua sobrevivência. RADAR DE CONTROLO DE TIRO E AVISO PRÉVIO GREEN PINE Inclui o radar, EL/M-2090 montado num atrelado, antena, gerador, sistema de refrigeração e o centro de controlo. Opera simultaneamente nos modos de busca, detecção, seguimento e guiamento do míssil (o radar ilumina o alvo e guia o míssil até 4 metros deste). Designação País de Origem Fabricante Armamento Guarnição Ano MÍSSIL ARROW 2 Alcance Altitude Velocidade Comprimento Diâmetro Peso Guiamento Propulsão Canisters por lançador Ano de fabrico Montado num atrelado, recebe os dados provenientes do radar e monitoriza a intercepção, contra uma ou várias ameaças, de modo totalmente automático. Quando é detectado um lançamento, o operador fica a conhecer a posição de lançamento, a posição actual do míssil hostil, a sua trajectória e qual a predição do ponto de impacto. Estão a ser desenvolvidas comunicações através de Link 16 que permitam a interoperabilidade com as unidades de tiro do sistema Patriot. Esta ligação permitirá que os alvos adquiridos pelo radar do sistema ARROW sejam “entregues” ao radar de controlo de tiro do Patriot. Apesar da cooperação entre os EUA e Israel, apenas este último está equipado com o sistema de 90 Km 8 Km até 50 Km Mach 9 (aprox. 2,5 Km/s) 7 metros 0,8 metros 1 300 Kg Semi-activo por radar Motor combustível sólido 6 1995 RADAR DE CONTROLO DE TIRO E AVISO PRÉVIO GREEN PINE Frequência Alcance Seguimento CENTRO DE CONTROLO DE TIRO CITRON TREE ARROW 2 Israel IAI (Israel), Boeing (míssil), Elta Electronics Industries (radar) Míssil ARROW 2 nd 2000 Guiamento Fabricante Banda L 500 Km Alvos com velocidades até 3 000 m/s Até 4 m do alvo Elta Electronics Industries LANÇADOR Capacidade Remuniciamento 6 mísseis Arrow 2 1 hora defesa ARROW. Contudo, dois radares Elta Green Pine foram entregues à Índia (em 2001), integrando o sistema de defesa aérea contra mísseis balísticos deste país. Até à data, não se registou qualquer empenhamento do Sistema ARROW em nenhum tipo de conflito. Julho 2006 39 HAWK 40 Desde 1960 o sistema míssil, superfície-ar HAWK, garante a defesa aérea aos Marines norte-americanos na faixa das médias altitudes contra ameaças aéreas. Tem capacidade de operar em quaisquer condições meteorológicas, sendo bastante eficiente face à guerra electrónica. A sua nomenclatura, inicialmente, teve origem na ave predadora, o falcão, embora actualmente tenha o acrónimo de “Homing All the Way Killer”. Este sistema tem vindo a ser sucessivamente melhorado. Em 1970 o upgrade de uma série de componentes deu origem ao Improved HAWK. Em 1990 deu-se o último aperfeiçoamento no sistema, o HAWK phase III configuration. Apesar do HAWK ter sido empregue pelo Exército norte americano durante o conflito do Vietname e na Guerra do Golfo, as tropas americanas nunca dispararam esta arma em combate. A primeira utilização do HAWK deu-se em 1967 quando as forças israelitas lançaram com sucesso vários mísseis durante a guerra dos seis dias com o Egipto. O míssil HAWK é maciçamente utilizado em combate, em 02 de Agosto de 1990, pelas Unidades de defesa aérea do Kuwait, durante a invasão pelo Iraque, abatendo 22 aviões e um helicóptero. A eficácia deste sistema levou a que ao longo dos anos viesse a ser adoptado por cerca de 20 nações. Na NATO, é utilizado por 10 países: os Estados Unidos, a Dinamarca, a Holanda, a Espanha, a Bélgica, a Alemanha, a França, a Itália, a Grécia e a Noruega. As unidades HAWK são constituídas por um Radar de Aquisição, um Centro de Operações Táctico, um Radar de Seguimento, um sistema de identificação IFF e três a quatro lançadores com três mísseis cada um. De acordo com as suas funções, o sistema pode ser dividido em três subsistemas: Aquisição, Comando e Controlo e Lançamento. A detecção do alvo é enviada para a Secção de Comando e Controlo, através dos radares de impulsos e onda contínua, para que o seguimento seja monitorizado. A partir do momento em que o alvo é adquirido um, ou vários mísseis, podem manual ou automaticamente, serem lançados sendo a ordem de tiro enviada pela Secção de Comando e Controlo. CENTRO DE OPERAÇÕES TÁCTICO Executa o controlo táctico das unidades subordinadas numa rede centralizada de defesa aérea, que apresenta uma Recognized Air Picture (RAP) e que Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS permite monitorizar a situação da defesa aérea, atribui a ameaça à arma e executa o controlo do tiro. PULSE ACQUISITION RADAR (PAR) Faz a aquisição do alvo às médias e altas altitudes, fornecendo direcção e distância. Está equipado com CCME para operar num ambiente de CME hostil. CONTINUOUS WAVE ACQUISITION RADAR (CWAR) Radar para aquisição a baixas e muito baixas altitudes. A onda contínua permite a aquisição de alvos onde os radares de impulsos não são tão eficientes. HIGH POWER ILLUMINATION RADAR (HPIR) Faz o seguimento automático e iluminação do alvo, enviando os sinais para guiamento do míssil e para apontar os lançadores. HIMAD CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Designação HAWK (Homing All the Way Killer) EUA Raytheon Míssil Hawk 1960 País de Origem Fabricante Armamento Ano MÍSSIL HAWK Alcance Altitude Tempo de Vôo Velocidade Comprimento Diâmetro Peso Guiamento Propulsão Ogiva Ano de fabrico 43 Km 19 Km nd Mach 2,4 5,03 metros 0,38 metros 635 Kg Semi-activo por radar Motor combustível sólido 136,2 Kg 1990 (HAWK phase III) PULSE ACQUISITION RADAR 120 Km Alcance CONTINUOUS WAVE ACQUISITION RADAR (CWAR) Alcance LANÇADORES 70 Km HIGH POWER ILLUMINATION RADAR (HPIR) Transportam, apontam e disparam até 3 mísseis. Executam o seguimento do alvo bem como a transmissão de dados para o computador do míssil. Alcance 80 Km LANÇADORES 3 mísseis Hawk 10 minutos 1 míssil em cada 3 seg Capacidade Remuniciamento Cadência de disparo MÍSSIL A versão 3 do míssil sofreu melhoramentos, ao nível da espoleta e ogiva, que potenciam a sua eficácia no empenhamento, além de ter a capacidade de operar em ambientes de elevadas medidas de guerra electrónica. RESTAURANTE PALÁCIO DEL REI (Em frente ao Palácio de Queluz) TEMOS SALÃO APROPRIADO PARA 120 PESSOAS NO 1.º ANDAR Tel. - 214 350 674 Fax - 214 362 726 MEADS (MEDIUM 42 EXTENDED AIR DEFENSE SYSTEM) O Sistema MEADS resulta de uma parceria entre os Estados Unidos da América (EUA), Alemanha e Itália. A percentagem de capital investido por cada país é de 55%, 28% e 17% respectivamente. O programa comporta quatro fases: Projecto, Redução do Risco, Desenvolvimento e Produção. Desde Julho de 2004 que o programa MEADS se encontra na terceira fase de desenvolvimento, prolongando-se esta até 2014, data a partir da qual está previsto o início da produção. O MEADS está planeado para substituir os sistemas HAWK e PATRIOT, tornando-se desta forma o principal meio responsável pela defesa às médias altitudes das Forças Terrestres expedicionárias e infraestruturas fixas, contra um largo espectro de ameaças: TBM actuais e da próxima geração, mísseis cruzeiro de baixa e alta altitude, UAV, aeronaves de asa fixa e helicópteros. A concepção deste Sistema de Defesa Aérea assenta em cinco requisitos operacionais fundamentais: se deslocar rapidamente para a área de operações e assegurar a defesa aérea das forças de manobra. Outra da suas características é a versatilidade, articulando-se de acordo com a missão a desempenhar. Adoptando uma configuração operacional, constituído por um Radar de Controlo de Tiro, um Centro de Operações Táctico (TOC) e um Lançador (com 12 mísseis Patriot Advanced Capability 3) o MEADS pode ser projectado através da saída de uma única aeronave de transporte C-5, ou apenas cinco saídas com uma aeronave C-130. Esta configuração é considerada como sendo a capacidade mínima de empenhamento do sistema. EMPENHAMENTO SOBRE QUALQUER AMEAÇA Tem capacidade de empenhamento sobre um largo espectro de ameaças, garantindo um cobertura de 360º, bem como a sua própria sobrevivência. TRANSPORTABILIDADE O Sistema é transpotável por C-130 e A400M, podendo ser rapidamente projectado para o Teatro de Operações numa aeronave com os mísseis carregados no lançador. Uma vez no Teatro, tem a capacidade de INTEROPERABILIDADE O MEADS está projectado para ser empregue com outros sistemas, como parte de um Sistema de Defesa Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS Aérea integrado ou, pelo contrário, individualmente em qualquer Teatro de Operações. Esta interoperabilidade é garantida com os Sistemas de Defesa Aérea dos EUA e da NATO existentes, bem como dos programas em desenvolvimento (THAADS). CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Designação País de Origem Fabricante ARQUITECTURA EM REDE E DISPERSA Os órgãos de C4I, radares e lançadores são dispostos dispersos no terreno de forma a aumentar a capacidade de sobrevivência. Não obstante, os elementos de C4I estão interligados em rede, minimizando as possibilidades de erro, garantem a redundância no seguimento dos alvos, além de tornar o sistema bastante robusto contra acções de guerra electrónica. SUSTENTAÇÃO LOGÍSTICA Este sistema tem um maior poder de fogo, requer menos efectivos e tem um menor peso logístico que os seus antecessores. A título de exemplo, e tomando o sistema Patriot como comparação, para projectar uma Bateria MEADS são necessárias 3 aeronaves C-5, enquanto que para uma Bateria Patriot a quantidade de aeronaves sobe para 14. Se considerarmos ambos os sistemas apenas com uma configuração operacional (Radar de Controlo de Tiro, um Centro de Operações Táctico e um Lançador), para projectar o MEADS é necessária 1 aeronave C-5, ao passo que para o Patriot são necessárias 3. O sistema MEADS é composto pelos seguintes subsistemas: HIMAD Armamento Ano Medium Extended Air Defense System EUA, Alemanha e Itália Lockeed Martin (EUA), European Aeronautic Defense and Space Company (Alemanha) e MBDA (Itália) Míssil PAC-3 Em desenvolvimento MÍSSIL PAC 3 Alcance Altitude Tempo de Vôo Comprimento Diâmetro Guiamento Propulsão Ano de fabrico 70 Km 24 Km min 9 segundos máx 3,5 minutos 5,2 metros 0,4 metros Track-via-missile Motor combustível sólido Final de 1999 RADAR DE VIGILÂNCIA E RADAR DE CONTROLO DE TIRO Alcance Seguimento Guiamento nd nd nd LANÇADOR Capacidade Remuniciamento 12 mísseis PAC-3 nd RADAR DE CONTROLO DE TIRO Existem dois por unidade de tiro. Opera na banda X, cobre os 360º e é transportável em C-130. CENTRO DE OPERAÇÕES TÁCTICO (TOC) 43 É interoperável com todos os sistemas de defesa aérea dos EUA e Aliados. Existem dois por cada sistema MEADS, o que aliado à operação em rede e dispersão no terreno, faz com que o seguimento dos alvos seja contínuo e redundante. Consiste num shelter montado numa viatura de rodas HMMWV (High Mobility Multiporpose Wheeled Vehicle), podendo o seu interior ser configurado de acordo com a missão. RADAR DE VIGILÂNCIA LANÇADOR Montado numa viatura de rodas de 5 TON, é transportável por C-130, tem como principal característica o rápido recarregamento dos canisters, a entrada e saída de posição. Cada lançador transporta 12 mísseis. MÍSSIL PAC-3 Cobre os 360º, integra um sensor IFF e pode ser transportado por C-130. Existe um por unidade de tiro. É o mesmo interceptor que equipa o sistema Patriot (PAC-3). Julho 2006 NASAMS 44 O NASAMS (Norwegian Advanced Surface to Air Missile System) é um sistema de Defesa Aérea de médio alcance, com a finalidade de proteger órgãos ou forças contra aeronaves, mísseis cruzeiro e UAV. O sistema resulta de uma cooperação entre a empresa Kongsberg Defence & Aerospace (KDA) e a Raytheon para a Força Aérea norueguesa, tendo sido considerado completamente operacional em 1998. Integra o radar 3D TPQ-36A, de fabrico americano, e os mísseis AIM-120 AMRAAM (Advanced Medium Range Air-to-Air Missile) com um sistema BMC4I (Battle Management and Command, Control, Computers, Coordination and Intelligence) designado por Centro de Controlo de Tiro. Este último ligado ao radar TPQ-36A formam o “Sistema de Controlo e Aquisição”. O sistema NASAMS foi o primeiro programa a lançar o míssil AMRAAM a partir de uma plataforma terrestre, bem como o primeiro sistema míssil superfície – ar com um sistema de guiamento activo. O míssil AMRAAM tem capacidade todo-o-tempo e possui um sistema de guiamento de dois tipos: numa primeira fase da trajectória, por navegação inercial, em que recebe as correcções de voo, a partir do radar, via data link; e na fase final da trajectória o guiamento do míssil é activo dispondo este de um radar que detecta e segue o míssil, aumentando consideravelmente as probabilidades de impacto. Uma Bateria NASAMS é constituída por três ou quatro Centros de Controlo de Tiro, três ou quatro radares de vigilância, aquisição e seguimento AN/TPQ36A, nove lançadores montados numa viatura pesada (cada um com seis mísseis) e três ou quatro viaturas montadas com câmaras de infravermelhos passivos para identificação visual dos alvos. Com esta configuração, o NASAMS é capaz de se empenhar contra 54 alvos diferentes, disparando 54 mísseis em apenas alguns segundos. Através de rede rádio, os lançadores podem estar localizados a cerca de 25 Km do Centro de Controlo de Tiro, aumentando-se desta forma a área a defender. É um sistema completamente móvel, tendo capacidade de se empenhar 15 minutos após entrar numa nova posição. A concepção deste sistema de Defesa Aérea assenta em sete requisitos operacionais: ARQUITECTURA EM REDE Os radares, lançadores e centros de controlo de tiro estão ligados em rede, minimizando as possibilidades de erro, potenciando a interoperabilidade com outros sistemas e reduzindo os tempos de resposta entre a detecção e empenhamento. MODULARIDADE A configuração e dimensão da unidade são Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS modulados de acordo com o cenário e ameaça a enfrentar. COMPONENTES LIGEIROS E MÓVEIS Facilita a projecção da unidade, a dispersão e a mobilidade, permitindo uma maior cobertura. HIMAD CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Designação País de Origem Fabricante Armamento Ano NASAMS Noruega Kongsberg Defence & Aerospace (KDA) e Raytheon Míssil AMRAAM 1995 MÍSSIL AMRAAM GUARNIÇÕES REDUZIDAS Permite manter altos graus de prontidão por longos períodos. Um exemplo que atesta este requisito é a viatura lançadora que não é operada manualmente. GRANDE PODER DE FOGO Cada lançador tem seis mísseis, podendo ser recarregados, cada um deles, em 6 minutos. Alcance Altitude Velocidade Comprimento Diâmetro Peso Probabilidade de Impacto Guiamento Propulsão Ano de fabrico 75 Km 15 Km nd 3,66 metros 0,18 metros 152 Kg 90 % Directo activo Motor combustível sólido 1991 VIATURA LANÇADORA CURTO TEMPO DE REACÇÃO Espaço de tempo muito curto entre a detecção e o lançamento do míssil. Capacidade Nº p/ Bateria Comprimento Largura Peso bruto Recarregamento 6 mísseis 3 ou 4 lançadores nd nd nd 6 min/míssil PROBABILIDADE DE IMPACTO As ameaças actuais e de próxima geração, nomeadamente os desenvolvimentos previsíveis das aeronaves tripuladas e não tripuladas, estão dentro das especificações e capacidades técnicas do míssil. A Kongsberg está actualmente a melhorar o sistema NASAMS, designado por NASAMS II, através da substituição do radar AN/TPQ-36A pelo radar AN/MPQ-64 Sentinel, inserção de tecnologia mais recente no software do Centro de Controlo de Tiro, integração de um novo rádio multifunções e a integração com o Norwegian Ground Based Air Defense Operations Center. Prevê-se a integração no NASAMS II da capacidade Link 16, de modo a permitir maior interoperabilidade e mobilidade e potenciar as capacidades do sistema para operar em rede, com os restantes países da NATO. Este sistema equipa países como a Espanha (2005), Grécia, Turquia e Estados Unidos da América, com o intuito de proteger instalações fixas. Julho 2006 45 PATRIOT 46 O Patriot é um sistema de defesa antiaérea de longo alcance, para médias e altas altitudes e com capacidade para ser empenhado sob quaiquer condições atmosféricas, contra mísseis balísticos tácticos, mísseis de cruzeiro e aeronaves. O Sistema Patriot foi colocado no terreno pela primeira vez em 1984, após 20 anos de desenvolvimento. Tem sido alvo de constantes melhorias, encontrando-se actualmente na versão PAC-3 (Patriot Advanced Capability 3). Esta última resulta de uma cooperação entre a Raytheon, que melhorou o equipamento ao nível do radar, comunicações e software utilizado, e a Lookheed Martin que introduziu melhoramentos ao nível do míssil, da estação de lançamento e do computador de tiro. É composto por quatro subsistemas: o Míssil, a Estação de Lançamento M901, a Estação de Controlo de Empenhamento (AN/MSQ-104) e o Radar (AN/MPQ-53). O MÍSSIL O Sistema Patriot está equipado com um míssil PAC-3. Relativamente à versão anterior PAC-2, esta última aumenta efectivamente a capacidade de intercepção contra mísseis cruzeiro e balísticos tácticos, através do uso da tecnologia hit-to-kill (não dispondo de espoleta de aproximação, mas sim de grande precisão na fase final da trajectória, para aproveitar a força do impacto directo no alvo, para o desintegrar), além de possuir uma nova espoleta e um oscilador de baixo ruído, que permitiu aumentar a sensibilidade contra alvos com uma pequena assinatura radar. O míssil é guiado e comandando pelo radar até um ponto imediatamente antes da intercepção. Nesse ponto, o sistema de guiamento track-via-missile (TVM) do PAC-3 inicia o seguimento do alvo, ou seja, o Radar ilumina o alvo, o sistema TVM detecta a energia reflectida, adquirindo desta forma o alvo. Os dados para correcção da trajectória são transmitidos ao sistema de guiamento pela Estação de Controlo de Empenhamento. O sistema de aquisição do míssil adquire o alvo na fase final da trajectória, e transmite os dados para a Estação de Controlo de Empenhamento que efectua os cálculos finais de correcção da trajectória. O alvo é destruído através da energia cinética libertada quando colide com o alvo. No lançador, podem ser carregados 16 mísseis, comparados com os 4 da anterior versão PAC-2. O PAC-3 entrou em produção no final de 1999, tendo sido utilizado pela primeira vez durante a operação “Iraqi Freedom” em Março/Abril de 2003. ESTAÇÃO DE LANÇAMENTO M901 Transporta, aponta e lança o míssil PATRIOT. Cada lançador tem 16 mísseis. É operado à distância por VHF ou fibra óptica através da Estação de Controlo de Empenhamento, que envia os dados de pré-lançamento e a ordem de abertura de fogo. Boletim da Artilharia Antiaérea SISTEMAS ESTAÇÃO DE CONTROLO DE EMPENHAMENTO (AN/MSQ-104) É a única estação operável numa unidade de tiro Patriot. Comunica com o lançador M-901, com outras Baterias PATRIOT e com o escalão superior. É operada por 3 militares, com duas consolas e uma estação de comunicações com três terminais rádio. RADAR (AN/MPQ-53) Tem funções de vigilância, detecção, seguimento, identificação, guiamento e contra contra-medidas electrónicas (CCME). Está montado num atrelado e é automaticamente controlado pelo computador de tiro, na Estação de Controlo de Empenhamento, através de ligação por cabo. Tem um alcance de 100 Km, capacidade de seguir mais de 100 alvos e pode enviar dados para guiamento até nove mísseis. Além dos EUA, o sistema Patriot está ao serviço na Alemanha, Grécia, Espanha, Israel, Japão, Koweit, Holanda, Arábia Saudita e Taiwan. Foi recentemente assinado um acordo tendo em vista a aquisição pelo Egipto. O sistema foi empregue pelas forças dos EUA durante a Operação “Iraqi Freedom”, posicionado no Koweit e destruiu com sucesso vários mísseis superfície – superfície (SCUD-B), recorrendo à versão PAC-3. HIMAD CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Designação País de Origem Fabricante Armamento Ano MÍSSIL PAC-3 Alcance Altitude Tempo de Vôo PATRIOT EUA Raytheon e Lockeed Martin Míssil PAC-3 2003 (versão PAC-3) 70 Km 24 Km mín 9 segundos máx 3,5 minutos Mach 5 5,2 metros 0,4 metros Track-via-missile Motor combustível sólido Final de 1999 Velocidade Comprimento Diâmetro Guiamento Propulsão Ano de fabrico RADAR (AN/MPQ-53) 100 Km Alcance Até 100 alvos Seguimento em simultâneo Até 9 mísseis Guiamento em simultâneo Raytheon Fabricante ESTAÇÃO DE LANÇAMENTO M901 Capacidade Remuniciamento 4 mísseis PAC-3 nd 47 Julho 2006 THAAD O Sistema Míssil THAAD (Theatre High Altitude Area Defense System) é o sistema de armas defensivo tecnologicamente mais desenvolvido, e que garante a protecção contra mísseis balísticos (tácticos ou intercontinentais) com alcances na ordem dos 200 Km e altitudes de 150 Km. É facilmente transportável e proporciona a mais eficiente protecção de pontos de elevado valor estratégico ou táctico, como sejam os aeroportos ou centros populacionais. É um sistema que combina a capacidade de longo alcance com a letalidade da tecnologia hit-to-kill, já que o míssil THAAD intercepta ameaças exo-atmosféricas e endo-atmosfércas. A protecção às médias e baixas altitudes é garantida por sistemas como o PATRIOT e o MEADS, que interceptam mísseis hostis a altitudes 20 a 100 vezes mais baixas. O sistema começou a ser desenvolvido em 1992 pela Lockeed Martin Missiles and Space. O programa THAAD entrou na fase de desenvolvimento, produção e concepção em 2000. Foram produzidos 16 mísseis para testes em 2004, prolongando-se esta fase até 2009. Em 2007 está prevista a produção em SISTEMAS baixa escala, para apoiar os primeiros testes com todo o sistema. Uma Bateria THAAD típica, será constituída por nove veículos lançadores (cada um transportando oito mísseis), dois Centros de Operações Tácticas e um Radar. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Designação País de Origem Fabricante Armamento Ano O MÍSSIL HIMAD THAAD EUA Lockeed Martin Missiles and Space; Raytheon (radar) Míssil THAAD Em Desenvolvimento MÍSSIL THAAD Os dados acerca do alvo e a predição do ponto de intercepção são transmitidos para o míssil antes de este ser lançado. Os dados actualizados do alvo e o ponto de intercepção são também transmitidos ao míssil durante o vôo. Um motor está instalado na parte posterior da secção propulsora, provocando a separação do Kinetic Kill Vehicle, sendo este último que proporciona o guiamento terminal na fase final da trajectória e destrói a ameaça por impacto, aproveitando a energia cinética resultante da velocidade de que vem animado. Alcance Altitude Velocidade Comprimento Diâmetro Peso Probabilidade de Impacto Guiamento Propulsão Ano de fabrico 200 Km 150 Km 2 800 m/s 6,17 metros 0,34 metros 900 Kg 90 % Track-via-missile Motor combustível sólido 2004 RADAR VIATURA LANÇADORA M 1075 Existem nove lançadores numa Bateria THAAD. Transporta 10 contentores de mísseis, que após serem disparados, demoram cerca de 30 minutos a serem recarregados. RADAR As orientações para o sistema THAAD são fornecidas pelo Radar, que tem características de vigilância, classificação e identificação da ameaça. O sistema pode também receber informações através de satélites de vigilância militares como o Brilliant Eyes. Estas unidades de radar podem ser transportadas por C-130. O primeiro radar produzido foi testado na Satelite Sands Missile Range, no Novo México. Em Setembro de 2004, o radar seguiu um míssil balístico táctico, monitorizando uma intercepção com êxito por um míssil PATRIOT PAC-3. CENTRO DE OPERAÇÕES TÁCTICAS (TOC – TACTICAL OPERATIONAL CENTER) Cada Bateria THAAD tem 2 TOC. Foi desenvolvido pela Northrop Grumman, acomoda duas estações de operação e está equipada com 3 processadores HP-735. Frequência Alcance Área da Antena Fabricante Banda J e I 1 000 Km 9,2 m2 Raytheon VIATURA LANÇADORA M 1075 Capacidade N.º p/ Bateria Comprimento Largura Peso bruto Recarregamento 10 contentores de mísseis 9 lançadores 12 metros 3,25 metros 40 000 Kg 30 minutos UNIDADES MÓVEIS BMC3I O Sistema THAAD pode atribuir alvos a outros sistemas de defesa (MEADS e PATRIOT), ligar-se a outras redes de defesa aérea dos EUA, Aliados e a centros BMC3I (Battle Management and Command, Control, Computers and Intelligence). Estas unidades estão instaladas em shelters blindados montados em viaturas HMMWV (High Mobility MultipurposeWheeled Vehicles). O Exército Norte Americano espera adquirir 80 a 99 lançadores, 18 Radares e um total de 1422 mísseis, estando planeados dois Grupos THAAD, cada um deles com quatro Baterias. Julho 2006 49 RADAR MÍSSIL Quadro Resumo dos Sistemas Míssil HIMAD ARROW 2 HAWK MEADS NASAMS PATRIOT THAAD Mísseis prontos a disparar 6 mísseis ARROW 2 3 mísseis HAWK 12 mísseis PAC – 3 6 mísseis AMRAAM 4 mísseis PAC-3 10 mísseis THAAD Velocidade Mach 9 Mach 2.4 Mach 5 nd Mach 5 Mach 9 Alcance 90 Km 43 km 70 km 75 Km 70 Km 200 Km Altitude 8 Km – 50 Km 19 Km 24 Km 15 Km 24 Km 150 Km Alcance 500 Km 120 Km nd nd 100 Km 1000 Km Seguimento Alvos até 3000 m/s nd nd nd Até 100 alvos em simultâneo nd Guiamento Até 4 metros do alvo nd nd nd Até 9 mísseis em simultâneo nd Fabricante IAI (Israel), Boeing Aerospace (míssil), Elta Electronics Industries (radar) Raytheon Ano fabrico 2000 1960 Lockeed Martin (EUA), European Kongsberg Lockeed Martin Aeronautic Raytheon Defence & Missiles and Defense and e Aerospace (KDA) Space; Space Company Lockeed Martin e Raytheon Raytheon (radar) (Alemanha) e MBDA (Itália) Em desenvolvimento 1995 50 Boletim da Artilharia Antiaérea 2003 Em (versão PAC-3) desenvolvimento RADARES SHORAD RADAR, acrónimo do inglês Radio Detection And Ranging, é um dispositivo que permite detectar e localizar objectos, determinar direcções ou auxiliar a navegação. O seu princípio de funcionamento consiste na transmissão e reflexão de ondas electromagnéticas de altafrequência. A detecção das ondas reflectidas permite determinar algumas características do objecto, dependendo das capacidades do radar. No caso dos radares de Artilharia Antiaérea as mais importantes são: direcção, distância, altura, velocidade e tipologia da aeronave. O primeiro Radar foi construído em 1904, por C. Hülsmeyer na Alemanha. Naquela época não houve utilidade prática para o dispositivo, de baixa precisão, de construção difícil e com um sistema de detecção do eco ineficiente. Em 1934, Pierre David, revendo a teoria electromagnética, encontrou o estudo realizado pelo alemão e iniciou experiências para o desenvolvimento de um sistema de detecção por ondas de rádio em alta-frequência, eficiente para a localização de aviões. Simultaneamente, Henri Gutton e Maurice Ponte, conseguiram criar um dispositivo de detecção que funcionou com grande precisão. Em 1935, foi instalado o primeiro sistema radar no navio Normandie com o objectivo de localizar e prevenir a aproximação de obstáculos. No início da Segunda Guerra Mundial, Watson Watt melhorou e desenvolveu novas tecnologias, utilizando os sistemas de emissão fixos e giratórios. O primeiro êxito militar dos radares ocorreu na previsão dos ataques à Inglaterra na Segunda Guerra Mundial. Os ingleses sabiam com precisão a distância, velocidade e direcção do ataque, tendo tempo de dar o alarme, diminuindo as baixas civis apesar do bombardeamento constante efectuado pelos alemães. Desde então, os radares antiaéreos têm vindo a tentar acompanhar a evolução tecnológica das aeronaves. De momento não conseguem detectar aeronaves com tecnologia stealth. Existem três tipos principais de radares antiaéreos. Os radares de aviso local têm a área de cobertura mais reduzida, normalmente vinte ou trinta quilómetros. Os radares de vigilância destinam-se a vigiar uma área mais alargada, podendo o seu alcance variar de acordo com o equipamento, entre os quarenta e os cem quilómetros. Os radares de seguimento ou conduta de tiro destinam-se a guiar os projécteis ou mísseis disparados pelas unidades de tiro até aos alvos, através dos radares de aviso local ou vigilância, tendo a capacidade de os seguir automaticamente. Um radar com a capacidade de detectar a direcção e distância de uma aeronave é designado por radar bidimensional (2D). Se um radar conseguir também detectar a altura a que sobrevoa a aeronave é designado por tridimensional (3D). Existem já vários tipos de radares que, além destas características das aeronaves conseguem também distinguir a tipologia da aeronave (asa fixa, helicópteros, UAVs, mísseis, projécteis) e a velocidade a que a aeronave se desloca. A contra-medida electrónica presente na maioria dos radares contra os empastelamentos do seu sinal é a capacidade de alterar a frequência de emissão. A alteração da frequência pode ser feita de duas formas, nos radares mais antigos, manualmente, nos mais modernos, automaticamente. Quando a alteração é feita automaticamente, o radar, ao verificar que existe outro equipamento a emitir um sinal na mesma frequência, automaticamente altera a frequência de emissão para uma frequência que não esteja a ser utilizada. A grande vantagem dos radares modernos é a capacidade de transmissão automática de dados. Com esta capacidade, quer o operador do radar, quer as unidades de tiro, quer o comandante da força, visualizam em simultâneo e em tempo real a aproximação de aeronaves. Em alguns sistemas de transmissão automática de dados, o processo de selecção e empenhamento da unidade de tiro é automático, enquanto noutros o comandante da força ao visualizar o campo de batalha decide qual a unidade de tiro a empenhar. Com esta capacidade, é melhorado o processo de empenhamento de uma unidade de tiro. O espectro electromagnético é dividido em diversas gamas de frequência para melhor referência. Os radares utilizam uma gama de frequência da ordem dos giga hertz, de acordo com a respectiva gama de frequências que o radar emite. Normalmente variam entre a banda L (1,2GHz) e a banda Ku (13GHz). 52 PESQUISA E TEXTOS Tenente de Artilharia Pisco Boletim da Artilharia Antiaérea RADARES SHORAD AN/MPQ-64 SENTINEL O Radar SENTINEL é fabricado nos Estados Unidos da América pela Thales Raytheon Systems. Tem como missão detectar, seguir, identificar, classificar e transmitir os elementos de alerta às unidades de tiro SHORAD, em tempo real, sobre a existência de qualquer ameaça aérea, incluindo helicópteros, aeronaves de ataque supersónicas, mísseis cruzeiro e UAVs, evitar fratricídio e fornecer informação sobre a situação aérea geral aos centros de comando e controlo. Detecta, executa o seguimento, classifica, identifica em três dimensões, e transmite os elementos dos alvos aos sistemas de armas, possibilitando um empenhamento antecipado sobre a ameaça aérea antes de estes se empenharem sobre as forças a proteger. O SENTINEL equipa as unidades de artilharia antiaérea em diversos Teatros de Operações, de que se destacam o Kosovo, a Bósnia, o Afeganistão e o Iraque. Em todos eles, revelou-se um poderoso sistema de aquisição de objectivos no espaço aéreo. É o principal radar utilizado pelas unidades antiaéreas do Exército dos Estados Unidos da América. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Origem Tipo de cobertura Gama de Frequência Tipo de Radar Alcance (radar primário) Altitude (radar primário) Radar Secundário Tipo Radar (radar secundário) Alcance (radar secundário) IFF Última Versão Contra medidas electrónicas Guarnição Peso Tempo de entrada em posição Tempo de saída de posição Países que equipa Tempo de renovação da informação Rotação da antena Extras Julho 2006 EUA 3D Banda X (7,25 a 8,4 GHz) Vigilância 75 Km 3Km nd nd nd Integrado na antena IFF AN/TPX-56 nd Alteração automática de frequência 2 ou 3 militares 1707 Kg 15 minutos 10 minutos EUA 2 segundos 30 rpm Transmissão automática de dados 53 CROTALE CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 54 O Radar CROTALE Multi-mission air defence missile system é fabricado em França pela Thompson-CSF Airsys. Tem como missão garantir a cobertura radar de uma Brigada contra ameaças aéreas, como aeronaves de asa fixa, helicópteros de ataque, mísseis cruzeiro, mísseis tácticos, ataques em massa e com armas com capacidade stand-off. Possui um sistema IFF e capacidade de detecção e transmissão simultânea e automática de vários tipos de alvos. O radar tem a capacidade de integração com diversos sistemas de defesa antiaérea, como o sistema de armas Crotale. Opera normalmente num pelotão com 4 radares que trocam informação entre si através de transferência automática de dados. Dependendo da ameaça e da posição relativa das unidades de tiro, o empenhamento é automaticamente transmitido para a que estiver em melhor posição de conseguir a destruição do alvo. Todas as acções de detecção e seguimento estão automatizadas, sendo o tempo de reacção médio de 6 segundos entre a primeira detecção e o lançamento do míssil. Origem Tipo de cobertura Gama de Frequência Tipo de Radar Alcance (radar primário) Altitude (radar primário) Radar Secundário Tipo Radar (radar secundário) Alcance (radar secundário) IFF Última Versão Contra medidas electrónicas Guarnição Peso Tempo de entrada em posição Tempo de saída de posição Países que equipa Tempo de renovação da informação Rotação da antena Extras Boletim da Artilharia Antiaérea França 2D Banda S (2,7 a 3,5 GHz) Aviso Local 20 Km 5Km Impulso simples Banda Ku (10,95 a 11,7 GHz) Seguimento e conduta de tiro 30 Km Integrado na antena nd Alteração de frequência nd nd 5 minutos nd França, Finlândia, Arábia Saudita, Oman 1 segundo 60 rpm Câmara IV (15Km); Câmara Térmica (19Km); Transmissão automática de dados RADARES SHORAD ERICSSON GIRAFFE AMB O Radar GIRAFFE é fabricado na Suécia pela Ericsson Microwave Systems. Inclui um sistema C3 integrado que lhe permite actuar como um centro de comando e controlo num sistema de defesa aérea e simultaneamente pode ser integrado num sistema com outros radares Giraffe ligados entre si, providenciando uma invulgar capacidade de cooperação. Ao contrário dos radares 3D tradicionais que se baseiam numa tecnologia de scan em elevação, o Giraffe AMB cobre uma grande área em altitude usando simultaneamente um impulso alargado para a transmissão e múltiplos impulsos digitais para a recepção. Esta concepção da antena providencia não só uma cobertura superior das altitudes mas também uma actualização da informação sobre os alvos, mantendo a mesma elevada cadência de um radar 2D. Todos os alvos dentro do mesmo nível de altitude são determinados usando mono impulsos técnicos que garantem qualidade na informação 3D adquirida. A densidade de impulsos assegura uma imagem fiel mesmo em condições atmosféricas adversas. CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS TÉCNICAS Origem Tipo de cobertura Gama de Frequência Tipo de Radar Alcance (radar primário) Altitude (radar primário) Radar Secundário Tipo Radar (radar secundário) Alcance (radar secundário) IFF Última Versão Contra medidas electrónicas Guarnição Peso Tempo de entrada em posição Tempo de saída de posição Países que equipa Tempo de renovação da informação Rotação da antena Extras Julho 2006 Suécia 3D Banda G/H (5,4 a 5,9 GHz) Vigilância 100 Km 6,1 Km nd nd nd Integrado na antena nd Alteração automática de frequência nd nd 10 minutos 3 minutos Suécia e França nd nd Transmissão automática de dados 55 GERFAUT 56 O Radar GERFAUT Short Range Battlefield Surveillance Radar Family é fabricado numa parceria entre a França e os EUA, pela Thales Raytheon Systems. Tem como missão detectar, identificar, classificar e transmitir os elementos de alerta em tempo real às unidades de tiro SHORAD e VSHORAD sobre a existência de qualquer ameaça aérea, incluindo helicópteros. Destina-se à protecção de posições fixas predefinidas, protecção a forças de manobra ou pontos sensíveis de extrema importância. Normalmente é montado em veículos de lagartas empregues na frente de combate dando apoio às unidades de manobra, obtendo a detecção de aeronaves o mais longe possível. A sua unidade modular é composta por 3 tipos de receptores, 3 tipos de antenas, 2 tipos de processadores e por um computador de registo e envio de dados. Este último é responsável por todas as funções de operação do próprio radar, desde a preparação, radiação, tratamento da informação recebida e envio para as unidades de tiro por meios de transmissão automáticos de mensagens. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Origem Tipo de cobertura Gama de Frequência Tipo de Radar Alcance (radar primário) Altitude (radar primário) Radar Secundário Tipo Radar (radar secundário) Alcance (radar secundário) IFF Última Versão Contra medidas electrónicas Guarnição Peso Tempo de entrada em posição Tempo de saída de posição Países que equipa Tempo de renovação da informação Rotação da antena Extras Boletim da Artilharia Antiaérea França / EUA 2D Banda S (2,7 a 3,5 GHz) Aviso Local 30 Km 5 Km nd nd nd Integrado na antena nd Alteração automática de frequência nd nd nd nd França e Coreia do Sul 1,5 segundos 40 rpm Transmissão automática de dados RADARES SHORAD HARD 3D O Radar HARD 3D Search and Acquisition Radar é fabricado na Suécia pela Ericsson Microwave Systems. O HARD é um radar 3D de busca e aquisição, concebido para uma utilização com sistemas de mísseis antiaéreos de curto alcance. O radar HARD funciona com um complexo sistema de busca com múltiplos feixes de localização na direcção do alvo. A sua pequena dimensão e baixo peso facilitam a sua integração em veículos de todo o tipo. Podemos encontrar uma integração típica do HARD no sistema míssil ligeiro alemão LeFlaSys. A antena com controlo de fase tem 16 elementos, cada um alimentado por um módulo em estado sólido constituído por um transmissor, receptor e alternador de fase (phase shifter). Estes módulos são alimentados por um gerador de frequência de rádio de rápida alternância de frequência (fast frequency-shifting radio frequency generator) e por um dispositivo amplificador que permite a alteração automática da frequência de emissão em caso de empastelamento Possui um indicador de alvo em movimento, MTI (moving target indicator). CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS TÉCNICAS Origem Tipo de cobertura Gama de Frequência Tipo de Radar Alcance (radar primário) Altitude (radar primário) Radar Secundário Tipo Radar (radar secundário) Alcance (radar secundário) IFF Última Versão Contra medidas electrónicas Guarnição Peso Tempo de entrada em posição Tempo de saída de posição Países que equipa Tempo de renovação da informação Rotação da antena Extras Julho 2006 Suécia 3D Banda X (7,25 a 8,4 GHz) Aviso Local 20 Km nd nd nd nd Integrado na antena nd Alteração automática de frequência nd nd nd nd Finlândia e Alemanha nd nd Transmissão automática de dados 57 PSTAR 58 O Radar PSTAR (Portable Search and Target Acquisition Radar) é fabricado nos Estados Unidos da América pela Lockheed Martin. Tem como missão detectar e transmitir os elementos de alerta às unidades de tiro SHORAD, em tempo oportuno, sobre a existência de aeronaves, mísseis cruzeiro e UAVs, evitar fratricídio e fornecer informação sobre situação aérea aos centros de comando e controlo e às Unidades de Tiro. Foi concebido essencialmente para protecção a forças terrestres, defesa de bases aéreas, protecção de pontos críticos ou vigilância de fronteiras. Trata-se de um radar de grande mobilidade, flexível e versátil, com um tamanho reduzido, podendo ser transportado por avião, em viatura ou mesmo manualmente por duas pessoas nos seus contentores de transporte. Tem a capacidade de detectar aeronaves de asa fixa até aos 20 Km e aeronaves de rotor basculante, até aos 14 Km. O seu sistema de contra medidas electrónicas permite-lhe operar em ambiente de guerra electrónica e diminuir o ruído electromagnético da posição envolvente. Quando operado em zonas urbanas não interfere com as frequências rádio, televisão, telefones móveis ou radares de aeroportos. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Origem Tipo de cobertura Gama de Frequência Tipo de Radar Alcance (radar primário) Altitude (radar primário) Radar Secundário Tipo Radar (radar secundário) Alcance (radar secundário) IFF Última Versão Contra medidas electrónicas Guarnição Peso Tempo de entrada em posição Tempo de saída de posição Países que equipa Tempo de renovação da informação Rotação da antena Extras Boletim da Artilharia Antiaérea EUA 2D Banda L (1220 a 1400Mhz) Aviso Local 20 Km 3Km nd nd nd Integrado na antena Modo 1, 2, 3 e 4 PSTAR - Extended Range (30Km) Alteração automática de frequência 2 ou 3 militares 179 Kg 10 minutos (2 Homens) 2 minutos Portugal, Suiça, Austrália, Singapura e Tailândia 6 ou 3 segundos 10 ou 20 rpm Transmissão automática de dados RADARES SHORAD TRMS 3-D LÜR CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS TÉCNICAS Origem Tipo de cobertura Gama de Frequência Tipo de Radar Alcance (radar primário) Altitude (radar primário) Radar Secundário Tipo Radar (radar secundário) Alcance (radar secundário) IFF O Radar TRMS (Telefunken Radar Mobile Search) 3D LÜR é fabricado na Alemanha pela Telefunken AG. É um Radar com capacidade de detecção das três dimensões do campo de batalha. Foi empregue pela primeira vez em 1978. Possui uma estrutura elevatória hidráulica que possibilita a elevação e retracção da antena de forma automática. Possui a capacidade de ligação ao sistema de defesa aéreo Roland e Gepard Última Versão Contra medidas electrónicas Guarnição Peso Tempo de entrada em posição Tempo de saída de posição Países que equipa Tempo de renovação da informação Rotação da antena Extras Alemanha 3D Banda G/H (4 a 6 GHz) Vigilância 200 Km 10 Km nd nd nd Integrado na antena (Possui modo 4) LÜR Alteração automática de frequência 3 militares nd 15 minutos nd nd nd nd Contra medidas electrónicas Quadro Resumo dos Radares SHORAD P-STAR SENTINEL CROTALE GERFAUT HARD 3D GIRAFFE TRMS 3-D LÜR Origem EUA EUA França França / EUA Suécia Suécia Alemanha Tipo de cobertura 2D 3D 2D 2D 3D 3D 3D Gama de Frequência Banda L (1220 Banda X (7,25 Banda S (2,7 a 1400Mhz) a 8,4 GHz) a 3,5 GHz) Tipo de Radar Aviso Local Vigilância Aviso Local Aviso Local Aviso Local Vigilância Vigilância Alcance (radar primário) 20 Km 75 Km 20 Km 30 Km 20 Km 100 Km 200 Km Altitude (radar primário) 3Km 3Km 5Km 5 Km nd 6,1 Km 10 Km nd nd nd nd Radar Secundário nd nd Impulso simples Banda Ku (10,95 a 11,7 GHz) Tipo Radar (radar secundário) nd nd Seguimento e conduta de tiro nd nd nd nd Alcance (radar secundário) nd nd 30 Km nd nd nd nd Integrado na antena Integrado na antena Integrado na antena Integrado na antena Integrado na antena (Possui modo 4) nd nd nd nd LÜR Integrado na Integrado na antena Modo 1, antena IFF 2, 3 e 4 AN/TPX-56 PSTAR Extended Última Versão nd Range (30Km) Alteração Alteração Contra medidas automática de automática de electrónicas frequência frequência 2 ou 3 2 ou 3 Guarnição militares militares IFF Peso 179 Kg Tempo de entrada 10 minutos em posição (2 homens) 60 Banda S (2,7 Banda X (7,25 Banda G/H (5,4 Banda G/H a 3,5 GHz) a 8,4 GHz) a 5,9 GHz) (4 a 6 GHz) Alteração de frequência Alteração Alteração Alteração Alteração automática de automática de automática de automática de frequência frequência frequência frequência nd nd nd nd 3 militares 1707 Kg nd nd nd nd nd 15 minutos 5 minutos nd nd 10 minutos 15 minutos 10 minutos nd nd nd 3 minutos nd Finlândia e Alemanha Suécia e França nd Tempo de saída de posição 2 minutos Países que equipa Portugal, Suiça, Austrália, Singapura e Tailândia EUA 6 ou 3 segundos 2 segundos 1 segundo 1,5 segundos nd nd nd 10 ou 20 rpm 30 rpm 60 rpm 40 rpm nd nd nd Tempo de renovação da informação Rotação da antena Extras França, França Finlândia, e Arábia Saudita, Coreia do Sul Oman Câmara IV (15Km); Câmara Transmissão Transmissão Transmissão Transmissão Transmissão Térmica automática de automática de automática de automática de automática de (19Km); dados dados dados dados dados Transmissão automática de dados Boletim da Artilharia Antiaérea Contra medidas electrónicas A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO Logo que os dirigíveis e aeroplanos surgiram nos campos de batalha, evoluindo sobre as frentes, reconhecendo e descobrindo a situação das tropas, a localização das Baterias e a posição dos ninhos de metralhadoras, foi primordial cuidar-se do fabrico de canhões com métodos e processos adequados de tiro, para o abate e o derrube desses importantes e indiscretos novos observadores. À medida que a navegação aérea progredia, era natural que a par desses estudos, se procurasse o melhor modo de destruir esta nova máquina de combate. A Artilharia Antiaérea organizou-se e revelou-se como uma das armas em que os Países mais investiram. PESQUISA Capitão de Artilharia Vaz Capitão de Artilharia Belo Capitão de Artilharia Leitão Capitão de Artilharia Amador Capitão de Artilharia Heleno Alferes de Artilharia Ladeiro Alferes de Artilharia Cunha Alferes de Artilharia Lopes Países membros da NATO Alemanha Bélgica 62 (8) (1) Hungria (10) Membros da NATO Islândia (11) Membros da NATO desde 2004 Bulgária (2) Itália Canadá (3) Letónia (12) (13) Dinamarca (5) Lituânia Eslováquia (21) Luxemburgo Eslovénia Espanha Estónia EUA (22) (23) (6) (14) Noruega Polónia (15) (17) (18) Portugal (19) Reino Unido (25) (26) França (7) República Checa Grécia (9) Roménia Holanda (16) Turquia (20) (24) Boletim da Artilharia Antiaérea (4) A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO ALEMANHA O exército alemão distingue 11 diferentes tipos de tropas, a que atribui o nome de Corpos. Cada Corpo corresponde a uma área funcional e engloba as respectivas unidades, escolas e centros de treino. A Artilharia Antiaérea é denominada por Corpo de Defesa Aérea, não fazendo parte do Corpo de Artilharia, que corresponde à Artilharia de Campanha. O Corpo de Defesa Aérea é comandado por um MajorGeneral, que acumula com as funções de Comandante da Escola de Defesa Aérea do Exército. A Força Aérea é responsável pela defesa aérea do Território Nacional Alemão e integra o NATINADS. A Artilharia Antiaérea colabora com os seus meios no sistema de defesa aérea. A Força Aérea assume um papel fundamental no GERMAN GROUND BASE AIR DEFENSE utilizando o Sistema PATRIOT. Com a transformação do Exército que ocorreu após a Guerra-fria, foram criadas 5 Unidades de Defesa Aérea, inseridas em diferentes unidades do Exército: • Três Baterias de Defesa Aérea Ligeiras, inseridas respectivamente, na 1ª Divisão Blindada, na Divisão de Operações Especiais e nas Tropas da Brigada do Exército; • Um Regimento de Defesa Aérea Misto, da 1ª Divisão Blindada; • Um Batalhão de Defesa Aérea que pertence ao Comando das Tropas do Exército. A Escola do Corpo de Defesa Aérea localiza-se na cidade de Rendsburg, a norte de Hamburgo, junto da fronteira com a Dinamarca. Na costa do Mar Báltico e nas suas imediações, na região de Tondendorf, estão instalados campos de tiro antiaéreos. O Corpo de Defesa Aérea Alemão forneceu a protecção AA dos acampamentos de refugiados no início dos conflitos na Macedónia (1999) e no apoio e à entrada das forças Alemãs no inicio dos conflitos no Kosovo. As Baterias de Defesa Aérea Ligeiras estão equipadas desde 2001 com o Sistema de Armas Alemão LeFlaSys (Light Air Defense System). Os Sistemas Ro- Exercício de Fogos Reais land e Gepard equipam o de AAA em Todendort Regimento Misto de Defe- com o sistema de armas Gepard. sa Aérea e o Batalhão de Defesa Aérea é equipado com o Sistema de Armas Gepard. O Sistema Radar que apoia as diferentes unidades de AAA é o Radar LÜR, um radar 3D, com capacidade de detecção até aos 200Km. LEFLASYS, numa demonstração durante a visita do Comandante do Corpo de Defesa Aérea a uma Bateria de Defesa Aérea Ligeira em 2006. O futuro da AAA Alemã passa essencialmente por uma redução drástica dos meios humanos, pela substituição ou melhoramentos dos Sistemas de Armas Gepard e Roland, bem como pela criação de uma grande unidade, a funcionar por mobilização, para poder dar resposta a todos os compromissos internacionais. Passa também pela participação em missões internacionais, com unidades puras de Artilharia Antiaérea. 63 BÉLGICA O 14 Régiment Luchtdoelartillerie localiza-se em Lombardsijde, junto ao Mar do Norte e representa a única unidade de Artilharia Antiaérea do exército belga. Possui duas baterias de artilharia antiaérea, a 35.ª e a 43.ª, a três pelotões, constituída cada bateria por cerca de 75 militares. Cada pelotão comporta 6 equipas de 2 militares. No total existem 36 equipas equipadas com o sistema míssil Mistral, prevendo-se que num futuro próximo este seja substituído por um sistema de armas com sistema de C2I em tempo real. O Regimento tem como missão treinar o seu próprio pessoal, funcionando como Escola de Artilharia Antiaérea, assegurar a defesa antiaérea do território nacional, executar missões fora do território nacional sob a alçada da ONU, EU ou NATO, prestar auxílio à população, se necessário, Sistema Míssil MISTRAL e explorar a carreira de tiro, maximizando o treino da defesa antiaérea. CANADÁ 64 A Missão da Artilharia Antiaérea consiste em garantir protecção antiaérea às forças de manobra e a pontos e áreas sensíveis e instalações estratégicas. As Unidades de Artilharia Antiaérea no Canadá, são: • Escola de Artilharia, onde se inclui a formação em Artilharia Antiaérea; • Regimento de Defesa Aérea nº 18; • Regimento de Defesa Aérea nº 4 (O “4th Air Defence Regiment”, que faz parte da Força da base militar canadiana localizada em Gagetown, é constituída por um Quartel-general, pela Bateria de Defesa Aérea 119 em Detachment Moncton, pela Bateria de Defesa Aérea 128 e pela Workshop de Defesa Aérea 210 em Gagetown). • Bateria de Defesa Aérea Nº 58. A Escola de Artilharia garante os Cursos de especialização em Artilharia e é constituída por cinco Baterias: • Bateria de Comando • Bateria de Armamento (Gunnery), • Bateria de Doutrina e Táctica, • Bateria de Manutenção • Bateria de apoio (Bateria de apoio às várias actividades da Escola). Actualmente o Canadá participa em Missões de Apoio à Paz na Jugoslávia, na Bósnia e no Afeganistão. As Forças Armadas canadianas empregam o Sistema Anticarro de Defesa Aérea (ADATS), o Sistema Canhão Oerlikon 35mm, o Sistema Míssil Javelin e o Sistema Radar Skyguard. Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO ESPANHA A Artillería Antiaéria Espanhola, foi fundada em 1931 quando se criou um Grupo de Artilharia Antiaérea, o primeiro na história de Espanha, com localização em Carabanchel (Madrid). Este grupo estava dotado de canhões antiaéreos 76,5/40 Mod. 1919. Depois de várias transformações deu lugar ao Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 71, unidade na dependência do Comando de Artilharia Antiaérea, sedeado em Madrid. A Artilharia Antiaérea Espanhola é um ramo diferenciado da Artilharia de Campanha. A missão genérica da Artilharia Antiaérea espa- nhola é garantir protecção a baixa e muito baixa altitude das unidades de manobra, defesa a baixa e muito baixa altitude de pontos vitais determinados pelo comando, reforço de Artilharia Antiaérea das unidades em apoio das unidades de manobra e colaborar com outros comandos; Na dependência da Força Terrestre de Espanha, encontra-se o Comando de Artilharia Antiaérea, que integra quatro regimentos de Artilharia Antiaérea. Para apoio às grandes unidades operacionais e outras missões existem quatro regimentos e um grupo. O Comando de Artilharia Antiaérea, foi criado em 1 de Maio de 1988, tem na sua dependência quatro unidades de Artilharia Antiaérea e encontra-se sedeado em Madrid. RAAA 71 Criado em 1965, é constituído por três grupos de sistema canhão, que são organizados para o combate para conferir protecção antiaérea a forças terrestres. Actualmente encontra-se sedeado em Madrid e é a unidade que dá apoio ao Comando de Artilharia Antiaérea. É constituído por um Grupo de Sistema Canhão 35/90 e um Grupo Sistema Míssil Mistral a duas Baterias. RAAA 72 Sedeado em Saragoça, o RAAA72, tem como missão fundamental aprontar as suas subunidades, de maneira que possam dar cumprimento à sua missão. Eventualmente constituir ou integrar um agrupamento de Artilharia Antiaérea, formando uma ou várias unidades de defesa de Artilharia Antiaérea (UDAAA) para garantir protecção contra ataques aéreos a baixa e muito baixa altitude a unidades e instalações no território nacional. Tem na sua constituição um Grupo de Artilharia Antiaérea Ligeiro, o GAAAL II/72, equipado com material 35/90, com Direcção de Tiro Skyguard, a duas baterias com seis unidades de tiro cada. Possui uma Bateria equipada com materiais do sistema canhão Bofors calibre 40/70 já desactivados. 65 RAAA 73 Localizado em Cartagena, este Regimento é descendente de diversas Unidades de Artilharia de Costa que passaram por este aquartelamento. É constituída por um Grupo de Sistema Míssil Áspide a duas baterias e um Grupo do Sistema NASAMS – Norwegian Advanced Surface to Air Missile System. RAAA 74 Criado em 1939 e sedeado em Sevilha, este Regimento possui dois grupos. O primeiro grupo, localizado junto do comando do Regimento, equipado com Sistema Míssil Hawk a 6 baterias. O segundo grupo Hawk, igualmente composto por seis baterias, encontrase localizado em Algeciras. Junto deste segundo grupo encontra-se uma bateria do sistema míssil Patriot. Julho 2006 RAAA 81 Formado em 26 de Julho de 1995 e sedeado em Valência, o Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 81 tem como principal missão o apoio às forças de manobra executando a defesa contra ataques aéreos a baixa e muito baixa altitude, bem como a defesa de pontos e áreas sensíveis determinados pelo comando que apoia. Para tal este regimento tem como principais subunidades o 1º Grupo equipado com Sistema Míssil Roland, o segundo com sistema canhão Oerlikon 35/90 com Direcção de Tiro Skyguard e uma Bateria de sistema míssil Mistral. RAAA 82 Criado em 1996, em Logroño, o Regimento de Artilharia Antiaérea n.º 82, é outra das unidades destinadas ao apoio às forças de manobra. Este regimento tem por base um grupo de Sistema Míssil Mistral a três baterias. RAMIX 91 Apronta Grupo de Artilharia Antiaérea com o sistema canhão antiaéreo ligeiro Bofors 40/70, com direcção de tiro Superfledermaus, cuja função é detectar incursões aéreas e proporcionar elementos de tiro ao sistema canhão e uma secção de sistema míssil Mistral, o Regimento de Artilharia Misto N.º 91, situado na ilha de Maiorca, detém as componentes de Antiaérea e de Campanha. Num futuro próximo prevê-se a substituição das peças 40/70 pelo sistema 35/90. RAMIX 93 Para efectuar a defesa do Comando das Canárias, encontra-se situado em La Laguna, na ilha de Tenerife, o Regimento de Artilharia Misto N.º 93. Este Regimento tem como missão apoiar com fogos as unidades de manobra do Comando das Canárias e proteger as unidades e Comando da Zona Militar das Canárias e dos pontos vitais aí localizados contribuindo para a defesa imediata da zona militar como um todo. Os principais materiais que equipam o RAMIX 93, são um grupo de sistema canhão 35/90, uma bateria de sistema Mistral e um Grupo NASAMS a uma bateria. GAAAL VI 66 O Grupo de Artilharia Antiaérea Ligeira N.º VI, está situado em Ceuta, na parte mais Oriental da península. Devido à sua situação geográfica domina uma das maiores altitudes de Ceuta, o Monte Hacho, com uma altitude de 200 metros acima do nível do mar. A missão do GAAAL VI é de garantir a segurança do espaço aéreo do estreito próximo de Ceuta, assim como a segurança do espaço aéreo interno. O GAAAL VI é equipado com duas baterias de sistema canhão 35/90 com três secções a duas peças cada, Direcção de Tiro e Radar de Aquisição LPD-20. ACADEMIA DE ARTILHARIA O Colégio de Artillería é fundado nas instalações de Alcázar de Segóvia, pelo Conde de Gazola, em resposta a uma iniciativa do Rey Carlos III. Em 6 de Março de 1682, aquela que se considerava uma moderna Academia de Artilharia, sofreu um grave incêndio, tendo sido posteriormente transferida para o Convento de São Francisco, onde se encontra actualmente. Hoje em dia todas as matérias doutrinárias de Artilharia são leccionadas nessas instalações. No âmbito da Artilharia Antiaérea são ministrados diversos cursos: Sistemas de Direcção de Tiro; Detecção e localização de objectivos; Comando Táctico e Operador de Sistema Hawk; Comando e Controlo de AAA; Comando Táctico de Sistemas Roland, Aspide e Mistral. Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA Localização do Comando de Artilharia Antiaérea e dos seus Regimentos NATO ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 68 O Exército norte-americano é um dos três ramos que reportam ao departamento de defesa, é composto por duas componentes, a “Active component” e a “Reserve” sendo esta constituída pela “Army reserve” e a “National Guard”. Comandado pelo Chefe de Estado-Maior, General Peter J. Schoomaker, o Exército tem um efectivo de cerca de 700.000 Soldados, pertencendo 70% ao activo e 30% à reserva. O Exército participa activamente nas seguintes operações: Operação Joint Guardian no Kosovo, Operação Iraqi Freedom, Operação Enduring Freedom e outras missões de observação e em forças multinacionais. A Air Defense Artillery estabeleceu-se como um ramo diferenciado em 20 de Junho de 1968, comemora o seu dia em 17 de Novembro, data da fundação do primeiro Regimento de Artilharia comandado por Henry Knox, em 1775. Apesar da Artilharia Antiaérea e da Artilharia de Campanha serem Armas diferentes, ambas herdaram as tradições da Artilharia, onde partilham entre outras a padroeira da Arma – Saint Barbara. No ínicio da II G.M. a Artilharia Antiaérea fazia parte da Artilharia de Costa, organizada em Regimentos a três Batalhões equipados com materiais obsoletos (Metr. 20mm). Em 1940-41 uma reavaliação da AAA decorreu da Blitzkrieg na Europa, com uma expansão da arma que passou a contar com um efectivo de 619000 homens. Em 1943 os Regimentos de Artilharia Antiaérea foram transformados em batalhões e reequipados com novos materiais, entre os quais, a famosa M1 40mm Bofors. As insígnias da Arma são representadas por um míssil montado sobre dois canhões cruzados e estão em uso desde 1934 e a cor da arma é o escarlate. A missão da Artilharia Antiaérea, descrita no FM 44-100, consiste em proteger a força e instalações geopolíticas, de ataques aéreos e mísseis, e vigilância, no entanto ela varia com o tipo de material utilizado. Apesar da doutrina, sistemas de armas e da organização se terem modificado, as missões históricas da Artilharia Antiaérea mantêm-se: • Protecção das forças de manobra; • Protecção de pontos e áreas sensíveis e instalações estratégicas; • Defesa do Território Nacional. A presente estrutura da Artilharia Antiaérea consiste em 10 Batalhões Short-range air defense (SHORAD) e 10 Batalhões High-to medium-altitude air defense (HIMAD) PATRIOT. Os Batalhões SHORAD, guarnecidos com AVENGERS, Bradley Linebackers e Bradley Stingers Fighting Vehicles, são orgânicos das diferentes divisões enquanto que os Batalhões PATRIOT estão nos escalões acima de corpo. A Artilharia Antiaérea está também presente em diversos países, como Alemanha, Itália, Coreia e ainda nos territórios do Alaska e Hawai. A ESCOLA DE ARTILHARIA ANTIAÉREA (U.S. Army Air Defense Artillery School – USAADASCH) está localizada em Ft Bliss, Texas, sendo a mais antiga do Exército, a funcionar desde 1968. A sua missão é o desenvolvimento de programas de treino para pessoal da ADA (Air Defense Artillery)e países aliados que produzam líderes que sejam tecnica e tacticamente proficientes. A escola apoiada pela 6th Brigade, ministra todo o tipo de cursos, ligados à Antiaérea destacando-se o Air Defense Artillery Captains Career, o Officer Basic e todos os cursos ligados ao material, SHORAD e PATRIOT. As Carreiras de Tiro usadas pela Artilharia Antiaérea nos seus exercícios de fogos reais são a White Sands Missile Range, Red Rio Bombing Range, Oscura Range e McGregor Range esta última localizada em Otero County, New México com uma extensão de 678,108 acres é uma das principais carreiras de tiro para equipamentos SHORAD, na proximidade de Fort Bliss. Esta carreira de tiro acolhe anualmente o principal FIREX, o exercício conjunto ROVING SANDS. Fogos Reais de Sistema PATRIOT Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA Na I Guerra Mundial, sem doutrina ou armamento específico, a Artilharia Antiaérea Norte Americana participou na força expedicionária aliada. Na II Guerra Mundial as unidades de Antiaérea, comprovaram o que hoje é o seu lema, “First To Fire”, pois foram as primeiras forças a entrar em combate contra as aeronaves Japonesas em Pearl Harbor. As Unidades de Artilharia Antiaérea abateram nos 4 meses seguintes 82 aeronaves inimigas. Soldados de AAA na II Guerra Mundial Na Europa foram integradas nas primeiras forças a desembarcar no Dia – D onde para além de cobertura antiaérea nas praias ao longo da Normandia auxiliaram na destruição de bunkers inimigos, unidades de Antiaérea defenderam também a Ponte de Remagen no que viria a ser uma das defesas mais famosas da história. Durante a Guerra da Coreia unidades estacionadas na base Suwon foram as primeiras a entrar em combate quando da invasão das forças Norte-Coreanas, durante este conflito a Antiaérea foi determinante no desfecho de batalhas como as de “Heartbreak Ridge” e “Porkchop Hill”. A força de AAA cresceu durante a Guerra Fria a par do desenvolvimento de armas nucleares na URSS e capacidade de bombardeamento em território Americano e da tecnologia de foguete capturada aos Alemães, centenas de baterias míssil foram colocadas em volta dos Estados Unidos. No Vietnam a supremacia aérea era total, no entanto as forças de AAA provaram mais uma vez a sua eficácia em fornecer apoio de fogos às forças de manobra, tendo sido reconhecidas com mais de 450 medalhas de Valor e mais de 1000 “Purple Hearts” Na operação “Urgent Fury”, em 1983, as equipas Stinger integraram as forças de assalto da 82d Airborne Division. Na operação “Juste Cause” no Panamá, em 1988, 10% das baixas do inimigo foram causadas por um pelotão VULCAN da 7th ID. O Dia D para a AAA, na Operação “Desert Storm”, não foi em 24 de Fevereiro de 91, quando a campanha NATO terrestre começou, mas sim Agosto de 90, quando a bateria B/2-7 PATRIOT se tornou operacional na base de Dhahran. Durante a Desert Storm a ADA esteve envolvida em toda a parte, desde da protecção das divisões até à defesa de pontos sensíveis na Arábia Saudita, Israel e Turquia. A 10th ADA Brigade integrou baterias PATRIOT americanas, alemãs e israelitas na defesa de Tel Aviv e Haifa. A 4-5 ADA/1st Cavalry Division destacou a primeira bateria AVENGER na operação Desert Storm/Shield e foi uma das primeiras unidades a ter baixas quando as suas sub-unidades apoiaram um reconhecimento em força anterior ao início da ofensiva terrestre. Em 2004 o General Michael Vane, então chefe da Air Defense Artillery, propôs a criação de cinco Batalhões compostos, constituídos por quatro baterias PATRIOT e uma bateria AVENGER. Em 2009 as baterias AVENGER serão substituídas e vão converter-se gradualmente em Surface-Launched Advanced Medium Range Air-to-Air Missile (SLAMRAAM). O 1st Battalion, 44th Air Defense Artillery, inicialmente orgânico da 4th Infantary Division, aquartelado em Fort Hood, Texas, vai ser recolocado em Ft Bliss e juntamente com o 1st Battalion, 43th Air Defense Artillery, estacionado na Coreia, formarão o 1st Composite AMD (Air and Missile Defense) Battalion. Prevê-se que a escola de Artilharia Antiaérea seja recolocada em Fort Sill, Oklahoma. O sistema SHORAD está em fase de transição do seu papel fundamental de protecção da força, para um novo conceito, o – EAADS- (Enhanced Area Air Defense System) que irá aumentar em grande escala a capacidade de defesa contra mísseis cruzeiro, UAVs (Unmanned Aerial Vehicles), aeronaves de asa fixa e helicópteros em relação aos sistemas SHORAD existentes. As capacidades iniciais do EAADS serão maximizadas com a integração de sistemas SLAMRAAM (Surface Launched Advanced Medium Range Air-to-Air Missile), do sistema radar SENTINEL, do JLENS (Joint Land Attack Cruise Missile Defense Elevated Netted Sensors System), complementado por outros sensores, e de sistemas de comando e controlo BMC4 I. O MTHEL (Mobile Tactical High Energy Laser), integrado no sistema EAADS surge como a sua peça basilar que transforma e confere novas capacidades à defesa antiaérea. Como único sistema de defesa antiaéreo na zona avançada, surge o sistema MANPAD Stinger. Um degrau acima, na arquitectura de defesa aérea, actua o sistema MEADS (Medium Extended Air Defense System) que confere protecção aérea integrada, contra Julho 2006 69 ataques de mísseis às forças terrestres e outros elementos críticos durante todas as fases das operações. O JTAGS (Joint Tactical Ground Station) é um dos programas ainda em desenvolvimento que permitirá ao comandante ter actualizado um sistema de processamento de informação para um plano de contingência ou em tempo de guerra. O JLENS (Joint Land Attack cruise missile Defense Elevated Netted Sensors System) é um sensor de baixo custo que permite a detecção acima da linha do horizonte de mísseis cruzeiro. O Exército Americano, em Janeiro de 2003, validou os requisitos de protecção da força para as suas forças no Iraque. Estas forças foram submetidas a fogos indirectos, na sua área de responsabilidade, que afectaram a capacidade da força fornecer segurança adequada a aeródromos e bases avançadas. Estes e outros ataques inopinados, aumentaram consideravelmente a necessidade de detectar e identificar movimentos que se tornem ameaça a uma dis- tância suficiente, para uma tomada de decisão táctica. O JLENS colmatou a baixo custo esta necessidade operacional tendo os primeiros sistemas entrado em funcionamento pleno em Março de 2003. O sistema é agora conhecido como RAID (Rapid Aerostat Initial Deployment) e a sua missão é fornecer protecção à força e segurança às forças da coligação. À medida que a criação dos batalhões compostos redefine a arquitectura da ADA altera também a cultura que destingue os soldados HIMAD e SHORAD. Dependendo dos fundos disponíveis e da evolução da ameaça aérea a estrutura pode evoluir para a formação de 16 AMD (Air and Missile Defense) batalhões compostos. Estes batalhões terão baterias, mistas, de PATRIOT/Medium Extended Range Air Defense Systems (MEADS), SLAMRAAM, Joint LandBased Cruise Missile Defense Elevated Netted Sensors (JLENS) e Enhanced Area Air Defense Systems (EAADS). Assim está definido para as Forças de AAA emergentes oito Batalhões puros PATRIOT, cinco Batalhões Compostos AMD e um Batalhão Puro SLAMRAAM. FRANÇA 70 As Forças Armadas Francesas encontram-se divididas em 4 Ramos, o Exército (Armée de Terre), a Marinha (Marine Nationale), a Força Aérea (Armée de l'Air) e a Guarda Nacional (Gendarmerie Nationale), policia militar que na maioria das vezes actua como uma policia geral e rural. Com um efectivo de cerca de 134 mil militares o Exército encontra-se dividido em cinco regiões (Distritos Territoriais): Norte, Nordeste, Centro, Sudeste e Sudoeste. Em termos organizacionais também dispõe de duas Cadeias de Comando: Cadeia Funcional (Estado Maior, QG das Regiões, Direcções de Formação, Doutrina Gestão de Pessoal e Central) e Cadeia Operacional (4EM, oito Brigadas de Manobra, uma Brigada Aeromóvel, duas Brigadas Logísticas, uma Brigada Franco-Alemã e cinco Brigadas de Apoio, entre elas uma Brigada de Artilharia) Presmedenta O Comando Operacional das Forças Terrestres (CTAF) detém o controlo de todas as unidades, entre elas: qautro Divisões cada uma com quatro Brigadas. O CTAF é também responsável pelo comando de outras unidades tais como as Forças Especiais Terrestres e o Comando Logístico. Actualmente os Sistemas Terrestres de Defesa Aérea são da responsabilidade da AAA Francesa, a qual detém responsabilidades a médias, baixas e muito baixas altitudes, em coordenação com a Força Aérea, sendo esta última responsável pela Defesa Aérea do Território Nacional. Assim a AAA Francesa tem por missão contribuir para a defesa aérea do território nacional, em coordenação com a Força Aérea, e garantir a protecção antiaérea às unidades de manobra, a médias, baixas e muito baixas altitudes. Clinica Médica da Praça do Areeiro Praça Dr. Francisco Sá Carneiro, n.º 8 3.º E Lisboa Várias Especialidades Médicas Medicina Dentária Próteses Fixas e Removíveis Aparelhos e Implantes Telef: 21 848 32 42 / 91 689 25 80 www.presmedenta.pt E-mail: [email protected] Acordo com: ADM ADSE MEDIS OGMA RDP SAMS(Q) outros A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO As unidades de Artilharia Antiaérea são as seguintes: 54º Regimento de AAA em Hyeres equipado com ROLAND e MISTRAL Criado a 01Mar1910 em Lyon, o 54º Regimento de Artilharia encontra-se equipado com sistemas de armas terra-ar Roland e Mistral e respectivos simuladores de tiro, o que lhe confere um dos mais altos padrões de operacionalidade dentro de Exército Francês. Situado em Hyeres, perto do mar e a somente 15 Km de Toulon, este Regimento tem por missão assegurar a defesa aérea a baixas e muito baixas altitudes das unidade de manobra, bem como participar na defesa aérea do território nacional, nomeadamente na faixa mediterrânea. Em tempo de paz, o Regimento assegura a defesa aérea de Kourou (Guiana) e das Forças estacionadas em Djibouti. Este Regimento é composto por: • 1 Bateria de Comando e Serviços • 2 Baterias de Tiro Roland • 3 Baterias de Tiro Mistral • 1 Bateria de Apoio • 1 Bateria de Operações • 1 Bateria de Reserva 57º Regimento de AAA em Bitche equipado com ROLAND e MISTRAL Sendo a única formação do Exército equipada com o Sistema Míssil ROLAND montado sobre um chassis AMX30 e uma Bateria Mistral Paraquedista, este Regimento tem por missão assegurar a protecção das forças de manobra empenhadas e pontos sensíveis. Criado em 1909 em Toulose e actualmente sedeado em Bitche o 57º RAAA é composto por: • 5 Baterias de Tiro (4 Baterias AMX30 Roland a duas Secções e 1 Bateria Mistral Paraquedista a 4 Secções). • 1 Bateria de Operações equipada com o Sistema de C2I MARTHA • 1 Bateria de Comando e Serviços • 1 Bateria de Apoio e 1 Unidade de Reserva Comporta um total de 74 Oficiais, 390 Sargentos, 700 Praças, 120 civis e 110 reservistas. 402º Regimento de AAA em Chalons em Champagne equipado com HAWK Como parte integrante da Brigada de Artilharia que compõe o Exército Francês, este Regimento tem a particularidade de ser equipado somente com sistema míssil de médio alcance HAWK desde 1964. Criado em 1923, o Regimento é herdeiro de uma longa tradição de valores intimamente relacionados com a defesa aérea tais como o espírito de equipa e a excelência técnica. Instalado na região de Champagne-Ardenne, em Châlons-en-Champagne, tem por missão assegurar a defesa aérea a média altitudes às forças de manobra bem como a pontos sensíveis. Como missões específicas garante a defesa do espaço aéreo de Kourou (Guiana), missões de soberania em Martinica (Guiana), missões de presença em Africa e missões no âmbito da ONU, NATO e da UE na ex-Jugoslávia e Macedónia. Articulado sob o seu Estado-Maior o Regimento é constituído por: • 4 Baterias de Tiro; • 1 Bateria de Instrução; • 1 Bateria de Comando e Serviços; • 1 Bateria de Operações; 17 Grupo de AAA em Landes equipado com MISTRAL Criado a 16 Março de 1854, o 17º GAAA pertence a um dos Regimentos mais antigos de França, sendo actualmente o centro de instrução de AAA. Encontra-se instalado em Landes, a 80 Km de Bordéus, junto ao atlântico a 2 horas dos Pirinéus. Participa activamente no processo de implementação de novos materiais, detém a responsabilidade pela instrução e treino das secções Drone de Reconhecimento CL 289 e garante a segurança do centro de testes de Landes e ao centro nacional de avaliação da formação. Encontra-se equipado com SATCP MISTRAL/SAMANTHA e canhões de 20 mm. Julho 2006 71 Criada em Châlons-sur-Marne, a primeira Escola de Artilharia foi fundada em 1871 em Fontainebleau. Durante a II GG passou por Nîmes, em 1940 a 1942, depois em Cherchell, Algéria de 1942 a 1945. Neste mesmo ano foi criado em Nîmes o Centro de Forças Terrestres Antiaéreas, que derivou em Escola de Especialização de Artilharia Antiaérea e mais tarde Escola de Aplicação de Artilharia TerraAr. Em finais de 1952 a Escola voltou às suas Instalações em Châlons-sur-Marne. Em 1983 foi instalada em Draguignan, juntamente com a componente de Campanha formando a Escola de Aplicação de Artilharia. A Escola tem por missão a formação de todos os jovens Cadetes e Sargentos de Artilharia, subordinada ao Comando dos Organismos de Formação do Exército Francês mas com responsabilidades na defesa da área militar de Marselha. A Escola assegura a formação de Artilharia de Campanha e Antiaérea (formação inicial e de aperfeiçoamento) bem como estudos e avaliações nos domínios técnicos e tácticos. A Escola dispõe de uma panóplia de materiais que vão desde Obuses 155mm (AUF1 e TRF1), a par de Radares como o RATAC- S, bem como Sistemas de Armas terra-ar como o ROLAND, HAWK, MISTRAL e os radares, SAMANTHA, HIPC e CWAR a par dos sistemas de transmissão automática de dados ATLAS, ATILA e MESIRE. O Exército dispõe de carreiras de tiro antiaéreas (voltadas para o mar, junto ao mediterrâneo) em Lille onde o 54º Regimento efectua tiro de CAROL e MISTRAL. O Exército Francês tem vindo a participar em quase todos os conflitos armados mais recentes, não só em missões de presença em África, na ex-Jugoslávia e Macedónia, todas elas com unidades de AAA, mas também na Guerra do Golfo, com uma participação de cerca de 18 mil militares, bem como no Afeganistão. HOLANDA 72 A Defesa Aérea holandesa surgiu durante a I Guerra Mundial e durante as invasões germânicas na II Guerra Mundial, onde se tornou famosa ao abater 450 aviões alemães em 5 dias. A Defesa Aérea lutou mais tarde contra o Japão (1940-1945), Indonésia (naquele tempo uma colónia holandesa 1946-1949) e Nova Guiné (1962). Durante os anos 50 a Defesa Aérea Holandesa chegou a atingir um efectivo de dez mil militares. Tanto o Exército como a Força Aérea têm Unidades Terrestres de Defesa Aérea, quase todas as Unidades estão situadas em De Peel, na parte Sul da Holanda, excepto a Artilharia Antiaérea Aerotransportada, que está situada em Schaarsbergen. O Centro de Defesa Aérea Conjunta da Holanda (JADC), em De Peel foi oficialmente aberto pela Força Armada Real da Brasão da JADC Holanda em Janeiro de 2005, e todas as forças de Defesa Aérea da Força Aérea Real da Holanda (RNLAF) e do Exército estão sob o Comando do JADC. A criação do JADC faz parte de um programa iniciado em 2004 destinado a ser concluído em 2012 e é conhecido por “Future Ground Based Air Defense System”. O Objectivo principal do programa é defender as Forças Armadas e pontos críticos do país e defender as Forças em missão no exterior contra ameaças aéreas modernas: mísseis tácticos balísticos, mísseis cruzeiro, UAVs, Munições Inteligentes, helicópteros e outras aeronaves. Na Defesa Aérea Holandesa estão a ocorrer grandes mudanças, todas as Unidades (excepto as Aerotransportadas) estão a ser transferidas para De Peel. Nesse mesmo local também se encontra a Dutch Joint Air Defence Center (JADC), Centro de Defesa Aérea Conjunta holandesa, o Comando de Defesa Aérea (Exército) e o “Groep Geleid Wapens” (nome holandês para as Unidades Patriot). O JADC treina e apronta to- Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO Esquadrão de Segurança e ainda um outro de Apoio de Manutenção e Logístico. Para exercícios de fogos reais as Unidades deslocam-se para carreiras de tiro antiaéreas localizadas em Creta (a maior ilha das treze periféricas da Grécia), Dinamarca e Alemanha. A Artilharia Antiaérea Holandesa esteve presente em Operações de Estabelecimento e Imposição de Paz, na Bósnia e no Chipre. Os sistemas terrestres de defesa aérea da Força Aérea eram inicialmente o NIKE-AJAX, NIKE-HERCULES e HAWK e agora são o PATRIOT e o STINGER. Existe ainda um projecto para adquirir um Sistema para os alcances médios, provavelmente o Sistema Norueguês NASAM. O Exército usa Stingers e CHEETAHs Blindados (Sistema Canhão Mecanizado) para a Defesa Aérea. O CHEETAH vai ser substituído por plataformas móveis Stinger em FENNEKS Blindados e MERCEDES BENZ no próximo ano. das as Unidades de Defesa Aérea Holandesa. Incluídas no projecto do “Future Ground Based Air Defense System” estão as três Btr localizadas em Ede: a 11ª Btr que faz parte da 41ªBrigMec, a 12ª Btr que faz parte da 43ª BrigMec e a 13ª Btr que faz parte da 13ª BrigMec. A 41ª BrigMec será extinta em 2007 e a 11ª Btr que até então fazia parte desta, fica intacta mas não será atribuída a qualquer Brigada. Existe também a 11ªCompanhia de Defesa Aérea na 11ª Brig de Manobra Aérea, que é correntemente equipada com o sistema MANPAD STINGER. A Força Aérea Holandesa tem um Grupo situado em De Peel, constituído por sete Esquadrões; dos quais quatro estão equipados com os Sistemas Míssil Patriot e Stinger, um Esquadrão de Operações, um 73 HUNGRIA A Hungria tem uma população de cerca de 10 milhões de habitantes e uma área geográfica de 93 918 Km2. A Hungria tornou-se membro da NATO em 1999, e só em 2004 entrou na União Europeia. Desde que faz parte da aliança tem sofrido reestruturações, para se adaptar às novas missões e compromissos. A Hungria apresenta nas Forças Armadas um efectivo de, aproximadamente, 27 000 homens, com cerca de 11 400 no Exército e 6 600 na Força Aérea, o efectivo restante, de cerca de 9 000 homens, estão distribuídos pelas forças logisticas, de apoio, pela componente médica e pelo comando de treino e mobilização. A Hungria também possui meios terrestres de defesa aérea tanto no Exército como na Força Aérea. Até 2004 a estrutura das Forças Terrestres era a que se indica na Figura 1. A partir de 2004 a transformação destas forças deram origem à estrutura que se apresenta na Figura 2, onde se verifica que Julho 2006 Figura 1 – Estrutura do Exército em 2004 74 Figura 2 – Estrututa do Exército em 2006 a AAA sofreu reduções. A AAA das Forças Terrestres da Hungria têm por missão a protecção antiaérea (AA) das unidades de manobra onde estão integradas. Os equipamentos da AAA do Exército, são: • Sistema MISTRAL • SA-14 GREMLIN • SA-16 GIMLET A Força Aérea também possui sistemas terrestres de defesa aérea, constituídas, para contribuir para a Defesa Aérea do território. A Força Aérea também sofreu alterações a nível orgânico, pois em 2004, tinha uma Brigada e um Regimento de defesa aérea. Actualmente a Força Aérea da Hungria apenas possui uma Brigada de AAA SAM. Os equipamentos da AAA da Força Aérea, que Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO Figura 3 – Localização das Unidades AAA e da Unidade Terrestre de Defesa Aérea equipam a 12ª Brigada de AAA, são sistemas míssil de baixa e média altitude, SA-6 GAINFUL e MISTRAL. A Hungria tem previsto a aquisição de novos equi- pamentos de AAA de média altitude, a partir de 2008, nomeadamente o Sistema NASAMS (Norwegian Advanced Surface to Air Missile) e o Sistema SLAMRAAM. ITÁLIA A Artigliera Controaerei foi criada durante a campanha da Líbia em 1911–12, quando surge a primeira ameaça aérea. Em 1915 é constituída a primeira unidade de defesa aérea em Nettuno (Roma). Mais tarde, em 1951, 5 Regimentos de Defesa Aérea Ligeiros são convertidos em Artilharia Pesada, equipados com peças 90/50 de fabrico americano e peças 90/53 de fabrico italiano. Nos anos 60 os materiais pesados são substituídos pelas peças 40/70 com controlo automático de tiro e pelo sistema míssil Hawk, integrado no sistema de defesa aérea da NATO. O Quartel-general da Artilharia Antiaérea é criado em Brescia em 1 de Outubro de 1962, tendo sido deslocado para Pádova em 30 de Junho de 1972. No fim dos anos 80 a capacidade de defesa é aumentada com a distribuição de sistemas de armas adicionais integrados no sistema de defesa aérea. Posteriormente são adoptados novos sistemas de armas como o Stinger, o SIDAM e o Skyguard-Aspide. De acordo com o novo sistema de defesa, a Artilharia Antiaérea é reestruturada e reduzida em 1996 e 1997 e a sua capacidade operacional é modificada, por forma a fazer face aos novos e diferentes requisitos da ameaça aérea. Depois das remodelações sofridas, resultado dos conflitos em que o país participou, a Artilharia passou a articular-se, a partir de 1999, em duas especialidades distintas: a Artilharia de Campanha e a Artilharia Antiaérea. A Artilharia Antiaérea tem como principal missão garantir a defesa contra ataques de aeronaves a áreas e pontos sensíveis, bem como de unidades de manobra. A unidade “base” da Artilharia é a Brigata di Artiglieria Contraerea. Esta Brigada, com sede em Pádova, é inserida na cadeia de defesa da NATO, no NATINADS. A sua organização é quaternária tendo como unidades subordinadas quatro regimentos. A Brigada de Artilharia Antiaérea é composta por diversas unidades: • 4º Reggimento Artiglieria Controaerei “Peschiera” • 5º Reggimento Artiglieria Controaerei “Pescara” • 17º Reggimento Artiglieria Controaerei “Sforzesca” • 121º Reggimento Artiglieria Controaerei “Ravenna” • Reparto Rifornimenti Riparazioni • Banda Brigata Artiglieria Controaerei O 4º Reggimento Artiglieria Controaerei “Peschiera”, sedeado em Mantova, assumiu esta designação a partir de 1 de Junho de 1930. As suas baterias montaram segurança e defesa da Sicília e de outras zonas de Itália durante a Campanha de África Oriental. Participou igualmente na II Guerra Mundial. Em 1941 76 Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA combateu com um grupo sul contra greco-albaneses e em 1942-43 todo o seu efectivo esteve sedeado na Rússia. Foi decomposto depois do armistício de 8 de Setembro de 1943, voltando a ser reconstituído a partir de 1947. Tem na sua actual constituição o Comando do Regimento, uma bateria de apoio logístico, uma bateria de comando e um grupo de artilharia antiaérea. Possui como principais equipamentos 30 Sistemas Míssil Hawk, Sistema de Comando e Controlo AN/TSQ73 e Posto de Comando para Unidades de Tiro Hawk O 5º Reggimento Artiglieria Controarei “Pescara” é composto pelo Comando, uma bateria de supporto logistico, uma bateria de comando e um Gruppo Controaerei. Descende do 9º Centro Controaerei constituído em 1926. A 1 de Janeiro de 1934 recebe a denominação de 5º Reggimento Controaerei e é mobilizado em 6 de Setembro de 1935 para a campanha na África Oriental. Sucessivamente os seus grupos tiveram parte na II Guerra Mundial nas frentes africana, russa e balcânica. Regressa a Pádova em 1943. É reconstituído em Março de 1947 com o nome de Reggimento Artiglieria Controaerei Leggera. Em 1 de Fevereiro de 1951 é reestruturado e passa a chamar-se Reggimento Artiglieria Controaerei Pesante. Com a aquisição do sistema Míssil Hawk em 1964, passa a ter a designação actual. Este Regimento possui actualmente 30 sistemas míssil Hawk, com os respectivos órgãos de comando e controlo que já foram mencionados e a sua sede é em Pádova. O 17º Reggimento Artiglieria Controaerei “Sforzesca” é composto por um comando do regimento, uma bateria de apoio logístico, uma bateria de comando, e dois gruppi controaerei, a sua sede é em Sabaudia. Possui como principais materiais 16 Sistemas Skyguard “Áspide”, 104 Sistemas SIDAM e 56 Sistemas Míssil Portátil Stinger NATO Depois de um breve ciclo de treino e preparação é transferido para Roma. Após ter participado em diversos conflitos, é reconstituído em Março de 1951, em Reggio Emília, equipado com materiais 105/22. Em 3 de Novembro do mesmo ano estabelece-se na cidade de Modena. Em 15 de Junho de 1953, toma o nome de 121º Reggimento Artiglieria Controaerei Pesante, sendo transferido para Bolonha. Em Outubro de 1963 passa a depender do Comando Artiglieria dell’Esercito. Em Março de 1970 com material 40/70, assume a denominação de 121º Reggimento Artiglieria Controaerei Leggera. Em 1988 é guarnecido com o Sistema Míssil Portátil Stinger e, em 1991 depois de efectuados os testes ao material, recebe o sistema Canhão Auto-propulsado SIDAM cal. 25mm. Actualmente está equipado com 16 Sistemas Skyguard “Áspide”, 104 Sistema SIDAM e 56 Sistemas Stinger. A Scuola di Artiglieria é a Escola de Artilharia onde são ministrados todos os cursos de Artilharia. As suas origens remontam ao dia 1 de Julho de 1888 em Nettuno, onde foi constituída a “Scuola Centrale di Tiro di Artiglieria”. A 9 de Agosto de 1910, subdividiu-se em duas escolas: a Scuola Centrale di Artiglieria da Campagna, que mantém a sede em Nettuno, e a Scuola di Artiglieria da Fortezza, com sede em Bracciano, onde já em 1894 existia um polígono de tiro. Em 1920 as duas escolas fundem-se na Scuola Centrale di Artiglieria na sede de Bracciano. Depois das suas instalações terem passado para Civitavecchia em 1925, 20 anos depois retorna definitivamente a Bracciano, unificada num único instituto que receberia o nome de Reggimento di Addestramento di Artiglieria. Com o passar dos anos esta escola sofreria várias modificações, fruto da evolução do exército italiano e das lições aprendidas na participação em conflitos de vulto. Sabe-se que a partir de 1997 foi colocado sob a dependência da Escola o Centro Addestramento e Sperimentazione per l’Artiglieria Controaerei, onde são ministrados cursos e especialidades de Artilharia Antiaérea. O 121º Reggimento Artiglieria Controaerei “Ravenna” é composto por um comando do regimento, uma bateria de apoio logístico, uma bateria de comando e um grupo de Artilharia Antiaérea. Constituído em 1 de Maio de 1941 em Piacenza, com três grupos do material 75/18 mod. 35. Julho 2006 77 POLÓNIA A Polónia é um país com uma dimensão superior a Portugal, aproximadamente 3,4 vezes, e tem uma população de cerca de 3,6 vezes a de Portugal. Tornouse membro da NATO, em 1999 e entrou recentemente na União Europeia, em 2004. É um país ainda com algumas referências dos paises do antigo Bloco de Leste, (os seus equipamentos de Artilharia Antiaérea (AAA) assim o demonstram) e que tem vindo a reorganizar-se desde que se tornou membro da NATO. As Forças Armadas têm um efectivo de aproximadamente 150 000 militares, com cerca de 89 000 nas Forças Terrestres, 31 000 na Força Aérea e 12 000 na Marinha. É também de salientar, que existem meios terrestres de defesa aérea tanto no Exército como na Força Aérea, necessariamente com missões distintas. O Exército consiste de um modo genérico em unidades de componente operacional e componente territorial, organizados em dois distritos militares, o Pomeranian (a Norte) e o Silesian (a Sul). O Exército é constituído pelas seguintes forças: • Forças Mecanizadas e Blindadas; • Forças Aerotransportadas; • Forças de Artilharia e Mísseis; • Forças de Defesa Aérea; • Forças de Engenharia; • Forças de Defesa Biológica e Quimica; • Forças de Transmissões; • Forças de Reconhecimento e GE; • Forças de Operações Especiais e Psicológicas; • Forças de Logística. 78 As Forças de Defesa Aérea são a componente mais recente das Forças Terrestres, criadas devido à sua especificidade e também pela sofisticação dos novos materiais de AAA, que obrigam a um conhecimento mais técnico da pelos operadores. Em 1920 foi criada a primeira unidade de AAA das Forças Armadas da Polónia, a “Zenith Artillery Training Squadron”. Esta Unidade foi criada pelo decreto do Ministro da Defesa Nº 166 de 29 de Julho de 1920. Esta unidade foi formada quando o Exército Vermelho, se estava a aproximar de Varsóvia. Este esquadrão era composto por três Baterias e uma Unidade de Detecção por Luzes. Depois da Guerra entre a Polónia e a Russia, foi alterada a designação do esquadrão para “Zenith Artillery Squadron”, e dois anos mais tarde foi formado o 1º Regimento de Artilharia Antiaérea em Varsóvia. O Regimento era constituido por três baterias de canhões antiaéreos, um pelotão de transmissões, um pelotão de detecção por luzes e um pelotão de transmissão por telégrafo. A Artilharia Antiaérea é parte integrante do Sistema de Defesa Aérea Nacional e garante a protecção antiaérea das forças terrestres contra aeronaves ou outros meios aéreos hostis. A Polónia tem actualmente dois Regimentos de Artilharia Antiaérea SAM, o 4º e o 8º Regimento que dependem directamente do Cmdt das Forças Terrestres. As forças terrestres para além de outras unidades são compostas por 3 Divisões Mecanizadas e 1 Divisão Blindada. Estas Divisões têm cada uma um Regimento de AAA, dependentes directamente do Cmdt da Divisão. Estas divisões são constituidas por Brigadas Mecanizadas e Brigadas Blindadas, que também têm Baterias ou Pelotõas de Artilharia Antiaérea orgânicas. Os equipamentos da AAA do Exército são fundamentalmente de origem Soviética, mas também já possui equipamentos produzidos na Polónia. Os equipamentos são os seguintes: Sistemas Missíl (Msl) : • SA-6 GAINFUL • SA-8 GECKO • SA-9 GASKIN • SA-7 GRAIL • GROM Sistemas Canhão: • SP ZSU 23-4 SZYLKA • ZU 23-2 • ZU 23-2 TG • PZA Loara Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO 79 Euroroma Consultório Médico Av. de Roma, n.º 10 1.º D Lisboa / Praça de Alvalade, n.º6 1.ºDt.º Lisboa Várias Especialidades Médicas Medicina Dentária Próteses Fixas e Removíveis Aparelhos e Implantes Telef: 21 848 42 74 / 21 782 00 65 / 21 795 80 22 Tlm: 91 689 25 80 E-mail: [email protected] Acordo com: ADM ADSE MEDIS OGMA RDP SAMS(Q) outros Localização das Unidades Terrestres de Defesa Aérea pertencentes à Força Aérea A Força Aérea tem por missão genérica a defesa do espaço aéreo da Polónia. A estrutura da Força Aérea consiste fundamentalmente, em unidades Aéreas e unidades terrestres de defesa aérea, com sistemas de média e altas altitudes e Radares. Actualmente estas unidades terrestres são três Brigadas de defesa aérea e um Regimento de defesa aérea, nomeadamente a 1ª, a 3ª e a 61ª Brigada e o 78º Regimento, que contribuem para a Defesa Aérea do seu espaço aéreo. Os sistemas terrestres de defesa aérea da Força Aérea, são os seguintes: • SA-3 GOA • SA-4 GANEF • SA-5 GAMMON 80 SA-3 GOA – S125 Origem: URSS Serviço: 1961 (URSS); S125 NEVA-M: Ultima Versão Polonia 2001 Upgrade S125 NEVA-SC Missão: Bater Aeronaves, Helis e Msl Cruzeiro Baixa e Média Altitude Máx Altitude: 25Km Máx Distância: 25Km Vel Msl: Mach 3 Guiamento: IR Terminal homing Cabeça de Guerra: 60 Kg HE Radar: SNR-125 Alcançe: N/A Guiamento: 2 Msl simultâneo TV Camera: 25Km SA-4 GANEF – 2K11 Krug Origem: URSS (1967) Fabrico: Russia + 9 Paises Serviço: 1999 (Polónia) Missão: Bater aeronaves e Msl Cruzeiro Médias e Altas Altitudes 4 Versões do Msl: 9M8, 9M8M 9M8M1 – 1967 9M8M2 - 1973 Vel Msl: Mach 4 Max Alcance: 50/55 Km Máx Altitude: 27 Km Cabeça de Guerra: 175Kg HE Guiamento: Por radar, semiactive homing Alcance Radar: 175Km Guarnição: 5 SA-5 GAMMON - S200 (Estático) Origem: URSS(1967) Serviço: N/A Versão S200VE Missão: Bater Aeronaves estratégicas e Msl Cruzeiro Média e Alta altitude Máx Altitude: 40.8 Km Distância: 17- 255Km Vel Msl: Mach 4 Vel Alvos: 1200m/s Cabeça de Guerra: 215kg HE Guiamento: MSL Directo Semi Active Homing Radar Guiamento: SQUARE PAIR H-band Alcance Radar: 270 Km Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO PORTUGAL Em Dezembro de 1932, o nosso Exército adquiriu a sua primeira Bateria de Artilharia Antiaérea proveniente de Inglaterra, dotada do mais recente modelo da casa "VICKERS-ARMSTRONG", a peça semi-automática de 75 mm provida de um altitelémetro estereoscópio e de um preditor que já determinava a posição futura do alvo aéreo. Este material serviu até aos anos 40, data em que foi substituído pela peça 9,4 cm m/940. Com a publicação do Decreto-Lei de 17Jun35, foi criada a nossa primeira unidade de Artilharia Antiaérea, em Cascais, o Grupo de Artilharia Contra Aeronaves (GACA) e adstrito a ele passou a funcionar o Centro de Instrução de Artilharia Contra Aeronaves (CIACA) como Centro de Instrução e Núcleo de Mobilização de Baterias de Artilharia Contra Aeronaves, de Companhias de Projectores e Secções de Escuta. Anos depois, a unidade passou a designar-se por Grupo de Artilharia Contra Aeronaves Nº1 (GACA1), como determinado pelo Decreto-Lei Nº29.957 de 10Set39. Em 1943 é criado o GACA 2 para a Defesa AA do Entroncamento e o GACA 3 para a Defesa AA do Porto, bem como o Comando da Defesa Antiaérea de Lisboa (DAAL), instituído a 01Out de 1943, composto por 23 Baterias, entre Grupos Ligeiros, Mistos e subunidades de referenciação, com a finalidade de garantir a protecção antiaérea da capital face à pressão da ameaça – II Guerra Mundial. Em 1946 dá-se a criação do RAAF (Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa) equipado com Peças AA 4 cm m/940 e Peças AA 9,4 cm m/940 Em 1977, dá-se a extinção dos GACA 2 e 3 e do RAAF. Em 1980 tem início um PROJECTO DE ACÇÃO, o qual contemplava várias medidas destinadas à modernização da Artilharia Antiaérea Nacional o que resultou no mesmo ano na aquisição da Peça AA 4cm Fléche-Hâute m/80. Em 1981 dá-se a recepção das primeiras 12 unidades do sistema canhão Bitubo AA 20mm. Em 1 de Maio e 1983, e na continuação do plano iniciado em 1980, é criada a 2ª Bateria AAA para se inserir no Grupo AAA. A 14 de Março de 1983 a 2ª Bateria AAA é equipada com os mísseis portáteis "Blowpipe". Estes e os canhões Bitubo 20mm são, à data, o armamento de defesa antiaérea mais actual existente em Portugal. Em 1984 é adquirido o radar Alemão da fábrica da Siemens AG, MPDR 45/E, o qual viria ser substituído em 1989 pelo Radar BCP DR 641, prevê-se ainda a fixação do Grupo AAA em Queluz. Em 1990, é recebido o Sistema Míssil Ligeiro Chaparral M48 A2 E1, e a versão A3, em 1999. Em 1991 foi adquirido o Radar FAAR AN/MPQ49 B, o qual equipa actualmente a Btr AAA (A/G) e a Btr AAA/BrigMec. Em 1994 é adquirido o Sistema Míssil Portátil Stinger, versão RMP e em 2003 o Radar AAA PSTAR, que equipa actualmente o segundo Pelotão Míssil Portátil da BAAA (A/G) que garante a protecção antiaérea da BrigRR. Doutrinariamente a AAA tem por missão apoiar a função principal do Exército de conduzir e manter oportunas e eficazes operações de guerra, fornecendo a defesa antiaérea necessária ao cumprimento da missão. Fornecer as forças necessárias à defesa antiaérea dos pontos e áreas sensíveis à sua responsabilidade. Em condições especiais, executar fogos terrestres com as unidades de AAA equipadas com material adequado. As Unidades de AAA em Portugal são: 81 Regimento de Artilharia Antiaérea Nº 1 O Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1 (RAAA1) foi criado em 22 de Julho de 1988, por DL n.º 256/88 com a missão primária de aprontar e manter forças de Artilharia Antiaérea para a protecção aérea de unidades terrestres, aprontar e manter forças de Artilharia Antiaérea para colaborarem na defesa integrada do espaço aéreo de interesse nacional. Em 1993 o CIAAC é extinto, dá-se a criação do CIAAA como destacamento do RAAA1, passando este último a deter a responsabilidade de formação, afirmando-se como Centro de Instrução Nacional para a Artilharia Antiaérea razão pela qual ostenta nas suas Armas a Lucerna. Por despacho do GenCEME em 30Set93 é fixado o QOP que atribui ao Regimento as seguintes missões: • Ministrar cursos de formação, de especialização ou qualificação e de actualização aos militares dos quadros permanentes; • Apoiar o Comando da Instrução de acordo com as directivas específicas; • Elaborar estudos e pareceres sobre tradições e história geral de artilharia (no âmbito do Artilharia Antiaérea); Julho 2006 • Desempenhar tarefas de natureza técnica em apoio ao estado-maior coordenador, emitindo pereceres e propostas relativas à organização, doutrina, material e emprego das unidades de Artilharia Antiaérea; • Ministrar cursos de formação de Oficiais, Sargentos e Praças do regime de voluntariado e contrato; • Organizar, treinar e manter as forças operacionais que lhe forem fixadas; • Preparar e executar a convocação e mobilização militar de cidadãos na situação de disponibilidade, para satisfazer as necessidades do sistema de forças terrestre, conforme lhe for determinado; • Participar na defesa terrestre do território nacional, de acordo com as missões que lhe forem cometidas em planos operacionais; • Cumprir outras missões ou realizar outras tarefas que lhe forem cometidas superiormente, de acordo com a legislação em vigor. Decorrente da transformação do Exército em curso tem ainda por missão aprontar e manter as forças de Artilharia Antiaérea da Brigada de Reacção Rápida, da Brigada de Intervenção e da Força de Apoio Geral por esta ordem de prioridades; como Centro Nacional de Instrução de Artilharia Antiaérea, formar os efectivos que lhe forem cometidos e colaborar com o Estado-Maior do Exército e Comandos Funcionais em tarefas de natureza técnica. BAAA BrigInt 82 Criada a 01Ago05, tem por missão conferir protecção antiaérea à Brigada, contra ataques aéreos de aeronaves hostis, voando a baixa e muito baixa altitude. Tem por possibilidades colaborar com o Sistema de Defesa Aérea Nacional, difundir avisos de ataques aéreos e coordenar os fogos antiaéreos da Brigada, colaborar na coordenação e controlo da utilização do espaço aéreo da Brigada, montar e garantir o funcionamento permanente de um Centro de Operações da Bateria, adquirir identificar aeronaves voando a baixas e muito baixas altitudes e estabelecer ligação aos sistemas de aviso vizinhos ou de escalão superior. Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO BAAA (A/G) Criada a 01Ago05, tem por missão assegurar a defesa antiaérea de áreas e pontos sensíveis contra aeronaves hostis voando a baixa e muito baixa altitude. Tem como possibilidades colaborar com o Sistema de Defesa Aérea Nacional, colaborar na coordenação e controlo da utilização do espaço aéreo, estabelecer ligação aos sistemas de aviso vizinhos ou de escalão superior, destacar módulos de defesa antiaérea a Forças Destacadas, quando necessário e enquadrar, aprontar e treinar o Pelotão de Artilharia Antiaérea da Brigada de Reacção Rápida. A BAAA (A/G) tem na sua composição orgânica, dois Pelotões de Sistema Míssil Portátil Stinger a duas Secções Stinger, sendo que um destes Pelotões tem também duas Secções de Radar PSTAR e destina-se à Brigada de Reacção Rápida. BAAA BrigMec Criada em 24 de Maio de 1989, esta Bateria tem por missão conferir protecção antiaérea aos pontos sensíveis e unidades de manobra, de apoio de combate e de apoio de serviços da Brigada, contra ataques aéreos de aeronaves hostis, voando a baixa e muito baixa altitude. 83 BAAA ADTM Conferir protecção antiaérea aos pontos sensíveis e unidades de manobra, de apoio de combate e de apoio de serviços do ADTM, contra ataques aéreos de aeronaves hostis, voando a baixa e muito baixa altitude. Julho 2006 BAAA ADTA Conferir protecção antiaérea aos pontos sensíveis e unidades de manobra, de apoio de combate e de apoio de serviços do ADTA, contra ataques aéreos de aeronaves hostis, voando a baixa e muito baixa altitude. As unidades de AAA do Exército Português utilizam como Carreira de Tiro Antiaéreo, uma zona costeira, localizada na Fonte dos Morangos, em São Pedro de Moel – Vieira de Leiria, onde se realizam fogos reais de Sistema Canhão Bitubo, em exercícios da Série Adamastor e, fogos reais de Sistema Míssil Portátil Stinger e Chaparral, nomeadamente nos exercícios da Série Relâmpago. 84 Como Encargo Operacional, as unidades de AAA prestam apoio às Brigadas Independentes que compõe o nosso Exército da seguinte forma: Devido aos condicionamentos tácticos as Baterias, dos Agrupamentos de Defesa Territorial ou das Brigadas, têm na sua composição diferentes tipos de equipamentos, que se dividem em dois grupos fundamentais. Os sistemas de aquisição (radares), nomeadamente Radar AN/MPQ-49 B FAAR, Radar BCP DR641e Radar PStar, e os sistemas de tiro, subdivididos em sistema canhão e sistema míssil, Sistema Canhão Bitubo AA 20 mm M/81, Sistema Míssil Ligeiro Chaparral M48 A2 E1 e Sistema Míssil Portátil Stinger. No âmbito da Transformação do Exército, em curso, na Artilharia Antiaérea, a Componente Operacional do Sistema de Forças Nacional – 2004, definida em Forças Operacionais Permanentes do Exército Grande Unidade UnAAA Unidade/ Infra-estrutura Localização Forcas da ZMA BAAA RG2 Ponta Delgada Forças da ZMM BAAA RG3 Funchal Brigada Mecanizada (BrigMec) BAAA CMSM Santa Margarida Brigada de Intervenção (BrigInt) BAAA RAAA1 Queluz Brigada de Reacção Rápida (BrigRR) PelAAA RAAA1 Queluz Forças de Apoio Geral (FAG) BAAA RAAA1 Queluz Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA Conselho Superior de Defesa Nacional, prevê na componente terrestre, a tarefa de protecção da força, nas capacidades de intervenção e mecanizada, e participação na defesa imediata dos arquipélagos. Prevê ainda, em termos de apoio geral, com uma Bateria de Artilharia Antiaérea, a capacidade de reforçar, se necessário, a Brigada de Reacção Rápida com meios de Artilharia Antiaérea e de colaborar na defesa de áreas e pontos sensíveis do território nacional. De forma a garantir uma cobertura eficaz, será necessário dispor de meios SHORAD, para defesa aérea de baixa altitude e curto alcance e como complemento destes e também dos meios da Força Aérea serão necessários mísseis HIMAD com capacidade de empenhamento da ordem dos 40 Km. Assim no que aos sistemas míssil diz respeito, os estudos que decorrem no EME apon- NATO tam no sentido de que os Pelotões de Míssil Portátil que equipam as unidades de Artilharia Antiaérea sejam do tipo Stinger (Man Portable Air Defense – MANPAD) e que os Pelotões de Míssil Ligeiro das BAAAs da Brigada de Intervenção e das Forças de Apoio Geral sejam do tipo Avenger, enquanto que actualmente estas Unidades são equipadas com o Sistema Míssil Ligeiro Chaparral, situação que em planeamento se manterá até ao inicio do reequipamento da AAA, prevista para 2010. Em termos de sistemas de aviso e alerta, encontra-se prevista a aquisição de sistemas radar tipo Sentinel os quais farão parte do Encargo Operacional das BAAAs da Brigada de Intervenção e das Forças de Apoio Geral e para o Comando e Controlo um sistema tipo FAAD C2I (Foward Area Air Defense Comand, Control and Intelligence). REINO UNIDO O Exército do Reino Unido é composto pelo Exército Regular em que a prestação do serviço é feita a tempo inteiro, e pelo Exército Territorial em que a prestação do serviço é feita por mobilização. A sua Organização assenta principalmente em Corpos que consistem em Grupos Administrativos de função comum e componente operacional constituída por Divisões e Brigadas. O Regimento é a unidade mais importante do Exército Britânico visto ser considerado a unidade básica e a que a nível organizacional mais se adequa ao cumprimento da missão. A componente antiaérea da Royal Artillery teve a sua origem na II Grande Guerra, onde foi empregue tanto no território nacional, bem como no Japão, no Sudoeste Asiático. Assim o governo britânico criou unidades de Artilharia Antiaérea (AAA), na Índia, a partir de 1939. Os sistemas de armas utilizados na altura foram a Peça AA 9,4 cm Bofors, de fabrico sueco, e que equipou os Exércitos Francês e Norte-Americano e a Peça 7,5 cm Vickers-Armstrong. Com o desenrolar da Guerra e com o vector aéreo a assumir um papel cada vez mais preponderante na consecução dos objectivos estratégicos, a AAA assumiu-se como prioridade de desenvolvimento técnico e táctico. 85 Organização Tipo de uma Brigada Britânica Julho 2006 Em 1944 existiam, só nas colónias, 33 unidades de AAA, contudo, logo após o término da II GG, um grande número destas unidades foi desactivada. Actualmente os Sistemas Terrestres de Defesa Aérea são da responsabilidade da AAA do Reino Unido, que os empregam em coordenação com a Royal Air Force (RAF), encontrando-se esta última equipada com o míssil Bloodhound MK2, para defesa das Bases Aéreas. As unidades de AAA garantem a protecção antiaérea da Divisão, bem como os pontos sensíveis, definidos pelo respectivo comando. No Exército Regular a sua constituição contempla três Regimentos de AAA a quatro Baterias cada e um Regimento vocacionado para a vigilância do campo de batalha. O 12th Regiment of the Royal Artillery (Air Defence Artillery), encontra-se sedeado em Sennelager, Alemanha, e encontra-se totalmente equipado com o Sistema Míssil High Velocity Missile. • • • • T/HQ Battery (Shah Sujah's Troop) 9 (Plassey) Battery 12 (Minden) Battery 58 (Eyre's) Battery O 16th Regiment of the Royal Artillery 'The London and Kent Gunners' (Air Defence Artillery) encontra-se sedeada em Woolwich a sudoeste de Londres desde 1716. Encontra-se equipado com Sistema Míssil Rapier. • • • • 86 11 (Sphinx) HQ Battery 14 (Cole's Kop) Battery 30 Battery (Rogers's Company) 32 (Minden) Battery O 32nd Regiment of the Royal Artillery (Surveillance and Target Acquisition – Unmanned Air Vehicles) • • • • • 18 (Quebec 1759) Battery 22 (Gibraltar 1779–1783) Battery 42 (Alem Hamza) Battery 46 (Talavera) HQ Battery 57 (Bhurtpore) Battery O 47th Regiment of the Royal Artillery 'The Hampshire and Sussex Gunners' (Air Defence Artillery) • 10 (Assaye) Battery • 21 (Gibraltar 1779–1783) Battery • 25/170 (Imjin) Battery • 31 HQ Battery • 43 (Lloyd's Company) Battery No Exército Territorial existem três Regimentos: O 104th Regiment of the Royal Artillery (Volunteers) (Air Defence Artillery) • 210 (Stafforshire) Battery (Wolverhampton) • 211 (South Wales) Battery (Newport/Cardiff/ Abertillery) • 214 (Worcestershire) Battery (Worcester) • 217 (City of Newport) HQ Battery (Newport) O 105th Regiment of the Royal Artillery (Volunteers) 'The Scottish & Ulster Gunners' (Air Defence Artillery) • 206 (Ulster) Battery (Newtownards/Coleraine) • 207 (City of Glasgow) Battery (Glasgow/ Motherwell) • 212 (Highland) Battery (Arbroath/Kirkcaldy) • 218 (City of Edinburgh) HQ Battery (Edinburgh) O 106th Regiment of the Royal Artillery (Volunteers) (Yeomanry) (Air Defence Artillery). Encontra-se equipado a duas Baterias Rapier e duas HVM. • 202 (Suffolk and Norfolk Yeomanry) Battery (Bury St Edmunds) • 265 (Home Counties) HQ Battery (Grove Park) • 269 (West Riding) Battery (Leeds) • 457 (Hampshire Yeomanry) Battery (Southampton) No século XIV, Henrique VII criou a Royal Artilllery e em 1741 foi constituída a primeira unidade de formação em Woolwich juntamente com a Engenharia. Em meados do século passado, por necessidades de um local que correspondesse às necessidades de formação, inerentes a esta Arma, mudou de instalações para Essex e em 1920 para Larkhill, Salisbury, onde se encontra até hoje, ocupando uma área total de 38 000 hectares, cerca de 20 x 40 Km, uma das maiores áreas de instrução da Europa. A Royal Artillery School assegura a formação de Artilharia de Campanha e de Antiaérea, e ainda assegura a formação em UAVs. O Reino Unido dispõe de 2 carreiras de tiro (ambas voltadas para o mar) em Outer Hebrides na Escócia e no País de Gales. As unidades de AAA têm vindo a participar, de forma contínua, em vários conflitos, sendo os mais recentes a guerra das Falkland e ambas as Guerras do Golfo. Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO REPÚBLICA CHECA A República Checa é um país que se tornou membro da NATO em 1999, e membro da união europeia em 2004. Tem uma população de cerca de 10 milhões de habitantes e cerca de 78 866Km2 ligeiramente mais pequeno que Portugal. O efectivo total das Forças Armadas é de cerca de 35 000 militares, que engloba uma componente de Forças Conjuntas, que têm na Componente Terrestre um efectivo de 6 500 militares, na Compo- nente Aérea 5 000 e nas Unidades de Apoio cerca de 7000 militares. A Componente Terrestre é constituída por uma Brigada Mecanizada, uma Brigada de Reacção Rápida, ambas com Artilharia Antiaérea orgânica, uma Brigada de Artilharia e um Batalhão de Reconhecimento. A componente aérea dispõe da 25ª Brigada de AAA, para contribuir para a Defesa Aérea do espaço aéreo do território, composta por sistemas míssil de baixa e média altitude, SA-6 GAINFUL, SA-7 GRAIL, SA-8 GECKO, SA-13 GOPHER e RBS 70 Bofors e ainda Sistema Canhão de 30mm Twin Cannon. Localização da 25ª Brigada de AAA da Força Aérea ROMÉNIA 87 A Roménia é um país que se tornou membro da NATO em 2004, e não pertence à União Europeia. Tem uma população de cerca de 22 milhões de habitantes e um território com 230340 Km2. As Forças Armadas apresentam um efectivo de cerca de 82 000 homens, com cerca de 49 000 homens no Exército, 12 500 na Força Aérea e de 7 200 homens na Marinha. Os quadros de Artilharia tanto podem servir nas Unidades de Artilharia de Campanha como de Artilharia Antiaérea. Na Força Aérea o curso dos sistemas terrestres de defesa aérea orienta os militares exclusivamente para o serviço neste tipo de unidades. A Artilharia Antiaérea tem por missão a detecção e destruição de alvos aéreos inimigos, garantindo protecção AA das Forças Terrestres. O 1º Corpo de Exército (CE) tem a 6ª Brigada de AAA SAM, que depende directamente do Cmdt do Corpo, o que não se passa no 4 CE. As brigadas que constituem os CE, dispõem de Baterias de AAA orgânicas. Os equipamentos de AAA do Exército são de origem Soviética, Alemã e também de produção Julho 2006 Romena, e são os seguintes: Sistemas Missil: • SA-6 Gainful SP • CA-94 (SA-7 Grail) MANPAD • SA-8 Gecko SP • CA-95 SA-2 GUIDELINE – S75 M3 Volhov Sistema Canhão: • GEPARD 35mm A Força Aérea Romena possui uma Brigada de defesa aérea SAM para protecção antiaérea do território nacional. Esta 1ª Brigada de defesa aérea SAM é equipada com sistemas míssil SA-2 Guideline, tem o Comando sedeado em Bucareste e é constituída por dois Regimentos. Origem: URSS (1960) Várias Versões Msl (upgrades) S73M3 (1961) Serviço: 1999 ? (Roménia) Missão: Bater Aeronaves e Msl Balísticos a Média e Alta Altitude Máx Altitude: 30Km Máx Distância: 64Km Vel Msl: Mach 4 Guiamento: Radio Command Secção explosiva: 200Kg HE Radar Associado: P-18/PRV-13 Radar Radar: P-15 Flat Face(URSS): Alcançe: 200-250Km Guiamento: 3 Msl simultâneo TV Camera: 25Km 6ª Brig AAA do 1ºCE, equipada com Sistemas Míssil SA-6 Gainful e SA-8 Gecko 88 Localização das Unidades de AAA e das Unidades Terrestres de Defesa Aérea Boletim da Artilharia Antiaérea A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO OUTROS PAÍSES BULGÁRIA As Forças Armadas da Bulgária têm um efectivo de 51000. A Bulgária possui sistemas terrestres de defesa aérea na Artilharia Antiaérea pertencente ao Exército e na Força Aérea. No Exército possuí um Regimento de Artilharia Antiaérea por cada Divisão e um Grupo por cada Regimento, equipados com sistema míssil SA-13 Goa, SA-4 Ganef, SA-6 Gainful, Sistema míssil Portátil SA-7 Grail, Sistemas Canhão ZSU 23-4 (23mm), ZU 23-4 (23mm), S-60 (57mm) e o KS-19 (100mm). A Força Aérea possui 3 Brigadas de defesa aérea na sua estrutura, equipadas com sistemas míssil SA-10 Grumble, SA-2 Guideline, SA-3 Goa e SA-5 Gammon. DINAMARCA As Forças Armadas da Dinamarca têm um efectivo total de 21 180 elementos. Na Dinamarca os meios de Artilharia Antiaérea existem no Exército e numa componente conjunta, que dispõe de um Grupo de Controlo e Defesa Aérea, estruturado em dois batalhões SAM equipados com o míssil portátil FIM 92A Stinger e com o sistema míssil médio HAWK. No Exército a Artilharia Antiaérea está integrada numa única unidade regimental, “Danske Artilleriregiment”, situado em Varde. Este regimento é constituído por quatro batalhões, um Batalhão de Artilharia de Campanha, um Batalhão de Instrução, um Batalhão de Comando e Aquisição de Objectivos, e um Batalhão de Artilharia Antiaérea, equipado com o sistema míssil portátil Stinger. ESLOVÁQUIA As Forças Armadas da Eslováquia têm um efectivo de 20125 elementos. A responsabilidade pela defesa aérea é partilhada pelo Exército e Força Aérea. No Exército, a Artilharia Antiaérea está integrada nas unidades operacionais e é equipada com os seguintes materiais: Sistemas míssil SA-13 Gopher, Sistema míssil Portátil SA-16 Gimlet e SA-7 Grail, Sistema Canhão M53, SP 30mm, S-60 (57mm). Na Força Aérea existe um Brigada de defesa aérea, equipada com os seguintes materiais: Sistema míssil S-125 Neva, SA-10B Grumble, SA-6 Gainful, Sistemas míssil Portátil SA-7 Grail. ESLOVÉNIA As Forças Armadas da Eslovénia são constituídas pelo Exército, por uma componente Marítima e um Elemento Aéreo perfazendo um total de 6.550 elementos. Na Eslovénia a Artilharia Antiaérea pertence ao Elemento Aéreo e consiste num Regi- mento de Artilharia Antiaérea. Os materiais de AA que equipam esse regimento são o Sistema míssil Roland II, o Sistema portátil SA-16 Gimlet, o SA-18 Grouse, o sistema Canhão M-55 (12,7mm), e o sistema Canhão BOV-3 SPAAG (20 mm). Julho 2006 89 ESTÓNIA O Exército é o elemento principal das Forças Armadas da Estónia, com um efectivo de 3.429 elementos. A componente operacional consiste numa Brigada de Infantaria e uma estrutura de Defesa Territorial. As forças de AA da Estónia estão materializadas num Batalhão de Defesa Aérea, equipado com sistema Canhão AA de 23mm e ZU23-2. GRÉCIA As Forças Armadas gregas são constituídas pelo Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Costeira. O Exército Helénico possui nas suas fileiras cerca de 116 mil militares em serviço activo, podendo chegar aos 357 mil militares através de mobilização. É composto por uma estrutura de Comando e por unidades de Combate e Apoio. Possui organicamente quatro corpos de exército. A Artilharia Helénica é constituída pela Artilharia de Campanha, Artilharia Antiaérea, Escola de Artilharia e Centro de Treino de Artilharia. A Escola de Artilharia constitui um centro de formação para as duas vertentes da Artilharia Helénica. Os equipamentos de defesa Aérea em uso são o Artemis 30, Stinger, Hawk, Patriot, SA-8 Gecko, SA-10 Gumble, ASRAD, Crotale NG, TOR-M1. ISLÂNDIA As Forças de defesa da Islândia são constituidas pelas Iceland Defense Forces, pela Guarda costeira e por unidade de resposta a crises. As Iceland Defense Forces (IDF) estão subordinadas ao United States Joint Forces Command e foram criadas em 1951. A responsabilidade da defesa do território da 90 Islândia é do ARICE (U.S. Army Iceland). A unidade de resposta a crises tem operado em operações de apoio à paz no Kosovo, Afeganistão e Sri Lanka. Não se conhecem equipamentos de defesa antiaérea próprios. LETÓNIA As Forças Armadas da Letónia são constituídas por uma Brigada com a capacidade de projecção de um Batalhão ao nível do Exército e pela Força Aérea e Marinha vocacionadas essencialmente para a vigilância, busca e salvamento, com um efectivo total de cerca 5 300 elementos. Na Letónia apenas o Exército possui Forças de Artilharia Antiaérea. O material que as equipa é o míssil portátil Strela (SA-7) Grail e diversos sistemas Canhão: ZPU 2 (14,5mm), ZPU 4 (14,5mm), FK-20 (20mm), GSH-23 (23mm), AK-230 (30mm) e L/70 (40 mm). A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA NATO LITUÂNIA As Forças Armadas da Lituânia são constituídas pelo Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Nacional, com um efectivo de 13 510 elementos. O Exército tem como Força principal uma Brigada de Reacção Rápida. Na Lituânia apenas existe um Grupo de AA na Força Aérea que está equipado com sistema Canhão 40mm L/70. LUXEMBURGO O Luxemburgo não tem Marinha nem Força Aérea. O seu Exército com um efectivo de 900 elementos, é composto exclusivamente por voluntários e está integrado numa Força Multinacional sob comando Belga. NORUEGA As Forças Armadas Norueguesas estão organizadas segundo quatro grandes forças, o Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Nacional. O seu efectivo é de 30800 militares em tempo de paz. A organização da Defesa caracteriza-se da seguinte forma: Sob o comando do Chefe da Defesa, estão dois grandes comandos, “Commander Armed Forces South Norway” sediado em Trondheim e “Commander Armed Forces North Norway” sediado em Bodø. Sob cada um destes dois grandes comandos estão os comandos das três componentes (terrestre, naval e aérea). Os sistemas terrestres de defesa aérea Norueguesa estão organizadas em seis Baterias NASAMS, dez Baterias RB 70, dez Baterias FCS 2000 L70, estas ultimas organizadas em cinco Grupos de AAA. As bases aéreas de Bardufoss, Andøya Bodø, Ørland e Rygge são as únicas que possuem organicamente Baterias dos três sistemas de armas acima referidos. Os sistemas terrestres de defesa aérea da Noruega estão distribuídos da seguinte forma: na Força Aérea o sistema míssil NASAMS, RB 70 e o sistema canhão FCS 2000 L70. Na Marinha: o Sea Sparrow, Mistral e RH 202 (20mm) bem como sistemas canhão de vários calibres, (12,7mm; 20mm; 40mm). No Exército o RB 70. 91 TURQUIA As Forças Armadas Turcas, têm um efectivo de 679 734 elementos sendo o exército a maior componente com cerca de 400 000 elementos. O Exército colabora na Defesa Aérea do território Nacional, sendo a responsabilidade primária da Força Aérea. A Artilharia Antiaérea está equipada com os seguintes sistemas: • • • • ATILGAN KMS (1X8 FIM-92B/C Stinger) ZIPKIN KMS (1X4 FIM-92 Stinger) FIM 92B/C Stinger Post/RPM FIM 43A Redeye • • • • • • • • • 9M39 Igla (SA-18 Grouse) M42(2X40mm) L 70 & L 70T Bofors (40mm) L 60 & M1A1 (40mm) GDF 003 Oerlikon (2X35mm) GDF 001 Oerlikon (2X35mm) GAI D01 Oerlikon (2X20mm Mk 20 Rh202 (2X20mm) M55 (4X12.7mm) A Força Aérea está equipada com o Rapier o MIM23 HAWK e o Nike Hercules Julho 2006 A Artilharia Antiaérea em Portugal Perspectivas José Carlos L. V. Benrós Tenente-Coronel de Artilharia s ameaças aéreas que actualmente trazem especial preocupação à NATO, pela sua tendência de proliferação, são: • Mísseis balísticos tácticos, com capacidade de disporem de ogivas de destruição maciça e cuja proliferação estende-se do Médio Oriente aos países do Norte de África, deixando o sul da Europa e também o nosso território dentro dos seus alcances; • Veículos aéreos não tripulados e mísseis cruzeiro, cada vez mais versáteis e muito acessíveis a facções terroristas; • Aviões comerciais utilizados em ataques terroristas dirigidos a centros populacionais e a eventos de elevada visibilidade mediática, denominadas RENEGADAS, já amplamente divulgadas, desde o 11 de Setembro de 2001. A As missões da Artilharia Antiaérea, em qualquer país da NATO, enfrentando aquelas ameaças emergentes bem como a ameaça aérea clássica (aeronaves de asa fixa e helicópteros), consistem em garan- 92 tir protecção da força e colaborar na defesa aérea do território nacional, sendo que neste último caso, existindo uma componente aérea, a responsabilidade primária, por regra, pertence a esta componente que emprega como armas de ataque fundamentalmente, caças interceptores. Nalguns casos as Forças Aéreas dispõem de sistemas terrestres de defesa aérea, fundamentais para complementarem a acção dos meios aéreos, normalmente países do leste europeu pertencentes ao extinto Pacto de Varsóvia. Estes meios são essencialmente mísseis médios (HIMAD – High to Medium Air Defence) ficando a cargo da Artilharia Antiaérea (Exército) operar os sistemas SHORAD (Short Range Air Defence), também essenciais para se garantir profundidade defensiva e protecção a baixa altitude. A maior parte dos países reconhece contudo, que esta não é a vocação da componente aérea deixando a cargo do Exército operar os sistemas terrestres de defesa aérea para todas as faixas de altitude, nomeadamente os países da Europa ocidental e Estados Unidos da América (ver quadro). Exército Força Aérea Conjunto (Exército e Força Aérea) Não tem Espanha Alemanha Dinamarca Bélgica Estados Unidos da América Bulgária Holanda Canadá* França Eslováquia Eslovénia Grécia Hungria Estónia Itália Noruega Islândia Reino Unido Polónia Letónia República Checa Lituânia Roménia Luxemburgo Turquia Portugal * Beneficia do sistema de defesa aérea conjunto entre Canadá e EUA, o NORAD – North American Aerospace Defence, com sensores, centros de operações de defesa aérea e de tráfego aéreo, caças interceptores e SAM (surface to air missile) neste caso apenas existentes nos EUA Ramo que opera os sistemas HIMAD, nos países da NATO Boletim da Artilharia Antiaérea A Artilharia Antiaérea em Portugal – Perspectivas Em Portugal o Conceito Estratégico Militar (CEM), aprovado em 15 de Janeiro de 2004, refere que as forças terrestres deverão ter capacidade para apoiar com os meios orgânicos, as forças aéreas, na defesa antiaérea de áreas e de pontos sensíveis no território nacional. No âmbito da Artilharia Antiaérea, a Componente Operacional do Sistema de Forças Nacional – 2004, definida em Conselho Superior de Defesa Nacional, prevê na componente terrestre, a tarefa de protecção da força e participação na defesa imediata dos arquipélagos. Prevê ainda, uma Bateria de Artilharia Antiaérea nas Forças de Apoio Geral com a capacidade de reforçar, se necessário, a Brigada de Reacção Rápida com meios de Artilharia Antiaérea e de colaborar na defesa de áreas e pontos sensíveis no território nacional. Assim, também em Portugal estão previstas as duas missões típicas para a Artilharia Antiaérea de protecção da força e participação na defesa aérea do território nacional, com sistemas terrestres adequados. Relativamente aos meios necessários para garantir protecção da força, as Unidades de Artilharia Antiaérea estabelecidas na Força Operacional Permanente do Exército (FOPE) parecem ser suficientes e adequadas ou seja uma Bateria de Artilharia Antiaérea para cada um dos Agrupamentos de Defesa Territorial, dos Açores e da Madeira, uma Bateria de Artilharia Antiaérea para cada uma das Brigadas com excepção da Brigada de Reacção Rápida, que apenas dispõe de um Pelotão de Artilharia Antiaérea mas opção que pode-se justificar com a missão cometida à Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral de reforçar esta Brigada com meios de apoio de combate. Os equipamentos das Unidades de Artilharia Antiaérea da FOPE devem obedecer a requisitos exigentes, face às ameaças e às necessidades de interoperabilidade e integração, sob pena desta não conseguir garantir o fim a que se destina. A lei de programação militar entretanto aprovada parece garantir as condições para que se proceda ao necessário reequipamento da Artilharia Antiaérea para a tarefa de protecção da força, dotando as Baterias de Artilharia Antiaérea, com sistemas SHORAD. Estes sistemas – armas, sensores e sistemas C2I (comando, controlo e informações) – devem ter capacidade de detecção e empenhamento contra UAV, mísseis cruzeiro, granadas de artilharia de morteiros e foguetes (para além de aeronaves de asa fixa e helicópteros) e vectores aéreos que utilizem tecnologia stealth (furtiva), capacidade de empenhamento fora do alcance visual (BVRE – Beyond Visual Range Engagement), capacidade para poderem destruir aeronaves que empreguem técnicas de ataque Standoff (emprego das armas fora do alcance da Antiaérea) com munições inteligentes, capacidade de empenhamento autónomo e por controlo remoto, para economia de recursos humanos e protecção da força, modularidade, para melhor se adaptarem a desenvolvimentos futuros de componentes e subsistemas, transportabilidade, tripulações reduzidas, capacidade de controlo de tiro através de centros de direcção de tiro, integração numa só plataforma de múltiplas valências (defesa aérea canhão e míssil, armas anti-carro, armas ligeiras, lança granadas, etc...), capacidade de operar em todo-o-tempo e com reduzida ou nula visibilidade, capacidade de operar em ambiente biológico e químico (BQ), capacidade de comando e controlo em tempo real, incluindo capacidade para identificação de alvos não cooperantes e para contribuir para a produção da RAP (Recognize Air Picture), capacidade de interoperar com o CAOC (Combined Air Operations Centre) nacional e com sistemas aliados, capacidade para múltiplos empenhamentos e resistência a ambiente de guerra electrónica. Os radares deverão ainda ter capacidade de dar informação da localização de alvos em direcção, alcance e altitude (3D – três dimensões), capacidade de controlo de tiro em operações de contingência, substituindo-se aos centros de operações de defesa aérea (CODA)1. Os equipamentos a adquirir devem ser aqueles que melhor servem estes requisitos, pois existem diversos sistemas no âmbito da NATO, com provas dadas e que são extremamente eficientes, conforme descrito nos respectivos capítulos deste número do Boletim. Também e essencialmente ao nível de sistemas de comando e controlo, poderão ser exploradas as capacidades nacionais de desenvolvimento de sistemas adequados, embora neste caso seja de ponderar a morosidade em todo o processo desde a investigação e desenvolvimento até à produção dos equipamentos. De referir que quase todos os sistemas de armas, radares e sistemas C2I disponíveis, podem ser instalados em qualquer tipo de veículo, pelo que poderá ser economicamente e ao nível da manutenção, mais vantajoso, a aquisição de viaturas blindadas de rodas 8x8 Pandur II, da Steyr-Daimler-Puch, que equiparão a breve prazo as Forças Armadas, na quantidade necessária para as subunidades de Artilharia Antiaérea da FOPE e equipá-las com os sistemas de Artilharia Antiaérea a adquirir. Para a protecção antiaérea de pontos ou áreas sensíveis no território nacional, a Unidade que deverá ter condições para o fazer é a Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral, conforme previsto na 1 Artigo do autor publicado no último número do Boletim “A Artilharia Antiaérea na Transformação do Exército” Julho 2006 93 HIMAD em Portugal é uma série limitação nas capacidades de protecção antiaérea do território nacional. Não deixa contudo, de ser curioso que entre 1985 e 1991 o Exército tivesse estado em vias de adquirir o sistema míssil médio HAWK, para defesa antiaérea dos Açores e acabou por não o fazer porque na altura, a 1ª Guerra do Golfo deixou em evidência que um sistema desta natureza teria que ter capacidade anti-míssil e o HAWK não tinha essa capacidade. O elevado custo destes sistemas e as prioridades estabelecidas parecem ser as únicas explicações para esta lacuna, contudo este problema poderá ser resolvido através do estabelecimento de um programa de aquisição, conjunto entre os Ramos, atendendo à natureza abrangente e global da defesa aérea, e à semelhança do que acontece com o programa de aquisição de helicópteros, previsto na recente lei de programação militar aprovada. Regra geral, também nos países da NATO, a localização das unidades de Artilharia Antiaérea privilegia a concentração em unidades tipo Regimento, tirando partido de sinergias que se podem alcançar com esta modalidade. No nosso Exército esta situação também acontece com a localização da Bateria de Artilharia Antiaérea da Brigada de Intervenção (BAAA/BrigInt), da Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral (BAAA (A/G)) e do Pelotão de Artilharia Antiaérea da Brigada de Reacção Rápida (PelAAA/BrigRR), no Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1 (RAAA1), facilitando o aprontamento e treino, a preparação de documentos operacionais e tácticos, a apresentação de pareceres e estudos, a utilização de infra-estruturas e equipamentos comuns de simulação, de manutenção e didácticas de que é exemplo a sala de reconhecimento de aeronaves, a realização de exercícios conjuntos de fogos reais com sistemas canhão e míssil com o emprego de alvos aéreos balísticos e rádio-guiados, entre outras tarefas. Esta situação cria condições favoráveis para a criação de um Comando de Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAA), no RAAA1 (ver figura ), capaz de gerar um Centro de Operações das Forças GAAA (BAAA (A/G), BAAA/BrigInt e PelAAA/BrigRR) no RAAA1, Terrestres de Defesa durante a visita de S. Ex.a o GenCEME, em 22Set2005 Aérea, que seja capaz Componente Operacional do Sistema de Forças Nacional, no entanto a sua composição orgânica aprovada, não prevê sistemas HIMAD para o fazer, sabendo-se que só uma defesa combinada com sistemas SHORAD e HIMAD garante uma protecção adequada, permitindo que reciprocamente as limitações de um sistema sejam colmatadas pelas possibilidades do outro sistema, quer ao nível dos sistemas de vigilância (radares) quer ao nível dos sistemas de armas. Sabe-se ainda que na NATO os sistemas SHORAD, só por si, não têm conseguido garantir capacidade de integração e interoperabilidade com as Forças Aéreas, apesar deste requisito ser essencial para garantir a produção, distribuição e processamento de uma imagem aérea comum (RAP) e o comando e controlo centralizado com execução descentralizada, sob controlo operacional da Autoridade de Controlo do Espaço Aéreo (ACA – Airspace Control Authority) e com transmissão de dados em tempo real, com base em procedimentos e linguagem comuns. Os esforços desenvolvidos no seio da Aliança têm sido essencialmente no sentido de garantir, numa primeira fase, interoperabilidade entre os sistemas terrestres de defesa aérea de baixa altitude entre nações. A interoperabilidade com a componente aérea nos países da NATO tem sido conseguida utilizando os sistemas HIMAD para fazer a ponte entre esta componente e os sistemas SHORAD. Nos sistemas HIMAD o empenhamento é executado no Posto de Comando da Bateria ou Pelotão (conforme os sistemas) o que permite maior capacidade de integração com a componente aérea, melhor capacidade para evitar o fratricídio e consequentemente melhor comando e controlo. Assim conclui-se que a inexistência de sistemas Boletim da Artilharia Antiaérea A Artilharia Antiaérea em Portugal – Perspectivas de empregar agrupadas as duas Baterias, nas situações que seja necessário, em operações de defesa aérea conjuntas, no território nacional e com capacidade de incorporar ainda, outras Baterias (nomeadamente da Brigada Mecanizada) e uma Unidade HIMAD que possa vir a ser criada numa perspectiva conjunta e Inter-Ramos, simplificando o comando e controlo em tempo real e acelerando a decisão, requisitos indispensáveis face à elevada fugacidade das ameaças aéreas. A existência de um sistema coerente e integrado, que preveja meios SHORAD e HIMAD, equipamentos de C2I seguros e funcionais, capacidade de interoperar com outros Ramos e em forças multinacionais é absolutamente essencial para que a Artilharia Antiaérea possa garantir plenamente a sua missão de protecção da força e defesa aérea do território nacional. NAAG: PFP(NAAG-LG5)D(2004)0004 – GBAD Interoperability, 28Out2004. Lopes, Vítor (TCor PilAv), Euro 2004: A Defesa Aérea em eventos de elevada visibilidade, Revista Mais Alto, Força Aérea Portuguesa, Set/Out2004. NATO Army Armaments Group: AC/225-D/1476 – Draft NATO Staff Requirement for Very Short Range and Short Range Air Defense System(s) for the Year 2015 and Beyond (Joint Project Group 28/30), 25Abr2000. NATO Army Armaments Group: PFP(NAAG)D(99)1 – Land Operations in the Year 2020 (LO2020), 01Out1999. NATO Air Defense Committee: (NADC)D(2004)0015 – Functional Integration of Land Component Air Defense Capabilities into NATINADS, 04Out2004. Bibliografia Benrós, (TCor Art) José Carlos Levy Varela, A Artilharia Antiaérea na Transformação do Exército, Boletim da Artilharia Antiaérea, Nº 5, II Série, Outubro 2005. Land Group 5 (Low Level ground Based Air Defense) / NATO Air Defence Committee: NADC-D(2004)0018FINAL – NATO Air Defence Policy, 26Out2004. NATO Industrial Advisory Group (Sub Group 37): NIAGD(99)5 – Theatre Missile Defense in The 21st Century, Jan2000. Junta de Freguesia de Monte Abraão NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA Julho 2006 EM DESTAQUE Visita de trabalho de S. Ex.ª o General CEME ao RAAA1 pág II Cerimónia comemorativa do aniversário do RAAA1 pág IV Jornadas do Dia da Defesa Nacional no RAAA1 pág VII Visita ao RAAA1 de Dom Januário Torgal Mendes Ferreira pág VIII DVD – A Artilharia Antiaérea na Revista de Artilharia, editado pelo RAAA1 pág X Julho 2006 97 NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA O REGIMENTO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA Nº1 HOMENAGEIA OS MILITARES DO RAAF, MORTOS NO GRANDE INCÊNDIO DA SERRA DE SINTRA, EM 1966 Em 7 de Setembro de 2005, completaram-se trinta e nove anos sobre a trágica morte de vinte e cinco militares do Regi- mento de Artilharia Antiaérea Fixa (RAAF), ocorrida durante um combate a um incêndio, na Serra de Sintra. Herdeiro das Tradições Militares do RAAF, o Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1 realizou no Pico do Monge, em Sintra, uma cerimónia de homenagem aos Militares Falecidos, presidida pelo Ex.mo Tenente-General Almeida Martins, Governador Militar de Lisboa e que contou com as presenças do Presidente da Câmara Municipal de Sintra, do Tenente-General Ferreira do Amaral, Presidente da Autoridade Nacional para os Fogos Florestais e do Ex.mo Sr. Presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, estiveram presentes como sempre as representações da Liga dos Bombeiros Portugueses, dos Corpos de Bombeiros Voluntários da Região de Lisboa, do Parque Natural Sintra Cascais, da Direcção Geral de Florestas e os Presidentes das Juntas de Freguesia de Colares e Monte Abraão. Foram executadas honras militares, procedeu-se à deposição de coroas de flores e foi celebrada uma oração campal, após o que se seguiu uma romagem ao local onde se deu o trágico acidente, assinalado por 25 ciprestes, que representam os militares falecidos. VISITA DE TRABALHO DE S. EX.ª O GENERAL CEME AO RAAA1 II O Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, recebeu a visita de S. Ex.a. o Chefe do EstadoMaior do Exército, General Luís Vasco Valença Pinto, em 22 de Setembro de 2005. S. Ex.a. o General CEME foi recebido pelo Ex.mo Governador Militar de Lisboa, Tenente-General Almeida Martins e pelo Comandante do Regimento, Coronel de Artilharia Dias Coimbra. Nesta visita S. Ex.ª o Gen CEME verificou as condições de operacionalidade e outras actividades que o Regimento tem desenvolvido como unidade de aprontamento de Baterias de Artilharia Antiaérea das FOPE. Do programa da visita destaca-se o briefing proferido pelo Comandante do RAAA1 sobre as actividades desenvolvidas pela unidade no âmbito da transfor- Boletim da Artilharia Antiaérea mação do Exército e a demonstração de capacidades do Encargo Operacional do Regimento. NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO DO CAMPEONATO DE VOLEIBOL, FASE GML Em 23 de Setembro de 2005, teve lugar no Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1, a cerimónia de encerramento do Campeonato de Voleibol do Governo Militar de Lisboa, que contou com a presença do Ex.mo 2º Comandante do GML e dos Cmdt/Dir/Ch ou seus representantes, das U/E/O participantes. O RAAA1 teve a seu cargo o planeamento e a organização deste evento, que contou com a participação de 26 equipas, num total de 280 atletas (masculinos e femininos), que se realizou no período de 12Set05 a 23Set05, nas instalações desportivas da Academia Militar e da Escola Militar de Electromecânica e que contou com a colaboração da Associação de Voleibol de Lisboa. O 2º Comandante do Governo Militar de Lisboa, Ex.mo Major-General Cabaça Ruaz, proferiu uma breve alocução, na qual se congratulou com os objectivos atingidos, reconhecendo a entusiástica participação de todas as equipas e realçando o grande sentido ético e desportivo demonstrado. Felicitou, de igual forma, “a excelente organização do Campeonato levado a cabo pelo RAAA1, que se prestou a um incansável esforço no cumprimento das diversas tarefas a executar.” Pela excelente prestação e resultados alcançados, foram atribuídas, à equipa do Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, as Taças de vencedor absoluto do Escalão Masculino e Feminino, tendo os primeiros lugares, sido alcançados pelas seguintes equipas: ESCALÃO FEMININO – RAAA1 I ESC MASCULINO – EPC II ESC MASCULINO – RAAA1 EXERCÍCIO BOLD AXIS 05 Em 28Set05 decorreu o Exercício BOLD AXIS 05 no Combined Air Operations Center 10 (CAOC 10) em Monsanto, com a participação de um Oficial do Regimento de Artilharia Antiaérea N.º1 na função de Oficial de Ligação dos Sistemas terrestres de Defesa Aérea (Ground Based Air Defense Systems – GBAD). Planeado e conduzido pelo CAOC 10, com os objectivos de exercitar a estrutura de Comando e Controlo (C2) do CAOC 10, do Control and Report Center (CRC) Monsanto, Bases Aéreas n.º 5 (Monte Real), n.º 11 (Beja), Aeródromo de Manobras n.º 1 (Ovar) e as células de resposta dos GBAD e da Marinha. Foi criado um cenário de ten- são entre os países da Europa Ocidental membros da NATO e um país fictício a noroeste de Portugal designado como Rwania, do qual se esperavam ameaças do tipo RENEGADE (aeronaves comerciais e ultraleves, utilizadas para fins terroristas). Com base neste cenário, foram injectados incidentes decorrentes do agravamento da tensão, com uma crescente complexidade de resolução dos mesmos, que foram desde a vigilância, patrulhamento e intercepção de violações do espaço aéreo e marítimo nacionais, passando por missões de Busca e Salvamento, culminando num cenário de conflito declarado com acções de combate por parte dos sistemas de armas de defesa aérea da Marinha, Exército e Força Aérea. Todas as decisões e acções tiveram em consideração as Regras de Empenhamento (ROE) Julho 2006 definidas para a situação. Aos sistemas GBAD foram cometidas as seguintes Tarefas/Responsabilidades: • Manter actualizado o Grau de Prontidão das Armas; • Responder às ordens tácticas reportando as alterações do Grau de Prontidão das Armas; • Efectuar o empenhamento das armas quando solicitado; • Relatar os resultados dos empenhamentos ao CAOC 10. Deste exercício foram tiradas conclusões importantes quanto ao tipo de resposta dada e as suas implicações perante uma situação real, nomeadamente quanto aos recursos disponíveis, decisões a tomar e responsabilidades de cada sistema. III NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA CERIMÓNIA COMEMORATIVA DO ANIVERSÁRIO DO REGIMENTO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA N.º1 IV O Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1 comemorou em 30 de Setembro de 2005, o seu aniversário. A cerimónia foi presidida pelo Ex.mo Governador Militar de Lisboa Tenente-General Almeida Martins. Esta data tem como referência o estabelecimento do Comando de Defesa Antiaérea de Lisboa, em 1943, e a criação do Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa em 1947, do qual o RAAA1 é herdeiro das tradições e património. A efeméride contou com a presença de Ex–Comandantes do Regimento e dos Presidentes das Juntas de Freguesia locais, entre diversas Entidades militares, civis e das Forças de Segurança. Na parada TGen Themudo Barata, perante a Formatura do Regimento, decorreu uma cerimónia de homenagem aos mortos em defesa da Pátria, tendo sido deposta uma coroa de flores. O Comandante do Regimento, proferiu uma alocução onde enunciou as principais acções realizadas, traçou as linhas orientadoras das actividades futuras e enfatizou algumas das expectativas que o Regimento gostaria de ver concretizadas. Foi lida uma mensagem do Excelentíssimo Tenente-General, Director Honorário da Arma de Artilharia, alusiva à efeméride, de que se transcreve: “Saúdo todos os Oficiais, Sargento, Praças e Pessoal Civil que prestam serviço no Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1, no dia do aniversário da Sua Unidade e manifesto o meu maior apreço e reconhecimento pelo que tem sido feito em prol do prestígio e dignificação da Artilharia e da Artilharia Antiaérea em particular. O Regimento de Artilharia Antiaérea N.º1 é, por imperativo legal e justo mérito, a Unidade mãe da Instrução e da Doutrina Boletim da Artilharia Antiaérea deste ramo da Artilharia, como o comprovam e constituem expressão visível, a formação de quadros e de tropas e o treino operacional, materializado nos exercícios tácticos e nas sessões de Fogos Reais com Mísseis e com Bitubo. Saliento, no domínio do estudo, quer relativamente ao equipamento, quer à organização, todo o trabalho desenvolvido nas áreas técnicas específicas, cujo Seminário Internacional sobre a Antiaérea constitui significativo acontecimento, assim como toda a documentação e propostas sobre estas áreas, já oportunamente entregues ao Comando do Exército. Uma palavra de apreço e de incentivo pelo empenho no levantamento dos encargos operacionais, quer da bateria destinada à Brigada de Intervenção, quer da Bateria destinada ao Apoio Geral, assim como o Pelotão atribuído à Brigada de Reacção Rápida. Saúdo em particular todo o pessoal de Artilharia do Pelotão deste Regimento, que actuou no Teatro de Operações do Kosovo como reserva táctica da KFOR. A realidade operacional da Artilharia Antiaérea é NOTÍCIAS incontornável no Exército e nas Forças Armadas. Não quero deixar de lembrar e congratular-me pelo trabalho desenvolvido pelo Comando da Unidade, relativamente à preservação do espírito e memória da Artilharia de Costa, tanto no aspecto documental, como no levantamento do futuro Museu. Por último, desejo realçar o espírito de corpo, dedicação, competência e profissionalismo de todos quantos servem na Unidade, manifestando o meu profundo reconhecimento pela acção desenvolvida, pela contínua afirmação do espírito artilheiro que, em síntese, se traduz numa cultura do dever, rigor, exigência, disponibilidade, dedicação, sentido de serviço e sentimento de pertença e camaradagem. O Director Honorário da Arma de Artilharia encara com confiança o futuro da Arma, pois tem a certeza que será este espírito que guiará os Artilheiros, perante os desafios que se avizinham e que assim continuarão a proceder, em todas as missões que forem chamados a cumprir, para bem da Artilharia e do Exército, que devotadamente servimos e a que nos orgulhamos de pertencer.” Foi lida ainda, uma mensagem do Excelentíssimo TenenteGeneral Governador Militar de Lisboa, alusiva à efeméride. Após a imposição de conde- Sala de Troféus corações aos militares do Regimento, as forças em parada desfilaram com o seu Estandarte Nacional, ostentando as Condecorações da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor Lealdade e Mérito, da Cruz de Guerra de 1ª Classe e serviços distintos grau ouro, acompanhado dos Estandartes à guarda do Regimento de Artilharia Antiaérea N.º1, dos extintos Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa, Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea de Cascais e Regimento de Artilharia de Costa. A escolta foi formada pelos alunos do 33º Curso de Formação de Sargentos de Artilharia e por um Pelotão da Bateria de Artilharia Antiaérea da Brigada de Intervenção. Os convidados tiveram oportunidade de visitar uma exposição de diversos modelos de UAVs Nacionais desenvolvidos por Universidades e pelos três ramos das Forças Armadas. Foi inaugurada pelo Ex.mo Governador Militar de Lisboa a Sala de troféus do Regimento, obra que reúne um imenso espólio das unidades de que o Regimento é herdeiro. A Banda do Exército participou neste ambiente festivo com dois quartetos de metais colocados ao longo do percurso dos convidados. As comemorações continuaram com uma demonstração do Encargo Operacional do Regimento visando a luta contra as novas ameaças, seguindo-se um desfile mecanizado. A cerimónia culminou com a distribuição a todos os convidados do Boletim da Artilharia Antiaérea que focou o papel da AAA na luta contra as novas ameaças e de um suplemento sobre o museu da Artilharia de Costa. Julho 2006 DA ANTIAÉREA EXERCÍCIO “DRAGÃO 05” No período de 06 a 10Nov05, decorreu na Região da Serra da Padrela o Exercício “Dragão 05”, planeado e conduzido pela Brigada de Intervenção, que contou com a presença de todas as suas subunidades. O tema táctico do Exercício consistiu numa Defesa Avançada, no âmbito das operações convencionais. A Bateria de Artilharia Antiaérea da BrigInt, encargo operacional do RAAA1, participou no exercício com 41 militares (3 Oficiais, 12 Sargentos e 26 Praças) e 11 viaturas, constituindo desta forma o Comando, Secção de Ligação, Equipa de Manutenção Auto, Equipa de Reabastecimentos, uma Secção Radar PSTAR e um Pelotão Míssil Portátil Stinger. O Exercício permitiu desenvolver e cimentar os princípios técnicos e tácticos, nomeadamente o Comando e Controlo do Espaço Aéreo, procedimentos nas unidades de tiro, deslocamentos tácticos, entre outros. O último dia de Exercício ficou marcado pelo almoço convívio na área do PCTáct da BrigInt que contou com a presença de todos os militares participantes no exercício, que possibilitou aos militares trocaram experiências e fortalecerem o espírito de corpo. Seguidamente deu-se a desconcentração, regressando a quartéis as Subunidades da Brigada. V NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA CURSO DE COMANDO E CONTROLO DO ESPAÇO AÉREO NA ZONA DE COMBATE – 2005 Realizou-se, no RAAA 1, o Curso de Comando e Controlo do Espaço Aéreo na Zona de Combate, destinado a Oficiais Superiores e Capitães de Infantaria, Cavalaria e Artilharia, prove- nientes de diversas Unidades do Exército. O curso habilitou os seus participantes a desempenhar funções de comando e controlo do espaço aéreo, nos diversos escalões tácticos da componente terrestre de uma força conjunta. Esta acção de formação que teve lugar no período de 07 a 25 de Novembro de 2005, culminou com a realização de um exercício CPX, permitindo aos Oficiais trabalharem um tema baseado numa operação ofensiva de uma força conjunta e combinada, com incidência no comando e controlo do espaço aéreo exercido na componente terrestre, no âmbito do processo de decisão para aquele escalão. Participaram nele Oficiais instrutores do Centro de Instrução de Táctica Naval (CITAN), do Instituto de Altos Estudos da Força Aérea, do Combined Air Operations Center 10 (CAOC 10) e da Base Aérea Nº 1. COMEMORAÇÃO DO DIA DO REGIMENTO DE ARTILHARIA DE COSTA NO RAAA1 VI O Regimento de Artilharia Antiaérea Nº 1 comemorou em 29 de Novembro de 2005 mais um aniversário do Regimento de Artilharia de Costa. Cúmplice num passado que remonta à criação do Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea e Costa (CIAAC), que durante 17 anos se responsabilizou pela formação destas duas componentes da Artilharia, o Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1 persiste em manter vivo o espírito da Artilharia de Costa, apoiando e preservando a sua história e património secular. A comunicação, onde foram estabelecidos os objectivos a concretizar e a alcançar, esteve a cargo do Presidente da Comissão Instaladora do Museu de Artilharia de Costa, Sr Coronel de Artilharia (Ref.) Moura Soares. Presidiu a este evento o Exmo. Major-General Formeiro Monteiro e estiveram presentes outros ilustres convidados que dedicadamente serviram na Artilharia de Costa. O DIA DA ARTILHARIA No âmbito das comemorações do dia da Arma de Artilharia, decorreram na Escola Prática de Artilharia as cerimónias e eventos que marcaram tão importante data para todos os artilheiros. A concentração das forças representantes das unidades da arma, iniciaram-se no dia 1 de Dezembro, participando o RAAA1 com um Pelotão da BAAA/BrigInt e com a sua Boletim da Artilharia Antiaérea Fanfarra. As comemorações realizaramse no dia 5 de Dezembro, com a parada militar e, posteriormente, com uma demonstração técnico/ táctica das várias Unidades, na qual o RAAA 1 participou com uma secção radar PSTAR e duas esquadras Stinger. Após a demonstração teve lugar o almoço convívio com todos os participantes. NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA JORNADAS DO DIA DA DEFESA NACIONAL NO RAAA1 As Jornadas do Dia da Defesa Nacional destinam-se à sensibilização dos Jovens para as questões da Defesa Nacional e o papel desempenhado pelas Forças Armadas na sociedade. Neste âmbito, o Regimento de Artilharia Antiaérea n.º1 desenvolveu, nas suas instalações, entre 12 e 28 de Outubro de 2005 e entre 9 de Janeiro e 1 de Fevereiro de 2006 as actividades do Dia da Defesa Nacional. Estas jornadas têm horário compreendido entre as 09h30 e as 17h00 e englobaram várias acções de que se destacam o içar e arrear da Bandeira Nacional; apresentações multimédia sobre a Defesa Nacional e o papel das Forças Armadas e sobre a prestação de Serviço Militar. O RAAA1 montou uma exposição permanente de diversos materiais e equipamentos de Artilharia Antiaérea, criando, para o efeito, 4 estações que permitiram a consciencialização e aproximação dos jovens às tarefas e missões desempenhadas pelos militares do Regimento. TIROCÍNIO PARA OFICIAL DE ARTILHARIA 2006 CURSO DE RADAR nente-General Luís Nelson FerDe 06Fev a 28Abr06 decorreu DE AAA PSTAR no RAAA1, a parte Antiaérea do Tirocínio para Oficial de Artilharia frequentada por onze Aspirantes Tirocinantes. A formação incidiu sobre técnica, táctica, sistemas de armas e radares de Artilharia Antiaérea, bem como reconhecimento de aeronaves, comunicações e tiro de Artilharia Antiaérea, englobando diversos exercícios tácticos de reconhecimento e CPX e uma visita ao CAOC 10, em Monsanto. A cerimónia de encerramento foi presidida pelo Ex.mo Te- reira dos Santos, Comandante da Academia Militar, que procedeu à entrega dos diplomas de curso aos alunos bem como um prémio ao 1º classificado nesta parte Antiaérea do tirocínio, atribuído ao Aspirante Filipe Oliveira. Assistiu-se ainda, nesta cerimónia, à apresentação das conclusões dos trabalhos efectuados pelo curso, subordinados ao tema geral “Sistemas de Armas e Radares de Artilharia Antiaérea” apresentadas pelo Aspirante Tirocinante Filipe Oliveira. Julho 2006 Decorreu de 6 a 24 de Fevereiro de 2006, no Regimento de Artilharia Antiaérea Nº 1, o Curso de Radares de Artilharia Antiaérea (PSTAR) 2006, frequentado por 2 Oficiais e 3 Sargentos de Artilharia. O objectivo do curso consiste em possibilitar os alunos ao desempenho das funções de Comandante de Pelotão e Secção Radar. O Curso decorreu no Regimento e englobou as matérias de Táctica AA, Táctica Radar, Topografia, Treino Físico e Material, perfazendo um total de 90 horas. De salientar que este foi o primeiro curso ministrado pelo Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, após a formação inicial no ano transacto, sob a responsabilidade de técnicos dos EUA. VII NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA VISITA DE CADETES DA ACADEMIA DE WEST POINT AO RAAA1 Decorreu em 13 de Março de 2006 a visita de cadetes da Academia Militar de West Point ao Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, no âmbito do intercâmbio Inter-Academias. O programa englobou uma breve apresentação sobre a História do Regimento, missões, organização e uma exposição de Ma- teriais de AAA, nomeadamente do Sistema Radar P-STAR, Alvos Aéreos (Snipe MK 15), Sistema Canhão 20 mm Bitubo, Sistema Míssil Portátil Stinger e Sistema Míssil Ligeiro Chaparral. A visita permitiu também troca de experiências, conhecimentos e expectativas profissionais, com os tirocinantes de Artilharia, que se encontravam a frequentar, no Regimento, a parte Antiaérea do curso. VISITA AO RAAA1 DE SUA EX.ª REVERENDÍSSIMA, O BISPO DAS FORÇAS ARMADAS E DE SEGURANÇA, DOM JANUÁRIO TORGAL MENDES FERREIRA No dia 14 de Março de 2006, Sua Ex.a Reverendíssima, o Bispo das Forças Armadas e de Segurança, deslocou-se ao Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, onde proferiu uma comunicação, subordinada ao tema “Os militares e a Família”. Dom Januário Torgal Mendes Ferreira exaltou os valores essenciais da família e do militar, da sua vivência em comunidade e dos comportamentos que devem orientar essa vivência por forma a garantir o equilíbrio profissional e familiar dos seus membros. SALVAS DE OBÚS 88 MM Em 2 de Maio de 2006, frente ao Forte do Bom Sucesso, realizou-se mais uma missão de retribuição de salvas, desta vez à passagem do Navio da Armada Russa Kaliningrad. Essa missão foi levada a cabo por um pelotão pertencente à Bateria de Artilharia Antiaérea de Apoio Geral. NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA A ANTIAÉREA NO “EFICÁCIA 06” O Treino Operacional do Exército engloba diversas actividades, das quais se destacam os exercícios, que se constituem como a actividade de excelência do Treino Operacional. Neste âmbito realizou-se na região de Santa Margarida, entre 02Mai06 e 05Mai06 o exercício “Eficácia 06”. O Regimento participou com uma Equipa de Defesa Aérea da Bateria de Artilharia Antiaérea da Brigada de Intervenção e uma Secção Radar PSTAR do Pelotão de Míssil Portátil da Brigada de Reacção Rápida, perfazendo um total de um Oficial, dois Sargen- tos e cinco Praças. O exercício teve por objectivo criar as condições necessárias para o treino táctico das unidades operacionais, envolvendo deslocamentos, reconhecimento, escolha, ocupação, organização e segurança das posições, treino de técnicas de tiro e comando e controlo do espaço aéreo, contribuindo assim para o reforço da coesão, espírito de missão e de camaradagem dos militares envolvidos. REAL IRMANDADE DA NOSSA SENHORA DA SAÚDE E DE S. SEBASTIÃO EM LOUVOR DA NOSSA SENHORA DA SAÚDE – 2006 Ocorreram na semana de 02MAI06 a 07MAI06, as solenidades em louvor de Nossa Senhora da Saúde e S. Sebastião. As cerimónias tiveram lugar na Igreja de Nossa Senhora da Saúde, no Largo do Martim Moniz. As actividades de maior relevo verificaram-se nos dias 06Mai06 e 07Mai06, e consistiram na procis- são das velas e na procissão em homenagem à Nossa Senhora da Saúde, em que o Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1 teve a honra de participar com o efectivo de um pelotão da Bateria de Comando e Serviços e um pelotão da Bateria de Artilharia Antiaérea das Forças de Apoio Geral (BAAA (A/G)), tendo a Fanfarra do Regi- mento participado na missa campal e na Procissão. No último dia, a BAAA/AG participou ainda com 20 militares para o transporte dos andores da Nossa Senhora da Saúde e de S. Sebastião. A Banda do Exército, sediada no Regimento, participou também de forma activa, nas comemorações do dia 07Mai06. ALMOÇO DE CONVÍVIO DO BATALHÃO AA 386 O Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1 no dia 06 de Maio de 2006, organizou um almoço convívio do Batalhão AA 386. Este almoço contou com a presença do Ex.mo General Loureiro dos Santos bem como de um grande número de antigos militares que serviram neste Batalhão e suas famílias. O programa teve início pelas 12h00 com uma visita à unidade, nomeadamente ao Salão Nobre, Sala de Troféus e museus exteriores. Durante a visita, o grupo dirigiu-se à Parada Tenente-General Themudo Barata, onde participaram na cerimónia de homenagem aos mortos, com o apoio da Fanfarra do Regimento. Cerca das 13h15 seguiu-se um almoço convívio no refeitório geral do Regimento onde o Ex.mo General Loureiro dos Santos proferiu algumas palavras aos antigos militares bem como às suas famílias. IX Julho 2006 NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA REUNIÃO DA REVISTA DE ARTILHARIA NO RAAA1 Realizou-se em 11 de Maio de 2006, no Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, uma reunião de trabalho da Comissão Executiva da Revista de Artilharia. A reunião foi presidida pelo Ex.mo TGen José Luís Pinto Ramalho, Presidente da Comissão Executiva e contou com a presença dos restantes elementos da Comissão, tendo como ordem de trabalhos a preparação do próximo número da Revista de Artilharia para o segundo trimes- tre de 2006 e também a apresentação de um DVD editado pelo Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, sobre a Artilharia Antiaérea na Revista de Artilharia. De seguida decorreu na Messe de Oficiais do Regimento um pequeno lanche em que estiveram presentes todos os oficiais do Regimento, culminado com troca de lembranças. DVD – A ARTILHARIA ANTIAÉREA NA REVISTA DE ARTILHARIA, EDITADO PELO REGIMENTO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA N.º 1 X A Revista de Artilharia, com mais de um século de existência é uma preciosa fonte de informação e conhecimento sobre a história da Arma, bem como da sua evolução ao nível dos equipamentos, das técnicas, da táctica e da doutrina. Este facto é especialmente relevante para a Artilharia Antiaérea, porque, tendo sido a Revista de Artilharia, fundada em 1904, muito antes da 1ª Unidade de Artilharia Antiaérea Nacional – o Grupo de Artilharia Contra Aeronaves, criado em 1935, em Cascais – consegue abranger todo o período de existência desta vertente da Arma. Exemplo disto é o facto do 1º artigo sobre Artilharia Antiaérea publicado na Revista remontar ao ano de 1912, intitulado “O Emprego da Artilharia na Lucta Aérea”, uma tradução de um artigo do Coronel Bethell e só em 1916 um autor Português, O Capitão de Artilharia Eduardo Avelino Ramos da Costa, ter escrito um tema sobre antiaérea “Peças para Bater Aeronaves”. Este facto faz com que a Revista de Artilharia seja uma publicação de consulta obrigatória nos diversos trabalhos a realizar no âmbito da Artilharia Antiaérea, nos cursos da Academia Militar, da Escola Prática de Artilharia e no Instituto de Estudos Superiores Militares, bem como na realização da investigação com vista à emissão de pareceres, memorandos e informações a emitir pelo RAAA1, no âmbito das suas atribuições. Assim o RAAA1 decidiu elaborar uma base de dados em suporte digital (DVD), com todos os artigos com interesse para a Artilharia Antiaérea, publicados pela Revista de Artilharia, desde a data da sua fundação em 1904 até 2005. Os artigos versam técnica, táctica, equipamentos, doutrina, ameaça aérea, comando e controlo do espaço aéreo, exercícios, tiro Boletim da Artilharia Antiaérea e segurança no tiro, opiniões, história, noticias, entre outros. O software para aceder à base de dados nas modalidades de consulta por título, número da revista, ano de publicação, autor e palavra chave é o Autorun Pro Enterprise, que não requer instalação, os requisitos do sistema são: dispor de leitor de DVD, sistema operativo Win95, Win98, WinME, WinNT4, Win2000 ou WinXP, qualquer versão do Adobe Reader e as definições mínimas do monitor são 800X600 pixels. No DVD estão disponibilizados 264 artigos, de 228 números da Revista de Artilharia, de 1912 a Dezembro de 2005, num total de 3983 páginas em tamanho A 5, correspondendo a 911 megabits de informação em ficheiros Adobe Reader. São 179 os autores, dos quais 95 são individuais, 64 são grupos de trabalho e Unidades e 20 são autores desconhecidos. O DVD está disponível para consulta no Regimento de Artilharia Antiaérea N.º1 e na Sede da Revista de Artilharia, podendo também no futuro, vir a ser disponibilizado on-line em www.revista-artilharia.pt e www.raaa1.pt. NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA EXERCÍCIO ROSA BRAVA 061 Decorreu de 14 e 18Mai06 no Campo Militar de Santa Margarida, o Exercício ROSA BRAVA 061, planeado e conduzido pela Brigada Mecanizada (BrigMec). O exercício teve como finalidade praticar o planeamento, o comando, o controlo e conduta de uma Operação Defensiva do tipo Defesa Móvel de escalão Brigada, no quadro de uma intervenção “out of area” de uma Força Multinacional/ OTAN, de modo a implementar uma resolução internacional. No exercício participaram as subunidades da BrigMec, com excepção do 1º BIMec, sendo de realçar a participação de uma Célula de resposta de escalão Batalhão/Agrupamento da XI Brigada do Exército de Espanha (TBC). A Bateria de Artilharia Anti- aérea (BAAA) da BrigInt reforçou a BAAA/BrigMec com um Pelotão de Míssil Portátil Stinger, constituído por 18 militares (um Oficial, cinco Sargentos e 12 Praças) e seis viaturas, tendo como missão táctica o Apoio Directo (A/D) ao Agr 21, garantindo desta forma a protecção antiaérea do mesmo. Foi uma participação muito enriquecedora e motivante, já que a integração na estrutura da BAAA/BrigMec permitiu uma troca de conhecimentos e experiências CONFERÊNCIAS DE ACTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS SESSÕES INFORMATIVAS DE ÂMBITO TÉCNICO/TÁCTICO DA AAA Realizaram-se no primeiro semestre de 2006 um conjunto de apresentações subordinadas ao tema genérico “A Artilharia Antiaérea nos Países da NATO – Equipamentos e Organização”. As palestras foram efectuadas pelos Capitães e Oficiais Subalternos do Regimento, que apresentaram em diversas sessões, “Os Sistemas de Armas SHORAD”, “Os Sistemas HIMAD”, “A organização, equipamentos e perspectivas da Artilharia Antiaérea em Espanha, Itália, Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Noruega, Alemanha, Turquia, EUA e nos Países do Leste Europeu”. Estas palestras tiveram como objectivo principal, a actualização de conhecimentos dos quadros do Regimento e a posterior publicação desta edição do Boletim da Artilharia Antiaérea. Durante o primeiro semestre de 2006 realizaram-se no Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, um conjunto de sessões informativas de âmbito Técnico/ Táctico de Artilharia Antiaérea, a cargo de ambas as partes, além de validar a instrução colectiva e o treino operacional realizado pela BAAA/BrigInt. Participaram no exercício 2592 militares, tendo este culminado com uma demonstração da capacidade operacional da BrigMec, durante o DV-Day. dos 1.os Sargentos de Artilharia, com o intuito de actualizar os conhecimentos de todos os Oficiais e Sargentos que servem neste Regimento. As sessões tiveram o seguinte Programa: 1 Sar Art Pinto Sistema Míssil Ligeiro Chaparral. 04Jan06 1 Sar Art Reis Organização e conduta da autodefesa antiaérea. 25Jan06 1 Sar Art Rodeia A constituição e funcionamento do Sistema de Alerta de uma BAAA e a sua integração no sistema de alerta do escalão superior. Mensagens tipo originadas nos radares e/ou PO. 01Fev06 1 Sar Art Jerónimo Procedimentos a adoptar pelas Secções AAA em cada um dos Graus de Prontidão. Regras de Empenhamento e 08Fev06 Regras de Selecção de Alvos. 1 Sar Art Sampaio Quadro de Combate. 1 Sar Art Figueiras Princípios gerais de localização de uma unidade de tiro de 22Mar06 AAA. Sequência da ocupação de uma posição. 1 Sar Art Torres Organização para o combate da AAA, Missões Tácticas e 12Abr06 responsabilidades inerentes. 1 Sar Art R. Gonçalves Constituição, organização e funções dos Centros de Direcção de Tiro de AAA. 1 Sar Art Lanita Sistema Míssil Portátil Stinger. Julho 2006 XI 15Mar06 19Mai06 26Mai06 NOTÍCIAS DA ANTIAÉREA CURSO DE PROMOÇÃO A CAPITÃO 2006 – PARTE DE ANTIAÉREA XII No período de 29 de Maio a 28 de Junho de 2006, decorreu no RAAA1 a Parte de Antiaérea do Curso de Promoção a Capitão de Artilharia, composto por 11 tenentes e dois capitães dos quais um da República Popular de Angola. A Parte de Antiaérea do Curso tem como objectivo final habilitar os alunos a desempenhar as funções de Comandante de Bateria de Artilharia Antiaérea, Chefe de Equipa de Coordenação Aérea, Oficial de Ligação de Artilharia Antiaérea e de Oficial de Informações de um Grupo de Artilharia Antiaérea. A formação de 21 dias úteis, incidiu em várias áreas da formação técnica e táctica, das quais se destacam a Táctica de Artilharia ALMOÇO DE CONVÍVIO DA COMPANHIA DE ARTILHARIA ANTIAÉREA 120 CONCENTRAÇÃO DA BATERIA DE ARTILHARIA ANTIAÉREA 3434 – OS AVEZINHAS- O Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1 acolheu, no dia 03 de Junho de 2006, um almoço de convívio da CAA 120. Este almoço contou com a presença dos antigos militares que serviram o CAA 120 e suas famílias. O programa teve início pelas 12h15, com a entrada no Regimento dos antigos militares, recebidos pelo 2º Comandante do Regimento TCor Art Vítor Borlinhas. De seguida deu-se início a uma visita ao interior do Regimento, percorrendo o Salão Nobre, Sala dos Troféus e os Museus Exteriores. Cerca das 13h00 seguiu-se para um almoço convívio no refeitório geral do Regimento. O convívio teve o seu fim cerca das 17h00. O Regimento de Artilharia Antiaérea Nº 1 acolheu, no dia 03 de Junho de 2006, uma concentração de antigos militares da Btr AAA 3434 que embarcaram para as campanhas na Guiné, nos anos de 1971 a 1973. O programa teve início pelas 11h00, com a entrada no Regimento dos antigos militares, recebidos pelo 2º Comandante do Regimento, TCor Art Vítor Borlinhas. De seguida, numa simples e Boletim da Artilharia Antiaérea Antiaérea, Táctica de Radar, Tiro de Artilharia Antiaérea, um exercício de Postos de Comando e ainda uma visita ao CAOC 10 em Monsanto. A cerimónia de encerramento foi presidida pelo Ex.mo TenenteGeneral Cunha Lopes, Comandante da Instrução do Exército, que procedeu à entrega dos diplomas do curso aos alunos, bem como um prémio ao 1.º classificado nesta parte Antiaérea do CPC de Artilharia, atríbuido ao Tenente de Artilharia José Maldonado. humilde cerimónia, plena de significado, foi descerrada a placa comemorativa dos 35 anos, placa esta exposta no Pátio D. Pedro III. Para finalizar os antigos militares puderam visitar o interior do Regimento, percorrendo o Salão Nobre, Sala dos Troféus e os Museus Exteriores. O convívio terminou cerca das 12h30, com a despedida do Exmo. 2º Cmdt do Regimento aos antigos militares. ISSN: 1646-0235 REGIMENTO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA N.º 1