RELATÓRIO PAA
Gabriela Lopes, 12ºD3
Trabalho elaborado para a disciplina
de Projecto e Tecnologia, leccionada
por Abel Mourão Pinto.
RESUMO: Este relatório é alusivo á Prova de Aptidão Artística, estando associado á tecnologia de
Multimédia inserida na disciplina de Projecto e Tecnologia, e visa suportar a defesa textual do trabalho
por mim desenvolvido.
ESCOLA ARTÍSTICA SOARES DOS REIS – PORTO – ANO LECTIVO 2000/2000
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
Índice|
INTRODUÇÃO | ........................................................................................................................ 3
PRÉ PRODUÇÃO |
Pesquisa e Conceito| Textos | Colunista| ............................................................................... 4
Pesquisa e Conceito| Textos |Crónica| ................................................................................... 5
Pesquisa e Conceito| Sinopses e Respectivas Fontes de Pesquisa| ........................................ 7
BRAINSTORMING | Desenvolvimento do conceito| ............................................................... 8
Sinopse | Primeira Sinopse | Sinopse Extensa Fontes de Pesquisa| ...................................... 9
Sinopse | Criação da Sinopse final | Justificação da Sinopse Final| ...................................... 10
Argumento Técnico | Texto| ................................................................................................. 12
STORYBOARD| ....................................................................................................................... 18
2
PRODUÇÃO |
Produção dos Elementos Visuais| Textos | Desenvolvimento| ............................................ 19
Produção dos Elementos Visuais| Textos | Fase Final| ........................................................ 20
Produção da Animação | Desenvolvimento | ....................................................................... 21
Produção/Gravação do Áudio | Desenvolvimento| .............................................................. 21
PÓS-PRODUÇÃO |
Edição da Animação | Processo | ............................................................................................ 6
Edição do Áudio | Processo| ................................................................................................... 8
CONCLUSÃO | Reflexão| ......................................................................................................... 9
Gabriela Lopes, 12ºD3
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
INTRODUÇÃO |
Este relatório é alusivo á Prova de Aptidão Artística, estando associado á tecnologia de
Multimédia inserida na disciplina de Projecto e Tecnologia, e visa suportar a defesa textual do
trabalho por mim desenvolvido.
O tema da Prova de Aptidão Artística, no âmbito do curso de Audiovisual, foi a ‘Cidade
do Porto’ de cariz Pedagógico/Performativo. Sendo que o projecto em causa deve ser uma
animação com a duração de um mínimo de 1 minuto podendo exceder até aos 5 minutos.
Quanto a forma de produção da animação podemos optar pelas seguintes técnicas:
Rotoscopia; Stopmotion (Pixilação / Volumes – recortes, massas); 2D / Motion Layer ou FrameA-Frame.
Este relatório serve não só como sustentação do trabalho prático como serve de
memória descritiva das dificuldades por mim sentidas bem como o desenvolvimento teórico
do projecto por mim desenvolvido.
Para facilitar a leitura do processo de produção, todos os seus elementos foram
colocados ordenadamente nos anexos deste relatório, começando pelas sinopses finais,
argumento técnico, estudos visuais e Storyboard.
TEMA: Porto
GÉNERO: Formativo / Pedagógico
FORMATO: Duração: 1”_ 5” min.
3
Dimensões: 1280*720
Compressão: H. 264
TÉCNICAS (Possíveis a abordar): Rotoscopia
Stopmotion (Pixilação / Volumes – recortes _ massas)
2D / Motion Layer
Frame-A-Frame
1º FASE: Pesquisa de 3 ou + subtemas
Criação de 3 ou + sinopses
2º FASE: Pesquisa extensa do subtema escolhido
Criação da Sinopse final / Texto voz-off
Nesta fase de pré-produção, destinada praticamente a criação da história, foi feita uma
pesquisa aprofundada sobre o tema, o Porto, do qual seleccionamos três subtemas possíveis
que resultaram em três storylines. Dos três subtemas criados ou seleccionados, foi feita uma
pesquisa extensa daquele que se sobressaiu ou que melhor correspondia aos parâmetros que
devia cumprir. Após a pesquisa realizada e ter sido feita toda a recolha de informação possível
bem como a comprovação da sua veracidade.
Gabriela Lopes, 12ºD3
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Pesquisa e Conceito| Textos | Colunista |
A eterna juventude - Patrícia Carvalho
A rapariga nua sobreviveu a tudo. Tem uma posição privilegiada na avenida e
assistiu às maiores manifestações que por ali passaram desde 1929.
(…)
A Menina Nua, diga-se, chama-se Juventude, mas nem vale a pena apresentála pelo seu nome real, porque cá pelos lados do Norte adoramos ter os nomesnão-oficiais de ruas, praças e estátuas e é por eles que os conhecemos. A
Menina Nua está ali aos pés da Avenida dos Aliados desde 1929, ano em que
foi criada pelo escultor Henrique Moreira. É, talvez, das estátuas mais
fotografadas da cidade e, seguramente, uma das favoritas das aves que se
passeiam pela Baixa e que adoram pousar-lhe nos ombros e na cabeça.
(…)
Acho que é a simplicidade da estátua que a torna tão cativante, esteja rodeada
de verde e flores (como acontecia, antes da intervenção na artéria) ou do
granito que passou a ser a sua companhia, após a requalificação da Avenida
dos Aliados, por Álvaro Siza e Souto de Moura. E já nem falamos das crateras
que a rondaram, quando a incansável tuneladora Micas andou por ali a escavar
os caminhos subterrâneos do metro.
A rapariga nua sobreviveu a tudo, com o mesmo sorriso de sempre. Tem uma
posição privilegiada no palco que é a avenida e assistiu, por isso, às maiores
manifestações que por ali passaram desde 1929 - às primeiras celebrações do
25 de Abril e do 1.º Maio, e a todas as que se seguiram, à euforia azul e branca,
dos festejos do FC Porto, aos desfiles académicos, às visitas papais e, até, nos
últimos tempos, a umas provas automobilísticas. Sempre com o seu ar
impassível e nu.
Gosto daquela Menina Nua e ainda fiquei a gostar mais dela desde que
descobri, reproduzido pela blogosfera, o texto que Raul Simões Pinto publicou
no seu livro, Pasteleira City, e que conta a história da mulher por trás da
estátua. Começa assim: "Chamava-se Aurélia Magalhães Monteiro e era
conhecida pela Lela, Lelinha ou pela "Ceguinha do 9" - para a eternidade ficará
sempre a ser a "Menina Nua" da Av. dos Aliados."
(…)
Não fui procurar Lelinha ao Buçaco nem ao Rivoli. Nem sequer na estátua da
rainha D. Amélia, de Teixeira Lopes, que estará na Casa-Museu do artista, em
Gaia, e que a velha modelo contava ter sido a sua estreia. Depois de ter lido a
sua história, basta-me apreciá-la na Menina Nua. Porque aquele riso, aquela
eterna juventude encerrada na estátua é exactamente o que transparece das
velhas palavras da sua modelo. Lelinha ficou, para sempre, nua e linda, aos 21
anos, a rir-se para nós, na Avenida dos Aliados.
(Adaptado
//
http://www.publico.pt/cronica-urbana/jornal/a-eternajuventude-27007134)
Gabriela Lopes, 12ºD3
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Pesquisa e Conceito| Textos | Crónica |
A "Menina nua"
- uma estátua que todo o Porto conhece...
Chamava-se, Aurélia Magalhães Monteiro, e era conhecida por Lela, Lelinha ou
pela «Ceguinha do 9» - para a eternidade ficará sempre a ser a «Menina Nua»
da Av. dos Aliados, ou ainda uma estátua que toda a cidade conhece e aprecia.
Nasceu no dia 4 de Dezembro de 1910, na freguesia do Bonfim, e pouco tempo
antes de falecer, dizia-me «que tinha sido uma das mulheres mais apreciadas e
cobiçadas do seu tempo...».
Vivia no rés-do-chão do Bloco 9, do Bairro da Pasteleira, numa casa simples e
humilde com flores a enfeitarem a entrada e a sala de jantar.
Um dia convidou-me a entrar e contou-me um pouco da história da «Menina
Nua»: - «Tinha 21 anos quando fiz de modelo para o Henrique Moreira, o
mestre que fez a estátua; mais tarde colocaram-me na Av. dos Aliados - que
belos anos aqueles! Estive duas semanas a «posar» e ainda hoje recordo com
alegria e saudade aqueles momentos de trabalho, pois posso morrer amanhã
que todos ficarão a saber quem era a Lela... Além disso, nessa altura, dava-me
bem com os artistas, era bonita e eles convidavam-me, andava por toda a
parte, ganhei uns «cobres» com o Henrique Moreira, mas hoje... resta-me a
consolação de estar ali, de costas voltadas para o Almeida Garrett e de frente
para o D. Pedro IV. Perguntei-lhe nessa altura, se não tinha existido certos
problemas com a estátua, a sua nudez, por exemplo: proibições, censuras?
-«Ela respondeu-me - bem, sabe que naquela época, havia certos sectores que
se opunham claramente e até ficaram escandalizados com a «Menina Nua»;
nós éramos muito tacanhos, e veja bem que há 50 anos, a ideias eram
realmente diferentes, havia o Salazar, a Pide e o povo era mais fechado, mais
religioso - felizmente o mestre Henrique Moreira conseguiu «levar a água ao
seu moinho», e lá fiquei de pedra e nua, assim como Deus me votou ao
Mundo... (Sorriu de imediato, mostrando ainda réstias de um rosto bonito e de
uma boca fina, onde rareavam já alguns dentes, vítimas do peso dos anos e das
canseiras e desgraças da vida). -... Além disso, imagine uma «moçoila» no
tempo «da outra senhora», a expor-se toda nua perante uns homens de tela e
pincéis ou bocados de pedra, bem... Era quase como ser comunista ou mulher
da vida...
Fez-se uma pausa para mandar-mos umas «bocas» contra o sistema do
antigamente e prossegui nessa altura, perguntando-lhe: - quando e onde tinha
começado a ser modelo? Antes de me responder, fica um pouco pensativa,
levanta-se e encaminha-se para o seu quarto, vasculha dentro do guardavestidos e traz-me um amontoado de papéis e fotografias - Vá, veja lá tudo
isto, diz-me: (anotei visualmente uma série de fotografias, pequenas
referências, recordações e memórias da «Menina Nua»): «... De qualquer
modo e se a memória não me falha, comecei com o mestre Teixeira Lopes, na
figura-modelo da rainha D. Amélia, esta estátua encontra-se actualmente no
Museu com o mesmo nome, em Vila Nova de Gaia. Nessa época, tinha muita
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vergonha - era uma «moçoila» com 18 anos, bem-feita e bonita -, a minha mãe
tinha falecido e fiquei mais tarde com uma madrasta, de quem por acaso não
gostava nada, por isso mudei-me para o Bonfim, para casa da minha santa avó.
Que tempos... nessa altura, iniciei-me como modelo nas Belas Artes do Porto e
lentamente fui-me habituando, até que fiquei mais descarada... (Levantou a
cabeça, e numa reflexão interior com risos de vaidade e inconformismo),
continuou: Ah, nesse tempo, punha a cabeça dos rapazes em fogo, era bonita e
não havia ninguém que não me conhecesse como a «Menina Nua». Depois
passei alguns anos como modelo, andei pelo Norte, pelo Sul e até a Lourenço
Marques (hoje Maputo) eu fui - fiz de modelo para vários mestres, entre eles:
Acácio Lino, Joaquim Lopes, Dórdio Gomes, Sousa Caldas, Augusto Gomes,
Camarinha e os consagrados, Henrique Moreira e Teixeira Lopes. Além da
«Menina Nua», estou no Buçaco, no Cinema Rivoli, em Lisboa e em
Moçambique... e hoje? Como vê aqui estou desde os 43 anos cega, uma vida
difícil de adaptação, um mundo escuro, negro. E mais negro se tornou,
aquando da morte do meu marido, fiquei completamente só.
Hoje, passados alguns anos, tenho um casal a viver comigo, sempre me ajudam
a pagar a renda e a «fazer-me» um pouco de companhia. Tenho umas ajudas
do Centro de Dia da Terceira Idade, ligado ao Centro Social cá do bairro, onde
vou almoçar e lanchar, enfim, sempre ajuda a passar o tempo e a velhice. Mas
o que eu, mais desejava na vida, além de mais dinheiro para viver, era dos
meus ricos olhos... (algumas lágrimas correram-lhe pelas faces, enquanto se
preparava para ir almoçar ao Centro...) Despedi-me dela, tentando consolá-la
com frases de carinho e amizade, mas... a vida é um cão que não conhece o
dono; ela despediu-se (nessa altura), com um bom dia, entrecortado com um
sorriso mor gaiato, misto de Ribeira, Bonfim e Pasteleira...
Aurélia Magalhães Monteiro, a Lela, Lelinha, ou a «Ceguinha do 9», faleceu no
dia 2 de Junho de 1992, com 82 anos de idade; no entanto a «Menina Nua»,
continua viva, fixa e eterna, ali na Av. dos Aliados envolta nos nevoeiros
citadinos, perpétua e ardente, nos dramas e vitórias deste povo.
(Do livro Pasteleira City, de Raul Simões Pinto – edições pé de cabra – Fevereiro de 1994)
Gabriela Lopes, 12ºD3
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Pesquisa e Conceito | Sinopses e Respectivas Fontes de Pesquisa|
 SINOPSE nº1
Seguindo a minha rotina, vagueando pelas ruas da baixa. Saí da livraria Lello
em direcção ao Guarany, até que, quando finalmente eu cheguei aos Aliados,
alguém me pergunta pela estátua da juventude (menina nua).
 SINOPSE nº2
Pediram-me que falasse sobre o Porto, fui procurar aos livros (escritores/dados
históricos), mas não havia imagens (pinturas/esculturas), as imagens faltava
som (musica) e a tudo isto faltava vida (ambiente e pessoas).
 SINOPSE nº3
Aos pés da Sé há uma rua mergulhada na escuridão, que só vê a luz do sol a
reflectir no Douro ao descer as Escadas das Verdades. (Rua Escura).
 SINOPSE nº4
António Cruz, talvez admirado por muitos mas conhecido por poucos, nasceu
na cidade do Porto onde aprendeu as artes e concebeu as obras. (Apresentar
biografia/animação relacionada com os quadros pintados).
 SINOPSE nº5
Livraria Lello, também conhecida como a Chardon, fica hoje na Rua das
Carmelitas onde logo a Torre dos Clérigos se avista.
 SINOPSE nº6
Porto foi o berço do cinema português, pouco mais de um século passou desde
que um portuense fez cinema pela primeira vez em todo o país.
Após a criação de várias storylines e de ter seleccionado aquela que me pareceu
melhor, a 1ª sinopse, procurei desenvolver mais o conteúdo.
Para além dos textos anteriormente apresentados foi feita uma pesquisa quanto aos
artistas, o espaço, a estátua e em que contexto esta surgiu e o porquê da sua existência.
Gabriela Lopes, 12ºD3
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BRAINSTORMING | Desenvolvimento do conceito|
Na fase de desenvolvimento do conceito não houve dificuldades sendo que
o conceito presento no meu argumento ‘a indiferença das pessoas perante as os
locais onde residem’.
Embora sendo básico, desde cedo o desenvolvimento do meu trabalho
gerou-se em volta desta ideia, tendo sido esta a dinamizar todo o avanço no
projecto tanto argumentativo como também tendo uma certa influência no tipo de
abordagem estética.
Através deste conceito fui procurando cada vez mais informação, somente
acerca da estátua e do artista que eram inicialmente o foco principal do projecto, o
que me levou a conhecer mais coisas sobre a baixa portuense e levou-me a colocar
outros factos históricos a par com a história da estátua. O que me levou a falar um
pouco da história da Avenida dos Aliados, ficando com bastante informação.
Apos de seleccionar toda a informação que poderia ser útil, realizei um
brainstorming onde através de perguntas filtrei informação que me fosse
realmente importante e útil, como por exemplo: O quê? ; Contextualização: Onde?
Quando? Porquê? Quem? Como? ; Características: Material? Aspecto? Tempo? ;
Inspiração: Quem/O Quê? O que fazia? Porquê ela? ; Localização? ; Problemas? ;
Factos Históricos? ; Nome? Porquê do Nome? . Apos responder a todas estas
questões através da pesquisa já feita e novas pesquisas construi finalmente o meu
argumento final. (Ver Anexos)
Quanto à abordagem estética tive a influência de alguns vídeos do Ted ED
que foram analisados em aula como ‘Kabuki’, ‘The history of tattoos’ ou ‘The many
meanings of Michelangelo’s Statue of David; inspirando-me também em alguns
artistas digitais de grupos ou sites que fui encontrando na internet, como:
Pintarest; Urban Sketchers ou Flipboard.
Tendo em conta também as minhas dificuldades optei por uma abordagem
sintetizada e objectiva. Sendo que a história tem uma evolução na narrativa
simples de forma até temporal e contextual. Sendo que na conclusão do texto
narrativo retomo o início do meu argumento de forma a fechar o fluxo, utilizando
toda a narrativa anterior como explicação daquilo que acabo por concluir e que
acaba por se resumir no conceito do meu trabalho que é: ‘A indiferença perante
aquilo que esta constantemente presente’ conjugado com o tema que nos foi
proposto, ‘O Porto’.
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Sinopse | Primeira Sinopse | Sinopse Extensa |
Argumento Inicial
‘Quando vagueamos pelas ruas da baixa nunca se pára para pensar como surgiram
ou o porquê.’ (Primeira Sinopse).
Vendo a crónica num livro, enquanto estava na livraria Lello, sobre uma das
estátuas que fica na Av. Dos Aliados. Av. Dos Aliados ou Av. Das Nações
Aliadas, como foi inicialmente chamada, e que antes de ser avenida era ruas de
D. Pedro IV e do Laranjal e assim como respectivo bairro. A ladear as vias de
circulação automóvel surgem largas placas pedonais arborizadas. Surgem
grandiosos edifícios como o edifício Guarani. A Av. é povoada por obras de arte
e outros elementos decorativos de cariz arquitectónico, maioria de Henrique
Morais, como a escultura da Menina Nua / A Juventude, sobre a qual acabei de
ler.
É uma figura feminina e esbelta, com proporções de cânones gregos, nua como
o nome evidencia, com um sorriso por alguns considerado ambíguo e
enigmático, sentada num plinto e marcada por uma inocência está plantada
aos pés da avenida. Foi concebida em 1929, demorou duas semanas a ser feita
e duas semanas a Lelinha posou.
Aurélia Magalhães, era a modelo que serviu de inspiração para a Menina Nua e
para outras obras de outros grandes mestres e também nas Belas Artes do
Porto.
Lelinha teve uma vida difícil, em compensação a sua beleza levou-a ao Buçaco,
ao Rivoli, a Lisboa e a Moçambique. Correu o risco de ser julgada como uma
comunista ou uma concubina por se expor perante artistas e blocos de pedra
ou tela e pincel em punho, isto por ser ainda em Portugal o período
conservador que se vivei antes da revolução dos cravos.
Admirada e apreciada por todos, de todas as gerações e nacionalidades;
Aurélia Magalhães morreu sozinha, pobre e cega, pelo que consta perdeu a
visão desde os seus 43 anos bem como seu marido. Viveu os últimos anos da
sua vida com um casal, na Pasteleira, que a ajudavam a pagar a renda e fazia as
refeições num Centro Dia de Terceira idade do bairro onde habitava.
Dela apenas se conhece a figura da sua beleza imortalizada na pedra e poucos
lhe conhecem a história. Continua a viver Aurélia através da Menina Nua que
se encontra de costas voltadas para Almeida Garrett e olhos postos em
D.Pedro IV no seu cavalo.
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Sinopse | Criação da Sinopse final |
Argumento Final
‘Quando vagueamos pelas ruas da baixa portuense, raramente nos interrogamos como
surgiram as suas ruas, ou como se foram modificando ao longo dos tempos.’ (Sinopse Final)
Descobri há pouco tempo, através de um livro, Pasteleira City do cronista Raul
Simões, uma estátua que se encontra na avenida dos aliados da qual eu nunca
tinha dado conta. A menina nua.
A Avenida dos Aliados, começou por não ser uma Avenida sequer. Resultou da
junção da rua de D.Pedro IV e da Rua e Bairro do Laranjal. Tendo inicialmente o
nome de Nações Aliadas, pela vitória das Nações Aliadas da I Grande Guerra
Mundial, e também em tempos ter sido apelidada, pela população, de Avenida
do Bacalhau.
A Avenida era recente e encontrava-se despida de decoração, surge então um
concurso organizado pela câmara municipal do porto no qual participou
Henrique Moreira com uma escultura de uma figura feminina, nua. Tendo
conquistado o 1# lugar com a respectiva obra em 1929. Vindo mais tarde a
contribuir para a ornamentação da avenida com mais obras.
Aurélia de Magalhães posou durante 2 semanas para a concessão da escultura.
Tendo sido aurélia a inspiração de Henrique Moreira, modelo das belas artes
do porto e também de outros grandes artistas como Teixeira Lopes, Sousa
Caldas ou Acácio Lino.
Graças à sua beleza e por ser a predilecta dos mestres e artistas portuenses
Aurélia viajou até ao Buçaco, para posteriormente ir para Lisboa e mais tarde
Moçambique. Supõe-se que era a escolhida dos artistas por ser, na altura,
muito conhecida e admirada na baixa portuense pela sua beleza.
No entanto, por se viver o regime salazarista, acredita-se que a obra possa ter
corrido o risco de ser censurada o que acabou certamente por não acontecer.
Actualmente a estátua mantém-se intacta e no mesmo sítio de quando foi
inaugurada, tendo resistido às construções dos túneis para o metro, a
manifestações e festejos, bem como questões ambientais.
A menina nua continua a atrair a atenção das pessoas e a ser alvo das camaras
fotográficas dos turistas, sendo uma das atracções artísticas do porto. Mesmo
à vista de todos, muitos de nós portuenses ainda não demos conta da sua
existência.
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Sinopse | Justificação da Sinopse Final |
Após a construção da primeira sinopse observei que esta era confusa e
corria o risco de fugir ao género formativo/pedagógico que foi proposto para o projecto.
Tendo também desenvolvido logo um argumento dessa primeira sinopse constatei
algumas falhas tanto no registo em que eu estava a escrever bem como a forma pouco
clara que estava a ser apresentada a informação ao longo da narração. Por tais razões
optei pela reconstrução da minha sinopse inicial, para tal servi-me do Brainstorming o que
me fez chegar a um novo texto narrativo. Visto que as sinopses propriamente ditas pouco
diferem uma da outra.
Sinopse Inicial|
‘Quando vagueamos pelas ruas da baixa nunca se pára para pensar como surgiram
ou o porquê.’
Sinopse final |
‘Quando vagueamos pelas baixa portuense, raramente nos interrogamos sobre
como surgiram as suas ruas e como se foram modificando ao longo dos tempos.’
Através do Brainstorming foi possível não só a reconstrução de uma nova
sinopse mas também da organização devida da informação o que me levou a construir um
novo argumento mais simples e objectivo facilitando, na minha opinião, a sua
compreensão.
Argumento | Tradução |
As we walk the streets of Porto’s downtown, rarely do we ask ourselves
how did they appear, or how were they modified throughout the time. As well as
the decorative pieces and urban furniture.
Some time ago, I found out, through a book, Pasteleira City by chronist Raul
Simões, a statue that can be found in Avenida dos Aliados that I’ve never really
noticed.
The Naked Girl.
Avenida dos Aliados, at first, wasn’t even an avenue.
It started as junction of the street of D. Pedro IV and the street and neighbourhood
of Laranjal.
It was torn down less than a hundread years ago where the disappeard streets of
D. Pedro IV and Laranjal were.
Gabriela Lopes, 12ºD3
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The Aliados avenue was once called Nações Aliadas Avenue. As a tribute to the
victory of the Allies in World War I.
Was once also known by it's popullation as the Codfish Avenue.
The avenue was still new and lacked decoration, when a competition was opened
by its town council in 1929, sculptor Henrique Moreira took part in it with his
proposal of a naked feminine figure. Henrique Moreira won the first place with his
proposal
Henrique Moreira would later come to contribute with his works for the
ornaments of the Avenue
Aurélia de Magalhães, a model form of Oporto of great beauty, one that was the
Fine Arts masters favourite and one that inspired great artists such as TL, SC and
AL, and one that was also the inspiration for the Henrique Moreira's statue.
Her beauty was notorious between artists and hearthrobs of that time. That
prestige later took her to other destinations and artistic requests like Buçaco,
Lisbon and Mozambique.
Given that the regime of that time was really severe with morals and mores, even
in the arts domain, his work had known opponents and was in risk of being
censured. Which, happilly, didn't happen.
Today, the statue, untouched and well preserved, is still found on the exact same
place it was since it's opening.
It withstood without any damage to the construction of underground tunnels,
public demonstrations, celebrations, as to environmental problems and time.
The "Naked Girl" continues, as it did before, to get people's atention and being the
turists' target, making it one of the artistic atractions of Porto, right in the city's
heart.
Even though it's at everyone's sight, a lot of us, Porto's citizens, still didn't notice
it's presence.
Gabriela Lopes, 12ºD3
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Argumento Técnico | Texto |
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das pessoas.
NARRADOR
Quando vagueamos pelas ruas da baixa portuense, raramente nos interrogamos
como estas surgiram, ou como foram sendo modificadas ao longo dos tempos. Bem
como as suas peças decorativas e mobiliário urbano.
FADE TO BLACK
DIA - INTERIOR - PORTO - BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL
PLANO GERAL:
TRAVELING
Aparece uma estante com vários livros em que o livro Pasteleira City, de Raúl
Simões, é o único destacado.
NARRADOR
Descobri há pouco tempo, através de um livro, Pasteleira City do cronista Raul
Simões, uma estátua que se encontra na Avenida dos Aliados da qual eu nunca
tinha dado conta.
FADE TO BLACK
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ESTÁTUA
PLANO APROXIMADO DE TRONCO:
TRAVELLING
CONTRA-PICADO
NARRADOR
A Menina Nua.
FADE TO WHITE
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO GERAL
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo após ter sido
construída.
NARRADOR
A Avenida dos Aliados, começou por não ser uma avenida sequer.
Surge, em panorâmica de cima para baixo, o mapa da baixa cobrindo o plano
anterior.
PAN
PLANO APROXIMADO DE PEITO:
PANORAMICA CONDUTORA DA ATENÇAO
PICADO
Imagens do mapa da baixa portuense, localizando as ruas D.Pedro IV e o Laranjal a
transformarem se na avenida.
NARRADOR
14
Resultou da junção da rua de D.Pedro IV e da rua e bairro do Laranjal.
No final da acção sai do plano o mapa, em panorâmica de baixo para cima, dando
lugar ao plano anterior.
PAN
PLANO APROXIMADO DE PEITO:
PANORAMICA DESCRITIVA
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo após ter sido
construída. Surge, de baixo para cima, um pop-up de uma placa toponímica, situada
no lado direito, vão surgindo os diferentes nomes que a rua teve.
NARRADOR
Tendo inicialmente o nome de Nações Aliadas, pela Vitória das Nações Aliadas da I
Grande Guerra Mundial, e também em tempos ter sido apelidada, pela população,
de Avenida do Bacalhau.
CUT
Gabriela Lopes, 12ºD3
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
PLANO MUITO GERAL:
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo após ter sido
construída.
NARRADOR
A avenida era recente e encontrava-se despida de decoração,
ZOOM IN
PLANO GERAL:
Aparece plano da Camara Municipal do Porto.
Surge como pop-up a escultura ’A Juventude’ com fita de 1# lugar, no lado direito
do plano, de baixo para cima.
NARRADOR
surge então um concurso organizado pela Câmara Municipal do Porto no qual
participou Henrique Moreira com uma escultura de uma figura feminina, nua.
Tendo conquistado o 1# lugar com a respectiva obra em 1929.
ZOOM OUT
PLANO MUITO GERAL:
Surgem as esculturas de Henrique Moreira, uma de cada vez ao centro, como popup’s. No final da acção há um ’zoom in’ para a estátua ’A Juventude’.
NARRADOR
Vindo mais tarde a contribuir para a ornamentação da avenida com mais obras.
ZOOM IN
DIA - INTERIOR - PORTO - OFICINA DO ARTISTA - ANOS 20
PLANO PROMENOR:
TRAVELLING
Imagem da estátua A Juventude a ser esculpida pelo mestre Henrique Moreira.
Aparece um pop-up de um Calendário, com duas semanas assinaladas a vermelho, a surgir
de cima para baixo do lado direito. No final da acção há um ’zoom out’ da estátua para o
próximo plano.
NARRADOR
Aurélia de Magalhães posou durante 2 semanas para a concessão da escultura.
ZOOM OUT
Gabriela Lopes, 12ºD3
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PLANO APROXIMADO DE TRONCO:
Surge a modelo Aurélia de Magalhães ao centro, enquanto, do lado direito surge o
mestre Henrique Moreira e outros artistas e as siglas da Escola de Belas Artes do
porto.
NARRADOR
Tendo sido Aurélia a inspiração de Henrique Moreira, modelo das Belas Artes do
Porto e também de outros grandes artistas como Teixeira Lopes, Sousa Caldas ou
Acácio Lino.
INSERTO:
Surge, de cima para baixo, o mapa-mundo a ser puxado por uma pega, cobrindo o
plano anterior.
NARRADOR
Graças à sua beleza e por ser a predilecta dos mestres e artistas portuenses
ZOOM IN
INSERTO:
Mapa-mundo da zona norte de Portugal (indicando através de um tracejado o
percurso Porto - Buçaco - Lisboa) seguido de um ’zoom out’ mostrando o
Continente Africano (indicando através de um tracejado o percurso Lisboa Moçambique).
16
NARRADOR
Aurélia viajou até ao Buçaco, para posteriormente ir para Lisboa e mais tarde
Moçambique.
Sai do plano o planisfério, de baixo para cima, dando lugar ao plano anterior.
PLANO GERAL
(cenário neutro) Sala vazia.
CUT
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE TRONCO:
Surge a modelo Aurélia Magalhães ao centro, enquanto, do lado direito surge o
mestre Henrique Moreira, outros artistas e os figurantes, de baixo para cima, em
volta da modelo.
NARRADOR
Supõe-se que era a escolhida dos artistas por ser, na altura, muito conhecida e
admirada na baixa portuense pela sua beleza.
CUT
Gabriela Lopes, 12ºD3
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
PLANO GERAL:
(cenário neutro) Estátua A Juventude a fugir da censura (lápis azul) aos saltos, da
esquerda para a direita.
NARRADOR
No entanto, por se viver o Regime Salazarista, acredita-se que a obra possa ter
corrido o risco de ser censurada o que acabou certamente por não acontecer.
FADE TO WHITE
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO MUITO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das pessoas. No final da
acção há um ’zoom in’ para a estátua.
NARRADOR
Actualmente a estátua, mantém-se intacta e no mesmo sitio de quando foi
inaugurada,
ZOOM IN
PLANO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com poeira em volta da estátua ’A Juventude’ e
placas com símbolo da Metro (som de obras) a ser protegida a todo o custo por um
Zelador para que não caia. No final da acção há uma nuvem que dá lugar à
multidão.
NARRADOR
tendo resistido às construções dos túneis para o metro,
Plano da Avenida dos Aliados com pessoas em volta da estátua ’A Juventude’, a
segurar faixas e bandeiras de sindicatos. Para proteger a estátua das multidões o
Zelador abraça-se a esta. No final da acção há um ’cross dissolve’ da multidão
sindicalista para outra multidão.
NARRADOR
a manifestações
Plano da Avenida dos Aliados com pessoas, em volta da estátua ’A Juventude’, a
segurar cachecóis do Futebol Clube do Porto. Para proteger a estátua das
multidões o Zelador continua abraçado. No final da acção há um ’cross dissolve’ da
multidão.
NARRADOR
e festejos,
CROSS DISSOLVE
Gabriela Lopes, 12ºD3
17
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
PLANO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das pessoas, chove por
momentos apenas sobre a estátua e depois a ser alvo de mira de pombos, para
preservar a estátua, o Zelador limpa-a compulsivamente com um pano.
NARRADOR
bem como questões ambientais.
CUT
Plano da Avenida dos Aliados com turistas asiáticos em volta da estátua ’A
Juventude’ a segurar camaras fotográficas e o Zelador com óculos de sol ao lado da
estátua, também com óculos de sol, para se protegerem dos flashes.
NARRADOR
A Menina Nua continua a atrair a atenção das pessoas e a ser alvo das camaras
fotográficas dos turistas, sendo uma das atracções artísticas do Porto.
ZOOM OUT
PLANO MUITO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das pessoas.
NARRADOR
18
Mesmo à vista de todos, muitos de nós portuenses ainda não demos conta da sua
existência.
FADE TO BLACK
FIM
Reflexão|
Durante a concretização do argumento pude explicitar melhor a ideia do projecto
que tinha em mente o que vem dar mais coordenação ao desenvolver a animação.
Tive algumas dificuldades em escolher as transições ou os tipos de plano que
seriam mais adequados a narrativa.
Para superar as dificuldades que me iam aparecendo ao longo da elaboração do
Argumento Técnico, apoiei-me nos documentos PDF fornecidos pelo professor orientador,
que continham toda a informação necessária, ‘A Realização Cinematográfica’ de Terence
Marner.
Gabriela Lopes, 12ºD3
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
Storyboard |
A fase de desenvolvimento do Storyboard foi crucial para uma melhor planificação
da animação, visto que permite de certo modo antever a mesma como realmente se
pretende que a esta decorra. No entanto o storyboard acabou por não resultar no projecto
final visto que nem sempre produzi de acordo com este. Por vezes por não resultar como
esperado ou para solucionar problemas que foram aparecendo durante a fase de
produção.
PRODUÇÃO |
Produção dos Elementos Visuais | Desenvolvimento|
A produção destes elementos visuais ou material para animação, foi quase toda
através de decalque de fotografias, a maioria tiradas por mim. Usei também o dobro das
proporções predefinidas para tentar manter a qualidade da imagem.
Após finalizar a line art houve o cuidado de tornar as imagens opacas pensando já na
próxima fase. Tornando os elementos opacos, separando-os de forma que fosse mais pratico
animar.
Durante a animação do projecto houve algumas alterações a serem feitas que até acabaram
por tornar a animação mais interessante.
19
Produção dos Elementos Visuais | Desenvolvimento|
Esta fase do projecto é dedicada à animação e à produção do som. Após ter
concluído os desenhos, alguns já bastante definidos da fase de estudos visuais, no
programa PhotoShop da Adobe, fui importando para o programa After Effects consoante a
necessidade para dar início à animação. Os ficheiros que foram desenvolvidos no
Photoshop foram produzidos com o dobro das dimensões predefinidas para animação
para que quando passadas para o After Effects não perdessem qualidade em alguns dos
efeitos ou processos de animação.
Optei também por não utilizar cor no meu projecto, não só por se tornar
visualmente mais agradável e legível mas também por a zona que é retratada não possui
grande variedade cromática, bem como a nossa cidade em geral que é este ano o tema
principal, o Porto.
Durante esta fase houve certos elementos que sofreram alterações, como o
argumento técnico, quanto a algumas notas de descrição da acção, e o texto
correspondente à voz-off.
Durante a animação através do After Effects foram surgindo algumas questões e
casos que eu pretendo explicitar:
Por exemplo no plano 1 para o aparecimento dos edifícios fosse gradual abri a
composição correspondente ao cenário e fiz surgir os edifícios aos pares de forma
coordenada, animando apenas através do opacity.
Gabriela Lopes, 12ºD3
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
A fachada da camara foi redimensionada e posicionada de forma a constituir a
Avenida.
Elementos Visuais: Durante a animação vão aparecendo certos elementos que
contribuem para uma coesão na dinâmica da animação. Este plano contém o
movimento dos carros e uma pomba a voar atravessando o plano.
Produção/Gravação do Áudio | Desenvolvimento|
Quanto a fase de gravação de som consistiu apenas na gravação da voz-off, nos
estúdios de som, e numa selecção do material que iria ser utilizado na animação e aquele
que seria dispensado.
Optei também por gravar a simulação de uma trompete desempenhada por um
colega a meu pedido, para que fosse mais tarde editada e manipulada no programa
Audition, de modo a servir como musica fundo da animação.
Reflexão|
A fase de produção revelou-se bastante demorada e minuciosa
Gabriela Lopes, 12ºD3
20
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
PÓS-PRODUÇÃO |
Edição da Animação | Processo|
Na fase de edição da animação fui aplicando algumas transições e efeitos durante a
própria fase de animação, sendo que nesta fase esta reservada para a montagem no
Premier.
Quanto ao processo de legendagem, criação da capa e menu, insere-se também
nesta fase.
Edição do Áudio | Processo|
A edição do som resume-se sobre tudo a selecção do material que será utilizado e um
ligeiro tratamento, como estabilizar o som reduzir o ruido ou até mesmo fazer uma
composição com várias faixas como foi o caso da simulação de trompete que entra na
animação.
Nesta fase houve várias questões quanto à manipulação do áudio, houve várias
experiências através de efeitos como o Reverb e o Equalizer na tentativa de aproximar o som
ao que parece mais natural e ao que se aproximava mais do tema da PAA, tentando também
remeter para algo nostálgico.
A trompete produzida vocalmente em estúdio foi manipulada no Audition, de forma a
parecer-se com o instrumento real.
Por outro lado a voz off, teve vários problemas na edição por conter bastante ruído e
oscilação do volume. Uma das opções que fiz em alternativa a contornar essa questão foi a
aplicação de um Equalizer( old time radio).
No final, após de todas as tentativas acabei por utilizar para a banda sonora da
animação uma musica retirada da página de internet Free Music Archive , o acabou por
enquadrar melhor e resolver igualmente os problemas com a voz off, pois a sobreposição do
som ajudou a atenuar o ruido da voz off.
Também na fase de inserir o áudio na animação reparei na descoordenação do som
com a imagem, o que me levou a fazer cortes na narração mas sempre sem alterar o sentido
ou a concordância na narrativa.
Gabriela Lopes, 12ºD3
21
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
CONCLUSÃO|
Ao finalizar este trabalho, é notável as capacidades adquiridas nestes três anos de
ensino. Desde de preparação para o ensino universitário bem como o mundo de trabalho.
Quanto a Prova de Aptidão Artística acabou por corresponder às minhas expectativas.
Embora com todas as alterações que o projecto foi sofrendo durante todo o processo de
produção, manteve a essência inicial.
Com a realização da Prova de Aptidão Artística apercebi-me de que uma pré-produção
organizada, detalhada e pormenorizada faz toda a diferença na produção de um projecto.
Todo este tempo em que estudei na EASR e este projecto final fizeram-me rever a
minha atitude em relação ao meu método de trabalho. Apercebi-me de que devo estruturar
melhor as minhas tarefas, organizar o meu tempo e pedir ajuda quando necessário, pois pedir
ajuda a quem tem mais experiência do que eu não é sinal de fraqueza pelo contrário ajuda-me
a ser melhor reconhecendo os meus pontos fracos e melhorara através do apoio de quem sabe
melhor.
Estudar na soares não foi apenas a concretização de uma vontade, foi realmente
perceber que não me arrependo da escolha que fiz quanto á área de formação que escolhi
para realizar o meu ensino secundário, e que apesar de todas as dificuldades e obstáculos bem
como a constante frustração com prazos de entrega e exigência na qualidade dos trabalhos é
realmente isto que pretendo e que me vejo a fazer de futuro. Percebi também que todos os
obstáculos e dificuldades existentes são criados por mim, na medida em que nem sempre
organizo as coisas da melhor maneira.
Resta dizer também que destes três anos em que estudei na soares, levo comigo o
exemplo dos excelentes profissionais com quem tive o prazer de interagir e que muitos me
serviram de exemplo e inspiração a nível profissional. Agradeço também á comunidade
escolar, a nível de auxiliares e professores, por serem tão prestáveis e por nos permitirem, a
nós alunos dizer que a escola é realmente a nossa segunda casa.
Com estes três anos em que estudei na soares só me resta dizer que me deu vontade de fazer
mais de me fazer crescer, continuar a ganhar habilitações escolares, experiencia profissional e
de voltar um dia mas não como uma aluna.
Gabriela Lopes, 12ºD3
22
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
BIBLIOGRAFIA | Comprovação da Veracidade da Fonte de Pesquisa |
Sinopses
http://simecqcultura.blogspot.pt/2012/01/menina-nua-de-henrique-moreira.html
http://www.visitporto.travel/Visitar/Paginas/Descobrir/detalhespoi.aspx?poi=1015&idcat
egory=n1n&lang=pt http://www.cafeguarany.com/pt/Utilidades/Homepage.aspx
http://falcaodejade.blogspot.pt/2012/09/antonio-cruz-um-pintor-do-porto-um.html
http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=1000649
http://pt.wikipedia.org/wiki/Livraria_Lello_e_Irm%C3%A3o
http://www.cinemasdoporto.com/historia.htm
A "Menina nua" do livro Pasteleira City, de Raul Simões Pinto – edições pé de cabra –
Fevereiro de 1994
http://coisasqueseescrevem.blogspot.pt/2010/04/menina-nua.html
http://bibliotecas.cmporto.pt/ipac20/ipac.jsp?session=14163NA01E381.243837&profile=bmp&source=~!hori
zon&view=subscriptionsummary&uri=full=3100024~!56391~!0&ri=1&aspect=subtab13
&menu=search&ipp=20&spp=20&staffonly=&term=Pinto,+Raul+Sim%C3%B5es&index=.
AW&uindex=&aspect=subtab13&menu=search&ri=1
Crónica “A eterna juventude” de Patrícia Carvalho
http://www.publico.pt/cronica-urbana/jornal/a-eterna-juventude-27007134
Pesquisa
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=20305
http://pereira-da-silva.blogspot.pt/2008/12/homenagem-ao-escultor-henrique-moreira.html
http://joelcleto.no.sapo.pt/textos/RuasdeRamalde.htm
http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=18344
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_esculturas_e_est%C3%A1tuas_do_Porto
http://www.publico.pt/cronica-urbana/jornal/a-eterna-juventude-27007134
http://www.visitporto.travel/Visitar/Paginas/Descobrir/detalhespoi.aspx?POI=991#tab1
http://coisasqueseescrevem.blogspot.pt/2010/04/menina-nua.html
Banda sonora
http://freemusicarchive.org/music/Hugo_Droopy_Contini/Surpriscording/droopy_contini__03_-_sandu
Gabriela Lopes, 12ºD3
24
Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia
ANEXOS|
23
Brainstorming pag.8
Gabriela Lopes, 12ºD3
"A MENINA NUA"
Argumento técnico
para a Prova de Aptidão Artística de
Gabriela Alexandra dos Santos Lopes
2014/2015
12.D3
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das
pessoas.
NARRADOR
Quando vagueamos pelas ruas da
baixa portuense, raramente nos
interrogamos como estas surgiram,
ou como foram sendo modificadas ao
longo dos tempos.
Bem como as suas peças decorativas
e mobiliário urbano.
FADE TO BLACK
DIA - INTERIOR - PORTO - BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL
PLANO GERAL:
TRAVELING
Aparece uma estante com vários livros em que o livro
Pasteleira City, de Raúl Simões, é o unico destacado.
NARRADOR
Descobri há pouco tempo, através de
um livro, Pasteleira City do
cronista Raul Simões, uma estátua
que se encontra na Avenida dos
Aliados da qual eu nunca tinha dado
conta.
FADE TO BLACK
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ESTÁTUA
PLANO APROXIMADO DE TRONCO:
TRAVELLING
CONTRA-PICADO
NARRADOR
A Menina Nua.
FADE TO WHITE
2.
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO GERAL
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo
após ter sido construída.
NARRADOR
A Avenida dos Aliados, começou por
não ser uma avenida sequer.
Surge, em panoramica de cima para baixo, o mapa da baixa
cobrindo o plano anterior.
PAN
PLANO APROXIMADO DE PEITO:
PANORAMICA CONDUTORA DA ATENÇAO
PICADO
Imagem do mapa da baixa portuense, localizando as ruas
D.Pedro IV e o Laranjal a transformarem se na avenida.
NARRADOR
Resultou da junção da rua de
D.Pedro IV e da rua e bairro do
Laranjal.
No final da acção sai do plano o mapa, em panoramica de
baixo para cima, dando lugar ao plano anterior.
PAN
PLANO APROXIMADO DE PEITO:
PANORAMICA DESCRITIVA
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo
após ter sido construída. Surge, de baixo para cima, um
pop-up de uma placa toponímica, situada no lado direito, vão
surgindo os diferentes nomes que a rua teve.
NARRADOR
Tendo inicialmente o nome de Nações
Aliadas, pela Vitória das Nações
Aliadas da I Grande Guerra Mundial,
e também em tempos ter sido
apelidada, pela população, de
Avenida do Bacalhau.
CUT
(CONTINUED)
CONTINUED:
3.
PLANO MUITO GERAL:
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo
após ter sido construída.
NARRADOR
A avenida era recente e
encontrava-se despida de decoração,
ZOOM IN
PLANO GERAL:
Aparece plano da Camara Municipal do Porto.
Surge como pop-up a escultura ’A Juventude’ com fita de 1#
lugar, no lado direito do plano, de baixo para cima.
NARRADOR
surge então um concurso organizado
pela Câmara Municipal do Porto no
qual participou Henrique Moreira
com uma escultura de uma figura
feminina, nua. Tendo conquistado o
1# lugar com a respectiva obra em
1929.
ZOOM OUT
PLANO MUITO GERAL:
Surgem as esculturas de Henrique Moreira, uma de cada vez ao
centro,como pop-up’s. No final da acção há um ’zoom in’ para
a estátua ’A Juventude’.
NARRADOR
Vindo mais tarde a contribuir para
a ornamentação da avenida com mais
obras.
ZOOM IN
DIA - INTERIOR - PORTO - OFICINA DO ARTISTA - ANOS 20
PLANO PROMENOR:
TRAVELLING
Imagem da estátua A Juventude a ser esculpida pelo mestre
Henrique Moreira.Aparece um pop-up de um Calendário, com
duas semanas assinaladas a vermelho, a surgir de cima para
baixo do lado direito. No final da acção há um ’zoom out’ da
estátua para o próximo plano.
(CONTINUED)
CONTINUED:
4.
NARRADOR
Aurélia de Magalhães posou durante
2 semanas para a concessão da
escultura.
ZOOM OUT
PLANO APROXIMADO DE TRONCO:
Surge a modelo Aurélia de Magalhães ao centro, enquanto, do
lado direito surge o mestre Henrique Moreira e outros
artistas e as siglas da Escola de Belas Artes do porto.
NARRADOR
Tendo sido Aurélia a inspiração de
Henrique Moreira, modelo das Belas
Artes do Porto e também de outros
grandes artistas como Teixeira
Lopes, Sousa Caldas ou Acácio Lino.
INSERTO:
Surge, de cima para baixo, o mapa-mundo a ser puxado por uma
pega, cobrindo o plano anterior.
NARRADOR
Graças à sua beleza e por ser a
predileta dos mestres e artistas
portuenses
ZOOM IN
INSERTO:
Mapa-mundo da zona norte de Portugal (indicando através de
um tracejado o percurso Porto - Buçaco - Lisboa) seguido de
um ’zoom out’ mostrando o Continente Africano (indicando
através de um tracejado o percurso Lisboa - Moçambique).
NARRADOR
Aurélia viajou até ao Buçaco, para
posteriormente ir para Lisboa e
mais tarde Moçambique.
Sai do plano o planisfério, de baixo para cima, dando lugar
ao plano anterior.
PLANO GERAL
(cenário neutro)
Sala vazia.
CUT
5.
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE TRONCO:
Surge a modelo Aurélia Magalhães ao centro, enquanto, do
lado direito surge o mestre Henrique Moreira, outros
artistas e os figurantes, de baixo para cima, em volta da
modelo.
NARRADOR
Supõe-se que era a escolhida dos
artistas por ser, na altura, muito
conhecida e admirada na baixa
portuense pela sua beleza.
CUT
PLANO GERAL:
(cenário neutro)
Estátua A Juventude a fugir da censura (lápis azul) aos
saltos, da esquerda para a direita.
NARRADOR
No entanto, por se viver o Regime
Salazarista, acredita-se que a obra
possa ter corrido o risco de ser
censurada o que acabou certamente
por não acontecer.
FADE TO WHITE
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO MUITO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das
pessoas. No final da acção há um ’zoom in’ para a estátua.
NARRADOR
Actualmente a estátua, mantém-se
intacta e no mesmo sitio de quando
foi inaugurada,
ZOOM IN
PLANO GERAL:
(CONTINUED)
CONTINUED:
6.
Plano da Avenida dos Aliados com poeira em volta da estátua
’A Juventude’ e placas com símbolo da Metro (som de obras) a
ser protegida a todo o custo por um Zelador para que não
caia. No final da acção há uma nuvem que dá lugar à
multidão.
NARRADOR
tendo resistido às construções dos
túneis para o metro, (...)
Plano da Avenida dos Aliados com pessoas em volta da estátua
’A Juventude’, a segurar faixas e bandeiras de
sindicatos.Para proteger a estátua das multidões o Zelador
abraça-se a esta. No final da acção há um ’cross dissolve’
da multidão sindicalista para outra multidão.
NARRADOR
a manifestações
Plano da Avenida dos Aliados com pessoas, em volta da
estátua ’A Juventude’, a segurar cachecóis do Futebol Clube
do Porto. Para proteger a estátua das multidões o Zelador
continua abraçado. No final da acção há um ’cross dissolve’
da multidão.
NARRADOR
e festejos,
CROSS DISSOLVE
PLANO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das
pessoas, chove por momentos apenas sobre a estátua e depois
a ser alvo de mira de pombos, para preservar a estátua, o
Zelador limpa-a compulsivamente com um pano.
NARRADOR
bem como questões ambientais.
CUT
Plano da Avenida dos Aliados com turistas asiáticos em volta
da estátua ’A Juventude’ a segurar camaras fotográficas e o
Zelador com óculos de sol ao lado da estátua, também com
óculos de sol, para se protegerem dos flashs.
NARRADOR
A Menina Nua continua a atrair a
atenção das pessoas e a ser alvo
das camaras fotográficas dos
turistas, sendo uma das atrações
artísticas do Porto.
(CONTINUED)
CONTINUED:
7.
ZOOM OUT
PLANO MUITO GERAL:
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das
pessoas.
NARRADOR
Mesmo à vista de todos, muitos de
nós portuenses ainda não demos
conta da sua existência.
FADE TO BLACK
FIM
“A MENINA NUA”
Gabriela Alexandra dos Santos Lopes
2014/2015
12ºD3
14
A MENINA NUA
01
01
15
DIA - EXTERIOR - AV.DOS ALIADOS - ACTUALMENTE - PORTO
PLANO GERAL
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das pessoas.
FADE TO BLACK
NARRADOR
Quando vagueamos pelas ruas da baixa portuense, raramente nos interrogamos como
estas surgiram, ou como foram sendo modificadas ao longo dos tempos. Bem como as
suas peças decorativas e mobiliário urbano.
01
02
DIA - INTERIOR - BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL- PORTO
PLANO GERAL
TRAVELING
Aparece uma estante com vários livros em que o livro Pasteleira City, de Raúl Simões, é o
unico destacado.
FADE TO BLACK
NARRADOR
Descobri há pouco tempo, através de um livro, Pasteleira City do cronista Raul Simões,
uma estátua que se encontra na Avenida dos Aliados da qual eu nunca tinha dado conta.
01
03
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE TRONCO
TRAVELLING
CONTRA-PICADO
Aparece imagem da Avenida nos anos 20.
NARRADOR
A Menina Nua.
01
m o d e l o p o r a b e l m o u r ã o p i n t o a b e l p @ e s s r. n e t e a s r
FADE TO BLACK
04
DIA - EXTERIOR - AVENIDA DOS ALIADOS - ESTÁTUA - PORTO
PLANO APROXIMADO DE TRONCO
TRAVELLING
CONTRA-PICADO
zoom in para a estátua.
Gabriela Alexandra dos Santos Lopes
FADE TO WHITE
01 06
14
A MENINA NUA
01
03
15
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO GERAL
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo após ter sido construída.
Surge, em panoramica de cima para baixo, o mapa da baixa cobrindo o plano anterior.
PAN
NARRADOR
A Avenida dos Aliados, começou por não ser uma avenida sequer.
01
03
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE PEITO
PANORAMICA CONDUTORA DA ATENÇAO
PICADO
Imagem do mapa da baixa portuense, localizando as ruas D.Pedro IV e o Laranjal a
transformarem se na avenida.
No final da acção sai do plano o mapa, em panoramica de baixo para cima, dando lugar
ao plano anterior.
PAN
NARRADOR
Resultou da junção da rua de D.Pedro IV e da rua e bairro do Laranjal.
01
03
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE PEITO
PANORAMICA DESCRITIVA
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo após ter sido construída.
Surge, de baixo para cima, um pop-up de uma placa toponímica, situada no lado direito,
vão surgindo os diferentes nomes que a rua teve.
CUT
Avenida
das Nações
Aliadas
NARRADOR
Tendo inicialmente o nome de Nações Aliadas, pela Vitória das Nações Aliadas da I
Grande Guerra Mundial, e também em tempos ter sido apelidada, pela população, de
Avenida do Bacalhau.
m o d e l o p o r a b e l m o u r ã o p i n t o a b e l p @ e s s r. n e t e a s r
01
03
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO MUITO GERAL
Aparece imagem a caracterizar a Avenida nos anos 20 logo após ter sido construída.
ZOOM IN
NARRADOR
A avenida era recente e encontrava-se despida de decoração,
Gabriela Alexandra dos Santos Lopes
02 06
14
A MENINA NUA
01
05
15
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO GERAL
1#
Aparece plano da Camara Municipal do Porto.
Surge como pop-up a escultura ’A Juventude’ com fita de 1# lugar, no lado direito do
plano, de baixo para cima.
ZOOM OUT
NARRADOR
surge então um concurso organizado pela Câmara Municipal do Porto no qual participou
Henrique Moreira com uma escultura de uma figura feminina, nua. Tendo conquistado o
1# lugar com a respectiva obra em 1929.
01
05
DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO MUITO GERAL
Surgem as esculturas de Henrique Moreira, uma de cada vez ao centro,como pop-up’s.
No final da acção há um ’zoom in’ para a estátua ’A Juventude’.
ZOOM IN
NARRADOR
Vindo mais tarde a contribuir para a ornamentação da avenida com mais obras.
01
06
DIA - INTERIOR - PORTO - OFICINA DO ARTISTA - ANOS 20
PLANO PROMENOR
TRAVELLING
1929
Imagem da estátua A Juventude a ser esculpida pelo mestre Henrique Moreira.Aparece
um pop-up de um Calendário, com duas semanas assinaladas a vermelho, a surgir de
cima para baixo do lado direito. No final da acção há um ’zoom out’ da estátua para o
próximo plano.
ZOOM OUT
S T Q Q S S D
NARRADOR
Aurélia de Magalhães posou durante 2 semanas para a concessão da escultura.
m o d e l o p o r a b e l m o u r ã o p i n t o a b e l p @ e s s r. n e t e a s r
01
06
DIA - INTERIOR - PORTO - OFICINA DO ARTISTA - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE TRONCO
Surge a modelo Aurélia de Magalhães ao centro, enquanto, do lado direito surge o mestre
Henrique Moreira e outros artistas e as siglas da Escola de Belas Artes do porto.
PAN
NARRADOR Tendo sido Aurélia a inspiração de Henrique Moreira, modelo das Belas
Artes do Porto e também de outros grandes artistas como Teixeira Lopes, Sousa Caldas
ou Acácio Lino.
Gabriela Alexandra dos Santos Lopes
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A MENINA NUA
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE TRONCO
INSERTO
Surge, de cima para baixo, o mapa-mundo a ser puxado por uma pega, cobrindo o plano
anterior.
ZOOM IN
NARRADOR
Graças à sua beleza e por ser a predileta dos mestres e artistas portuenses
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE TRONCO
INSERTO
Mapa-mundo da zona norte de Portugal (indicando através de um tracejado o percurso
Porto - Buçaco - Lisboa) seguido de um ’zoom out’ mostrando o Continente Africano
(indicando através de um tracejado o percurso Lisboa - Moçambique).Sai do plano o
planisfério, de baixo para cima, dando lugar ao plano anterior.
CUT
NARRADOR
Aurélia viajou até ao Buçaco, para posteriormente ir para Lisboa e mais tarde
Moçambique.
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO APROXIMADO DE TRONCO
INSERTO
Surge a modelo Aurélia Magalhães ao centro, enquanto, do lado direito surge o mestre
Henrique Moreira, outros artistas e os figurantes, de baixo para cima, em volta da modelo.
CUT
NARRADOR
Supõe-se que era a escolhida dos artistas por ser, na altura, muito conhecida e admirada
na baixa portuense pela sua beleza.
m o d e l o p o r a b e l m o u r ã o p i n t o a b e l p @ e s s r. n e t e a s r
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AVENIDA DOS ALIADOS - ANOS 20
PLANO GERAL
(cenário neutro)
Estátua A Juventude a fugir da censura (lápis azul) aos saltos, da esquerda para a direita.
FADE TO WHITE
NARRADOR
No entanto, por se viver o Regime Salazarista, acredita-se que a obra possa ter corrido o
risco de ser censurada o que acabou certamente por não acontecer.
Gabriela Alexandra dos Santos Lopes
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A MENINA NUA
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AV. DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO MUITO GERAL
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das pessoas. No final da
acção há um ’zoom in’ para a estátua.
ZOOM IN
NARRADOR
Actualmente a estátua, mantém-se intacta e no mesmo sitio de quando foi inaugurada,
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AV. DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO GERAL
Plano da Avenida dos Aliados com poeira em volta da estátua ’A Juventude’ e placas com
símbolo da Metro (som de obras) a ser protegida a todo o custo por um Zelador para que
não caia. No final da acção há uma nuvem que dá lugar à multidão.
CROSS DISSOLVE
NARRADOR
tendo resistido às construções dos túneis para o metro, (...)
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AV. DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO GERAL
Plano da Avenida dos Aliados com pessoas em volta da estátua ’A Juventude’, a segurar
faixas e bandeiras de sindicatos.Para proteger a estátua das multidões o Zelador
abraça-se a esta. No final da acção há um ’cross dissolve’ da multidão sindicalista para
outra multidão.
CROSS DISSOLVE
NARRADOR
tendo resistido às construções dos túneis para o metro, (...)
m o d e l o p o r a b e l m o u r ã o p i n t o a b e l p @ e s s r. n e t e a s r
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AV. DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO GERAL
Plano da Avenida dos Aliados com pessoas, em volta da estátua ’A Juventude’, a segurar
cachecóis do Futebol Clube do Porto. Para proteger a estátua das multidões o Zelador
continua abraçado. No final da acção há um ’cross dissolve’ da multidão.
CROSS DISSOLVE
e festejos,
Gabriela Alexandra dos Santos Lopes
NARRADOR
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A MENINA NUA
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AV. DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO GERAL
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das pessoas, chove por
momentos apenas sobre a estátua (...)
CROSS DISSOLVE
NARRADOR
bem como (...)
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AV. DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO GERAL
e depois a ser alvo de mira de pombos, para preservar a estátua, o Zelador limpa-a
compulsivamente com um pano.
CUT
questões ambientais.
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AV. DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO GERAL
Plano da Avenida dos Aliados com turistas asiáticos em volta da estátua ’A Juventude’ a
segurar camaras fotográficas e o Zelador com óculos de sol ao lado da estátua, também
com óculos de sol, para se protegerem dos flashs.
ZOOM OUT
NARRADOR
A Menina Nua continua a atrair a atenção das pessoas e a ser alvo das camaras
fotográficas dos turistas, sendo uma das atrações artísticas do Porto.
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DIA - EXTERIOR - PORTO - AV. DOS ALIADOS - ACTUALMENTE
PLANO MUITO GERAL
Plano da Avenida dos Aliados com movimento dos carros e das pessoas.
FADE TO BLACK
NARRADOR
Mesmo à vista de todos, muitos de nós portuenses ainda não demos conta da sua
existência.
Gabriela Alexandra dos Santos Lopes
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RELATÓRIO PAA